As Evidências da Evolução - Global Training Resources

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As Evidências da Evolução
SUMÁRIO
Síntese histórica
Evidências da evolução
Síntese de diversos problemas relacionados à teoria da evolução
Fatos, Teorias, Truques Semânticos e Pressuposições Filosóficas
A teoria de como surgiu a primeira vida:
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A crença na geração espontânea
Síntese da história da crença na geração espontânea e sua refutação por Pasteur
A experiência de Stanley Miller e a teoria de como surgiu a primeira vida
A atmosfera primitiva
A segunda lei da termodinâmica
A complexidade do Código Genético
Órgãos Vestigiais
Os mecanismos da evolução
Documentário Fóssil
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Avaliando o documentário fóssil
A camada cambriana
O seymouria
O celacanto
O Archaeopteryx
A evolução do cavalo
Os supostos ancestrais do homem
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Australopithecines
Ramapithecus
Homem de Nebraska
Homem de Java
Homem de Neanderthal
Homem de Cro-Magnon
Homem de Piltdown
Anatomia Comparada, Homologia
Embriologia Comparativa: Teoria da Recapitulação (lei biogenética)
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As grandes dissimilaridades dos embriões
O real desenvolvimento dos embriões vertebrados
Conclusão
Literatura
Síntese Histórica e Breve Descrição da Teoria da Evolução
Muitas pessoas acreditam que Charles Darwin foi o pai do conceito da evolução,
entretanto, encontramos sugestões da idéia nos monumentos babilônicos e egípcios.
Quatro séculos antes do nascimento de Cristo, o filósofo grego Aristóteles já havia
apresentado uma teoria evolutiva influenciada por conclusões de seus
predecessores. Erasmo Darwin, o avô de Charles Darwin, foi um famoso
evolucionista cujas obras sobre o assunto foram traduzidas para vários idiomas.
Em 1809, o biólogo francês Jean Baptiste Lamarck propôs uma hipótese sobre a
evolução dos seres vivos, onde argumentava que fatores ambientais novos podiam
provocar o surgimento de modificações nos seres vivos, que aumentam sua
capacidade de adaptação e que podiam ser transmitidas às gerações futuras, porém,
sua teoria foi refutada pela comunidade científica através de numerosos
experimentos, sendo que se destacou o experimento de Weissman, na segunda
metade do século XIX, que consistiu em se cortar o rabo de ratos por 20 gerações
sucessivas. Weissman demonstrou que a característica adquirida, ausência de rabo,
não era transmitida aos descendentes, pois, todas as gerações dos ratos da
experiência continuavam nascendo com rabos tão longos quanto os da primeira
geração. Embora a hipótese de Lamarck não seja aceita como correta, seu trabalho
chamou a atenção para o fenômeno da adaptação dos seres vivos ao ambiente em
que vivem.
A contribuição de Charles Darwin para a teoria da evolução foi significativamente
marcante devido seus argumentos apresentados, em 1859, em sua obra inicialmente
intitulada "Sobre a Origem das Espécies" (apenas na sexta edição, em 1872, passou a
se chamar "A origem das Espécies"), onde propôs que as modificações adaptativas
das espécies são determinadas pelo mecanismo de seleção natural, atribuindo à ação
contínua do processo de seleção natural (ou sobrevivência dos mais aptos, termo
criado por Herbert Spencer e citado a partir da 5ª edição da obra "Sobre a Origem
das Espécies"), o surgimento de novas espécies e a extinção de outras. A teoria
evolucionista de Darwin (darwinista) causou grande impacto na sociedade
americana e inglesa, apesar da falta de provas conclusivas e alguns questionamentos
teóricos sem respostas, foi aceita como a melhor explicação para a origem das
inúmeras espécies de organismos vivos. No espaço de trinta anos tornou-se muito
popular, não devido evidências científicas, mas devido ao clima intelectual
americano, que já estava preparado para a transição do teísmo e sobrenaturalismo
para o humanismo e naturalismo.
Além da teoria darwinista da evolução, surgiu também o mutacionismo, que
defende a idéia de que a evolução se dá através de macromutações, o que faz surgir
organismos vivos significativamente diferentes de seus ancestrais. As pequenas
diferenças intra-específicas devem-se a micromutações. Os mutacionistas, entre eles
De Vries e Johansen, propunham que as mutações genéticas eram a única causa do
processo evolutivo. Os experimentos científicos realizados a partir da década de 1920
produziram conhecimentos que abalaram a teoria mutacionista.
Fisher, Haldane, Wright e Chetverikov publicaram trabalhos que reuniram
informações disponíveis até meados da década de 1930, servindo de base para a
moderna teoria sintética da evolução. Esta teoria afirma que mutações e seleção
natural atuam no processo evolutivo, para defender esta teoria são usados
argumentos e interpretações no campo da paleontologia, anatomia comparada e
estudos bioquímicos.
As Evidências da Evolução
As evidências da existência de evolução se sustentam em interpretações do
documentário fóssil, anatomia comparada e estudos bioquímicos.
Documentário Fóssil
O documentário fóssil demonstra claramente que no passado existiam formas de
vida diferentes das atuais. Os animais primitivos deixaram restos e impressões em
rochas das mais variadas partes do mundo, os fósseis. Os fósseis podem ser datados
através da determinação dos materiais radioativos neles contidos. Não sendo
possível assistir ao processo evolutivo, é de fundamental importância encontrar
provas da evolução no registro fóssil. Os evolucionistas apresentam fósseis de alguns
seres primitivos como evidência da evolução, tais como o archaeopteryx (como
forma transitória entre répteis e aves) e animais que pertencem a uma suposta
evolução do cavalo. Segundo a teoria da evolução, a presença de diferentes fósseis
em camadas de rochas sucessivas permite ter uma idéia das formas de vida que se
sucederam, tornando-se possível reconstituir o processo evolutivo de grupos de
seres vivos.
Anatomia Comparada
Segundo os evolucionistas, as semelhanças anatômicas entre diferentes espécies de
seres vivos aponta para ancestrais comuns entre as espécies semelhantes, sendo isto
uma evidência da evolução.
Os estudos de anatomia comparada revelam, por exemplo, que os membros
anteriores de todos os tetrápodes têm a mesma estrutura esquelética, embora
representem adaptações a funções diferentes. Há também semelhanças nos vasos
sangüíneos e coração, musculatura e as mesmas regiões cerebrais básicas em todos
os tetrápodes, o que sugere ancestrais em comum.
Os estudos de anatomia comparada também apontam, como evidência de evolução,
a presença de órgãos vestigiais ou rudimentares. Segundo os evolucionistas, estes
órgãos, embora sem função atual, permanecem vestigialmente, indicando a
existência anterior, em sua forma completa, nos ancestrais dos atuais seres vivos que
possuem os citados órgãos. Um exemplo de órgão chamado vestigial é o apêndice
humano.
Evidências Bioquímicas
A seqüência de aminoácidos de uma proteína é determinada pela estrutura do gene
que a codifica. Diferentes organismos apresentam proteínas comuns, enquanto
outros apresentam seqüências de aminoácidos diferentes. Essas diferenças refletem
alterações na estrutura dos genes que codificam as proteínas. Proteínas semelhantes
são resultantes de composição genética semelhante. Segundo a teoria da evolução,
duas espécies terão maior semelhança entre suas proteínas quanto mais próximo for
o grau de parentesco sob o ponto de vista evolutivo.
Todos os tipos de evidências citados aqui serão analisados nas próximas páginas.
Abaixo, um artigo publicado no periódico brasileiro "Observatório da Imprensa",
nº59, em 1998, que faz uma síntese de diversos fatos relacionados com a teoria da
evolução.
TEORIA DA EVOLUÇÃO
Desnudando Darwin: ciência ou ideologia?
ou
A relação incestuosa da mídia brasileira com a
Nomenklatura científica
Enézio E. de Almeida Filho (*)
"Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser
formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra".
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
"É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é
ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim)"
Richard Dawkins, eminente zoólogo, cientista, autor e professor da Oxford University
Teoria da Evolução... por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos
modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos os
leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, "confiam" nela. Por que
então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela Academia?
"Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução", "Não há crise no
neodarwinismo" é o que é propalado com destaque pelos cientistas. Mas será que é
assim mesmo?
Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou
teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana)
vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros,
publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O
interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome
internacional.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão
importante fato: silêncio total!
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente
apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva):
quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais
responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na
tentativa da manutenção/salvação do modelo científico. Quando isso não ocorre, um
novo paradigma científico se faz necessário. Kuhn, contudo, não estipulou quantos
anos de anomalias não-resolvidas seriam necessários para o surgimento de um novo
modelo científico...
Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que os
físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde resposta
sobre as origens do Universo "Não sabemos"? A ciência não é omnicompetente...
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico
é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo
evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais +
tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas). A
abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método
científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo
produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou
num ser vivo mais complexo. É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por
uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um
suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em
Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado
ciência!
Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da Ciência.
Precisamos de vocês, câmbio... cambrio... cambriano... O Big Bang da Vida - o tendão
de Aquiles das teorias da evolução!!!
Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher e Dr.
Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em
geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica...
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o
questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência
inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da
Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications
of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
Até hoje, nenhum cientista evolucionista solucionou estas dificuldades teóricoempíricas. Percebe-se, contudo, no que é veiculado nas reportagens científicas uma
certa preocupação quanto ao tempos verbais: todos no condicional. Isso é bom
porque não atribui como "fato" determinadas descobertas. Contudo, não é salientado
para os leitores quais aspectos da teoria neodarwinista estariam sendo
corroborados/questionados.
Por que essa omissão? O que se vê no jornalismo científico, supostamente objetivo, é
um jornalismo ideologicamente naturalista mascarado de jornalismo científico.
Pseudo-jornalismo científico a ser desmascarado. Com muito rigor científico.
Ciência fundamentalista
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o
modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates
intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a
transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o
Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro,
Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o
pleito dos inovadores.
Estranho paradoxo esse, mas o grande empecilho para o livre e pleno
desenvolvimento da ciência são os cientistas fundamentalistas. Galileu Galilei foi
condenado pela Igreja, mas com o aval do conhecimento científico da Academia que,
unanimemente, acreditava ser a Terra o centro do Universo... Já acreditaram também
que a Terra era quadrada. E cientistas de renome internacional daquela época. Não
muito diferente dos renomados cientistas modernos. Os cientistas não são tão
assépticos quanto seus aventais... Pasteur que o diga!
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução:
Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies
e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução
(Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados,
inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser
comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria
Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a
máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos.
Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa
Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao
rigor do método científico? Por que não o debate público de suas teorias? O modelo
neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não
pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não,
temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a
um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver
errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São
Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de
quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método
científico? Parece que não. Por que este modelo teórico não é considerado pelos
jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de
Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como
teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas
fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e
outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se
considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge
University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante
assunto?
Destruindo ídolos
Esse "silêncio" da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do
neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É, mas
todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos científicos já
foram. Quem será o Finéias de Darwin? Nietzsche disse, em algum livro, "Derrubar
ídolos - isso sim, já faz parte de meu ofício". Esse espírito nitzscheano está em falta
no jornalismo brasileiro. Teoria Especial da Evolução - Darwin tem toda a razão.
Teoria Geral da Evolução - Darwin não tem razão nenhuma, está nu e há algo de
podre na Nomenklatura científica em não querer divulgar isso para os estudantes e o
público leitor não-especializado.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria
científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an
intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da
Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o
contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon
vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a
cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na
Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica.
Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento
diferente do dispensado a Galileu? Não!
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de
História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano
de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos
evolucionistas, perguntou:
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja
verdade?"
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem
resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin
Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas
suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua
famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no
Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a
Academia do seu tempo...
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética
Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory
in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há
muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem
ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações
ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e
continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos
ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of
biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].
Phillip E. Johnson, professor de Direito na Universidade da Califórnia, Berkeley, em
1993 escreveu um livro - Darwin on trial [a ser publicado no Brasil em meados de
1999]. Por esse e por outros livros publicados, como Defeating Darwinism by opening
minds, Objections sustained e Reason in the balance, o Dr. Johnson vem sofrendo ataques
virulentos da Nomenklatura científica, porque ele não dispõe de formação científica
afim. Acabaram de negar o direito a Darwin de escrever o seu A origem das espécies
(que lida com tudo, menos com as origens das espécies... Leia e comprove): estudou
Teologia em Cambridge e foi naturalista muito mais por hobby do que por formação
acadêmica...
Abrindo a caixa preta
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh
University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade
Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro,
Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente
contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo:
idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas
houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser
examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com
Galileu...
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas,
biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David
Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells.
Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos
aspectos.
Há mais de 10 anos (isso mesmo - há mais de 10 anos) venho salientando isso a
diretores de redação/editores de Ciência dos maiores veículos de comunicação do
Brasil: Veja, Folha de S. Paulo, e recentemente, Superinteressante, Globo Ciência (hoje
Galileu) e Época.
A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam
conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta
automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá... Dificilmente lidaram
com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que obtive foi do
diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da pesquisa/achado,
somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se contradisse. Seus
repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados neodarwinistas...
O jornalismo científico tem relevância científica? Tem, porque é o jornalista quem
difunde idéias e teorias científicas para os leigos. O jornalismo científico tem
relevância social? Tem, porque é um dos elos que mostram a Academia como ela é à
sociedade. Infelizmente, ao difundir idéias e teorias científicas, o jornalismo
científico brasileiro não tem provocado o debate, não tem "ouvido o outro lado". É
preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate
público dessas anomalias. Uma pista - os que praticam ciência normal se sentem
ameaçados nos seus postos e pesquisas se passarem a questionar o modelo científico
mais aceito pela Nomenklatura científica de fim de século: bolsas de estudos, fundos
para pesquisas, reputação acadêmica, projeção na comunidade internacional, medo
de ser tachado de louco, ignorante, crente do geocentrismo e outros epítetos
desvairados usado pelos "sóbrios e elegantes senhores da Academia"... O debate em
jornalismo científico deve ser a norma, e não a exceção. Scientia qua Scientia
[Wissenschaft] pelo rigor cético do método científico. Nada mais, nada menos.
Quanto à sua relevância social, o jornalismo científico precisa mostrar um outro
ângulo desconhecido da Nomenklatura: o conceito popular da ‘integridade
intelectual’ dos cientistas, e de que a ciência atualmente praticada é feita totalmente
despojada de ideologia ou isenta de um particular Weltanschauung.
O jornalismo científico perdeu uma boa oportunidade de mostrar que é um
jornalismo investigativo quando, ao longo de mais de 10 anos recebendo dados
sobre o assunto, deixou de tornar conhecidas do público as muitas anomalias do
neodarwinismo. Isso, mais por um posicionamento ideológico atrelado à
Nomenklatura do que por amor à "verdade científica". Um novo paradigma
científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através
de seus agentes deseja abortá-lo. Mas são muitos os biólogos, bioquímicos e
cientistas evolucionistas que desejam ver este filho nascer. Vade retro Herodes
(Dawkins, Dennett et al.)!
O jornalismo científico, ao cobrir idéias e teorias sobre a origem da vida, tem que ter
interesse em formular perguntas - O que somos? De onde viemos? Ex-nihilo pode
criar alguma coisa? A ciência tem competência nessa área ou ao formular essas
teorias não está substituindo os "mitos religiosos" por "contos de fadas para
adultos"? O Zeitgeist influenciaria a Weltanschauung dos que fazem ciência? Seriam os
cientistas "objetivos", "neutros", dignos de confiança nas suas pesquisas? O que dizer
das muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios científicos?
Um mito refinado
À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais. São
fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do universo e
da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um quê de
onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez com velados
interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e bem apoiado até
por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico travestido de ciência.
O jornalismo científico precisa informar ao público leitor que, ao contrário do que é
veiculado na mídia, Galileu-herético enfrentou maior oposição dos luminares/pares
da Academia de então. A mesma coisa Darwin. Não há mais como esconder a
falência do paradigma neodarwinista - Empirica empirice tratanda! Em ciência,
paradigma morto, paradigma posto. Apesar de posar como "ortodoxia científica", o
neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente!
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas
não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico
que funcione;
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações
complexas;
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao
longo do tempo, e não mudança constante.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita
por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos
da verdade, a evolução das espécies  em nível macro  é mencionada como se
tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o
tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns
jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas.
Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teóricoempíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas
redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com as
seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do
neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as
seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos jornalistas
científicos das "anomalias" não respondidas pelo neodarwinismo como paradigma
científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar a proposição de Kuhn
(A estrutura das revoluções científicas, especialmente o cap. 8) de uma crise
paradigmática demandando o surgimento de um novo paradigma? (P2) Qual o lugar
específico da "filosofia naturalista" da parte dos jornalistas na manutenção de um
modelo científico que, apesar de ser considerado "o mais confiável" entre os
cientistas, sugere ser mais metafísica do que propriamente ciência? (P3) Por que os
jornalistas científicos não fazem distinção entre Teoria Especial da Evolução (microevoluções, intra-espécies, empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução
(macro-evoluções, inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção
é precípua para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que
os editores de Ciência não salientaram estas "anomalias" para seus jornalistas
quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5)
A hipótese central que sugiro para responder à pergunta central (PC) é a seguinte: as
dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não foram salientadas ao públicoleitor por causa da Weltanschauung totalmente influenciada pelo naturalismo
filosófico mascarado de ciência, conscientemente por parte de alguns jornalistas e
inconscientemente da parte de outros. (HC) As demais hipóteses oferecidas às
demais perguntas são estas: Conforme correspondência desse autor com algumas
editorias de Ciência, já havia conhecimento dessas anomalias, outras desconheciam-
nas completamente. Desonestidade jornalística das que sabiam e falta de atualização
científica de outras. (H1)
Kuhn preconiza que há relutância da parte dos que praticam Ciência Normal em
aceitar uma mudança paradigmática, partindo para ou esperando a criação de
teorias ad hoc visando salvar o antigo modelo científico. Isso também se aplica aos
que praticam Jornalismo Normal. (H2) A "filosofia naturalista" ocupa, consciente ou
inconscientemente, o "topos epistemológico" não somente no Zeitgeist e
Weltanschauung dos cientistas, mas dos jornalistas científicos também, sem nenhum
questionamento desse posicionamento através do método científico. (H3) Esta
distinção não é feita porque alguns jornalistas científicos não conhecem devidamente
a Teoria da Evolução para fazer aos leitores este tipo de diferenciação teórica. (H4)
As editorias de Ciências não salientaram estas "anomalias" teórico-empíricas do
paradigma neodarwinista, pelo seu "reducionismo epistemológico" totalmente
embasado na "filosofia naturalista", em vez de seguir o rigor do método científico
para a Teoria Geral da Evolução. (H5)
Ouvir o "outro lado"
A editoria de Ciência que publicar um sólido texto sobre as dificuldades teóricoempíricas do neodarwinismo terá que, para "ouvir o outro lado", salientar os
seguintes pontos essenciais: Ciência e Método Científico; Darwinismo: Ciência ou
Filosofia (Fatos ou Fé); Origem da Vida; a Seleção Natural; o Registro Fóssil; a
Explosão Cambriana e a Origem do Filo; Macro-evolução; Estase; Mutações;
Homologia.
Existem artigos e livros de cientistas evolucionistas lidando com estes aspectos. Por
que não "reduplicá-los"? Haveria um "filtro ideológico" sobre o que deve ser
publicado ou não? Fique aqui registrado um primeiro passo da Folha de S.
Paulo/Caderno Mais, que publicou reportagem, embora limitada, sobre as
dificuldades desse modelo científico.
Este artigo é uma modificação de um projeto de trabalho apresentado no dia
16/11/98 à Coordenação de Pós-Graduação em Educação - Mestrado em Ciências,
na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), sobre a total omissão nos livrostextos de Biologia de 2 grau dessas anomalias. Projeto rejeitado sem direito a
apelação... Apliquei-o ao jornalismo científico porque foi nas correspondências
enviadas às editorias de Ciências que a idéia surgiu, de verificar se os mais
iluminados estariam lidando com o tema. Ledo engano.
O jornalismo científico, pro bonum publico, deve se conscientizar de que o jornalismo
nessa área é um apontar de horizontes. Educação, como pensar criticamente, e não a
presente situação fossilizada pelo dogma mitológico do neodarwinismo - ideologia,
no que se deve pensar (somente o que pontifica a Nomenklatura acadêmica). Não
fazer isso é condenar toda uma geração de estudantes e leitores não-especializados a
um profundo poço de ignorância científica e ser, em alguns casos, jornalisticamente
desonesto!
Darwin morreu...Viva Darwin!!!
Esperando contra a esperança o surgimento de um novo paradigma em Biologia!
(1) James A. Shapiro, James Shreeve, Robert Shapiro e outros cientistas que o espaço
não me permite citar.
(*) Pesquisador em Educação em Ciências.
Fatos, Teorias, Truques Semânticos e Pressuposições
Filosóficas
Primeiramente, vamos observar um pequeno texto do Stephen Jay Gould (Evolution
as Fact and Theory"; Discover, May 1981):
No vernáculo americano, "teoria" freqüentemente significa "fato imperfeito"- parte de uma
hierarquia de confiança indo do fato à teoria, à hipótese ao chute. Eis o poder do argumento
criacionista: evolução é 'somente' uma teoria e muito se debate sobre vários aspectos dela. Se
a evolução é menos que um fato, e os cientistas não conseguem nem se decidir sobre a teoria,
então que confiança podemos ter nela? De fato, o [então] presidente Ronald Reagan deu eco a
esse argumento diante de um grupo evangélico em Dallas ao dizer (no que eu sinceramente
espero ser somente retórica de campanha): "Bem, é uma teoria. É somente uma teoria
científica, e recentemente tem sido desafiada no mundo da ciência – ou seja, na comunidade
científica não se crê que ela seja tão infalível como era".
Bem, evolução é uma teoria. E também um fato. E fatos e teorias são coisas diferentes, não
níveis em uma hierarquia de confiança. Fatos são os dados do mundo. Teorias são estruturas
de idéias que explicam e interpretam fatos. Fatos não desaparecem enquanto os cientistas
debatem sobre teorias que competem par explicá-los. A teoria gravitacional de Einstein
substituiu a de Newton em nosso século, mas as maçãs não ficaram suspensas no ar,
esperando o resultado. E humanos evoluíram de ancestrais semelhantes aos macacos, quer
isso tenha acontecido pelo mecanismo proposto por Darwin ou por outro ainda a ser
descoberto. "Além disso, 'fato' não significa 'certeza absoluta'; não existe um animal assim
neste mundo excitante e complexo. As provas finais da lógica e matemática fluem
dedutivamente a partir e hipóteses e produzem certezas somente porque elas NÃO pertencem
ao mundo empírico.
Evolucionistas não fazem nenhuma alegação de verdade perpétua, embora freqüentemente os
criacionistas o façam. Em ciência "fato" só pode significar "confirmado a um grau tal que não
seria razoável retirar concordância". Eu suponho que é possível que amanhã as maçãs
comecem a cair para cima, mas essa possibilidade não merece o mesmo tempo de análise nas
aulas de física.
"Evolucionistas têm sido muito claros sobre essa distinção entre fato e teoria desde os
primórdios da teoria porque reconhecemos quão distantes estamos de entender completamente
os mecanismos (teoria) pelos quais a evolução (fato) aconteceu. Darwin enfatizava
continuamente a diferença entre essas duas enormes conquistas: estabelecer o fato da
evolução, e propor uma teoria - a seleção natural - para explicar o mecanismo da evolução."
Observe que o texto acima não afirma que fato e teoria são sinônimos, porém afirma
que evolução é um fato, e que resta para a ciência apenas entender quais os
mecanismos (teoria) que atuam para que a evolução ocorra, isto pareceria
perfeitamente racional se não levássemos em conta alguns outros fatos, destacandose:
Afirmar que evolução é um fato deve se sustentar em evidências, são citadas, por
evolucionistas, várias evidências da existência de evolução, porém são apenas
evidências devido a adoção de certas interpretações de alguns fatos que podem ter
outras interpretações, determinadas interpretações é que são usadas como
evidências, e não os fatos em si. Isto é relevante, pois a história da ciência
moderna, já na era da metodologia científica, demonstra que algumas consistentes
teorias estavam totalmente erradas, como por exemplo a teoria do flogístico, que
apesar de totalmente errada persistiu como "fato" por muito tempo, graças às
teorias "ad-hoc", que eram usadas para fazer a manutenção desta teoria (como é
feito atualmente com a teoria da evolução) e também a teoria da abiogênese
(formação de organismo vivo a partir de matéria não viva, geração espontânea). O
trabalho aqui apresentado citará diversos fatos que foram, ou são, interpretados de
forma errada, forçosa ou influenciada por pressuposições filosóficas;
Se existem mecanismos evolutivos, eles devem ser observados e registrados, pois
seriam fenômenos naturais, e em seguida o observador deve verificar a regra geral
(generalização) baseada em suas observações. Por sua vez, esta generalização deve
permitir que ele faça predições. Testa-se a seguir a sua hipótese, conduzindo
experiências para determinar se o resultado previsto irá ocorrer. Mediante
contínuas confirmações de suas predições pelo observador ou por outras pessoas
que também adotem metodologias científicas, a hipótese se tornará uma teoria, e a
teoria, com o tempo e os testes, irá alcançar a condição de Lei Científica (R. L.
