Conjuntivite,Dengue ,Hepatite Crônica Gordurosa

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Conjuntivite
Conjuntivite – Dr. Leo Kahn
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, uma fina membrana transparente que reveste o globo ocular,
fazendo uma dobra, reveste também as partes internas da pálpebra, geralmente causada por vírus, bactérias ou
alergia.
Existem três tipos de conjuntivite:
- Conjuntivite alérgica: está ligada aos fatores que provocam alergia em determinadas pessoas.
- Conjuntivite Infecciosa: é causada por vírus, bactérias e fungos. Esse tipo de conjuntivite leva aproximadamente
15 dias para se curar, inicia-se em um olho e normalmente passa para o outro. A transmissão acontece
principalmente através de objetos contaminados (toalhas, travesseiros etc). É preciso ter cuidado especial com a
lavagem das mãos. O ambiente fechado é bem propício para a propagação.
- Conjuntivite causada por fatores externos: é provocada por elementos tóxicos, como substâncias químicas, cloro,
fumaça
Sinais e Sintomas da conjuntivite:
- Olhos vermelhos e lacrimejantes, fotofobia (dor ao olhar para a luz), visão borrada, pálpebras inchadas, sensação
de que há areia dentro dos olhos, secreção esbranquiçada e em pouca quantidade. Às vezes, acontece de as
pálpebras estarem grudadas quando a pessoa acorda. Se perceber algum sintoma, procure seu oftalmologista.
- Piscinas não tratadas, lagos, água do mar, podem ser meios de transmissão, dependendo da contaminação da
água; a secreção decorrente do processo inflamatório funciona como veículo para transmissão, por isso, esta
costuma ser a fase mais propícia à transmissão. O tempo da conjuntivite varia, mas costuma durar até duas
semanas nos casos simples; na conjuntivite provocada por bactérias, o tempo é muito variável.
- Em certos casos, a conjuntivite pode durar meses ou anos. Este tipo de conjuntivite pode ser provocado por
processos nos quais a pálpebra se vira para fora ou para dentro, por problemas com os canais lacrimais, por
sensibilidade a certos produtos químicos, por exposição a substâncias irritantes e por infecção causada por um
microrganismo em especial (tipicamente a clamídia).
SAIBA MAIS:
- Evite ambientes fechados e com muita gente: conduções lotadas, auditórios, escolas, certos ambientes de
trabalho. O ar condicionado ajuda a disseminar a doença.
- Não ir a sauna, praia e piscina, neste período de epidemia.
- Retrair-se, nas habituais manifestações de sociabilidade, restringindo apertos de mão. abraços e beijos na face.
- Não tocar objetos pegados antes por portador da doença, como maçanetas, alças, bolsas, pacotes, teclados,
caneta, copo, talheres etc. Se o fizer, lavar logo as mãos e não passá-las no próprio rosto, por algum tempo.
- Estes objetos também devem ser limpos, de preferência com álcool, se for possível.
- Lavar o rosto e as mãos com maior freqüência que o comum.
- Seja solidário e evite propagar a doença, poupando outros de seu contato.
- Se tem fobia à luz utilize óculos escuros.
- Não coçar os olhos com os dedos. Se sentir necessidade de fazê-lo, usar gazes esterilizadas ou lenços de papel e
descartá-los imediatamente. Passar com delicadeza.
- Use toalhas de papel. Se tiver que usar de pano, separar as suas. Não as compartilhar com ninguém.
- Separar seu travesseiro e trocar a fronha diariamente.
- Casais, preferir dormir separado, neste período
- Não compartilhar lentes de contato, óculos e maquilagem.
- Separar seu sabonete e fazer uso exclusivo.
- Lavar o rosto com água da torneira, até pode; mas, nos olhos e em torno deles, preferir água fervida. Se as
pálpebras amanhecerem coladas, deixar compressas de gaze úmida morna, sobre os olhos fechados, por 3-5
minutos, para amolecer a secreção e facilitar sua limpeza.
