As Evidências da Evolução SUMÁRIO Síntese histórica Evidências da evolução Síntese de diversos problemas relacionados à teoria da evolução Fatos, Teorias, Truques Semânticos e Pressuposições Filosóficas A teoria de como surgiu a primeira vida: A crença na geração espontânea Síntese da história da crença na geração espontânea e sua refutação por Pasteur A experiência de Stanley Miller e a teoria de como surgiu a primeira vida A atmosfera primitiva A segunda lei da termodinâmica A complexidade do Código Genético Órgãos Vestigiais Os mecanismos da evolução Documentário Fóssil Avaliando o documentário fóssil A camada cambriana O seymouria O celacanto O Archaeopteryx A evolução do cavalo Os supostos ancestrais do homem Australopithecines Ramapithecus Homem de Nebraska Homem de Java Homem de Neanderthal Homem de Cro-Magnon Homem de Piltdown Anatomia Comparada, Homologia Embriologia Comparativa: Teoria da Recapitulação (lei biogenética) As grandes dissimilaridades dos embriões O real desenvolvimento dos embriões vertebrados Conclusão Literatura Síntese Histórica e Breve Descrição da Teoria da Evolução Muitas pessoas acreditam que Charles Darwin foi o pai do conceito da evolução, entretanto, encontramos sugestões da idéia nos monumentos babilônicos e egípcios. Quatro séculos antes do nascimento de Cristo, o filósofo grego Aristóteles já havia apresentado uma teoria evolutiva influenciada por conclusões de seus predecessores. Erasmo Darwin, o avô de Charles Darwin, foi um famoso evolucionista cujas obras sobre o assunto foram traduzidas para vários idiomas. Em 1809, o biólogo francês Jean Baptiste Lamarck propôs uma hipótese sobre a evolução dos seres vivos, onde argumentava que fatores ambientais novos podiam provocar o surgimento de modificações nos seres vivos, que aumentam sua capacidade de adaptação e que podiam ser transmitidas às gerações futuras, porém, sua teoria foi refutada pela comunidade científica através de numerosos experimentos, sendo que se destacou o experimento de Weissman, na segunda metade do século XIX, que consistiu em se cortar o rabo de ratos por 20 gerações sucessivas. Weissman demonstrou que a característica adquirida, ausência de rabo, não era transmitida aos descendentes, pois, todas as gerações dos ratos da experiência continuavam nascendo com rabos tão longos quanto os da primeira geração. Embora a hipótese de Lamarck não seja aceita como correta, seu trabalho chamou a atenção para o fenômeno da adaptação dos seres vivos ao ambiente em que vivem. A contribuição de Charles Darwin para a teoria da evolução foi significativamente marcante devido seus argumentos apresentados, em 1859, em sua obra inicialmente intitulada "Sobre a Origem das Espécies" (apenas na sexta edição, em 1872, passou a se chamar "A origem das Espécies"), onde propôs que as modificações adaptativas das espécies são determinadas pelo mecanismo de seleção natural, atribuindo à ação contínua do processo de seleção natural (ou sobrevivência dos mais aptos, termo criado por Herbert Spencer e citado a partir da 5ª edição da obra "Sobre a Origem das Espécies"), o surgimento de novas espécies e a extinção de outras. A teoria evolucionista de Darwin (darwinista) causou grande impacto na sociedade americana e inglesa, apesar da falta de provas conclusivas e alguns questionamentos teóricos sem respostas, foi aceita como a melhor explicação para a origem das inúmeras espécies de organismos vivos. No espaço de trinta anos tornou-se muito popular, não devido evidências científicas, mas devido ao clima intelectual americano, que já estava preparado para a transição do teísmo e sobrenaturalismo para o humanismo e naturalismo. Além da teoria darwinista da evolução, surgiu também o mutacionismo, que defende a idéia de que a evolução se dá através de macromutações, o que faz surgir organismos vivos significativamente diferentes de seus ancestrais. As pequenas diferenças intra-específicas devem-se a micromutações. Os mutacionistas, entre eles De Vries e Johansen, propunham que as mutações genéticas eram a única causa do processo evolutivo. Os experimentos científicos realizados a partir da década de 1920 produziram conhecimentos que abalaram a teoria mutacionista. Fisher, Haldane, Wright e Chetverikov publicaram trabalhos que reuniram informações disponíveis até meados da década de 1930, servindo de base para a moderna teoria sintética da evolução. Esta teoria afirma que mutações e seleção natural atuam no processo evolutivo, para defender esta teoria são usados argumentos e interpretações no campo da paleontologia, anatomia comparada e estudos bioquímicos. As Evidências da Evolução As evidências da existência de evolução se sustentam em interpretações do documentário fóssil, anatomia comparada e estudos bioquímicos. Documentário Fóssil O documentário fóssil demonstra claramente que no passado existiam formas de vida diferentes das atuais. Os animais primitivos deixaram restos e impressões em rochas das mais variadas partes do mundo, os fósseis. Os fósseis podem ser datados através da determinação dos materiais radioativos neles contidos. Não sendo possível assistir ao processo evolutivo, é de fundamental importância encontrar provas da evolução no registro fóssil. Os evolucionistas apresentam fósseis de alguns seres primitivos como evidência da evolução, tais como o archaeopteryx (como forma transitória entre répteis e aves) e animais que pertencem a uma suposta evolução do cavalo. Segundo a teoria da evolução, a presença de diferentes fósseis em camadas de rochas sucessivas permite ter uma idéia das formas de vida que se sucederam, tornando-se possível reconstituir o processo evolutivo de grupos de seres vivos. Anatomia Comparada Segundo os evolucionistas, as semelhanças anatômicas entre diferentes espécies de seres vivos aponta para ancestrais comuns entre as espécies semelhantes, sendo isto uma evidência da evolução. Os estudos de anatomia comparada revelam, por exemplo, que os membros anteriores de todos os tetrápodes têm a mesma estrutura esquelética, embora representem adaptações a funções diferentes. Há também semelhanças nos vasos sangüíneos e coração, musculatura e as mesmas regiões cerebrais básicas em todos os tetrápodes, o que sugere ancestrais em comum. Os estudos de anatomia comparada também apontam, como evidência de evolução, a presença de órgãos vestigiais ou rudimentares. Segundo os evolucionistas, estes órgãos, embora sem função atual, permanecem vestigialmente, indicando a existência anterior, em sua forma completa, nos ancestrais dos atuais seres vivos que possuem os citados órgãos. Um exemplo de órgão chamado vestigial é o apêndice humano. Evidências Bioquímicas A seqüência de aminoácidos de uma proteína é determinada pela estrutura do gene que a codifica. Diferentes organismos apresentam proteínas comuns, enquanto outros apresentam seqüências de aminoácidos diferentes. Essas diferenças refletem alterações na estrutura dos genes que codificam as proteínas. Proteínas semelhantes são resultantes de composição genética semelhante. Segundo a teoria da evolução, duas espécies terão maior semelhança entre suas proteínas quanto mais próximo for o grau de parentesco sob o ponto de vista evolutivo. Todos os tipos de evidências citados aqui serão analisados nas próximas páginas. Abaixo, um artigo publicado no periódico brasileiro "Observatório da Imprensa", nº59, em 1998, que faz uma síntese de diversos fatos relacionados com a teoria da evolução. TEORIA DA EVOLUÇÃO Desnudando Darwin: ciência ou ideologia? ou A relação incestuosa da mídia brasileira com a Nomenklatura científica Enézio E. de Almeida Filho (*) "Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra". Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161 (Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista) "É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim)" Richard Dawkins, eminente zoólogo, cientista, autor e professor da Oxford University Teoria da Evolução... por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos os leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, "confiam" nela. Por que então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela Academia? "Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução", "Não há crise no neodarwinismo" é o que é propalado com destaque pelos cientistas. Mas será que é assim mesmo? Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional. Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total! O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico. Quando isso não ocorre, um novo paradigma científico se faz necessário. Kuhn, contudo, não estipulou quantos anos de anomalias não-resolvidas seriam necessários para o surgimento de um novo modelo científico... Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que os físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde resposta sobre as origens do Universo "Não sabemos"? A ciência não é omnicompetente... Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas). A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo. É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência! Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da Ciência. Precisamos de vocês, câmbio... cambrio... cambriano... O Big Bang da Vida - o tendão de Aquiles das teorias da evolução!!! Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher e Dr. Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica... Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]: 1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos; 2. A abiogênese ocorreu uma vez; 3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados; 4. Os protozoários deram origem aos metazoários; 5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados; 6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e 7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157. Até hoje, nenhum cientista evolucionista solucionou estas dificuldades teóricoempíricas. Percebe-se, contudo, no que é veiculado nas reportagens científicas uma certa preocupação quanto ao tempos verbais: todos no condicional. Isso é bom porque não atribui como "fato" determinadas descobertas. Contudo, não é salientado para os leitores quais aspectos da teoria neodarwinista estariam sendo corroborados/questionados. Por que essa omissão? O que se vê no jornalismo científico, supostamente objetivo, é um jornalismo ideologicamente naturalista mascarado de jornalismo científico. Pseudo-jornalismo científico a ser desmascarado. Com muito rigor científico. Ciência fundamentalista Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores. Estranho paradoxo esse, mas o grande empecilho para o livre e pleno desenvolvimento da ciência são os cientistas fundamentalistas. Galileu Galilei foi condenado pela Igreja, mas com o aval do conhecimento científico da Academia que, unanimemente, acreditava ser a Terra o centro do Universo... Já acreditaram também que a Terra era quadrada. E cientistas de renome internacional daquela época. Não muito diferente dos renomados cientistas modernos. Os cientistas não são tão assépticos quanto seus aventais... Pasteur que o diga! Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste. Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico? Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas??? O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não. Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto? Destruindo ídolos Esse "silêncio" da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É, mas todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos científicos já foram. Quem será o Finéias de Darwin? Nietzsche disse, em algum livro, "Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte de meu ofício". Esse espírito nitzscheano está em falta no jornalismo brasileiro. Teoria Especial da Evolução - Darwin tem toda a razão. Teoria Geral da Evolução - Darwin não tem razão nenhuma, está nu e há algo de podre na Nomenklatura científica em não querer divulgar isso para os estudantes e o público leitor não-especializado. Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não! Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou: "Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?" A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo... Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português]. Phillip E. Johnson, professor de Direito na Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1993 escreveu um livro - Darwin on trial [a ser publicado no Brasil em meados de 1999]. Por esse e por outros livros publicados, como Defeating Darwinism by opening minds, Objections sustained e Reason in the balance, o Dr. Johnson vem sofrendo ataques virulentos da Nomenklatura científica, porque ele não dispõe de formação científica afim. Acabaram de negar o direito a Darwin de escrever o seu A origem das espécies (que lida com tudo, menos com as origens das espécies... Leia e comprove): estudou Teologia em Cambridge e foi naturalista muito mais por hobby do que por formação acadêmica... Abrindo a caixa preta Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu... Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos. Há mais de 10 anos (isso mesmo - há mais de 10 anos) venho salientando isso a diretores de redação/editores de Ciência dos maiores veículos de comunicação do Brasil: Veja, Folha de S. Paulo, e recentemente, Superinteressante, Globo Ciência (hoje Galileu) e Época. A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá... Dificilmente lidaram com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que obtive foi do diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da pesquisa/achado, somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se contradisse. Seus repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados neodarwinistas... O jornalismo científico tem relevância científica? Tem, porque é o jornalista quem difunde idéias e teorias científicas para os leigos. O jornalismo científico tem relevância social? Tem, porque é um dos elos que mostram a Academia como ela é à sociedade. Infelizmente, ao difundir idéias e teorias científicas, o jornalismo científico brasileiro não tem provocado o debate, não tem "ouvido o outro lado". É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias. Uma pista - os que praticam ciência normal se sentem ameaçados nos seus postos e pesquisas se passarem a questionar o modelo científico mais aceito pela Nomenklatura científica de fim de século: bolsas de estudos, fundos para pesquisas, reputação acadêmica, projeção na comunidade internacional, medo de ser tachado de louco, ignorante, crente do geocentrismo e outros epítetos desvairados usado pelos "sóbrios e elegantes senhores da Academia"... O debate em jornalismo científico deve ser a norma, e não a exceção. Scientia qua Scientia [Wissenschaft] pelo rigor cético do método científico. Nada mais, nada menos. Quanto à sua relevância social, o jornalismo científico precisa mostrar um outro ângulo desconhecido da Nomenklatura: o conceito popular da ‘integridade intelectual’ dos cientistas, e de que a ciência atualmente praticada é feita totalmente despojada de ideologia ou isenta de um particular Weltanschauung. O jornalismo científico perdeu uma boa oportunidade de mostrar que é um jornalismo investigativo quando, ao longo de mais de 10 anos recebendo dados sobre o assunto, deixou de tornar conhecidas do público as muitas anomalias do neodarwinismo. Isso, mais por um posicionamento ideológico atrelado à Nomenklatura do que por amor à "verdade científica". Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo. Mas são muitos os biólogos, bioquímicos e cientistas evolucionistas que desejam ver este filho nascer. Vade retro Herodes (Dawkins, Dennett et al.)! O jornalismo científico, ao cobrir idéias e teorias sobre a origem da vida, tem que ter interesse em formular perguntas - O que somos? De onde viemos? Ex-nihilo pode criar alguma coisa? A ciência tem competência nessa área ou ao formular essas teorias não está substituindo os "mitos religiosos" por "contos de fadas para adultos"? O Zeitgeist influenciaria a Weltanschauung dos que fazem ciência? Seriam os cientistas "objetivos", "neutros", dignos de confiança nas suas pesquisas? O que dizer das muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios científicos? Um mito refinado À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais. São fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do universo e da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um quê de onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez com velados interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e bem apoiado até por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico travestido de ciência. O jornalismo científico precisa informar ao público leitor que, ao contrário do que é veiculado na mídia, Galileu-herético enfrentou maior oposição dos luminares/pares da Academia de então. A mesma coisa Darwin. Não há mais como esconder a falência do paradigma neodarwinista - Empirica empirice tratanda! Em ciência, paradigma morto, paradigma posto. Apesar de posar como "ortodoxia científica", o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente! Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas: 1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução; 2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione; 3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas; 4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins); 5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante. Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies em nível macro é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teóricoempíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica? Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com as seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos jornalistas científicos das "anomalias" não respondidas pelo neodarwinismo como paradigma científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar a proposição de Kuhn (A estrutura das revoluções científicas, especialmente o cap. 8) de uma crise paradigmática demandando o surgimento de um novo paradigma? (P2) Qual o lugar específico da "filosofia naturalista" da parte dos jornalistas na manutenção de um modelo científico que, apesar de ser considerado "o mais confiável" entre os cientistas, sugere ser mais metafísica do que propriamente ciência? (P3) Por que os jornalistas científicos não fazem distinção entre Teoria Especial da Evolução (microevoluções, intra-espécies, empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções, inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção é precípua para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que os editores de Ciência não salientaram estas "anomalias" para seus jornalistas quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5) A hipótese central que sugiro para responder à pergunta central (PC) é a seguinte: as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não foram salientadas ao públicoleitor por causa da Weltanschauung totalmente influenciada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência, conscientemente por parte de alguns jornalistas e inconscientemente da parte de outros. (HC) As demais hipóteses oferecidas às demais perguntas são estas: Conforme correspondência desse autor com algumas editorias de Ciência, já havia conhecimento dessas anomalias, outras desconheciam- nas completamente. Desonestidade jornalística das que sabiam e falta de atualização científica de outras. (H1) Kuhn preconiza que há relutância da parte dos que praticam Ciência Normal em aceitar uma mudança paradigmática, partindo para ou esperando a criação de teorias ad hoc visando salvar o antigo modelo científico. Isso também se aplica aos que praticam Jornalismo Normal. (H2) A "filosofia naturalista" ocupa, consciente ou inconscientemente, o "topos epistemológico" não somente no Zeitgeist e Weltanschauung dos cientistas, mas dos jornalistas científicos também, sem nenhum questionamento desse posicionamento através do método científico. (H3) Esta distinção não é feita porque alguns jornalistas científicos não conhecem devidamente a Teoria da Evolução para fazer aos leitores este tipo de diferenciação teórica. (H4) As editorias de Ciências não salientaram estas "anomalias" teórico-empíricas do paradigma neodarwinista, pelo seu "reducionismo epistemológico" totalmente embasado na "filosofia naturalista", em vez de seguir o rigor do método científico para a Teoria Geral da Evolução. (H5) Ouvir o "outro lado" A editoria de Ciência que publicar um sólido texto sobre as dificuldades teóricoempíricas do neodarwinismo terá que, para "ouvir o outro lado", salientar os seguintes pontos essenciais: Ciência e Método Científico; Darwinismo: Ciência ou Filosofia (Fatos ou Fé); Origem da Vida; a Seleção Natural; o Registro Fóssil; a Explosão Cambriana e a Origem do Filo; Macro-evolução; Estase; Mutações; Homologia. Existem artigos e livros de cientistas evolucionistas lidando com estes aspectos. Por que não "reduplicá-los"? Haveria um "filtro ideológico" sobre o que deve ser publicado ou não? Fique aqui registrado um primeiro passo da Folha de S. Paulo/Caderno Mais, que publicou reportagem, embora limitada, sobre as dificuldades desse modelo científico. Este artigo é uma modificação de um projeto de trabalho apresentado no dia 16/11/98 à Coordenação de Pós-Graduação em Educação - Mestrado em Ciências, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), sobre a total omissão nos livrostextos de Biologia de 2 grau dessas anomalias. Projeto rejeitado sem direito a apelação... Apliquei-o ao jornalismo científico porque foi nas correspondências enviadas às editorias de Ciências que a idéia surgiu, de verificar se os mais iluminados estariam lidando com o tema. Ledo engano. O jornalismo científico, pro bonum publico, deve se conscientizar de que o jornalismo nessa área é um apontar de horizontes. Educação, como pensar criticamente, e não a presente situação fossilizada pelo dogma mitológico do neodarwinismo - ideologia, no que se deve pensar (somente o que pontifica a Nomenklatura acadêmica). Não fazer isso é condenar toda uma geração de estudantes e leitores não-especializados a um profundo poço de ignorância científica e ser, em alguns casos, jornalisticamente desonesto! Darwin morreu...Viva Darwin!!! Esperando contra a esperança o surgimento de um novo paradigma em Biologia! (1) James A. Shapiro, James Shreeve, Robert Shapiro e outros cientistas que o espaço não me permite citar. (*) Pesquisador em Educação em Ciências. Fatos, Teorias, Truques Semânticos e Pressuposições Filosóficas Primeiramente, vamos observar um pequeno texto do Stephen Jay Gould (Evolution as Fact and Theory"; Discover, May 1981): No vernáculo americano, "teoria" freqüentemente significa "fato imperfeito"- parte de uma hierarquia de confiança indo do fato à teoria, à hipótese ao chute. Eis o poder do argumento criacionista: evolução é 'somente' uma teoria e muito se debate sobre vários aspectos dela. Se a evolução é menos que um fato, e os cientistas não conseguem nem se decidir sobre a teoria, então que confiança podemos ter nela? De fato, o [então] presidente Ronald Reagan deu eco a esse argumento diante de um grupo evangélico em Dallas ao dizer (no que eu sinceramente espero ser somente retórica de campanha): "Bem, é uma teoria. É somente uma teoria científica, e recentemente tem sido desafiada no mundo da ciência – ou seja, na comunidade científica não se crê que ela seja tão infalível como era". Bem, evolução é uma teoria. E também um fato. E fatos e teorias são coisas diferentes, não níveis em uma hierarquia de confiança. Fatos são os dados do mundo. Teorias são estruturas de idéias que explicam e interpretam fatos. Fatos não desaparecem enquanto os cientistas debatem sobre teorias que competem par explicá-los. A teoria gravitacional de Einstein substituiu a de Newton em nosso século, mas as maçãs não ficaram suspensas no ar, esperando o resultado. E humanos evoluíram de ancestrais semelhantes aos macacos, quer isso tenha acontecido pelo mecanismo proposto por Darwin ou por outro ainda a ser descoberto. "Além disso, 'fato' não significa 'certeza absoluta'; não existe um animal assim neste mundo excitante e complexo. As provas finais da lógica e matemática fluem dedutivamente a partir e hipóteses e produzem certezas somente porque elas NÃO pertencem ao mundo empírico. Evolucionistas não fazem nenhuma alegação de verdade perpétua, embora freqüentemente os criacionistas o façam. Em ciência "fato" só pode significar "confirmado a um grau tal que não seria razoável retirar concordância". Eu suponho que é possível que amanhã as maçãs comecem a cair para cima, mas essa possibilidade não merece o mesmo tempo de análise nas aulas de física. "Evolucionistas têm sido muito claros sobre essa distinção entre fato e teoria desde os primórdios da teoria porque reconhecemos quão distantes estamos de entender completamente os mecanismos (teoria) pelos quais a evolução (fato) aconteceu. Darwin enfatizava continuamente a diferença entre essas duas enormes conquistas: estabelecer o fato da evolução, e propor uma teoria - a seleção natural - para explicar o mecanismo da evolução." Observe que o texto acima não afirma que fato e teoria são sinônimos, porém afirma que evolução é um fato, e que resta para a ciência apenas entender quais os mecanismos (teoria) que