Wysong, The Cration/Evolution Controversy "East Lansing, MI: inquiry Press,
1976", 40-41). Neste aspecto, apenas as chamadas microevoluções podem ser
demonstradas dentro da metodologia científica, mas as microevoluções são apenas
uma pequena parcela da evolução como é geralmente compreendida e difundida,
sendo, portanto, impossível de se provar cientificamente a evolução, pois não há
evidências ou provas científicas de que ela ocorre como afirma a teoria, e se ela
realmente ocorreu em outras épocas, como é sugerido (macroevolução), pode-se
apenas concluir que ela existiu através da interpretação de algum indício, e nisto
há grande fragilidade para se provar a evolução, pois a teoria propõe a existência
de mecanismos naturais que devem ter atuado, mas que não se prova em
laboratório sua existência e nem mesmo através da observação do registro fóssil.
Deduzir que um conjunto de micromutações podem equivaler a uma
macromutação é destituído de provas, além de existirem observações que sugerem
a impossibilidade desta equivalência (observações em populações de animais que
sofrem seleção artificial, assunto que é comentado neste site, mais adiante).
Diante dos fatos acima citados, promover a teoria da evolução a algo parecido com
"fato", sem que haja observação empírica, não passa de um truque semântico que
procura compensar a completa falta de evidências indiscutíveis que passam pelo
rigor da metodologia científica. Fatos se constituem de provas ou deduções que
excluem por completo interpretações alternativas de maneira verdadeiramente
científica ou racional, sem fazer exclusão a partir de pressuposições filosóficas
(impossibilidade da vida ter surgido através de criação especial pelo fato de se crer
que não existe um criador), que é o principal sustentáculo do prestígio da teoria
evolucionista. Afirmar que evolução é um fato, sem se ter verdadeiras e criteriosas
provas, não passa de um ato de fé semelhante aos que estão presentes em qualquer
religião do mundo. Instituir uma regra para definir a proximidade que "teoria" tem
com "fato" para não se exigir provas que validem uma teoria, é o mesmo que acabar
com a fome através de um decreto que diz "proibido passar fome", mas sem que se
dê alimento aos famintos, o que é realmente necessário.
Outro argumento usado para fortalecer a credibilidade da teoria da evolução é o fato
de que a ciência é limitada, não sendo possível, portanto, avaliar outra teoria
alternativa, a teoria da criação especial, pois esta teoria não permite a elaboração de
hipóteses específicas, passíveis de teste experimental, além de que a teoria da criação
especial recorre ao sobrenatural, ou seja, a existência de uma entidade inteligente e
criadora, geralmente considerada uma divindade, contrariando assim um princípio
filosófico adotado pela ciência moderna, mas que já esta se provando limitador e
questionável, como veremos a seguir.
Embora as explicações naturais tenham se provado as corretas explicações para
quase todos fenômenos ao longo da História da Humanidade, não se deve adotar
como regra para a avaliação de qualquer fato ou fenômeno, pois, embora tal postura
possa parecer muito razoável, é um posicionamento filosófico (chamado de
"naturalismo") que pode tirar a objetividade da ciência, levando ao cometimento de
erros ao tentar se adotar uma metodologia científica ou de avaliação de fatos já
ocorridos, pois, afirmar que algo é objetivamente verdade implica que está baseado
em evidência empírica e não apenas pelo fato de se assumir um pressuposto ou
preconceito em solo filosófico.
Uma exclusão metodológica de explicações sobrenaturais (como, por exemplo, a
possibilidade da existência de um criador inteligente) constitui uma limitação na
disciplina do pesquisador, não uma descrição da realidade objetiva. Se os Biólogos
evolutivos querem mostrar que a existência da diversidade de seres vivos não
envolve desígnio sobrenatural, eles não podem excluir a possibilidade somente a
priori, têm que provar a viabilidade da alternativa naturalista, o que ainda é um
verdadeiro desafio para os evolucionistas quando deparados principalmente com as
remotas probabilidades de certos fatos ou fenômenos ocorrerem. Adotado como
princípio filosófico pela ciência moderna, o naturalismo, pode levar a resultados
corretos na maioria das vezes, mas, devido a limitação do conhecimento humano,
pode-se levar a erros que não seriam cometidos ao se adotar um posicionamento
racional isento de pressuposições, isto é utilizar-se de premissa falsa ou de
veracidade duvidosa, mesmo quando se chega a conclusões verdadeiras (o que
ocorre quando se usa inferências válidas), pois, descartar a possibilidade de
existência do sobrenatural pode conduzir a erros devido ao fato de que muitas coisas
podem ser tidas como sobrenaturais apenas enquanto não são completamente
conhecidas.
Um exemplo de erro que ocorre a partir da suposição que já se conhece o universo
natural é o caso da afirmação de Antoine Lavoisier, ao dizer:
"Nada além de bobagens... apenas camponeses podem acreditar que do céu caiam pedras,
porque simplesmente não há pedras no céu."
Na ocasião, no ano de 1769, Antoine Lavoisier estava procurando desmistificar a
crença na existência de meteoritos, que ainda não eram desconhecidos pela ciência
de sua época, embora os camponeses "supersticiosos" já afirmavam que pedras
caíam do céu.
Um naturalista, que era um fervoroso defensor do ateísmo em grupos de discussão
na Internet, ao avaliar esta passagem histórica envolvendo Lavoisier, procurando
justificar a afirmação errada do famoso personagem histórico, fez as seguintes
observações:
Ele tinha excelentes motivos para fazer a afirmação que fez, porque ela era
consistente com todas as evidências disponíveis. No ponto em que ele estava,
estava ocorrendo exatamente uma mudança de paradigma: achamos evidências de
casos anômalos. Só a partir de então é que as evidências contradizem a teoria. Até
então, a hipótese (de que não há pedras caindo do céu) era excelente.
Novamente, a questão de contexto... é impossível provar deterministicamente a
impossibilidade de algo. Ele afirmou sobre a extrema improbabilidade do evento,
no que continua certo.
Por mais que os argumentos acima atenuem a afirmação errada de Lavoisier, ficou
evidente que o erro cometido se deu devido um posicionamento filosófico
naturalista, pois, o mais certo seria afirmar apenas que não se tinha provas da
existência de pedras que caíam do céu e não apresentar uma convicção da
inexistência de tal fenômeno.
James R. Moore, em Christianity for the Tough Minded (editado por John Warwick
Montgomery), observou que “hoje em dia os cientistas admitem que ninguém sabe o
bastante sobre as ‘leis naturais’, ao ponto de dizer que qualquer evento é, necessariamente,
uma violação delas. Eles concordam que a faixa não-estatística de tempo e de espaço, na vida
de uma pessoa, dificilmente serve de base suficientemente para que se façam generalizações
imutáveis acerca da natureza do universo inteiro. Atualmente, aquilo que chamamos
comumente de ‘leis naturais’, na realidade não passa de nossas descrições indutivas e
estatísticas de fenômenos naturais”.
Apesar das experiências dadas pela História da Ciência, muitos evolucionistas,
adotando um posicionamento puramente naturalista, afirmam que a metodologia
científica não precisa avaliar todas as alternativas para se provar a veracidade de
uma teoria, mas apenas as hipóteses razoáveis. Mas, pergunta-se: Quais são os
parâmetros para se definir o que é uma hipótese razoável e o que é uma hipótese
absurda? Cogitar a possibilidade da vida ser um projeto de engenharia genética
efetuado por planejador inteligente é absurdo?
O movimento naturalista que influi significativamente a ciência, descarta a hipótese
da vida ter sido obra de um planejador inteligente, por ser considerada uma hipótese
absurda ou até perigosa para a ciência, por se dar margem a possibilidade de
impregnar a ciência com mitologias e misticismos, tendo, desta forma, de ter que se
admitir a possibilidade de existência de unicórnios, dragões e coisas afins. Deve-se
realmente ter que tomar este cuidado?
O ilustre bioquímico Richard Dickerson, membro da Academia Nacional de Ciências
(EUA), especializado em estudos de cristalografia de raio x de proteínas e do ADN
apresentou, na revista Journal of Molecular Evolution, nº 34, pág. 277, 1992, sua
opinião a respeito de como deve ser o tratamento das hipóteses sobrenaturais na
ciência:
“A ciência, fundamentalmente, é um jogo. E é um jogo com uma regra definitiva e definidora:
Regra nº1: vejamos até que ponto e em que medida podemos explicar o comportamento do
universo físico e material em termos de causas puramente físicas e materiais, sem invocar o
sobrenatural.
A ciência operacional não toma posição sobre a existência ou inexistência do sobrenatural;
requer apenas que esse fato não seja utilizado em explicações científicas. Invocar milagres com
uma finalidade especial, como explicação, constitui uma forma de “cola” intelectual. Um
jogador de xadrez pode, sem nenhuma dificuldade, remover fisicamente do tabuleiro o rei do
adversário e quebrá-lo no meio de um torneio. Esse fato, porém, não o tornaria campeão de
xadrez, porque as regras do jogo não foram seguidas. Um corredor pode sentir a tentação de
tomar um atalho em diagonal em uma pista oval, a fim de cruzar a linha de chegada à frente
de um colega mais veloz. Mas evita fazer isso, porque essa ação não constituiria uma 'vitória'
de acordo com as regras do esporte“.
O argumento acima parece perfeitamente racional, e, pelo que parece partiu de uma
postura muita honesta, pois, apesar do citado bioquímico defender uma postura
naturalista, ele é católico (ou seja, crê no sobrenatural, Deus). O argumento dá a
impressão que é estritamente necessária a exclusão de qualquer hipótese
considerada sobrenatural, mas, observe que este princípio é meramente filosófico e
se dá devido uma preocupação exagerada, pois subestima a capacidade de avaliação
dos pesquisadores. O bioquímico Michael Behe, em seu livro “A Caixa Preta de
Darwin”, publicado no Brasil por Jorge Zahar Editor, pág. 243, ao comentar sobre a
influência do sobrenatural no meio científico, procurando provar que o receio de
hipóteses sobrenaturais é infundado, disse:
“Ninguém pode prever o comportamento de seres humanos. Parece-me, porém, que o medo de
que o sobrenatural apareça de repente em todos os lugares na ciência é muito exagerado. Se
minha aluna de pós-graduação entrasse em meu gabinete e dissesse que o anjo da morte
acabou com sua cultura bacteriana, eu não teria nenhuma inclinação a acreditar nela. É
improvável que o Journal of Biological Chemistry inicie uma nova seção sobre o controle
espiritual da atividade enzimática. A ciência aprendeu no último meio século que o universo
funciona com grande regularidade na maioria das vezes, e que leis simples e comportamento
previsível explicam a maioria dos fenômenos naturais. Historiadores da ciência enfatizam que
ela nasceu em uma cultura religiosa – a Europa na idade Média -, cujas tradições religiosas
incluíam um Deus racional, que construiu um universo racional, compreensível e regido por
leis. Ciência e religião esperam que o mundo quase sempre gire de acordo com a lei imutável
da gravidade.
Há, é claro, exceções. Às vezes, fatos históricos excepcionais têm de ser utilizados para
explicar um efeito. Registros fósseis mostram que, há cerca de sessenta milhões de anos, todos
os dinossauros se extinguiram dentro de um período geologicamente curto. Uma das teorias
formuladas para explicar esse fato é que um grande meteoro se chocou com a Terra, levando
nuvens de poeira na atmosfera e, talvez fazendo com que muitas plantas morressem,
interrompendo assim a cadeia alimentar. Alguma prova indireta apóia essa hipótese - níveis
do elemento irídio, raramente encontrado na Terra, mas abundante em meteoros, são elevados
em rochas daquele período. A hipótese foi aceita por muitos cientistas. Contudo, não houve
uma corrida para apontar os meteoros como causa de todos os tipos de eventos. Ninguém
disse que meteoros abriram o Grand Canyon ou foram responsáveis pela extinção dos cavalos
na América do Norte. Tampouco alguém disse que a poeira de meteoritos minúsculos,
invisíveis, causam asma ou que dão origem a tornados. A hipótese da participação de
meteoros na extinção dos dinossauros foi avaliada na base de prova física relativa a um dado
evento histórico. Há todas as razões para se esperar que a prova seja avaliada na base do caso
a caso, se meteoros forem utilizados para explicar outros eventos históricos".
Para se verificar o erro ou limitações de se adotar uma postura anti-sobrenaturalista
na pesquisa sobre a origem e diversidade da vida, vamos definir o antisobrenaturalismo meramente como a descrença na existência de Deus ou em sua
intervenção na ordem natural do universo, desta forma, ao se analisar, por exemplo,
o Pentateuco, onde é afirmado por nada menos que duzentas e trinta e cinco vezes,
que ou Deus “falou” a Moisés ou Deus “ordenou” a Moisés que fizesse alguma coisa,
um crítico preconceituoso, contrário ao sobrenaturalismo, de imediato rejeitaria
essas narrativas como não-históricas, antes mesmo de iniciar suas investigações, pois
partiria da pressuposição de que Deus não existe.
A. J. Carlson, em Science and the Supernatural (panfleto, Yellow Springs, Ohio: American
Humanist Associaton, n.d.), definiu o sobrenatural como “informações, teorias, crenças e
práticas que reivindicam ter tido uma origem diversa da experiência e do raciocínio
verificáveis, ou eventos contrários aos processos conhecidos da natureza”.
Embora varie muito os princípios defendidos pelos naturalistas, as idéias mais
comuns são:
Vivemos em um sistema fechado (cada causa tem seus efeitos naturais, não pode
haver ingerência ou intrusão vinda de fora, por parte de um alegado Deus);
Deus não existe ou, conforme muitos críticos, para todos os propósitos práticos,
Deus não existe;
Não existe o sobrenatural;
Milagres não são possíveis.
J. W. N. Sullivan, em seu livro The Limitations of Science, mostra-nos que desde a
publicação da Teoria Especial da Relatividade, de Einstein (1905), e desde os esforços
de Planck quanto às “radiações de corpos negros”, os cientistas estão enfrentando as
“vicissitudes das chamadas leis naturais em um universo não-mapeado e não-obstruído”.
Escreveu Sullivan:
“O que se convencionou chamar de ‘revolução científica’ moderna consiste no fato de a
perspectiva Newtoniana, que dominou o mundo científico durante quase duzentos anos, temse mostrado insuficiente. Ela está agora no processo de ser substituída por uma perspectiva
diferente; e embora a reconstituição de modo algum esteja completa, já é patente que as
implicações filosóficas da nova perspectiva são muito diferentes da antiga”, não se podendo
mais afirmar que se sabe o bastante sobre leis naturais, pois o universo ficou aberto a todas as
possibilidades, de modo que ‘qualquer tentativa para estabelecer uma lei universal de causa
necessariamente mostrar-se-á fútil’ (Max Black, Models and Metaphors).
Tendo-se uma visão verdadeiramente científica, isenta de pressupostos naturalistas,
admitindo-se a hipótese sobrenatural, se pode, sem preocupação, manter eficiência
na busca da verdade sobre os fatos, avaliando-se todas as teorias alternativas,
evidentemente, no estudo de cada caso, a hipótese mais provável será a mais aceita,
e isto se dá mesmo que as mais absurdas alternativas sobrenaturais estejam
presentes, para isto basta a formulação de perguntas juntamente com a adoção de
metodologia científica, veja, por exemplo, o caso da improvável hipótese
apresentada acima por Michael Behe, de uma estudante afirmar que sua colônia de
bactérias foi vítima do Anjo da Morte, partindo da pressuposição de que o Anjo da
Morte possa existir devido algum registro histórico que mencione esta entidade (ex:
a Bíblia):
A colônia de bactérias está morta - é um fato;
Alguém alega que quem matou a colônia foi o Anjo da Morte - não há provas
conclusivas de que esta entidade exista, há apenas algumas referências em
registros históricos, mas, também não se pode provar que ele não existe
(possibilidade de existência do sobrenatural, devido nossa incapacidade de se
afirmar que conhecemos o universo plenamente - limitação da ciência);
Julgando que o Anjo da Morte não existe - podemos supor que deve haver outra
explicação mais provável;
Julgando que há a possibilidade do Anjo da Morte existir - Devemos perguntar e
investigar: Como o anjo se manifesta, segundo os registros disponíveis? Há algum
registro histórico que diz que ele já destruiu colônias de bactérias? Há alguma
evidência de que foi realmente ele quem destruiu a colônia de bactérias? Sendo as
respostas negativas para estas e outras perguntas relacionadas, podemos concluir
que é pouco provável que tenha sido o Anjo da Morte o responsável pela morte
das bactérias, portanto, devido a remota probabilidade deste evento ter ocorrido,
devemos pensar em hipóteses mais prováveis.
Adotando-se a metodologia científica, o que é improvável é automaticamente
excluído, mesmo não havendo pressupostos naturalistas sempre haverá a teoria mais
provável e a menos provável. Evidentemente, pode-se criar um grande debate sobre
a "Destruição de uma colônia de bactérias pelo Anjo da Morte", casos parecidos já
ocorreram na História da ciência, como por exemplo na questão da existência, ou
não, da biogênese, onde foram escritos enormes trabalhos bem fundamentados que
"provavam" que a biogênese era um verdadeiro fenômeno natural. Estes trabalhos
foram escritos até às vésperas da memorável experiência de Pasteur que provou que
não existia biogênese, ou seja, muitas vezes basta uma experiência para encerrar a
"polêmica". Mas, quem levaria a sério a defesa da teoria de que o Anjo da Morte
matou uma colônia de bactérias? Os criacionistas! Responderiam alguns
evolucionistas. Embora esta resposta possa causar um grande impacto, ela não passa
de uma falácia que apela para a Anedota, não auxiliando em nada a busca à verdade,
embora, aos descuidados, leva-se a concluir que acreditar em qualquer coisa que se
oponha à Teoria da Evolução é algo parecido com acreditar que o Anjo da Morte
destrói colônias de bactérias, mera crença religiosa e sem fundamento, mas, ao
deixar os pressupostos naturalistas de lado, veremos que existe diversas evidências
de que a vida pode ter surgido e se diversificado conforme a proposta criacionista, o
que fragiliza significativamente a Teoria Sintética da Evolução (conforme será visto
no transcorrer dos fatos apresentados por este site).
Atualmente, o humanismo, ateísmo e naturalismo têm influenciado e favorecido
significativamente a Teoria da Evolução, a elevando a posição de verdade absoluta,
pois, assim como se atribuía a crença na existência de meteoritos apenas aos
camponeses (citados como incultos), atualmente, estas filosofias infiltradas na
ciência, afirmam que a evolução é a única teoria viável para se explicar a existência
da vida, pois, parte-se do pressuposto de que Deus (ou algo parecido) é
simplesmente produto da imaginação de religiosos (pensamento de perspectiva
Newtoniana), desprezando assim uma série de evidências matemáticas (teoria da
informação) que mostram a obrigatoriedade da existência de um criador para
qualquer forma de vida conhecida, fazendo com que as atuais explicações
naturalistas para a existência da vida sejam tão improváveis que nem mesmo
mereçam a classificação de "naturais", pois são consideradas matematicamente
como fenômenos impossíveis de ocorrerem (um exemplo é a possibilidade da vida
evoluir a partir de simples moléculas orgânicas que por sua vez se desenvolveram
de substâncias químicas inorgânicas - impossível segundo a lei de Borel, que diz que
eventos com probabilidade de ocorrer abaixo de uma chance entre 1050 simplesmente
nunca ocorrem).
Embora sejam realizadas diversas experiências em laboratório para se provar que a
evolução é um fenômeno natural, ainda não se conseguiu uma prova de
macroevolução e mesmo que no futuro se consiga algo que possa ser interpretado
como verdadeira evolução conforme a forma proposta pela Teoria Sintética
(macroevolução), isto não provaria que a evolução se deu da mesma forma na
natureza, pois, o surgimento da vida e de sua diversidade é um fato histórico (no
sentido lato sensu, pois, em outro sentido, a História só começa com o aparecimento
da escrita) , portanto, não é possível ser presenciado, pelo simples fato de já ter
ocorrido. Desta forma, tanto a Teoria da Evolução como a teoria criacionista estão
em pé de igualdade no que se refere à possibilidade de ser provada cientificamente.
As limitações da Biologia são suficientes para não se poder atribuir toda a
autoridade a esta ciência para se afirmar que a vida surgiu de determinada maneira,
excluindo-se, por completo a possibilidade da criação através de um planejador
inteligente, pois ainda restaria adotar, além da metodologia científica, uma
investigação histórica a respeito da possível existência do planejador (normalmente
considerado “Deus”), mas, também na investigação histórica é comum o uso de
pressupostos naturalistas, havendo, portanto, um cerco de preconceitos ao redor da
teoria que afirma que a vida pode ser produto da criação especial de um planejador
inteligente, zelando para que tal teoria seja classificada como meramente religiosa e
fundamentalmente errada.
Diante das informações até aqui citadas, podemos verificar, após uma avaliação das
supostas evidências da evolução, que o prestígio da Teoria Sintética da Evolução se
dá principalmente porque é adotada a filosofia naturalista para interpretar os fatos
de maneira que se descarte por completo a hipótese de possibilidade da vida ter
surgido conforme a proposta criacionista, mesmo quando as evidências podem ser
usadas também para indicar a existência de um designer inteligente. Adotar ou não
um posicionamento filosófico é que faz a grande diferença entre cientistas imparciais
(evolucionistas ou não) que reconhecem a fragilidade de diversos aspectos da teoria
da evolução, considerando a possibilidade dela estar errada e não existir evolução da
forma proposta pela Teoria Sintética da Evolução e os cientistas e leigos que são
influenciados pela filosofia humanista, materialista ou naturalista, que até quando
reconhecem que existe uma possibilidade muito remota de ter ocorrido evolução
puramente através de processos naturais, não admitem a possibilidade de existência
de qualquer outro processo de surgimento da vida, pois parte-se da pressuposição
da inexistência do sobrenatural (neste caso, existência de Deus), tendo-se, portanto,
que crer nas mais improváveis e absurdas explicações naturais, que devido a
pequena probabilidade de ocorrência de certos fatos, pode-se até afirmar que tais
explicações não merecem o rótulo de "naturais", equivalendo aos mais fantásticos
milagres que superam infinitamente em termos de desafio à probabilidade os
milagres narrados em qualquer literatura religiosa Para melhor compreender esta
afirmação, leia o texto abaixo, do Prof. E. H. Andrews, autoridade internacional em
ciência macromolecular, em sua obra "From Nothing to Nature" :
"Certo dia, caminhando ao longo de uma praia, enxerguei algo colorido semi-enterrado na
areia. Cutucando com o pé descobri que se tratava de uma dessas bolas sólidas de borracha
que pulam tão bem. Como ela chegou ali?
Você pode imaginar que uma criança, brincando na praia no dia anterior, a tenha perdido,
mas pretendo dar uma explicação totalmente diferente.
Centenas de anos atrás, em uma ilha tropical, cresciam lado a lado, um coqueiro e uma
seringueira. Certo dia um coco caiu do topo do coqueiro até o solo, atingindo uma pedra que
lascou um pequeno pedaço da casca do coco.
Em pouco tempo, as formigas e outros insetos descobriram o buraco na casca do coco e
começaram a remover a parte comestível até que a casca do coco tornou-se praticamente limpa
em sua parte interna.
Aconteceu, na mesma época, que um segundo coco caiu do coqueiro. Na sua queda atingiu
um dos galhos principais da seringueira, removendo um pedaço da casca da árvore.
Naturalmente, o leitoso látex começou a escorrer pelo galho danificado e pingar em direção ao
solo.
Aconteceu, (já usei esta palavra, não usei?) que a casca de coco vazia encontrava-se
diretamente embaixo do ramo danificado, com o pequeno furo na parte superior. Por uma
coincidência maravilhosa o látex começou a gotejar diretamente para dentro do buraco até que
uma quantia considerável de látex se acumulou na casca.
Em seguida, teve lugar uma ventania carregando areia e pó por toda a ilha. Parte do pó era
mineral de enxofre e parte vinha de rochas de cor avermelhada encontradas na ilha. O vento
empilhou muito pó sobre a casca de coco e boa parte do pó penetrou na cascas de coco através
do buraco acumulando-se sobre o látex.
Finalmente, o vento trouxe uma folha, que pousou sobre o buraco e pingos de látex selaramna sobre o mesmo de modo que nada podia entrar ou sair. O mar agitado pelo vento, cobriu a
praia removendo a casca do coco.
