issn 0004-2749 versão impressa Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arquivos brasileiros publicação oficial do conselho brasileiro de oftalmologia JULHO/AGOSTO 2010 d e SUPLEMENTO 73 04 | jul-ago 2010 | v.73 n.4 Supl. p.1-82 XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação visual Temas Livres, Pôsteres e Relatos de Casos 29 de setembro a 02 de outubro de 2010 Salvador - BA indexada nas bases de dados medline | embase | isi | SciELO Capa Oftal 73 4 - Supl.indd 1 9/9/2010 12:13:23 5129 - Anuncio 21x29,7 Crystalens 4:Layout 1 8/11/10 4:14 PM Page 1 Melhor do que ver. Ver melhor. A lente intraocular acomodativa Crystalens foi desenvolvida para mimetizar a acomodação do cristalino natural. Lente Intraocular Premium para correção da presbiopia Ótima visão para perto através de sua óptica acomodativa aperfeiçoada que aumenta a profundidade de foco Visão de alta definição em todas as distâncias: perto, longe e em distâncias intermediárias Baixa incidência de halos e glare Preservação da sensibilidade ao contraste Lubrificantes Oculares Uma gota de alívio no seu dia-a-dia. NOVO! A linha de lubrificantes Adaptis traz alívio para a irritação ocular do dia-a-dia, causada pelo uso excessivo de monitores, poluentes e outros agentes. Existe um Adaptis ideal para cada caso: 0,5% e 1,0% – carboximetilcelulose de sódio 5,0 e 10,0 mg – hialuronato sódico 4 mg – ácido poliacrílico 2 mg Adaptis 0,5%: Reg. ANVISA N° 80192010033 Adaptis 1%: Reg. ANVISA N° 80192010033 Adaptis Fresh: Reg. ANVISA N° 80192010032 Adaptis Gel: Reg. ANVISA N° 80192010034 ADA_0008_anúncio 01.indd 1 [email protected] www.adaptltda.com.br 11/6/2010 16:45:40 5153 - ANUNCIO 21x28 PLATAFORMA MICS:Layout 1 30.08.10 11:55 Página 1 Anun_Drenatan_21x28_08_2010.pdf C M Y CM MY CY CMY K 1 8/11/10 12:29 PM UM RELACIONAMENTO CONSTRUÍDO OLHO NO OLHO. COM O CUIDADO QUE VOCÊ E SEUS PACIENTES MERECEM. Descubra as vantagens JOHNSON & JOHNSON VISION CARE: Portfólio completo de produtos Distribuição e reposição gratuitas de lentes diagnósticas Equipe de atendimento exclusiva Kit Saúde Visual: um programa exclusivo de incentivo ao uso correto de lentes de contato Apoio à Classe Oftalmológica através da participação nos principais congressos do país Patrono CBO (Salvador-BA) Patrocinador Soblec Acesse o website exclusivo para Oftalmologistas: www.jnjvisioncare.com.br Para mais informações, ligue para 0800 7288281 ou envie e-mail para [email protected] an.Lacrifilm 21X28_mau.pdf C M Y CM MY CY CMY K 6/19/09 6:44:10 PM 4913 - Anuncio Epitegel LOGO NOVO:Layout 1 22.01.10 17:58 Página 1 Nos casos de: Lesões corneanas Danos ao epitélio na síndrome do olho seco. Prevenção e tratamento de lesões causadas por lentes de contato. Doenças distróficas da córnea. EPITEGEL™ dexpantenol 50,0 mg/g INDICAÇÕES: É indicado para o tratamento de suporte e posterior de todos os tipos de queratite como a queratite dendrítica, cauterizações, queimaduras, doenças distróficas da córnea, prevenção e tratamento de lesões corneais causadas pelo uso de lentes de contato. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: Manter em local seco em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Depois de aberto, deverá ser consumido em 04 semanas. Produto exclusivo para uso oftálmico. Devido à natureza, em gel, a visão pode se apresentar embaçada por alguns minutos, imediatamente após a administração, e pode prejudicar a habilidade do paciente em dirigir veículos ou operar máquinas. Não deve ser usado durante a gravidez e lactação, exceto sob orientação médica. REAÇÕES ADVERSAS: Podem ocorrer reações de hipersensibilidade em casos isolados. Não existem registros de alterações de exames laboratoriais. POSOLOGIA: Dependendo da gravidade e intensidade das lesões, instilar uma gota no saco conjuntival de três a cinco vezes ao dia ou com maior freqüência, de acordo com a prescrição médica. Durante a aplicação, não devem ser usadas lentes de contato. Reg. MS - 1.1961.0012 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Referências bibliográficas: 1. Christ T.: Treatment of corneal erosion with a new ophthalmic gel containing panthenol. Spektrum Augenheilkunde (1994) 8/5: 224-226. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade a um dos componentes da fórmula. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Não são conhecidas interações medicamentosas. Quando usado com outros agentes oftálmicos tópicos, preferencialmente deve ser a última medicação administrada, após um intervalo de cerca de cinco minutos. Jan/2010 O conceito moderno de regeneração com conforto para o paciente PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) Publicação ininterrupta desde 1938 ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) CODEN - AQBOAP Periodicidade: bimestral Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 73, n. 4 (Supl), p. 1-82, jul./ago. 2010 C ONSELHO A DMINISTRATIVO E DITOR -C HEFE Paulo Augusto de Arruda Mello Harley E. A. Bicas Roberto Lorens Marback Rubens Belfort Jr. Wallace Chamon Wallace Chamon E DITORES A SSOCIADOS E DITORES A NTERIORES Waldemar Belfort Mattos Rubens Belfort Mattos Rubens Belfort Jr. Harley E. A. Bicas Augusto Paranhos Jr. Carlos Ramos de Souza Dias Eduardo Melani Rocha Eduardo Sone Soriano Haroldo Vieira de Moraes Jr. José Álvaro Pereira Gomes Mário Luiz Ribeiro Monteiro Michel Eid Farah Paulo Schor Sérgio Felberg Suzana Matayoshi C ONSELHO E DITORIAL N ACIONAL Áisa Haidar Lani (Campo Grande-MS) Ana Luísa Höfling-Lima (São Paulo-SP) André Augusto Homsi Jorge (Ribeirão Preto-SP) André Messias (Ribeirão Preto-SP) Antonio Augusto Velasco e Cruz (Ribeirão Preto-SP) Arnaldo Furman Bordon (São Paulo-SP) Ayrton Roberto B. Ramos (Florianópolis-SC) Breno Barth (Natal-RN) Carlos Roberto Neufeld (São Paulo-SP) Carlos Teixeira Brandt (Recife-PE) Cristina Muccioli (São Paulo-SP) Denise de Freitas (São Paulo-SP) Eduardo Cunha de Souza (São Paulo-SP) Eduardo Ferrari Marback (Salvador-BA) Enyr Saran Arcieri (Uberlândia-MG) Érika Hoyama (Londrina-PR) Fábio Ejzenbaum (São Paulo-SP) Fábio Henrique C. Casanova (São Paulo-SP) Fausto Uno (São Paulo-SP) Flávio Jaime da Rocha (Uberlândia-MG) Galton Carvalho Vasconcelos (Belo Horizonte-MG) Ivan Maynart Tavares (São Paulo-SP) Jair Giampani Jr. (Cuiabá-MT) Jayter Silva de Paula (Ribeirão Preto-SP) João Borges Fortes Filho (Porto Alegre-RS) João Carlos de Miranda Gonçalves (São Paulo-SP) João J. Nassaralla Jr. (Goiânia-GO) João Luiz Lobo Ferreira (Florianópolis-SC) José Américo Bonatti (São Paulo-SP) José Augusto Alves Ottaiano (Marília-SP) José Beniz Neto (Goiânia-GO) José Paulo Cabral Vasconcellos (Campinas-SP) Keila Miriam Monteiro de Carvalho (Campinas-SP) Luís Paves (São Paulo-SP) Luiz V. Rizzo (São Paulo-SP) Marcelo Francisco Gaal Vadas (São Paulo-SP) Marcelo Jordão Lopes da Silva (Ribeirão Preto-SP) Marcelo Vieira Netto (São Paulo-SP) Maria Cristina