atuam para que a evolução ocorra, isto pareceria perfeitamente racional se não levássemos em conta alguns outros fatos, destacandose: Afirmar que evolução é um fato deve se sustentar em evidências, são citadas, por evolucionistas, várias evidências da existência de evolução, porém são apenas evidências devido a adoção de certas interpretações de alguns fatos que podem ter outras interpretações, determinadas interpretações é que são usadas como evidências, e não os fatos em si. Isto é relevante, pois a história da ciência moderna, já na era da metodologia científica, demonstra que algumas consistentes teorias estavam totalmente erradas, como por exemplo a teoria do flogístico, que apesar de totalmente errada persistiu como "fato" por muito tempo, graças às teorias "ad-hoc", que eram usadas para fazer a manutenção desta teoria (como é feito atualmente com a teoria da evolução) e também a teoria da abiogênese (formação de organismo vivo a partir de matéria não viva, geração espontânea). O trabalho aqui apresentado citará diversos fatos que foram, ou são, interpretados de forma errada, forçosa ou influenciada por pressuposições filosóficas; Se existem mecanismos evolutivos, eles devem ser observados e registrados, pois seriam fenômenos naturais, e em seguida o observador deve verificar a regra geral (generalização) baseada em suas observações. Por sua vez, esta generalização deve permitir que ele faça predições. Testa-se a seguir a sua hipótese, conduzindo experiências para determinar se o resultado previsto irá ocorrer. Mediante contínuas confirmações de suas predições pelo observador ou por outras pessoas que também adotem metodologias científicas, a hipótese se tornará uma teoria, e a teoria, com o tempo e os testes, irá alcançar a condição de Lei Científica (R. L. Wysong, The Cration/Evolution Controversy "East Lansing, MI: inquiry Press, 1976", 40-41). Neste aspecto, apenas as chamadas microevoluções podem ser demonstradas dentro da metodologia científica, mas as microevoluções são apenas uma pequena parcela da evolução como é geralmente compreendida e difundida, sendo, portanto, impossível de se provar cientificamente a evolução, pois não há evidências ou provas científicas de que ela ocorre como afirma a teoria, e se ela realmente ocorreu em outras épocas, como é sugerido (macroevolução), pode-se apenas concluir que ela existiu através da interpretação de algum indício, e nisto há grande fragilidade para se provar a evolução, pois a teoria propõe a existência de mecanismos naturais que devem ter atuado, mas que não se prova em laboratório sua existência e nem mesmo através da observação do registro fóssil. Deduzir que um conjunto de micromutações podem equivaler a uma macromutação é destituído de provas, além de existirem observações que sugerem a impossibilidade desta equivalência (observações em populações de animais que sofrem seleção artificial, assunto que é comentado neste site, mais adiante). Diante dos fatos acima citados, promover a teoria da evolução a algo parecido com "fato", sem que haja observação empírica, não passa de um truque semântico que procura compensar a completa falta de evidências indiscutíveis que passam pelo rigor da metodologia científica. Fatos se constituem de provas ou deduções que excluem por completo interpretações alternativas de maneira verdadeiramente científica ou racional, sem fazer exclusão a partir de pressuposições filosóficas (impossibilidade da vida ter surgido através de criação especial pelo fato de se crer que não existe um criador), que é o principal sustentáculo do prestígio da teoria evolucionista. Afirmar que evolução é um fato, sem se ter verdadeiras e criteriosas provas, não passa de um ato de fé semelhante aos que estão presentes em qualquer religião do mundo. Instituir uma regra para definir a proximidade que "teoria" tem com "fato" para não se exigir provas que validem uma teoria, é o mesmo que acabar com a fome através de um decreto que diz "proibido passar fome", mas sem que se dê alimento aos famintos, o que é realmente necessário. Outro argumento usado para fortalecer a credibilidade da teoria da evolução é o fato de que a ciência é limitada, não sendo possível, portanto, avaliar outra teoria alternativa, a teoria da criação especial, pois esta teoria não permite a elaboração de hipóteses específicas, passíveis de teste experimental, além de que a teoria da criação especial recorre ao sobrenatural, ou seja, a existência de uma entidade inteligente e criadora, geralmente considerada uma divindade, contrariando assim um princípio filosófico adotado pela ciência moderna, mas que já esta se provando limitador e questionável, como veremos a seguir. Embora as explicações naturais tenham se provado as corretas explicações para quase todos fenômenos ao longo da História da Humanidade, não se deve adotar como regra para a avaliação de qualquer fato ou fenômeno, pois, embora tal postura possa parecer muito razoável, é um posicionamento filosófico (chamado de "naturalismo") que pode tirar a objetividade da ciência, levando ao cometimento de erros ao tentar se adotar uma metodologia científica ou de avaliação de fatos já ocorridos, pois, afirmar que algo é objetivamente verdade implica que está baseado em evidência empírica e não apenas pelo fato de se assumir um pressuposto ou preconceito em solo filosófico. Uma exclusão metodológica de explicações sobrenaturais (como, por exemplo, a possibilidade da existência de um criador inteligente) constitui uma limitação na disciplina do pesquisador, não uma descrição da realidade objetiva. Se os Biólogos evolutivos querem mostrar que a existência da diversidade de seres vivos não envolve desígnio sobrenatural, eles não podem excluir a possibilidade somente a priori, têm que provar a viabilidade da alternativa naturalista, o que ainda é um verdadeiro desafio para os evolucionistas quando deparados principalmente com as remotas probabilidades de certos fatos ou fenômenos ocorrerem. Adotado como princípio filosófico pela ciência moderna, o naturalismo, pode levar a resultados corretos na maioria das vezes, mas, devido a limitação do conhecimento humano, pode-se levar a erros que não seriam cometidos ao se adotar um posicionamento racional isento de pressuposições, isto é utilizar-se de premissa falsa ou de veracidade duvidosa, mesmo quando se chega a conclusões verdadeiras (o que ocorre quando se usa inferências válidas), pois, descartar a possibilidade de existência do sobrenatural pode conduzir a erros devido ao fato de que muitas coisas podem ser tidas como sobrenaturais apenas enquanto não são completamente conhecidas. Um exemplo de erro que ocorre a partir da suposição que já se conhece o universo natural é o caso da afirmação de Antoine Lavoisier, ao dizer: "Nada além de bobagens... apenas camponeses podem acreditar que do céu caiam pedras, porque simplesmente não há pedras no céu." Na ocasião, no ano de 1769, Antoine Lavoisier estava procurando desmistificar a crença na existência de meteoritos, que ainda não eram desconhecidos pela ciência de sua época, embora os camponeses "supersticiosos" já afirmavam que pedras caíam do céu. Um naturalista, que era um fervoroso defensor do ateísmo em grupos de discussão na Internet, ao avaliar esta passagem histórica envolvendo Lavoisier, procurando justificar a afirmação errada do famoso personagem histórico, fez as seguintes observações: Ele tinha excelentes motivos para fazer a afirmação que fez, porque ela era consistente com todas as evidências disponíveis. No ponto em que ele estava, estava ocorrendo exatamente uma mudança de paradigma: achamos evidências de casos anômalos. Só a partir de então é que as evidências contradizem a teoria. Até então, a hipótese (de que não há pedras caindo do céu) era excelente. Novamente, a questão de contexto... é impossível provar deterministicamente a impossibilidade de algo. Ele afirmou sobre a extrema improbabilidade do evento, no que continua certo. Por mais que os argumentos acima atenuem a afirmação errada de Lavoisier, ficou evidente que o erro cometido se deu devido um posicionamento filosófico naturalista, pois, o mais certo seria afirmar apenas que não se tinha provas da existência de pedras que caíam do céu e não apresentar uma convicção da inexistência de tal fenômeno. James R. Moore, em Christianity for the Tough Minded (editado por John Warwick Montgomery), observou que “hoje em dia os cientistas admitem que ninguém sabe o bastante sobre as ‘leis naturais’, ao ponto de dizer que qualquer evento é, necessariamente, uma violação delas. Eles concordam que a faixa não-estatística de tempo e de espaço, na vida de uma pessoa, dificilmente serve de base suficientemente para que se façam generalizações imutáveis acerca da natureza do universo inteiro. Atualmente, aquilo que chamamos comumente de ‘leis naturais’, na realidade não passa de nossas descrições indutivas e estatísticas de fenômenos naturais”. Apesar das experiências dadas pela História da Ciência, muitos evolucionistas, adotando um posicionamento puramente naturalista, afirmam que a metodologia científica não precisa avaliar todas as alternativas para se provar a veracidade de uma teoria, mas apenas as hipóteses razoáveis. Mas, pergunta-se: Quais são os parâmetros para se definir o que é uma hipótese razoável e o que é uma hipótese absurda? Cogitar a possibilidade da vida ser um projeto de engenharia genética efetuado por planejador inteligente é absurdo? O movimento naturalista que influi significativamente a ciência, descarta a hipótese da vida ter sido obra de um planejador inteligente, por ser considerada uma hipótese absurda ou até perigosa para a ciência, por se dar margem a possibilidade de impregnar a ciência com mitologias e misticismos, tendo, desta forma, de ter que se admitir a possibilidade de existência de unicórnios, dragões e coisas afins. Deve-se realmente ter que tomar este cuidado? O ilustre bioquímico Richard Dickerson, membro da Academia Nacional de Ciências (EUA), especializado em estudos de cristalografia de raio x de proteínas e do ADN apresentou, na revista Journal of Molecular Evolution, nº 34, pág. 277, 1992, sua opinião a respeito de como deve ser o tratamento das hipóteses sobrenaturais na ciência: “A ciência, fundamentalmente, é um jogo. E é um jogo com uma regra definitiva e definidora: Regra nº1: vejamos até que ponto e em que medida podemos explicar o comportamento do universo físico e material em termos de causas puramente físicas e materiais, sem invocar o sobrenatural. A ciência operacional não toma posição sobre a existência ou inexistência do sobrenatural; requer apenas que esse fato não seja utilizado em explicações científicas. Invocar milagres com uma finalidade especial, como explicação, constitui uma forma de “cola” intelectual. Um jogador de xadrez pode, sem nenhuma dificuldade, remover fisicamente do tabuleiro o rei do adversário e quebrá-lo no meio de um torneio. Esse fato, porém, não o tornaria campeão de xadrez, porque as regras do jogo não foram seguidas. Um corredor pode sentir a tentação de tomar um atalho em diagonal em uma pista oval, a fim de cruzar a linha de chegada à frente de um colega mais veloz. Mas evita fazer isso, porque essa ação não constituiria uma 'vitória' de acordo com as regras do esporte“. O argumento acima parece perfeitamente racional, e, pelo que parece partiu de uma postura muita honesta, pois, apesar do citado bioquímico defender uma postura naturalista, ele é católico (ou seja, crê no sobrenatural, Deus). O argumento dá a impressão que é estritamente necessária a exclusão de qualquer hipótese considerada sobrenatural, mas, observe que este princípio é meramente filosófico e se dá devido uma preocupação exagerada, pois subestima a capacidade de avaliação dos pesquisadores. O bioquímico Michael Behe, em seu livro “A Caixa Preta de Darwin”, publicado no Brasil por Jorge Zahar Editor, pág. 243, ao comentar sobre a influência do sobrenatural no meio científico, procurando provar que o receio de hipóteses sobrenaturais é infundado, disse: “Ninguém pode prever o comportamento de seres humanos. Parece-me, porém, que o medo de que o sobrenatural apareça de repente em todos os lugares na ciência é muito exagerado. Se minha aluna de pós-graduação entrasse em meu gabinete e dissesse que o anjo da morte acabou com sua cultura bacteriana, eu não teria nenhuma inclinação a acreditar nela. É improvável que o Journal of Biological Chemistry inicie uma nova seção sobre o controle espiritual da atividade enzimática. A ciência aprendeu no último meio século que o universo funciona com grande regularidade na maioria das vezes, e que leis simples e comportamento previsível explicam a maioria dos fenômenos naturais. Historiadores da ciência enfatizam que ela nasceu em uma cultura religiosa – a Europa na idade Média -, cujas tradições religiosas incluíam um Deus racional, que construiu um universo racional, compreensível e regido por leis. Ciência e religião esperam que o mundo quase sempre gire de acordo com a lei imutável da gravidade. Há, é claro, exceções. Às vezes, fatos históricos excepcionais têm de ser utilizados para explicar um efeito. Registros fósseis mostram que, há cerca de sessenta milhões de anos, todos os dinossauros se extinguiram dentro de um período geologicamente curto. Uma das teorias formuladas para explicar esse fato é que um grande meteoro se chocou com a Terra, levando nuvens de poeira na atmosfera e, talvez fazendo com que muitas plantas morressem, interrompendo assim a cadeia alimentar. Alguma prova indireta apóia essa hipótese - níveis do elemento irídio, raramente encontrado na Terra, mas abundante em meteoros, são elevados em rochas daquele período. A hipótese foi aceita por muitos cientistas. Contudo, não houve uma corrida para apontar os meteoros como causa de todos os tipos de eventos. Ninguém disse que meteoros abriram o Grand Canyon ou foram responsáveis pela extinção dos cavalos na América do Norte. Tampouco alguém disse que a poeira de meteoritos minúsculos, invisíveis, causam asma ou que dão origem a tornados. A hipótese da participação de meteoros na extinção dos dinossauros foi avaliada na base de prova física relativa a um dado evento histórico. Há todas as razões para se esperar que a prova seja avaliada na base do caso a caso, se meteoros forem utilizados para explicar outros eventos históricos". Para se verificar o erro ou limitações de se adotar uma postura anti-sobrenaturalista na pesquisa sobre a origem e diversidade da vida, vamos definir o antisobrenaturalismo meramente como a descrença na existência de Deus ou em sua intervenção na ordem natural do universo, desta forma, ao se analisar, por exemplo, o Pentateuco, onde é afirmado por nada menos que duzentas e trinta e cinco vezes, que ou Deus “falou” a Moisés ou Deus “ordenou” a Moisés que fizesse alguma coisa, um crítico preconceituoso, contrário ao sobrenaturalismo, de imediato rejeitaria essas narrativas como não-históricas, antes mesmo de iniciar suas investigações, pois partiria da pressuposição de que Deus não existe. A. J. Carlson, em Science and the Supernatural (panfleto, Yellow Springs, Ohio: American Humanist Associaton, n.d.), definiu o sobrenatural como “informações, teorias, crenças e práticas que reivindicam ter tido uma origem diversa da experiência e do raciocínio verificáveis, ou eventos contrários aos processos conhecidos da natureza”. Embora varie muito os princípios defendidos pelos naturalistas, as idéias mais comuns são: Vivemos em um sistema fechado (cada causa tem seus efeitos naturais, não pode haver ingerência ou intrusão vinda de fora, por parte de um alegado Deus); Deus não existe ou, conforme muitos críticos, para todos os propósitos práticos, Deus não existe; Não existe o sobrenatural; Milagres não são possíveis. J. W. N. Sullivan, em seu livro The Limitations of Science, mostra-nos que desde a publicação da Teoria Especial da Relatividade, de Einstein (1905), e desde os esforços de Planck quanto às “radiações de corpos negros”, os cientistas estão enfrentando as “vicissitudes das chamadas leis naturais em um universo não-mapeado e não-obstruído”. Escreveu Sullivan: “O que se convencionou chamar de ‘revolução científica’ moderna consiste no fato de a perspectiva Newtoniana, que dominou o mundo científico durante quase duzentos anos, temse mostrado insuficiente. Ela está agora no processo de ser substituída por uma perspectiva diferente; e embora a reconstituição de modo algum esteja completa, já é patente que as implicações filosóficas da nova perspectiva são muito diferentes da antiga”, não se podendo mais afirmar que se sabe o bastante sobre leis naturais, pois o universo ficou aberto a todas as possibilidades, de modo que ‘qualquer tentativa para estabelecer uma lei universal de causa necessariamente mostrar-se-á fútil’ (Max Black, Models and Metaphors). Tendo-se uma visão verdadeiramente científica, isenta de pressupostos naturalistas, admitindo-se a hipótese sobrenatural, se pode, sem preocupação, manter eficiência na busca da verdade sobre os fatos, avaliando-se todas as teorias alternativas, evidentemente, no estudo de cada caso, a hipótese mais provável será a mais aceita, e isto se dá mesmo que as mais absurdas alternativas sobrenaturais estejam presentes, para isto basta a formulação de perguntas juntamente com a adoção de metodologia científica, veja, por exemplo, o caso da improvável hipótese apresentada acima por Michael Behe, de uma estudante afirmar que sua colônia de bactérias foi vítima do Anjo da Morte, partindo da pressuposição de que o Anjo da Morte possa existir devido algum registro histórico que mencione esta entidade (ex: a Bíblia): A colônia de bactérias está morta - é um fato; Alguém alega que quem matou a colônia foi o Anjo da Morte - não há provas conclusivas de que esta entidade exista, há apenas algumas referências em registros históricos, mas, também não se pode provar que ele não existe (possibilidade de existência do sobrenatural, devido nossa incapacidade de se afirmar que conhecemos o universo plenamente - limitação da ciência); Julgando que o Anjo da Morte não existe - podemos supor que deve haver outra explicação mais provável; Julgando que há a possibilidade do Anjo da Morte existir - Devemos perguntar e investigar: Como o anjo se manifesta, segundo os registros disponíveis? Há algum registro histórico que diz que ele já destruiu colônias de bactérias? Há alguma evidência de que foi realmente ele quem destruiu a colônia de bactérias? Sendo as respostas negativas para estas e outras perguntas relacionadas, podemos concluir que é pouco provável que tenha sido o Anjo da Morte o responsável pela morte das bactérias, portanto, devido a remota probabilidade deste evento ter ocorrido, devemos pensar em hipóteses mais prováveis. Adotando-se a metodologia científica, o que é improvável é automaticamente excluído, mesmo não havendo pressupostos naturalistas sempre haverá a teoria mais provável e a menos provável. Evidentemente, pode-se criar um grande debate sobre a "Destruição de uma colônia de bactérias pelo Anjo da Morte", casos parecidos já ocorreram na História da ciência, como por exemplo na questão da existência, ou não, da biogênese, onde foram escritos enormes trabalhos bem fundamentados que "provavam" que a biogênese era um verdadeiro fenômeno natural. Estes trabalhos foram escritos até às vésperas da memorável experiência de Pasteur que provou que não existia biogênese, ou seja, muitas vezes basta uma experiência para encerrar a "polêmica". Mas, quem levaria a sério a defesa da teoria de que o Anjo da Morte matou uma colônia de bactérias? Os criacionistas! Responderiam alguns evolucionistas. Embora esta resposta possa causar um grande impacto, ela não passa de uma falácia que apela para a Anedota, não auxiliando em nada a busca à verdade, embora, aos descuidados, leva-se a concluir que acreditar em qualquer coisa que se oponha à Teoria da Evolução é algo parecido com acreditar que o Anjo da Morte destrói colônias de bactérias, mera crença religiosa e sem fundamento, mas, ao deixar os pressupostos naturalistas de lado, veremos que existe diversas evidências de que a vida pode ter surgido e se diversificado conforme a proposta criacionista, o que fragiliza significativamente a Teoria Sintética da Evolução (conforme será visto no transcorrer dos fatos apresentados por este site). Atualmente, o humanismo, ateísmo e naturalismo têm influenciado e favorecido significativamente a Teoria da Evolução, a elevando a posição de verdade absoluta, pois, assim como se atribuía a crença na existência de meteoritos apenas aos camponeses (citados como incultos), atualmente, estas filosofias infiltradas na ciência, afirmam que a evolução é a única teoria viável para se explicar a existência da vida, pois, parte-se do pressuposto de que Deus (ou algo parecido) é simplesmente produto da imaginação de religiosos (pensamento de perspectiva Newtoniana), desprezando assim uma série de evidências matemáticas (teoria da informação) que mostram a obrigatoriedade da existência de um criador para qualquer forma de vida conhecida, fazendo com que as atuais explicações naturalistas para a existência da vida sejam tão improváveis que nem mesmo mereçam a classificação de "naturais", pois são consideradas matematicamente como fenômenos impossíveis de ocorrerem (um exemplo é a possibilidade da vida evoluir a partir de simples moléculas orgânicas que por sua vez se desenvolveram de substâncias químicas inorgânicas - impossível segundo a lei de Borel, que diz que eventos com probabilidade de ocorrer abaixo de uma chance entre 1050 simplesmente nunca ocorrem). Embora sejam realizadas diversas experiências em laboratório para se provar que a evolução é um fenômeno natural, ainda não se conseguiu uma prova de macroevolução e mesmo que no futuro se consiga algo que possa ser interpretado como verdadeira evolução conforme a forma proposta pela Teoria Sintética (macroevolução), isto não provaria que a evolução se deu da mesma forma na natureza, pois, o surgimento da vida e de sua diversidade é um fato histórico (no sentido lato sensu, pois, em outro sentido, a História só começa com o aparecimento da escrita) , portanto, não é possível ser presenciado, pelo simples fato de já ter ocorrido. Desta forma, tanto a Teoria da Evolução como a teoria criacionista estão em pé de igualdade no que se refere à possibilidade de ser provada cientificamente. As limitações da Biologia são suficientes para não se poder atribuir toda a autoridade a esta ciência para se afirmar que a vida surgiu de determinada maneira, excluindo-se, por completo a possibilidade da criação através de um planejador inteligente, pois ainda restaria adotar, além da metodologia científica, uma investigação histórica a respeito da possível existência do planejador (normalmente considerado “Deus”), mas, também na investigação histórica é comum o uso de pressupostos naturalistas, havendo, portanto, um cerco de preconceitos ao redor da teoria que afirma que a vida pode ser produto da criação especial de um planejador inteligente, zelando para que tal teoria seja classificada como meramente religiosa e fundamentalmente errada. Diante das informações até aqui citadas, podemos verificar, após uma avaliação das supostas evidências da evolução, que o prestígio da Teoria Sintética da Evolução se dá principalmente porque é adotada a filosofia naturalista para interpretar os fatos de maneira que se descarte por completo a hipótese de possibilidade da vida ter surgido conforme a proposta criacionista, mesmo quando as evidências podem ser usadas também para indicar a existência de um designer inteligente. Adotar ou não um posicionamento filosófico é que faz a grande diferença entre cientistas imparciais (evolucionistas ou não) que reconhecem a fragilidade de diversos aspectos da teoria da evolução, considerando a possibilidade dela estar errada e não existir evolução da forma proposta pela Teoria Sintética da Evolução e os cientistas e leigos que são influenciados pela filosofia humanista, materialista ou naturalista, que até quando reconhecem que existe uma possibilidade muito remota de ter ocorrido evolução puramente através de processos naturais, não admitem a possibilidade de existência de qualquer outro processo de surgimento da vida, pois parte-se da pressuposição da inexistência do sobrenatural (neste caso, existência de Deus), tendo-se, portanto, que crer nas mais improváveis e absurdas explicações naturais, que devido a pequena probabilidade de ocorrência de certos fatos, pode-se até afirmar que tais explicações não merecem o rótulo de "naturais", equivalendo aos mais fantásticos milagres que superam infinitamente em termos de desafio à probabilidade os milagres narrados em qualquer literatura religiosa Para melhor compreender esta afirmação, leia o texto abaixo, do Prof. E. H. Andrews, autoridade internacional em ciência macromolecular, em sua obra "From Nothing to Nature" : "Certo dia, caminhando ao longo de uma praia, enxerguei algo colorido semi-enterrado na areia. Cutucando com o pé descobri que se tratava de uma dessas bolas sólidas de borracha que pulam tão bem. Como ela chegou ali? Você pode imaginar que uma criança, brincando na praia no dia anterior, a tenha perdido, mas pretendo dar uma explicação totalmente diferente. Centenas de anos atrás, em uma ilha tropical, cresciam lado a lado, um coqueiro e uma seringueira. Certo dia um coco caiu