- Guardar uma parte da água fervida, na geladeira e fazer compressas geladas, com gaze esterilizada, sobre os
olhos fechados, durante 5 minutos, 5 a 6 vezes ao dia. O frio diminui o desconforto, o edema e o prurido.
- Nos intervalos das compressas, se sentir falta, pode pingar, ou mesmo banhar os olhos, com soro fisiológico
gelado.
- Secreção amarelada e espessa, pode ser um indicador de contaminação bacteriana, lave bem os olhos com
solução fisiológica 0,9% para aliviar os sintomas e procure imediatamente um oftalmologista.
- Colírios mistos, com cortisona, devem ser evitados e só usados sob prescrição médica.
Aos primeiros sintomas de conjuntivite procure um especialista, nesse caso um oftalmologista, para avaliação e
tratamento.
Dengue
Dengue
É uma virose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pica apenas durante o dia, ao contrário do mosquito
comum (Culex), que pica de noite.
A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos (1, 2, 3 e 4) do vírus da dengue, que produzem as
mesmas manifestações.
Sintomas da Dengue :
- Em geral, o início é súbito, com febre alta, dor de cabeça e dores no corpo.
- É comum a sensação de cansaço, falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos.
- Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo, e prurido (coceira) no corpo.
- Também pode ocorrer algum tipo de sangramento (no nariz ou nas gengivas).
- A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. Atualmente, a doença é considerada um dos
principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
- As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está
se expandindo rapidamente e a grande preocupação é de que, nos próximos anos, a transmissão aumente por
todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas para a contenção das epidemias.
- Os transmissores da dengue proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações, em qualquer ponto de
água limpa (caixas d’água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam
água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão é mais comum em cidades.
Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1.200 metros.
- O diagnóstico inicial de dengue é clínico, feito essencialmente por exclusão de outras doenças. Feito o
diagnóstico clínico, alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando
analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em
várias outras infecções. A comprovação, se desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame
que detecta a presença de anticorpos contra o vírus da dengue), que começa a ficar ‘positiva’ a partir do quarto
dia de doença.
- A dengue pode se apresentar clinicamente de quatro formas diferentes: infecção inaparente, dengue clássica,
febre hemorrágica e síndrome de choque. Dentre eles, destacam-se a dengue clássica e a febre hemorrágica.
- Infecção inaparente : – A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada
dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
Tipos de manifestações da Dengue:
- Dengue clássica:– É uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para
outra e dura entre cinco e sete dias. A pessoa tem febre alta (39°C a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor
muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal.
- Dengue hemorrágica:– É grave e se caracteriza por alterações da coagulação sangüínea. Inicialmente,
assemelha-se à dengue clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias em virtude do
sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Assim que os sintomas de febre acabam, a
pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com
rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de choque:– É a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou
ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível,
inquietação, palidez e perda de consciência. Há registros de alterações neurológicas, problemas
cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Dicas para se proteger contra o mosquito da Dengue:
- Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando uma bucha para eliminar os ovos do mosquito. Uma boa
solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos.
- Limpe as calhas e as lajes das casas.
- Lave bebedouros de aves e animais com uma escova.
- Guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.
- Jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafa, latas e tudo o que acumula água.
- Mas atenção: o lixo deve ficar o tempo todo fechado.
- Em locais de maior ocorrência, use calças e camisas de manga comprida, e repelentes contra insetos à base de
DEET nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%).
- Para reduzir a população do mosquito, é feita a aplicação de inseticida através do fumacê, que deve ser
empregado apenas quando está ocorrendo epidemias. O fumacê não acaba com os criadouros e precisa ser
sempre repetido para matar os mosquitos que vão se formando.
