EXAMES EM GENÉTICA MÉDICA - COBERTURA E GUIAS DE UTILIZAÇÃO A maioria dos exames laboratoriais solicitados para os diagnósticos relacionados à Genética Médica são de alta complexidade (PAC) e/ou possuem Guias de Utilização na RN 387. Desta forma, necessitam de validação prévia. As grandes áreas da genética são Genética Molecular, Genética Bioquímica, Farmacogenética, Citogenética (Cariótipos e Fish), e estas áreas abrangem exames realizados para o diagnóstico de patologias através de mutações (Genética Molecular), detecção de erros inatos do metabolismo (Genética Bioquímica), definição de mutações específicas de neoplasias que se beneficiam com terapias alvo (Farmacogenética) e ainda para classificação doenças hematológicas (Citogenética). Os procedimentos inclusos nestas considerações que não possuem guias de utilização, mas são considerados de alta complexidade são: 1. BCR/ABL 2. PML/RARA 3. FISH para Leucemia Os Guias de Utilização constantes na RN 387 relacionadas aos exames diagnósticos acima relacionados são: 2. Acilcarnitinas, perfil qualitativo e/ou quantitativo com espectrometria de massa em tandem( Genética Bioquímica) 9. Braf (Farmacogenética) 21. Egfr (Farmacogenética) 25. Fator V LEIDEN, análise de mutação (Genética Molecular- Trombofilias) 26. Galactose-1-fosfato uridiltransferase (Genética Bioquímica) 30. Her-2 (Farmacogenética) 50. K-Ras (Farmacogenética) 57. N-Ras(Farmacogenética) 61. Protrombina, Pesquisa De Mutação (Genética Molecular- Trombofilias) 63. Succinil Acetona (Genética Bioquímica) 77. Vitamina E, Pesquisa e/ou Dosagem (Genética Bioquímica) Obs.: essa dosagem encontra-se no grupo de genética devido ter indicação restrita para as Ataxias Cerebelares. 110. Análise Molecular De Dna; Pesquisa De Microdeleções/ Microduplicações Por Fish (Fluorescence In Situ Hybridization); Instabilidade De Microssatélites (Msi), Detecção Por Pcr, Bloco De Parafina. Cobertura obrigatória quando for solicitado por um geneticista clínico, puder ser realizado em território nacional e for preenchido pelo menos um dos seguintes critérios: a) na assistência/tratamento/aconselhamento das condições genéticas contempladas nos subitens desta Diretriz de Utilização, quando seguidos os parâmetros definidos em cada subitem para as patologias ou síndromes listadas. b) para as patologias ou síndromes listadas a seguir a cobertura de análise molecular de DNA não é obrigatória: ostecondromas hereditários múltiplos (exostoses hereditárias múltiplas); Neurofibromatose 1; e Fenilcetonúria. c) na assistência/tratamento/aconselhamento das condições genéticas não contempladas nas Diretrizes dos itens a e b, quando o paciente apresentar sinais clínicos indicativos da doença atual ou história familiar e, permanecerem dúvidas acerca do diagnóstico definitivo após a anamnese, o exame físico, a análise de heredograma e exames diagnósticos convencionais. OBS.: relativa apenas ao item c: Os exames realizados por técnicas de pesquisas em painel, tais como PCR Multiplex, CGH-Array (Hibridização Genômica Comparativa), MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification), Sequenciamento de Nova Geração (NGS), Sequenciamento completo de todos os éxons do Genoma Humano (Exoma) e Sequenciamento do Genoma (Genoma), screening de risco pessoal ou de planejamento familiar, não estão contemplados no item “c”. LISTA DAS PATOLOGIAS CONTEMPLADAS NO ITEM A. 110.1 ACONDROPLASIA/HIPOCONDROPLASIA 110.2 ADRENOLEUCODISTROFIA 110.3 AMILOIDOSE FAMILIAR (TTR) 110.4 ATAXIA DE FRIEDREICH 110.5 ATAXIAS ESPINOCEREBELARES (SCA) 110.6 ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL – AME 110.7 CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO HEREDITÁRIOS - GENE BRCA1/BRCA2 110.8 COMPLEXO DA ESCLEROSE TUBEROSA 110.9 DEFICIÊNCIA DE ALFA 1 – ANTITRIPSINA 110.10 DISPLASIA CAMPOMÉLICA 110.11 DISTROFIA MIOTÔNICA TIPO I E II 110.12 DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE/BECKER 110.13 DOENÇA DE HUNTINGTON 110.14 DOENÇAS RELACIONADAS AO COLÁGENO DO TIPO 2 (COL2A1), INCLUINDO DISPLASIA ESPÔNDILO- EPIFISÁRIA CONGÊNITA, DISPLASIA DE KNIEST, DISPLASIA ESPÔNDILO-EPI-METAFISÁRIA DO TIPO STRUDWICK, DISPLASIA PLATISPONDÍLICA DO TIPO TORRANCE, SÍNDROME DE STICKLER TIPO I 110.15 DOENÇAS RELACIONADAS AO COLÁGENO DO TIPO 3 (COL3A1), EHLERS-DANLOS TIPO IV E ANEURISMA AÓRTICO ABDOMINAL FAMILIAL (AAA) 110.16 DOENCAS RELACIONADAS AO GENE FMR1 (SÍNDROME DO X FRÁGIL, SÍNDROME DE ATAXIA/TREMOR ASSOCIADOS AO X FRÁGIL - FXTAS E FALÊNCIA OVARIANA PREMATURA FOP) 110.17 FIBROSE CÍSTICA E DOENÇAS RELACIONADAS AO GENE CFTR 110.18 HEMOCROMATOSE 110.19 HEMOFILIA A 110.20 HEMOFILIA B 110.21 MUCOPOLISSACARIDOSE 110.22 NEOPLASIA ENDRÓCRINA MÚLTIPLA TIPO I-MEN1 110.23 NEOPLASIA ENDRÓCRINA MÚLTIPLA TIPO 2A– MEN2A 110.24 OSTEOGÊNESE IMPERFEITA 110.25 POLIPOSE COLÔNICA 110.26 SÍNDROME CHARGE 110.27 SÍNDROME DE ANGELMAN E SÍNDROME DE PRADER-WILLI 110.28 SINDROME DE COWDEN 110.29 SÍNDROME DE HIPOFOSFATASIA 110.30 SÍNDROME DE LI-FRAUMENI 110.31 SÍNDROME DE LYNCH – CÂNCER COLORRETAL NÃO POLIPOSO HEREDITÁRIO (HNPCC) 110.32 SÍNDROME DE MARFAN 110.33 SÍNDROME DE NOONAN 110.34 SÍNDROME DE RETT 110.35 SÍNDROME DE WILLIAMS-BEUREN 110.36 SÍNDROME DO CÂNCER GÁSTRICO DIFUSO HEREDITÁRIO 110.37 SÍNDROMES DE ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS SUBMICROSCÓPICAS NÃO RECONHECÍVEIS CLINICAMENTE (ARRAY) 110.38 SÍNDROMES DE DELEÇÕES SUBMICROSCÓPICAS RECONHECÍVEIS CLINICAMENTE 110.39 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Obs. Gerais: Nas diretrizes de utilização abaixo são considerados: Obs. gerais 2: Para as diretrizes de utilização em que o método escalonado contemple a técnica CGH-Array (Hibridização Genômica Comparativa), a resolução mínima obrigatória é a densidade de 180k. No caso de plataformas que utilizem apenas SNP-array (Polimorfismo de um único nucleotídeo), a resolução mínima obrigatória é a densidade de 750k. Obs. gerais 3: O sequenciamento por NGS ou Sanger dos exons dos genes associados a cada síndrome deve ser realizado na região codificadora do gene e se estender também às regiões intrônicas adjacentes aos exons (pelo menos seis, idealmente dez nucleotídeos imediatamente adjacentes às extremidades 5’ e 3’ dos exons). Obs. Gerais 4: O material inicial a ser utilizado para o sequenciamento é o DNA.