do topo do coqueiro até o solo, atingindo uma pedra que lascou um pequeno pedaço da casca do coco. Em pouco tempo, as formigas e outros insetos descobriram o buraco na casca do coco e começaram a remover a parte comestível até que a casca do coco tornou-se praticamente limpa em sua parte interna. Aconteceu, na mesma época, que um segundo coco caiu do coqueiro. Na sua queda atingiu um dos galhos principais da seringueira, removendo um pedaço da casca da árvore. Naturalmente, o leitoso látex começou a escorrer pelo galho danificado e pingar em direção ao solo. Aconteceu, (já usei esta palavra, não usei?) que a casca de coco vazia encontrava-se diretamente embaixo do ramo danificado, com o pequeno furo na parte superior. Por uma coincidência maravilhosa o látex começou a gotejar diretamente para dentro do buraco até que uma quantia considerável de látex se acumulou na casca. Em seguida, teve lugar uma ventania carregando areia e pó por toda a ilha. Parte do pó era mineral de enxofre e parte vinha de rochas de cor avermelhada encontradas na ilha. O vento empilhou muito pó sobre a casca de coco e boa parte do pó penetrou na cascas de coco através do buraco acumulando-se sobre o látex. Finalmente, o vento trouxe uma folha, que pousou sobre o buraco e pingos de látex selaramna sobre o mesmo de modo que nada podia entrar ou sair. O mar agitado pelo vento, cobriu a praia removendo a casca do coco. À medida que a casca submergia e emergia, rolando repetidamente entre ondas, o látex misturou-se com o enxofre e a areia, tomando o formado de uma bola. Quando enxofre é aquecido com borracha esta é vulcanizada, tornando-se um concentrado sólido e elástico; e foi exatamente isto que aconteceu. (Temos que imaginar um sol bastante forte, mas isto não é problema!) O látex continuou a rolar dentro da casca de maior diâmetro enquanto sofria o processo de vulcanização e desta maneira adquiriu o formato perfeito de uma esfera. A areia colorida produziu listras na bola elástica com faixas vermelhas e amarelas. Eventualmente, o coco foi arremessado contra algumas rochas e quebrou, libertando a bola que flutuou a finalmente atingiu uma praia onde a encontrei." O Prof. Andrews continua seus comentários: Você acredita em minha história? Não? Diga-me por que você não acredita. Espero que você responda que é muito improvável. Você não pode afirmar que é impossível, pois tive bastante cuidado para que todo evento em minha explicação fosse perfeitamente possível! Nada do que eu disse é cientificamente impossível, e algumas das idéias que usei são baseadas em processos bem conhecidos na ciência. Que falha pode você então encontrar em minha história? Você afirma que é improvável e está correto. Usei um série de acontecimentos, cada um dos quais perfeitamente possível mas bastante improvável, e juntei-os para explicar como a bola veio a aparecer na praia. Se você disser que a chance de que todos esses eventos aconteçam um após o outro é muito, muito pequena, simplesmente repliquei que havia tempo suficiente para que tudo acontecesse. Se você disser que não poderia acontecer mesmo em centenas de anos, responderei: 'Está bem. Pode ter levado milhares de anos para que tudo acontecesse favoravelmente!' Estou certo que você desistirá de provar que estou errado, mas você estará totalmente convencido de que a bola de borracha não 'aconteceu' precisamente da maneira que narrei. A teoria da evolução química assemelha-se à minha explicação do aparecimento da bola de borracha. Nenhum dos passos na teoria pode ser provado como impossível. Muitos são improváveis, mas esta dificuldade é descartada supondo que os fatos mais improváveis acontecerão se permitirmos um longo tempo. Talvez a história de bola de borracha fará você pensar que qualquer coisa que seja possível acontecerá se lhe dermos o tempo suficiente. Esta é uma idéia que surge repetidamente na teoria da evolução e é totalmente falsa. Baseia-se numa aplicação equivocada do que denominamos "teoria das probabilidades". Na história da bola de borracha, apresentei uma seqüência de dez eventos improváveis, cada um tendo de acontecer no tempo exato de modo a permitir o resultado final. Assim é com a história que a teoria da evolução apresenta sobre como a vida começou. A atmosfera original tinha de conter certas moléculas pequenas e não outras. Relâmpagos ou luz ultravioleta tinham que estar presentes para fazê-las se unirem, mas não para quebrá-las, separando-as outra vez. As novas e maiores moléculas tinham de ser levadas pelas chuvas em direção ao solo. As moléculas tinham de estar abaixo das nuvens para que isto acontecesse, mas as pequenas moléculas de amônia que dissolvem facilmente em água, de alguma forma não foram removidas dos céus. (Isto é difícil de acreditar, não é?). As moléculas maiores, embora não muito solúveis em água, tinham de continuar na água à medida que esta filtrava através do solo e escorria sobre as rochas. Estas moléculas, embora mais leves do que a própria água, tinham de permanecer sob a água. Se viessem à toma e flutuassem, teriam sido destruídas pela luz ultravioleta. As moléculas tinham de se depositar e aglomerar na sopa orgânica para que se pudessem ligar outra vez. Deveria haver moléculas catalisadoras especiais para permitir a ligação das moléculas orgânicas sob a água. As moléculas orgânicas adequadas tinham de estar presentes na proporções adequadas para se ligarem formando proteínas e DNA. De alguma forma, a ordem codificada das moléculas de proteínas e DNA teve de ser estabelecida. Nenhuma explicação plausível ou convincente para isto acontecer foi até hoje apresentada. Gotículas orgânicas tinham de se formar e permanecer por tempos suficientemente longos de modo que acontecesse algo em seu interior que as transformasse em células vivas. Ninguém é capaz de conceber como isto pode ter acontecido. Finalmente, é óbvio, a primeira célula viva tinha de encontrar um meio de se dividir em duas antes que morresse (animais de uma única célula não sobrevivem muito tempo especialmente em soluções concentradas de amônia, que hoje usamos para matar germes). Temos então onze passos, cada um dos quais deveria acontecer da maneira exata como foi descrito para que a vida sobrevivesse. Nenhum dos passos, isoladamente, é completamente impossível, embora não possamos conceber como um ou dois deles pudessem ter acontecido. Mas, colocados em seqüência para elaborar uma explicação da origem da vida, eles constituem uma história bastante improvável. E isto nos traz à mente a bola de borracha. Gostaria de saber qual você considera mais convincente: a história da bola de borracha ou a história da evolução química? A história narrada pelo Prof. E. H. Andrews, sobre o surgimento da bola de borracha por meios naturais é uma ilustração que não prova que evolução inexiste, mas, nos dá uma boa idéia da quantidade de impossibilidades que a teoria da evolução nos propõe. O Prof. Andrews, em sua história, não comentou a respeito da influência de pressupostos filosóficos, mas a história também pode ilustrar perfeitamente esta questão. Para isto, basta pensar em um naturalista que convictamente não acredita na existência de fabricante de bolas de borracha, mas que tem que explicar o surgimento destas bolas. Com certeza, ele apresentaria uma teoria no mesmo estilo da história apresentado pelo Prof. Andrews e, na falta de provas de que os fatos ocorreram conforme sua teoria, e, com a pressuposição de que não existe fabricante de bolas do borracha, ele poderia afirmar que o surgimento casual do bolas de borracha é um fato, a dúvida se dá apenas em "como estas bolas de borracha surgiram através de processos naturais", e, ainda poderia argumentar que "dado tempo suficiente qualquer coisa é possível", é desta mesma forma que é tratada a questão do surgimento da vida, diferindo apenas no fato de que o público leigo não consegue perceber que no meio de tantas explicações "eruditas" e "científicas" há uma série de leis naturais que são desprezadas e que a principal fundamentação para se adotar a teoria da evolução como principal teoria para explicar a origem e diversidade da vida é uma fundamentação filosófica, e não científica (a crença na inexistência de um criador). Este posicionamento filosófico, que exclui previamente a existência de um criador, ficou bem nítido, por exemplo, na declaração do zoólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, um dos mais dedicados defensores da teoria da evolução, autor de um dos mais conhecidos livros evolucionistas, "The Blind Watchmaker" (O Relojoeiro Cego), ao chamar a Biologia de "o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido criadas com algum propósito". Sem qualquer dúvida, esta afirmação é meramente filosófica, pois contraria (ou despreza), como a própria Teoria da Evolução, princípios bem estabelecidos da teoria da informação, além de leis de probabilidades, como veremos posteriormente, assim como também veremos que o posicionamento filosófico ateísta é o único argumento para se desprezar diversos outros obstáculos apontados pela ciência legítima, preferindo-se sempre o que é matematicamente improvável, ou impossível, ao invés das evidências científicas da necessidade de um criador. Lembre-se de que a Teoria Sintética da Evolução afirma que a abiogênese ocorreu pelo menos uma vez, ou seja, o impossível foi possível pelo menos uma vez. Também é o caso do surgimento das penas das aves, que devido a estrutura complexa, os evolucionistas afirmam que foi um evento impar, ocorrido apenas uma única vez. Também para se contestar a Teoria da Complexidade Irredutível (que será apresentada posteriormente neste site), evolucionistas dizem que poderiam ter ocorrido eventos extremamente improváveis em um número indeterminado de seres vivos. Assim está se dando a atual defesa à Teoria da Evolução, não com provas, mas com explicações de que improváveis fenômenos naturais e casuais ocorreram por diversas vezes. Wysong resumiu da seguinte forma a realidade da teoria da evolução: "A evolução não é uma formulação do verdadeiro método científico. Eles (esses cientistas) compreendem que evolução significa a formação inicial de organismos desconhecidos a partir de produtos químicos desconhecidos numa atmosfera ou oceano de composição desconhecida, mediante um processo desconhecido, deixando uma evidência desconhecida" (R. L. Wysong, The Cration/Evolution Controversy "East Lansing, MI: Inquiry Press, 1976", 40-41). A Crença na Geração Espontânea da Vida (Abiogênese) A crença de que a vida surgiu por acaso, através de processos químicos naturais, não é classificada por muitos como sendo parte da Teoria da Evolução, pois ela não fala de evolução e sim de surgimento da vida, porém ela é intimamente ligada à teoria evolutiva, pois se une a esta teoria para constituir uma completa explicação naturalista para o surgimento de todos os seres viventes que já existiram e que existem atualmente, além de ter sido citada na formulação da teoria sintética da evolução. Embora alguns evolucionistas acreditem na hipótese do surgimento da vida por meios sobrenaturais (criação por Deus, com posterior evolução), a maioria tem um posicionamento naturalista, pois acredita que, embora a vida não surja casualmente de matéria morta, este fenômeno deve ter ocorrido pelo menos uma vez no passado remoto. A história da evolução, para eles, começa antes mesmo do surgimento da primeira vida, inicia-se com a evolução das moléculas orgânicas, tais como aminoácidos e proteínas. Nas próximas páginas, questões ligadas à geração espontânea da vida serão comentadas e será demonstrado que uma explicação naturalista para o surgimento da vida conta um uma possibilidade de ocorrência tão remota e improvável que chega a se tornar uma forma de mitologia à nível molecular e que apesar de ser considerada uma explicação natural, para ter realmente ocorrido se equipara a um gigantesco milagre. Síntese história da crença na geração espontânea e sua refutação por Pasteur A crença na geração espontânea da vida teve predominância desde os tempos de Aristóteles até meados do século XIX, acreditando-se, por exemplo, que insetos e outros pequenos animais podiam surgir diretamente de alimentos estragados, pois, quando se deixava leite, cerveja ou urina permanecerem por vários dias em recipientes, mesmo que fechados, eles sempre se tornavam turvos com alguma coisa que neles se desenvolvia, em carnes estragadas, em condições semelhantes, surgiam larvas de moscas. Em 1668 houve o primeiro desafio a esta crença, Francesco Redi, físico italiano, realizou uma experiência que indicou que as larvas de moscas não surgiam espontaneamente de carne deteriorada. Redi colocou um pedaço de carne em uma vasilha coberta com musselina napolitana esticada. Embora a carne entrasse em decomposição, não surgiram vermes. Apesar desta evidência de inexistência de geração espontânea, Redi continuou a crer na geração espontânea de vermes intestinais e carunchos na madeira. Em 1683, 15 anos após Redi publicar os resultados de suas experiências, Anton van Leeuwenhoek, cientista holandês, descobriu o mundo das bactérias e inspirou vários cientistas a construírem microscópios e procurarem por elas. Passou-se a observar que quando uma substância passível de decomposição era colocada em um lugar quente, as bactérias logo apareciam onde nada havia antes, isto parecia apoiar a crença na geração espontânea, mas, nesta época, também manifestou-se a crença em "sementes" que estão no ar. Louis Joblot, tentando provar que as bactérias entraram em contato com substâncias deterioradas através do ar, realizou uma experiência onde um caldo de ervas era fervido durante 15 minutos e depois colocado em dois recipientes separados. Um recipiente ficou exposto ao ar, enquanto o outro foi vedado antes de esfriar. O recipiente selado não desenvolveu bactérias, enquanto o aberto fervilhava delas. A experiência de Joblot não convenceu o mundo. No final do século XVIII, John T. Needham, um pregador escocês, e Abbe Spallanzani, cientista italiano, estavam realizando experiências parecidas com à de Joblot, mas estavam chegando a conclusões opostas com respeito à viabilidade da geração espontânea. Needham era um vitalista, portanto acreditava que a matéria continha uma força ou um princípio vital que causava a geração espontânea. Needham realizou experiências em que o caldo fervido e vedado apresentava a presença de microorganismos depois de alguns dias, sugerindo que estava provada a possibilidade de geração espontânea. Spallanzani, crendo que o ar transportava os microorganismos, conduziu experimentos em que o caldo fervido não produziu bactérias. Além disso, acusou Needham de não esterilizar adequadamente o equipamento, por isto a experiência não seria válida. Needham respondeu que Spallanzani havia destruído a força vital dos caldos de suas experiências, por ter aquecido demais. J. H. Rush, em "The Dawn of Live", Garden City: Hanover House, 1957, pg. 93, comenta a discussão entre Needham e Spallanzani: "A tendência do argumento é curiosa. Ela ilustra muito bem a propensão para crer naquilo que desejamos crer". As dúvidas sobre a existência, ou não, de geração espontânea permaneciam, pois os resultados obtidos nas experiências eram inconsistentes. Em 1859, ano em que Darwin publicou a "Sobre a Origem das Espécies"(chamada somente em 1872 de "A Origem das Espécies"), F. Pouchet publicou um trabalho de quase 700 páginas em que defendeu o princípio vital e a geração espontânea. Todo o seu trabalho experimental apoiou a sua teoria. Os tempos eram outros, o ambiente era favorável ao humanismo, e todos passam a aceitar a abiogênese, pois era a explicação que descartava a ação de Deus. Devido as controvérsias das experiências em laboratório, a Academia Francesa de Ciências ofereceu um prêmio à primeira pessoa que inventasse uma experiência capaz de resolver a questão. Louis Pasteur inicia suas experiências. Pasteur colocou uma solução nutritiva no interior de um balão de vidro, de pescoço longo. Aquecia a solução, o que matava todos os microorganismos. Com calor, transformava o pescoço do balão em um tubo fino e curvo que permanecia aberto na extremidade (pescoço de cisne). A solução do balão permanecia estéril, apesar da solução nutritiva manter contato com o ar. Esta situação não deveria dificultar a geração espontânea dos micróbios, mas ela não ocorre, porém, quando Pasteur quebra o pescoço do tubo, a solução passa a apresentar inúmeros micróbios, o que leva a concluir que o pescoço do tubo dificultava o acesso dos micróbios, ou seja, eles definitivamente não se originavam espontaneamente do meio. Em 1862, Louis Pasteur publicou a prova que foi um golpe mortal contra a abiogênese, provando que os micróbios vivem realmente no ar, cuja idéia Pouchet havia ridicularizado, e que enquanto estes organismos do ar fossem mantidos fora dos caldos, não surgiam fungos (mofo). George Wald, em "The Origin of Live", Scientific American, vol. 191, 2, pg 46, falando do fracasso da geração espontânea, diz: "Contamos esta história para os primeiranistas de Biologia como se ela representasse um triunfo da razão sobre o misticismo. Mas, de fato trata-se de quase justamente o oposto. O ponto de vista razoável seria crer na geração espontânea; a única alternativa seria crer no ato único, primário, da criação sobrenatural. Não existe uma terceira posição. Por este motivo, diversos cientistas há um século decidiram considerar a crença na geração espontânea como uma necessidade filosófica. Um sintoma da pobreza filosófica de nossa época é a desconsideração desta necessidade. A maioria dos biólogos modernos, tendo verificado com satisfação a queda da hipótese da geração espontânea, mas sem estarem dispostos a aceitar a crença alternativa na criação especial, ficou sem outra opção". Nos é ensinado em aulas de biologia que, com a experiência de Pasteur, terminou a história das crenças supersticiosas da geração espontânea, mas, na verdade, a história continua, devido a não aceitação científica da evidência da existência de um criador (Deus), a crença moderna na geração espontânea tomou uma nova forma. A. I. Oparin, um bioquímico russo, que propôs uma teoria da origem química da vida, disse: "Uma pesquisa cuidadosa da prova experimental revela, porém, que ela não nos diz nada sobre a impossibilidade da geração da vida em alguma outra época ou sob outras condições". Portanto, conclui-se que Pasteur, para muitos, não destruiu a crença na geração espontânea, simplesmente forçou a questão até um ponto em que nenhum lado pode negar o outro, pelo menos de maneira conclusiva. A experiência de Stanley Miller e a teoria de como surgiu a primeira vida Em 1953, Stanley Miller publicou o resultado de seu experimento no qual compostos orgânicos, que são a base da vida, formaram-se nas condições da suposta atmosfera primitiva, fortalecendo a teoria apresentada na década de 1920 pelo cientista russo A. I. Oparin e o inglês J. B. S. Haldane que sugere que a vida pode ter se originado através da evolução dos compostos químicos nos oceanos primitivos (em 1936, Oparin publicou suas idéias no livro "A Origem da Vida"). Em sua experiência, Miller construiu um sistema fechado onde simulou as supostas condições químicas e físicas da atmosfera primitiva, onde a água circulava através dos processos de evaporação e condensação em um ambiente em que também havia metano, amônia e hidrogênio, os supostos elementos comuns na atmosfera da Terra primitiva e sem vida. O metano, a amônia, o vapor d'água e o hidrogênio em geral são inertes, portanto, para quebrar a inércia, produzindo reações químicas, Miller aplicou alguma energia através de eletrodos que simulavam pequenos relâmpagos. Após uma semana de circulação ininterrupta, o líquido aquecido, inicialmente incolor tornou-se vermelho. A análise química revelou a presença de aminoácidos, a unidade de formação das proteínas, e um tipo de carboidrato. A comunidade científica ficou maravilhada, pois, parecia, a primeira vista, que os materiais básicos para constituir os mecanismos vivos podiam ter existido em abundância na Terra primitiva. Cientistas motivados pela experiência não tiveram dificuldades em crer que processos naturais poderiam induzir aminoácidos a se reunir para formar proteínas, que proteínas poderiam catalisar importantes reações químicas; que as proteínas poderiam ser aprisionados no interior de pequenas membranas que formariam algo semelhante a células e que ácidos nucléicos poderiam ser produzidos por processos semelhantes e que, gradativamente, a primeira célula viva (ou molécula orgânica) auto-replicante apareceria. Outras experiências semelhantes a de Miller foram realizadas por diversos cientistas. A mistura de gases da atmosfera simulada foi modificada, passou a ser usada a luz ultravioleta como fonte de energia (simulando a luz solar) ou pulsos muito fortes de pressão (para simular explosões). Métodos analíticos sofisticados foram utilizados para detectar a presença de substâncias químicas que estavam presentes em quantidades muito pequenas. O esforço de muitos pesquisadores fez com que quase todos os vinte tipos de aminoácidos que ocorrem naturalmente nos seres vivos foram encontrados nos experimentos sobre a origem espontânea da vida. Estes compostos químicos não são de produção exclusiva dos seres vivos. Já, em 1828, Wöhler sintetizou substância orgânica em laboratório. Produziu uréia a partir de substâncias inorgânicas. Atualmente diversos processos industriais sintetizam substâncias orgânicas sem a intervenção de organismos. Oparin observou que, havendo proteínas e carboidratos num meio com determinado pH, estas substâncias se aglomeravam, formando os chamados coacervados. Outro cientista, Fox, observara em diferente situação a formação de pequenas esferas de matéria orgânica, que denominou microesferas. Com base nos fatos acima citados, a teoria da evolução afirma que nos oceanos da Terra primitiva, contendo os compostos orgânicos formados numa suposta atmosfera e superfície terrestre, formou-se algo semelhante a uma sopa onde formavam-se aglomerados orgânicos mais ou menos estáveis, que podiam crescer e partir-se, através de processos primitivos de incorporação de alimento e de reprodução, esta sopa foi chamada de sopa pré-biótica. O surgimento de uma membrana seletiva, semipermeável, envolvendo o aglomerado, promoveria uma diferenciação química entre ele e o ambiente exterior. Segundo a teoria da evolução, os aglomerados orgânicos sofriam desde sua formação um processo de seleção, permanecendo os que fossem mais estáveis e que cresciam e se dividiam mais eficientemente, e que melhor aproveitavam a energia das reações químicas que ocorriam em seu interior para manter sua organização. Assim, o processo constante de seleção deve ter promovido a origem de mecanismos fermentativos, de controle genético por enzimas, e de reprodução com hereditariedade, resultando nos primeiros seres que podemos considerar vivos. Estes primeiros seres, são, por esta hipótese, heterótrofos, razão para que seja conhecida, esta explicação, como hipótese heterotrófica. Supõe-se que, de seus processos fermentativos, tenha aumentado a concentração de CO2 dissolvido nos mares. Esse CO2 teria possibilitado o surgimento dos organismos autótrofos, que utilizariam o CO2 para a síntese de suas próprias substâncias orgânicas, numa época em que os compostos orgânicos dos mares se extinguiam devido o consumo dos heterótrofos. A velocidade de formação dos compostos orgânicos por processos abióticos tornou-se inferior à velocidade de seu consumo, o que promoveu severa competição por alimento devido a diminuição de sua disponibilidade. Os autótrofos, por sua vez, segundo a teoria da evolução, podem ter começado a produzir O2, num processo semelhante à fotossíntese atual. O oxigênio presente nos mares deve ter então possibilitado as reações que compõe a respiração aeróbia, processo muito mais eficiente do que a fermentação. A teoria da evolução afirma que os organismos primitivos eram procariontes, ou seja, sem um sistema de membranas internas, e que passado algum tempo, dos procariontes derivaram os eucariontes, com mitocôndrias, alguns com cloroplastos e posteriormente surgiram os pluricelulares, sendo que o ambiente aquático foi o primeiro a ser povoado com vida e posteriormente o ambiente terrestre. Embora a explicação apresentada até aqui pela teoria evolucionista seja revestida de lógica, ela é meramente especulativa e esconde gigantescas dificuldades, como veremos a seguir: a. Está indiscutivelmente provado pela experiência de Miller, que descargas elétricas em um ambiente constituído de determinados gases pode gerar moléculas maiores a partir de moléculas menores. A luz ultravioleta também pode ser empregada no lugar da descarga elétrica, porém deve-se observar que embora estas moléculas sejam maiores do que as moléculas originais, são ainda muito pequenas e simples quando comparadas às moléculas da vida, como por exemplo as complexas proteínas e DNA. b. Se estas novas moléculas tivessem permanecido no céus, flutuando por qualquer razão (ventos, vapores etc) teriam sido logo destruídas pelas mesmas energias que as produziram originalmente, como por exemplo, os raios ultravioletas. Assim, a teoria da evolução argumenta que elas teriam sido levadas pela chuva para a superfície terrestre, onde se distribuíram por lagos, rios e oceanos. Sem dúvidas, a água protegeria as primeiras moléculas da ação das