ISSN 1677-7042

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Nº 1, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
contém, como impurezas, pentóxido de difósforo, diidrogeno-ortofosfato de cálcio, trióxido
de enxofre, ácido sulfúrico, ácido fluossilícico, etc. O ácido fosfórico puro resulta da
hidratação controlada do pentóxido de difósforo.
O ácido fosfórico pode apresentar-se em cristais prismáticos deliquescentes; ele dificilmente
se conserva no estado sólido, por isso, apresenta-se principalmente em soluções aquosas (a
65%, 90%, etc.). A solução concentrada, que se mantém supersaturada (sobressaturada*) à
temperatura ambiente, também às vezes se denomina “ácido xaroposo”.
ISSN 1677-7042
a)
O ácido tetrafluorbórico (ácido fluorbórico) (posição 28.11).
b)
O ácido glicerobórico (posição 29.20).
93
---------- fim da página VI-2810-1 ----------
28.11 -
Outros ácidos inorgânicos e outros compostos oxigenados inorgânicos dos
elementos não-metálicos.
2811.1
- Outros ácidos inorgânicos:
Emprega-se, por exemplo, na preparação de superfosfatos concentrados e ainda na indústria
têxtil e como decapante (removedor de ferrugem).
2811.11
- - Fluoreto de hidrogênio (ácido fluorídrico)
Por condensação do ácido fosfórico, a alta temperatura, obtêm-se vários ácidos poliméricos:
ácido pirofosfórico (difosfórico), ácidos metafosfóricos e outros ácidos polifosfóricos.
2811.19
- - Outros
2811.2
- Outros compostos oxigenados inorgânicos dos elementos nãometálicos:
2811.21
- - Dióxido de carbono
2811.22
- - Dióxido de silício
2811.29
- - Outros
C.- ÁCIDOS POLIFOSFÓRICOS
I.- Incluem-se neste grupo os ácidos que se caracterizam por um encadeamento POP.
Esquematicamente podem ser obtidos por condensação de duas ou mais moléculas de
ácido ortofosfórico com eliminação das moléculas de água. Por este processo pode
formar-se uma série de ácidos que têm a fórmula geral Hn+2PnO3n+1, onde n é 2 ou mais, e
uma série cíclica de ácidos de fórmula geral (HPO3)n, onde n é 3 ou mais.
1) O ácido pirofosfórico (ácido difosfórico) (H4P2O7) forma-se por aquecimento
controlado do ácido ortofosfórico. É instável em atmosfera úmida e reconverte-se
rapidamente em ácido “orto”.
---------- fim da página VI-2809-1 ----------
2) Ácidos metafosfóricos. São ácidos cíclicos, como, por exemplo, o ácido ciclotrifosfórico (HPO3)3 e o ácido ciclo-tetrafosfórico (HPO3)4, que se apresentam como
componentes de menor incidência em misturas de ácidos polifosfóricos contendo mais
de 86% de P2O5. O ácido polifosfórico glacial (ácido metafosfórico comercial) é uma
mistura de ácidos polifosfóricos (principalmente lineares), que também podem conter
sais de sódio destes ácidos. Tais misturas, classificadas nesta posição, apresentam-se
como massas vítreas que se volatilizam quando aquecidas ao rubro e não podem
cristalizar-se.
São altamente higroscópicos e utilizam-se na dessecação de gases.
3) Outros ácidos polifosfóricos do tipo POP. Apresentam-se normalmente em mistura
comercializadas com os nomes de ácido polifosfórico ou superfosfórico, contendo
ácidos superiores, tais como o ácido trifosfórico (H5P3O10) e o ácido tetrafosfórico
(H6P4O13). Estas misturas também se classificam nesta posição.
II.- Outros ácidos polifosfóricos.
Esta posição abrange, entre outros, o ácido hipofosfórico (ácido difosfórico (IV)
(H4P2O6)). Este composto apresenta-se sob a forma de um diidrato cristalino que deve ser
conservado em lugar seco; é mais estável em solução pouco concentrada.
Excluem-se desta posição:
a)
Os outros ácidos e anidridos do fósforo (ácido fosfônico e respectivos anidridos, ácido fosfínico) (posição 28.11).
b)
Os fosfetos de hidrogênio (posição 28.48).
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28.10 -
Óxidos de boro; ácidos bóricos.
A.- ÓXIDOS DE BORO
O trióxido de diboro (sesquióxido de boro) (B2O3) apresenta-se em massas vítreas e
transparentes, em cristais ou em lamelas brancas.
Tem-se empregado para fabricar artificialmente pedras preciosas ou semipreciosas (corindo,
safira, etc.) por ação sobre os fluoretos de metais voláteis.
Esta posição também compreende todos os outros óxidos de boro.