À medida que a casca submergia e emergia, rolando repetidamente entre ondas, o látex
misturou-se com o enxofre e a areia, tomando o formado de uma bola. Quando enxofre é
aquecido com borracha esta é vulcanizada, tornando-se um concentrado sólido e elástico; e foi
exatamente isto que aconteceu. (Temos que imaginar um sol bastante forte, mas isto não é
problema!) O látex continuou a rolar dentro da casca de maior diâmetro enquanto sofria o
processo de vulcanização e desta maneira adquiriu o formato perfeito de uma esfera. A areia
colorida produziu listras na bola elástica com faixas vermelhas e amarelas.
Eventualmente, o coco foi arremessado contra algumas rochas e quebrou, libertando a bola
que flutuou a finalmente atingiu uma praia onde a encontrei."
O Prof. Andrews continua seus comentários:
Você acredita em minha história? Não? Diga-me por que você não acredita. Espero que você
responda que é muito improvável. Você não pode afirmar que é impossível, pois tive bastante
cuidado para que todo evento em minha explicação fosse perfeitamente possível! Nada do que
eu disse é cientificamente impossível, e algumas das idéias que usei são baseadas em processos
bem conhecidos na ciência. Que falha pode você então encontrar em minha história? Você
afirma que é improvável e está correto. Usei um série de acontecimentos, cada um dos quais
perfeitamente possível mas bastante improvável, e juntei-os para explicar como a bola veio a
aparecer na praia. Se você disser que a chance de que todos esses eventos aconteçam um após o
outro é muito, muito pequena, simplesmente repliquei que havia tempo suficiente para que
tudo acontecesse. Se você disser que não poderia acontecer mesmo em centenas de anos,
responderei: 'Está bem. Pode ter levado milhares de anos para que tudo acontecesse
favoravelmente!'
Estou certo que você desistirá de provar que estou errado, mas você estará totalmente
convencido de que a bola de borracha não 'aconteceu' precisamente da maneira que narrei.
A teoria da evolução química assemelha-se à minha explicação do aparecimento da bola de
borracha. Nenhum dos passos na teoria pode ser provado como impossível. Muitos são
improváveis, mas esta dificuldade é descartada supondo que os fatos mais improváveis
acontecerão se permitirmos um longo tempo. Talvez a história de bola de borracha fará você
pensar que qualquer coisa que seja possível acontecerá se lhe dermos o tempo suficiente. Esta é
uma idéia que surge repetidamente na teoria da evolução e é totalmente falsa. Baseia-se numa
aplicação equivocada do que denominamos "teoria das probabilidades".
Na história da bola de borracha, apresentei uma seqüência de dez eventos improváveis, cada
um tendo de acontecer no tempo exato de modo a permitir o resultado final. Assim é com a
história que a teoria da evolução apresenta sobre como a vida começou.
A atmosfera original tinha de conter certas moléculas pequenas e não outras.
Relâmpagos ou luz ultravioleta tinham que estar presentes para fazê-las se unirem, mas não
para quebrá-las, separando-as outra vez.
As novas e maiores moléculas tinham de ser levadas pelas chuvas em direção ao solo. As
moléculas tinham de estar abaixo das nuvens para que isto acontecesse, mas as pequenas
moléculas de amônia que dissolvem facilmente em água, de alguma forma não foram
removidas dos céus. (Isto é difícil de acreditar, não é?).
As moléculas maiores, embora não muito solúveis em água, tinham de continuar na água à
medida que esta filtrava através do solo e escorria sobre as rochas.
Estas moléculas, embora mais leves do que a própria água, tinham de permanecer sob a água.
Se viessem à toma e flutuassem, teriam sido destruídas pela luz ultravioleta.
As moléculas tinham de se depositar e aglomerar na sopa orgânica para que se pudessem ligar
outra vez.
Deveria haver moléculas catalisadoras especiais para permitir a ligação das moléculas
orgânicas sob a água.
As moléculas orgânicas adequadas tinham de estar presentes na proporções adequadas para se
ligarem formando proteínas e DNA.
De alguma forma, a ordem codificada das moléculas de proteínas e DNA teve de ser
estabelecida. Nenhuma explicação plausível ou convincente para isto acontecer foi até hoje
apresentada.
Gotículas orgânicas tinham de se formar e permanecer por tempos suficientemente longos de
modo que acontecesse algo em seu interior que as transformasse em células vivas. Ninguém é
capaz de conceber como isto pode ter acontecido.
Finalmente, é óbvio, a primeira célula viva tinha de encontrar um meio de se dividir em duas
antes que morresse (animais de uma única célula não sobrevivem muito tempo especialmente
em soluções concentradas de amônia, que hoje usamos para matar germes).
Temos então onze passos, cada um dos quais deveria acontecer da maneira exata como foi
descrito para que a vida sobrevivesse. Nenhum dos passos, isoladamente, é completamente
impossível, embora não possamos conceber como um ou dois deles pudessem ter acontecido.
Mas, colocados em seqüência para elaborar uma explicação da origem da vida, eles constituem
uma história bastante improvável.
E isto nos traz à mente a bola de borracha. Gostaria de saber qual você considera mais
convincente: a história da bola de borracha ou a história da evolução química?
A história narrada pelo Prof. E. H. Andrews, sobre o surgimento da bola de borracha
por meios naturais é uma ilustração que não prova que evolução inexiste, mas, nos
dá uma boa idéia da quantidade de impossibilidades que a teoria da evolução nos
propõe. O Prof. Andrews, em sua história, não comentou a respeito da influência de
pressupostos filosóficos, mas a história também pode ilustrar perfeitamente esta
questão. Para isto, basta pensar em um naturalista que convictamente não acredita
na existência de fabricante de bolas de borracha, mas que tem que explicar o
surgimento destas bolas. Com certeza, ele apresentaria uma teoria no mesmo estilo
da história apresentado pelo Prof. Andrews e, na falta de provas de que os fatos
ocorreram conforme sua teoria, e, com a pressuposição de que não existe fabricante
de bolas do borracha, ele poderia afirmar que o surgimento casual do bolas de
borracha é um fato, a dúvida se dá apenas em "como estas bolas de borracha surgiram
através de processos naturais", e, ainda poderia argumentar que "dado tempo suficiente
qualquer coisa é possível", é desta mesma forma que é tratada a questão do surgimento
da vida, diferindo apenas no fato de que o público leigo não consegue perceber que
no meio de tantas explicações "eruditas" e "científicas" há uma série de leis naturais
que são desprezadas e que a principal fundamentação para se adotar a teoria da
evolução como principal teoria para explicar a origem e diversidade da vida é uma
fundamentação filosófica, e não científica (a crença na inexistência de um criador).
Este posicionamento filosófico, que exclui previamente a existência de um criador,
ficou bem nítido, por exemplo, na declaração do zoólogo Richard Dawkins, da
Universidade de Oxford, um dos mais dedicados defensores da teoria da evolução,
autor de um dos mais conhecidos livros evolucionistas, "The Blind Watchmaker" (O
Relojoeiro Cego), ao chamar a Biologia de "o estudo de coisas complicadas que dão a
aparência de terem sido criadas com algum propósito". Sem qualquer dúvida, esta
afirmação é meramente filosófica, pois contraria (ou despreza), como a própria
Teoria da Evolução, princípios bem estabelecidos da teoria da informação, além de
leis de probabilidades, como veremos posteriormente, assim como também veremos
que o posicionamento filosófico ateísta é o único argumento para se desprezar
diversos outros obstáculos apontados pela ciência legítima, preferindo-se sempre o
que é matematicamente improvável, ou impossível, ao invés das evidências
científicas da necessidade de um criador. Lembre-se de que a Teoria Sintética da
Evolução afirma que a abiogênese ocorreu pelo menos uma vez, ou seja, o
impossível foi possível pelo menos uma vez. Também é o caso do surgimento das
penas das aves, que devido a estrutura complexa, os evolucionistas afirmam que foi
um evento impar, ocorrido apenas uma única vez. Também para se contestar a
Teoria da Complexidade Irredutível (que será apresentada posteriormente neste
site), evolucionistas dizem que poderiam ter ocorrido eventos extremamente
improváveis em um número indeterminado de seres vivos. Assim está se dando a
atual defesa à Teoria da Evolução, não com provas, mas com explicações de que
improváveis fenômenos naturais e casuais ocorreram por diversas vezes.
Wysong resumiu da seguinte forma a realidade da teoria da evolução:
"A evolução não é uma formulação do verdadeiro método científico. Eles (esses cientistas)
compreendem que evolução significa a formação inicial de organismos desconhecidos a partir
de produtos químicos desconhecidos numa atmosfera ou oceano de composição desconhecida,
mediante um processo desconhecido, deixando uma evidência desconhecida" (R. L. Wysong,
The Cration/Evolution Controversy "East Lansing, MI: Inquiry Press, 1976", 40-41).
A Crença na Geração Espontânea da Vida (Abiogênese)
A crença de que a vida surgiu por acaso, através de processos químicos naturais, não
é classificada por muitos como sendo parte da Teoria da Evolução, pois ela não fala
de evolução e sim de surgimento da vida, porém ela é intimamente ligada à teoria
evolutiva, pois se une a esta teoria para constituir uma completa explicação
naturalista para o surgimento de todos os seres viventes que já existiram e que
existem atualmente, além de ter sido citada na formulação da teoria sintética da
evolução. Embora alguns evolucionistas acreditem na hipótese do surgimento da
vida por meios sobrenaturais (criação por Deus, com posterior evolução), a maioria
tem um posicionamento naturalista, pois acredita que, embora a vida não surja
casualmente de matéria morta, este fenômeno deve ter ocorrido pelo menos uma vez
no passado remoto. A história da evolução, para eles, começa antes mesmo do
surgimento da primeira vida, inicia-se com a evolução das moléculas orgânicas, tais
como aminoácidos e proteínas.
Nas próximas páginas, questões ligadas à geração espontânea da vida serão
comentadas e será demonstrado que uma explicação naturalista para o surgimento
da vida conta um uma possibilidade de ocorrência tão remota e improvável que
chega a se tornar uma forma de mitologia à nível molecular e que apesar de ser
considerada uma explicação natural, para ter realmente ocorrido se equipara a um
gigantesco milagre.
Síntese história da crença na geração espontânea e sua refutação por
Pasteur
A crença na geração espontânea da vida teve predominância desde os tempos de
Aristóteles até meados do século XIX, acreditando-se, por exemplo, que insetos e
outros pequenos animais podiam surgir diretamente de alimentos estragados, pois,
quando se deixava leite, cerveja ou urina permanecerem por vários dias em
recipientes, mesmo que fechados, eles sempre se tornavam turvos com alguma coisa
que neles se desenvolvia, em carnes estragadas, em condições semelhantes, surgiam
larvas de moscas.
Em 1668 houve o primeiro desafio a esta crença, Francesco Redi, físico italiano,
realizou uma experiência que indicou que as larvas de moscas não surgiam
espontaneamente de carne deteriorada. Redi colocou um pedaço de carne em uma
vasilha coberta com musselina napolitana esticada. Embora a carne entrasse em
decomposição, não surgiram vermes. Apesar desta evidência de inexistência de
geração espontânea, Redi continuou a crer na geração espontânea de vermes
intestinais e carunchos na madeira.
Em 1683, 15 anos após Redi publicar os resultados de suas experiências, Anton van
Leeuwenhoek, cientista holandês, descobriu o mundo das bactérias e inspirou vários
cientistas a construírem microscópios e procurarem por elas.
Passou-se a observar que quando uma substância passível de decomposição era
colocada em um lugar quente, as bactérias logo apareciam onde nada havia antes,
isto parecia apoiar a crença na geração espontânea, mas, nesta época, também
manifestou-se a crença em "sementes" que estão no ar.
Louis Joblot, tentando provar que as bactérias entraram em contato com substâncias
deterioradas através do ar, realizou uma experiência onde um caldo de ervas era
fervido durante 15 minutos e depois colocado em dois recipientes separados. Um
recipiente ficou exposto ao ar, enquanto o outro foi vedado antes de esfriar. O
recipiente selado não desenvolveu bactérias, enquanto o aberto fervilhava delas. A
experiência de Joblot não convenceu o mundo.
No final do século XVIII, John T. Needham, um pregador escocês, e Abbe
Spallanzani, cientista italiano, estavam realizando experiências parecidas com à de
Joblot, mas estavam chegando a conclusões opostas com respeito à viabilidade da
geração espontânea.
Needham era um vitalista, portanto acreditava que a matéria continha uma força ou
um princípio vital que causava a geração espontânea. Needham realizou
experiências em que o caldo fervido e vedado apresentava a presença de
microorganismos depois de alguns dias, sugerindo que estava provada a
possibilidade de geração espontânea.
Spallanzani, crendo que o ar transportava os microorganismos, conduziu
experimentos em que o caldo fervido não produziu bactérias. Além disso, acusou
Needham de não esterilizar adequadamente o equipamento, por isto a experiência
não seria válida.
Needham respondeu que Spallanzani havia destruído a força vital dos caldos de
suas experiências, por ter aquecido demais.
J. H. Rush, em "The Dawn of Live", Garden City: Hanover House, 1957, pg. 93,
comenta a discussão entre Needham e Spallanzani:
"A tendência do argumento é curiosa. Ela ilustra muito bem a propensão para crer naquilo
que desejamos crer".
As dúvidas sobre a existência, ou não, de geração espontânea permaneciam, pois os
resultados obtidos nas experiências eram inconsistentes. Em 1859, ano em que
Darwin publicou a "Sobre a Origem das Espécies"(chamada somente em 1872 de "A
Origem das Espécies"), F. Pouchet publicou um trabalho de quase 700 páginas em que
defendeu o princípio vital e a geração espontânea. Todo o seu trabalho experimental
apoiou a sua teoria. Os tempos eram outros, o ambiente era favorável ao
humanismo, e todos passam a aceitar a abiogênese, pois era a explicação que
descartava a ação de Deus. Devido as controvérsias das experiências em laboratório,
a Academia Francesa de Ciências ofereceu um prêmio à primeira pessoa que
inventasse uma experiência capaz de resolver a questão.
Louis Pasteur inicia suas experiências. Pasteur colocou uma solução nutritiva no
interior de um balão de vidro, de pescoço longo. Aquecia a solução, o que matava
todos os microorganismos. Com calor, transformava o pescoço do balão em um tubo
fino e curvo que permanecia aberto na extremidade (pescoço de cisne). A solução do
balão permanecia estéril, apesar da solução nutritiva manter contato com o ar. Esta
situação não deveria dificultar a geração espontânea dos micróbios, mas ela não
ocorre, porém, quando Pasteur quebra o pescoço do tubo, a solução passa a
apresentar inúmeros micróbios, o que leva a concluir que o pescoço do tubo
dificultava o acesso dos micróbios, ou seja, eles definitivamente não se originavam
espontaneamente do meio.
Em 1862, Louis Pasteur publicou a prova que foi um golpe mortal contra a
abiogênese, provando que os micróbios vivem realmente no ar, cuja idéia Pouchet
havia ridicularizado, e que enquanto estes organismos do ar fossem mantidos fora
dos caldos, não surgiam fungos (mofo).
George Wald, em "The Origin of Live", Scientific American, vol. 191, 2, pg 46, falando
do fracasso da geração espontânea, diz:
"Contamos esta história para os primeiranistas de Biologia como se ela representasse um
triunfo da razão sobre o misticismo. Mas, de fato trata-se de quase justamente o oposto. O
ponto de vista razoável seria crer na geração espontânea; a única alternativa seria crer no ato
único, primário, da criação sobrenatural. Não existe uma terceira posição. Por este motivo,
diversos cientistas há um século decidiram considerar a crença na geração espontânea como
uma necessidade filosófica. Um sintoma da pobreza filosófica de nossa época é a
desconsideração desta necessidade. A maioria dos biólogos modernos, tendo verificado com
satisfação a queda da hipótese da geração espontânea, mas sem estarem dispostos a aceitar a
crença alternativa na criação especial, ficou sem outra opção".
Nos é ensinado em aulas de biologia que, com a experiência de Pasteur, terminou a
história das crenças supersticiosas da geração espontânea, mas, na verdade, a
história continua, devido a não aceitação científica da evidência da existência de um
criador (Deus), a crença moderna na geração espontânea tomou uma nova forma. A.
I. Oparin, um bioquímico russo, que propôs uma teoria da origem química da vida,
disse:
"Uma pesquisa cuidadosa da prova experimental revela, porém, que ela não nos diz nada
sobre a impossibilidade da geração da vida em alguma outra época ou sob outras condições".
Portanto, conclui-se que Pasteur, para muitos, não destruiu a crença na geração
espontânea, simplesmente forçou a questão até um ponto em que nenhum lado pode
negar o outro, pelo menos de maneira conclusiva.
A experiência de Stanley Miller e a teoria de como surgiu a primeira vida
Em 1953, Stanley Miller publicou o resultado de seu experimento no qual compostos
orgânicos, que são a base da vida, formaram-se nas condições da suposta atmosfera
primitiva, fortalecendo a teoria apresentada na década de 1920 pelo cientista russo
A. I. Oparin e o inglês J. B. S. Haldane que sugere que a vida pode ter se originado
através da evolução dos compostos químicos nos oceanos primitivos (em 1936,
Oparin publicou suas idéias no livro "A Origem da Vida").
Em sua experiência, Miller construiu um sistema fechado onde simulou as supostas
condições químicas e físicas da atmosfera primitiva, onde a água circulava através
dos processos de evaporação e condensação em um ambiente em que também havia
metano, amônia e hidrogênio, os supostos elementos comuns na atmosfera da Terra
primitiva e sem vida. O metano, a amônia, o vapor d'água e o hidrogênio em geral
são inertes, portanto, para quebrar a inércia, produzindo reações químicas, Miller
aplicou alguma energia através de eletrodos que simulavam pequenos relâmpagos.
Após uma semana de circulação ininterrupta, o líquido aquecido, inicialmente
incolor tornou-se vermelho. A análise química revelou a presença de aminoácidos, a
unidade de formação das proteínas, e um tipo de carboidrato. A comunidade
científica ficou maravilhada, pois, parecia, a primeira vista, que os materiais básicos
para constituir os mecanismos vivos podiam ter existido em abundância na Terra
primitiva. Cientistas motivados pela experiência não tiveram dificuldades em crer
que processos naturais poderiam induzir aminoácidos a se reunir para formar
proteínas, que proteínas poderiam catalisar importantes reações químicas; que as
proteínas poderiam ser aprisionados no interior de pequenas membranas que
formariam algo semelhante a células e que ácidos nucléicos poderiam ser
produzidos por processos semelhantes e que, gradativamente, a primeira célula viva
(ou molécula orgânica) auto-replicante apareceria.
Outras experiências semelhantes a de Miller foram realizadas por diversos cientistas.
A mistura de gases da atmosfera simulada foi modificada, passou a ser usada a luz
ultravioleta como fonte de energia (simulando a luz solar) ou pulsos muito fortes de
pressão (para simular explosões). Métodos analíticos sofisticados foram utilizados
para detectar a presença de substâncias químicas que estavam presentes em
quantidades muito pequenas. O esforço de muitos pesquisadores fez com que quase
todos os vinte tipos de aminoácidos que ocorrem naturalmente nos seres vivos
foram encontrados nos experimentos sobre a origem espontânea da vida.
Estes compostos químicos não são de produção exclusiva dos seres vivos. Já, em
1828, Wöhler sintetizou substância orgânica em laboratório. Produziu uréia a partir
de substâncias inorgânicas. Atualmente diversos processos industriais sintetizam
substâncias orgânicas sem a intervenção de organismos.
Oparin observou que, havendo proteínas e carboidratos num meio com determinado
pH, estas substâncias se aglomeravam, formando os chamados coacervados. Outro
cientista, Fox, observara em diferente situação a formação de pequenas esferas de
matéria orgânica, que denominou microesferas.
Com base nos fatos acima citados, a teoria da evolução afirma que nos oceanos da
Terra primitiva, contendo os compostos orgânicos formados numa suposta
atmosfera e superfície terrestre, formou-se algo semelhante a uma sopa onde
formavam-se aglomerados orgânicos mais ou menos estáveis, que podiam crescer e
partir-se, através de processos primitivos de incorporação de alimento e de
reprodução, esta sopa foi chamada de sopa pré-biótica. O surgimento de uma
membrana seletiva, semipermeável, envolvendo o aglomerado, promoveria uma
diferenciação química entre ele e o ambiente exterior.
Segundo a teoria da evolução, os aglomerados orgânicos sofriam desde sua
formação um processo de seleção, permanecendo os que fossem mais estáveis e que
cresciam e se dividiam mais eficientemente, e que melhor aproveitavam a energia
das reações químicas que ocorriam em seu interior para manter sua organização.
Assim, o processo constante de seleção deve ter promovido a origem de mecanismos
fermentativos, de controle genético por enzimas, e de reprodução com
hereditariedade, resultando nos primeiros seres que podemos considerar vivos.
Estes primeiros seres, são, por esta hipótese, heterótrofos, razão para que seja
conhecida, esta explicação, como hipótese heterotrófica.
Supõe-se que, de seus processos fermentativos, tenha aumentado a concentração de
CO2 dissolvido nos mares. Esse CO2 teria possibilitado o surgimento dos
organismos autótrofos, que utilizariam o CO2 para a síntese de suas próprias
substâncias orgânicas, numa época em que os compostos orgânicos dos mares se
extinguiam devido o consumo dos heterótrofos. A velocidade de formação dos
compostos orgânicos por processos abióticos tornou-se inferior à velocidade de seu
consumo, o que promoveu severa competição por alimento devido a diminuição de
sua disponibilidade.
Os autótrofos, por sua vez, segundo a teoria da evolução, podem ter começado a
produzir O2, num processo semelhante à fotossíntese atual. O oxigênio presente nos
mares deve ter então possibilitado as reações que compõe a respiração aeróbia,
processo muito mais eficiente do que a fermentação.
A teoria da evolução afirma que os organismos primitivos eram procariontes, ou
seja, sem um sistema de membranas internas, e que passado algum tempo, dos
procariontes derivaram os eucariontes, com mitocôndrias, alguns com cloroplastos e
posteriormente surgiram os pluricelulares, sendo que o ambiente aquático foi o
primeiro a ser povoado com vida e posteriormente o ambiente terrestre.
Embora a explicação apresentada até aqui pela teoria evolucionista seja revestida de
lógica, ela é meramente especulativa e esconde gigantescas dificuldades, como
veremos a seguir:
a. Está indiscutivelmente provado pela experiência de Miller, que descargas elétricas
em um ambiente constituído de determinados gases pode gerar moléculas maiores a
partir de moléculas menores. A luz ultravioleta também pode ser empregada no
lugar da descarga elétrica, porém deve-se observar que embora estas moléculas
sejam maiores do que as moléculas originais, são ainda muito pequenas e simples
quando comparadas às moléculas da vida, como por exemplo as complexas
proteínas e DNA.
b. Se estas novas moléculas tivessem permanecido no céus, flutuando por qualquer
razão (ventos, vapores etc) teriam sido logo destruídas pelas mesmas energias que as
produziram originalmente, como por exemplo, os raios ultravioletas. Assim, a teoria
da evolução argumenta que elas teriam sido levadas pela chuva para a superfície
terrestre, onde se distribuíram por lagos, rios e oceanos. Sem dúvidas, a água
protegeria as primeiras moléculas da ação das descargas elétricas e raios
ultravioletas, porém, a água também impediria a formação de elos entre as
moléculas a fim de formar moléculas maiores necessárias para o próximo passo para
a evolução da vida (o surgimento de moléculas ainda mais complexas, tais como
proteínas), pois, para encadear aminoácidos é necessária a remoção de uma molécula
de água em cada aminoácido ligado à cadeia em crescimento da proteína, além de
que aminoácidos se dissolvem facilmente na água. Diante disto, a teoria
evolucionista argumenta que surgiram moléculas especiais, denominadas
"catalisadoras", para bloquear os efeitos químicos da água, além da teoria da
evolução ter que propor cenários muito incomuns para contornar este problema. Um
cientista chamado Sidney Fox, por exemplo, sugeriu que talvez alguns aminoácidos
tivessem sido jogados do oceano primordial sobre uma superfície muito quente, tal
como a borda de um vulcão em atividade, o que fez com que a água evaporasse e os
aminoácidos se interligassem. Experiências mostraram que aquecer aminoácidos
produz um alcatrão marrom escuro, malcheiroso, e não proteínas detectáveis, mas
Fox demonstrou que se uma porção muito grande de um de três aminoácidos
diferentes for adicionada a uma mistura de aminoácidos purificados e aquecida em
um forno de laboratório, eles se juntam, mas mesmo neste caso, não se produz
proteínas, e sim uma estrutura química ligeiramente diferente, os proteinóides, que,
devido às circunstâncias exatas, precisas e especiais em que são produzidos, gerou
uma unaminidade de opinião. Robert Shapiro, por exemplo, comentou:
(A teoria dos Proteinóides) atraiu a ira de muitos críticos veementes, variando do químico
Stanley Miller... a criacionistas como Duane Gish. Talvez não haja nenhum outro ponto da
teoria da origem da vida em que possamos encontrar tal harmonia entre evolucionistas e
criacionistas, como na condenação da suposta importância dos experimentos de Sidney Fox.