descargas elétricas e raios ultravioletas, porém, a água também impediria a formação de elos entre as moléculas a fim de formar moléculas maiores necessárias para o próximo passo para a evolução da vida (o surgimento de moléculas ainda mais complexas, tais como proteínas), pois, para encadear aminoácidos é necessária a remoção de uma molécula de água em cada aminoácido ligado à cadeia em crescimento da proteína, além de que aminoácidos se dissolvem facilmente na água. Diante disto, a teoria evolucionista argumenta que surgiram moléculas especiais, denominadas "catalisadoras", para bloquear os efeitos químicos da água, além da teoria da evolução ter que propor cenários muito incomuns para contornar este problema. Um cientista chamado Sidney Fox, por exemplo, sugeriu que talvez alguns aminoácidos tivessem sido jogados do oceano primordial sobre uma superfície muito quente, tal como a borda de um vulcão em atividade, o que fez com que a água evaporasse e os aminoácidos se interligassem. Experiências mostraram que aquecer aminoácidos produz um alcatrão marrom escuro, malcheiroso, e não proteínas detectáveis, mas Fox demonstrou que se uma porção muito grande de um de três aminoácidos diferentes for adicionada a uma mistura de aminoácidos purificados e aquecida em um forno de laboratório, eles se juntam, mas mesmo neste caso, não se produz proteínas, e sim uma estrutura química ligeiramente diferente, os proteinóides, que, devido às circunstâncias exatas, precisas e especiais em que são produzidos, gerou uma unaminidade de opinião. Robert Shapiro, por exemplo, comentou: (A teoria dos Proteinóides) atraiu a ira de muitos críticos veementes, variando do químico Stanley Miller... a criacionistas como Duane Gish. Talvez não haja nenhum outro ponto da teoria da origem da vida em que possamos encontrar tal harmonia entre evolucionistas e criacionistas, como na condenação da suposta importância dos experimentos de Sidney Fox. (Origins: A Skeptic Guide to the Creation of Life on Earth, Summit Books, Nova york, 1986, pág. 192) Observe que, mesmo em situações diferentes à proposta por Sidney Fox, a teoria da evolução exige que as moléculas orgânicas se misturem com água em determinado momento e se separe em outro momento, sempre supondo que as condições são precisamente favoráveis, embora exista a probabilidade desta seqüência exata ocorrer, ela é muito remota, por isto a teoria da evolução sempre considera períodos de milhões de anos, mas, atualmente, já há quem recorre à hipótese da vida ter surgido inicialmente em outro planeta, pois a matemática demonstra que até mesmo a idade atual atribuída à Terra é pouca para se esperar que a vida tenha surgido casualmente e evoluído. c. Diante dos muitos cálculos matemáticos que demonstram a impossibilidade do surgimento casual de qualquer simples proteína (o que nem mesmo chega a ser vida), evolucionistas argumentam que estes cálculos não levam em conta que reações químicas com aminoácidos podem ter ocorrido diversas vezes em diversas partes do mundo, o que apontaria para uma probabilidade maior da vida ter surgido ao acaso. É verdade, a probabilidade é bem maior, mas mesmo assim continua apontando para eventos impossíveis de ocorrerem ou bem improváveis. Veja, por exemplo, que a probabilidade de surgir casualmente uma proteína de apenas cinqüenta aminoácidos é de uma chance entre 1065 chances, portanto, segundo a Lei de Borel, este evento não tem chance de ocorrer (a Lei de Borel afirma que qualquer evento que tenha uma chance entre mais que 1050 chances simplesmente não ocorre), mas mesmo que se despreze esta lei matemática, uma chance entre 1065 tem um intervalo médio entre eventos muito grande para que o evento ocorra, para ser levado em conta. Mesmo que ocorressem 1015 (um quatrilhão) de eventos casuais por segundo, já levando em conta que os aminoácidos estejam formados, seriam necessárias muitíssimas vezes a idade atual estimada do universo para que o evento ocorresse. Contar com tão remota probabilidade não é ciência, é fé. Não importa os argumentos evolucionistas, não existe uma probabilidade viável. Mesmo que se argumente que pode existir várias combinações de aminoácidos que também gerariam proteínas válidas biologicamente para a evolução da primeira vida, o intervalo médio citado acima reduziria ainda mais, mas mesmo assim o intervalo seria muito grande, isto ainda levando em conta o quatrilhão de eventos por segundo. Apesar dos cálculos acima serem apenas conjecturas, os cálculos não levam em conta as dificuldades geradas pela presença da água, pelos efeitos destruidores dos raios ultravioletas e pela Segunda lei da Termodinâmica, e ainda partem do pressuposto, favorável à evolução, de que os aminoácidos já estão formados e a atmosfera não possui oxigênio; também calcula apenas a possibilidade de uma simples proteína surgir ao acaso, não um organismo vivo. Portanto, o cálculo foi até generoso para a teoria da evolução, e mesmo assim apontou para a impossibilidade absoluta dela ocorrer: d. A mera ligação de aminoácidos não é capaz de gerar uma proteína verdadeira, os aminoácidos têm que ser ligados em ordens especiais e não há razão, sob o aspecto químico, pela qual devesse prevalecer certa ordem. Os evolucionistas não possuem resposta para este problema de ordem. Alguns sugerem que minerais, como a argila, que possuem estrutura cristalina moldada em certa ordem, poderiam ter atuado como padrões (moldes), fazendo com que os aminoácidos se ligassem em determinada ordem preferencial. Este argumento é extremamente forçoso, pois minerais possuem padrões muito simples, não contendo informação suficiente para comunicar aos aminoácidos como se unir para formar uma proteína, ou para gravar o código DNA em uma molécula em crescimento. É o mesmo que tentar escrever um artigo de biologia, em português, usando palavras de duas ou três letras. É impossível, pois tais palavras curtas não são capazes de transmitir todas as informações necessárias. O companheiro de pesquisa de Hoyle, Chandra Wickramasinge, comentou: "Ao contrário da noção popular de que só o criacionismo se apóia no sobrenatural, o evolucionismo deve também apoiar-se, desde que as probabilidades da formação da vida ao acaso são tão pequenas que exigem um 'milagre'de geração espontânea equivalente a um argumento teológico" e. Até aqui analisamos a dificuldade para que uma simples proteína surja através dos processos propostos pela teoria da evolução, mas, as dificuldades não se encerram aqui, pois moléculas de proteínas e de DNA não constituem organismos vivos, estas moléculas devem ser dispostas em uma ou mais células. Assim, a teoria da evolução deve explicar como as moléculas orgânicas se agruparam para formar uma célula. Diante disto, a teoria da evolução argumenta que quando a "sopa", "caldo primitivo", "caldo primordial" ou "sopa pré-biótica" tornou-se concentrado, as moléculas orgânicas começaram a se separar da água de forma semelhante ao óleo que se separa da água depois que o óleo e água são sacudidos juntos. Algumas moléculas, como as encontradas em sabão e detergente, possuem uma extremidade que se mistura com líquidos oleosos, esta é a razão que faz com que detergentes derramados em esponjas molhadas com água removam gorduras em pratos e talheres. Se tais moléculas estivessem presentes próximas à "sopa", teriam se unido à superfície das gotas de óleo para formar uma espécie de membrana ao redor da gota, assim como a tinta pode envolver uma esfera de vidro. Algumas outras moléculas poderiam ter aderido à parte interna da membrana formando uma nova camada, constituindo, assim, uma camada dupla à semelhança da membranas encontradas ao redor e dentro de células vivas. f. Apesar de se falar em moléculas e reações químicas, esta explicação para a evolução da célula viva está mais para o mito do que para algo que possa ser chamado de científico, pois, primeiramente, uma gota oleosa de moléculas orgânicas, mesmo com uma dupla membrana ao seu redor, é bem diferente de uma célula viva, assim como uma pilha de tijolos é bem diferente de uma fábrica em pleno funcionamento. Mais uma vez os evolucionistas utilizam-se de períodos de tempo demasiadamente longos para afirmar que uma simples gota de moléculas pode transformar-se em uma célula viva, mas, para que isto ocorresse seria necessário, primeiramente, que as gotas oleosas durassem muito tempo! Gotas de óleo, por mais misturadas que sejam com água (esta mistura é chamada emulsão), tendem a separar-se da água e flutuar sobre a superfície, se expondo aos destrutivos raios ultravioletas, por exemplo. Também há o efeito destrutivo da Segunda lei da Termodinâmica, enfim, a gota oleosa não poderia em nenhuma hipótese existir por milhões de anos e, certamente não se pode contar com que a estrutura desta gota seja hereditária e seja transmitida a outras novas gotas, pois, segundo a própria teoria evolucionista, a formação da dupla membrana é casual e causada em decorrência de ações do ambiente. Além disto tudo, a própria impossibilidade de se simular, em laboratório, a formação destas gotas misturando as moléculas adequadas e posterior transformação destas gotas em células vivas, deixa evidente que os eventos sugeridos pela teoria da evolução para a formação de proteínas e células vivas é apenas um conto de fadas para adultos. "Considerando o modo como a sopa pré-biótica é referida em tantas discussões sobre a origem da vida como uma realidade já estabelecida, é de certo modo um choque perceber que não há absolutamente nenhuma evidência positiva de sua existência." [Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis (Bethesda, Maryland: Adler and Adler Publishers, 1986) pág. 261 (emphasis added)]. A Atmosfera Primitiva Além de ser extremamente improvável a geração espontânea de complexas moléculas orgânicas, também se torna necessário que estas moléculas, depois de formadas, sejam preservadas até que todos os outros elementos químicos necessários se reúnam para que seja formado o primeiro organismo vivo. Porém um dos maiores impedimentos para que isto tenha ocorrido seria a presença de oxigênio na atmosfera, pois assim como um pedaço de ferro se oxida, as moléculas orgânicas complexas, necessárias para a origem química da vida, seriam quebradas pelo oxigênio, tornando-as moléculas menores. Portanto, para que a teoria evolucionista seja válida, é necessário supor que a atmosfera primitiva não possuía oxigênio, mas esta suposição não fornece evidências da composição da atmosfera primitiva. Evolucionistas afirmam que todo o oxigênio deve ter sido produzido por folhagens, através da fotossíntese. Esta teoria parece viável, porém não há prova científica de que isto ocorreu. Sabe-se que sempre houve grande quantidade de oxigênio no planeta Terra, pois as rochas contém altas concentrações deste elemento químico, embora não se pode dizer se o oxigênio encontrava-se livre, como acontece hoje. A afirmação de que a atmosfera primitiva não possuía oxigênio é também uma teoria, que se sustenta na teoria da evolução, procurando se harmonizar com esta. J. H. Rush (em "The Dawn of Live, Garden City: Hanover House, 1957, pág 79) deixa bem claro que a "crença" em uma atmosfera sem oxigênio se sustenta na teoria da evolução e que é mera especulação: "Como outros aspectos da origem da Terra, a formação da sua atmosfera deriva da teoria escolhida para justificar a origem do sistema solar. Qualquer teoria séria, porém, envolve condições que deveriam ter levado ao acúmulo de uma atmosfera de gás em torno de qualquer corpo planetário suficientemente sólido para suportá-lo. Quais os gases presentes e em que proporções, são perguntas deixadas a cargo da especulação em lugar de qualquer certeza real." Em "Development of the Hydrosphere and Atmosphere, with Special Reference to Probable Composition of the Eary Atmosphere", Pág 636, William Rubey cita várias razões para sua crença na composição da atmosfera primitiva, todas as razões se sustentam em suposições prévias relativas relacionadas à teoria da evolução ou analogia com alguns planetas do sistema solar: "As razões que levaram esses escritores a considerar o metano ou amônia, ou ambos, como constituintes principais da primeira atmosfera são provavelmente várias, mas podem incluir uma ou mais das seguintes: Primeiro, sabemos que o hidrogênio e o hélio excedem abundantemente todos os demais elementos químicos... Se o hidrogênio em certa época existia em abundância na atmosfera da terra, então o metano e a amônia, em lugar do dióxido de carbono e do nitrogênio, deveriam ser os gases predominantes. Uma segunda consideração é o fato do metano e a amônia serem os gases mais abundantes nas atmosferas dos principais planetas... Terceiro, a hipótese de Oparin (1938) e Horowitz (1945) é muito atraente para os cientistas em muitas áreas. Isto pressupõe que antes do ozônio ter-se tornado um constituinte significativo da atmosfera terrestre, compostos orgânicos complexos foram sintetizados por processos fotoquímicos; que as formas de vida mais primitivas se originaram desse modo; e que essas primeiras moléculas autoduplicativas evoluíram em organismos mais específicos ao consumirem o suprimento de compostos orgânicos formados anteriormente. Essa hipótese parece exigir uma atmosfera reduzida... Finalmente, Miller (1953) teve êxito em sintetizar dois aminoácidos... fazendo passar uma descarga elétrica (os efeitos da qual seriam comparáveis aos de um relâmpago) através de uma mistura de vapor, metano, amônia e hidrogênio." As duas primeiras suposições de Rubey partem da suposição de que a Terra foi formada de modo semelhante a alguns outros planetas do sistema solar, no entanto, se não nos sustentarmos na teoria evolucionista e supor que Deus criou a Terra para manter a vida como a conhecemos, a suposição de Rubey torna-se errada. A terceira suposição se sustenta puramente na crença da geração espontânea da vida (abiogênese) , aí podemos notar uma sustentação mútua de teorias: A teoria da evolução parte do pressuposto de que a atmosfera primitiva não tinha oxigênio, e a teoria de que a atmosfera primitiva não tinha oxigênio parte do pressuposto de que houve geração espontânea da vida (teoria da evolução). A Quarta suposição se sustenta no resultado de uma experiência em laboratório (a já citada experiência de Stanley Miller, em 1953) que foi realizada partindo da suposição de que a atmosfera primitiva se constituía exatamente dos ingredientes necessários para a formação de aminoácidos. Novamente uma harmonia proveniente de sustentação mútua. A experiência de Miller se baseou na crença de que a atmosfera primitiva se constituía de determinados ingredientes e ausência de oxigênio; atualmente, a crença de que a atmosfera primitiva se constituía de determinados ingredientes e ausência de oxigênio, utiliza-se também, para se sustentar, da experiência de Miller. Fica evidente que a crença na teoria da evolução é a principal razão para se acreditar que a atmosfera primitiva tinha uma determinada composição e ausência de oxigênio. Esta crença se sustenta apenas em suposições, sem nenhuma prova apresentada. Não há prova científica que a Terra alguma vez tenha tido uma atmosfera sem oxigênio como os Evolucionistas requerem. Rochas mais antigas da Terra contêm evidências de terem sido formadas em uma atmosfera com oxigênio. Evidências de oxigênio livre têm sido encontradas em rochas supostamente 300 milhões de anos mais velhas que as primeiras células vivas. [Harry Clemmey e Nick Badham, "Oxygen in the Precambrian Atmosphere: An Evaluation of the Geological Evidence," Geology, Vol. 10 (March 1982), p. 141] ["Smaller Planets Began with Oxidized Atmospheres," New Scientist, Vol. 87, No. 1209 (July 10, 1980), p. 112.] [John Gribbin, "Carbon Dioxide, Ammonia – and Life," New Scientist, Vol. 94, No. 1305 (May 13, 1982), pp. 413-416.] A presença de oxigênio na atmosfera é um obstáculo intransponível para a teoria da evolução, não apenas pelo fato do oxigênio destruir as grandes moléculas muito antes de atingirem o estágio de vida, mas também porque quase todas as formas de vida dependem atualmente do oxigênio. Mas, segundo a teoria da evolução, os primeiros organismos vivos não poderiam depender do oxigênio, pois, como já foi dito, não podia haver oxigênio na atmosfera para que as complexas moléculas orgânicas não fossem destruídas, assim, a teoria procura fazer que se acredite que, em determinado momento, organismos que não conseguiam viver com oxigênio transformaram-se (talvez gradualmente) em organismos que não conseguem viver sem oxigênio! Algo extremamente improvável! Segunda Lei da Termodinâmica A segunda lei da termodinâmica é uma lei da física que governa toda e qualquer interação química, física ou biológica já estudada. É uma lei da física tão atuante quanto a lei da gravidade, não há matéria que não seja influenciada por ela, até mesmo os chamados "eternos" diamantes um dia se transformarão em carvão graças a esta lei. A Segunda lei da termodinâmica declara que tudo tende ao desgaste, à simplificação, à deterioração, ou seja, existe uma tendência natural de qualquer sistema (aberto ou fechado) de se tornar cada vez mais desordenado. Essa tendência só pode ser contornada através de uma fonte externa de energia controlada por um mecanismo de ingestão-depósito-conversão, onde a energia é manipulada de forma a fazer a contínua manutenção da complexidade do sistema. Isto é simplesmente contornar a 2ª lei da termodinâmica (não o mesmo que resistir ou a desafiar), evitando-se a entropia. Evolucionistas argumentam que a Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica à questão da evolução dos seres vivos, pois a Terra é um sistema aberto. Isto é verdade, mas somente até certo ponto, pois os seres vivos contam com mecanismos que compensam os efeitos da entropia, utilizando-se da energia proveniente do Sol (o fato da Terra receber uma grande quantidade de calor do Sol é que a faz um sistema aberto). A Terra está recebendo energia do Sol a todo o momento e alega-se, portanto, que a evolução química da vida pode ocorrer. O Prof. Ilya Prigogine ganhou o Prêmio Nobel de Química por provar que a segunda lei da termodinâmica não se aplica a "sistemas abertos" tais como organismos vivos já estruturados, que têm todos os complexos mecanismos para aproveitar a energia. Através da fotossíntese, a planta captura energia do sol, acumulando-a na forma de elos químicos. Ao se alimentar de plantas, os animais aproveitam a energia acumulada nas plantas. O cloroplasto é o mecanismo que captura e dirige a energia solar para o trabalho útil. Observe que a mera queima de gasolina não produz movimento (trabalho útil em um automóvel), é necessária existência de um mecanismo que transforme a combustão em movimento. Essa é a função do motor do automóvel, também as células precisam de um tipo de "motor" para aproveitar a energia para manter o organismo sempre em manutenção devido os efeitos da entropia, ou seja, os seres vivos não têm maiores problemas com a entropia desde que convertam energia para manterem suas estruturas, isto não tem muito a haver com o fato dos seres vivos evoluírem ou não, desde que já possuam um complexo sistema para a conversão de energia em trabalho útil. Aqui está o grande problema com a teoria da evolução: Se a tendência de todos os produtos químicos é desagregarem-se em vez de se tornarem mais complexos, a teoria da evolução faz uma afirmação contrária a uma lei da física ao declarar que as estruturas moleculares simples tornaram-se casualmente estruturas moleculares complexas no processo evolutivo que transformou gradativamente simples moléculas orgânicas, tais como aminoácidos e proteínas, em estruturas mais complexas, tais como ácidos nucléicos autoreplicantes, pois estas estruturas, que inicialmente seriam simples, não poderiam existir por tempo suficiente para continuarem evoluindo, por não contarem com mecanismos que convertessem energia em trabalho útil para a manutenção de sua existência. George Wald, em "The Origins of Life", Scientific American, vol. 191, 1954, Pág 49, escreve: "Na vasta maioria dos processos pelos quais nos interessamos, o ponto de equilíbrio fica bem além, próximo do lado da dissolução. Ou seja, a dissolução espontânea é muito mais provável e, portanto, ocorre muito mais depressa do que a síntese espontânea." Isto significa que se as moléculas orgânicas mais complexas surgissem "milagrosamente" ao acaso, ainda teriam que depender de "outro milagre", pois haveria a tendência de se dissolverem rapidamente, não havendo possibilidade de um número suficiente de moléculas ser acumulado para servir de matéria prima para formar a primeira célula. Quando falamos da origem da vida, estamos falando de uma época em que não existia cloroplasto, este mecanismo só surgiria, segundo a teoria da evolução, posteriormente, depois que os organismos já fossem bem complexos (e vivos). A teoria evolucionista argumenta que os primeiros organismos retiravam energia do processo de fermentação, porém, além de pouco eficaz, este processo já exigiria uma determinada complexidade que não poderia também existir antes de determinada fase evolutiva, não havendo portanto, uma maneira para as primeiras moléculas complexas resistirem à segunda lei da termodinâmica, por não haver uma maneira para capturar, acumular e converter a energia solar em trabalho útil para manutenção de suas existências, não importando, portanto, se a Terra é um sistema "aberto" ou "fechado", pois não havia maneira de se aproveitar a energia. Segundo Josh Mc Dowell e Don Stewart, isto é quase o mesmo que estar numa balsa no oceano sem ter água fresca. Existe água em toda parte, mas nem uma gota para beber. A Complexidade do Código Genético Toda a descrição das características de qualquer organismo vivo está no interior de cada célula que o constitui. No núcleo de qualquer célula viva existem estruturas denominadas "cromossomos", que são compostos por segmentos chamados genes. Os genes contêm as instruções necessárias para "gerar" ou "formar" o animal ou planta, um gene pode controlar a cor dos pêlos de um animal, o tamanho dos folhas de uma planta ou qualquer outra característica. Os genes são formados de longas moléculas de um substância denominada DNA (ácido desoxiribonucléico). A molécula de DNA é gigantesca, formada por milhares de átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo, dispostos de uma maneira muito especial e complexa, cujo arranjo se assemelha a uma escada em espiral. Os dois lados da escada compõem a dupla espiral enquanto os degraus unem as duas espirais. Existem somente quatro tipos de degraus, cada um constituído de diferentes grupos de átomos. Embora uma simples molécula de DNA possua muitos milhares de degraus em sua escada espiral, cada degrau se classifica entre um dos quatro tipos, ou seja, podemos dizer que todas as informações genéticas são descritas apenas com quatro símbolos ou letras. Um minúsculo pedaço de uma molécula de DNA, com apenas dez degraus, pode ser arranjado de 1.48.576 maneiras diferentes, dependendo da ordem em que os quatro degraus são dispostos. O Número de diferentes moléculas de DNA que podem ser formadas com cem degraus é superior a um trilhão. Isto tem alguma importância? Sim, pois a ordem dos genes na molécula de DNA compõe o código da vida, combinações diferentes geram espécies de organismos diferentes, no entanto, a maioria das combinações possíveis não são válidas, assim como não é qualquer combinação de letras que geram frases. Para exemplificar e se ter uma idéia matemática da complexidade de combinações, vamos usar a frase "EVOLUÇÃO NÃO EXISTE": A frase "EVOLUÇÃO NÃO EXISTE" é constituída de 19 caracteres. Se considerarmos que dispomos de 26 letras e o espaço em branco para formarmos qualquer frase de 19 caracteres (neste cálculo, por se tratar apenas de um exemplo hipotético, para simplificar, não vamos considerar os símbolos de acentuação, pontuação, números, etc), podemos descobrir quantas combinações possíveis de 19 caracteres existem, com o seguinte cálculo: Para cada posição no conjunto de 19 caracteres, temos 27 alternativas (26 letras e o espaço em branco), portanto, para a primeira posição temos 27 opções e para a Segunda posição também temos 27 posições, então o número de combinações possíveis somente para as duas primeiras posições é de 272 (27 x 27), ou seja, 729 combinações, onde as combinações são todos os pares possíveis de letras e espaços, tais como: "AA", "AB", "AC"... "BA", "BB", "BC", "BD"... "C ", "JA", "PA", "KL", "OI" etc. O número de combinações para as 3 primeiras posições é de 273 (27 x 27 x 27), ou seja, 19683 combinações, onde as combinações poderiam ser, por exemplo, "AAA", "AAB", "AAC", "AAD", "BOM", "MAU", "VIR", "YOU" etc. Desta forma, podemos concluir que o número de combinações possíveis de caracteres em um conjunto de 19 caracteres é de 2719 combinações, um número tão alto que se criarmos um programa de computador que apresente uma combinação diferente a cada segundo, seriam necessários mais de 1027 segundos para passar por todas as combinações, no entanto, nosso planeta tem a idade estimada em pouco mais de 1017 segundos (equivalente à aproximadamente 4 bilhões de anos). Note que entre todas combinações possíveis estarão todas as frases, de qualquer idioma, que tenham até 19 caracteres (exemplo: "BOM DIA", "VAMOS PENSAR"), é uma quantidade grande de frases, porém, muito maior é o número de combinações que não