DOENÇAS QUE VAMOS ABORDAR: • PACIENTES CARDIOPATAS • PACIENTES HIPERTENSOS • PACIENTES DIABÉTICOS • PACIENTES COM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS • PACIENTES COM DOENÇAS AUTOIMUNES • PACIENTES COM DOENÇAS INFECCIOSAS • PACIENTES TRANSPLANTADOS • PACIENTES IRRADIADOS PACIENTES CARDIOPATAS ALGUNS DOS TIPOS COMUNS DE CARDIOPATIA SÃO OS SEGUINTES: Cardiopatia congênita - são os defeitos cardíacos presentes desde o nascimento. Nos casos mais graves costuma ser percebida logo que o bebê nasce; nos casos menos graves pode ser diagnosticada quando a pessoa já está na idade adulta. Doenças no miocárdio - são defeitos no músculo do coração. Em muitos casos, o órgão não consegue bombear o sangue adequadamente. Infecção no coração - são causadas quando bactérias, vírus, fungos ou parasitas alcançam o músculo cardíaco. Cardiopatia de válvulas - o coração tem quatro válvulas que abrem e fecham para permitir o fluxo de sangue no órgão. Uma variedade de fatores podem danificar as válvulas, causando a doença. Cardiopatia hipertensiva - é uma consequência da pressão arterial alta, que pode sobrecarregar o coração e os vasos sanguíneos e causar a doença. Cardiopatia isquêmica - causada pelo estreitamento das artérias do coração pela acumulação de gordura, o que leva à diminuição da oferta de sangue para o órgão. A doença pode gerar anginas (dor no peito) ou, nos casos agudos, infarto. ATENDENDO PACIENTES CARDIOPATAS As mortes por problemas cardiovasculares encontram-se no topo do ranking brasileiro. A maioria das mortes causadas por doenças cardiovasculares estão associadas a fatores de risco bem conhecidos, como a diabetes, hipertensão arterial, colesterol, IMC (índice de massa corporal), assim como o hábito de fumar e não praticar exercícios físicos. CUIDADOS: Anestésico ideal - A administração de lidocaína 2% com epinefrina como vasoconstritor 1:100.000 é considerada segura para pacientes cardiopatas, desde que a dose máxima não ultrapasse de 300 Mg (4,4 Mg/Kg) e 0,04 Mg de vasoconstritor, totalizando aproximadamente 2 tubetes de anestésicos ... NUNCA jogar fora os tubetes antes do término do procedimento ! É necessário aguardar o fim do procedimento para saber quantos tubetes foram ultilizados. Anamnese - É essencial que saibamos realizar uma boa anamnese e coletar todos os dados necessários acerca da saúde do paciente, hábitos e potenciais fatores que possam estar ligados com a presença ou potencial chance do mesmo desenvolver cardiopatias, principalmente tendo em vista o crescente envelhecimento da população. Profilaxia antibiótica: A profilaxia com antibióticos é indicada, com o objetivo de reduzir o risco de uma endocardite bacteriana, que é uma complicação grave. • Tratamentos dentários que envolvam manipulação da gengiva ou região periapical. Endodontia Exodontia Gengivectomia Implantes É feita uma dose única de antibióticos de 30 á 60 minutos antes procedimento . COMPLICAÇÃO Endocardite bacteriana- É uma infecção que atinge parte da membrana que encobre as válvulas cardíacas. Pode atingir também várias partes do coração. Infecções de origem dentária estão entre as principais causas da endocardite infecciosa. Pode ter origem bacteriana. PACIENTES HIPERTENSOS É indiscutível que a hipertensão é uma doença com a qual os dentistas se deparam rotineiramente em seus consultórios. Quais sinais o paciente pode apresentar que poderiam ser indicativos de que ele é hipertenso? Noventa por cento dos hipertensos são assintomáticos. Os outros 10% podem apresentar: • • • • • Cefaleia Dor na nuca Visão turva Irritabilidade Confusão mental Como a maioria dos indivíduos hipertensos não apresenta sintomas, a hipertensão arterial (HAS) é diagnosticada pela detecção de níveis elevados e sustentados de PA pela medida casual. CUIDADOS: Anamnese detalhada- é mais do que fundamental para obter sucesso no procedimento cirúrgico. Aferir PA – antes de qualquer procedimento aferir a PA do paciente para evitar complicações, nunca acreditar no paciente Medicações usual do paciente- é necessário saber quais são os medicamentos que o paciente tima para PA .( pedir cópia da receita para anexar a ficha do paciente). Controlar a ansiedade do paciente- seja de forma oral ou inalatória. Anestesia – Na clínica da São Leopoldo Mandic, há dez anos ultilizam uso da prilocaína com felipressina a 3%,para pacientes hipertensos. Pois a maioria destes pacientes estão "compensados“. Exames complementares- como coagulograma - que certifica se o paciente está apto à cirurgia - e também o exame de hemoglobina glicosilada, pois 20% dos pacientes hipertensos têm diabetes mellitus associado e não sabem. PACIENTES DIABÉTICOS • Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia. • A Diabetes deve ser muito bem cuidada também em relação à saúde bucal. Pesquisas revelam que pessoas com Diabetes apresentam um maior índice de problemas como gengivite e periodontite. Assim também, as doenças da gengiva podem afetar a Diabetes, aumentando a glicemia, causando problemas, isso porque a pessoa com Diabetes fica mais vulnerável