(Origins: A Skeptic Guide to the Creation of Life on Earth, Summit Books, Nova
york, 1986, pág. 192)
Observe que, mesmo em situações diferentes à proposta por Sidney Fox, a teoria da
evolução exige que as moléculas orgânicas se misturem com água em determinado
momento e se separe em outro momento, sempre supondo que as condições são
precisamente favoráveis, embora exista a probabilidade desta seqüência exata
ocorrer, ela é muito remota, por isto a teoria da evolução sempre considera períodos
de milhões de anos, mas, atualmente, já há quem recorre à hipótese da vida ter
surgido inicialmente em outro planeta, pois a matemática demonstra que até mesmo
a idade atual atribuída à Terra é pouca para se esperar que a vida tenha surgido
casualmente e evoluído.
c. Diante dos muitos cálculos matemáticos que demonstram a impossibilidade do
surgimento casual de qualquer simples proteína (o que nem mesmo chega a ser
vida), evolucionistas argumentam que estes cálculos não levam em conta que
reações químicas com aminoácidos podem ter ocorrido diversas vezes em diversas
partes do mundo, o que apontaria para uma probabilidade maior da vida ter surgido
ao acaso. É verdade, a probabilidade é bem maior, mas mesmo assim continua
apontando para eventos impossíveis de ocorrerem ou bem improváveis. Veja, por
exemplo, que a probabilidade de surgir casualmente uma proteína de apenas
cinqüenta aminoácidos é de uma chance entre 1065 chances, portanto, segundo a Lei
de Borel, este evento não tem chance de ocorrer (a Lei de Borel afirma que qualquer
evento que tenha uma chance entre mais que 1050 chances simplesmente não ocorre),
mas mesmo que se despreze esta lei matemática, uma chance entre 1065 tem um
intervalo médio entre eventos muito grande para que o evento ocorra, para ser
levado em conta. Mesmo que ocorressem 1015 (um quatrilhão) de eventos casuais por
segundo, já levando em conta que os aminoácidos estejam formados, seriam
necessárias muitíssimas vezes a idade atual estimada do universo para que o evento
ocorresse. Contar com tão remota probabilidade não é ciência, é fé. Não importa os
argumentos evolucionistas, não existe uma probabilidade viável. Mesmo que se
argumente que pode existir várias combinações de aminoácidos que também
gerariam proteínas válidas biologicamente para a evolução da primeira vida, o
intervalo médio citado acima reduziria ainda mais, mas mesmo assim o intervalo
seria muito grande, isto ainda levando em conta o quatrilhão de eventos por
segundo.
Apesar dos cálculos acima serem apenas conjecturas, os cálculos não levam em conta
as dificuldades geradas pela presença da água, pelos efeitos destruidores dos raios
ultravioletas e pela Segunda lei da Termodinâmica, e ainda partem do pressuposto,
favorável à evolução, de que os aminoácidos já estão formados e a atmosfera não
possui oxigênio; também calcula apenas a possibilidade de uma simples proteína
surgir ao acaso, não um organismo vivo. Portanto, o cálculo foi até generoso para a
teoria da evolução, e mesmo assim apontou para a impossibilidade absoluta dela
ocorrer:
d. A mera ligação de aminoácidos não é capaz de gerar uma proteína verdadeira, os
aminoácidos têm que ser ligados em ordens especiais e não há razão, sob o aspecto
químico, pela qual devesse prevalecer certa ordem. Os evolucionistas não possuem
resposta para este problema de ordem. Alguns sugerem que minerais, como a argila,
que possuem estrutura cristalina moldada em certa ordem, poderiam ter atuado
como padrões (moldes), fazendo com que os aminoácidos se ligassem em
determinada ordem preferencial. Este argumento é extremamente forçoso, pois
minerais possuem padrões muito simples, não contendo informação suficiente para
comunicar aos aminoácidos como se unir para formar uma proteína, ou para gravar
o código DNA em uma molécula em crescimento. É o mesmo que tentar escrever um
artigo de biologia, em português, usando palavras de duas ou três letras. É
impossível, pois tais palavras curtas não são capazes de transmitir todas as
informações necessárias.
O companheiro de pesquisa de Hoyle, Chandra Wickramasinge, comentou:
"Ao contrário da noção popular de que só o criacionismo se apóia no sobrenatural, o
evolucionismo deve também apoiar-se, desde que as probabilidades da formação da vida ao
acaso são tão pequenas que exigem um 'milagre'de geração espontânea equivalente a um
argumento teológico"
e. Até aqui analisamos a dificuldade para que uma simples proteína surja através
dos processos propostos pela teoria da evolução, mas, as dificuldades não se
encerram aqui, pois moléculas de proteínas e de DNA não constituem organismos
vivos, estas moléculas devem ser dispostas em uma ou mais células. Assim, a teoria
da evolução deve explicar como as moléculas orgânicas se agruparam para formar
uma célula. Diante disto, a teoria da evolução argumenta que quando a "sopa",
"caldo primitivo", "caldo primordial" ou "sopa pré-biótica" tornou-se concentrado, as
moléculas orgânicas começaram a se separar da água de forma semelhante ao óleo
que se separa da água depois que o óleo e água são sacudidos juntos. Algumas
moléculas, como as encontradas em sabão e detergente, possuem uma extremidade
que se mistura com líquidos oleosos, esta é a razão que faz com que detergentes
derramados em esponjas molhadas com água removam gorduras em pratos e
talheres. Se tais moléculas estivessem presentes próximas à "sopa", teriam se unido à
superfície das gotas de óleo para formar uma espécie de membrana ao redor da gota,
assim como a tinta pode envolver uma esfera de vidro. Algumas outras moléculas
poderiam ter aderido à parte interna da membrana formando uma nova camada,
constituindo, assim, uma camada dupla à semelhança da membranas encontradas ao
redor e dentro de células vivas.
f. Apesar de se falar em moléculas e reações químicas, esta explicação para a
evolução da célula viva está mais para o mito do que para algo que possa ser
chamado de científico, pois, primeiramente, uma gota oleosa de moléculas orgânicas,
mesmo com uma dupla membrana ao seu redor, é bem diferente de uma célula viva,
assim como uma pilha de tijolos é bem diferente de uma fábrica em pleno
funcionamento. Mais uma vez os evolucionistas utilizam-se de períodos de tempo
demasiadamente longos para afirmar que uma simples gota de moléculas pode
transformar-se em uma célula viva, mas, para que isto ocorresse seria necessário,
primeiramente, que as gotas oleosas durassem muito tempo! Gotas de óleo, por mais
misturadas que sejam com água (esta mistura é chamada emulsão), tendem a
separar-se da água e flutuar sobre a superfície, se expondo aos destrutivos raios
ultravioletas, por exemplo. Também há o efeito destrutivo da Segunda lei da
Termodinâmica, enfim, a gota oleosa não poderia em nenhuma hipótese existir por
milhões de anos e, certamente não se pode contar com que a estrutura desta gota seja
hereditária e seja transmitida a outras novas gotas, pois, segundo a própria teoria
evolucionista, a formação da dupla membrana é casual e causada em decorrência de
ações do ambiente. Além disto tudo, a própria impossibilidade de se simular, em
laboratório, a formação destas gotas misturando as moléculas adequadas e posterior
transformação destas gotas em células vivas, deixa evidente que os eventos
sugeridos pela teoria da evolução para a formação de proteínas e células vivas é
apenas um conto de fadas para adultos.
"Considerando o modo como a sopa pré-biótica é referida em tantas discussões sobre a origem
da vida como uma realidade já estabelecida, é de certo modo um choque perceber que não há
absolutamente nenhuma evidência positiva de sua existência."
[Michael Denton, Evolution: A Theory in Crisis (Bethesda, Maryland: Adler and Adler
Publishers, 1986) pág. 261 (emphasis added)].
A Atmosfera Primitiva
Além de ser extremamente improvável a geração espontânea de complexas
moléculas orgânicas, também se torna necessário que estas moléculas, depois de
formadas, sejam preservadas até que todos os outros elementos químicos necessários
se reúnam para que seja formado o primeiro organismo vivo. Porém um dos maiores
impedimentos para que isto tenha ocorrido seria a presença de oxigênio na
atmosfera, pois assim como um pedaço de ferro se oxida, as moléculas orgânicas
complexas, necessárias para a origem química da vida, seriam quebradas pelo
oxigênio, tornando-as moléculas menores. Portanto, para que a teoria evolucionista
seja válida, é necessário supor que a atmosfera primitiva não possuía oxigênio, mas
esta suposição não fornece evidências da composição da atmosfera primitiva.
Evolucionistas afirmam que todo o oxigênio deve ter sido produzido por folhagens,
através da fotossíntese. Esta teoria parece viável, porém não há prova científica de
que isto ocorreu. Sabe-se que sempre houve grande quantidade de oxigênio no
planeta Terra, pois as rochas contém altas concentrações deste elemento químico,
embora não se pode dizer se o oxigênio encontrava-se livre, como acontece hoje.
A afirmação de que a atmosfera primitiva não possuía oxigênio é também uma
teoria, que se sustenta na teoria da evolução, procurando se harmonizar com esta. J.
H. Rush (em "The Dawn of Live, Garden City: Hanover House, 1957, pág 79) deixa
bem claro que a "crença" em uma atmosfera sem oxigênio se sustenta na teoria da
evolução e que é mera especulação:
"Como outros aspectos da origem da Terra, a formação da sua atmosfera deriva da teoria
escolhida para justificar a origem do sistema solar. Qualquer teoria séria, porém, envolve
condições que deveriam ter levado ao acúmulo de uma atmosfera de gás em torno de qualquer
corpo planetário suficientemente sólido para suportá-lo. Quais os gases presentes e em que
proporções, são perguntas deixadas a cargo da especulação em lugar de qualquer certeza real."
Em "Development of the Hydrosphere and Atmosphere, with Special Reference to
Probable Composition of the Eary Atmosphere", Pág 636, William Rubey cita várias
razões para sua crença na composição da atmosfera primitiva, todas as razões se
sustentam em suposições prévias relativas relacionadas à teoria da evolução ou
analogia com alguns planetas do sistema solar:
"As razões que levaram esses escritores a considerar o metano ou amônia, ou ambos, como
constituintes principais da primeira atmosfera são provavelmente várias, mas podem incluir
uma ou mais das seguintes: Primeiro, sabemos que o hidrogênio e o hélio excedem
abundantemente todos os demais elementos químicos...
Se o hidrogênio em certa época existia em abundância na atmosfera da terra, então o metano e
a amônia, em lugar do dióxido de carbono e do nitrogênio, deveriam ser os gases
predominantes.
Uma segunda consideração é o fato do metano e a amônia serem os gases mais abundantes nas
atmosferas dos principais planetas...
Terceiro, a hipótese de Oparin (1938) e Horowitz (1945) é muito atraente para os cientistas
em muitas áreas. Isto pressupõe que antes do ozônio ter-se tornado um constituinte
significativo da atmosfera terrestre, compostos orgânicos complexos foram sintetizados por
processos fotoquímicos; que as formas de vida mais primitivas se originaram desse modo; e
que essas primeiras moléculas autoduplicativas evoluíram em organismos mais específicos ao
consumirem o suprimento de compostos orgânicos formados anteriormente. Essa hipótese
parece exigir uma atmosfera reduzida... Finalmente, Miller (1953) teve êxito em sintetizar
dois aminoácidos... fazendo passar uma descarga elétrica (os efeitos da qual seriam
comparáveis aos de um relâmpago) através de uma mistura de vapor, metano, amônia e
hidrogênio."
As duas primeiras suposições de Rubey partem da suposição de que a Terra foi
formada de modo semelhante a alguns outros planetas do sistema solar, no entanto,
se não nos sustentarmos na teoria evolucionista e supor que Deus criou a Terra para
manter a vida como a conhecemos, a suposição de Rubey torna-se errada.
A terceira suposição se sustenta puramente na crença da geração espontânea da vida
(abiogênese) , aí podemos notar uma sustentação mútua de teorias: A teoria da
evolução parte do pressuposto de que a atmosfera primitiva não tinha oxigênio, e a
teoria de que a atmosfera primitiva não tinha oxigênio parte do pressuposto de que
houve geração espontânea da vida (teoria da evolução).
A Quarta suposição se sustenta no resultado de uma experiência em laboratório (a já
citada experiência de Stanley Miller, em 1953) que foi realizada partindo da
suposição de que a atmosfera primitiva se constituía exatamente dos ingredientes
necessários para a formação de aminoácidos. Novamente uma harmonia proveniente
de sustentação mútua. A experiência de Miller se baseou na crença de que a
atmosfera primitiva se constituía de determinados ingredientes e ausência de
oxigênio; atualmente, a crença de que a atmosfera primitiva se constituía de
determinados ingredientes e ausência de oxigênio, utiliza-se também, para se
sustentar, da experiência de Miller.
Fica evidente que a crença na teoria da evolução é a principal razão para se acreditar
que a atmosfera primitiva tinha uma determinada composição e ausência de
oxigênio. Esta crença se sustenta apenas em suposições, sem nenhuma prova
apresentada.
Não há prova científica que a Terra alguma vez tenha tido uma atmosfera sem oxigênio como
os Evolucionistas requerem. Rochas mais antigas da Terra contêm evidências de terem sido
formadas em uma atmosfera com oxigênio. Evidências de oxigênio livre têm sido encontradas
em rochas supostamente 300 milhões de anos mais velhas que as primeiras células vivas.
[Harry Clemmey e Nick Badham, "Oxygen in the Precambrian Atmosphere: An
Evaluation of the Geological Evidence," Geology, Vol. 10 (March 1982), p. 141]
["Smaller Planets Began with Oxidized Atmospheres," New Scientist, Vol. 87, No.
1209 (July 10, 1980), p. 112.]
[John Gribbin, "Carbon Dioxide, Ammonia – and Life," New Scientist, Vol. 94, No.
1305 (May 13, 1982), pp. 413-416.]
A presença de oxigênio na atmosfera é um obstáculo intransponível para a teoria da
evolução, não apenas pelo fato do oxigênio destruir as grandes moléculas muito
antes de atingirem o estágio de vida, mas também porque quase todas as formas de
vida dependem atualmente do oxigênio. Mas, segundo a teoria da evolução, os
primeiros organismos vivos não poderiam depender do oxigênio, pois, como já foi
dito, não podia haver oxigênio na atmosfera para que as complexas moléculas
orgânicas não fossem destruídas, assim, a teoria procura fazer que se acredite que,
em determinado momento, organismos que não conseguiam viver com oxigênio
transformaram-se (talvez gradualmente) em organismos que não conseguem viver
sem oxigênio! Algo extremamente improvável!
Segunda Lei da Termodinâmica
A segunda lei da termodinâmica é uma lei da física que governa toda e qualquer
interação química, física ou biológica já estudada. É uma lei da física tão atuante
quanto a lei da gravidade, não há matéria que não seja influenciada por ela, até
mesmo os chamados "eternos" diamantes um dia se transformarão em carvão graças
a esta lei. A Segunda lei da termodinâmica declara que tudo tende ao desgaste, à
simplificação, à deterioração, ou seja, existe uma tendência natural de qualquer
sistema (aberto ou fechado) de se tornar cada vez mais desordenado. Essa tendência
só pode ser contornada através de uma fonte externa de energia controlada por um
mecanismo de ingestão-depósito-conversão, onde a energia é manipulada de forma
a fazer a contínua manutenção da complexidade do sistema. Isto é simplesmente
contornar a 2ª lei da termodinâmica (não o mesmo que resistir ou a desafiar),
evitando-se a entropia.
Evolucionistas argumentam que a Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica à
questão da evolução dos seres vivos, pois a Terra é um sistema aberto. Isto é
verdade, mas somente até certo ponto, pois os seres vivos contam com mecanismos
que compensam os efeitos da entropia, utilizando-se da energia proveniente do Sol
(o fato da Terra receber uma grande quantidade de calor do Sol é que a faz um
sistema aberto). A Terra está recebendo energia do Sol a todo o momento e alega-se,
portanto, que a evolução química da vida pode ocorrer. O Prof. Ilya Prigogine
ganhou o Prêmio Nobel de Química por provar que a segunda lei da termodinâmica
não se aplica a "sistemas abertos" tais como organismos vivos já estruturados, que
têm todos os complexos mecanismos para aproveitar a energia. Através da
fotossíntese, a planta captura energia do sol, acumulando-a na forma de elos
químicos. Ao se alimentar de plantas, os animais aproveitam a energia acumulada
nas plantas. O cloroplasto é o mecanismo que captura e dirige a energia solar para o
trabalho útil. Observe que a mera queima de gasolina não produz movimento
(trabalho útil em um automóvel), é necessária existência de um mecanismo que
transforme a combustão em movimento. Essa é a função do motor do automóvel,
também as células precisam de um tipo de "motor" para aproveitar a energia para
manter o organismo sempre em manutenção devido os efeitos da entropia, ou seja,
os seres vivos não têm maiores problemas com a entropia desde que convertam
energia para manterem suas estruturas, isto não tem muito a haver com o fato dos
seres vivos evoluírem ou não, desde que já possuam um complexo sistema para a
conversão de energia em trabalho útil. Aqui está o grande problema com a teoria da
evolução: Se a tendência de todos os produtos químicos é desagregarem-se em vez
de se tornarem mais complexos, a teoria da evolução faz uma afirmação contrária a
uma lei da física ao declarar que as estruturas moleculares simples tornaram-se
casualmente estruturas moleculares complexas no processo evolutivo que
transformou gradativamente simples moléculas orgânicas, tais como aminoácidos e
proteínas, em estruturas mais complexas, tais como ácidos nucléicos autoreplicantes, pois estas estruturas, que inicialmente seriam simples, não poderiam
existir por tempo suficiente para continuarem evoluindo, por não contarem com
mecanismos que convertessem energia em trabalho útil para a manutenção de sua
existência.
George Wald, em "The Origins of Life", Scientific American, vol. 191, 1954, Pág 49,
escreve:
"Na vasta maioria dos processos pelos quais nos interessamos, o ponto de equilíbrio fica bem
além, próximo do lado da dissolução. Ou seja, a dissolução espontânea é muito mais provável
e, portanto, ocorre muito mais depressa do que a síntese espontânea."
Isto significa que se as moléculas orgânicas mais complexas surgissem
"milagrosamente" ao acaso, ainda teriam que depender de "outro milagre", pois
haveria a tendência de se dissolverem rapidamente, não havendo possibilidade de
um número suficiente de moléculas ser acumulado para servir de matéria prima
para formar a primeira célula.
Quando falamos da origem da vida, estamos falando de uma época em que não
existia cloroplasto, este mecanismo só surgiria, segundo a teoria da evolução,
posteriormente, depois que os organismos já fossem bem complexos (e vivos). A
teoria evolucionista argumenta que os primeiros organismos retiravam energia do
processo de fermentação, porém, além de pouco eficaz, este processo já exigiria uma
determinada complexidade que não poderia também existir antes de determinada
fase evolutiva, não havendo portanto, uma maneira para as primeiras moléculas
complexas resistirem à segunda lei da termodinâmica, por não haver uma maneira
para capturar, acumular e converter a energia solar em trabalho útil para
manutenção de suas existências, não importando, portanto, se a Terra é um sistema
"aberto" ou "fechado", pois não havia maneira de se aproveitar a energia. Segundo
Josh Mc Dowell e Don Stewart, isto é quase o mesmo que estar numa balsa no
oceano sem ter água fresca. Existe água em toda parte, mas nem uma gota para
beber.
A Complexidade do Código Genético
Toda a descrição das características de qualquer organismo vivo está no interior de
cada célula que o constitui. No núcleo de qualquer célula viva existem estruturas
denominadas "cromossomos", que são compostos por segmentos chamados genes.
Os genes contêm as instruções necessárias para "gerar" ou "formar" o animal ou
planta, um gene pode controlar a cor dos pêlos de um animal, o tamanho dos folhas
de uma planta ou qualquer outra característica. Os genes são formados de longas
moléculas de um substância denominada DNA (ácido desoxiribonucléico). A
molécula de DNA é gigantesca, formada por milhares de átomos de carbono,
hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo, dispostos de uma maneira muito especial
e complexa, cujo arranjo se assemelha a uma escada em espiral. Os dois lados da
escada compõem a dupla espiral enquanto os degraus unem as duas espirais.
Existem somente quatro tipos de degraus, cada um constituído de diferentes grupos
de átomos. Embora uma simples molécula de DNA possua muitos milhares de
degraus em sua escada espiral, cada degrau se classifica entre um dos quatro tipos,
ou seja, podemos dizer que todas as informações genéticas são descritas apenas com
quatro símbolos ou letras.
Um minúsculo pedaço de uma molécula de DNA, com apenas dez degraus, pode ser
arranjado de 1.48.576 maneiras diferentes, dependendo da ordem em que os quatro
degraus são dispostos. O Número de diferentes moléculas de DNA que podem ser
formadas com cem degraus é superior a um trilhão.
Isto tem alguma importância? Sim, pois a ordem dos genes na molécula de DNA
compõe o código da vida, combinações diferentes geram espécies de organismos
diferentes, no entanto, a maioria das combinações possíveis não são válidas, assim
como não é qualquer combinação de letras que geram frases. Para exemplificar e se
ter uma idéia matemática da complexidade de combinações, vamos usar a frase
"EVOLUÇÃO NÃO EXISTE":
A frase "EVOLUÇÃO NÃO EXISTE" é constituída de 19 caracteres. Se considerarmos
que dispomos de 26 letras e o espaço em branco para formarmos qualquer frase de
19 caracteres (neste cálculo, por se tratar apenas de um exemplo hipotético, para
simplificar, não vamos considerar os símbolos de acentuação, pontuação, números,
etc), podemos descobrir quantas combinações possíveis de 19 caracteres existem,
com o seguinte cálculo: Para cada posição no conjunto de 19 caracteres, temos 27
alternativas (26 letras e o espaço em branco), portanto, para a primeira posição temos
27 opções e para a Segunda posição também temos 27 posições, então o número de
combinações possíveis somente para as duas primeiras posições é de 272 (27 x 27), ou
seja, 729 combinações, onde as combinações são todos os pares possíveis de letras e
espaços, tais como: "AA", "AB", "AC"... "BA", "BB", "BC", "BD"... "C ", "JA", "PA", "KL",
"OI" etc.
O número de combinações para as 3 primeiras posições é de 273 (27 x 27 x 27), ou
seja, 19683 combinações, onde as combinações poderiam ser, por exemplo, "AAA",
"AAB", "AAC", "AAD", "BOM", "MAU", "VIR", "YOU" etc. Desta forma, podemos
concluir que o número de combinações possíveis de caracteres em um conjunto de 19
caracteres é de 2719 combinações, um número tão alto que se criarmos um programa
de computador que apresente uma combinação diferente a cada segundo, seriam
necessários mais de 1027 segundos para passar por todas as combinações, no entanto,
nosso planeta tem a idade estimada em pouco mais de 1017 segundos (equivalente à
aproximadamente 4 bilhões de anos).
Note que entre todas combinações possíveis estarão todas as frases, de qualquer
idioma, que tenham até 19 caracteres (exemplo: "BOM DIA", "VAMOS PENSAR"), é
uma quantidade grande de frases, porém, muito maior é o número de combinações
que não fazem sentido algum ( exemplo: "AABH IUJL MR"), frases com erros
ortográficos (exemplo: "BOM DIEA"), ou frases sem sentido gramatical ou lógico
(exemplo: "NADAR CARRO TELHA"). O código genético se comporta de modo
semelhante, o número de combinações que de nada servem é muitas vezes maior
que o número de combinações que podem gerar organismos vivos completos, que
existem, existiram ou que poderiam existir, portanto, afirmar que através de
alterações casuais ou acidentais pode-se gerar um organismo vivo é mais uma
questão de fé no improvável do que uma questão científica viável.
O modo pelo qual o código DNA opera é o seguinte: A molécula de DNA é como
uma matriz ou padrão para a produção das moléculas chamadas "proteínas", através
de outra espécie de ácido nucléico, chamado RNA, que se forma anteriormente
usando o DNA como padrão, as proteínas são copiadas. A Ordem dos degraus do
DNA definem que espécie de proteína é produzida. Estas proteínas são as
responsáveis pelo crescimento e atividade da célula que, por sua vez, controla o
crescimento e a atividade do organismo inteiro. De forma semelhante ao exemplo
das combinações de 19 caracteres que foi citado anteriormente, a maioria das
possíveis cadeias de aminoácidos não produz proteínas encontradas em coisas vivas.