B.- ÁCIDOS BÓRICOS
O ácido bórico (ácido ortobórico) (H3BO3) obtém-se quer por decomposição ácida dos
boratos naturais, quer por tratamento físico-químico do ácido bórico em bruto.
Apresenta-se em pó ou em pequenas escamas, em lamelas micáceas ou em pedaços
vitrificados, de bordas transparentes, acinzentados ou azulados (ácido cristalizado). É inodoro
e untuoso ao tato.
Utiliza-se como anti-séptico (água boricada (bórica*)), na fabricação de vidros borosilicatados de baixo coeficiente de dilatação térmica, de composições vitrificáveis, do verde
de Guignet (sesquióxido de cromo (óxido crômico) hidratado), dos boratos (bórax) artificiais,
das hidroxiantraquinonas ou das amino-antraquinonas, para impregnar pavios de velas, para
tornar incombustíveis os tecidos, etc.
O ácido bórico natural, com teor máximo de 85% de H3BO3, calculado sobre o produto seco,
classifica-se na posição 25.28. Quando o teor de H3BO3 excede 85%, inclui-se na presente
posição. Os ácidos metabóricos (HBO2)n também se incluem nesta posição.
Excluem-se desta posição:
Esta posição abrange os ácidos e anidridos minerais e os outros óxidos dos elementos nãometálicos. Indicam-se a seguir os principais, conforme o seu componente não-metálico de
base (*):
A.- COMPOSTOS DE FLUOR
1) Fluoreto de hidrogênio (HF). Obtém-se pela ação do ácido sulfúrico sobre o fluoreto de
cálcio natural (fluorita) ou sobre a criolita, este ácido é purificado por meio de carbonato
de potássio e por destilação. Ele contém às vezes, sob a forma de impurezas, um pouco de
silicatos e ácido fluossilícico. No estado anidro, é um líquido extremamente higroscópico,
com ponto de ebulição, de 18 a 20°C; libera vapores em atmosfera úmida. No estado
anidro ou em solução concentrada (ácido fluorídrico), queima profundamente a pele e
carboniza as matérias orgânicas. Acondiciona-se em garrafas metálicas revestidas de
chumbo, de guta-percha ou de ceresina ou ainda em recipientes de ou ainda em
recipientes de borracha ou de plásticos; o ácido puríssimo guarda-se em frascos de prata.
Serve para gravar sobre o vidro, para obtenção do papel-filtro sem cinzas, para preparação
do tântalo e dos fluoretos, para decapagem de peças de fundição, em sínteses orgânicas,
como antisépticos nos processos de fermentação, etc.
2) Fluorácidos. Podem citar-se entre os fluorácidos:
a) O ácido tetrafluorbórico (ácido flúor bórico) (HBF4).
b) O ácido hexafluossilícico (ácido fluossilícico) (H2SiF6), que se apresenta em solução
aquosa, por exemplo, e constitui um subproduto na fabricação dos superfosfatos ou é
obtido a partir dos fluoretos de silício; serve para refinação eletrolítica do estanho e do
chumbo, para preparar fluossilicatos, etc.
B.- COMPOSTOS DE CLORO
Os mais importantes destes compostos, indicados a seguir, são oxidantes e cloretantes
enérgicos que se empregam em branqueamento e em sínteses orgânicas. Em geral, são
instáveis.
1) Ácido hipocloroso (HClO). Produto perigoso de inalar, que explode em contato com
matérias orgânicas. É um gás que se apresenta em solução aquosa, de cor amarela e, às
vezes, avermelhada.
_________________________
(*) Na seguinte ordem: flúor, cloro, bromo, iodo, enxofre, selênio, telúrio, nitrogênio (azoto), fósforo, arsênio, carbono,
silício.
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2) Ácido clórico (HClO3). Este ácido existe apenas sob a forma de solução aquosa incolor
ou amarelada.
3) Ácido perclórico (HClO4). Este produto, mais ou menos concentrado, origina diversos
hidratos. Ataca a pele. Emprega-se em análises.
C.- COMPOSTOS DE BROMO
1) Brometo de hidrogênio (HBr). Gás incolor, de cheiro forte e pungente. Apresenta-se
comprimido (ácido anidro) ou em solução aquosa, decompõe-se lentamente ao ar,
principalmente sob ação da luz. Emprega-se, por exemplo, na preparação de brometos e
em síntese orgânica.
2) Ácido brômico (HBrO3). Existe apenas em solução aquosa e emprega-se em síntese
orgânica.
D.- COMPOSTOS DE IODO
1) Iodeto de hidrogênio (HI). Gás incolor, sufocante, que se decompõe facilmente.
Apresenta-se em soluções aquosas corrosivas, que, se concentradas, liberam vapores em
atmosfera úmida. Emprega-se em síntese orgânica como redutor hidrogenante ou como
agente de fixação do iodo.
2) Ácido iódico (HIO3) e o seu anidrido (I2O5), em cristais prismáticos ou em solução
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