Nishiwaki Dantas (São Paulo-SP) Maria de Lourdes V. Rodrigues (Ribeirão Preto-SP) Maria Rosa Bet de Moraes e Silva (Botucatu-SP) Marinho Jorge Scarpi (São Paulo-SP) Marlon Moraes Ibrahim (Franca-SP) Martha Maria Motono Chojniak (São Paulo-SP) Maurício Maia (Assis-SP) Mauro Campos (São Paulo-SP) Mauro Goldchmit (São Paulo-SP) Mauro Waiswol (São Paulo-SP) Midori Hentona Osaki (São Paulo-SP) Milton Ruiz Alves (São Paulo-SP) Mônica Fialho Cronemberger (São Paulo-SP) Moysés Eduardo Zajdenweber (Rio de Janeiro-RJ) Newton Kara-José Júnior (São Paulo-SP) Norma Allemann (São Paulo-SP) Norma Helen Medina (São Paulo-SP) Paulo E. Correa Dantas (São Paulo-SP) Paulo Ricardo de Oliveira (Goiânia-GO) Procópio Miguel dos Santos (Brasília-DF) Renato Curi (Rio de Janeiro-RJ) Roberto L. Marback (Salvador-BA) Roberto Pedrosa Galvão Fº (Recife-PE) Roberto Pinto Coelho (Ribeirão Preto-SP) Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira (Recife-PE) Rosane da Cruz Ferreira (Porto Alegre-RS) Rubens Belfort Jr. (São Paulo-SP) Sérgio Kwitko (Porto Alegre-RS) Sidney Júlio de Faria e Souza (Ribeirão Preto-SP) Silvana Artioli Schellini (Botucatu-SP) Suel Abujamra (São Paulo-SP) Tomás Fernando S. Mendonça (São Paulo-SP) Vera Lúcia D. Monte Mascaro (São Paulo-SP) Walter Yukihiko Takahashi (São Paulo-SP) I NTERNACIONAL Alan B. Scott (E.U.A.) Andrew Lee (E.U.A.) Baruch D. Kuppermann (E.U.A.) Bradley Straatsma (E.U.A.) Careen Lowder (E.U.A.) Cristian Luco (Chile) Emílio Dodds (Argentina) Fernando M. M. Falcão-Reis (Portugal) Fernando Prieto Díaz (Argentina) James Augsburger (E.U.A.) José Carlos Cunha Vaz (Portugal) José C. Pastor Jimeno (Espanha) Marcelo Teixeira Nicolela (Canadá) Maria Amélia Ferreira (Portugal) Maria Estela Arroyo-Illanes (México) Miguel N. Burnier Jr. (Canadá) Pilar Gomez de Liaño (Espanha) Richard L. Abbott (E.U.A.) Zélia Maria da Silva Corrêa (E.U.A.) ABO – ARQUIVOS BRASILEIROS DE OFTALMOLOGIA • PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA (CBO) Redação: Novo endereço: R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar - Vila Olímpia - São Paulo - SP - CEP 04546-004 Fone: (55 11) 3266-4000 - Fax: (55 11) 3171-0953 - E-mail: [email protected] - Home-page: www.abonet.com.br A SSINATURAS - B RASIL : Membros do CBO: Distribuição gratuita. Não Membros: Assinatura anual: R$ 440,00 Fascículos avulsos: R$ 80,00 Foreign: Annual subscription: US$ 200.00 Single issue: US$ 40.00 Publicação: Divulgação: Tiragem: 1 Expediente.pmd Ipsis Gráfica e Editora S.A. Conselho Brasileiro de Oftalmologia 7.200 exemplares 1 Revisão Final: Paulo Mitsuru Imamura Editor: Wallace Chamon Gerente Comercial: Mauro Nishi Secretaria Executiva: Claudete N. Moral Claudia Moral Editoria Técnica: Edna Terezinha Rother Maria Elisa Rangel Braga Capa: Ipsis Imagem da capa: Réplica de detalhe de óleo sobre tela “Autorretrato” de Vincent van Gogh (1853 - 1890), pintado em setembro de 1889. O original está no museu d’Orsay em Paris, França. 9/9/2010, 11:42 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) • ABO Arquivos Brasileiros de Oftalmologia www.abonet.com.br www.freemedicaljournals.com www.scielo.org www.periodicos.capes.gov.br • Copernicus www.copernicusmarketing.com www.scirus.com • LILACS Literatura Latino-americana em Ciências da Saúde • ISI Web of Knowledge (SM) • MEDLINE D IRETORIA DO CBO - 2009-2011 Paulo Augusto de Arruda Mello (Presidente) Marco Antônio Rey de Faria (Vice-Presidente) Fabíola Mansur de Carvalho (1º Secretário) Nilo Holzchuh (Secretário Geral) Mauro Nishi (Tesoureiro) S OCIEDADES F ILIADAS AO C ONSELHO B RASILEIRO DE O FTALMOLOGIA P RESIDENTES E SEUS RESPECTIVOS Centro Brasileiro de Estrabismo Galton Carvalho Vasconcelos Sociedade Brasileira de Administração em Oftalmologia Mário Ursulino M. Carvalho Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Intra-Oculares Leonardo Akaishi Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular Suzana Matayoshi Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa Newton Leitão de Andrade Sociedade Brasileira de Ecografia em Oftalmologia Norma Allemann Sociedade Brasileira de Glaucoma João Antônio Prata Junior Sociedade Brasileira de Laser e Cirurgia em Oftalmologia Maria Regina Catai Chalita Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria Tania Mara Cunha Schaefer Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica Célia Regina Nakanami Sociedade Brasileira de Oncologia em Oftalmologia Renato Luiz Gonzaga Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo Mario Martins dos Santos Motta Sociedade Brasileira de Trauma Ocular Nilva Simeren Bueno Moraes Sociedade Brasileira de Uveítes Moyses Eduardo Zajdenweber Sociedade Brasileira de Visão Subnormal Alexandre Costa Lima Azevedo Apoio: 1 Expediente.pmd 2 9/9/2010, 11:42 PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA PUBLICAÇÃO OFICIAL DO CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA ISSN 0004-2749 (Versão impressa) ISSN 1678-2925 (Versão eletrônica) Periodicidade: bimestral Arq Bras Oftalmol. São Paulo, v. 73, n. 4 (Supl), p. 1-82, jul./ago. 2010 SUMÁRIO | CONTENTS E DITORIAL | EDITORIAL 5 Entramos na reta final André Barbosa Castelo Branco, Paulo Augusto de Arruda Mello T RABALHOS P REMIADOS 07 V ÍDEOS P REMIADOS 08 8 | PAPER AWARDS Trabalhos Científicos Premiados | VIDEO AWARDS Vídeos Premiados P RÊMIO “W ALDEMAR E R UBENS B ELFORT M ATTOS ” WALDEMAR AND RUBENS BELFORT MATTOS AWARD C ONTEÚDO E SPECIAL 9 21 Pôsteres do XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 59 Relatos de Casos do XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 70 81 2 Sumario.pmd | S PECIAL C ONTENTS Temas Livres do XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual Í NDICE R EMISSIVO DOS T EMAS L IVRES , P ÔSTERES E R ELATOS PAPERS, POSTERS AND CASE REPORTS INDEXES I NSTRUÇÕES 3 PARA OS A UTORES | I NSTRUCTIONS TO A UTHORS 9/9/2010, 12:34 DE C ASOS E DITORIAL | EDITORIAL Entramos na reta final D epois de dois anos de trabalho intenso, envolvendo equipes multiprofissionais e por vezes geograficamente distantes, o trabalho voluntário de tantos médicos oftalmologistas e a dedicação inestimável de professores integrantes da Comissão Científica e da Diretoria do CBO, o XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual começa a deixar a forma de plano para ir adquirindo rapidamente a forma concreta de um grande fórum para a transmissão e a discussão do conhecimento médico oftalmológico atual. Já é fato conhecido de todos os médicos oftalmologistas do Brasil e do exterior que os Congressos Brasileiros de Oftalmologia e os de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual, ambos promovidos pelo CBO em anos alternados, constituem-se nos mais importantes eventos da Oftalmologia Brasileira, verdadeiras maratonas nas quais o saber de nossa especialidade é compartilhado de forma irrestrita, obedecendo aos interesses e a disponibilidade