Elas não têm sentido em termos biológicos. Também a maioria das cadeias de
aminoácidos não são proteínas reais ( ou seja, biologicamente úteis). Em seu livro
"The genetic Code", pg.92, Issac Asimov calculou que existem 8 x 1027 ( 8 seguido de 27
zeros) possíveis combinações diferentes de proteínas semelhantes à insulina, se fosse
produzida uma dessas proteínas a cada segundo, teríamos que aguardar mais de 10
bilhões de vezes a suposta idade do universo (10 bilhões de anos). Asimov calcula
que o número de diferentes combinações de hemoglobina é de 135 x 10165, mais uma
vez, só um número bem limitado de combinações pode ser utilizado. Não seria
possível ter uma amostra de cada uma dessas combinações, pois o número total de
átomos do universo conhecido é de apenas 1078. Se fossem produzidas 10100 (1
seguido de 100 zeros) combinações por segundo, seria consumida matéria
equivalente a aproximadamente 10 sextilhões de universos a cada segundo por um
período de dez trilhões de trilhões de anos para produzir todas as combinações de
hemoglobina.
Impossível também é, por exemplo, o surgimento casual de uma proteína com
apenas 50 amino-ácidos, cuja probabilidade é de apenas uma chance entre 1065 (o
número 1 seguido de 65 zeros). A mais simples célula possui milhares de tipos de
proteínas, além de muitas outras estruturas complexas.
Pelos fatos citados acima, percebemos como é complexo o código genético, porém, a
teoria evolucionista alega que o primeiro organismo vivo surgiu casualmente por
não ser tão complexo quanto os organismos unicelulares atuais, porém, esta
afirmação também é cientificamente inconsistente, como veremos a seguir.
Nenhum dos defensores da teoria da evolução afirma que o primeiro organismo
vivo foi um vírus, isto porque a existência de vírus depende da existência anterior da
complexidade de células vivas das quais os vírus retiram o material para se
reproduzirem. Devido esta dependência das células vivas, qualquer vírus é uma
estrutura biológica considerada extremamente simples. O menor vírus conhecido
contém 2.500 degraus em sua molécula de DNA, portanto, a probabilidade de sua
estrutura de DNA surgir ao acaso é de uma chance entre 101505 chances, ou seja, o
surgimento ao acaso da mais simples molécula de DNA conhecida é
matematicamente impossível (segundo a lei de Borel, qualquer evento cuja chance
de ocorrer é menor que 1 chance entre 1050 chances simplesmente não ocorre, o limite
cósmico da lei de Borel é de 10200, o que não faz diferença neste caso). Dentre outras
dificuldades, o primeiro organismo vivo teria que ser mais complexo que um vírus,
para se multiplicar e contornar os efeitos da entropia, e também simples o suficiente
para surgir ao acaso, um paradoxo!
A teoria evolucionista atual não declara que a primeira célula viva surgiu
instantaneamente. Ela declara que grandes moléculas reagiram entre si, de alguma
forma, para formar células "simples". Porém, como vimos, tanto as grandes
moléculas orgânicas, como a mais simples célula, são estruturas altamente
complexas. Milhões de moléculas de proteínas, de milhares de tipos, teriam que
surgir espontaneamente ao mesmo tempo e no mesmo lugar (possivelmente uma
lagoa, segundo a teoria), em seguida elas teriam que se ordenarem numa seqüência
correta para formar as diversas partes de uma célula (uma das partes é o núcleo com
seus cromossomos, cuja complexidade já foi aqui citada). Há também o problema de
que para a produção de enzimas protéicas é necessário DNA e RNA e para a
produção de DNA e RNA são necessárias enzimas protéicas, surge um círculo
vicioso onde não é possível que qualquer célula exista antes de outra. Os
evolucionistas, diante de cálculos do tipo aqui apresentados, alegam que tipos de
cálculos que geraram os resultados acima citados são errados, pois deve-se
fragmentar os cálculos devido o processo de formação da primeira vida ter sido
provavelmente em fases, porém, mesmo que se admita que as informações para os
cálculos sejam hipotéticas e erradas, deve-se observar que:
Estes cálculos já são bem favoráveis à evolução, pois partem do pressuposto de
existirem condições favoráveis (todos os elementos químicos necessários estarem
disponíveis no mesmo local e não haver agentes químicos que impedem a
formação das moléculas, tais como o oxigênio), e mesmo assim sugerem, em
qualquer cálculo hipotético a impossibilidade do surgimentos de complexas
moléculas orgânicas, o que ainda é bem diferente de uma célula viva;
Não existem experiências que comprovem a validade de qualquer processo
favorável à geração espontânea da vida;
Nem mesmo outras formas de cálculos apontam para resultados que tornam a
geração espontânea da vida matematicamente possível.
O Dr. N.W. Pirei da Estação Experimental Rothamstead em Harpendem, Inglaterra,
rejeita todo o conceito de abiogênese espontânea, baseado no bem conhecido fato de
que "moléculas complexas, tais como proteínas, não aparecem na nossa experiência
científica espontaneamente, nem mesmo por fases, e todas as formas de vida
conhecidas nos nossos dias são dependentes de proteínas".
O professor A. I. Oparin, acreditava que simples compostos orgânicos, semelhantes
aos vivos, como hidrocarbonos, poderiam adquirir vida espontaneamente, sob
cuidadosas condições de laboratório, porém, muitos cientistas presentes ao simpósio
acerca da origem da vida realizado em agosto de 1957, em Moscou, não creram que
as idéias de Oparin fossem válidas. Eles não acreditaram que moléculas
suficientemente grandes, das espécies certas de proteínas, pudessem surgir
espontaneamente para tornar-se a base da vida orgânica. O Dr. Erwin Chartaff, da
Universidade de Colúmbia (EUA), declarou:
"A nossa época é provavelmente a única em que a mitologia penetrou no nível
molecular!" (Nuceic Acids As Carriers of Biological Information, A Origem da Vida
na Terra, pg 298-99).
Até aqui analisamos a probabilidade de uma molécula orgânica ou forma simples de
vida surgir ao acaso. Agora, qual seria a probabilidade do homem evoluir? Carl
Sagan, F.H.C. Crick e L.M. Muchin, no livro Communication and Extraterrestrial
Intelligence (CETI) calcularam que a probabilidade é de aproximadamente uma
chance entre 102000000000 ( o número 1 acompanhado de dois bilhões de zeros à
direita, seriam necessários 2 Gb de memória para guardar todos os zeros digitados,
seria impraticável digitar tantos zeros e transferi-los pela internet, seriam necessários
dias para a transferência dos dados), esta probabilidade, novamente, é infinitamente
acima da lei de probabilidade de Borel (uma chance entre 1050 ou o enorme limite
cósmico de Borel de 10200, limites que quando ultrapassados, os eventos
simplesmente não ocorrem). Estatisticamente falando, conforme declarações do
famoso astrônomo Sir Fred Hoyle, é mais fácil um tornado varrer um depósito de
sucata e construir um Boing 747 com o material nele contido do que formas
superiores de vida emergirem através dos processo evolutivos! É preciso muita fé no
acaso para acreditar que a vida tenha surgido sem um criador. Randy L. Wysong
D.V.M., instrutor de anatomia humana e fisiologia expressa muito bem isto no livro
The Creation-Evolution Controversy (A Controvérsia Criação-Evolução):
A evolução pode ser considerada como uma espécie de religião mágica. A magia é
simplesmente um efeito sem causa, ou pelo menos sem causa competente. "acaso",
"tempo", e "natureza" são os pequenos deuses mantidos nos templos evolucionistas.
Esses deuses não podem, porém, explicar a origem da vida. Eles são impotentes.
Desse modo, a evolução fica sem uma causa eficaz e é, portanto, apenas uma
explicação mágica para a existência da vida...
Órgãos Vestigiais
A teoria da evolução apresenta como evidência de evolução a existência de órgãos
em animais, que aparentemente não têm função, porém, ao analisarmos mais
detalhadamente estas supostas evidências veremos que a existência destes órgãos
não implica que estes são realmente vestígios de órgãos herdados de antepassados
evolutivos, pois já se sabe que eles possuem funções que antes eram desconhecidas.
Todos os órgãos endócrinos e linfáticos já foram considerados vestigiais, no século
XIX afirmava-se que no corpo humano havia aproximadamente 180 órgãos
vestigiais, e ainda em 1971, a Encyclopaedia Britannica reivindicou mais de 100
órgãos que restavam como vestígio no ser humano, e até mesmo órgãos
extremamente importantes como a glândula paratireóide eram considerados como
vestígios simplesmente porque suas funções não eram compreendidas. Como a
ciência biomédica progrediu, atualmente há reservas para se afirmar que existem
órgãos sem função, mas, apesar disto, livros de ensino citam alguns órgãos como
sendo vestígios que provam a evolução. Os exemplos de órgãos vestigiais mais
freqüentemente usados são o cóccix e apêndice humanos.
O Cóccix
O cóccix é um pequeno osso
que termina a coluna
vertebral na parte inferior.
Os evolucionistas afirmam
que este osso é um vestígio
da cauda de nossos
antepassados. A coluna
vertebral é uma seqüência
linear de ossos que como
quase tudo que se conhece,
tem um começo e um final,
mas onde quer que termine,
os evolucionistas insistem
em chamar o final de
vestígio de um rabo. Esta
idéia é erroneamente aceita principalmente pelo fato de que os livros de biologia
ainda dão a impressão errônea que o cóccix humano não tem nenhuma função além
de provar a existência da evolução, porém, o cóccix tem funções importantes, serve
como um ponto para anexar vários músculos pélvicos, formando o diafragma
pélvico. O cóccix, com seu diafragma pélvico, mantém fixos muitos órgãos em nossa
cavidade abdominal evitando que estes literalmente caiam por entre as pernas.
Alguns dos músculos do diafragma pélvico também são importantes para o controle
de eliminação de dejetos de nosso organismo pelo intestino reto.
Apêndice Humano
O apêndice humano também é citado pelos evolucionistas como vestígio de nosso
passado evolutivo, sendo uma sobra inútil, um órgão atrofiado pela falta de uso, por
não mais se comer, por exemplo, carne crua ou vegetais mais resistentes em termos
de digestão. Muitos livros que ensinam a teoria da evolução afirmam que o apêndice
humano é um vestígio de cécum (a primeira parte do intestino grosso, também
chamado ceco) de nossos antepassados evolutivos vegetarianos. O cécum é uma
bolsa próxima ao início do intestino grosso, que provê um espaço adicional para a
digestão. Em alguns animais vegetarianos, como vacas, por exemplo, o cécum
contém bactérias especiais que ajudam na digestão de celulose. O apêndice não é um
vestígio de cécum, pois quase todos os mamíferos têm um cécum e muitos deles
também têm um apêndice. Da mesma forma que as amígdalas, e os tecidos
adenóides, que também já foram considerados órgãos vestigiais, o apêndice é um
órgão linfático (parte do sistema imunológico do organismo) que produz anticorpos
contra infecções no sistema digestivo, sua remoção aumenta a suscetibilidade de
uma pessoa para leucemia, a doença de Hodgkin, câncer do cólon e câncer dos
ovários. Acreditando plenamente na crença da teoria da evolução, de que o apêndice
era apenas um vestígio de nossos antepassados menos evoluídos, muitos cirurgiões
removiam apêndices saudáveis como mera precaução para impedir que um
problema futuro ocorresse ou sempre que o apêndice estava na cavidade
abdominal. Atualmente, a remoção de um apêndice saudável, na maioria das
circunstâncias, seria um considerável erro médico, estando provado que idéias
evolutivas não científicas foram prejudiciais para o avanço de verdadeira ciência.
Não existem órgãos sem funções (vestigiais), existem órgãos com funções ainda não
muito esclarecidas (o próprio apêndice ainda não têm todas suas funções muito bem
esclarecidas). Porém, mesmo que órgãos vestigiais existissem de fato, isto não seria
evidência de evolução, mas de degeneração ou perda, sendo que a maior proposta
da teoria da evolução sugere justamente o contrário: surgimento ou adaptação de
órgãos para novos propósitos.
Apesar de evolucionistas ainda afirmarem que determinados órgãos são vestigiais, a
literatura médica já apresenta a funcionalidade destes órgãos. Uma obra, por
exemplo, é o livro "Bogliolo - Tratado de Patologia".
Nos machos de todas as espécies de mamíferos, inclusive no homem, existem
glândulas mamárias desativadas, porém, apesar da cultura de massa relacionada à
teoria da evolução, nenhuma autoridade científica que crê na teoria evolutiva
sugeriu que estes órgãos são vestígios evolutivos. As glândulas mamárias não são
inúteis para as espécies, são rudimentares apenas nos machos. Machos e fêmeas se
desenvolvem de embriões quase idênticos, os quais, em uma fase inicial do
desenvolvimento, ficam masculinos ou fêmeas conforme a influência dos genes nos
cromossomos de sexo. As mesmas partes de um embrião pode produzir órgãos de
sexo masculino ou feminino e glândulas mamárias que se desenvolverão ou
permanecerão rudimentares conforme o sexo. Em humanos, podem estar quase
todos os componentes de órgãos femininos em forma rudimentar nos homens, e o
contrário também é verdade, mulheres também possuem órgãos masculinos de
forma rudimentar. Assim, a presença de órgãos rudimentares nos adultos não nos
fala algo sobre evolução, mas nos conta bastante sobre embriologia.
OS MECANISMOS DA EVOLUÇÃO
Talvez, uma das principais razões que levam um observador dos mecanismos
naturais a crer que a evolução dos organismos vivos é um fato incontestável, são os
processos que desencadeiam mudanças em populações de espécies com reprodução
sexuada. A teoria sintética da evolução afirma que o processo evolutivo ocorre como
conseqüência do equilíbrio entre a "variabilidade" e a "seleção natural", com este
afirmação é que fatos e teoria se confundem, pois a existência da variabilidade e da
seleção natural leva muitas pessoas a crer na incontestabilidade da teoria da
evolução. Mas, apesar de existir variações nas espécies, os mecanismos geradores de
variações, conforme todas as observações feitas em laboratório ou na natureza, não
são mecanismos de evolução, sendo tão somente mecanismos de sobrevivência de
espécies sem que se crie novas espécies, ou seja, surge apenas evolução horizontal
(micro evolução), que na verdade não se trata de evolução. Não há o verdadeiro
processo evolutivo, a evolução vertical.
Vamos conhecer e analisar os processos de variabilidade e separar o que é "fato" do
que é "crença" ou "equívoco", porém, para isto, é necessário compreender os
conceitos de espécie e população, e posteriormente conhecer as causas de variações
nas espécies (fontes de variabilidade):
Espécie: conjunto de indivíduos potencialmente intercruzáveis, com produção de
descendentes férteis;
População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie, convivendo em um
dado espaço durante determinado período de tempo.
FONTES DE VARIABILIDADE
As diferenças entre indivíduos da mesma espécie definem o grau de variabilidade
desta espécie. Cada espécie tem o seu próprio grau de variabilidade, segundo a
intensidade dos processos de seleção a que estão submetidas, por exemplo, a espécie
humana, mostra alto grau de variabilidade, pelo fato de haver certo relaxamento da
seleção natural, havendo pessoas de cor branca, de cor negra, altas, baixas, fortes,
rápidas, fisicamente mais frágeis etc.
A variabilidade nas populações naturais deve-se a dois tipos básicos de fatores:
ambientais e genéticos.
FATORES AMBIENTAIS
A variabilidade provocada por fatores ambientais restringe-se ao aspecto fenotípico,
não sendo, portanto, hereditária, embora a potencialidade de reagir aos fatores
ambientais são. Exemplos de fatores ambientais são exposição à luz solar, nutrição,
doenças, exercícios, acidente etc, provocando modificações nos indivíduos a eles
submetidos, mas não nas gerações futuras.
MUTAÇÃO GÊNICA
Mutação gênica é qualquer alteração em qualquer seqüência de bases nitrogenadas
do DNA responsável por determinada característica do organismo. Geralmente
originam-se espontaneamente, por acidentes na duplicação do DNA ou no
metabolismo celular, mas também podem se originar através de agentes
mutagênicos (geradores de mutações) de natureza física (calor, radiações) ou
química (formal, fenol, gás mostarda).
Embora possam ocorrer em qualquer célula do organismo, as mutações só serão
hereditárias se ocorrerem nas células germinativas que originarão gametas,
ocorrendo em uma célula somática, a mutação não será hereditária, se restringindo
ao indivíduo atingido.
Considerando que os organismos estão adaptados ao ambiente em que vivem é fácil
presumir que as mutações, que ocorrem aleatoriamente, são geralmente
desfavoráveis e as mutações que provocam alterações drásticas no material genético
geralmente provocam alterações fenotípicas desfavoráveis, tornando os portadores
da mudança menos eficientes na manutenção da sobrevivência, tendendo a serem
eliminados. A teoria evolucionista concorda com as afirmações acima citadas, mas
afirma que mutações com efeitos pequenos sobre o fenótipo podem contribuir para a
evolução, e quanto ao fato dos organismos estarem perfeitamente adaptados ao
ambiente, é argumentado que as mutações podem ser favoráveis quando há
alterações no ambiente. Apesar de existirem mutações e a explicações da teoria da
evolução ser revestida de lógica, não há evidências de que as mutações sejam
responsáveis por qualquer tipo de evolução, pois, sendo necessário que as mutações
tenham pequenos efeitos sobre o fenótipo e que se torne comum entre os indivíduos
de uma determinada espécie, é de se esperar que tenha existido gerações de
populações, cada uma com uma pequena mutação, até chegar a uma espécie mais
recente com a união de todas as pequenas modificações no fenótipo, formando assim
uma seqüência evolutiva, porém, a lógica empregada aqui se assemelha à lógica dos
princípios universais segundo algumas religiões orientais, ou seja, embora tenha
sentido (como deve ser para qualquer teoria), não há evidências de que seja real. Não
há qualquer evidência na natureza de que mutações tenham criado uma nova
espécie. O estudo da genética, observações e experiências demonstram que as
mutações benéficas aos organismos não passam de mito que foi perpetuado por A.
M. Winchester em "Genetics", Dallas: Houghton Miffin, 1966, Pág 405, quando
declarou:
"A mutação oferece um campo virtualmente ilimitado para a seleção. O fato de mais
de 99% das mutações estudadas em várias formas de vida serem prejudiciais até
certo ponto, pode parecer excluir a importância das mutações como um fator na
evolução adaptativa".
"Todavia, é justamente essa fração de 1%, que acontece ser benéfica, que forma a
base para a maioria dos desenvolvimentos evolutivos. Foram as mutações que
permitiram que a vida chegasse até as estupendamente complicadas organizações
que muitas formas possuem hoje. Da massa caótica de mutações casuais, ocorridas
através das eras, os fenômenos de seleção exercem sua influência e põem ordem no
caos."
A declaração acima, de Winchester, é meramente uma conjectura empírica, pois,
primeiramente ele declara que 1% das mutações são benéficas e responsáveis pela
maioria dos desenvolvimentos evolutivos, porém não há estudo estatístico que
aponte para este otimista 1% e ao se analisar a estrutura de qualquer molécula de
DNA, vemos que o número de alterações genéticas possíveis é incrivelmente
superior ao número de combinações que tenham algum significado biológico, além
disto, não é qualquer alteração casual do código genético que poderá manter a
estrutura molecular e criar alguma mutação no organismo, Harold F. Blum observa:
"Qualquer que seja a natureza da mutação, ela terá de seguir certas linhas
determinadas pelo padrão molecular e pelas relações energéticas. A mutação não é,
portanto, casual, mas pode ocorrer dentro de certos limites restritivos e segundo
certos caminhos determinados pelas propriedades termodinâmicas do sistema.
Assim sendo, para estabelecer o caso de um modo um tanto animista, o organismo
não pode adaptar-se ao ambiente variando irrestritamente em qualquer direção."
Diante da declaração acima, podemos concluir que Winchester, além de ignorar as
implicações das leis da física na limitação da variabilidade, ele ainda afirma que a
variação é casual, o que constitui uma inverdade, não havendo uma quantidade
caótica de mutações casuais, pois a grande maioria das alterações do código genético
nem ao menos são capazes de gerar novos organismos (mesmo que deformados),
restando apenas uma quantidade bem limitada (quando comparada com o número
de alterações que podem ocorrer no código genético) de mutações que podem gerar
aberrações (seres deformados) que, estes sim, serão eliminados no processo seletivo
natural. A observação de Blum, acima citada também apresenta uma evidência de
que as espécies de organismos vivos têm suas limitações no que se refere a mutações
provocadas por alterações no código genético.
O cientista Dobzhansky (que é evolucionista), depois de muitas experiências com
Drosofilas (moscas de frutas) deixou evidente a ineficiência das mutações para gerar
evolução:
"Os mutantes clássicos obtidos em Drosofila em geral mostram deterioração,
desgaste ou desaparecimento de certos órgãos. Existem mutantes que diminuem ou
destroem o pigmento nos olhos, pêlos, pernas. Muitos mutantes são de fato letais
para os seus portadores. Os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz
respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um
aperfeiçoamento realmente valioso na organização normal em ambientes normais
são desconhecidos."
Os evolucionistas geralmente apresentam como prova de mutações benéficas em
ambientes normais o caso de insetos resistentes ao DDT e de germes resistentes aos
antibióticos. As observações e experiências de Dobzhansky, mostraram que as
moscas resistentes ao DDT levam mais tempo para se desenvolverem do que as
moscas normais, reduzindo assim, a "aptidão" da nova variedade. Observou-se
também que as bactérias resistentes aos antibióticos são também menos aptas. Ele
observa:
"Por que, então, a maioria dos bacilos-coli encontrados fora dos laboratórios
continuam suscetíveis a ataques bacteriofágicos e sensíveis à estreptomicina? Por
que os mutantes resistentes não expulsaram os genótipos sensíveis? A teoria nos
leva a deduzir que, sob certos aspectos, os mutantes resistentes devem estar em
desvantagem quando comparados às bactérias sensíveis na ausência de
bacteriófagos e antibióticos. Esta inferência teórica é surpreendentemente verificada
em algumas experiências. Cerca de 60% dos mutantes resistentes à estreptomicina
nos bacilos-coli são também dependentes da estreptomicina; esses mutantes não
conseguem crescer num meio de cultura livre de estreptomicina. Uma substância
venenosa para as bactérias de sensibilidade normal é básica para a vida dos
mutantes resistentes! E. H. Anderson mostrou que certas espécies bacterofágicas
resistentes de bacilos-coli exigem certas substâncias alimentares para crescer que
não são necessárias para o crescimento das bactérias sensíveis. Os mutantes
resistentes serão destruídos em ambientes nos quais os alimentos requeridos não
existam."
Desse modo, fica provado que estes exemplos atuais de "evolução" consistem de
criaturas inferiores à variedade normal, havendo, na verdade, degeneração,
destruição, decomposição, involução e não evolução.
MUTAÇÃO CROMOSSÔMICA
Quaisquer alterações na estrutura ou número de cromossomos são consideradas
mutações cromossômicas. Podendo ocorrer tanto nos cromossomos sexuais como
nos autossômicos, geralmente acarretam alterações fenotípicas muito grandes, sendo
quase sempre deletérias, tais como esterilidade, morte precoce, debilidade física e
mental, porém, de forma similar ao caso da mutações gênicas, a teoria da evolução
conta com as pequenas alterações ao longo de gerações sucessivas. A refutação para
este argumento da teoria da evolução também pode ser o mesmo usado para a
mutação gênica, porém é interessante observar que para justificar um suposto
número reduzido de fósseis de organismos transicionais (digo "suposto número
reduzido" porque não existe qualquer fóssil de alguma espécie que se possa chamar
indiscutivelmente de transicional) criou-se a explicação de que a evolução dá saltos
abruptos, onde características surgem repentinamente em um organismo, porém isto
contraria a afirmação da necessidade de pequenas e contínuas alterações ao longo de
gerações sucessivas que se exige nas mutações gênicas e cromossômicas para que
elas possam conduzir à evolução da espécie e não à destruição dos organismos (falase, aqui, apenas de organismos e não de espécies, porque um organismo com
grandes mutações não consegue transmitir suas características à sua espécie, pois,
como foi observado, essas mutações são sempre deletérias).
SELEÇÃO DA VARIABILIDADE
SELEÇÃO NATURAL
Na realidade, quem realmente desenvolveu e publicou a teoria da seleção natural foi
um criacionista chamado Edward Blyth, 24 anos antes que o seu compatriota inglês,
Charles Darwin, o fizesse. Evidentemente seu nome não ficou conhecido devido ao
fato de Blyth ser criacionista e não ter feito afirmações sobre funções da seleção
natural que não podessem ser observadas e comprovadas cientificamente. No
entanto, os darwinistas, fizeram a seleção natural (dos pangenes ) a base de uma
nova filosofia humanista e naturalista, uma "religião sem revelação" (conforme Julian
Huxley).
Segundo a teoria da evolução, as modificações das populações são determinadas em
resposta a alterações ambientais, sendo assim provocada a seleção natural (ou
seleção dos mais aptos).
Em populações naturais, o número de descendentes produzidos em cada geração é
maior do que o número dos que têm possibilidade de sobreviver e se reproduzir.
Nestas populações a variabilidade genética é grande, surgindo indivíduos menos
adaptados. A seleção natural favorece a sobrevivência dos indivíduos melhor
adaptados, que têm mais chances de sobreviver e se reproduzir, disseminando, desta
forma, suas característica genéticas.