Hepatite Crônica Gordurosa
Hepatite Crônica Gordurosa
Hepatite Crônica Gordurosa (HCG), é uma infiltração gordurosa do fígado observada no ultra-som, com aumento
dos níveis bioquímicos das transaminases, ocorrendo em significativa parte dos pacientes a evolução para cirrose
hepática.
A HCG é dividida em alcoólica e não alcoólica é bom lembrar aos que abusam do álcool, que o consumo exagerado
do mesmo pode provocar cirrose hepática, definida como uma das etapas finais da falência do fígado.
Já a Esteatose Hepática, é uma infiltração gordurosa no fígado que se observa na ultrassonografia e a função
bioquímica do fígado está normal, ou seja, os níveis bioquímicos das transaminases estão normais e não ocorre
progressão para cirrose.
A Hepatite Crônica Gordurosa nada mais é do que um processo inflamatório crônico do fígado, ocasionado por
deposição de gordura.
Cerca de 3% da população mundial são portadores e aproximadamente 180 milhões de pessoas, nos Estados
Unidos, onde mais de 15% da população em geral é obesa, e 2,5% da população em geral têm obesidade mórbida,
a Hepatite Crônica Gordurosa não alcoólica acomete de 7 a 9% dos americanos.
No Brasil temos uma significativa parte da população obesa e diabética, e devemos realmente começar a ficar
preocupados, uma grande parte destes pacientes são adultos jovens e, por um simples erro alimentar ou de
metabolismo, desenvolvem a doença.
Descoberta no final da década de 70, a Hepatite Crônica Gordurosa não alcoólica pode ter como fator
desencadeante :
Causas primárias:
- obesidade,
- dislipidemia (altas taxas de gordura no sangue),
- diabetes tipo II,
- perda rápida de peso,
- processo de desnutrição severa;
Causas secundárias:
- cirurgia (bypass jejuno-ileal) para emagrecimento (tratamento de obesidade mórbida),
- exposição crônica a produtos químicos,
- o uso de drogas como o corticóide,
- estrógeno sintético.
Se a doença não for diagnosticada em tempo, tratada ou controlada, 8 a 26 % dos pacientes portadores irão
evoluir para cirrose hepática.
Como já descrito grande parte dos pacientes com hepatite crônica gordurosa não alcoólica não apresenta qualquer
sintoma da doença, geralmente é diagnosticada quando o paciente realiza exame clínico e laboratorial de rotina.
Ao exame clínico cerca de 70 a 90% dos pacientes apresentam fígado aumentado, sendo este considerado o dado
clínico mais freqüente.
Nos exames laboratoriais de sangue, todos os pacientes apresentam provas de função hepática elevadas.
Uma grande parte dos indivíduos apresenta dislipidemia, principalmente em decorrência do aumento do colesterol
total, lipídios e das triglicérides.
O exame ultra-sonográfico apenas informa o grau de acumulação de gordura no fígado e em hipótese nenhuma
serve de parâmetro para o diagnóstico de hepatite crônica gordurosa não alcoólica.
Como o diagnóstico da hepatite crônica gordurosa não alcoólica só é confirmado após a exclusão de outras causas
determinantes, é necessário procurar um especialista.
SAIBA MAIS:
-Reconhecer em você algum fator de risco para desenvolver hepatite crônica gordurosa não alcoólica.
-Entre os portadores desta nova doença, mais de 70% são obesos, mais de 75% são diabéticos e 20 a 80% dos
pacientes têm aumento dos lipídios, colesterol total, triglicérides.
-Nem todos obesos tem altas taxas de gordura no sangue ou é diabético e vai desenvolver a doença, pois vários
estudos sugerem que o desenvolvimento desta doença estaria relacionado a problemas genéticos.
-Hepatite gordurosa não alcoólica acomete crianças acima dos 10 anos de idade, como também adultos situados
na faixa etária entre 20 e 60 anos.
-O sexo feminino é o mais comprometido (60 a 80%) e mulheres diabéticas com idade superior a 50 anos teriam
um maior risco de desenvolver tal doença.