fazem sentido algum ( exemplo: "AABH IUJL MR"), frases com erros ortográficos (exemplo: "BOM DIEA"), ou frases sem sentido gramatical ou lógico (exemplo: "NADAR CARRO TELHA"). O código genético se comporta de modo semelhante, o número de combinações que de nada servem é muitas vezes maior que o número de combinações que podem gerar organismos vivos completos, que existem, existiram ou que poderiam existir, portanto, afirmar que através de alterações casuais ou acidentais pode-se gerar um organismo vivo é mais uma questão de fé no improvável do que uma questão científica viável. O modo pelo qual o código DNA opera é o seguinte: A molécula de DNA é como uma matriz ou padrão para a produção das moléculas chamadas "proteínas", através de outra espécie de ácido nucléico, chamado RNA, que se forma anteriormente usando o DNA como padrão, as proteínas são copiadas. A Ordem dos degraus do DNA definem que espécie de proteína é produzida. Estas proteínas são as responsáveis pelo crescimento e atividade da célula que, por sua vez, controla o crescimento e a atividade do organismo inteiro. De forma semelhante ao exemplo das combinações de 19 caracteres que foi citado anteriormente, a maioria das possíveis cadeias de aminoácidos não produz proteínas encontradas em coisas vivas. Elas não têm sentido em termos biológicos. Também a maioria das cadeias de aminoácidos não são proteínas reais ( ou seja, biologicamente úteis). Em seu livro "The genetic Code", pg.92, Issac Asimov calculou que existem 8 x 1027 ( 8 seguido de 27 zeros) possíveis combinações diferentes de proteínas semelhantes à insulina, se fosse produzida uma dessas proteínas a cada segundo, teríamos que aguardar mais de 10 bilhões de vezes a suposta idade do universo (10 bilhões de anos). Asimov calcula que o número de diferentes combinações de hemoglobina é de 135 x 10165, mais uma vez, só um número bem limitado de combinações pode ser utilizado. Não seria possível ter uma amostra de cada uma dessas combinações, pois o número total de átomos do universo conhecido é de apenas 1078. Se fossem produzidas 10100 (1 seguido de 100 zeros) combinações por segundo, seria consumida matéria equivalente a aproximadamente 10 sextilhões de universos a cada segundo por um período de dez trilhões de trilhões de anos para produzir todas as combinações de hemoglobina. Impossível também é, por exemplo, o surgimento casual de uma proteína com apenas 50 amino-ácidos, cuja probabilidade é de apenas uma chance entre 1065 (o número 1 seguido de 65 zeros). A mais simples célula possui milhares de tipos de proteínas, além de muitas outras estruturas complexas. Pelos fatos citados acima, percebemos como é complexo o código genético, porém, a teoria evolucionista alega que o primeiro organismo vivo surgiu casualmente por não ser tão complexo quanto os organismos unicelulares atuais, porém, esta afirmação também é cientificamente inconsistente, como veremos a seguir. Nenhum dos defensores da teoria da evolução afirma que o primeiro organismo vivo foi um vírus, isto porque a existência de vírus depende da existência anterior da complexidade de células vivas das quais os vírus retiram o material para se reproduzirem. Devido esta dependência das células vivas, qualquer vírus é uma estrutura biológica considerada extremamente simples. O menor vírus conhecido contém 2.500 degraus em sua molécula de DNA, portanto, a probabilidade de sua estrutura de DNA surgir ao acaso é de uma chance entre 101505 chances, ou seja, o surgimento ao acaso da mais simples molécula de DNA conhecida é matematicamente impossível (segundo a lei de Borel, qualquer evento cuja chance de ocorrer é menor que 1 chance entre 1050 chances simplesmente não ocorre, o limite cósmico da lei de Borel é de 10200, o que não faz diferença neste caso). Dentre outras dificuldades, o primeiro organismo vivo teria que ser mais complexo que um vírus, para se multiplicar e contornar os efeitos da entropia, e também simples o suficiente para surgir ao acaso, um paradoxo! A teoria evolucionista atual não declara que a primeira célula viva surgiu instantaneamente. Ela declara que grandes moléculas reagiram entre si, de alguma forma, para formar células "simples". Porém, como vimos, tanto as grandes moléculas orgânicas, como a mais simples célula, são estruturas altamente complexas. Milhões de moléculas de proteínas, de milhares de tipos, teriam que surgir espontaneamente ao mesmo tempo e no mesmo lugar (possivelmente uma lagoa, segundo a teoria), em seguida elas teriam que se ordenarem numa seqüência correta para formar as diversas partes de uma célula (uma das partes é o núcleo com seus cromossomos, cuja complexidade já foi aqui citada). Há também o problema de que para a produção de enzimas protéicas é necessário DNA e RNA e para a produção de DNA e RNA são necessárias enzimas protéicas, surge um círculo vicioso onde não é possível que qualquer célula exista antes de outra. Os evolucionistas, diante de cálculos do tipo aqui apresentados, alegam que tipos de cálculos que geraram os resultados acima citados são errados, pois deve-se fragmentar os cálculos devido o processo de formação da primeira vida ter sido provavelmente em fases, porém, mesmo que se admita que as informações para os cálculos sejam hipotéticas e erradas, deve-se observar que: Estes cálculos já são bem favoráveis à evolução, pois partem do pressuposto de existirem condições favoráveis (todos os elementos químicos necessários estarem disponíveis no mesmo local e não haver agentes químicos que impedem a formação das moléculas, tais como o oxigênio), e mesmo assim sugerem, em qualquer cálculo hipotético a impossibilidade do surgimentos de complexas moléculas orgânicas, o que ainda é bem diferente de uma célula viva; Não existem experiências que comprovem a validade de qualquer processo favorável à geração espontânea da vida; Nem mesmo outras formas de cálculos apontam para resultados que tornam a geração espontânea da vida matematicamente possível. O Dr. N.W. Pirei da Estação Experimental Rothamstead em Harpendem, Inglaterra, rejeita todo o conceito de abiogênese espontânea, baseado no bem conhecido fato de que "moléculas complexas, tais como proteínas, não aparecem na nossa experiência científica espontaneamente, nem mesmo por fases, e todas as formas de vida conhecidas nos nossos dias são dependentes de proteínas". O professor A. I. Oparin, acreditava que simples compostos orgânicos, semelhantes aos vivos, como hidrocarbonos, poderiam adquirir vida espontaneamente, sob cuidadosas condições de laboratório, porém, muitos cientistas presentes ao simpósio acerca da origem da vida realizado em agosto de 1957, em Moscou, não creram que as idéias de Oparin fossem válidas. Eles não acreditaram que moléculas suficientemente grandes, das espécies certas de proteínas, pudessem surgir espontaneamente para tornar-se a base da vida orgânica. O Dr. Erwin Chartaff, da Universidade de Colúmbia (EUA), declarou: "A nossa época é provavelmente a única em que a mitologia penetrou no nível molecular!" (Nuceic Acids As Carriers of Biological Information, A Origem da Vida na Terra, pg 298-99). Até aqui analisamos a probabilidade de uma molécula orgânica ou forma simples de vida surgir ao acaso. Agora, qual seria a probabilidade do homem evoluir? Carl Sagan, F.H.C. Crick e L.M. Muchin, no livro Communication and Extraterrestrial Intelligence (CETI) calcularam que a probabilidade é de aproximadamente uma chance entre 102000000000 ( o número 1 acompanhado de dois bilhões de zeros à direita, seriam necessários 2 Gb de memória para guardar todos os zeros digitados, seria impraticável digitar tantos zeros e transferi-los pela internet, seriam necessários dias para a transferência dos dados), esta probabilidade, novamente, é infinitamente acima da lei de probabilidade de Borel (uma chance entre 1050 ou o enorme limite cósmico de Borel de 10200, limites que quando ultrapassados, os eventos simplesmente não ocorrem). Estatisticamente falando, conforme declarações do famoso astrônomo Sir Fred Hoyle, é mais fácil um tornado varrer um depósito de sucata e construir um Boing 747 com o material nele contido do que formas superiores de vida emergirem através dos processo evolutivos! É preciso muita fé no acaso para acreditar que a vida tenha surgido sem um criador. Randy L. Wysong D.V.M., instrutor de anatomia humana e fisiologia expressa muito bem isto no livro The Creation-Evolution Controversy (A Controvérsia Criação-Evolução): A evolução pode ser considerada como uma espécie de religião mágica. A magia é simplesmente um efeito sem causa, ou pelo menos sem causa competente. "acaso", "tempo", e "natureza" são os pequenos deuses mantidos nos templos evolucionistas. Esses deuses não podem, porém, explicar a origem da vida. Eles são impotentes. Desse modo, a evolução fica sem uma causa eficaz e é, portanto, apenas uma explicação mágica para a existência da vida... Órgãos Vestigiais A teoria da evolução apresenta como evidência de evolução a existência de órgãos em animais, que aparentemente não têm função, porém, ao analisarmos mais detalhadamente estas supostas evidências veremos que a existência destes órgãos não implica que estes são realmente vestígios de órgãos herdados de antepassados evolutivos, pois já se sabe que eles possuem funções que antes eram desconhecidas. Todos os órgãos endócrinos e linfáticos já foram considerados vestigiais, no século XIX afirmava-se que no corpo humano havia aproximadamente 180 órgãos vestigiais, e ainda em 1971, a Encyclopaedia Britannica reivindicou mais de 100 órgãos que restavam como vestígio no ser humano, e até mesmo órgãos extremamente importantes como a glândula paratireóide eram considerados como vestígios simplesmente porque suas funções não eram compreendidas. Como a ciência biomédica progrediu, atualmente há reservas para se afirmar que existem órgãos sem função, mas, apesar disto, livros de ensino citam alguns órgãos como sendo vestígios que provam a evolução. Os exemplos de órgãos vestigiais mais freqüentemente usados são o cóccix e apêndice humanos. O Cóccix O cóccix é um pequeno osso que termina a coluna vertebral na parte inferior. Os evolucionistas afirmam que este osso é um vestígio da cauda de nossos antepassados. A coluna vertebral é uma seqüência linear de ossos que como quase tudo que se conhece, tem um começo e um final, mas onde quer que termine, os evolucionistas insistem em chamar o final de vestígio de um rabo. Esta idéia é erroneamente aceita principalmente pelo fato de que os livros de biologia ainda dão a impressão errônea que o cóccix humano não tem nenhuma função além de provar a existência da evolução, porém, o cóccix tem funções importantes, serve como um ponto para anexar vários músculos pélvicos, formando o diafragma pélvico. O cóccix, com seu diafragma pélvico, mantém fixos muitos órgãos em nossa cavidade abdominal evitando que estes literalmente caiam por entre as pernas. Alguns dos músculos do diafragma pélvico também são importantes para o controle de eliminação de dejetos de nosso organismo pelo intestino reto. Apêndice Humano O apêndice humano também é citado pelos evolucionistas como vestígio de nosso passado evolutivo, sendo uma sobra inútil, um órgão atrofiado pela falta de uso, por não mais se comer, por exemplo, carne crua ou vegetais mais resistentes em termos de digestão. Muitos livros que ensinam a teoria da evolução afirmam que o apêndice humano é um vestígio de cécum (a primeira parte do intestino grosso, também chamado ceco) de nossos antepassados evolutivos vegetarianos. O cécum é uma bolsa próxima ao início do intestino grosso, que provê um espaço adicional para a digestão. Em alguns animais vegetarianos, como vacas, por exemplo, o cécum contém bactérias especiais que ajudam na digestão de celulose. O apêndice não é um vestígio de cécum, pois quase todos os mamíferos têm um cécum e muitos deles também têm um apêndice. Da mesma forma que as amígdalas, e os tecidos adenóides, que também já foram considerados órgãos vestigiais, o apêndice é um órgão linfático (parte do sistema imunológico do organismo) que produz anticorpos contra infecções no sistema digestivo, sua remoção aumenta a suscetibilidade de uma pessoa para leucemia, a doença de Hodgkin, câncer do cólon e câncer dos ovários. Acreditando plenamente na crença da teoria da evolução, de que o apêndice era apenas um vestígio de nossos antepassados menos evoluídos, muitos cirurgiões removiam apêndices saudáveis como mera precaução para impedir que um problema futuro ocorresse ou sempre que o apêndice estava na cavidade abdominal. Atualmente, a remoção de um apêndice saudável, na maioria das circunstâncias, seria um considerável erro médico, estando provado que idéias evolutivas não científicas foram prejudiciais para o avanço de verdadeira ciência. Não existem órgãos sem funções (vestigiais), existem órgãos com funções ainda não muito esclarecidas (o próprio apêndice ainda não têm todas suas funções muito bem esclarecidas). Porém, mesmo que órgãos vestigiais existissem de fato, isto não seria evidência de evolução, mas de degeneração ou perda, sendo que a maior proposta da teoria da evolução sugere justamente o contrário: surgimento ou adaptação de órgãos para novos propósitos. Apesar de evolucionistas ainda afirmarem que determinados órgãos são vestigiais, a literatura médica já apresenta a funcionalidade destes órgãos. Uma obra, por exemplo, é o livro "Bogliolo - Tratado de Patologia". Nos machos de todas as espécies de mamíferos, inclusive no homem, existem glândulas mamárias desativadas, porém, apesar da cultura de massa relacionada à teoria da evolução, nenhuma autoridade científica que crê na teoria evolutiva sugeriu que estes órgãos são vestígios evolutivos. As glândulas mamárias não são inúteis para as espécies, são rudimentares apenas nos machos. Machos e fêmeas se desenvolvem de embriões quase idênticos, os quais, em uma fase inicial do desenvolvimento, ficam masculinos ou fêmeas conforme a influência dos genes nos cromossomos de sexo. As mesmas partes de um embrião pode produzir órgãos de sexo masculino ou feminino e glândulas mamárias que se desenvolverão ou permanecerão rudimentares conforme o sexo. Em humanos, podem estar quase todos os componentes de órgãos femininos em forma rudimentar nos homens, e o contrário também é verdade, mulheres também possuem órgãos masculinos de forma rudimentar. Assim, a presença de órgãos rudimentares nos adultos não nos fala algo sobre evolução, mas nos conta bastante sobre embriologia. OS MECANISMOS DA EVOLUÇÃO Talvez, uma das principais razões que levam um observador dos mecanismos naturais a crer que a evolução dos organismos vivos é um fato incontestável, são os processos que desencadeiam mudanças em populações de espécies com reprodução sexuada. A teoria sintética da evolução afirma que o processo evolutivo ocorre como conseqüência do equilíbrio entre a "variabilidade" e a "seleção natural", com este afirmação é que fatos e teoria se confundem, pois a existência da variabilidade e da seleção natural leva muitas pessoas a crer na incontestabilidade da teoria da evolução. Mas, apesar de existir variações nas espécies, os mecanismos geradores de variações, conforme todas as observações feitas em laboratório ou na natureza, não são mecanismos de evolução, sendo tão somente mecanismos de sobrevivência de espécies sem que se crie novas espécies, ou seja, surge apenas evolução horizontal (micro evolução), que na verdade não se trata de evolução. Não há o verdadeiro processo evolutivo, a evolução vertical. Vamos conhecer e analisar os processos de variabilidade e separar o que é "fato" do que é "crença" ou "equívoco", porém, para isto, é necessário compreender os conceitos de espécie e população, e posteriormente conhecer as causas de variações nas espécies (fontes de variabilidade): Espécie: conjunto de indivíduos potencialmente intercruzáveis, com produção de descendentes férteis; População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie, convivendo em um dado espaço durante determinado período de tempo. FONTES DE VARIABILIDADE As diferenças entre indivíduos da mesma espécie definem o grau de variabilidade desta espécie. Cada espécie tem o seu próprio grau de variabilidade, segundo a intensidade dos processos de seleção a que estão submetidas, por exemplo, a espécie humana, mostra alto grau de variabilidade, pelo fato de haver certo relaxamento da seleção natural, havendo pessoas de cor branca, de cor negra, altas, baixas, fortes, rápidas, fisicamente mais frágeis etc. A variabilidade nas populações naturais deve-se a dois tipos básicos de fatores: ambientais e genéticos. FATORES AMBIENTAIS A variabilidade provocada por fatores ambientais restringe-se ao aspecto fenotípico, não sendo, portanto, hereditária, embora a potencialidade de reagir aos fatores ambientais são. Exemplos de fatores ambientais são exposição à luz solar, nutrição, doenças, exercícios, acidente etc, provocando modificações nos indivíduos a eles submetidos, mas não nas gerações futuras. MUTAÇÃO GÊNICA Mutação gênica é qualquer alteração em qualquer seqüência de bases nitrogenadas do DNA responsável por determinada característica do organismo. Geralmente originam-se espontaneamente, por acidentes na duplicação do DNA ou no metabolismo celular, mas também podem se originar através de agentes mutagênicos (geradores de mutações) de natureza física (calor, radiações) ou química (formal, fenol, gás mostarda). Embora possam ocorrer em qualquer célula do organismo, as mutações só serão hereditárias se ocorrerem nas células germinativas que originarão gametas, ocorrendo em uma célula somática, a mutação não será hereditária, se restringindo ao indivíduo atingido. Considerando que os organismos estão adaptados ao ambiente em que vivem é fácil presumir que as mutações, que ocorrem aleatoriamente, são geralmente desfavoráveis e as mutações que provocam alterações drásticas no material genético geralmente provocam alterações fenotípicas desfavoráveis, tornando os portadores da mudança menos eficientes na manutenção da sobrevivência, tendendo a serem eliminados. A teoria evolucionista concorda com as afirmações acima citadas, mas afirma que mutações com efeitos pequenos sobre o fenótipo podem contribuir para a evolução, e quanto ao fato dos organismos estarem perfeitamente adaptados ao ambiente, é argumentado que as mutações podem ser favoráveis quando há alterações no ambiente. Apesar de existirem mutações e a explicações da teoria da evolução ser revestida de lógica, não há evidências de que as mutações sejam responsáveis por qualquer tipo de evolução, pois, sendo necessário que as mutações tenham pequenos efeitos sobre o fenótipo e que se torne comum entre os indivíduos de uma determinada espécie, é de se esperar que tenha existido gerações de populações, cada uma com uma pequena mutação, até chegar a uma espécie mais recente com a união de todas as pequenas modificações no fenótipo, formando assim uma seqüência evolutiva, porém, a lógica empregada aqui se assemelha à lógica dos princípios universais segundo algumas religiões orientais, ou seja, embora tenha sentido (como deve ser para qualquer teoria), não há evidências de que seja real. Não há qualquer evidência na natureza de que mutações tenham criado uma nova espécie. O estudo da genética, observações e experiências demonstram que as mutações benéficas aos organismos não passam de mito que foi perpetuado por A. M. Winchester em "Genetics", Dallas: Houghton Miffin, 1966, Pág 405, quando declarou: "A mutação oferece um campo virtualmente ilimitado para a seleção. O fato de mais de 99% das mutações estudadas em várias formas de vida serem prejudiciais até certo ponto, pode parecer excluir a importância das mutações como um fator na evolução adaptativa". "Todavia, é justamente essa fração de 1%, que acontece ser benéfica, que forma a base para a maioria dos desenvolvimentos evolutivos. Foram as mutações que permitiram que a vida chegasse até as estupendamente complicadas organizações que muitas formas possuem hoje. Da massa caótica de mutações casuais, ocorridas através das eras, os fenômenos de seleção exercem sua influência e põem ordem no caos." A declaração acima, de Winchester, é meramente uma conjectura empírica, pois, primeiramente ele declara que 1% das mutações são benéficas e responsáveis pela maioria dos desenvolvimentos evolutivos, porém não há estudo estatístico que aponte para este otimista 1% e ao se analisar a estrutura de qualquer molécula de DNA, vemos que o número de alterações genéticas possíveis é incrivelmente superior ao número de combinações que tenham algum significado biológico, além disto, não é qualquer alteração casual do código genético que poderá manter a estrutura molecular e criar alguma mutação no organismo, Harold F. Blum observa: "Qualquer que seja a natureza da mutação, ela terá de seguir certas linhas determinadas pelo padrão molecular e pelas relações energéticas. A mutação não é, portanto, casual, mas pode ocorrer dentro de certos limites restritivos e segundo certos caminhos determinados pelas propriedades termodinâmicas do sistema. Assim sendo, para estabelecer o caso de um modo um tanto animista, o organismo não pode adaptar-se ao ambiente variando irrestritamente em qualquer direção." Diante da declaração acima, podemos concluir que Winchester, além de ignorar as implicações das leis da física na limitação da variabilidade, ele ainda afirma que a variação é casual, o que constitui uma inverdade, não havendo uma quantidade caótica de mutações casuais, pois a grande maioria das alterações do código genético nem ao menos são capazes de gerar novos organismos (mesmo que deformados), restando apenas uma quantidade bem limitada (quando comparada com o número de alterações que podem ocorrer no código genético) de mutações que podem gerar aberrações (seres deformados) que, estes sim, serão eliminados no processo seletivo natural. A observação de Blum, acima citada também apresenta uma evidência de que as espécies de organismos vivos têm suas limitações no que se refere a mutações provocadas por alterações no código genético. O cientista Dobzhansky (que é evolucionista), depois de muitas experiências com Drosofilas (moscas de frutas) deixou evidente a ineficiência das mutações para gerar evolução: "Os mutantes clássicos obtidos em Drosofila em geral mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento de certos órgãos. Existem mutantes que diminuem ou destroem o pigmento nos olhos, pêlos, pernas. Muitos mutantes são de fato letais para os seus portadores. Os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um aperfeiçoamento realmente valioso na organização normal em ambientes normais são desconhecidos." Os evolucionistas geralmente apresentam como prova de mutações benéficas em ambientes normais o caso de insetos resistentes ao DDT e de germes resistentes aos antibióticos. As observações e experiências de Dobzhansky, mostraram que as moscas resistentes ao DDT levam mais tempo para se desenvolverem do que as moscas normais, reduzindo assim, a "aptidão" da nova variedade. Observou-se também que as bactérias resistentes aos antibióticos são também menos aptas. Ele observa: "Por que, então, a maioria dos bacilos-coli encontrados fora dos laboratórios continuam suscetíveis a ataques bacteriofágicos e sensíveis à estreptomicina? Por que os mutantes resistentes não expulsaram os genótipos sensíveis? A teoria nos leva a deduzir que, sob certos aspectos, os mutantes resistentes devem estar em desvantagem quando comparados às bactérias sensíveis na ausência de bacteriófagos e antibióticos. Esta inferência teórica é surpreendentemente verificada em algumas experiências. Cerca de 60% dos mutantes resistentes à estreptomicina nos bacilos-coli são também dependentes da estreptomicina; esses mutantes não conseguem crescer num meio de cultura livre de estreptomicina. Uma substância venenosa para as bactérias de sensibilidade normal é básica para a vida dos mutantes resistentes! E. H. Anderson mostrou que certas espécies bacterofágicas resistentes de bacilos-coli exigem certas substâncias alimentares para crescer que não são necessárias para o crescimento das bactérias sensíveis. Os mutantes resistentes serão destruídos em ambientes nos quais os alimentos requeridos não existam." Desse modo, fica provado que estes exemplos atuais de "evolução" consistem de criaturas inferiores à variedade normal, havendo, na verdade, degeneração, destruição, decomposição, involução e não evolução. MUTAÇÃO CROMOSSÔMICA Quaisquer alterações na estrutura ou número de cromossomos são consideradas mutações cromossômicas. Podendo ocorrer tanto nos cromossomos sexuais como nos autossômicos, geralmente acarretam alterações fenotípicas muito grandes, sendo quase sempre deletérias, tais como esterilidade, morte precoce, debilidade física e mental, porém, de forma similar ao caso da mutações gênicas, a teoria da evolução conta com as pequenas alterações ao longo de gerações sucessivas. A refutação para este argumento da teoria da evolução também pode ser o mesmo usado para a mutação gênica, porém é interessante observar que para justificar um suposto número reduzido de fósseis de organismos transicionais (digo "suposto número reduzido" porque não existe qualquer fóssil de alguma espécie que se possa chamar indiscutivelmente de transicional) criou-se a explicação de que a evolução dá saltos abruptos, onde características