A seleção natural atua em cada geração, favorecendo os indivíduos melhores a um
determinado ambiente; desta forma, as melhores características para a sobrevivência
de uma população podem variar devido as mudanças ambientais.
Veja um exemplo de seleção natural:
Cinco filhotes de coelho nascem de um mesmo casal. Os filhotes são ligeiramente
diferentes entre si, com variações de tamanho, cor e um deles corre bem mais rápido.
Na luta pela sobrevivência, o filhote mais rápido e um de seus irmãos são os únicos a
sobreviverem aos ataques de uma raposa, e ao se tornarem adultos encontram
parceiras, e cada um, por sua vez, dá origem a cinco novos filhotes. Os descendentes
do coelho rápido são igualmente rápidos e os filhotes do coelho que não se destaca
em velocidade também não são tão velozes. Com os novos ataques de raposas e
outros predadores, todos os novos coelhos rápidos sobrevivem, e da família dos
coelhos comuns resta apenas um. A seleção natural fez com que a população de
coelhos se constituísse, em sua maioria, de coelhos mais rápidos em apenas duas
gerações.
É com base em exemplos similares ao citado acima que a teoria da evolução afirma
que a seleção natural é um processo pelo qual ocorre a evolução.
Segundo a teoria da evolução, os rumos do processo evolutivo são determinados
pela interação entre a variabilidade genética das populações naturais e as pressões
seletivas a que estão sujeitas. Para se provar a existência do processo evolutivo, os
evolucionistas citam alguns exemplos que mostram que as espécies não são fixas,
sendo os mais comuns:
Resistência a antibióticos, já comentado acima;
Resistência ao DDT, também já comentado acima;
Melanismo industrial;
Anemia falciforme;
Seleção da imitação;
Observe que os exemplos anteriores, apesar de serem anunciados como provas de
que as espécies não são fixas, não fazem verdadeiramente uma prova disto, pois
todas as suas pequenas variações fenotípicos ou genotípicas se dão dentro das
espécies, ficando a afirmação de que pode-se surgir, ao longo do tempo, uma nova
espécie, como mera conjectura. Os vírus continuam sendo vírus da mesma espécie,
as mariposas escuras já existiam anteriormente, apenas aumentaram as populações,
as populações humanas com anemia falciforme estão longe de serem classificadas
como mais evoluídas apenas por terem uma doença que a preteje de outra. Além da
já citada observação de que qualquer variação se dá dentro dos limites da espécie de
cada organismo, há outros fatores que indicam que a seleção natural não tem
capacidade suficiente para causar evolução, são eles:
A teoria da evolução afirma que uma determinada espécie pode gerar várias
outras espécies conforme as pressões seletivas diferentes em diversas populações
desta espécie. Embora pressões seletivas diferentes em diversas populações pode
fazer com que a seleção natural tome rumos diferentes em cada população, é difícil
aceitar que aconteça com freqüência suficiente para explicar o processo integral de
evolução de um ser unicelular anaeróbico até o homem, mesmo com a ajuda de
outros processos evolutivos (esta dificuldade será apresentada gradativamente
neste trabalho) Além disto, é observado que até ambientes muito diferentes não
demonstram influência suficiente para forçar o surgimento de uma nova espécie,
pois, além disto nunca ter sido observado na natureza, também é observado, por
exemplo, que ratos da África não são muito diferentes dos ratos da Groelândia,
apesar de grandes diferenças em alimentação e clima. O mesmo ocorre com os
ursos, gatos e cães, cujas variações normalmente se restringem a cor, tamanho dos
pêlos e oscilações no tamanho dos indivíduos, conforme a raça. Como Lewontin
declara: "...a seleção natural, afinal de contas, não parece melhorar a chance de
sobrevivência de uma espécie, mas simplesmente capacita-a a prosseguir, ou não
ficar para trás do ambiente constantemente mutante" (Lewontin, Richard,
"Adaptation", Scientific American, V. 239, n.3, 1978, pp. 212-230.). A função da
seleção natural, de existência comprovada, é apenas conservadora das espécies e
não é de maneira nenhuma tão atraente como a função hipotética, criativa, que lhe
foi atribuída pelos evolucionistas.
O processo de seleção artificial (o próximo tópico) pode criar mudanças, em
organismos, equivalentes a milhões de anos de seleção natural, pois, por não
depender de casualidades, pode-se controlar completamente quais as
características que devem ser dominantes em uma população e este processo tem
provado que as alterações nas características de uma população ou espécie têm
limitações que se restringem à espécie, havendo apenas a evolução horizontal, que
na verdade não se trata de evolução propriamente dita.
SELEÇÃO ARTIFICIAL
Toda seleção conduzida pelo homem, com um objetivo determinado, é considerado
seleção artificial. O homem realiza seleção de animais domésticos e plantas
cultivadas, com o objetivo de realçar determinadas características dos organismos
com o objetivo de melhorar a produção de lã, carne, leite, frutas, seda etc., para isto
foram, e são, produzidas diversas raças de cães, gatos, pombos, plantas, peixes
ornamentais etc.
Os processos de seleção artificial são o endocruzamento e formação de híbridos.
Através do endocruzamento o homem promove uma seleção direcional escolhendo
os indivíduos portadores das características que pretende selecionar e promove o
cruzamento entre os indivíduos selecionados; nas gerações seguintes faz o mesmo
tipo de seleção. Desta forma, os genes responsáveis pelas características escolhidas
têm aumentada sua freqüência e tendem a entrar em homozigose. A população
selecionada tem a variabilidade genética reduzida através da semelhança cada vez
maior entre os indivíduos que a compõem.
É desta maneira que são produzidas linhagens puro-sangue de cavalos, cães etc.
Biólogos, normalmente, diferenciam a palavra "linhagem" da palavra "raça",
atribuindo o termo linhagem para os resultados da seleção artificial e raça para os
resultados da seleção natural. Esta diferença se justifica pelo fato das raças serem
bastante heterogêneas devido fatores geográficos e as linhagens serem homogêneas
devido aos acentuados processos seletivos provocados pelo homem.
Embora a seleção artificial seja considerada um mecanismo de evolução, a
observação e interpretação dos resultados têm sido usadas como evidência da
impossibilidade de haver evolução, ou surgimento de novas espécies, pois os
criadores de animais e cultivadores de plantas, através de seus processos seletivos
(endocruzamento), conseguem resultados de cruzamentos que se pode comparar a
milhões de anos de evolução na natureza, pois, o criador (ou cultivador) sabe
exatamente o que deseja e escolhe animais ou plantas para reprodução, objetivando
determinados resultados, diferentemente da natureza, cujos resultados são casuais
(não são programados). Assim, um criador de ovelhas, por exemplo, pode selecionar
continuamente animais de sua criação, que têm lã mais espessa, para criar uma raça
de ovelhas com muito mais lã. Da mesma forma, um criador de canários pode
produzir canários com penas da cauda cada vez mais longas. Até certo ponto, eles
têm sucesso em seus empreendimentos, mas sempre aparece um limite além do qual
as ovelhas, com lã mais espessa, ou não se reproduzem mais (são estéreis) ou a lã da
nova prole passa a ser menos espessa que as dos pais, ou, no caso dos canários, os
ovos não são férteis ou ainda a nova prole nasce com penas mais curtas do que as
dos pais!
Documentário Fóssil
O documentário fóssil demonstra claramente a existência, no passado, de uma
enorme quantidade de formas de vida diferentes das atuais, isto é verificável através
de restos e impressões em rochas das mais variadas partes do globo terrestre, que
são chamados "fósseis", que podem se constituírem em partes duras do esqueleto de
vertebrados, dentes e escamas, pegadas e moldes em argila ou areia, impressões de
folhas em rochas sedimentares etc. Há casos em que a conservação foi perfeita,
como, por exemplo, os mamutes da Sibéria, conservados em blocos de gelo, ou
insetos preservados totalmente, incluídos em âmbar.
Os cientistas que acreditam na teoria evolucionista, na impossibilidade de assistir o
suposto processo evolutivo, procuram reconstituir este processo através da análise
de fósseis encontrados em camadas rochosas sucessivas.
Ao público leigo, as descobertas e conclusões são apresentadas de forma superficial,
escondendo diversas implicações, dando a falsa impressão de exatidão e rigor
científico nas pesquisas para confirmação da teoria da evolução. A seguir serão
apresentados fatos que mostram que a teoria evolucionista não é tão consistente e
sustentada em provas quanto a maioria do público crê.
Avaliando o documentário fóssil
Apesar da infinidade de formas de vida que habitaram ou habitam nosso planeta,
entre os milhões de fósseis encontrados, de todos os tipos, não foi encontrado um
único que fosse uma prova indiscutível de evolução, quando deveriam haver, na
pior hipótese, alguns milhões destes fósseis. Estes fósseis, que segundo os
evolucionistas deveriam existir, mas não são encontrados, são chamados "elos
perdidos" e o próprio Darwin reconheceu o problema e disse:
Por que, se algumas espécies descendem de outras espécies, através de estágios
pequenos, não encontramos incrustadas em números incontáveis na crosta terrestre?
Muito tempo se passou desde Darwin, muitas procuras foram realizadas e ainda não
foram encontrados os elos perdidos. Alguns poucos fósseis, quando deveriam existir
milhões, foram encontrados e apresentados como provas, devido a quantidade ser
bem menor que a esperada, lançou-se o argumento de que a evolução dá saltos
abruptos, por isto o número de fósseis de espécies transitórias é pequeno, porém este
argumento poderia reduzir o número de fósseis, mas não justifica a inexistência
absoluta de peixes com pernas rudimentares ou seqüências evolutivas de anfíbios
transformando-se em répteis, por exemplo. Além disto, os poucos fósseis
apresentados como prova da existência da evolução são todos contestáveis
facilmente. A seguir analisaremos os principais, o que nos dará uma idéia da falta de
provas arqueológicas para defender a teoria da evolução.
Acima, alguns exemplares do reino animal e vegetal, apesar da
gigantesca variedade, 99% das formas de vida que já existiram estão
extintas. Apesar do gigantesco número de formas de vida que já
existiram, não há registros fósseis mostrando qualquer evolução
gradativa.
A camada cambriana
A camada de rocha mais antiga em que se encontra fósseis, a Cambriana, apresenta
bilhões de fósseis de formas de vida bastante complexas, tais como trilobitas, corais,
vermes e medusas, sem nenhuma evidência de que estas formas tenham evoluído
gradativamente de uma forma de vida mais simples.
Se existisse evolução, deveriam existir bilhões de fósseis onde nem um único fóssil
multicelular isento de discussão foi encontrado, mesmo que se leve em conta o
argumento dos saltos abruptos da evolução, que justificaria um número menor de
formas transitórias, é de se esperar, na pior hipótese, milhares de fósseis, pois a
quantidade de fósseis de trilobitas, corais, vermes, medusas e peixes é tão grande
que existe até mesmo comércio destes fósseis em grande quantidade e por baixo
preço. Exemplo disto é a extração de fósseis de sítios arqueológicos brasileiros para
venda em diversas cidades como mero ornamento doméstico.
O seymouria
Um animal conhecido como "seymouria", cujos fósseis foram encontrados no
permiano inferior do Texas, foi considerado de máxima importância para provar a
evolução dos répteis a partir dos anfíbios. J. C. Yung (em "The Live of Vertebrates",
Oxford University Press, 1962, pg 386) chegou a declarar:
"...Suas características são tão exatamente intermediárias entre as dos anfíbios e répteis que
não é possível colocá-lo definitivamente em qualquer um dos dois grupos...".
William Matthews (em "Fossils", Nova Iorque: Barnes and Noble, 1962, pg 260) disse
sobre o seymouria:
"Acredita-se que seja um elo entre esses dois grupos de animais" (ao se referir a anfíbios e
répteis).
No entanto, o "seymouria" viveu no período geológico posterior aos primeiros
répteis, significando que ele não podia ser o ancestral (A. S. Romer, "Vertebrate
Paleontology", Chicago: "University of Chicago Press, 1966, pg 95). Não é possível ao
pai ser mais novo que seu filho!
Devido a idade do seymouria ser 35 milhões de anos mais recente que as dos
primeiros répteis (Hylonomus) , fica claro que não basta assemelhar-se a uma
espécie transicional para se afirmar que realmente se trata de uma espécie se
transformando em outra, há vários outros fatores que devem ser considerados,
como, por exemplo, uma seqüência de fósseis que comprovem que um determinado
organismo está realmente sofrendo mudanças, porém, apesar de se ter passado mais
de um século de pesquisas (desde a época de Darwin), não foi encontrada uma única
e indiscutível seqüência evolutiva. Já houve grande publicidade sobre alguns
registros fósseis que pareciam provar a existência de evolução, como por exemplo, o
caso do celacanto (citado na próxima página), no entanto nunca se descobre a
espécie antecessora e nem a posterior numa suposta escala evolutiva. O seymouria é
um animal extinto, por isto, no passado, alguns evolucionistas concluíram que ele
evoluiu para algum tipo de réptil. O que se diria se o ornitorrinco fosse um animal
extinto há milhões de anos?!
Sempre que se apresenta uma suposta forma de vida transicional há algum equívoco
que quando descoberto faz com que continue inexistindo qualquer prova
arqueológica que prove a evolução. A seguir serão citados outros exemplos de
"equívocos".
O Celacanto
Latimeria chalumnae
Do peixe chamado celacanto foram encontradas ótimas impressões fósseis em que
aparecem incrustados na rocha todo o seu corpo de maneira muito precisa. Os
cientistas constataram que suas nadadeiras não eram anexadas diretamente ao
corpo, estavam ligadas a protuberâncias semelhantes a um coto de braço. Os
evolucionistas deduziram de imediato que este peixe era uma forma intermediária
entre os peixes e os animais que andam em terra. Afirmou-se que as protuberâncias
eram pernas que estavam evoluindo para que o animal rastejasse fora d'água.
Tendo sido considerado extinto a 70 milhões de anos, concluiu-se que esse peixe
evoluiu para uma nova espécie. Foi dada ampla publicidade ao caso, como sendo
uma prova de mudança significativa de uma espécie para uma outra nova espécie.
Porém, em 1938, pescadores das ilhas Comoro, no oceano Índico, pescaram um
celacanto extremamente parecido ao do registro fóssil, criando assombro científico
mundial, considerado extinto há 70 milhões de anos, permaneceu virtualmente
inalterado em seus 400 milhões de anos de existência. Depois disto foi pescado
outro espécime vivo em 1952 e posteriormente outros espécimes vivos também
foram encontrados. A partir daí, mais de 200 espécimes de celacantídeos foram
achados em Comoro, distante dez mil quilômetros da Indonésia, onde também
foram encontrados celacantos vivos. Nas ilhas de Comoro, a população local se
alimentava normalmente de celacanto, que podiam ser comprados em mercados de
peixes, sem que os cientistas do mundo soubessem. Ficou provado que afirmar que o
celacanto era uma prova da evolução foi um grande equívoco.
O Archaeopteryx
Archaeopteryx Lithographica
O Archaeopteryx é uma criatura que os evolucionistas afirmam ser uma prova da
evolução, sendo um réptil com penas e um elo entre pássaros e répteis, pois possui
diversas características tanto de pássaros como de aves.
O Archaeopteryx tinha asas e penas, como os pássaros, mas também tinha garras,
dentes e algumas outras características próprias de répteis. O fato desta ave ter
garras nas asas não é argumento suficiente para afirmar que ele é uma forma
transitória vinculada a répteis. Atualmente existem duas espécies de pássaros que
possuem garras, o hoatzin na América do Sul e o touraco na África. A respeito do
avestruz de hoje, que também tem três garras em suas asas, foi citado por alguns
peritos como tendo mais características de répteis que o Archaeopteryx, mas
ninguém, claro, considera que o avestruz é uma forma transitiva. Quanto aos dentes,
nenhuma ave atual os possui, porém, no passado, particularmente na era mesozóica,
muitos pássaros possuíam, e não há nenhuma sugestão que estes são formas
intermediárias entre répteis e pássaros, além disto, afirma-se que o processo de
formação do bico do Archaeopterix é diferente do das aves, na verdade, não se pode
dizer que o Archaeopteryx tem bico, o bico das aves conhecidas é oriundo de
queratinização do maxilar e pré-maxilar, enquanto exames histológicos no
Archaeopteryx revelam que seu maxilar é sustentado por tecido epitelial
diferenciado, ou seja, se as aves atuais fossem descendentes do Archaeopteryx seria
de se esperar que os bicos das aves fossem do mesmo tipo que o do Archaeopteryx.
L.D. Martin e seus colegas de trabalho concluiram que o dente e o tornozelo de
Archaeopteryx não podem ter sido derivados de dinossauros terópodes (animais
mais aceitos como ancestrais do Archaeopteryx). Os dentes são do tipo encontrados
em pássaros dentados, e o osso do tornozelo não mostra nenhuma homologia com o
tornozelo de dinossauros (conf. L.D. Martin, J.D. Stewart, and K.N. Whetstone, The
Auk 97:86 - 1980). A presença de penas no Archaeopteryx é uma forte evidência de
que o Archaeopterix é uma ave, F. E. Beddard (em "The Structure and Classification
of Birds", Longmans, Green and Co., London, 1898, p. 160) revela que o tipo de
penas do Archaeopterix é idêntica aos das aves voadoras modernas, o que também
pode ser interpretado como evidência de que aves não evoluíram de répteis, pois
penas e escamas surgem de camadas diferentes da pele e, além disso, o
desenvolvimento de uma pena é extremamente complexo e fundamentalmente
diferente ao de uma escama. Penas e pelos, diferentemente de escamas,
desenvolvem-se de folículos. Porém, um pelo é uma estrutura muito mais simples
que uma pena e o desenvolvimento de células para desenvolver uma pena envolve
processos complexos onde as células migram e dividem-se separadamente em
padrões altamente específicos para formar o complexo arranjo que constitui a pena
(conf. A.M. Lucas and P.R. Slettenhein, Avian Anatomy: Integument, J.S.
Government Printing Office, Washington, DC, 1972), para se afirmar que as penas
evoluíram de pêlos ou escamas é necessário não apenas a simples explicação de que
certos animais a desenvolveram para se proteger de fatores climáticos, mas também
afirmar, sem nenhum fundamento lógico, que ocorreram fantásticos lapsos genéticos
e mutações. Portanto, a presença de penas do Archaeopteryx não apenas sugere a
impossibilidade dele ter evoluído de répteis ou dinossauros como também prova
que é equivocada a afirmação de muitos evolucionistas de que ele não voava, pois o
tipo de pena do Archaeopteryx é idêntica ao dos pássaros voadores modernos,
sendo, as penas de aves que não voam, distintamente diferentes. Também, o Dr.
Michael Denton (em "Evolution: A Theory in Crisis", pág 177 e 178) afirma que, com
base na morfologia bruta e esboço do cérebro, feito através da cavidade intracranial,
o cérebro do Archaeopterix era essencialmente de ave, seus hemisférios cerebrais e
cerebelo (a parte do cérebro responsável pelo equilíbrio e a coordenação de
atividades motoras) mostram relação de proporção exclusiva de pássaros, sendo
considerada uma adaptação necessária para o controle das atividades motoras
altamente complexas que envolvem a capacidade de voar, como qualquer pássaro
típico já com esta capacidade já completamente desenvolvida. Também o osso
denominado fúrcula, o osso em forma de "Y", uma espécie de "clavícula", no
Archaeopteryx é de formato robusto que também deixa evidente que o
Archaeopteryx era apto ao vôo (conf. Alan Feduccia and H.B Tordoft, Science
203:1020, em 1979).A provável capacidade de voar é uma forte evidência de que o
Archaeeopterix já era um perfeito pássaro já bem desenvolvido ( conf. S.L. Olson and
Alan Feduccia, Nature 278:247, em 1979), o que também sugere que ele pode ser
apenas uma ave com características distintas e não necessariamente uma forma
transicional.
Um outro fator que evidência não haver vínculos evolutivos entre o Archaeopteryx e
seus mais prováveis ancestrais (segundo os evolucionistas, répteis e dinossauros) é o
fato de J.R. Hinchliffe, utilizando-se de técnicas modernas em que se aplica isotopos
em embriões de pintinho para analisá-los, reivindica ter estabelecido que a "mão" de
pássaros consiste nos dígitos II, III e IV, enquanto os dígitos da " mão " dos
dinossauros terópodes consistem nos dígitos I, II, e III, ou seja, não apontam
descendência entre aves (incluindo o Archaeopterix) e dinossauros (conf.
"International Archaeopteryx Conference", Journal of Vertebrate Paleontology
5(2):177, Junho de 1985).
Para sustentar a afirmação de que o Archaeopteryx era um réptil com penas,
normalmente os evolucionistas apresentam as observações feitas por John Ostrom,
forte defensor da teoria de que os pássaros são descendentes de dinossauros, que
apontam diversas semelhanças entre o Archaeopteryx e os dinossauros, porém,
estudos mais recentes, feitos por outros cientistas, concluem que as observações de
John Ostrom eram equivocadas. A.D. Walker (conf. Geological Magazine 117:595,
1980), afirma que Ostrom fez uma interpretação errada no que se refere ao púbis do
Archaeopterix, sendo este osso igual ao dos pássaros, e não ao dos terópodes.
Tarsitano e Hecht (em Zoological Journal of the Linnaean Society 69:149, 1980)
criticam Ostrom, afirmando que ele interpretou mal as homologias entre o
Archaeopteryx e os terópodes. Ostrom disse que o pescoço do Archaeopterix se
encaixa no crânio por trás, não por baixo como em aves modernas, porém, M.J.
Benton, em 1983 (conf. Nature 305:99), com a então recém descoberta da tomografia
computadorizada analisou o formato do cérebro do Archaeopterix e a característica
do encaixe do pescoso e afirmou que o Archaeopterix não é ancestral das aves, não
sendo seu cérebro, portanto, fusão entre cérebro de aves e dinossauros como sugeriu
Ostrom.
A maioria dos Paleontólogos reconhece que o Archaeopteryx foi um verdadeiro
pássaro, o Professor Heribert-Nilsson comentou vigorosamente que o Archaeopteryx
não é mais réptil que os pingüins atuais com as suas asas-barbatanas são formas
transitivas de peixes. O Archaeopteryx pode representar um grupo de organismos
distintos que mostraram as características de pássaros e répteis, sem necessariamente
ser uma forma transitiva entre estes, assim como as baleias têm características de
peixes e mamíferos, os pingüins, que têm asas amoldadas como barbatanas, e os
morcegos, que são mamíferos singulares por possuírem asas e voarem como os
pássaros, no entanto, sem ninguém os chamarem de formas transicionais, isto, sem
contar com o ornitorrinco, que por ser tão singular, com características de diversos
animais, ninguém se atreve a dizer que ele está evoluindo para uma nova espécie.
Além dos argumentos citados acima, há o principal, que é o ponto em comum em
todos os animais que são apresentados como transicionais: O fato de não haver
outros fósseis que provem uma seqüência evolutiva, pois, se o Archaeopteryx fosse
um elo, deveriam haver muitos outros elos mostrando gerações sucessivas de formas
transitórias (pois segundo os evolucionistas, ele estava evoluindo para se tornar
pássaro), iniciando, no caso do Archaeopteryx, com algum tipo de réptil com asas
semi-desenvolvidas, passando por outras espécies que mostram a evolução
gradativa destas asas, e enfim , apresentando fósseis de animais pouco mais
evoluídos que o Archaeopteryx, mostrando cada vez menos vestígios de répteis.
Mas, o Archaeopteryx é um fóssil isolado, sem formas transitórias anteriores ou
posteriores, havendo uma lacuna de 36 milhões de anos no registro fóssil entre o
Archaeopteryx e o grupo de animais mais aceito como seus supostos ancentrais, os
terópodes, e uma lacuna de 10 milhões de anos entre o Archaeopteryx e os primeiros
pássaros. Até agora, apesar de todas as buscas aos fósseis transicionais relacionados
a este animal, foram encontrados apenas mais fósseis de Archaeopteryx (totalizando
oito esqueletos). Não seria de se esperar que, ao invés de se encontrar apenas
Archaeopteryx, se encontrasse muitos outros animais em fases evolutivas diversas?
Portanto, mesmo que o Archaeopteryx fosse um verdadeiro réptil com penas, com a
falta de outros fósseis de animais transicionais, não há provas de que ele estava
evoluindo. A crença evolucionista de que o Archaeopteryx é descendente de répteis
ou dinossauros se sustenta apenas em anatomia comparada, ao afirmar que quanto
maior a semelhança entre espécies, mais próximo está o ancestral comum entre estas
espécies, porém, isto é argumentar em círculos, pois estas afirmações a respeito da
anatomia comparada também são conceitos da teoria da evolução, estando também
não sustentadas em fatos comprovados.
Com freqüência surgem manchetes, em jornais e revistas, anunciando que foram
localizados fósseis que vão revolucionar a teoria da evolução, e passado mais algum
tempo tudo volta à normalidade. Mesmo quando se afirma a descoberta de um elo
perdido, estudos mais aprofundados revelam a inconsistência desta afirmação.