de cada congressista, numa experiência que se torna inesquecível a quem dela participe. E assim será no Congresso de Salvador, que dentro de alguns dias será aberto com a presença de colegas de todo o País, além de participantes e convidados de várias partes do mundo. A quantidade de trabalhos que foram enviados para análise da Comissão Científica do evento, bem como a quantidade de propostas de cursos de instrução que a ela foram submetidas demonstra, por um lado o dinamismo de nossos pesquisadores e a força inovadora de nossa Oftalmologia e, por outro, a consciência consolidada de que os congressos do CBO representam, efetivamente, o momento fundamental para o debate e para o congraçamento dentro da especialidade em que atuamos. Também esta edição especial dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, na qual temos os resumos dos trabalhos que estarão sendo apresentados e discutidos em Salvador na forma de pôsteres e temas livres, é outra prova desse dinamismo científico e da importância crescente do evento. Ao tentar agradecer a todos os que contribuíram para que este momento fosse possível corre-se sempre o risco de omissões involuntárias, nem por isto perdoáveis. Ao trabalho da Comissão Científica, da Diretoria do CBO e de seus funcionários cabe somar o esforço das sociedades de subespecialidades filiadas à entidade e dos representantes dos cursos de especialização por ela credenciados. Enfim, são centenas de pessoas que doaram o que tem de mais importante, o tempo, para que o Congresso seja o que é: sucesso absoluto. Um singelo “obrigado a todos” pode parecer pouco, mas como vem acompanhado de muito sentimento creio que é o mais adequado para fugir do lugar comum. Além do conhecimento e da informação adequados aos interesses de todos os congressistas, encontraremos também em Salvador o debate franco e aberto sobre os caminhos que se abrem para a prevenção da cegueira e a defesa da saúde ocular da população dentro do Brasil de 2010. Embora alguns considerem essa discussão secundária, ela é fundamental para o futuro da especialidade e, portanto, fundamental para o futuro de cada um de nós que a exerce. Por fim, temos certeza que o XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual contribuirá para desmascarar o mito de que os eventos presenciais estão com os dias contados em consequência do desenvolvimento de formas eletrônicas de transmissão do conhecimento. Nada mais falso! Os meios eletrônicos são e serão cada vez mais importantes, mas não substituirá o convívio social, a troca pessoal de experiências e conhecimento e a descoberta compartilhada de novos e sempre renováveis horizontes, sempre muito mais amplos que a tela de um monitor. Salvador espera a todos, e a cada colega em particular, para o grande fórum de transmissão do conhecimento de nossa Oftalmologia de 2010. André Barbosa Castelo Branco Paulo Augusto de Arruda Mello Presidente da Comissão Executiva do XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual Presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 5 3 Editorial.pmd 5 9/9/2010, 11:43 5 3333-Anuncio ONE 6/23/10 11:51 AM Page 1 T RABALHOS P REMIADOS | PAPER AWARDS XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual Trabalhos Científicos Premiados • Prêmio Conselho Brasileiro de Oftalmologia Título: Fatores associados à resposta da cabeça do nervo óptico à variação da pressão intraocular em pacientes glaucomatosos Autores: Tiago dos Santos Prata, Verônica Castro Lima, Carlos Gustavo Vasconcelos de Moraes, Lia Manis Guedes, Fernanda Pedreira Magalhães, Sergio Henrique Teixeira, Robert Ritch, Augusto Paranhos Jr. Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - SP / Hospital Oftalmológico Medicina dos Olhos - Osasco - SP • Prêmio Prevenção da Cegueira Título: Cirurgia de catarata: custos para os pacientes no período pós-operatório Autores: Newton Kara José Júnior, Rodrigo França de Espíndola, Marcony Rodrigues de Santhiago, Tais Renata Ribeiro Parede, Marcos Marcondes, Paula Mourad, Regina Carvalho, Newton Kara José Instituição: Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo - SP • Prêmio Educação em Saúde Ocular Título: Expectativas e conhecimento entre pacientes com indicação de transplante de córnea Autores: Paula de Camargo Abou Mourad, Newton Kara-Júnior, Rodrigo França de Espíndola, Marco Aurélio Costa Marcondes, Heloisa Helena Abil Russ Instituição: Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo - SP • Prêmio Pesquisa Básica Título: Comunicação entre Toxoplasma gondii e seu hospedeiro: Impacto do genótipo do parasita na resposta inflamatória Autores: Cynthia Azeredo Cordeiro, Jeroen Saeij, Fernando Orefice, Lucy Young Instituição: Massachsetts Eye and Ear Infirmary - Boston - MA - EUA / Massachusetts Institute of Technology - Cambridge - MA / EUA • Prêmio Oftalmologia Clínica Título: Uso do colírio azul de toluidina a 1% no diagnóstico das neoplasias de células escamosas da superfície ocular Autores: Ivana Lopes Romero, Priscilla Luppi Ballalai Instituição: Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo SP / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - SP • Prêmio Região: Centro-Oeste Título: Eletrovisuograma axonal: Achados em indivíduos normais Autores: Wener Passarinho Cella e Marcos Ávila Instituição: Universidade Federal de Brasília (UFB) - Brasília - DF / Centro Brasileiro da Visão (CBV) - Brasília - DF • Prêmio Região: Nordeste Título: Efeito aprendizado da perimetria de frequência dupla Humphrey Matrix em pacientes com glaucoma de ângulo aberto Autores: Paulo de Tarso Ponte Pierre Filho, Paulo Rogers Parente Gomes, Érika Teles Linhares Pierre, Leandro Montalverne Pierre Instituição: Santa Casa de Sobral - Sobral - CE • Prêmio Região: Norte Título: Técnica de enucleação com menor risco de sangramento e hematomas em doadores de córnea no Banco de Olhos do Amazonas Autores: Cristina Garrido, Élcio Sato, André Silva, Antônio Alves Jr., Alexandra de Biasi Instituição: Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM) Manaus - AM • Prêmio Trabalho Internacional Título: Reprodutibilidade da espessura do I-LASIK flap utilizando tomografia de coerência óptica de segmento anterior Autores: Camila Haydee Rosas Salaroli, Xinbo Zhang, Maolong Tang, Yan Li, José Luiz Branco Ramos, Norma Allemann, David Huang Instituição: Doheny Eye Institute - Los Angeles - CA - EUA / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - SP • Prêmio Região: Sudeste Título: Ensaio clínico aleatorizado da crioterapia intraoperatório versus fotocoagulação a laser para retinopexia Autores: Heitor Panetta, Carlos Eduardo Leite Arieta, Iuuki Takasaka, Mauricio Abujamra Nascimento, Rodrigo Lira, Roberto Caldato Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Campinas - SP • Prêmio Oftalmologia Cirúrgica Título: An experimental protocol of the model to quantify traction applied to