PRONUNCIAMENTO DO Sr. Dep. Pedro Eugênio(PT-PE) Dado como Lido em 11.11.09 Sr. Presidente, Senhora e Senhores Parlamentares, Desde ontem, e até sexta-feira, Pernambuco é sede de reunião internacional, na qual serão debatidas regras de exploração e conservação do atum. Peixe, cuja pesca, só no Oceano Atlântico, movimenta cerca de US$ 4 bilhões por ano. Esta é a primeira vez que, em 40 anos, o Brasil sedia, e preside, o encontro promovido pela ICCATComissão Internacional para a Conservação do Atum no Atlântico. A praia de Porto de Galinha recebe 600 representantes – de governos, de associações, universidades -oriundos dos 50 países-membros da ICCAT, além de ONG's, Organismos multilaterais como a FAO e Comissões de Atuns dos Oceanos Pacífico e Índico. Parabenizo o Professor Fábio Hazin, da UFRPE, que preside a Comissão, e o Governo Brasileiro, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, por trazerem para o nosso país esse importante evento de repercussão internacional. Por ano, nos mais de 7,5 mil quilômetros de costa no Atlântico, o Brasil produz em média 34 toneladas de atum, o que envolve cerca de 200 barcos, gerando seis mil empregos diretos e indiretos, aproximadamente. Os principais estados produtores no país são: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Além do Brasil entre os países latino-americanos, integram a ICCAT, Honduras, México, Guatemala, Uruguai, Nicarágua e Panamá. A ICCAT é responsável pela gestão dos recursos pesqueiros do Oceano Atlântico e mares adjacentes, bem como os do Mar do Norte, Mar do Caribe e Mar Mediterrâneo. Os temas em debate envolverão definições de quotas de pesca para diferentes espécies; a polêmica em torno da inclusão do atum vermelho no Apêndice I da CITES (Comissão sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas), o que na prática implica proibir sua venda. Um das discussões mais interessantes, no entanto, deverá girar em torno da necessidade de modernização da ICCAT. Isto significa, entre outras questões, incluir a necessidade de incorporar os aspectos ecossistêmicos, ambientais e sócio-econômicos na hora de decidir as regras sobre a exploração e preservação das espécies oceânicas, no âmbito da ICCAT. Obrigado.