surgem repentinamente em um organismo, porém isto contraria a afirmação da necessidade de pequenas e contínuas alterações ao longo de gerações sucessivas que se exige nas mutações gênicas e cromossômicas para que elas possam conduzir à evolução da espécie e não à destruição dos organismos (falase, aqui, apenas de organismos e não de espécies, porque um organismo com grandes mutações não consegue transmitir suas características à sua espécie, pois, como foi observado, essas mutações são sempre deletérias). SELEÇÃO DA VARIABILIDADE SELEÇÃO NATURAL Na realidade, quem realmente desenvolveu e publicou a teoria da seleção natural foi um criacionista chamado Edward Blyth, 24 anos antes que o seu compatriota inglês, Charles Darwin, o fizesse. Evidentemente seu nome não ficou conhecido devido ao fato de Blyth ser criacionista e não ter feito afirmações sobre funções da seleção natural que não podessem ser observadas e comprovadas cientificamente. No entanto, os darwinistas, fizeram a seleção natural (dos pangenes ) a base de uma nova filosofia humanista e naturalista, uma "religião sem revelação" (conforme Julian Huxley). Segundo a teoria da evolução, as modificações das populações são determinadas em resposta a alterações ambientais, sendo assim provocada a seleção natural (ou seleção dos mais aptos). Em populações naturais, o número de descendentes produzidos em cada geração é maior do que o número dos que têm possibilidade de sobreviver e se reproduzir. Nestas populações a variabilidade genética é grande, surgindo indivíduos menos adaptados. A seleção natural favorece a sobrevivência dos indivíduos melhor adaptados, que têm mais chances de sobreviver e se reproduzir, disseminando, desta forma, suas característica genéticas. A seleção natural atua em cada geração, favorecendo os indivíduos melhores a um determinado ambiente; desta forma, as melhores características para a sobrevivência de uma população podem variar devido as mudanças ambientais. Veja um exemplo de seleção natural: Cinco filhotes de coelho nascem de um mesmo casal. Os filhotes são ligeiramente diferentes entre si, com variações de tamanho, cor e um deles corre bem mais rápido. Na luta pela sobrevivência, o filhote mais rápido e um de seus irmãos são os únicos a sobreviverem aos ataques de uma raposa, e ao se tornarem adultos encontram parceiras, e cada um, por sua vez, dá origem a cinco novos filhotes. Os descendentes do coelho rápido são igualmente rápidos e os filhotes do coelho que não se destaca em velocidade também não são tão velozes. Com os novos ataques de raposas e outros predadores, todos os novos coelhos rápidos sobrevivem, e da família dos coelhos comuns resta apenas um. A seleção natural fez com que a população de coelhos se constituísse, em sua maioria, de coelhos mais rápidos em apenas duas gerações. É com base em exemplos similares ao citado acima que a teoria da evolução afirma que a seleção natural é um processo pelo qual ocorre a evolução. Segundo a teoria da evolução, os rumos do processo evolutivo são determinados pela interação entre a variabilidade genética das populações naturais e as pressões seletivas a que estão sujeitas. Para se provar a existência do processo evolutivo, os evolucionistas citam alguns exemplos que mostram que as espécies não são fixas, sendo os mais comuns: Resistência a antibióticos, já comentado acima; Resistência ao DDT, também já comentado acima; Melanismo industrial; Anemia falciforme; Seleção da imitação; Observe que os exemplos anteriores, apesar de serem anunciados como provas de que as espécies não são fixas, não fazem verdadeiramente uma prova disto, pois todas as suas pequenas variações fenotípicos ou genotípicas se dão dentro das espécies, ficando a afirmação de que pode-se surgir, ao longo do tempo, uma nova espécie, como mera conjectura. Os vírus continuam sendo vírus da mesma espécie, as mariposas escuras já existiam anteriormente, apenas aumentaram as populações, as populações humanas com anemia falciforme estão longe de serem classificadas como mais evoluídas apenas por terem uma doença que a preteje de outra. Além da já citada observação de que qualquer variação se dá dentro dos limites da espécie de cada organismo, há outros fatores que indicam que a seleção natural não tem capacidade suficiente para causar evolução, são eles: A teoria da evolução afirma que uma determinada espécie pode gerar várias outras espécies conforme as pressões seletivas diferentes em diversas populações desta espécie. Embora pressões seletivas diferentes em diversas populações pode fazer com que a seleção natural tome rumos diferentes em cada população, é difícil aceitar que aconteça com freqüência suficiente para explicar o processo integral de evolução de um ser unicelular anaeróbico até o homem, mesmo com a ajuda de outros processos evolutivos (esta dificuldade será apresentada gradativamente neste trabalho) Além disto, é observado que até ambientes muito diferentes não demonstram influência suficiente para forçar o surgimento de uma nova espécie, pois, além disto nunca ter sido observado na natureza, também é observado, por exemplo, que ratos da África não são muito diferentes dos ratos da Groelândia, apesar de grandes diferenças em alimentação e clima. O mesmo ocorre com os ursos, gatos e cães, cujas variações normalmente se restringem a cor, tamanho dos pêlos e oscilações no tamanho dos indivíduos, conforme a raça. Como Lewontin declara: "...a seleção natural, afinal de contas, não parece melhorar a chance de sobrevivência de uma espécie, mas simplesmente capacita-a a prosseguir, ou não ficar para trás do ambiente constantemente mutante" (Lewontin, Richard, "Adaptation", Scientific American, V. 239, n.3, 1978, pp. 212-230.). A função da seleção natural, de existência comprovada, é apenas conservadora das espécies e não é de maneira nenhuma tão atraente como a função hipotética, criativa, que lhe foi atribuída pelos evolucionistas. O processo de seleção artificial (o próximo tópico) pode criar mudanças, em organismos, equivalentes a milhões de anos de seleção natural, pois, por não depender de casualidades, pode-se controlar completamente quais as características que devem ser dominantes em uma população e este processo tem provado que as alterações nas características de uma população ou espécie têm limitações que se restringem à espécie, havendo apenas a evolução horizontal, que na verdade não se trata de evolução propriamente dita. SELEÇÃO ARTIFICIAL Toda seleção conduzida pelo homem, com um objetivo determinado, é considerado seleção artificial. O homem realiza seleção de animais domésticos e plantas cultivadas, com o objetivo de realçar determinadas características dos organismos com o objetivo de melhorar a produção de lã, carne, leite, frutas, seda etc., para isto foram, e são, produzidas diversas raças de cães, gatos, pombos, plantas, peixes ornamentais etc. Os processos de seleção artificial são o endocruzamento e formação de híbridos. Através do endocruzamento o homem promove uma seleção direcional escolhendo os indivíduos portadores das características que pretende selecionar e promove o cruzamento entre os indivíduos selecionados; nas gerações seguintes faz o mesmo tipo de seleção. Desta forma, os genes responsáveis pelas características escolhidas têm aumentada sua freqüência e tendem a entrar em homozigose. A população selecionada tem a variabilidade genética reduzida através da semelhança cada vez maior entre os indivíduos que a compõem. É desta maneira que são produzidas linhagens puro-sangue de cavalos, cães etc. Biólogos, normalmente, diferenciam a palavra "linhagem" da palavra "raça", atribuindo o termo linhagem para os resultados da seleção artificial e raça para os resultados da seleção natural. Esta diferença se justifica pelo fato das raças serem bastante heterogêneas devido fatores geográficos e as linhagens serem homogêneas devido aos acentuados processos seletivos provocados pelo homem. Embora a seleção artificial seja considerada um mecanismo de evolução, a observação e interpretação dos resultados têm sido usadas como evidência da impossibilidade de haver evolução, ou surgimento de novas espécies, pois os criadores de animais e cultivadores de plantas, através de seus processos seletivos (endocruzamento), conseguem resultados de cruzamentos que se pode comparar a milhões de anos de evolução na natureza, pois, o criador (ou cultivador) sabe exatamente o que deseja e escolhe animais ou plantas para reprodução, objetivando determinados resultados, diferentemente da natureza, cujos resultados são casuais (não são programados). Assim, um criador de ovelhas, por exemplo, pode selecionar continuamente animais de sua criação, que têm lã mais espessa, para criar uma raça de ovelhas com muito mais lã. Da mesma forma, um criador de canários pode produzir canários com penas da cauda cada vez mais longas. Até certo ponto, eles têm sucesso em seus empreendimentos, mas sempre aparece um limite além do qual as ovelhas, com lã mais espessa, ou não se reproduzem mais (são estéreis) ou a lã da nova prole passa a ser menos espessa que as dos pais, ou, no caso dos canários, os ovos não são férteis ou ainda a nova prole nasce com penas mais curtas do que as dos pais! Documentário Fóssil O documentário fóssil demonstra claramente a existência, no passado, de uma enorme quantidade de formas de vida diferentes das atuais, isto é verificável através de restos e impressões em rochas das mais variadas partes do globo terrestre, que são chamados "fósseis", que podem se constituírem em partes duras do esqueleto de vertebrados, dentes e escamas, pegadas e moldes em argila ou areia, impressões de folhas em rochas sedimentares etc. Há casos em que a conservação foi perfeita, como, por exemplo, os mamutes da Sibéria, conservados em blocos de gelo, ou insetos preservados totalmente, incluídos em âmbar. Os cientistas que acreditam na teoria evolucionista, na impossibilidade de assistir o suposto processo evolutivo, procuram reconstituir este processo através da análise de fósseis encontrados em camadas rochosas sucessivas. Ao público leigo, as descobertas e conclusões são apresentadas de forma superficial, escondendo diversas implicações, dando a falsa impressão de exatidão e rigor científico nas pesquisas para confirmação da teoria da evolução. A seguir serão apresentados fatos que mostram que a teoria evolucionista não é tão consistente e sustentada em provas quanto a maioria do público crê. Avaliando o documentário fóssil Apesar da infinidade de formas de vida que habitaram ou habitam nosso planeta, entre os milhões de fósseis encontrados, de todos os tipos, não foi encontrado um único que fosse uma prova indiscutível de evolução, quando deveriam haver, na pior hipótese, alguns milhões destes fósseis. Estes fósseis, que segundo os evolucionistas deveriam existir, mas não são encontrados, são chamados "elos perdidos" e o próprio Darwin reconheceu o problema e disse: Por que, se algumas espécies descendem de outras espécies, através de estágios pequenos, não encontramos incrustadas em números incontáveis na crosta terrestre? Muito tempo se passou desde Darwin, muitas procuras foram realizadas e ainda não foram encontrados os elos perdidos. Alguns poucos fósseis, quando deveriam existir milhões, foram encontrados e apresentados como provas, devido a quantidade ser bem menor que a esperada, lançou-se o argumento de que a evolução dá saltos abruptos, por isto o número de fósseis de espécies transitórias é pequeno, porém este argumento poderia reduzir o número de fósseis, mas não justifica a inexistência absoluta de peixes com pernas rudimentares ou seqüências evolutivas de anfíbios transformando-se em répteis, por exemplo. Além disto, os poucos fósseis apresentados como prova da existência da evolução são todos contestáveis facilmente. A seguir analisaremos os principais, o que nos dará uma idéia da falta de provas arqueológicas para defender a teoria da evolução. Acima, alguns exemplares do reino animal e vegetal, apesar da gigantesca variedade, 99% das formas de vida que já existiram estão extintas. Apesar do gigantesco número de formas de vida que já existiram, não há registros fósseis mostrando qualquer evolução gradativa. A camada cambriana A camada de rocha mais antiga em que se encontra fósseis, a Cambriana, apresenta bilhões de fósseis de formas de vida bastante complexas, tais como trilobitas, corais, vermes e medusas, sem nenhuma evidência de que estas formas tenham evoluído gradativamente de uma forma de vida mais simples. Se existisse evolução, deveriam existir bilhões de fósseis onde nem um único fóssil multicelular isento de discussão foi encontrado, mesmo que se leve em conta o argumento dos saltos abruptos da evolução, que justificaria um número menor de formas transitórias, é de se esperar, na pior hipótese, milhares de fósseis, pois a quantidade de fósseis de trilobitas, corais, vermes, medusas e peixes é tão grande que existe até mesmo comércio destes fósseis em grande quantidade e por baixo preço. Exemplo disto é a extração de fósseis de sítios arqueológicos brasileiros para venda em diversas cidades como mero ornamento doméstico. O seymouria Um animal conhecido como "seymouria", cujos fósseis foram encontrados no permiano inferior do Texas, foi considerado de máxima importância para provar a evolução dos répteis a partir dos anfíbios. J. C. Yung (em "The Live of Vertebrates", Oxford University Press, 1962, pg 386) chegou a declarar: "...Suas características são tão exatamente intermediárias entre as dos anfíbios e répteis que não é possível colocá-lo definitivamente em qualquer um dos dois grupos...". William Matthews (em "Fossils", Nova Iorque: Barnes and Noble, 1962, pg 260) disse sobre o seymouria: "Acredita-se que seja um elo entre esses dois grupos de animais" (ao se referir a anfíbios e répteis). No entanto, o "seymouria" viveu no período geológico posterior aos primeiros répteis, significando que ele não podia ser o ancestral (A. S. Romer, "Vertebrate Paleontology", Chicago: "University of Chicago Press, 1966, pg 95). Não é possível ao pai ser mais novo que seu filho! Devido a idade do seymouria ser 35 milhões de anos mais recente que as dos primeiros répteis (Hylonomus) , fica claro que não basta assemelhar-se a uma espécie transicional para se afirmar que realmente se trata de uma espécie se transformando em outra, há vários outros fatores que devem ser considerados, como, por exemplo, uma seqüência de fósseis que comprovem que um determinado organismo está realmente sofrendo mudanças, porém, apesar de se ter passado mais de um século de pesquisas (desde a época de Darwin), não foi encontrada uma única e indiscutível seqüência evolutiva. Já houve grande publicidade sobre alguns registros fósseis que pareciam provar a existência de evolução, como por exemplo, o caso do celacanto (citado na próxima página), no entanto nunca se descobre a espécie antecessora e nem a posterior numa suposta escala evolutiva. O seymouria é um animal extinto, por isto, no passado, alguns evolucionistas concluíram que ele evoluiu para algum tipo de réptil. O que se diria se o ornitorrinco fosse um animal extinto há milhões de anos?! Sempre que se apresenta uma suposta forma de vida transicional há algum equívoco que quando descoberto faz com que continue inexistindo qualquer prova arqueológica que prove a evolução. A seguir serão citados outros exemplos de "equívocos". O Celacanto Latimeria chalumnae Do peixe chamado celacanto foram encontradas ótimas impressões fósseis em que aparecem incrustados na rocha todo o seu corpo de maneira muito precisa. Os cientistas constataram que suas nadadeiras não eram anexadas diretamente ao corpo, estavam ligadas a protuberâncias semelhantes a um coto de braço. Os evolucionistas deduziram de imediato que este peixe era uma forma intermediária entre os peixes e os animais que andam em terra. Afirmou-se que as protuberâncias eram pernas que estavam evoluindo para que o animal rastejasse fora d'água. Tendo sido considerado extinto a 70 milhões de anos, concluiu-se que esse peixe evoluiu para uma nova espécie. Foi dada ampla publicidade ao caso, como sendo uma prova de mudança significativa de uma espécie para uma outra nova espécie. Porém, em 1938, pescadores das ilhas Comoro, no oceano Índico, pescaram um celacanto extremamente parecido ao do registro fóssil, criando assombro científico mundial, considerado extinto há 70 milhões de anos, permaneceu virtualmente inalterado em seus 400 milhões de anos de existência. Depois disto foi pescado outro espécime vivo em 1952 e posteriormente outros espécimes vivos também foram encontrados. A partir daí, mais de 200 espécimes de celacantídeos foram achados em Comoro, distante dez mil quilômetros da Indonésia, onde também foram encontrados celacantos vivos. Nas ilhas de Comoro, a população local se alimentava normalmente de celacanto, que podiam ser comprados em mercados de peixes, sem que os cientistas do mundo soubessem. Ficou provado que afirmar que o celacanto era uma prova da evolução foi um grande equívoco. O Archaeopteryx Archaeopteryx Lithographica O Archaeopteryx é uma criatura que os evolucionistas afirmam ser uma prova da evolução, sendo um réptil com penas e um elo entre pássaros e répteis, pois possui diversas características tanto de pássaros como de aves. O Archaeopteryx tinha asas e penas, como os pássaros, mas também tinha garras, dentes e algumas outras características próprias de répteis. O fato desta ave ter garras nas asas não é argumento suficiente para afirmar que ele é uma forma transitória vinculada a répteis. Atualmente existem duas espécies de pássaros que possuem garras, o hoatzin na América do Sul e o touraco na África. A respeito do avestruz de hoje, que também tem três garras em suas asas, foi citado por alguns peritos como tendo mais características de répteis que o Archaeopteryx, mas ninguém, claro, considera que o avestruz é uma forma transitiva. Quanto aos dentes, nenhuma ave atual os possui, porém, no passado, particularmente na era mesozóica, muitos pássaros possuíam, e não há nenhuma sugestão que estes são formas intermediárias entre répteis e pássaros, além disto, afirma-se que o processo de formação do bico do Archaeopterix é diferente do das aves, na verdade, não se pode dizer que o Archaeopteryx tem bico, o bico das aves conhecidas é oriundo de queratinização do maxilar e pré-maxilar, enquanto exames histológicos no Archaeopteryx revelam que seu maxilar é sustentado por tecido epitelial diferenciado, ou seja, se as aves atuais fossem descendentes do Archaeopteryx seria de se esperar que os bicos das aves fossem do mesmo tipo que o do Archaeopteryx. L.D. Martin e seus colegas de trabalho concluiram que o dente e o tornozelo de Archaeopteryx não podem ter sido derivados de dinossauros terópodes (animais mais aceitos como ancestrais do Archaeopteryx). Os dentes são do tipo encontrados em pássaros dentados, e o osso do tornozelo não mostra nenhuma homologia com o tornozelo de dinossauros (conf. L.D. Martin, J.D. Stewart, and K.N. Whetstone, The Auk 97:86 - 1980). A presença de penas no Archaeopteryx é uma forte evidência de que o Archaeopterix é uma ave, F. E. Beddard (em "The Structure and Classification of Birds", Longmans, Green and Co., London, 1898, p. 160) revela que o tipo de penas do Archaeopterix é idêntica aos das aves voadoras modernas, o que também pode ser interpretado como evidência de que aves não evoluíram de répteis, pois penas e escamas surgem de camadas diferentes da pele e, além disso, o desenvolvimento de uma pena é extremamente complexo e fundamentalmente diferente ao de uma escama. Penas e pelos, diferentemente de escamas, desenvolvem-se de folículos. Porém, um pelo é uma estrutura muito mais simples que uma pena e o desenvolvimento de células para desenvolver uma pena envolve processos complexos onde as células migram e dividem-se separadamente em padrões altamente específicos para formar o complexo arranjo que constitui a pena (conf. A.M. Lucas and P.R. Slettenhein, Avian Anatomy: Integument, J.S. Government Printing Office, Washington, DC, 1972), para se afirmar que as penas evoluíram de pêlos ou escamas é necessário não apenas a simples explicação de que certos animais a desenvolveram para se proteger de fatores climáticos, mas também afirmar, sem nenhum fundamento lógico, que ocorreram fantásticos lapsos genéticos e mutações. Portanto, a presença de penas do Archaeopteryx não apenas sugere a impossibilidade dele ter evoluído de répteis ou dinossauros como também prova que é equivocada a afirmação de muitos evolucionistas de que ele não voava, pois o tipo de pena do Archaeopteryx é idêntica ao dos pássaros voadores modernos, sendo, as penas de aves que não voam, distintamente diferentes. Também, o Dr. Michael Denton (em "Evolution: A Theory in Crisis", pág 177 e 178) afirma que, com base na morfologia bruta e esboço do cérebro, feito através da cavidade intracranial, o cérebro do Archaeopterix era essencialmente de ave, seus hemisférios cerebrais e cerebelo (a parte do cérebro responsável pelo equilíbrio e a coordenação de atividades motoras) mostram relação de proporção exclusiva de pássaros, sendo considerada uma adaptação necessária para o controle das atividades motoras altamente complexas que envolvem a capacidade de voar, como qualquer pássaro típico já com esta capacidade já completamente desenvolvida. Também o osso denominado fúrcula, o osso em forma de "Y", uma espécie de "clavícula", no Archaeopteryx é de formato robusto que também deixa evidente que o Archaeopteryx era apto ao vôo (conf. Alan Feduccia and H.B Tordoft, Science 203:1020, em 1979).A provável capacidade de voar é uma forte evidência de que o Archaeeopterix já era um perfeito pássaro já bem desenvolvido ( conf. S.L. Olson and Alan Feduccia, Nature 278:247, em 1979), o que também sugere que ele pode ser apenas uma ave com características distintas e não necessariamente uma forma transicional. Um outro fator que evidência não haver vínculos evolutivos entre o Archaeopteryx e seus mais prováveis ancestrais (segundo os evolucionistas, répteis e dinossauros) é o fato de J.R. Hinchliffe, utilizando-se de técnicas modernas em que se aplica isotopos em embriões de pintinho para analisá-los, reivindica ter estabelecido que a "mão" de pássaros consiste nos dígitos II, III e IV, enquanto os dígitos da " mão " dos dinossauros terópodes consistem nos dígitos I, II, e III, ou seja, não apontam descendência entre aves (incluindo o Archaeopterix) e dinossauros (conf. "International Archaeopteryx Conference", Journal of Vertebrate Paleontology 5(2):177, Junho de 1985). Para sustentar a afirmação de que o Archaeopteryx era um réptil com penas, normalmente os evolucionistas apresentam as observações feitas por John Ostrom, forte defensor da teoria de que os pássaros são descendentes de dinossauros, que apontam diversas semelhanças entre o Archaeopteryx e os dinossauros, porém, estudos mais recentes, feitos por outros cientistas, concluem que as observações de John Ostrom eram equivocadas. A.D. Walker (conf. Geological Magazine 117:595, 1980), afirma que Ostrom fez uma interpretação errada no que se refere ao púbis do Archaeopterix, sendo este osso igual ao dos pássaros, e não ao dos terópodes. Tarsitano e Hecht (em Zoological Journal of the Linnaean Society 69:149, 1980) criticam Ostrom, afirmando que ele interpretou mal as homologias entre o Archaeopteryx e os terópodes. Ostrom disse que o pescoço do Archaeopterix se encaixa no crânio por trás, não por baixo como em aves modernas, porém, M.J. Benton, em 1983 (conf. Nature 305:99), com a então recém descoberta da tomografia computadorizada analisou o formato do cérebro do Archaeopterix e a característica do encaixe do pescoso e afirmou que o Archaeopterix não é ancestral das aves, não sendo seu cérebro, portanto, fusão entre cérebro de aves e dinossauros como sugeriu Ostrom. A maioria dos Paleontólogos reconhece que o Archaeopteryx foi um verdadeiro pássaro, o Professor Heribert-Nilsson comentou vigorosamente que o Archaeopteryx não é mais réptil que os pingüins atuais com as suas asas-barbatanas são formas transitivas de peixes. O Archaeopteryx pode representar um grupo de organismos distintos que mostraram as características de pássaros e répteis, sem necessariamente ser uma forma transitiva entre estes, assim como as baleias têm características de peixes e mamíferos, os pingüins, que têm asas amoldadas como barbatanas, e os morcegos, que são mamíferos singulares por possuírem asas e voarem como os pássaros, no entanto, sem ninguém os chamarem de formas transicionais, isto, sem contar com o ornitorrinco, que por ser tão singular, com características de diversos animais, ninguém se atreve a dizer que ele está evoluindo para uma nova espécie. Além dos argumentos citados acima, há o principal, que é o ponto em comum em todos os animais que são apresentados como transicionais: O fato de não haver outros fósseis que provem uma seqüência evolutiva, pois, se o Archaeopteryx fosse um elo, deveriam haver muitos outros elos mostrando gerações sucessivas de formas transitórias (pois segundo os evolucionistas, ele estava evoluindo para se tornar pássaro), iniciando, no caso do Archaeopteryx, com algum tipo de réptil com asas semi-desenvolvidas, passando por outras espécies que mostram a evolução gradativa destas asas, e enfim , apresentando fósseis de animais pouco mais evoluídos que o