Em 1998 foram descobertos, na China, fósseis de duas criaturas supostamente
transitórias entre dinossauros e aves, denominadas Caudipteryx zoui e
Protoarchaeopteryx robusta, que são bem semelhantes ao Archaeopteryx, portanto é
de se esperar o reconhecimento de vários cientistas de que estas criaturas são
simplesmente aves. Alguns evolucionistas já sugeriram que deve existir uma linha
evolutiva entre o Archaeopteryx, o Caudipteryx zoui e o Protoarchaeopteryx
robusta, porém esta afirmação não foi levada a sério nem mesmo pelos cientistas que
acreditam na teoria da evolução, pois estas criaturas, apesar de aparentarem serem
mais répteis que o Archaeopteryx, estando evidenciado que tinham também a
capacidade de voar, são cerca de 30 milhões de anos mais recentes que o
Archaeopteryx, portanto, pelo pensamento evolucionista dominante, que afirma que
as aves evoluíram dos répteis, estas espécies recém descobertas deveriam ser mais
parecidas com aves, por serem mais novas, ou, deveriam ser mais antigos que o
Archaeopteryx, por parecerem mais com répteis.
A suposta evolução do cavalo
Uma suposta seqüência evolutiva muito conhecida se refere ao cavalo, porém ela
não possui consistência científica, sendo apenas mais um fruto da imaginação.
Como qualquer outra forma de vida, os principais tipos de cavalos aparecem
abruptamente, sem quaisquer transições. Na série evolutiva atribuída ao cavalo
existem sérias discrepâncias no desenvolvimento do esqueleto, conforme segue:
EOHIPPUS: tinha 18 pares de costelas e 6 ou 7 vértebras lombares;
OROHIPPUS: tinha apenas 15 pares de costelas;
PLIOHIPPUS: aumentou para 19 pares de costelas e 8 vértebras lombares ;
EQUUS SCOTTI: voltou às 18 pares de costelas e 6 vértebras lombares.
(Os nomes das espécies aqui apresentados encontram-se na suposta ordem de evolução, conforme
apresentada pelos evolucionistas)
Qual o mecanismo evolutivo que faz uma espécie sofrer uma série de mutações que
alteram para menos o número de costelas e depois sofrer uma reversão em sentido
contrário, terminando até com um número maior de costelas do que o inicial e,
finalmente, retornar ao ponto de partida?
Os fósseis dos supostos ancestrais do homem
Os achados fósseis dos antepassados humanos
de 15 até 6 milhões de anos atrás são tão poucos
que caberiam numa caixa de sapatos.
comentário de Richard Leakey e Roger Lewin em seu livro
"O povo do lago"
Serão apresentado a seguir, de forma resumida, alguns equívocos, contradições e
uma fraude relacionados aos fósseis dos supostos ancestrais do ser humano, existem
muitos outros fatos que fragilizam os achados arqueológicos como sendo provas
favoráveis à teoria da evolução.
Australopithecines
Em 1924/1925 foram encontrados na África os primeiros fósseis dos
Australopithecines, primatas que foram considerados como sendo um dos ancestrais
do homem pelo fato de haver indícios de que eles conseguiam andar eretos por um
extenso período de tempo e também por terem sido encontrados artefatos primitivos
junto com seus ossos, o que não é muito divulgado ao público leigo é o fato de que
alguns exemplares tinham uma crista óssea no alto do crânio que certos
antropólogos declararam não poder apontar para o homem.
O Dr. Charles Oxnard e Solly Zuckerman, (conforme "Human Fossils: New Views of
Old Bones," The American Biology Teacher, Vol. 41, May 1979) usaram um
moderno e poderoso programa de análise de multivariáveis onde foram executadas
milhões de comparações simultaneamente em centenas de dimensões
correspondentes dos ossos de macacos viventes, humanos, e os Australopithecines.
O veredicto deles foi que o Australopithecines não são intermédios entre o homem
ou os macacos viventes. Esta técnica é bem superior às subjetivas técnicas visuais
analíticas da maioria dos antropólogos.
Afirmou-se que o Astralopithecus andava de pé, como o homem, por causa de certas
características pélvicas. Mas, C. E. Oxnard (em "The Place of the Asustralopithecine
in Human Evolution: Grounds for Doubt?" nature, vol. 258, pg 389) demonstrou que
os ossos do tornozelo da criatura em questão, que são essenciais para se andar sobre
os dois pés, "diferem mais do homem do que do macaco africano". Os macacos
africanos não podem andar em pé como nós. Ao que tudo indica, os
Australopithecines também não podiam. Os ossos do pé do Australophitecus foram
reconstruídos para se demonstrar como seus pés tinham aspecto humano. Oxnard
salientou que o pé igualmente incompleto de um chimpanzé poderia ser
reconstituído do mesmo modo.
Há também a questão do período em que existiram, muitos declaram ser recentes
demais para serem ancestrais do homem. Recentemente também foram publicadas
provas que indicavam que estes animais tinham braços longos, pernas curtas e
caminhavam apoiados nas costas das mãos, sendo parecidos com macacos existentes
atualmente na África, não sendo, portanto, nada mais que simples macacos.
Após a descoberta dos primeiros fósseis, discussões científicas foram inibidas por
algum tempo devido desavenças que envolviam ciúmes profissionais. Dando
continuidade à leitura desta página você verá que a ciência, de modo semelhante às
religiões ainda sofre graves prejuízos devido às falhas do caráter humano.
Ramapithecus
O Ramapithecus também é considerado por muitos como sendo um ancestral do
homem, conclusão tirada somente a partir de alguns dentes e fragmentos de maxilar,
únicos fósseis disponíveis, isto pode parecer inicialmente suficiente, ao leigo que
acredita que a teoria da evolução é tratada com seriedade, se forem aplicados
critérios e técnicas científicas para se chegar a tais conclusões, mas o que poucos
sabem é que nem sempre estes critérios ou técnicas existem ou podem ser aplicados,
e quando alguns poucos critérios ou técnicas são aplicados, muitas vezes geram uma
margem de erro tão grande que não permitem ser classificados como científicos, este
afirmação pode ser comprovada por um dos mais embaraçosos casos da história da
teoria da evolução, o Homem Nebraska.
Em 1961 o Ramapithecus foi destronado como o suposto primeiro homem, e em 1982
passou a ser considerado um mero parente extinto do orangotango (Roger Lewin,
Bones of Contention, pg 86). Foi constatado que atualmente existe na Etiópia um
gênero de babuíno com dentição e maxilares com as mesmas características do
Ramapithecus. Muitos antropologistas já concordam em que o Ramaphitecus não é
ancestral do homem, é tão somente um macaco.
Hesperopithecus (Homem Nebraska)
Numa famosa famosa exposição sobre evolução, chamada Scopes, realizada em
Dayton, Tennessee, o Homem Nebraska, também chamado de "Macaco do
Ocidente", foi apresentado por autoridades científicas como sendo uma prova da
evolução. Quando William Jennings Bryan protestou contra os seus argumentos e
insuficiência, foi ridicularizado.
Toda a evidência da evolução foi baseada em um dente que foi identificado como
pertencente a um homem pré-histórico que teria vivido a 1 milhão de anos atrás, foi
desenhada uma restauração onde até mesmo os músculos do pescoço foram
descritos e também chegou-se a escrever um artigo sobre o Sr. e a Srª.
Herperopithecus. A descoberta gerou bastante sensação durante um período de
quatro anos e meio, mas depois descobriram que o dente pertencera a uma espécie
de porco já extinta.
Pithecanthropus erectus (Homem de Java)
Também chamado de Homem Java, sua reconstituição foi baseada em um fêmur (o
maior osso da perna), uma caixa craniana e três dentes molares. O fêmur foi
encontrado a quase quinze metros da caixa craniana e com um intervalo de um ano,
um dos dentes foi desenterrado em outro local distante quase três quilômetros e
obviamente não pertencia a caixa craniana ou ao osso da perna, mas no relatório foi
incluído como pertencente ao mesmo hominídeo. Seu descobridor, Dr. Dubois,
escondeu durante 30 anos o fato de ter também descoberto, perto destes fósseis e na
mesma camada, caveiras humanas, o que prova que o homem existia juntamente
com estas criaturas. O fêmur provavelmente pertencia a um ser humano e a caixa
craniana a um macaco de grande porte. Depois de ter convencido muitos cépticos,
Dubois declarou ter mudado de opinião e concluiu que o Homem Java foi
provavelmente um macaco gibão e não um ancestral do homem, mas mesmo assim
foi colocado recentemente no mesmo gênero do homem e chamado de Homo
erectus.
Homem de Neanderthal
Em 1848, na pedreira Forbes, em Gilbratar, trabalhadores encontraram um crânio
fóssil quase completo. Este foi o primeiro fóssil do Homem de Neanderthal que foi
descoberto. Em 1856, no povoado de Neander, na Alemanha, foi encontrado um
esqueleto parcial do Homem de Neanderthal no solo de uma caverna, daí então
aquele fóssil humano recebeu o nome de Neanderthal. Como a teoria da evolução
estava sendo proposta e bem aceita pela filosofia humanista, dentro de poucos anos
o Homem de Neanderthal foi considerado o elo perdido entre primatas primitivos e
o homem moderno. Inicialmente foram feitas reconstituições simiescas do Homem
de Neanderthal, onde ele andava curvo, com a cabeça projetada para a frente e com
dedos dos pés enormes e divergentes similares aos dos macacos, a reconstituição
com semelhanças de macaco serviu de apoio e fortalecimento da teoria de Darwin,
porém com as descobertas de pegadas de hominídeos, preservadas, foi revelado que
milhões de anos antes do Homem de Neanderthal o pé dos hominídeos já era
completamente moderno.
O Homem de Neanderthal tem a estrutura do esqueleto semelhante ao do homem
moderno e sua capacidade craniana é superior, tendo 1550 centímetros cúbicos,
contra os 1450 centímetros cúbicos do homem europeu moderno.
Atualmente já se admite que o Homem de Neanderthal foi tão humano quanto nós, a
aparência inicialmente atribuída a ele ocorreu pelo fato de um cientista ter escolhido
um crânio e um esqueleto especiais como típicos de todos os Homens de
Neanderthal, mas este esqueleto estava longe de ser típico, pois pertencia a um velho
doente, curvado pela idade e que sofria de raquitismo, seria muito mais científico e
isento de idéias pré-concebidas escolher um esqueleto de um jovem saudável, que
posteriormente foram encontrados em abundância devido ao fato dos Neanderthais
sepultarem seus mortos.
Outra evidência de que o Homem de Neanderthal era simplesmente humano pode
ser observada pelo fato de que em Junho de 1999 o arqueólogo João Zilhão,
presidente do Instituto Português de Arqueologia, e o paleoantropólogo americano
Erik Trinkaus, da Universidade Washington, em Saint Louis, Estados Unidos
divulgaram a descoberta, em Portugal, de uma criança de 4 ou 5 anos, morta há
cerca de 25.000 anos, com a mandíbula delicada e os dentes pequenos, traços típicos
dos homo-sapiens negros e altos, e ossos dos braços e pernas grossos e curtos dos
neanderthais, de menor estatura, sugerindo que a criança era uma mistiça entre
neandertais e sapiens, uma mulata. Diante de muitas evidências, atualmente o
Homem de Neanderthal é chamado cientificamente de Homo Sapiens
Neanderthalensis, uma subespécie da espécie humana. O Homem de Neanderthal é
considerado subespécie unicamente devido ao fato de não mais existir, não podendo
lutar pela sua posição de ser considerado apenas uma das muitas raças humanas.
Não se divide a espécie humana em subespécies devido razões sociais óbvias, se os
Neanderthais ainda vivessem, não seriam considerados subespécie e sim mais uma
raça humana.
Homem Cro-Magnon
Foram encontrados esqueletos completos do Homem Cro-Magnon e sua capacidade
craniana também é maior que a do homem atual. O Dr Duane T. Gish Professor de
Ciências Naturais e Apologética, afirma que se o Homem Cro-Magnon existisse
atualmente e percorresse nossas ruas vestido como nós, passaria completamente
despercebido.
Eoanthropus Dawsoni (Homem Piltdown)
Em 1912 Charles Dawson anunciou a descoberta de um fragmento de maxilar, dois
dentes molares e um fragmento de crânio, foram as evidências aclamadas pelos
peritos como prova da existência de um homem-macaco que existiu entre 300 mil e 1
milhão de anos atrás.
Apenas em 1953, ou seja, mais de 40 anos depois, os cientistas começaram a
suspeitar que o fóssil era uma fraude. O osso maxilar era de um orangotango, os
dentes tinham sido trabalhados e os ossos coloridos e o crânio pertencera a uma
mulher comum.
A fraude era gritante, na ocasião da descoberta destes ossos alguém já declarou que
devia ser uma fraude, mas os cientistas ignoraram inúmeras evidências. A facilidade
com que as autoridades científicas foram ludibriadas mostra o poder da influência
de idéias pré-concebidas existentes entre os evolucionistas, que anulam a razão para
defender suas convicções, deixando cientistas e religiosos em pé de igualdade no
que diz respeito à fé pura e incondicional.
Homologia
Pelo menos desde os tempos de Aristóteles, pessoas que estudam organismos vivos
notam certas semelhanças entre seres muito diferentes. Borboletas e morcegos são
bastante diferentes um dos outros, contudo ambos têm asas para voar; Morcegos
voam e baleias nadam, são bem diferentes, porém os ossos na asa de um morcego e
nadadeira de uma baleia são notavelmente semelhantes. O primeiro tipo de
semelhança citada, ou seja, a que envolve estruturas diferentes que executam a
mesma função, foi denominada, em 1943, pelo anatomista , de "analogia", e o
segundo tipo de semelhança, que envolve estruturas semelhantes que executam
funções diferentes, foi chamada, por Owen, de "homologia".
Owen, e outros biólogos pré-darwinianos, atribuíram a homologia à existência de
um criador em comum, havendo um desígnio sobrenatural.
Anatomia Comparada
Em 1859, Charles Darwin propôs uma explicação naturalista para a homologia,
afirmando que muitos organismos vivos possuem certas semelhanças porque as
herdaram de um antepassado em comum, de modo geral, quanto maior a
semelhança na estrutura corporal, tanto mais próximo está o ancestral comum;
quanto menor a semelhança, tanto mais remota é a relação de descendência.
A semelhança entre estruturas ou organismos homólogos são usadas como
"evidências" de que determinadas criaturas evoluíram de um ancestral comum,
porém, esta é uma grande falácia da teoria da evolução, é argumentar em círculos,
pois usa-se a homologia como evidência da evolução, mas a própria homologia só
pode existir se realmente existe evolução, pois, semelhanças não indicam
necessariamente a existência de um ancestral em comum. Quando observamos que
duas pessoas são muito parecidas podemos "desconfiar" que elas têm um ancestral
próximo em comum (pai ou avô, por exemplo), mas para afirmar que estas pessoas
são realmente parentes próximos é necessário comprovar através de alguma forma,
pois muitas pessoas são parecidas sem que haja vínculos de parentesco próximo,
como por exemplo, atores e seus dublês. Por isto, para se sugerir que organismos ou
estruturas semelhantes possuem um ancestral em comum, é necessário que o
registro fóssil aponte para este antepassado, no caso da asa do morcego e a
nadadeira da baleia, seria necessário localizar fósseis que indicassem divergência
gradual a partir de um suposto antepassado em comum, porém, mesmo assim,
poderia ser apenas uma suposição e não uma prova, pois, simplesmente reunir
fósseis de organismos com estruturas semelhantes, mesmo aparentando uma
suposta evolução gradual (como é feito no caso do cavalo), é insuficiente para excluir
a hipótese de existência de um criador ou desígnio comum. O problema foi
ilustrado, sem querer, pelo biólogo Tim Berra, em 1990, em seus livro "Evolution
And the myth of creationism" (Stanford University Press). Segundo Berra, "Se você
olha um Corvette 1953 e o compara com o mais recente modelo, só as semelhanças
mais gerais são evidentes, mas se compara um modelo de 1953 e um 1954, lado a
lado, e um 1954 com um 1955, e assim por diante, a herança com modificação é
preponderantemente óbvia. Isto é o que paleontólogos fazem com fósseis, e a
evidência é tão sólida e inclusiva que não pode ser negada por pessoas
razoáveis..."(pág. 117, ênfase no original). Como o título de seu livro indica, o
propósito primário de Berra é mostrar que os organismos vivos são resultantes de
evolução natural e não desígnio sobrenatural. Porém, semelhanças estruturais entre
automóveis, até mesmo semelhanças entre modelos mais velhos e mais novos (que
Berra chama de "herança com modificação"), são devidas à construção de acordo
com padrões preexistentes ou projeto, as modificações se deram, no caso do
automóvel, em virtude do desenvolvimento de projetos feitos por engenheiros
automobilísticos (ou designers). Então, ironicamente, o exemplo de analogia de Berra
não apenas são insuficientes para excluir explicações baseadas em um desígnio
(criacionismo), como também é um ótimo exemplo de estruturas que aparentam
evolução mas que são resultantes da execução de projetos de criadores inteligentes.
"Quando o Professor Simpson diz que homologia é evidência de ascendência, ele
está usando o argumento circular tão característico do razoamento evolutivo.
Quando ele acrescenta que esses desenvolvimentos podem ser descritos sem
evidência paleontológica, ele está tentando reavivar a especulação fácil e
irresponsável que por tantos anos, debaixo da influência da mitologia darwiniana,
impediu o avanço da biologia".
(Evolution and Taxonomy, Studia Entomologica, vol 5, outubro de 1962, pág. 567).
Homologia e Genética
Na década de 1930 a evolução passou a ser explicada como uma mudança na
freqüência de genes, e várias décadas depois a descoberta da estrutura e função das
moléculas de DNA estenderam esta explicação para o nível molecular.
De acordo com a teoria evolutiva neo-darwiniana, um programa genético codificado
em DNA dirige o desenvolvimento embrionário; o processo de reprodução transmite
este programa à gerações subseqüentes, mas mutações no DNA às vezes modificam
isto (herança com modificação), assim os descendentes do organismo original podem
possuir estruturas que são semelhantes mas não idênticas (homólogas). Nenhum
desígnio é requerido, sendo a explicação completamente naturalista. Isto levou o
biólogo molecular Jacques Monod a sentir-se confiante para anunciar que "o
mecanismo do Darwinismo é finalmente fundamentado com firmeza" e que como
uma conseqüência "o homem tem que entender que ele é um mero acidente" (citado
em Judson, Horace Freeland (1980). The Eighth Day of Creation. New York: Simon &
Schuster, pág. 217).
No entanto, os esforços para correlatar a evolução com mudanças genéticas não
tiveram muito êxito.
Detalhados estudos a nível molecular falharam em demonstrar a correspondência
esperada entre mudanças genéticas e os tipos de mudanças em que organismos que
constituem o "material de evolução" (Lewontin, 1974, pág. 160). De acordo com
Rudolf Raff e Thomas Kaufmam, evolução através de mutações de DNA "é
largamente desacoplada da evolução morfológica", o "mais espetacular" exemplo
disto é a dessemelhança morfológica entre humanos e chimpanzés, apesar de uma
semelhança de 99% em seus DNAs (Raff, Rudolf A. e Kaufman, Thomas C. (1983).
Embryos, Genes, and Evolution. New York: Macmillan, pág. 67, 78).
Alguns biólogos sugerem que aquele 1% de genes diferentes entre humanos e
chimpanzés consistem em "genes reguladores" que têm efeitos profundos no
desenvolvimento e que algumas mutações nestes genes podem responder por
diferenças drásticas. Por exemplo, mudanças em determinados genes, chamados
homeóticos, podem transformar a antena de uma mosca em uma perna ou produzir
dois pares de asas onde haveria normalmente um único par, além disto, genes bem
semelhantes, a estes genes encontrados em moscas, foram achados na maioria dos
outros tipos de animais, inclusive mamíferos. Baseado nos profundos efeitos
desenvolventes e ocorrência quase universal de tais genes, o biólogo Eric Davidson,
e seus colegas, recentemente escreveram que "formas morfológicas modernas em animais
evoluem de mudanças resultantes em programas geneticamente codificados de ajuste
desenvolvente" (Davidson, E. H., Peterson, K. J. and Cameron, R. A. (1995). "Origin of
Bilaterian Body Plans: Evolution of Developmental Regulatory Mechanisms", Science
270:1319-1325).
De acordo com esta visão, características homólogas são programadas através de
genes semelhantes. Assumindo que genes com sucessões semelhantes são
improváveis de se originar de mutações fortuitas independentes, semelhança de
sucessão indicaria ascendência comum. Poderia ser deduzido que características
produzidas por sucessões genéticas semelhantes são filogeneticamente homólogos,
porém, a universalidade de genes homeóticos geram um sério problema para esta
visão. Embora ratos têm um gene bem parecido com aquele que é capaz de
transformar a antena de uma mosca em uma perna (antenapedia), ratos não têm
antenas e seu gene correspondente afeta a parte posterior do cérebro (nem antena,
nem perna) e embora ratos e parte das moscas têm gene semelhante que afeta o
desenvolvimento dos olhos, o olho de múltiplas faces da mosca é profundamente
diferente de um olho de rato. Em ambos os casos (antenapedia e olhos), genes
semelhantes afetam o desenvolvimento de estruturas que não são homólogas pela
definição morfológica clássica ou pós-darwiniana. Se genes semelhantes podem
"determinar" tais estruturas radicalmente diferentes, então estes genes parecem estar
funcionando como interruptores binários que influem nas informações genéticas, das
estruturas, que residem em outros pontos do código genético (conf. Jonathan Wells,
1996, "Unseating Naturalism: Recent Insights from Developmental Biology."
Apresentou numa conferência sobre Mera Criação: Reclaiming the Book of Nature
(Reformando o Livro da Natureza), Biola University, Los Angeles.).
Não apenas estruturas não homólogas são produzidas por organismos com genes
supostamente homólogos, mas também organismos com genes diferentes podem
produzir estruturas semelhantes. Experiências com moscas podem criar formas
mutantes do gene do olho de forma que não são desenvolvidos olhos, mas se são
criadas moscas cegas (sem olhos) por muitas gerações, alguns descendentes passam
a nascer com olhos, embora estes descendentes ainda possuam o gene em sua forma
mutante. Tais anomalias conduziram o embriólogo Gavin de Beer a concluir que
"estruturas homólogas não precisam ser controladas por genes idênticos" e que "a
heranças de estruturas homólogas de um antepassado comum... não pode designar a
identidade do genes" (de Beer, Gavin (1971). Homology: An Unsolved Problem.
London: Oxford University Press, pág. 15-16).
Homologia e Proteínas
Na década de 1950 surgiram métodos para determinar as seqüências de proteínas,
tornou-se possível comparar a seqüência de proteínas análogas em organismos
diferentes, assim foi possível comparar a hemoglobina humana com a hemoglobina
de cavalos para se verificar se estas duas espécies têm a mesma seqüência de
aminoácidos, pois segundo a teoria da evolução, em algum momento (estimado
atualmente em 100 milhões de anos atrás), estas duas espécies tiveram um ancestral
em comum. A resposta foi enigmática: as hemoglobinas eram muito parecidas, mas
não idênticas. Seus aminoácidos eram os mesmos em 129 das 136 posições em uma
cadeia de proteínas da hemoglobina, mas diferente nas restantes. Quando se
descobriram as seqüências das hemoglobinas de macaco, galinha e rã, elas puderam
ser comparadas com a hemoglobina humana e entre si. A hemoglobina de macacos
apresenta 5 diferenças em relação as de seres humanos; as de galinhas (aves)
mostram 26 diferenças e, as de rãs (anfíbios), 46. Diante destas semelhanças, muitos
pesquisadores concluíram que seqüências semelhantes davam apoio substancial à
tese da descendência de um ancestral comum. Evolucionistas, diante da falta de
registros fósseis que verdadeiramente provassem a evolução, viram a biologia
molecular como a salvadora virtual da biologia evolutiva, porém, esta confiança
durou pouco tempo, pois, com o surgimento de novas descobertas, descobriu-se que
não era possível estabelecer qualquer tipo de série evolutiva a partir de seqüências
dos aminoácidos das proteínas. Alguns evolucionistas dizem que as proteínas
podem informar muito a respeito da história evolutiva, mas, o problema está no fato
de que cada proteína conta uma história diferente.
Descobriu-se que a hemoglobina da lampreia (um tipo de peixe) é muito parecida
com a hemoglobina humana, e que a clorofila em plantas e a hemoglobina humana
difere em maquilagem química apenas em uma molécula de magnésio, que é trocada
por uma molécula férrea. Evidentemente, a teoria da evolução não sugere que temos
ancestrais comuns próximos com árvores ou lampreias!
A proteína Citocromo C (uma enzima) é bem parecida entre humanos e chimpanzés
(uma diferença de apenas um aminoácido), porém, usando esta proteína para
concluir a existência do último ancestral comum entre duas espécies, fica-se em
situação confusa, pois a tartaruga, que é réptil, é mais parecida com o ser humano
(mamífero) e pássaros, que com serpentes, que também são répteis.