the retina by vitreous cutters Autores: Anderson Gustavo Teixeira Pinto, Lawrence Chong, Naoki Matsuoka, Luis Arana, Jaw-chyng Lue, Matthew Mccormick, Prashant Bradhi, Ralph Kerns, Rubens Belfort Jr., Mark Humayun Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo - SP / Doheny Eye Institute - Los Angeles - CA / EUA • Prêmio Região: Sul Título: Comparação de dois métodos para a realização do teste de fixação preferencial em pacientes com estrabismo Autores: Edson Procianoy, Letícia Procianoy Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) Porto Alegre - RS / Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Porto Alegre - RS Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 7 4 Trabalhos premiados.pmd 7 9/9/2010, 12:27 7 V ÍDEOS P REMIADOS | VIDEO AWARDS XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual Premiações - Festival de Vídeos • Prêmio Interesse especial Título: BLINK Autores: Victor Cvintal, Edmundo V. Martinelli, José Ricardo C. L. Rehder Instituição: Faculdade de Medicina da Fundação ABC - Santo André - SP / Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal - São Paulo - SP • Prêmio Complicações Título: O curioso caso de embaçamento monocular após iridotomia periférica a laser Autores: Ronaldo de Mendonça Badaró Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte - MG • Prêmio Técnicas cirúrgicas Título: Suspensão ao frontal com fáscia autógena com sutura ajustável Autores: Gherusa Helena Milbratz, Sara Ribeiro, Patricia Akaishi, Antonio Augusto Cruz Instituição Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto - SP • Prêmio Ensino da Oftalmologia Título: Tonometria de aplanação de Goldmann (T.A.G.) Autores: Rodrigo Teixeira Santos, Ana Gabriela Coelho de Magalhães Queiroz, Aline Camargo Guimarães, Paschoal Josias de Oliveira Júnior, Sérgio Ricardo de Toledo Colósio, Camila Flávia Vieira Breijão, Silvia Ohana Marques Coelho de Carvalho, Silvia Sampaio Pereira da Rocha, Sérgio Henrique Sampaio Meirelles Instituição: Hospital Municipal da Piedade (HMP) - Rio de Janeiro - RJ Prêmio “Waldemar e Rubens Belfort Mattos” • Melhor trabalho publicado nos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia no ano de 2009 “Efeitos da injeção intraorbitária de carboximetilcelulose 6,0% em coelhos: análise histológica e da mecânica ocular”. Autores: Maria Lúcia Habib Simão, Fernando Chahud, Harley Edison Amaral Bicas Arq Bras Oftalmol. 2009;72(6):799-804. 8 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 8 4 Trabalhos premiados.pmd 8 9/9/2010, 12:27 TEMAS LIVRES APRESENTAÇÕES ORAIS " Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia " 5 Temas Livres.pmd 9 9/9/2010, 11:48 CÓDIGO: TL TEMAS L IVRES TL 001 TL 002 CONFIABILIDADE DA ACUIDADE VISUAL PÓS-OPERATÓRIA DE CATARATA MEDIANTE MEDIÇÃO DA ACUIDADE VISUAL COM RETINÔMETRO HEINE CUSTO-EFETIVIDADE DA CIRURGIA DE CATARATA EM UM HOSPITAL PÚBLICO NUM PAÍS EM DESENVOLVIMENTO Guilherme Novoa Colombo Barboza, Luiz Roberto Colombo Barboza, Marcello Colombo Barboza, Maria Margarida Colombo Barboza, Maria Margarida Colombo Barboza, Henrique Celso Duarte Rezende Rocha, Maria Cristina N. Dantas, Wilson Takashi Hida, Flávia Martins Nóvoa, Paulo Elias Correa Dantas Hospital Oftalmológico Visão Laser - Santos (SP) / Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) Objetivo: Utilizar o retinômetro de Heine(RH) Lambda 100 para avaliar a relação da acuidade visual (AV) obtida no pré-operatório de cirurgia de catarata com a acuidade visual obtida 3 meses no pós-operatório com correção óptica, bem como, sua correlação com a classificação morfológica dominante da catarata e com a intensidade da opacificação quando do tipo nuclear. Método: Trata-se de um estudo prospectivo realizado no Hospital Oftalmológico Visão Laser, em Santos, envolvendo 121 olhos de 70 pacientes avaliados de abril a julho 2009, submetidos à cirurgia de catarata sob a técnica de facoemulsificação com implante de lente intraocular. No período pré-operatório, foi realizado o RH sob midríase e seu resultado foi comparado à melhor acuidade visual pós-operatória do terceiro mês e correlacionado com a classificação morfológica da catarata, quando do tipo nuclear, sendo denominado satisfatório aquele resultado que não variou mais do que duas linhas na tabela de Snellen. Resultados: Os resultados satisfatórios em nosso estudo foram de 86,78%, apresentando resultados de acuidade visual com RH igual ao resultado da acuidade visual pós-operatória em 34,7%. A opacidade predominantemente nuclear N1+ tem um porcentual de acerto maior do que N2+ e N3+ (50%, 31,3% e 26,7%, respectivamente). Em relação ao total de olhos, observamos um teste extremamente significante (p<0,0001). Conclusões: O RH hipoestimou ou manteve a AV pós-operatória corrigida após 3 meses dos pacientes submetidos à facectomia, na maioria dos casos. Ao correlacionar com a classificação morfológica da catarata, observamos que, quanto maior a opacidade do cristalino do tipo nuclear, maior a hipoestimação da acuidade visual. Marcony Rodrigues de Santhiago, Rodrigo França de Espíndola, Tais Renata Ribeiro Parede, Marco Marcondes, Paula Mourad, Newton Kara Junior, Regina Carvalho, Newton Kara-José Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Determinar e comparar o custo-efetividade da cirurgia de catarata por facoemulsificação e extração extracapsular em um hospital público de um país em desenvolvimento. Método: Estudo prospectivo realizado com 205 pacientes. Os indivíduos foram randomizados para cirurgia de catarata pelas técnicas de facoemulsificação e extração extracapsular. Foram avaliados o custo total da cirurgia, incluindo gastos com pessoal e despesas gerais, custos de assistência ao paciente, insumos hospitalares, dentre outros. Neste estudo, o custo-efetividade foi calculado pela relação entre o custo por cirurgia e a proporção de sucesso da cirurgia de catarata (melhor acuidade visual corrigida >20/30 em 6 meses de pósoperatório). Resultados: A proporção de sucesso da cirurgia de catarata foi 89,26%, não houve diferença estatística entre as duas técnicas (p=0,40). O custo total da extração extracapsular com implante de lente intraocular foi de US$ 145,87 e da facoemulsificação com implante de lente intraocular foi de US$ 246,31 (p=0,03). O custo-efetividade foi de US$ 161,39 no grupo extracapsular e de US$ 219,54 no grupo da facoemulsificação (p=0,40). Conclusões: O custo-efetividade da cirurgia de catarata em um hospital público foi de US$ 217,74. Não houve diferença estatística entre as duas técnicas. TL 003 TL 004 RELAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DO ÁCIDO ASCÓRBICO E DO ÁCIDO ÚRICO NO HUMOR AQUOSO COM A PLASMÁTICA E COM A TRANSPARÊNCIA CRISTALINIANA REPRODUTIBILIDADE DA ESPESSURA DO I-LASIK FLAP UTILIZANDO TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DE SEGMENTO ANTERIOR Fabio Henrique Cacho Casanova, Henrique