-Alguns pacientes queixam-se de um leve desconforto (sensação de peso) no lado direito do abdome, geralmente
abaixo das costelas.
-Estudos epidemiológicos definiram que os pacientes com maior risco para progressão da doença são: maiores que
45 anos, obesos e diabéticos.
-Uso de medicações entre elas amiodarona, nifedipina, tamofixeno, cloroquina, corticosteróides e estrógenos.
-Cirurgias abdominais, como derivação biliodigestiva, gastroplastia ou bypass jejuno-ileal e ressecção extensa do
intestino delgado.
-Exposição crônica a produtos químicos.
-Deve ser dada grande atenção em relação a historia de ingestão alcoólica. Primeiro, porque a esteatose e
esteato-hepatites causadas pelo álcool são muito semelhantes e segundo não se sabe qual a dose tóxica de álcool
em uma pessoa com esteatose e em terceiro a presença de mais de uma causa para hepatite acelera e intensifica
a doença de modo exponencial, geralmente considera-se que um consumo inferior a 20 gramas de álcool por
semana seria seguro.
Menopausa
Menopausa
Transição hormonal fisiológica da mulher, que ocorre pelo período de 12 meses após a derradeira menstruação
espontânea.
Findado esse ano, dá-se início à menopausa.
Esse período, chamado de climatério, tem como característica a redução progressiva dos níveis de estrogênios,
observados inicialmente por alterações nos ciclos menstruais, que posteriormente resultam na interrupção
permanente da menstruação.
Todos os óvulos que a mulher produz ao longo da sua vida têm origem em células germinativas (folículos)
ovarianas já presentes no instante do nascimento. Essa reserva é usada desde a primeira menstruação (menarca)
até a última (menopausa), quando morrem os últimos deles, ou seja, os ovários entram em falência.
Os primeiros sinais surgem geralmente entre os 45 e 55 anos, mas pode ocorrer por volta dos 40 anos a
menopausa precoce, ou ainda se prolongar após os 55 anos, chamada de menopausa tardia.
Apesar da principal característica da menopausa ser a parada das menstruações, em muitas mulheres ela aparece
com irregularidades menstruais, menstruações mais escassas e hemorragias.
Sinais e Sintomas:
- Ondas de calor ou fogachos;
- Cefaleias;
- Astenia;
- Diminuição da libido;
- Ressecamento vaginal;
- Variação do humor;
- Distúrbios do sono;
- Ansiedade;
- Depressão.
O diagnóstico da menopausa é realizado pelo médico ginecologista, depois que a mulher passou 12 meses sem
menstruar, enquanto o diagnostico do climatério leva em conta o histórico, o exame físico e alguns exames
laboratoriais de sangue.
A mamografia, colpocitopatologia oncótica, ultrassom transvaginal e densitometria óssea são exames
complementares que devem ser repetidos com regularidade.
Saiba mais:
- Entre outras causas possíveis da menopausa estão as cirurgias ginecológicas que incluem a retirada dos ovários.
- É comum a alterações da pele, cabelos e unhas.
- Perda de massa óssea é uma característica da osteoporose e da osteopenia.
- Existe um risco aumentado de doenças cardiovasculares – a doença coronariana é a principal causa de morte
depois da menopausa.
- Ocorre uma diminuição da taxa de metabolismo basal e a consequente perda de massa magra/músculo.
- Ocorre uma redistribuição da gordura corporal, com aumento da deposição de tecido adiposo na região
abdominal.
- Alguns estudos relacionam a redução do estrogênio com o aumento do apetite.
- As alterações metabólicas contribuem para o risco de acidente vascular cerebral.
- Aumentam também o desenvolvimento de Diabetes tipo 2, HAS e dislipidemia.
- A redução estrogênica aumenta o risco de osteopenia e osteoporose.
Cuidados e dicas para se proteger no período da Menopausa:
- Cuide da alimentação para não ganhar peso.
- Evite a ingestão de álcool e não fume.