Archaeopteryx, mostrando cada vez menos vestígios de répteis. Mas, o Archaeopteryx é um fóssil isolado, sem formas transitórias anteriores ou posteriores, havendo uma lacuna de 36 milhões de anos no registro fóssil entre o Archaeopteryx e o grupo de animais mais aceito como seus supostos ancentrais, os terópodes, e uma lacuna de 10 milhões de anos entre o Archaeopteryx e os primeiros pássaros. Até agora, apesar de todas as buscas aos fósseis transicionais relacionados a este animal, foram encontrados apenas mais fósseis de Archaeopteryx (totalizando oito esqueletos). Não seria de se esperar que, ao invés de se encontrar apenas Archaeopteryx, se encontrasse muitos outros animais em fases evolutivas diversas? Portanto, mesmo que o Archaeopteryx fosse um verdadeiro réptil com penas, com a falta de outros fósseis de animais transicionais, não há provas de que ele estava evoluindo. A crença evolucionista de que o Archaeopteryx é descendente de répteis ou dinossauros se sustenta apenas em anatomia comparada, ao afirmar que quanto maior a semelhança entre espécies, mais próximo está o ancestral comum entre estas espécies, porém, isto é argumentar em círculos, pois estas afirmações a respeito da anatomia comparada também são conceitos da teoria da evolução, estando também não sustentadas em fatos comprovados. Com freqüência surgem manchetes, em jornais e revistas, anunciando que foram localizados fósseis que vão revolucionar a teoria da evolução, e passado mais algum tempo tudo volta à normalidade. Mesmo quando se afirma a descoberta de um elo perdido, estudos mais aprofundados revelam a inconsistência desta afirmação. Em 1998 foram descobertos, na China, fósseis de duas criaturas supostamente transitórias entre dinossauros e aves, denominadas Caudipteryx zoui e Protoarchaeopteryx robusta, que são bem semelhantes ao Archaeopteryx, portanto é de se esperar o reconhecimento de vários cientistas de que estas criaturas são simplesmente aves. Alguns evolucionistas já sugeriram que deve existir uma linha evolutiva entre o Archaeopteryx, o Caudipteryx zoui e o Protoarchaeopteryx robusta, porém esta afirmação não foi levada a sério nem mesmo pelos cientistas que acreditam na teoria da evolução, pois estas criaturas, apesar de aparentarem serem mais répteis que o Archaeopteryx, estando evidenciado que tinham também a capacidade de voar, são cerca de 30 milhões de anos mais recentes que o Archaeopteryx, portanto, pelo pensamento evolucionista dominante, que afirma que as aves evoluíram dos répteis, estas espécies recém descobertas deveriam ser mais parecidas com aves, por serem mais novas, ou, deveriam ser mais antigos que o Archaeopteryx, por parecerem mais com répteis. A suposta evolução do cavalo Uma suposta seqüência evolutiva muito conhecida se refere ao cavalo, porém ela não possui consistência científica, sendo apenas mais um fruto da imaginação. Como qualquer outra forma de vida, os principais tipos de cavalos aparecem abruptamente, sem quaisquer transições. Na série evolutiva atribuída ao cavalo existem sérias discrepâncias no desenvolvimento do esqueleto, conforme segue: EOHIPPUS: tinha 18 pares de costelas e 6 ou 7 vértebras lombares; OROHIPPUS: tinha apenas 15 pares de costelas; PLIOHIPPUS: aumentou para 19 pares de costelas e 8 vértebras lombares ; EQUUS SCOTTI: voltou às 18 pares de costelas e 6 vértebras lombares. (Os nomes das espécies aqui apresentados encontram-se na suposta ordem de evolução, conforme apresentada pelos evolucionistas) Qual o mecanismo evolutivo que faz uma espécie sofrer uma série de mutações que alteram para menos o número de costelas e depois sofrer uma reversão em sentido contrário, terminando até com um número maior de costelas do que o inicial e, finalmente, retornar ao ponto de partida? Os fósseis dos supostos ancestrais do homem Os achados fósseis dos antepassados humanos de 15 até 6 milhões de anos atrás são tão poucos que caberiam numa caixa de sapatos. comentário de Richard Leakey e Roger Lewin em seu livro "O povo do lago" Serão apresentado a seguir, de forma resumida, alguns equívocos, contradições e uma fraude relacionados aos fósseis dos supostos ancestrais do ser humano, existem muitos outros fatos que fragilizam os achados arqueológicos como sendo provas favoráveis à teoria da evolução. Australopithecines Em 1924/1925 foram encontrados na África os primeiros fósseis dos Australopithecines, primatas que foram considerados como sendo um dos ancestrais do homem pelo fato de haver indícios de que eles conseguiam andar eretos por um extenso período de tempo e também por terem sido encontrados artefatos primitivos junto com seus ossos, o que não é muito divulgado ao público leigo é o fato de que alguns exemplares tinham uma crista óssea no alto do crânio que certos antropólogos declararam não poder apontar para o homem. O Dr. Charles Oxnard e Solly Zuckerman, (conforme "Human Fossils: New Views of Old Bones," The American Biology Teacher, Vol. 41, May 1979) usaram um moderno e poderoso programa de análise de multivariáveis onde foram executadas milhões de comparações simultaneamente em centenas de dimensões correspondentes dos ossos de macacos viventes, humanos, e os Australopithecines. O veredicto deles foi que o Australopithecines não são intermédios entre o homem ou os macacos viventes. Esta técnica é bem superior às subjetivas técnicas visuais analíticas da maioria dos antropólogos. Afirmou-se que o Astralopithecus andava de pé, como o homem, por causa de certas características pélvicas. Mas, C. E. Oxnard (em "The Place of the Asustralopithecine in Human Evolution: Grounds for Doubt?" nature, vol. 258, pg 389) demonstrou que os ossos do tornozelo da criatura em questão, que são essenciais para se andar sobre os dois pés, "diferem mais do homem do que do macaco africano". Os macacos africanos não podem andar em pé como nós. Ao que tudo indica, os Australopithecines também não podiam. Os ossos do pé do Australophitecus foram reconstruídos para se demonstrar como seus pés tinham aspecto humano. Oxnard salientou que o pé igualmente incompleto de um chimpanzé poderia ser reconstituído do mesmo modo. Há também a questão do período em que existiram, muitos declaram ser recentes demais para serem ancestrais do homem. Recentemente também foram publicadas provas que indicavam que estes animais tinham braços longos, pernas curtas e caminhavam apoiados nas costas das mãos, sendo parecidos com macacos existentes atualmente na África, não sendo, portanto, nada mais que simples macacos. Após a descoberta dos primeiros fósseis, discussões científicas foram inibidas por algum tempo devido desavenças que envolviam ciúmes profissionais. Dando continuidade à leitura desta página você verá que a ciência, de modo semelhante às religiões ainda sofre graves prejuízos devido às falhas do caráter humano. Ramapithecus O Ramapithecus também é considerado por muitos como sendo um ancestral do homem, conclusão tirada somente a partir de alguns dentes e fragmentos de maxilar, únicos fósseis disponíveis, isto pode parecer inicialmente suficiente, ao leigo que acredita que a teoria da evolução é tratada com seriedade, se forem aplicados critérios e técnicas científicas para se chegar a tais conclusões, mas o que poucos sabem é que nem sempre estes critérios ou técnicas existem ou podem ser aplicados, e quando alguns poucos critérios ou técnicas são aplicados, muitas vezes geram uma margem de erro tão grande que não permitem ser classificados como científicos, este afirmação pode ser comprovada por um dos mais embaraçosos casos da história da teoria da evolução, o Homem Nebraska. Em 1961 o Ramapithecus foi destronado como o suposto primeiro homem, e em 1982 passou a ser considerado um mero parente extinto do orangotango (Roger Lewin, Bones of Contention, pg 86). Foi constatado que atualmente existe na Etiópia um gênero de babuíno com dentição e maxilares com as mesmas características do Ramapithecus. Muitos antropologistas já concordam em que o Ramaphitecus não é ancestral do homem, é tão somente um macaco. Hesperopithecus (Homem Nebraska) Numa famosa famosa exposição sobre evolução, chamada Scopes, realizada em Dayton, Tennessee, o Homem Nebraska, também chamado de "Macaco do Ocidente", foi apresentado por autoridades científicas como sendo uma prova da evolução. Quando William Jennings Bryan protestou contra os seus argumentos e insuficiência, foi ridicularizado. Toda a evidência da evolução foi baseada em um dente que foi identificado como pertencente a um homem pré-histórico que teria vivido a 1 milhão de anos atrás, foi desenhada uma restauração onde até mesmo os músculos do pescoço foram descritos e também chegou-se a escrever um artigo sobre o Sr. e a Srª. Herperopithecus. A descoberta gerou bastante sensação durante um período de quatro anos e meio, mas depois descobriram que o dente pertencera a uma espécie de porco já extinta. Pithecanthropus erectus (Homem de Java) Também chamado de Homem Java, sua reconstituição foi baseada em um fêmur (o maior osso da perna), uma caixa craniana e três dentes molares. O fêmur foi encontrado a quase quinze metros da caixa craniana e com um intervalo de um ano, um dos dentes foi desenterrado em outro local distante quase três quilômetros e obviamente não pertencia a caixa craniana ou ao osso da perna, mas no relatório foi incluído como pertencente ao mesmo hominídeo. Seu descobridor, Dr. Dubois, escondeu durante 30 anos o fato de ter também descoberto, perto destes fósseis e na mesma camada, caveiras humanas, o que prova que o homem existia juntamente com estas criaturas. O fêmur provavelmente pertencia a um ser humano e a caixa craniana a um macaco de grande porte. Depois de ter convencido muitos cépticos, Dubois declarou ter mudado de opinião e concluiu que o Homem Java foi provavelmente um macaco gibão e não um ancestral do homem, mas mesmo assim foi colocado recentemente no mesmo gênero do homem e chamado de Homo erectus. Homem de Neanderthal Em 1848, na pedreira Forbes, em Gilbratar, trabalhadores encontraram um crânio fóssil quase completo. Este foi o primeiro fóssil do Homem de Neanderthal que foi descoberto. Em 1856, no povoado de Neander, na Alemanha, foi encontrado um esqueleto parcial do Homem de Neanderthal no solo de uma caverna, daí então aquele fóssil humano recebeu o nome de Neanderthal. Como a teoria da evolução estava sendo proposta e bem aceita pela filosofia humanista, dentro de poucos anos o Homem de Neanderthal foi considerado o elo perdido entre primatas primitivos e o homem moderno. Inicialmente foram feitas reconstituições simiescas do Homem de Neanderthal, onde ele andava curvo, com a cabeça projetada para a frente e com dedos dos pés enormes e divergentes similares aos dos macacos, a reconstituição com semelhanças de macaco serviu de apoio e fortalecimento da teoria de Darwin, porém com as descobertas de pegadas de hominídeos, preservadas, foi revelado que milhões de anos antes do Homem de Neanderthal o pé dos hominídeos já era completamente moderno. O Homem de Neanderthal tem a estrutura do esqueleto semelhante ao do homem moderno e sua capacidade craniana é superior, tendo 1550 centímetros cúbicos, contra os 1450 centímetros cúbicos do homem europeu moderno. Atualmente já se admite que o Homem de Neanderthal foi tão humano quanto nós, a aparência inicialmente atribuída a ele ocorreu pelo fato de um cientista ter escolhido um crânio e um esqueleto especiais como típicos de todos os Homens de Neanderthal, mas este esqueleto estava longe de ser típico, pois pertencia a um velho doente, curvado pela idade e que sofria de raquitismo, seria muito mais científico e isento de idéias pré-concebidas escolher um esqueleto de um jovem saudável, que posteriormente foram encontrados em abundância devido ao fato dos Neanderthais sepultarem seus mortos. Outra evidência de que o Homem de Neanderthal era simplesmente humano pode ser observada pelo fato de que em Junho de 1999 o arqueólogo João Zilhão, presidente do Instituto Português de Arqueologia, e o paleoantropólogo americano Erik Trinkaus, da Universidade Washington, em Saint Louis, Estados Unidos divulgaram a descoberta, em Portugal, de uma criança de 4 ou 5 anos, morta há cerca de 25.000 anos, com a mandíbula delicada e os dentes pequenos, traços típicos dos homo-sapiens negros e altos, e ossos dos braços e pernas grossos e curtos dos neanderthais, de menor estatura, sugerindo que a criança era uma mistiça entre neandertais e sapiens, uma mulata. Diante de muitas evidências, atualmente o Homem de Neanderthal é chamado cientificamente de Homo Sapiens Neanderthalensis, uma subespécie da espécie humana. O Homem de Neanderthal é considerado subespécie unicamente devido ao fato de não mais existir, não podendo lutar pela sua posição de ser considerado apenas uma das muitas raças humanas. Não se divide a espécie humana em subespécies devido razões sociais óbvias, se os Neanderthais ainda vivessem, não seriam considerados subespécie e sim mais uma raça humana. Homem Cro-Magnon Foram encontrados esqueletos completos do Homem Cro-Magnon e sua capacidade craniana também é maior que a do homem atual. O Dr Duane T. Gish Professor de Ciências Naturais e Apologética, afirma que se o Homem Cro-Magnon existisse atualmente e percorresse nossas ruas vestido como nós, passaria completamente despercebido. Eoanthropus Dawsoni (Homem Piltdown) Em 1912 Charles Dawson anunciou a descoberta de um fragmento de maxilar, dois dentes molares e um fragmento de crânio, foram as evidências aclamadas pelos peritos como prova da existência de um homem-macaco que existiu entre 300 mil e 1 milhão de anos atrás. Apenas em 1953, ou seja, mais de 40 anos depois, os cientistas começaram a suspeitar que o fóssil era uma fraude. O osso maxilar era de um orangotango, os dentes tinham sido trabalhados e os ossos coloridos e o crânio pertencera a uma mulher comum. A fraude era gritante, na ocasião da descoberta destes ossos alguém já declarou que devia ser uma fraude, mas os cientistas ignoraram inúmeras evidências. A facilidade com que as autoridades científicas foram ludibriadas mostra o poder da influência de idéias pré-concebidas existentes entre os evolucionistas, que anulam a razão para defender suas convicções, deixando cientistas e religiosos em pé de igualdade no que diz respeito à fé pura e incondicional. Homologia Pelo menos desde os tempos de Aristóteles, pessoas que estudam organismos vivos notam certas semelhanças entre seres muito diferentes. Borboletas e morcegos são bastante diferentes um dos outros, contudo ambos têm asas para voar; Morcegos voam e baleias nadam, são bem diferentes, porém os ossos na asa de um morcego e nadadeira de uma baleia são notavelmente semelhantes. O primeiro tipo de semelhança citada, ou seja, a que envolve estruturas diferentes que executam a mesma função, foi denominada, em 1943, pelo anatomista , de "analogia", e o segundo tipo de semelhança, que envolve estruturas semelhantes que executam funções diferentes, foi chamada, por Owen, de "homologia". Owen, e outros biólogos pré-darwinianos, atribuíram a homologia à existência de um criador em comum, havendo um desígnio sobrenatural. Anatomia Comparada Em 1859, Charles Darwin propôs uma explicação naturalista para a homologia, afirmando que muitos organismos vivos possuem certas semelhanças porque as herdaram de um antepassado em comum, de modo geral, quanto maior a semelhança na estrutura corporal, tanto mais próximo está o ancestral comum; quanto menor a semelhança, tanto mais remota é a relação de descendência. A semelhança entre estruturas ou organismos homólogos são usadas como "evidências" de que determinadas criaturas evoluíram de um ancestral comum, porém, esta é uma grande falácia da teoria da evolução, é argumentar em círculos, pois usa-se a homologia como evidência da evolução, mas a própria homologia só pode existir se realmente existe evolução, pois, semelhanças não indicam necessariamente a existência de um ancestral em comum. Quando observamos que duas pessoas são muito parecidas podemos "desconfiar" que elas têm um ancestral próximo em comum (pai ou avô, por exemplo), mas para afirmar que estas pessoas são realmente parentes próximos é necessário comprovar através de alguma forma, pois muitas pessoas são parecidas sem que haja vínculos de parentesco próximo, como por exemplo, atores e seus dublês. Por isto, para se sugerir que organismos ou estruturas semelhantes possuem um ancestral em comum, é necessário que o registro fóssil aponte para este antepassado, no caso da asa do morcego e a nadadeira da baleia, seria necessário localizar fósseis que indicassem divergência gradual a partir de um suposto antepassado em comum, porém, mesmo assim, poderia ser apenas uma suposição e não uma prova, pois, simplesmente reunir fósseis de organismos com estruturas semelhantes, mesmo aparentando uma suposta evolução gradual (como é feito no caso do cavalo), é insuficiente para excluir a hipótese de existência de um criador ou desígnio comum. O problema foi ilustrado, sem querer, pelo biólogo Tim Berra, em 1990, em seus livro "Evolution And the myth of creationism" (Stanford University Press). Segundo Berra, "Se você olha um Corvette 1953 e o compara com o mais recente modelo, só as semelhanças mais gerais são evidentes, mas se compara um modelo de 1953 e um 1954, lado a lado, e um 1954 com um 1955, e assim por diante, a herança com modificação é preponderantemente óbvia. Isto é o que paleontólogos fazem com fósseis, e a evidência é tão sólida e inclusiva que não pode ser negada por pessoas razoáveis..."(pág. 117, ênfase no original). Como o título de seu livro indica, o propósito primário de Berra é mostrar que os organismos vivos são resultantes de evolução natural e não desígnio sobrenatural. Porém, semelhanças estruturais entre automóveis, até mesmo semelhanças entre modelos mais velhos e mais novos (que Berra chama de "herança com modificação"), são devidas à construção de acordo com padrões preexistentes ou projeto, as modificações se deram, no caso do automóvel, em virtude do desenvolvimento de projetos feitos por engenheiros automobilísticos (ou designers). Então, ironicamente, o exemplo de analogia de Berra não apenas são insuficientes para excluir explicações baseadas em um desígnio (criacionismo), como também é um ótimo exemplo de estruturas que aparentam evolução mas que são resultantes da execução de projetos de criadores inteligentes. "Quando o Professor Simpson diz que homologia é evidência de ascendência, ele está usando o argumento circular tão característico do razoamento evolutivo. Quando ele acrescenta que esses desenvolvimentos podem ser descritos sem evidência paleontológica, ele está tentando reavivar a especulação fácil e irresponsável que por tantos anos, debaixo da influência da mitologia darwiniana, impediu o avanço da biologia". (Evolution and Taxonomy, Studia Entomologica, vol 5, outubro de 1962, pág. 567). Homologia e Genética Na década de 1930 a evolução passou a ser explicada como uma mudança na freqüência de genes, e várias décadas depois a descoberta da estrutura e função das moléculas de DNA estenderam esta explicação para o nível molecular. De acordo com a teoria evolutiva neo-darwiniana, um programa genético codificado em DNA dirige o desenvolvimento embrionário; o processo de reprodução transmite este programa à gerações subseqüentes, mas mutações no DNA às vezes modificam isto (herança com modificação), assim os descendentes do organismo original podem possuir estruturas que são semelhantes mas não idênticas (homólogas). Nenhum desígnio é requerido, sendo a explicação completamente naturalista. Isto levou o biólogo molecular Jacques Monod a sentir-se confiante para anunciar que "o mecanismo do Darwinismo é finalmente fundamentado com firmeza" e que como uma conseqüência "o homem tem que entender que ele é um mero acidente" (citado em Judson, Horace Freeland (1980). The Eighth Day of Creation. New York: Simon & Schuster, pág. 217). No entanto, os esforços para correlatar a evolução com mudanças genéticas não tiveram muito êxito. Detalhados estudos a nível molecular falharam em demonstrar a correspondência esperada entre mudanças genéticas e os tipos de mudanças em que organismos que constituem o "material de evolução" (Lewontin, 1974, pág. 160). De acordo com Rudolf Raff e Thomas Kaufmam, evolução através de mutações de DNA "é largamente desacoplada da evolução morfológica", o "mais espetacular" exemplo disto é a dessemelhança morfológica entre humanos e chimpanzés, apesar de uma semelhança de 99% em seus DNAs (Raff, Rudolf A. e Kaufman, Thomas C. (1983). Embryos, Genes, and Evolution. New York: Macmillan, pág. 67, 78). Alguns biólogos sugerem que aquele 1% de genes diferentes entre humanos e chimpanzés consistem em "genes reguladores" que têm efeitos profundos no desenvolvimento e que algumas mutações nestes genes podem responder por diferenças drásticas. Por exemplo, mudanças em determinados genes, chamados homeóticos, podem transformar a antena de uma mosca em uma perna ou produzir dois pares de asas onde haveria normalmente um único par, além disto, genes bem semelhantes, a estes genes encontrados em moscas, foram achados na maioria dos outros tipos de animais, inclusive mamíferos. Baseado nos profundos efeitos desenvolventes e ocorrência quase universal de tais genes, o biólogo Eric Davidson, e seus colegas, recentemente escreveram que "formas morfológicas modernas em animais evoluem de mudanças resultantes em programas geneticamente codificados de ajuste desenvolvente" (Davidson, E. H., Peterson, K. J. and Cameron, R. A. (1995). "Origin of Bilaterian Body Plans: Evolution of Developmental Regulatory Mechanisms", Science 270:1319-1325). De acordo com esta visão, características homólogas são programadas através de genes semelhantes. Assumindo que genes com sucessões semelhantes são improváveis de se originar de mutações fortuitas independentes, semelhança de sucessão indicaria ascendência comum. Poderia ser deduzido que características produzidas por sucessões genéticas semelhantes são filogeneticamente homólogos, porém, a universalidade de genes homeóticos geram um sério problema para esta visão. Embora ratos têm um gene bem parecido com aquele que é capaz de transformar a antena de uma mosca em uma perna (antenapedia), ratos não têm antenas e seu gene correspondente afeta a parte posterior do cérebro (nem antena, nem perna) e embora ratos e parte das moscas têm gene semelhante que afeta o desenvolvimento dos olhos, o olho de múltiplas faces da mosca é profundamente diferente de um olho de rato. Em ambos os casos (antenapedia e olhos), genes semelhantes afetam o desenvolvimento de estruturas que não são homólogas pela definição morfológica clássica ou pós-darwiniana. Se genes semelhantes podem "determinar" tais estruturas radicalmente diferentes, então estes genes parecem estar funcionando como interruptores binários que influem nas informações genéticas, das estruturas, que residem em outros pontos do código genético (conf. Jonathan Wells, 1996, "Unseating Naturalism: Recent Insights from Developmental Biology." Apresentou numa conferência sobre Mera Criação: Reclaiming the Book of Nature (Reformando o Livro da Natureza), Biola University, Los Angeles.). Não apenas estruturas não homólogas são produzidas por organismos com genes supostamente homólogos, mas também organismos com genes diferentes podem produzir estruturas semelhantes. Experiências com moscas podem criar formas mutantes do gene do olho de forma que não são desenvolvidos olhos, mas se são criadas moscas cegas (sem olhos) por muitas gerações, alguns descendentes passam a nascer com olhos, embora estes descendentes ainda possuam o gene em sua forma mutante. Tais anomalias conduziram o embriólogo Gavin de Beer a concluir que "estruturas homólogas não precisam ser controladas por genes idênticos" e que "a heranças de estruturas homólogas de um antepassado comum... não pode designar a identidade do genes" (de Beer, Gavin (1971). Homology: An Unsolved Problem. London: Oxford University Press, pág. 15-16). Homologia e Proteínas Na década de 1950 surgiram métodos para determinar as seqüências de proteínas, tornou-se possível comparar a seqüência de proteínas análogas em organismos diferentes, assim foi possível comparar a hemoglobina humana com a hemoglobina de cavalos para se verificar se estas duas espécies têm a mesma seqüência de aminoácidos, pois segundo a teoria da evolução, em algum momento (estimado atualmente em 100 milhões de anos atrás), estas duas espécies tiveram um ancestral em comum. A resposta foi enigmática: as hemoglobinas eram muito parecidas, mas não idênticas. Seus aminoácidos eram os mesmos em 129 das 136 posições em uma cadeia de proteínas da hemoglobina, mas diferente nas restantes. Quando se descobriram as seqüências das hemoglobinas de macaco, galinha e rã, elas puderam ser comparadas com a hemoglobina humana e entre si. A hemoglobina de macacos apresenta 5 diferenças em relação as de seres humanos; as de galinhas (aves) mostram 26 diferenças e, as de rãs (anfíbios), 46. Diante destas semelhanças, muitos pesquisadores concluíram que seqüências semelhantes davam apoio substancial à tese da descendência de um ancestral comum. Evolucionistas, diante da falta de registros fósseis que verdadeiramente provassem a evolução, viram a biologia molecular como a salvadora virtual da biologia evolutiva, porém, esta confiança durou pouco tempo, pois, com o surgimento