QUIMIOTERAPIA VERMELHA - o que é isso afinal? Atualmente, chamamos de Terapia Antineoplásica todos os fármacos, de diferentes classes, utilizados no tratamento do câncer. Entre estes, e mais especificamente no Câncer de Mama, destacam-se a quimioterapia citotóxica, a hormonioterapia e os anticorpos monoclonais ou terapias alvo (medicações inteligentes). Baseado no diagnóstico, nas informações do patologista e na extensão da doença, o oncologista clínico define a melhor combinação de tratamento. No entanto, a quimioterapia citotóxica continua sendo uma importante arma terapêutica. A quimioterapia mais "famosa" no Câncer de Mama é a " vermelha". Chama a atenção pela sua cor, seus efeitos colaterais e assim, causa muito temor aos pacientes. Mas não podemos esquecer seus benefícios e do impacto que trouxe no combate ao Câncer de Mama, no aumento das taxas de cura e sobrevida. Na verdade, existem duas drogas "vermelhas" no tratamento do Câncer de Mama: a Doxorrubicina e a Epirrubicina. Pertencem a um grupo de quimioterápico conhecido como antraciclinas, que são antibióticos tumorais que atuam interferindo na divisão celular, assim como as demais drogas citotóxicas. Não são "mais fortes", nem "mais fracas", são drogas que as células doentes da mama são sensíveis. As antraciclinas têm Ph ácido, o que as torna extremamente agressivas às veias dos braços e se extravasadas para fora do vaso podem causar lesão. Independente da técnica de punção e administração podem provocar flebites (inflamação da veia), mapeamento do vaso (manchas escuras no trajeto), dor e hiperemia (vermelhidão). No entanto, a principal estratégia para evitar estas complicações é a colocação de um catéter central, o Port-a-cath. Os efeitos colaterais mais comuns durante o tratamento são mielossupressão (diminuição das defesas), náuseas, vômitos, alopecia (perda do cabelo), mucosite (feridas na boca), diarreia ou constipação, fadiga e dores musculares. Entretanto, é importante a avaliação individualizada pela equipe, pois a intensidade dos eventos é variável e, por vezes, pode até não acontecer. Uma boa comunicação entre o paciente e os profissionais pode ser o diferencial para o sucesso da terapia. Sintoma não referido é sintoma não tratado! QUIMIOTERAPIA VERMELHA - Equipe de Enfermagem (25-11-2009) Página 1 de 2 Por isso, antes de cada aplicação, o médico precisa avaliar as reações apresentadas, os exames laboratoriais e as alterações nas atividades diárias, para poder determinar o seguimento, as doses e o intervalo de descanso da quimioterapia. Além de prescrever as medicações de suporte, para prevenir e tratar os efeitos indesejáveis. Outro recurso disponível é a Consulta de Enfermagem, um momento ideal para o esclarecimento de dúvidas e orientações quanto aos cuidados de prevenção e manejo destas toxicidades. A informação é um importante aliado ao tratamento! A CliniOnco conta com a equipe multiprofissional para assistir integralmente os pacientes e seus familiares durante este período tão especial da existência humana. QUIMIOTERAPIA VERMELHA - Equipe de Enfermagem (25-11-2009) Página 2 de 2