SISTEMA DIGESTÓRIO Professora: Sabrina C. da Fonseca ÓRGÃOS QUE COMPÕE: Trato gastrointestinal superior: •Boca, •Faringe, •Esôfago, •Estomago. Trato gastrointestinal inferior: •Intestino delgado •Intestino grosso Glândulas acessórias: •Pâncreas e fígado TRATO GASTROINTESTINAL SUPERIOR: Na boca, ocorre o processo de mastigação que, junto com a salivação, secreção das glândulas salivares (água, muco e enzima), degrada o amido pela ação da ptialina (que inicia o processo de digestão dos carboidratos presente no alimento), em maltose, e ainda faz os movimentos impulsionatórios que ajudam a deglutir o alimento, fazendo-o passar ao esôfago. A faringe pertence tanto ao sistema respiratório como ao digestório. Ela auxilia no processo de deglutição (ato de engolir). O esôfago é o canal de passagem para onde o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações musculares (movimentos peristálticos) até o estômago. No estomago, inicia-se o processo de quimificação, aonde atua a pepsina, enzima que transforma (quebra) as proteínas em peptídeos (cadeias menores de aminoácidos). O estômago é um órgão em formato de bolsa com o ph em torno de 2 (muito ácido). Ele pode ficar horas misturando o bolo alimentar em seu interior com a secreção gástrica (água, muco, ácido clorídrico e enzimas). O bolo alimentar torna-se mais líquido e ácido passando a se chamar quimo e vai sendo, aos poucos, encaminhado para o duodeno. TRATO GASTROINTESTINAL INFERIOR: O intestino delgado é um tubo longo, com mais de seis metros de comprimento, que se inicia no estômago. Para adaptar-se ao espaço da cavidade abdominal, faz múltiplas curvas, chamadas de alças intestinais. É nele que se inicia a absorção dos alimentos, por meio das vilosidades que recobrem sua superfície interna. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobras microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. Em sua parede são produzidas as enzimas: peptidase (digestão de proteínas), maltase (digere a maltose), lactase (digere a lactose) e a sacarase (digere a sacarose). Já o intestino grosso é o local de absorção de água. SISTEMA DIGESTIVO: É responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão. Sua extensão desde a boca até o ânus é de 6 a 9 metros em um ser humano adulto GLÂNDULAS ACESSÓRIAS: O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 cm de extensão do sistema digestivo e endócrino dos seres humanos que se localiza atrás do estômago e entre o duodeno e o baço. Ele é tanto exócrino (secretando sulco pancreático , que contém enzimas digestivas) quanto endócrino (produzindo muitos hormônios importantes, como insulina, glucagon e somatostatina). Divide-se em cabeça, corpo e cauda. O fígado é a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano. Funciona tanto como glândula exócrina, liberando secreções num sistema de canais que se abrem numa superfície externa, como glândula endócrina, uma vez que também libera substâncias no sangue ou nos vasos linfáticos. O órgão do sistema digestores mais acometido devido à exposição ocupacional é o fígado. O fígado é o grande responsável pela metabolização de substancias estranhas ao organismo humano e, neste processo, pode entrar em sofrimento ou falência. È que os solventes tem afinidade por tecidos gordurosos e assim depositam-se nos órgãos ricos em gordura, como o sistema nervoso e medula óssea e fígado. Além disso, é levado ao fígado pela corrente sanguínea na tentativa de serem metabolizadas, para posteriormente poderem ser eliminadas pelas fezes, urina ou suor. LISTA DE DOENÇAS OCUPACIONAIS RELACIONADAS AO SISTEMA DIGESTÓRIO: Erosão dentária; Alterações pós-eruptivas da cor dos tecidos duros dos dentes Gengivite crônica; Estomatite ulcerativa crônica; Gastroenterite e colite tóxica; Cólica do chumbo; Doença tóxica do fígado: com Necrose Hepática; com Hepatite Aguda; com Hepatite Crônica Persistente; com outros Transtornos Hepáticos; Hipertensão portal. Definição O que causa Diagnóstico Tratamento Prevenção EROSÃO DENTÁRIA; É a perda de