Humanos e porcos têm uma diferença de 18 entre 32 aminoácidos (insulina distinta)
de Calcitonin (que abaixa níveis de cálcio no sangue), mas o homem difere em
somente 15 aminoácidos quando comparado ao salmão, que é um peixe!
Além dos exemplos que aqui foram apresentados, há muitos outros. O Dr. James
Farris, que desenvolveu alguns dos métodos mais usados para se determinar
"distância molecular", conclui que o uso de dados de distâncias moleculares em
análise filogenética é muito questionável:
"Parece que a única conclusão geral que alguém pode extrair é que nada sobre
técnicas atuais para analisar dados de distâncias moleculares é satisfatório...
Nenhuma das medidas conhecidas de distância genética parece capaz de provar um
método logicamente defensável".
Ainda se pode encontrar textos que mostram a análise de proteínas em harmonia
com a teoria da evolução (como o caso citado da comparação da seqüência de
aminoácidos da hemoglobina de humanos com a hemoglobina de cavalos, macacos,
galinhas e rãs), porém isto se dá apenas devido à omissão de muitas outras
comparações de proteínas de outros organismos, isto faz com que se crie uma falsa
idéia de amparo para a homologia no campo da bioquímica, esta é a tendência dos
evolucionistas para manter o dogma da teoria da evolução, ignorando a infinidade
de dados que são incompatíveis. Mesmo que se crie uma teoria do tipo "ad hoc" para
justificar as contradições e falta de possibilidade de estabelecer qualquer tipo de
série evolutiva, esta teoria poderá apenas dar uma desculpa para a falta de vínculos
entre as seqüências de aminoácidos das proteínas e a teoria evolutiva, mas nunca
poderá utilizar-se eficazmente das análises bioquímicas como algo que ampare
verdadeiramente a teoria da evolução.
Teoria da Recapitulação Embrionária
(LEI BIOGENÉTICA)
Darwin considerava como uma das melhores evidências de sua teoria evolutiva, a
perceptível semelhança entre os embriões vertebrados em suas fases iniciais de
desenvolvimento. Em sua obra "A Origem das Espécies", ele observou que os
embriões de mamíferos, pássaros, peixes e répteis são inicialmente semelhantes, mas
quando estão totalmente desenvolvidos são extensamente dissimilares, por isto, ele
concluiu que estas semelhanças mostravam a condição dos ancestrais de cada
espécie quando adultos (pp.338, 345), ou seja, Darwin acreditou que o
desenvolvimento embrionário mostrava as etapas da evolução ocorrida na espécie
da qual pertencia o embrião, isto foi chamado de "recapitulação".
Com base em observações no desenvolvimento embrionário, o zoólogo e ateu
alemão Ernst Haeckel propôs, em 1868, a "lei biogenética", também chamada "lei da
recapitulação", que procurava confirmar as observações darwinianas e que se
resumia na frase "ontogenia recapitula a filogenia", isto é, o desenvolvimento do
indivíduo (ontogenia) recapitula, ou repete, o da espécie (filogenia).
Assim, no caso do embrião humano, por exemplo, o enredo da recapitulação é algo
parecido com o que segue:
O ovo fertilizado começa como uma única célula (igual à primeira célula viva que
surgiu no planeta);
Com as repetidas divisões da célula-ovo, surge um embrião com um arranjo
segmentado (a fase "lombriga");
Os segmentos desenvolvem-se em vértebras, músculos e algo que se aparenta com
brânquias ( a fase do "peixe");
Surgimento de rudimentos de membros (mãos e pés) que parecem servir para
nadar, também aparece um "rabo" (a fase do anfíbio);
Por volta da oitava semana de desenvolvimento, a maioria dos órgãos está quase
completa, os membros desenvolvem os dedos e o "rabo" desaparece (a fase
humana).
Logo após Haeckel propor sua "lei", colocando em destaque as semelhanças gerais
entre os embriões vertebrados e ignorando completamente suas significativas
diferenças, muitos distintos embriólogos, de sua própria época, criticaram seu
trabalho, como, por exemplo, Jane Oppenheimer, em "Essays in the History of
Embryology and Biology" (MIT Press, 1967 pág. 150), disse que o trabalho de Haeckel
"era a culminação do extremo que seguiu Darwin", lamentando que "as doutrinas de
Haeckel eram cega e incriticavelmente aceitadas" e que causavam atraso no curso do
progresso de ciência embriológica. O embriólogo Erich Blechschmidt considerava a
"lei da biogenética" um dos erros mais sérios da história da biologia. Em seu livro
"The Beginnings of Human Life" (Springer-Verlag Inc., 1977, pág. 32), Blechschmidt
disse a respeito da "lei" de Haeckel:
"A Lei fundamental denominada biogenética está errada. Nenhum mas ou se pode
mitigar este fato. Nem mesmo um minúsculo pedaço está correto ou corrigido em
uma forma diferente. Está totalmente errada".
Apesar da falta de consistência da lei biogenética, e as bem fundamentadas críticas
de muitos renomados embriólogos contra esta suposta ‘lei", ela permaneceu
inabalada e se popularizou, pois era muito atraente para os evolucionistas.
Em seu livro "Natürliche Schöpfungs-geschichte" (A história natural da Criação),
publicado no idioma alemão em 1868, e em inglês no ano de 1876 com o título "The
History of Creation", Haeckel usou um desenho do 25º dia de um embrião de cachorro
que tinha sido anteriormente publicado por T. L. W. Bischoff, em 1845, e um desenho
da 4ª semana de um embrião humano, publicado em 1851-59 por A. Ecker. O famoso
embriólogo comparativo e professor de anatomia na Universidade de Leipzig,
Wilhelm His, descobriu a frade de Haeckel em 1874.
Haeckel havia somado 3,5 mm ao desenho da cabeça do embrião de cachorro,
desenhado por Bishoff, e subtraído 2 mm do desenho da cabeça do embrião humano
desenhado por Ecker, dobrou a duração do posterior humano e alterou
substancialmente os detalhes do olho humano. Wilhelm demonstrou também que
não havia nenhuma desculpa para a inexatidão dos desenhos, deixando claro que
tudo não passava de uma fraude descarada, a lei da biogenética não tinha
fundamentos.
Acusado de fraude por cinco professores e condenado por um tribunal universitário
de Jena, Heckel confessou que uma pequena porcentagem de seus desenhos
embrionários eram falsificações. Argumentou que estava somente preenchendo e
reconstruindo os elos quando a evidência estava magra, ele reivindicou
desavergonhadamente que muitos outros dos melhores observadores e biólogos
fazem coisas semelhantes.
Em uma carta enviada para Müchener Allegeneine Zeitung, um semanário
internacional para Ciência, Arte e Tecnologia, publicada em 09 de janeiro de 1909,
Haeckel disse que o número de quadros "falsificados" (termo usado pelo Dr. Brass,
um dos seus críticos) eram possivelmente 6 ou 8 em 100 e visavam preencher os
buracos da série de desenvolvimento, por hipóteses.
Apesar da lei biogenética ter surgido a partir de fraudes e ter sido desacreditada
cientificamente desde os tempos de Haeckel, mostrando-se uma idéia totalmente
falsa, ela foi posteriormente ensinada como evidência da evolução em escolas e
universidades, e ainda é hoje incluída em muitos livros de biologia e tem alguns
adeptos, é um dogma evolutivo profundamente arraigado. Em uma pesquisa
realizada em 1980, verificou-se que, dos quinze livros de ensino de biologia adotados
pelas escolas secundárias do Estado de Indiana (E.U.A.), nove apresentam a teoria
da recapitulação embrionária como evidência da evolução.
Já, em 1962, Willian H. Matthews III, professor de Geologia na Faculdade Estadual
de Lamar, defendendo a teoria da evolução em sua obra "Fossils", Nova Iorque:
Barnes and Noble, pág. 158, escreveu:
"Um estudo dos primeiros estágios do desenvolvimento das plantas e animais oferece apoio
adicional para a relação evolutiva entre as formas de vida simples e as complexas de vida. É
um fato estabelecido que, nos primeiros estágios, os embriões de animais possuem estruturas
que se assemelham às de animais adultos menos altamente desenvolvidos".
Matthews prossegue citando o exemplo de "fendas de brânquias" nos embriões de
anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos. Dia ele:
"Os evolucionistas consideram essas fendas de brânquias como uma relíquia do passado"
E continua:
"Essas e outras observações embriológicas deram lugar à lei biogenética ou lei da
recapitulação. Essa lei declara que a ontogenia recapitula a filogenia, isto é, o
desenvolvimento do indivíduo (ontogenia) recapitula, ou repete, o da raça (filogenia). A Lei
biogenética parece concordar com estudos feitos sobre a natureza dos sucessivos graus de
crescimento das plantas e animais, dando assim apoio à teoria da evolução orgânica".
Paul Ehrlich, comentando a respeito destas supostas brânquias, disse:
"...estas negligências foram mostradas quase universalmente por autores modernos,
mas a idéia ainda tem um lugar proeminente na mitologia biológica" (The Process
of Evolution, 1963, pág. 66).
Observações que evidenciam que a lei biogenética é falsa já são realizadas desde,
pelo menos, 1901. A. P. Pavlov ("Le Cretace inferior de la Russe et as faune", Nouv.
Mem. Soc. Nat, Moscov Novv Serie XVI livr. 3, 1901, pág. 87, citado por Leo Berg,
Nomogenesis,trd. Por J. N. Rostovtsov, Cambridge: MIT Press, 1969, pág. 74)
descobriu que:
"A prole de certas amonites possui características que desaparecem no estágio
adulto, enquanto as mesmas características reaparecem subseqüentemente nos
representantes mais altamente organizados do mesmo grupo, pertencentes a espécies
que ocorrem em estratos geológicos mais recentes".
Leo Berg (em Nomogenesis, pp. 108 e 109), comentando acerca da teoria da
recapitulação, propagou a idéia de que os embriões não recapitulavam a história
evolutiva de suas espécies, mas apenas para onde ela evoluía. Ele demonstrou que o
cérebro dos embriões dos pássaros se parecia mais com os cérebro dos mamíferos do
que com o dos anfíbios. Esta condição persiste durante um terço da existência do
embrião. A face do embrião de galinha, segundo ele, é bem semelhante à de um ser
humano. No primeiro estágio de desenvolvimento, as mandíbulas embrionárias de
todos os mamíferos são tão curtas quanto as do homem. Essa semelhança não
deveriam existir, se a lei biogenética fosse verdadeira.
A maioria das autoridades descarta a teoria da recapitulação, atualmente. Shumway
e Adamstone concluíram:
"Torna-se difícil, se não impossível, desenhar uma árvore genealógica dos
vertebrados com base apenas em dados embriológicos. Assim sendo, a teoria da
racaptulação não é aceita e aplicada tão livremente como antes" (Introdution to
Vertebrate Embriology, Nova Iorque: John Wiley and Sons, 1954, pág. 5).
Robert H. Dott e Roger L. Batten admitem:
"Muita pesquisa tem sido realizada no campo da embriologia desde os dias de
Haeckel e sabemos que existe um número excessivo de exceções nesta simples
analogia, e que a ontogenia não reflete exatamente o curso da evolução. Por
exemplo, sabemos que os dentes se desenvolveram antes da língua nos vertebrados,
todavia, no embrião, a língua aparece primeiro" (Evolution of the Earth, St. Louis:
McGraw-Hill Book Co., Inc., 1971, pág 86).
Muitos evolucionistas parecem não ouvir as advertências que diversos embriólogos
fizeram e fazem ocasionalmente. Em 1976, o embriólogo William Ballard (que
segundo Richard Elinson, cunhou o termo "pharyngula") lamentou o fato de que
tanta energia continua sendo "desviada na atividade do século XIX, essencialmente
infrutífera, de dobrar os fatos da natureza para apoiar generalidades de segundo
plano. Ballard concluiu que é "só por truques semânticos e seleção subjetiva de
evidências" que se pode defender a teoria da recapitulação (Ballard, 1976, pág. 38).
As grandes dissimilaridades dos embriões
O conjunto de 24 desenhos apresentados ao lado, são de autoria de Haeckel, e foram
publicados pela primeira vez em 1866 em seu trabalho chamado "Generalle
Morphologie der Organismen", e republicados em 1874, em sua obra "Anthropogenie",
onde ele pretendeu mostrar embriões de peixe, salamandra, tartaruga, galinha,
porco, vaca, coelho e ser humano em três fases de
desenvolvimento (cada coluna [vertical] pertence a uma espécie). Ninguém, até
recentemente, se deu ao trabalho de verificar se estes desenhos também não se
tratavam de fraudes, presumia-se que tais imagens estão, pelo menos, próximas da
verdade, sendo que estas imagens ainda podem ser encontradas em recentes livros
de ensino e trabalhos populares sobre teoria da evolução.
Em 1997, o Dr. Michael K. Richardson, conferencista e embriólogo no St George’s
Hospital Medical School, Londres, expôs esta fraude adicional em um artigo do
jornal Anatomy and Embryology (Michael Richardson et al, 196(2):91–106, 1997),
recentemente revisado em Science (Elizabeth Pennisi, "Haeckel's Embryos: Fraud
Rediscovered", 277(5331):1435, September 5, 1997) e New Scientist ("Embryonic fraud
lives on", 155(2098):23, September 6, 1997).
Richardson disse que ele sempre sentia que havia algo de errado com os desenhos de
Haeckel, porque eles não se enquadraram com o seu conhecimento, entendendo que
as taxas às quais peixes, répteis, pássaros, e mamíferos se desenvolvem, têm suas
características distintas. Richardson não encontrou nenhum registro de qualquer um
que tenha comparado, de fato, os embriões destas espécies. Ninguém citou qualquer
dado comparativo em defesa da idéia.
Richardson formou uma equipe internacional para examinar e fotografar a aparência
externa de embriões de uma grande quantidade de espécies de vertebrados, nos
estágios descritas por Haeckel.
A equipe colecionou embriões de 39 criaturas diferentes, inclusive marsupiais da
Austrália, sapo de árvores de Porto Rico, serpentes da França, e um embrião de
jacaré da Inglaterra. A equipe concluiu que os embriões de espécies diferentes são
muito diferentes entre si. De fato, eles são tão diferentes que os desenhos feitos por
Haeckel possivelmente não poderiam ter sido feitos a partir de observações em
espécimes reais.
Na primeira linha, os desenhos de Haeckel, de vários embriões diferentes,
mostrando incrível semelhança em uma determinada fase do desenvolvimento.
Na segunda linha, as fotografias de Richardson de como os embriões realmente são,
na mesma fase de desenvolvimento citada por Haeckel. Comparando as duas linhas,
percebe-se claramente que os desenhos de Haeckel não se basearam em qualquer
observação real.
Da esquerda para direita: Salmo salar (peixe), Cryptobranchus allegheniensis
(salamandra) , Emys orbicularis (tartaruga), Gallus gallus (galinha), Oryctolagus
cuniculus (coelho), Homo sapiens (ser humano).
O real desenvolvimento dos embriões vertebrados
Embora seja verdade que os embriões de vertebrados são um pouco semelhantes em
certa fase do desenvolvimento, nas primeiras fases eles são radicalmente
dissimilares. Depois da fertilização, embriões animais sofrem um processo chamado
"divisão", onde o ovo fertilizado divide-se em centenas ou milhares de células
separadas e , nesta fase, cada grupo principal de animais segue um padrão distinto,
entre vertebrados, por exemplo, peixes, mamíferos, pássaros e répteis são muito
diferentes (Gilbert, S. F.: 1994. Developmental Biology, 4th ed. Sunderland, MA.:
Sinauer Associates).
Na fase "gastrulação" as células dos embriões animais movem-se e se reorganizam
para gerar tecidos e estabelecer a estrutura geral do corpo. As conseqüências deste
processo são tão significantes que o embriólogo Lewis Wolpert escreveu que "não é o
nascimento, matrimônio ou morte, mas a gastrulação que verdadeiramente é o
evento importante em sua vida" (Wolpert, L.: 1991. The Triumph of the Embryo.
Oxford: Oxford University Press, p. 12). Como os padrões de divisão, padrões de
gastrulação variam notadamente entre os principais grupos de animais, inclusive as
classes diferentes de vertebrados (Elinson, R. P.: 1987. Change in Developmental
Patterns: Embryos of Amphibians with Large Eggs. In Development as an Evolutionary
Process,ed. R. A. Raff and E. C. Raff, Vol. 8, pp. 1-21. New York: Alan R. Liss).
Somente depois da fase de gastrulação, os embriões de mamíferos, pássaros, peixes e
répteis começam a se assemelhar um ao outro. Na fase "faríngula", todos os embriões
vertebrados parecem vagamente com um peixe minúsculo, com uma cabeça
proeminente e um rabo longo. A região do pescoço dos embriões vertebrados, tem,
nesta fase, minúsculos cumes e entalhes que os recapitulacionistas dizem ser fendas
de brânquias. nas fases posteriores à "faríngula" os embriões tornam-se bem
dissimilares.
É fato bem estabelecido que o embrião humano (e dos outros mamíferos), nunca
tem brânquias em qualquer sentido da palavra. A absurda noção de existência de
brânquias é baseada na presença de cumes e entalhes na região do pescoço do
embrião (chamados arquéias faringeais e bolsas), que têm uma semelhança
superficial com brânquias. Enquanto arcos visualmente semelhantes desenvolvem-se
como brânquias em peixes, o desenvolvimento dos arcos em mamíferos não tem
nada em comum com brânquias e nem mesmo com o sistema respiratório, eles se
transformam em parte da face, músculos de mastigação e expressão facial, ossos do
ouvido mediano e glândulas paratiróides (Lehman, H. E.: 1987, Chordate
Development, 3d ed. Winston-Salem, NC: Hunter Textbooks). Comparar estes arcos e
bolsas com brânquias, é o mesmo que comparar uma bola de ping-pong com um ovo
de galinha, a aparência é apenas superficial.
Teoria da Evolução - conclusão
É admirável o trabalho de Antropologos, Paleontólogos, Biólogos e de outros
Cientistas que têm colaborado com o enriquecimento do conhecimento humano e
conseqüentemente do progresso. O que este trabalho sobre evolução procura fazer é
colaborar para não permitir que uma teoria não comprovada seja imposta como fato
indiscutível, de forma semelhante à imposição da teoria criacionista no final do
século XIX, que procurou se manter em sua posição sem debates justos. Para aquela
época parecia mais racional crer na evolução, mas o tempo, com o silêncio das novas
descobertas arqueológicas no que se refere à evolução e com o desenvolvimento da
engenharia genética, esta teoria deve ser reavaliada e estudada com reservas.
Com toda a capacidade humana de se pesquisar, observar, fazer experiências,
analisar os resultados e fazer novas descobertas, ainda não foi possível entender e
nem mesmo mapear ou decifrar o código genético humano e não se criou nada que
possa ser considerado vivo a partir de matéria inorgânica ou morta, nem ao menos
se conseguiu, por exemplo, criar um mecanismo com o mesmo tamanho e
funcionalidade que uma abelha ou criar um computador realmente inteligente,
mesmo tendo o cérebro humano como modelo para ser estudado e copiado, se o
homem, com todas suas virtudes racionais para entender e criar ainda não conseguiu
estas façanhas, como a natureza conseguiria? Se atribuirmos qualidades especiais de
criação para a natureza, simplesmente estaríamos a classificando como Deus, só que
com outro nome.
Pode-se encontrar um relógio e concluir que não houve um projetista para este
objeto? Quem tem o mínimo conhecimento sobre genética sabe que qualquer célula
viva é mais complexa e engenhosa que um relógio, porém a "lavagem cerebral" sobre
evolução nos leva a crer que a vida surgiu acidentalmente desafiando a
probabilidade e leis da física. Um evolucionista, ciente de tudo isto e que ainda é
inflexível em suas "crenças" deve ser admirado por sua "fé" incondicional, como
afirma Denton, na obra Evolution:
A evolução exige bastante fé: uma fé nas proteínas-L (levo-moléculas) que desafiam
a formação por acaso; fé na formação de códigos de DNA que, se fossem gerados
espontaneamente, iriam resultar apenas em pandemônio; fé num ambiente primitivo
que na realidade iria devorar ferozmente quaisquer precursores químicos da vida; fé
em experiências (sobre a origem da vida) que nada provam senão a necessidade de
uma inteligência no princípio; fé num oceano primitivo que não tornasse mais
espessos, mas diluísse irremediavelmente os produtos químicos; fé nas leis naturais,
inclusive as leis da termodinâmica e biogênese que na verdade negam a
possibilidade da geração espontânea da vida; fé em revelações científicas futuras
que, quando compreendidas, sempre parecem apresentar mais dilemas para os
evolucionistas; fé nas probabilidades que contam traiçoeiramente duas histórias uma negando a evolução, a outra confirmando o Criador; fé em transformações que
permanecem fixas; fé nas mutações e na seleção natural que não passam de uma
dupla negativa da evolução; fé nos fósseis que embaraçosamente revelam fixação no
tempo, e ausência regular de formas de transição; ...fé num tempo que só promove a
degradação na ausência de uma mente; e fé no reducionismo que acaba por reduzir
os argumentos materialistas a zero e reforçar a necessidade de invocar um Criador
sobrenatural.
A religião evolucionista é consistentemente inconsistente. Os cientistas se apóiam
sobre a ordem racional do universo para as suas realizações, todavia, os
evolucionistas nos dizem que o Universo racional teve um início irracional do nada.
Devido à falta de conhecimento sobre os mecanismos e estruturas, a ciência não
pode sequer criar um simples graveto. Todavia, a religião evolucionista fala com
ousado dogmatismo sobre a origem da vida.
Existem outras teorias que procuram explicar a origem da vida e do homem, uma
das mais aceitas atualmente declara que a vida tem origem extra-terrestre
(panspermia), mas se assim for, a polêmica continuaria, só mudaria de endereço,
surgiria a questão de como a vida surgiu fora da Terra e mesmo assim sua origem
apontaria para um criador, por esta razão e as outras já apresentadas, crer que Deus
criou a vida, sem evolução, torna-se uma possibilidade com amparo científico.
Muitas pessoas acreditam na teoria da evolução simplesmente porque acham
impossível que tantos competentes cientistas possam estar enganados, e outras
pessoas, quando se deparam com algumas sérias refutações contra a teoria da
evolução, como, por exemplo, o reduzido número de fósseis que mostram alguma
evidência da evolução, logo aceitam justificativas de nível que normalmente não
aceitariam em outras circunstâncias, como, por exemplo, a justificativa dos saltos
abruptos da evolução (o que procura justificar o pequeno número de fósseis
supostamente transitórios), porém, a história nos alerta sobre estas atitudes.
Em 1702, ou seja, já na era da ciência moderna, com os rigores da metodologia
científica, surgiu a teoria do flogístico, que se dispunha a explicar composições,
reações e processos químicos. Os experimentos científicos com zinco e fósforo
pareceram provar a teoria do flogístico e foi tão bem aceita pelos cientistas que era
tida como fato incontestável e os fatos embaraçosos eram astutamente assimilados e
justificados, criando-se explicações para encobrir as provas contrárias à existência do
flogístico, os fatos tinham que curvar-se à "verdade" do flogístico e não eram aceitas
teorias alternativas. Apenas descobertas bem posteriores à criação da teoria, como
em 1757, a descoberta do ácido carbônico, entre 1771 e 1774, as descobertas do
oxigênio (ar deflogisticado), do azoto (ar flogisticado), do bióxido de azoto e o
protóxido de azoto, é que levaram a teoria a começar a ser descartada lenta e
gradativamente. Foram décadas no erro, apesar do conhecimento dos métodos
científicos. Há quem diga que o flogístico foi aceito como verdadeiro por quase cem
anos. No livro Origins of Modern Science, o professor H. Butterfield observa: "...as
duas últimas décadas do século XVIII dão uma das provas mais espetaculares
sobre o fato de que homens capazes que tinham a verdade debaixo do próprio
nariz, e possuíam todos os ingredientes para a solução do problema - justamente
aqueles que haviam feito as descobertas estratégicas - ficaram incapacitados pela
teoria do flogístico de compreenderem as implicações do seu próprio trabalho".
Ao meu ver, a história está se repetindo com a teoria da evolução.
SÉRGIO
O que tem para se ler
No Brasil, atualmente, há poucas obras que apresentam contestações à teoria da
evolução, entre elas:
A Caixa Preta de Darwin - O desafio da bioquímica à teoria da evolução, pelo
bioquímico Nichael Behe, publicado por Jorge Zahar Editor;
Os fatos sobre Criação e Evolução, por John Ankeberg e John Weldon, Editora Obra
Missionária Chamada da Meia Noite;
Razões para os Céticos Considerarem o Cristianismo, por Josh McDowell e Don
Stewart, Editora Candeia;
No Princípio..., pelo Prof. E. H. Andrews, Editora Fiel da Missão Evangélica
Literária;
Darwin e sua macacada, por Harold Hill, Editora Vida;
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