- Pratique atividades físicas.
- Na menopausa a mulher deverá ir com mais regularidade ao ginecologista.
- A alimentação adequada e bem elaborada é uma grande aliada para a manutenção da saúde nesse período.
Balão Intragástrico
Balão Intragástrico
O balão intragástrico é uma técnica não cirúrgica, utilizada para tratamento de perda de peso e reeducação
alimentar, estimulando receptores do fundo gástrico do estomago e gerando para o cérebro uma sensação de
saciedade precoce.
Consiste na introdução de um balão inflável de silicone dentro do estômago por via endoscópica, após a sua
introdução, o balão é inflado com cerca de 500 ml a 700 ml de soro fisiológico, com a finalidade de reduzir a
capacidade do estômago e a ingestão de alimentos.
O espaço ocupado pelo balão também age na diminuição da capacidade do reservatório gástrico, levando a
redução do volume de alimentos ingeridos e a conseqüente diminuição do aporte calórico ocasionando a perda de
peso e redução da obesidade
Está indicado para pacientes com sobrepeso (IMC acima de 27) ou obesidade (IMC acima de 30), com ou sem
doenças associadas, e que já tentaram diversos tipos de tratamentos clínicos prévios, sem sucesso. Está também
indicado para obesos que irão se submeter à cirurgia, no pré-operatório, com o objetivo de reduzir o risco cirúrgico
dos pacientes.
Junto com a colocação do balão deve ser realizado acompanhamento pelo psicólogo, nutricionista, endoscopista e
cirurgião bariátrico, sendo que, após a retirada, o paciente deve continuar sendo acompanhado para manter o
peso.
O tratamento dura até seis meses (vida útil do balão), podendo ser interrompido antes caso o paciente atinja seu
objetivo em prazo menor, nunca pode ficar mais do que seis meses, devendo ser retirado após este período. Outro
balão pode ser recolocado caso haja necessidade, após um período de repouso.
SAIBA MAIS:
Ao contrário dos outros procedimentos para a obesidade que é cirúrgica, o balão intragástrico é colocado através
da endoscopia digestiva, trata-se de um procedimento simples e é realizado ambulatorialmente.
O paciente é submetido a uma sedação leve igual ao procedimento de uma endoscopia digestiva. O anestesista
monitoriza a função cardíaca e respiratória, para seu conforto e segurança durante o procedimento da colocação
do balão gástrico.
O balão intragástrico é preenchido com soro fisiológico misturado a um corante azul para, no caso do seu
rompimento, detectar imediatamente através da urina que terá sua cor alterada para um tom azulado, neste caso
o balão deverá ser substituído ou retirado.
A retirada do balão é também realizada através de endoscopia.
É comum nas primeiras horas após a colocação do balão intragástrico, alguns pacientes apresentam náusea,
vômitos e sensação de peso, que podem causar algum desconforto, estes sintomas são minimizados com a
prescrição medicamentosa para cada paciente e deve cessar em até três dias.
Haverá uma redução calórica importante na dieta nutricional e é nesta reeducação alimentar que se baseia todo o
tratamento do balão intragástrico. É um processo lento, trabalhoso e de muita perseverança que necessita da
colaboração e o comprometimento pleno do paciente, tendo em vista que a obesidade é uma doença de caráter
crônico.
Ideal para pacientes que estão acima do seu peso, mas não tem indicação cirúrgica ou não desejam submeter-se a
esta.
Redução entre 20 a 30% do peso corporal.
É necessário controlar a acidez do estômago durante o tratamento, com medicação específica indicada pelo
médico que acompanha o tratamento.
A Banda Gástrica Ajustável é indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal superior a 35 kg/m²,
recomenda-se o Balão Intragástrico para pacientes com sobrepeso e/ou obesidade grau I, ou seja, com Índice de
Massa Corporal – IMC acima de 27.