A. R. Silva, Luiz Alberto Soares Melo Jr., Cristina Muccioli, Rubens Belfort Jr., Silvia Berlanga de Moraes Barros Camila Haydee Rosas Salaroli, Xinbo Zhang, Maolong Tang, Yan Li, José Luiz Branco Ramos, Norma Allemann, David Huang Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Memorial Oftalmo - Recife Eye Center - Recife (PE) Doheny Eye Institute - Los Angeles - California (EUA) / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a relação da concentração do ácido ascórbico e do ácido úrico no humor aquoso com a concentração plasmática e com a transparência cristaliniana em pacientes com catarata. Método: Foram incluídos prospectivamente pacientes com diagnóstico de catarata senil nuclear, podendo ou não estar associada a outro tipo de opacidade. A classificação da catarata foi feita por meio de fotografias baseada no LOCS III (Lens Opacities Classification System) em duas sessões. Imediatamente antes da cirurgia, foram coletadas amostras do humor aquoso e do plasma para quantificação da concentração de ácido ascórbico e ácido úrico. Resultados: Setenta e cinco pacientes com idade média de 69,43 ± 8,74 anos (variando de 51 a 87 anos) foram avaliados. Observou-se excelente correlação entre as sessões de classificação de catarata (r=0,973 a 0,993; p<0,0001). A média da concentração do ácido ascórbico no plasma foi de 40,97 ± 23,12 mM (IC 95% 35,6546,29) e no humor aquoso de 1415,1 ± 388,7 mM (IC 95% 1325,72-1504,57). Para o ácido úrico, foi encontrada a concentração média de 336,7 ± 100,8 mM (IC 95% 313,5-359,9) no plasma e de 82,95 ± 30,03 mM (IC 95% 76,04-89,86) no humor aquoso. Foi observada correlação entre os valores de ácido ascórbico no humor aquoso e no plasma (r=0,549; p<0,001), bem como de ácido úrico (r=0,591; p<0,001). Observou-se uma influência, porém não significante, dos níveis de ácido ascórbico do humor aquoso em relação à opalescência nuclear do cristalino (p=0,055). Conclusões: A concentração destas substâncias no humor aquoso deve sofrer influência da concentração plasmática, entretanto parece haver saturação no mecanismo de transporte ativo do ácido ascórbico. Não houve correlação estatisticamente significante entre ácido ascórbico e ácido úrico e a opalescência nuclear do cristalino em pacientes com catarata senil. Objetivo: Avaliar a reprodutibilidade da espessura do flap criado com femtosecond laser através da tomografia de coerência óptica (OCT) de segmento anterior com tecnologia Fourier-domain. Método: O sistema de tecnologia Fourier-domain (RTVue) com o módulo corneal (CAM) foi utilizado para aferir a espessura do flap corneal de 21 olhos submetidos a LASIK com IntraLase programado para profundidade de 110 μm, 1 semana após o procedimento cirúrgico. A medida da espessura do flap foi realizada em 6 posições localizadas a ±0,5 mm, ±1,5 mm e ±2,5 mm distantes do centro da córnea. Foram realizadas análises estatísticas para cálculo da reprodutibilidade das medidas feitas pelo mesmo indivíduo e entre três indivíduos. Resultados: A média da espessura do flap em 6 posições distintas foi altamente reprodutível (desvio padrão de 5,3 a 9,5 μm) e uniforme (121,7 a 126,5 μm). A reprodutibilidade baseada na análise da mesma imagem pelo mesmo indivíduo foi de 3,3 a 6,4 e a análise de diferentes imagens foi de 4,7 a 7,4. A reprodutibilidade baseada na análise da mesma imagem por três indivíduos foi de 4,0 a 9,0. Não houve assimetria estatisticamente significante entre o lado nasal x temporal (p=0,7), superior x inferior (p=0,21) e periferia x centro (p=0,43) do flap corneal, demonstrando uniformidade na confecção do flap criado pelo IntraLase. Conclusões: A análise da reprodutibilidade da medida da espessura do flap utilizando tomografia de coerência óptica de segmento anterior com tecnologia Fourier-domain demonstrou ser reprodutível e de boa confiabilidade. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 10 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 10 9/9/2010, 11:48 TEMAS L IVRES TL 005 TL 006 CERATECTOMIA LAMELAR ANTERIOR PROFUNDA USANDO A TÉCNICA BIG-BUBBLE EM PACIENTES COM CERATOCONE QUEIMADURA QUÍMICA GRAVE: O PAPEL DA CERATOPRÓTESE DE BOSTON NA REABILITAÇÃO VISUAL Sandro Antonini Coscarelli, Rafael Canhestro Neves Fabiano Cade Jorge, Allyson Tauber, Claes Dohlman Clinica de Olhos Ennio Coscarelli - Belo Horizonte (MG) Massachusetts Eye and Ear Infirmary/Harvard Medical School - Boston (EUA) Objetivo: Avaliar através de um estudo retrospectivo pacientes com ceratocone que realizaram a ceratectomia lamelar anterior profunda (DALK) usando a técnica big-bubble. Método: Estudo retrospectivo de consecutivos 79 olhos de 71 pacientes com ceratocone moderado a grave, com baixa acuidade visual após as correções ópticas e intolerantes a adaptação de lente de contato. Todos os transplantes foram realizados pelo mesmo experiente cirurgião, no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009, utilizando a técnica de DALK pelo big-bubble. Os dados analisados foram sexo, idade, paquimetria corneana, densidade endotelial, astigmatismo dinâmico e melhor acuidade visual dinâmica corrigida após a ceratectomia. Resultados: A idade média encontrada foi de 30,4 (± 10,2) anos, com 39 (54,9%) do sexo feminino e 32 (45,1%) do masculino. A paquimetria ultrassônica média foi de 518,6 (± 29,5) µm. Setenta e dois (91,1%) dos transplantes realizados obtiveram acuidade visual dinâmica corrigida melhor ou igual a 20/50. A média do astigmatismo dinâmico foi de -3,5 (± 1,5) graus. A média da densidade endotelial encontrada conforme a faixa etária teve a distribuição com os pacientes de 11 a 20 anos com 3.053 (± 532) cél/mm2; 21 a 30 anos com 2.674 (± 725) cél/mm2; 31 a 40 anos com 2.737 (± 575) cél/mm2; 41 a 50 anos com 2.585 (± 476) cél/mm2 e 51 a 60 anos com 2.398 (± 667) cél/mm2. Conclusões: A ceratectomia lamelar anterior profunda usando a técnica big-bubble é um valioso tratamento para pacientes com ceratocone, alcançando uma acuidade visual dinâmica final igual ou melhor que o transplante penetrante. A contagem média de células endoteliais apresenta-se dentro da normalidade para a faixa etária após o procedimento. Não foram encontradas córneas rejeitadas ou com edema após a retirada de todos os pontos. Com o avanço das técnicas cirúrgicas, talvez a DALK torne-se a primeira escolha para ceratectomias em pacientes com ceratocone sem alterações endoteliais no eixo visual. Objetivo: Avaliar o uso da ceratoprótese de Boston (BKPro) na reabilitação visual de pacientes após queimadura química ocular grave. Método: Análise retrospectiva de prontuários de 23 pacientes (28 olhos) apresentando queimaduras químicas graves, submetidos ao implante da BKPro no Massachusetts Eye and Ear Infirmary, Boston, EUA, de 1990 até 2008. A natureza do agente químico, a acuidade visual, o número e o tipo de BKPros implantadas e complicações foram os parâmetros