de novas descobertas, descobriu-se que não era possível estabelecer qualquer tipo de série evolutiva a partir de seqüências dos aminoácidos das proteínas. Alguns evolucionistas dizem que as proteínas podem informar muito a respeito da história evolutiva, mas, o problema está no fato de que cada proteína conta uma história diferente. Descobriu-se que a hemoglobina da lampreia (um tipo de peixe) é muito parecida com a hemoglobina humana, e que a clorofila em plantas e a hemoglobina humana difere em maquilagem química apenas em uma molécula de magnésio, que é trocada por uma molécula férrea. Evidentemente, a teoria da evolução não sugere que temos ancestrais comuns próximos com árvores ou lampreias! A proteína Citocromo C (uma enzima) é bem parecida entre humanos e chimpanzés (uma diferença de apenas um aminoácido), porém, usando esta proteína para concluir a existência do último ancestral comum entre duas espécies, fica-se em situação confusa, pois a tartaruga, que é réptil, é mais parecida com o ser humano (mamífero) e pássaros, que com serpentes, que também são répteis. Humanos e porcos têm uma diferença de 18 entre 32 aminoácidos (insulina distinta) de Calcitonin (que abaixa níveis de cálcio no sangue), mas o homem difere em somente 15 aminoácidos quando comparado ao salmão, que é um peixe! Além dos exemplos que aqui foram apresentados, há muitos outros. O Dr. James Farris, que desenvolveu alguns dos métodos mais usados para se determinar "distância molecular", conclui que o uso de dados de distâncias moleculares em análise filogenética é muito questionável: "Parece que a única conclusão geral que alguém pode extrair é que nada sobre técnicas atuais para analisar dados de distâncias moleculares é satisfatório... Nenhuma das medidas conhecidas de distância genética parece capaz de provar um método logicamente defensável". Ainda se pode encontrar textos que mostram a análise de proteínas em harmonia com a teoria da evolução (como o caso citado da comparação da seqüência de aminoácidos da hemoglobina de humanos com a hemoglobina de cavalos, macacos, galinhas e rãs), porém isto se dá apenas devido à omissão de muitas outras comparações de proteínas de outros organismos, isto faz com que se crie uma falsa idéia de amparo para a homologia no campo da bioquímica, esta é a tendência dos evolucionistas para manter o dogma da teoria da evolução, ignorando a infinidade de dados que são incompatíveis. Mesmo que se crie uma teoria do tipo "ad hoc" para justificar as contradições e falta de possibilidade de estabelecer qualquer tipo de série evolutiva, esta teoria poderá apenas dar uma desculpa para a falta de vínculos entre as seqüências de aminoácidos das proteínas e a teoria evolutiva, mas nunca poderá utilizar-se eficazmente das análises bioquímicas como algo que ampare verdadeiramente a teoria da evolução. Teoria da Recapitulação Embrionária (LEI BIOGENÉTICA) Darwin considerava como uma das melhores evidências de sua teoria evolutiva, a perceptível semelhança entre os embriões vertebrados em suas fases iniciais de desenvolvimento. Em sua obra "A Origem das Espécies", ele observou que os embriões de mamíferos, pássaros, peixes e répteis são inicialmente semelhantes, mas quando estão totalmente desenvolvidos são extensamente dissimilares, por isto, ele concluiu que estas semelhanças mostravam a condição dos ancestrais de cada espécie quando adultos (pp.338, 345), ou seja, Darwin acreditou que o desenvolvimento embrionário mostrava as etapas da evolução ocorrida na espécie da qual pertencia o embrião, isto foi chamado de "recapitulação". Com base em observações no desenvolvimento embrionário, o zoólogo e ateu alemão Ernst Haeckel propôs, em 1868, a "lei biogenética", também chamada "lei da recapitulação", que procurava confirmar as observações darwinianas e que se resumia na frase "ontogenia recapitula a filogenia", isto é, o desenvolvimento do indivíduo (ontogenia) recapitula, ou repete, o da espécie (filogenia). Assim, no caso do embrião humano, por exemplo, o enredo da recapitulação é algo parecido com o que segue: O ovo fertilizado começa como uma única célula (igual à primeira célula viva que surgiu no planeta); Com as repetidas divisões da célula-ovo, surge um embrião com um arranjo segmentado (a fase "lombriga"); Os segmentos desenvolvem-se em vértebras, músculos e algo que se aparenta com brânquias ( a fase do "peixe"); Surgimento de rudimentos de membros (mãos e pés) que parecem servir para nadar, também aparece um "rabo" (a fase do anfíbio); Por volta da oitava semana de desenvolvimento, a maioria dos órgãos está quase completa, os membros desenvolvem os dedos e o "rabo" desaparece (a fase humana). Logo após Haeckel propor sua "lei", colocando em destaque as semelhanças gerais entre os embriões vertebrados e ignorando completamente suas significativas diferenças, muitos distintos embriólogos, de sua própria época, criticaram seu trabalho, como, por exemplo, Jane Oppenheimer, em "Essays in the History of Embryology and Biology" (MIT Press, 1967 pág. 150), disse que o trabalho de Haeckel "era a culminação do extremo que seguiu Darwin", lamentando que "as doutrinas de Haeckel eram cega e incriticavelmente aceitadas" e que causavam atraso no curso do progresso de ciência embriológica. O embriólogo Erich Blechschmidt considerava a "lei da biogenética" um dos erros mais sérios da história da biologia. Em seu livro "The Beginnings of Human Life" (Springer-Verlag Inc., 1977, pág. 32), Blechschmidt disse a respeito da "lei" de Haeckel: "A Lei fundamental denominada biogenética está errada. Nenhum mas ou se pode mitigar este fato. Nem mesmo um minúsculo pedaço está correto ou corrigido em uma forma diferente. Está totalmente errada". Apesar da falta de consistência da lei biogenética, e as bem fundamentadas críticas de muitos renomados embriólogos contra esta suposta ‘lei", ela permaneceu inabalada e se popularizou, pois era muito atraente para os evolucionistas. Em seu livro "Natürliche Schöpfungs-geschichte" (A história natural da Criação), publicado no idioma alemão em 1868, e em inglês no ano de 1876 com o título "The History of Creation", Haeckel usou um desenho do 25º dia de um embrião de cachorro que tinha sido anteriormente publicado por T. L. W. Bischoff, em 1845, e um desenho da 4ª semana de um embrião humano, publicado em 1851-59 por A. Ecker. O famoso embriólogo comparativo e professor de anatomia na Universidade de Leipzig, Wilhelm His, descobriu a frade de Haeckel em 1874. Haeckel havia somado 3,5 mm ao desenho da cabeça do embrião de cachorro, desenhado por Bishoff, e subtraído 2 mm do desenho da cabeça do embrião humano desenhado por Ecker, dobrou a duração do posterior humano e alterou substancialmente os detalhes do olho humano. Wilhelm demonstrou também que não havia nenhuma desculpa para a inexatidão dos desenhos, deixando claro que tudo não passava de uma fraude descarada, a lei da biogenética não tinha fundamentos. Acusado de fraude por cinco professores e condenado por um tribunal universitário de Jena, Heckel confessou que uma pequena porcentagem de seus desenhos embrionários eram falsificações. Argumentou que estava somente preenchendo e reconstruindo os elos quando a evidência estava magra, ele reivindicou desavergonhadamente que muitos outros dos melhores observadores e biólogos fazem coisas semelhantes. Em uma carta enviada para Müchener Allegeneine Zeitung, um semanário internacional para Ciência, Arte e Tecnologia, publicada em 09 de janeiro de 1909, Haeckel disse que o número de quadros "falsificados" (termo usado pelo Dr. Brass, um dos seus críticos) eram possivelmente 6 ou 8 em 100 e visavam preencher os buracos da série de desenvolvimento, por hipóteses. Apesar da lei biogenética ter surgido a partir de fraudes e ter sido desacreditada cientificamente desde os tempos de Haeckel, mostrando-se uma idéia totalmente falsa, ela foi posteriormente ensinada como evidência da evolução em escolas e universidades, e ainda é hoje incluída em muitos livros de biologia e tem alguns adeptos, é um dogma evolutivo profundamente arraigado. Em uma pesquisa realizada em 1980, verificou-se que, dos quinze livros de ensino de biologia adotados pelas escolas secundárias do Estado de Indiana (E.U.A.), nove apresentam a teoria da recapitulação embrionária como evidência da evolução. Já, em 1962, Willian H. Matthews III, professor de Geologia na Faculdade Estadual de Lamar, defendendo a teoria da evolução em sua obra "Fossils", Nova Iorque: Barnes and Noble, pág. 158, escreveu: "Um estudo dos primeiros estágios do desenvolvimento das plantas e animais oferece apoio adicional para a relação evolutiva entre as formas de vida simples e as complexas de vida. É um fato estabelecido que, nos primeiros estágios, os embriões de animais possuem estruturas que se assemelham às de animais adultos menos altamente desenvolvidos". Matthews prossegue citando o exemplo de "fendas de brânquias" nos embriões de anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos. Dia ele: "Os evolucionistas consideram essas fendas de brânquias como uma relíquia do passado" E continua: "Essas e outras observações embriológicas deram lugar à lei biogenética ou lei da recapitulação. Essa lei declara que a ontogenia recapitula a filogenia, isto é, o desenvolvimento do indivíduo (ontogenia) recapitula, ou repete, o da raça (filogenia). A Lei biogenética parece concordar com estudos feitos sobre a natureza dos sucessivos graus de crescimento das plantas e animais, dando assim apoio à teoria da evolução orgânica". Paul Ehrlich, comentando a respeito destas supostas brânquias, disse: "...estas negligências foram mostradas quase universalmente por autores modernos, mas a idéia ainda tem um lugar proeminente na mitologia biológica" (The Process of Evolution, 1963, pág. 66). Observações que evidenciam que a lei biogenética é falsa já são realizadas desde, pelo menos, 1901. A. P. Pavlov ("Le Cretace inferior de la Russe et as faune", Nouv. Mem. Soc. Nat, Moscov Novv Serie XVI livr. 3, 1901, pág. 87, citado por Leo Berg, Nomogenesis,trd. Por J. N. Rostovtsov, Cambridge: MIT Press, 1969, pág. 74) descobriu que: "A prole de certas amonites possui características que desaparecem no estágio adulto, enquanto as mesmas características reaparecem subseqüentemente nos representantes mais altamente organizados do mesmo grupo, pertencentes a espécies que ocorrem em estratos geológicos mais recentes". Leo Berg (em Nomogenesis, pp. 108 e 109), comentando acerca da teoria da recapitulação, propagou a idéia de que os embriões não recapitulavam a história evolutiva de suas espécies, mas apenas para onde ela evoluía. Ele demonstrou que o cérebro dos embriões dos pássaros se parecia mais com os cérebro dos mamíferos do que com o dos anfíbios. Esta condição persiste durante um terço da existência do embrião. A face do embrião de galinha, segundo ele, é bem semelhante à de um ser humano. No primeiro estágio de desenvolvimento, as mandíbulas embrionárias de todos os mamíferos são tão curtas quanto as do homem. Essa semelhança não deveriam existir, se a lei biogenética fosse verdadeira. A maioria das autoridades descarta a teoria da recapitulação, atualmente. Shumway e Adamstone concluíram: "Torna-se difícil, se não impossível, desenhar uma árvore genealógica dos vertebrados com base apenas em dados embriológicos. Assim sendo, a teoria da racaptulação não é aceita e aplicada tão livremente como antes" (Introdution to Vertebrate Embriology, Nova Iorque: John Wiley and Sons, 1954, pág. 5). Robert H. Dott e Roger L. Batten admitem: "Muita pesquisa tem sido realizada no campo da embriologia desde os dias de Haeckel e sabemos que existe um número excessivo de exceções nesta simples analogia, e que a ontogenia não reflete exatamente o curso da evolução. Por exemplo, sabemos que os dentes se desenvolveram antes da língua nos vertebrados, todavia, no embrião, a língua aparece primeiro" (Evolution of the Earth, St. Louis: McGraw-Hill Book Co., Inc., 1971, pág 86). Muitos evolucionistas parecem não ouvir as advertências que diversos embriólogos fizeram e fazem ocasionalmente. Em 1976, o embriólogo William Ballard (que segundo Richard Elinson, cunhou o termo "pharyngula") lamentou o fato de que tanta energia continua sendo "desviada na atividade do século XIX, essencialmente infrutífera, de dobrar os fatos da natureza para apoiar generalidades de segundo plano. Ballard concluiu que é "só por truques semânticos e seleção subjetiva de evidências" que se pode defender a teoria da recapitulação (Ballard, 1976, pág. 38). As grandes dissimilaridades dos embriões O conjunto de 24 desenhos apresentados ao lado, são de autoria de Haeckel, e foram publicados pela primeira vez em 1866 em seu trabalho chamado "Generalle Morphologie der Organismen", e republicados em 1874, em sua obra "Anthropogenie", onde ele pretendeu mostrar embriões de peixe, salamandra, tartaruga, galinha, porco, vaca, coelho e ser humano em três fases de desenvolvimento (cada coluna [vertical] pertence a uma espécie). Ninguém, até recentemente, se deu ao trabalho de verificar se estes desenhos também não se tratavam de fraudes, presumia-se que tais imagens estão, pelo menos, próximas da verdade, sendo que estas imagens ainda podem ser encontradas em recentes livros de ensino e trabalhos populares sobre teoria da evolução. Em 1997, o Dr. Michael K. Richardson, conferencista e embriólogo no St George’s Hospital Medical School, Londres, expôs esta fraude adicional em um artigo do jornal Anatomy and Embryology (Michael Richardson et al, 196(2):91–106, 1997), recentemente revisado em Science (Elizabeth Pennisi, "Haeckel's Embryos: Fraud Rediscovered", 277(5331):1435, September 5, 1997) e New Scientist ("Embryonic fraud lives on", 155(2098):23, September 6, 1997). Richardson disse que ele sempre sentia que havia algo de errado com os desenhos de Haeckel, porque eles não se enquadraram com o seu conhecimento, entendendo que as taxas às quais peixes, répteis, pássaros, e mamíferos se desenvolvem, têm suas características distintas. Richardson não encontrou nenhum registro de qualquer um que tenha comparado, de fato, os embriões destas espécies. Ninguém citou qualquer dado comparativo em defesa da idéia. Richardson formou uma equipe internacional para examinar e fotografar a aparência externa de embriões de uma grande quantidade de espécies de vertebrados, nos estágios descritas por Haeckel. A equipe colecionou embriões de 39 criaturas diferentes, inclusive marsupiais da Austrália, sapo de árvores de Porto Rico, serpentes da França, e um embrião de jacaré da Inglaterra. A equipe concluiu que os embriões de espécies diferentes são muito diferentes entre si. De fato, eles são tão diferentes que os desenhos feitos por Haeckel possivelmente não poderiam ter sido feitos a partir de observações em espécimes reais. Na primeira linha, os desenhos de Haeckel, de vários embriões diferentes, mostrando incrível semelhança em uma determinada fase do desenvolvimento. Na segunda linha, as fotografias de Richardson de como os embriões realmente são, na mesma fase de desenvolvimento citada por Haeckel. Comparando as duas linhas, percebe-se claramente que os desenhos de Haeckel não se basearam em qualquer observação real. Da esquerda para direita: Salmo salar (peixe), Cryptobranchus allegheniensis (salamandra) , Emys orbicularis (tartaruga), Gallus gallus (galinha), Oryctolagus cuniculus (coelho), Homo sapiens (ser humano). O real desenvolvimento dos embriões vertebrados Embora seja verdade que os embriões de vertebrados são um pouco semelhantes em certa fase do desenvolvimento, nas primeiras fases eles são radicalmente dissimilares. Depois da fertilização, embriões animais sofrem um processo chamado "divisão", onde o ovo fertilizado divide-se em centenas ou milhares de células separadas e , nesta fase, cada grupo principal de animais segue um padrão distinto, entre vertebrados, por exemplo, peixes, mamíferos, pássaros e répteis são muito diferentes (Gilbert, S. F.: 1994. Developmental Biology, 4th ed. Sunderland, MA.: Sinauer Associates). Na fase "gastrulação" as células dos embriões animais movem-se e se reorganizam para gerar tecidos e estabelecer a estrutura geral do corpo. As conseqüências deste processo são tão significantes que o embriólogo Lewis Wolpert escreveu que "não é o nascimento, matrimônio ou morte, mas a gastrulação que verdadeiramente é o evento importante em sua vida" (Wolpert, L.: 1991. The Triumph of the Embryo. Oxford: Oxford University Press, p. 12). Como os padrões de divisão, padrões de gastrulação variam notadamente entre os principais grupos de animais, inclusive as classes diferentes de vertebrados (Elinson, R. P.: 1987. Change in Developmental Patterns: Embryos of Amphibians with Large Eggs. In Development as an Evolutionary Process,ed. R. A. Raff and E. C. Raff, Vol. 8, pp. 1-21. New York: Alan R. Liss). Somente depois da fase de gastrulação, os embriões de mamíferos, pássaros, peixes e répteis começam a se assemelhar um ao outro. Na fase "faríngula", todos os embriões vertebrados parecem vagamente com um peixe minúsculo, com uma cabeça proeminente e um rabo longo. A região do pescoço dos embriões vertebrados, tem, nesta fase, minúsculos cumes e entalhes que os recapitulacionistas dizem ser fendas de brânquias. nas fases posteriores à "faríngula" os embriões tornam-se bem dissimilares. É fato bem estabelecido que o embrião humano (e dos outros mamíferos), nunca tem brânquias em qualquer sentido da palavra. A absurda noção de existência de brânquias é baseada na presença de cumes e entalhes na região do pescoço do embrião (chamados arquéias faringeais e bolsas), que têm uma semelhança superficial com brânquias. Enquanto arcos visualmente semelhantes desenvolvem-se como brânquias em peixes, o desenvolvimento dos arcos em mamíferos não tem nada em comum com brânquias e nem mesmo com o sistema respiratório, eles se transformam em parte da face, músculos de mastigação e expressão facial, ossos do ouvido mediano e glândulas paratiróides (Lehman, H. E.: 1987, Chordate Development, 3d ed. Winston-Salem, NC: Hunter Textbooks). Comparar estes arcos e bolsas com brânquias, é o mesmo que comparar uma bola de ping-pong com um ovo de galinha, a aparência é apenas superficial. Teoria da Evolução - conclusão É admirável o trabalho de Antropologos, Paleontólogos, Biólogos e de outros Cientistas que têm colaborado com o enriquecimento do conhecimento humano e conseqüentemente do progresso. O que este trabalho sobre evolução procura fazer é colaborar para não permitir que uma teoria não comprovada seja imposta como fato indiscutível, de forma semelhante à imposição da teoria criacionista no final do século XIX, que procurou se manter em sua posição sem debates justos. Para aquela época parecia mais racional crer na evolução, mas o tempo, com o silêncio das novas descobertas arqueológicas no que se refere à evolução e com o desenvolvimento da engenharia genética, esta teoria deve ser reavaliada e estudada com reservas. Com toda a capacidade humana de se pesquisar, observar, fazer experiências, analisar os resultados e fazer novas descobertas, ainda não foi possível entender e nem mesmo mapear ou decifrar o código genético humano e não se criou nada que possa ser considerado vivo a partir de matéria inorgânica ou morta, nem ao menos se conseguiu, por exemplo, criar um mecanismo com o mesmo tamanho e funcionalidade que uma abelha ou criar um computador realmente inteligente, mesmo tendo o cérebro humano como modelo para ser estudado e copiado, se o homem, com todas suas virtudes racionais para entender e criar ainda não conseguiu estas façanhas, como a natureza conseguiria? Se atribuirmos qualidades especiais de criação para a natureza, simplesmente estaríamos a classificando como Deus, só que com outro nome. Pode-se encontrar um relógio e concluir que não houve um projetista para este objeto? Quem tem o mínimo conhecimento sobre genética sabe que qualquer célula viva é mais complexa e engenhosa que um relógio, porém a "lavagem cerebral" sobre evolução nos leva a crer que a vida surgiu acidentalmente desafiando a probabilidade e leis da física. Um evolucionista, ciente de tudo isto e que ainda é inflexível em suas "crenças" deve ser admirado por sua "fé" incondicional, como afirma Denton, na obra Evolution: A evolução exige bastante fé: uma fé nas proteínas-L (levo-moléculas) que desafiam a formação por acaso; fé na formação de códigos de DNA que, se fossem gerados espontaneamente, iriam resultar apenas em pandemônio; fé num ambiente primitivo que na realidade iria devorar ferozmente quaisquer precursores químicos da vida; fé em experiências (sobre a origem da vida) que nada provam senão a necessidade de uma inteligência no princípio; fé num oceano primitivo que não tornasse mais espessos, mas diluísse irremediavelmente os produtos químicos; fé nas leis naturais, inclusive as leis da termodinâmica e biogênese que na verdade negam a possibilidade da geração espontânea da vida; fé em revelações científicas futuras que, quando compreendidas, sempre parecem apresentar mais dilemas para os evolucionistas; fé nas probabilidades que contam traiçoeiramente duas histórias uma negando a evolução, a outra confirmando o Criador; fé em transformações que permanecem fixas; fé nas mutações e na seleção natural que não passam de uma dupla negativa da evolução; fé nos fósseis que embaraçosamente revelam fixação no tempo, e ausência regular de formas de transição; ...fé num tempo que só promove a degradação na ausência de uma mente; e fé no reducionismo que acaba por reduzir os argumentos materialistas a zero e reforçar a necessidade de invocar um Criador sobrenatural. A religião evolucionista é consistentemente inconsistente. Os cientistas se apóiam sobre a ordem racional do universo para as suas realizações, todavia, os evolucionistas nos dizem que o Universo racional teve um início irracional do nada. Devido à falta de conhecimento sobre os mecanismos e estruturas, a ciência não pode sequer criar um simples graveto. Todavia, a religião evolucionista fala com ousado dogmatismo sobre a origem da vida. Existem outras teorias que procuram explicar a origem da vida e do homem, uma das mais aceitas atualmente declara que a vida tem origem extra-terrestre (panspermia), mas se assim for, a polêmica continuaria, só mudaria de endereço, surgiria a questão de como a vida surgiu fora da Terra e mesmo assim sua origem apontaria para um criador, por esta razão e as outras já apresentadas, crer que Deus criou a vida, sem evolução, torna-se uma possibilidade com amparo científico. Muitas pessoas acreditam na teoria da evolução simplesmente porque acham impossível que tantos competentes cientistas possam estar enganados, e outras pessoas, quando se deparam com algumas sérias refutações contra a teoria da evolução, como, por exemplo, o reduzido número de fósseis que mostram alguma evidência da evolução, logo aceitam justificativas de nível que normalmente não aceitariam em outras circunstâncias, como, por exemplo, a justificativa dos saltos abruptos da evolução (o que procura justificar o pequeno número de fósseis supostamente transitórios), porém, a história nos alerta sobre estas atitudes. Em 1702, ou seja, já na era da ciência moderna, com os rigores da metodologia científica, surgiu a teoria do flogístico, que se dispunha a explicar composições, reações e processos químicos. Os experimentos científicos com zinco e fósforo pareceram provar a teoria do flogístico e foi tão bem aceita pelos cientistas que era tida como fato incontestável e os fatos embaraçosos eram astutamente assimilados e justificados, criando-se explicações para encobrir as provas contrárias à existência do flogístico, os fatos tinham que curvar-se à "verdade" do flogístico e não eram aceitas teorias alternativas. Apenas descobertas bem posteriores à criação da teoria, como em 1757, a descoberta do ácido carbônico, entre 1771 e 1774, as descobertas do oxigênio (ar deflogisticado), do azoto (ar flogisticado), do bióxido de azoto e o protóxido de azoto, é que levaram a teoria a começar a ser descartada lenta e gradativamente. Foram décadas no erro, apesar do conhecimento dos métodos científicos. Há quem diga que o flogístico foi aceito como verdadeiro por quase cem anos. No livro Origins of Modern Science, o professor H. Butterfield observa: "...as duas últimas décadas do século XVIII dão uma das provas mais espetaculares sobre o fato de que homens capazes que tinham a verdade debaixo do próprio nariz, e possuíam todos os ingredientes para a solução do problema - justamente aqueles que haviam feito as descobertas estratégicas - ficaram incapacitados pela teoria do flogístico de compreenderem as implicações do seu próprio trabalho". Ao meu ver, a história está se repetindo com a teoria da evolução. SÉRGIO O que tem para se ler No Brasil, atualmente, há poucas obras que apresentam contestações à teoria da evolução, entre elas: A Caixa Preta de Darwin - O desafio da bioquímica à teoria da evolução, pelo bioquímico Nichael Behe, publicado por Jorge Zahar Editor; Os fatos sobre Criação e Evolução, por John Ankeberg e John Weldon, Editora Obra Missionária Chamada da Meia Noite; Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo, por Josh McDowell e Don Stewart, Editora Candeia; No Princípio..., pelo Prof. E. H. Andrews, Editora Fiel da Missão Evangélica Literária; Darwin e sua macacada, por Harold Hill, Editora Vida;