É necessário que haja um acompanhamento multidisciplinar do paciente que passou pela colocação de Balão
Intragástrico.A equipe médica que determinará a freqüência desse acompanhamento.
Intolerância a Lactose
Intolerância a Lactose
Distúrbio digestivo que ocorre quando o organismo não produz, ou o faz em quantidade insuficiente, uma enzima
digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose (açúcar do leite).
Quando essa lactose não é digerida, ela passa pelos intestinos, podendo se acumular e ao ser fermentada causa
edemas e irritações que dificultam a absorção de vitaminas e minerais.
É importante destacar que a intolerância a lactose não é o mesmo que alergia ao leite, pois a alergia ocorre
quando a proteína do leite é ingerida e acontece uma reação com sintomas muito mais severos como: congestão
respiratória, edema, coceira, vômitos e outros.
A deficiência primária em lactase é um problema que dura à vida inteira, sendo necessário substituir o leite e seus
derivados na dieta, mas existe outro tipo de intolerância a lactose chamada vulgarmente de ‘temporária’, que se
manifesta quando o organismo do bebê ainda não está ‘maduro’ o suficiente para assimilar grandes doses de
lactose, sendo que este tipo de deficiência tende a desaparecer com a idade.
Acomete principalmente indivíduos de origem asiática, africana, mediterrânea e do Norte europeu, sendo que no
Brasil cerca de 70% apresentam algum tipo de intolerância. Nos Estados Unidos essa porcentagem atinge 30
milhões de pessoas com idade inferior a 20 anos.
Existem três formas de intolerância a lactose:
Congênita – por um problema genético, a criança nasce sem condições de produzir lactase, forma rara e crônica.
Primária – diminuição natural e progressiva na produção de lactase a partir da adolescência e até o fim da vida, é a
mais comum.
Secundária – a produção de lactase é afetada por doenças intestinais, como diarreias, síndrome do intestino
irritável, doença de Crohn, doença celíaca, ou alergia à proteína do leite, pode ser temporária e desaparecer com o
controle da doença de base.
Sinais e Sintomas:
- Distensão abdominal;
- Cólicas;
- Diarreia;
- Flatulência;
- Náusea;
- Bebês ou crianças podem ter um crescimento mais lento ou perda de peso.
- Os sintomas costumam surgir minutos ou horas depois da ingestão de leite in natura, de seus derivados.
- O diagnóstico é realizado pela história, avaliação clínica e através de exames específicos: enteroscopia, teste de
intolerância a lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes.
SAIBA MAIS:
Geralmente, a diminuição ou a remoção de produtos lácteos da dieta melhora os sintomas da intolerância a
lactose.
Leia os rótulos dos alimentos para saber qual é a composição do produto e também a bula dos remédios, porque
vários deles incluem lactose em sua fórmula.
Leite de soja, de arroz, de aveia não contém lactose.
Ausência de leite na dieta pode levar a uma deficiência de cálcio, vitamina D, riboflavina e proteína.
Talvez, seja necessário encontrar novas maneiras de acrescentar cálcio à sua dieta, são necessários 1.200 a 1.500
mg de cálcio por dia.
Verduras de folhas verdes, como brócolis, couves, agrião, couve-flor, espinafre, assim como feijão, ervilhas, tofu,
salmão, sardinha, mariscos, amêndoas, nozes, gergelim, certos temperos (manjericão, orégano, alecrim, salsa) e
ovos também funcionam como fontes de cálcio;
Como a intolerância a lactose não é uma doença e sim uma deficiência do organismo, ela pode ser facilmente
controlada, permitido que a criança tenha uma vida saudável e tranquila.
A maioria das pessoas com baixos níveis de lactase pode tolerar de 55 a 115 gramas de leite de uma só vez (até
meia xícara) sem ter sintomas.
O tratamento de intolerância a lactose baseia-se na fixação de um nível de tolerância.
Para identificar e tratar uma pessoa com a intolerância é necessário à avaliação de um médico.
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