CÂNCER DE MAMA: EFEITOS SECUNDÁRIOS DURANTE O TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO. Ediene Ferreira da Silva, Juliana Michele Rondina Orientadora Maria Lúcia Rissato Introdução: O câncer de mama é o mais incidente em mulheres, apresentando 23% do total de câncer no mundo em 2008, com aproximadamente 1,4 milhão de casos novos naquele ano. Os fatores associados ao risco estão ligados aos aspectos endócrinos, principalmente ao estímulo estrogênico, história de menarca precoce, menopausa tardia, primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se prolongada por mais de cinco anos. O diagnóstico precoce do câncer é fundamental principalmente quando associado à presença de fatores de risco. As mulheres têm sido diagnosticadas em estágios avançados da doença. A quimioterapia é o tratamento sistêmico do câncer, administrada continuamente ou a intervalos regulares, de acordo com os esquemas terapêuticos. O tratamento quimioterápico pode ocasionar toxicidade dermatológica local e sistêmica. A orientação de enfermagem é fundamental para as pacientes submetidas ao tratamento, o enfermeiro desempenha papel fundamental, direcionando e colaborando para a qualidade de vida da paciente, promovendo a adesão terapêutica e a efetividade do tratamento. Objetivos: Detectar os efeitos secundários durante o tratamento quimioterápico do câncer de mama, visando à qualidade no atendimento de enfermagem. Materiais e métodos: A metodologia utilizada foi uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. Em uma primeira etapa foi realizada uma revisão sistemática da literatura nacional e internacional de 1993 a 2014. Em uma segunda etapa, foi elaborado um instrumento de coleta de dados, questionário pré-elaborado, aplicado em 30 pacientes, com câncer de mama em tratamento quimioterápico no Hospital Amaral Carvalho de Jaú- SP. Resultados e Discussão: Das 30 pacientes entrevistadas, 23,33% estão na faixa de 30 a 39 anos, 20% na faixa de 40 a 49 anos, 33,33 % entre 50 a 59 anos, 20% entre 60 a 69 anos e 3,33 % entre 70 e 75 anos. Quanto ao diagnóstico precoce 53,33 % disseram que o diagnóstico foi realizado precocemente e 46,66% disseram que não. Referente à reação no momento da confirmação do diagnóstico 6,66 % relataram sentir-se mal, 6,66 % muito mal, 53,33 % muito triste e 33,33% aceitou bem. Os sintomas durante e após a quimioterapia foram próximos: dor 20 %; náuseas 53,33%; vômitos 30% e outros 20 %, sendo que em outros, foram incluídos vários sintomas. Nos efeitos secundários causados pela quimioterapia, 83,33% da população conhecem, citando vários sintomas e 16,66% não conheciam. Cuidados após a quimioterapia 91% sabem. Fazem uso de medicamentos em casa 93,33%. Na questão alopécia 96,66% apresentaram. Orientações quanto à escala de dor 100% relataram que não foram orientadas. Conclusão: Esta pesquisa permitiu identificar os principais efeitos secundários da quimioterapia que acomete a mulher com neoplasia mamária, sendo significativa a importância das orientações de enfermagem para que a paciente com câncer de mama em tratamento quimioterápico tenha conhecimento prévio sobre a terapêutica e tenha um papel ativo no manejo dos efeitos colaterais, realizando o autocuidado, melhorando sua qualidade de vida. Palavras chave: Câncer de mama. Quimioterapia. Efeitos secundários.