estrutura do dente por ação de substâncias ácidas. O esmalte do dente é composto por minerais, e quando substâncias ácidas entram em contato com o esmalte elas promovem sua desmineralização, ou seja, por meio de reações químicas o esmalte perde seus minerais para o meio ácido, ocorrendo o que chamamos de erosão. Névoas de fluoretos ou seus compostos tóxicos Exposição ocupacional a outras névoas ácidas ALTERAÇÕES PÓS-ERUPTIVAS DA COR DOS TECIDOS DUROS DOS DENTES GENGIVITE CRÔNICA: Alterações pós-eruptivas da cor dos tecidos duros dos dentes Alterações da cor dos Dentes constituem achado relativamente comum. A exposição ocupacional ao Cádmio produz manchas de cor amarelo-ouro; a exposição ocupacional ao cobre produz manchas verde escuro; a exposição ocupacional ao Níquel produz manchas dentárias de cor esverdeada ou preta; a exposição ocupacional à Prata produz manchas cinza-acastanhadas ou marrons. Em trabalhadores expostos a estes produtos químicos, as manchas dentárias, com as características de cor e história de desenvolvimento pós-exposição ocupacional, podem ser consideradas como doenças relacionadas com o trabalho. Névoas de Cádmio ou seus compostos Exposição ocupacional a metais: Cobre, Níquel. Gengivite crônica: é a inflamação da gengiva, caracterizada por entumescimento, vermelhidão, alteração dos contornos normais, exudato e sangramento. Nos casos complicados por infecção secundária, pode haver dor, halitose, sangramento Mercúrio e seus compostos tóxicos ESTOMATITE ULCERATIVA CRÔNICA: É a inflamação da mucosa oral, devido a fatores locais ou sistêmicos, que podem envolver a mucosa bucal e labial, palato, língua, céu da boca e gengiva. Estomatite ulcerativa é lesão oral caracterizada por ulcerações rasas da mucosa da cavidade oral. As lesões orais ocasionadas pela exposição ao arsênico e ao bromo geralmente acompanham-se de sinais/sintomas relativos ao sistema respiratório. A intoxicação por mercúrio pode cursar inicialmente com gengivite, podendo haver desprendimento do epitélio gengival formando úlceras (estomatite). Pode também cursar com periodontite grave, perdas dentárias e osteomielite, edema de glândulas salivares e salivação excessiva. GASTROENTERITE E COLITE TÓXICA: Gastroenterite é uma síndrome caracterizada por irritação do trato gastrointestinal que manifesta-se por náuseas, vômitos, diarreia líquida e dor abdominal. Cólica tóxica pode ser definida como a Gastroenterite causada por agentes tóxicos, como o Cádmio e o Arsênio. CÓLICA DO CHUMBO: Cólica do chumbo é um quadro de dor abdominal clássico descrito em pessoas com exposição a altas doses de chumbo. Caracteriza-se por dor abdominal intensa, às vezes simulando abdome agudo, que pode ser acompanhada de vômitos e constipação intestinal e, mais raramente,diarréia. A cólica, se não tratada, pode persistir por quatro a 12 dias. DOENÇA TÓXICA DO FÍGADO: COM NECROSE HEPÁTICA; COM HEPATITE AGUDA: São assintomáticas ou levam a sintomas incaracterísticos como febre, mal estar, desânimo e dores musculares. Hepatites mais severas podem levar a sintomas mais específicos, sendo o sinal mais chamativo a icterícia, conhecida popularmente no Brasil por "tiriça" ou "amarelão" e que caracteriza-se pela coloração amarelo-dourada da pele e conjuntivas. Associado pode ocorrer urina cor de coca-cola (colúria) e fezes claras, tipo massa de vidraceiro (acolia fecal). Hepatites mais graves podem cursar com insuficiência hepática e culminar com a encefalopatia hepática e óbito. HIPERTENSÃO PORTAL: É a hipertenção na veia porta e filiais que é frequentemente definida como um gradiente de pressão portal igual ou superior a 12 mm Hg. Hipertensão portal é síndrome caracterizada anatomicamente pela existência de bloqueio à circulação da veia porta e suas tributárias; funcionalmente pela pressão aumentada no sistema porta, acima de 5 mmHg, superior à pressão da veia cava inferior; e, clinicamente, por esplenomegalia, hiperesplenismo, varizes esofagianas e alterações hepáticas variáveis. OBRIGADA PELA ATENÇÃO!!!