às infecções, porque sofrem uma diminuição na capacidade de combater bactérias. CUIDADOS • Controle periódico da doença - ficar atento aos níveis de glicose • Agende as consultas sempre pela manhã para não coincidir com os picos de atividade • Assegure-se de que o paciente tenha se alimentado e ingerido a medicação usual. • Realize a profilaxia antibiótica. • Boa higienização escovação e com fio dental • As dentaduras devem ser retiradas e higienizadas diariamente • Evitar o fumo • Visitar regularmente o cirurgião dentista • Medicações administradas e consultas Medicações usual do paciente- é necessário saber quais são os medicamentos que o paciente utiliza. (pedir cópia da receita para anexar a ficha do paciente). COMPLICAÇÕES • Doença periodontal • Glândulas salivares • Presença de cárie • Risco aumentado de infecções e o retardo na cicatrização das feridas DOENÇAS HEMATOLÓGICAS O sangue é, basicamente, formado por uma parte líquida (o plasma) e por células (hemácias, plaquetas e leucócitos). O plasma contem proteínas que entre outras ações atuam na defesa do organismo e ajudam a controlar hemorragias, as hemácias transportam o oxigênio para todo o organismo, as plaquetas controlam sangramentos e os leucócitos combatem infecções. A Hematologia é a especialidade médica que estuda doenças que envolvem o sistema hematopoético, ou seja, tecidos e órgãos responsáveis pela proliferação, maturação e destruição das células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). A hematologia também estuda os distúrbios de coagulação que envolvem substâncias contidas no plasma. As doenças hematológicas, são classificadas em três grandes grupos: • ANEMIAS • ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO • DOENÇAS PROLIFERATIVAS E INFILTRATIVAS • IMPORTANTE : • Sempre perguntar na anamnese o paciente já teve algum tipo de hemorragia (escoamento de sangue fora dos vasos sanguíneos) • Perguntar sobre alimentação do paciente. A ANEMIA É UMA DOENÇA FREQUENTE EM IDOSOS? A anemia é frequente em idosos e não deve jamais ser encarada como uma resposta fisiológica ao envelhecimento, mas como um sinal de alguma doença subjacente.Estudos têm mostrado que cerca de 10% dos idosos apresentam anemia. As principais causas de anemia do idoso são: • Deficiência de ferro- que pode ser devida à perda sanguínea • Deficiência de folato e de vitamina B12- devidas tanto à má-absorção como a dieta deficiente. • Anemia de doença crônica- causada por moléstias, tais como câncer, infecções ou inflamações. • Anemia de causas mais raras. DOENÇAS AUTOIMUNES Doenças autoimunes são distúrbios causados por uma reação do sistema imunológico de um indivíduo em relação aos tecidos ou órgãos do próprio corpo da pessoa. Muitas partes do corpo podem ser afetadas por essas doenças, e apesar de existirem tratamentos que controlem esses sintomas, não há cura. Algumas dessas doenças afetam as cavidades bucais e têm efeitos negativos na saúde bucal. Muitas dessas doenças possuem os mesmos sintomas, como fadiga, tonturas e febre baixa. Há algumas manifestações bucais de algumas doenças autoimunes. Doenças que afetam a saliva Síndrome de Sjögren- essa doença ataca as glândulas provocando secura nos olhos, na boca e em outros tecidos do corpo. Pessoas que sofrem dessa doença podem ter problemas para comer e mastigar. Doenças que afetam a boca Doença de Crohn- A doença de Crohn afeta a cavidade bucal em 8 a 29% dos pacientes que possuem essa doença. Os sintomas bucais da doença de Crohn incluem inchaço da gengiva, úlceras na boca e inchaço dos lábios. Esses sintomas podem causar dificuldade para comer e podem estar entre os primeiros sintomas da doença que aparecem. Doenças que afetam o ato de engolir Doença de Hashimoto- é uma inflamação da tireoide. As mulheres são mais propensas a sofrer dessa doença do que os homens, e muitas vezes ocorre na meia-idade. Essa doença pode causar inchaço facial, fraqueza, fadiga e sensibilidade a baixas temperaturas. A garganta pode inchar tanto que dificulta engolir. Esclerodermia- provoca o crescimento anormal do tecido conjuntivo nos vasos sanguíneos e na pele e pode ocasionar falha no órgão. A doença pode fazer com que a pele fique espessa ou tornar a pele facial extremamente repuxada. Pessoas com essa doença podem ter problemas para engolir. PACIENTES TRANSPLANTADOS Curiosidades Existem dois tipos de transplantes: o autólogo, cujas células, tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo; e o alogênico, que compreende a retirada de material de outra pessoa (doador) para ser implantada no paciente (receptor). • As infecções bucais em pacientes com baixas defesas (imunocomprometidos) tendem a ser mais fortes e recorrentes, algumas vezes, resistentes aos tratamentos local e sistêmicos. É grande o número de pacientes transplantados com alterações bucais como cárie, doenças nas gengivas (periodontal) e outras afecções causadas por bactérias, fungos ou vírus. Tais condições dificultam a alimentação por via oral e apresentam risco de disseminação por todo o organismo (sistêmica). BOA NOITE!