estudados. Resultados: Dezesseis (57%) olhos apresentaram queimadura por álcali, e 12 (43%) por substância ácida. A acuidade visual (AV) pré-operatória foi de “conta dedos” ou pior em todos os casos. A AV pós-operatória variou de “percepção luminosa” até 20/20. Dos 16 olhos com queimadura por álcali, 5 mantiveram AV ≥ 20/200, enquanto 8 dentre os 12 olhos com queimadura por ácido apresentaram AV ≥ 20/200 no último "follow-up" (média de 59 meses/1-169) (p=0,05). Vinte e três BKPros Tipo 1 e 5 BKPros Tipo 2 foram implantadas. O número de olhos com história prévia de glaucoma foi de 20 (71%), adicionalmente 3 olhos desenvolveram glaucoma após o implante da BKPro. A complicação pós-operatória mais comum foi a formação de membrana retroprostética em 12 casos, seguida da progressão do glaucoma em 11 olhos e 8 descolamentos de retina. Conclusões: Os avanços recentes no modelo da ceratoprótese de Boston e o melhor manejo pós-operatório têm mostrado bons resultados, principalmente em olhos com condições não inflamatórias. O presente estudo mostra um resultado satisfatório na reabilitação visual em olhos gravemente afetados por queimaduras químicas. Entretanto, a restauração de um meio transparente tem revelado problemas adicionais. Nos pacientes com graves queimaduras químicas, glaucoma e descolamento de retina foram as principais causas de baixa AV permanente. A prevenção do glaucoma após queimaduras químicas deve ser bem estabelecida através da identificação precoce e do controle clínico e cirúrgico. TL 007 TL 008 TÉCNICA DE ENUCLEAÇÃO COM MENOR RISCO DE SANGRAMENTO E HEMATOMAS EM DOADORES DE CÓRNEA NO BANCO DE OLHOS DO AMAZONAS TRANSPLANTE ENDOTELIAL AUTOMATIZADO UTILIZANDO MICROCERÁTOMO DE FABRICAÇÃO BRASILEIRA Cristina Garrido, Élcio Sato, André Silva, Antônio Alves Jr., Alexandra de Biasi Gleilton Carlos Mendonça da Silva, Luiz Antonio Gola Marcomini, Sidney Júlio de Faria e Sousa, Eduardo Melani Rocha Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM) - Manaus (AM) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: É fundamental a preservação da aparência do doador no processo doação-transplante, daí a importância em descrever a técnica de enucleação com menor risco de sangramento e hematomas desenvolvida em doadores de córnea no Banco de Olhos do Amazonas. Método: Foi realizada punção percutânea da veia jugular interna (direita e/ou esquerda) com sangria volumosa em 25 doadores de córnea que tiveram sangramento na cavidade orbitária após enucleação. Previamente à punção, 21 dos 25 doadores (84%) apresentavam face pletórica mesmo com a cabeça elevada. Também realizou-se a técnica de sangria antes da realização da enucleação em 6 doadores de córnea com face pletórica mesmo com a cabeça elevada. Para realizar a sangria nos 31 doadores de córnea, utilizouse a técnica de punção jugular de Seldinger e materiais descartáveis, jelco nº 14, frascos de soro fisiológico a vácuo (500 ml) e equipo macrogotas. Resultados: Após realizada a sangria nos 25 doadores, observou-se em todos (100%), parada total do sangramento na cavidade orbitária, sem formação de hematomas, bem como o aparecimento de palidez facial com melhora da aparência dos doadores. Dos 6 doadores submetidos à sangria antes da enucleação nenhum apresentou sangramento na cavidade orbitária ou hematomas após o procedimento e todos desenvolveram palidez facial e melhora da aparência (100%). Conclusões: No presente estudo, a técnica de sangria realizada nos doadores de córnea resolveu o problema do sangramento após a enucleação, evitou o aparecimento de hematomas, e também beneficiou os doadores posto que preservou ou até melhorou sua aparência, fato que confortou ainda mais os familiares. Objetivo: Reportar os resultados preliminares de uma pequena série de casos de transplante endotelial automatizado (DSAEK) utilizando microcerátomo de fabricação nacional. Método: Vinte olhos consecutivos de 20 pacientes, com média de idade de 72 anos, foram submetidos a DSAEK entre junho de 2008 e setembro de 2009. Um olho apresentava rejeição pós transplante penetrante, 2 olhos apresentavam distrofia endotelial de Fuchs e 17 olhos apresentavam ceratopatia bolhosa do pseudofácico. Para a confecção do leito receptor foi realizada a técnica de “stripping” da membrana de Descemet. As lamelas doadoras foram obtidas a partir de botões esclerocorneanos utilizando o microcerátomo “Masyk” e a câmara anterior artificial “Malks” (Loktal Medical Eletronics, São Paulo, Brasil). Os botões esclerocorneanos eram presos à Malks e então submetidos à secção horizontal utilizando aplanador calibrado em 350 micra. Após retirados da Malks, os botões eram trepanados via endotelial utilizando lâminas de trépano de 8 mm de diâmetro. A adesão do tecido doador ao leito receptor era realizada utilizando aposição sustentada por bolha de ar em câmara anterior durante 20 minutos. Resultados: A média de seguimento foi de 8,8 meses. Seis grafts (30%) evoluíram para falência primária e 1 (5%) para rejeição. Treze grafts (65%) apresentaram evolução satisfatória permanecendo viáveis durante o estudo. Trêz olhos (15%) apresentaram deslocamento no pós-operatório necessitando de reposicionamento. O tempo médio para re-estabelecimento da transparência nos olhos transplantados com sucesso foi de 39 dias. Não foram observadas complicações intraoperatórias importantes. Conclusões: A realização de DSAEK, utilizando o microcerátomo nacional para confecção do botão doador, mostrou-se uma opção exequível e reprodutível com alta taxa de sucesso e baixo índice de complicações. Até onde sabemos esta é a maior série já divulgada utilizando esse aparelho. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 11 9/9/2010, 11:48 11 TEMAS L IVRES TL 009 TL 010 COMPARAÇÃO DE DOIS MÉTODOS PARA REALIZAÇÃO DO TESTE DE FIXAÇÃO PREFERENCIAL EM PACIENTES COM ESTRABISMO ESTUDO COMPARATIVO DE SUBSTÂNCIAS VISCOELÁSTICAS PARA PROMOÇÃO DA ESTABILIZAÇÃO DO EQUILÍBRIO OCULOMOTOR SEM IMPEDIR ROTAÇÕES Edson Procianoy, Letícia Procianoy Maria do Socorro Aguiar Lucena, Harley Bicas, André Messias, Regina Monteiro de Paula, Haroldo César Bezerra Paula, Fernando Chahud, Carlos Alberto Moro, Francisco Carlos Mazzocato Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) Objetivo: Comparar a acurácia do teste de fixação preferencial quando o paciente olha e toca o objeto alvo ao invés de apenas olhá-lo, como o teste é classicamente descrito. Método: Estudo piloto transversal e prospectivo, incluindo 40 pacientes estrábicos, com desvios maiores que 10 dioptrias prismáticas (DP) entre 7 e 30 anos. Foram excluídos os pacientes com estrabismo paralítico, com outras causas de baixa acuidade visual que não apenas a ambliopia, e os que não souberam informar a acuidade visual com a tabela do Early Treatment Diabetic Retinopathy Study (ETDRS). Os dois testes de fixação preferencial foram realizados em todos os pacientes, de forma alternada, pelo mesmo examinador, mascarado quanto à acuidade visual dos pacientes. Foram considerados amblíopes os pacientes incapazes de manter a fixação no alvo exposto com o olho não dominante por 5 segundos. A acuidade visual foi medida com a tabela do ETDRS. Foram considerados amblíopes os pacientes com diferença de visão entre os olhos de 2 ou mais linhas. Foram calculadas a sensibilidade e a especificidade dos testes. Resultados: O teste modificado mostrou sensibilidade de 93% (IC95%=68,53-98,73%) e especificidade de 77% (IC95%=57,95-88,97%). O teste clássico apresentou sensibilidade de 93% (IC95%=68,53-98,73%) e especificidade 46% (IC95%=28,76-64,54%). Conclusões: estes resultados sugerem que a modificação no teste de fixação preferencial, solicitando que o paciente toque o objeto alvo, possa reduzir os resultados falsos positivos do teste. Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Estudar o efeito da aplicação de substâncias viscoelásticas aplicadas em órbitas de coelhos na dinâmica dos movimentos de rotação ocular. Método: Trinta coelhos da raça Nova Zelândia foram divididos em três grupos experimentais de acordo com a sustância inroduzida na órbita por injeção peribulbar: gel carboxivinílico (CARB; n=12), gel polivinílico (POLI; n=13) e soro fisiológico (SF) 0,9% (CTRL; n=5) servindo como grupo controle. Foram avaliados: sinais oftalmológicos externos, medida da pressão intraocular e medidas da força extrínseca necessária para promover deslocamento tangencial de adução ocular antes, imediatamente após a injeção das substâncias e nos 7º, 30º e 60º dias após a injeção. Aos 60 dias, animais foram sacrificados e o olho com os tecidos perioculares foram removidos para análise histológica. Resultados: Logo após a injeção das substâncias, o trabalho da força necessária para promover o deslocamento em adução aumentou de 2,77 ± 0,17 gf.mm para 5,43 ± 0,34 gf.mm (p<0,05) no grupo CARB e de 2,04 ± 0,08 gf.mm para 3,79 ± 0,23 gf.mm (p<0,05) no grupo POLI. No grupo controle essa alteração não foi observada. Observou-se tendência de diminuição dos efeitos após 60 dias com as duas substâncias, no entanto, no Grupo CARB permaneceu significativamente maior que os valores encontrados antes da injeção (p<0,05). A análise histológica revelou processo inflamatório com formação de fibrose apenas em alguns animais do grupo CARB, bem como a permanência do gel nos tecidos perioculares. Conclusões: Foi demonstrado que a injeção peribulbar de gel CARB atua como contensor do sistema oculomotor de coelhos. Esse efeito persistiu, pelo menos por 60 dias, e não foi relacionado com alterações inflamatórias orbitárias. Assim esse método pode ser considerado uma alternativa futura para tratamentos de alterações na estabilidade do sistema oculomotor, como o nistagmo. TL 011 TL 012 PREVALÊNCIA DE AMBLIOPIA E ERROS REFRATIVOS EM CRIANÇAS PORTADORAS DA SEQUÊNCIA DE MÖBIUS FATORES ASSOCIADOS À RESPOSTA DA CABEÇA DO NERVO ÓPTICO À VARIAÇÃO DA PRESSÃO INTRAOCULAR EM PACIENTES GLAUCOMATOSOS Monica Fialho Cronemberger, Mariza Polati, Iara Debert, Tomás Fernando Scalamandré Mendonça, Carlos Souza Dias, Marilyn Treacy Miller, Nilce Tieme Shiwaku Kamida, Liana Ventura, Célia Regina Nakanami, Mauro Goldchmit Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a prevalência de ambliopia e erros refrativos em crianças portadoras da Sequência de Möbius. Método: Trabalho realizado durante o encontro anual da Associação de Möbius do Brasil (AMoB), na Santa Casa de São Paulo, em novembro de 2008. Quarenta e quatro pacientes com diagnóstico de Sequência de Möbius foram submetidos à avaliação multidisciplinar. Dos 44 pacientes examinados, 43 colaboraram com exame oftalmológico. Destes 43 pacientes, 22 (51,2%) eram do sexo masculino e 21 (48,8%) do sexo feminino. A idade média foi de 8,3 anos (2 a 17 anos). A medida da acuidade visual foi realizada com tabela logMAR retroiluminada, nos pacientes que colaboravam. Ambliopia foi definida como a diferença interocular de acuidade visual maior que 0,10 logMAR. Todas as crianças foram submetidas a exame da motilidade ocular, refração sob cicloplegia e fundo de olho. Nos pacientes com ambliopia, foi testada a associação entre anisometropia e a presença de estrabismo utilizando o teste exato de Fisher. Resultados: Neste estudo transversal (mutirão) dos 34 pacientes que informaram a acuidade visual encontramos 12 (35,3%) pacientes amblíopes. No exame de refração, de 85 olhos, foram encontrados 3 (3,5%) olhos emétropes, 15 (17,4%) olhos míopes, 62 (72,1%) olhos hipermetropes e 5 (5,8%) com astigmatismo misto. No grupo dos 12 pacientes amblíopes, temos 4 com anisometropia e 7 com estrabismo. Entre estes pacientes com ambliopia, não há relação entre a presença de anisometropia e estrabismo (p=1,0). Conclusões: A Sequência de Möbius é uma síndrome rara e há poucos estudos publicados envolvendo séries com grande número de pacientes. A porcentagem de ambliopia encontrada neste estudo 35,3% revela que este diagnóstico deve ser lembrado nas crianças com Sequência de Möbius para que o tratamento adequado seja instituído. Tiago dos Santos Prata, Verônica Castro Lima, Carlos Gustavo Vasconcelos de Moraes, Lia Manis Guedes, Fernanda Pedreira Magalhães, Sergio Henrique Teixeira, Robert Ritch, Augusto Paranhos Jr. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Hospital Oftalmológico Medicina dos Olhos - Osasco (SP) Objetivo: Investigar fatores associados às mudanças na topografia da cabeça do nervo óptico (CNO) após a redução aguda da pressão intraocular (PIO) em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA). Método: Pacientes com GPAA recém-diagnosticados e sem tratamento (PIO >21 mmHg) foram recrutados prospectivamente. Foram coletadas informações sistêmicas e oculares, incluindo espessura corneana central (ECC) e histerese corneana (HC). Todos os pacientes foram submetidos à tonometria (Goldmann) e oftalmoscopia de varredura a laser (Heidelberg Retina Tomograph III; HRT) antes e 1 hora após a redução farmacológica da PIO. A média de três medidas para cada exame foi analisada. Avaliaram-se mudanças em cada parâmetro topográfico da CNO (um olho foi escolhido aleatoriamente); aqueles que mudaram significativamente foram correlacionados com as características sistêmicas e oculares dos pacientes. Resultados: Foram incluídos 42 pacientes (idade média: 66,7 ± 11,8 anos). Após redução média da PIO de 47,3%, foram observadas mudanças significativas na área e volume da escavação, e na área e volume da rima neural (p<0,01). A análise de regressão múltipla (controlando para a PIO basal e magnitude de redução da PIO) revelou que a HC (r2≥0,16, p<0,01) e a presença de diabetes (r2≥0,21, p<0,01) estavam negativamente correlacionados ao grau de mudanças nos parâmetros da CNO, enquanto o tamanho da razão escavação/disco estava positivamente correlacionada (r2≥0,08, p≥0,04). Idade, raça, área do disco e ECC não foram significantes (p≥0,12). Após análise multivariada, apenas a presença de diabetes permaneceu significativa (p≤0,03). Conclusões: Diferentes fatores como resistência corneana, grau de dano estrutural e principalmente presença de diabetes, parecem influenciar a resposta da CNO à variação da PIO em olhos glaucomatosos. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 12 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 12 9/9/2010, 11:48 TEMAS L IVRES TL 013 TL 014 MEDIDA DA CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS PERIPAPILAR E ESPESSURA CORNEANA CENTRAL EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO OCULAR TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA FOURIER-DOMAIN E TIME-DOMAIN EM PACIENTES GLAUCOMATOSOS COM DEFEITO DE HEMICAMPO Roberto M. Vessani, Isalina Raquel Elias, Mariana Alves, Luisa Trancoso, Remo Susanna Jr. Alexandre Soares Castro Reis, André Kreuz, Kallene Vidal, Remo Susanna Jr., Roberto Malta Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) O D A IR ET R A O ID D PE O D Objetivo: Comparar a da espessura da camada de fibras nervosas (CFN) medida com tomografia de coerência óptica (TCO) Fourier-Domain (FD) e TCO TimeDomain (TD) em pacientes com glaucoma e defeito assimétrico de hemicampo. Método: Estudo transversal e observacional envolvendo 33 pacientes com diagnóstico de glaucoma primário de ângulo aberto e campo visual com defeito assimétrico. Campo visual assimétrico foi definido pela presença de um grupo de pelo menos 3 pontos contíguos, com p<1%, e pelo menos um deles com p<0,5% no gráfico do pattern deviation (PD), GHT fora dos limites da normalidade e ausência de tais critérios no hemicampo oposto. O hemicampo com defeito foi chamado modelo perimétrico, e o hemicampo oposto modelo pré-perimétrico. Os pacientes foram submetidos a medidas da CFN com TCO FD (3D OCT-100, Topcon, Tokyo, Japan) e TCO TD (Stratus, Carl Zeiss Meditec Inc, Dublin, Califórnia, USA). Teste t e coeficiente de correlação de Pearson foram usados para comparar as medidas realizadas com TCO FD e TCO TD e avaliar a correlação estrutura-função. Resultados: O valor médio (± desvio padrão) da CFN (µm) foi igual no modelo préperimétrico quando medido com TD 85,45 ± 18,22 e FD 85,21 ± 24,02, p=0,928. Porém mostrou diferença para o modelo perimétrico, TD 85,21 ± 24,02 e FD 63,62 ± 18,32, p<0,001. O modelo perimétrico apresentou melhores correlações estruturafunção. Observou-se correlação moderada entre as medidas da CFN FD (µm) e valores de sensibilidade (dB) no modelo perimétrico (r=0,42, p=0,008, IC 95% 0,262; 0,634). Para cada mudança de 1 dB houve mudança de 0,134 µm na espessura da CFN (IC 95% 0,026; 0,242); F (1, 30) = 6,392, p=0,017. Conclusões: Neste estudo encontramos que as diferenças entre as medidas de CFN são mais importantes em glaucomas com defeitos funcionais bem estabelecidos. R TO U A TL 015 TL 016 CORRELAÇÃO ENTRE O OCT FOURIER DOMAIN E O ELETRORRETINOGRAMA DE PADRÃO REVERSO MULTIFOCAL NA COMPRESSÃO QUIASMÁTICA HABILIDADE DIAGNÓSTICA DO 3D OCT-1000® E BANCO DE DADOS NORMATIVOS NA DETECÇÃO DA PERDA NEURAL POR TUMORES HIPOFISÁRIOS Leonardo Provetti Cunha, Luciana V. F. Costa-Cunha, Kenzo Hokazono, Maria Kiyoko Oyamada, Mário Luiz R. Monteiro Carolina F. Falcochio, Luciana V.F.C Cunha, Frederico C. Moura, Mario Luiz R. Monteiro Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a correlação entre as amplitudes do eletrorretinograma de padrão reverso multifocal (mfPERG) e a espessura macular obtida pela tomografia de coerência óptica de alta resolução (3D OCT Fourier Domain) em olhos com hemianopsia temporal permanente por compressão quiasmática. Método: Vinte e dois olhos de 22 pacientes com presença de defeito de campo visual (CV) temporal permanente e 12 olhos de 12 controles foram submetidos ao mfPERG utilizando um padrão de estímulo de 19 retângulos, a perimetria automatizada e avaliação da espessura da camada de fibras nervosas da retina e macular pelo 3D OCT Fourier Domain. A média das respostas dos 8 retângulos nasais e temporais pelo mfPERG foram analisadas. Comparações foram feitas pelo test t de Student. O desvio do normal da sensibilidade do CV para os 18° centrais foram expressos na unidade 1/Lambert. Correlações entre os valores obtidos foram analisados pelo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Os valores das amplitudes do mfPERG temporal e nasal foram significativamente menores nos olhos com hemianopsia temporal. Uma correlação significativa foi encontrada entre a perda de sensibilidade do CV central e as amplitudes do mfPERG. De forma semelhante, uma correlação significativa foi encontrada entre a perda de sensibilidade do CV e os parâmetros maculares do OCT. Uma correlação significativa também foi observada entre a espessura macular nasal pelo OCT e os parâmetros temporais do mfPERG. Conclusões: Em pacientes com compressão quiasmática, as amplitudes do mfPERG e as medidas de espessura macular pelo OCT foram significativamente correlacionadas à perda de CV e também entre eles. Tanto o OCT quanto o mfPERG quantificaram a perda neural e ambas tecnologias diagnósticas são úteis na compreensão da correlação estrutura-função em pacientes com compressão quiasmática. Objetivo: Avaliar a habilidade diagnóstica do OCT de domínio Fourier na detecção da perda neural em olhos com atrofia em banda (AB) do nervo óptico (NO) usando a comparação com o seu banco de dados normativos da mácula e da CFN. Método: 36 olhos de 36 pacientes com AB e 36 olhos normais foram estudados. 14 olhos tinham hemianopsia completa e 22 parcial. Todos os indivíduos foram submetidos à tomografia de coerência óptica de alta resolução usando equipamento comercialmente disponível (3 D OCT-1000®, Topcon Corp., Tokyo, Japan). Foram avaliados a mácula e a cabeça do NO. Para cada parâmetro, o software do aparelho fornece uma classificação: dentro dos limites da normalidade, limítrofe (abaixo de 95% do intervalo de confiança) e fora dos limites da normalidade (abaixo de 99%). Foram analisados os resultados considerados anormais (limítrofe e fora da normalidade) nos olhos com AB e nos normais e calculadas a sensibilidade e especificidade dos parâmetros. Resultados: O FD-OCT identificou a perda neural da AB com sensibilidade variando de 72 a 94% pela CFN e de 69 a 81% pela espessura macular. A especificidade variou de 81 a 97%. O parâmetro Espessura Temporal apresentou a maior sensibilidade (94%) entre os da CFN e a espessura nasal interna a maior sensibilidade (81%) entre os maculares. Os parâmetros relacionados aos segmentos de 30° mostraram sensibilidade relativamente menor entre os parâmetros da CFNR. Entretanto, a sensibilidade do parâmetro 3h (78%) foi maior que a do estudo prévio similar utilizando Stratus-OCT. A capacidade diagnóstica usando-se o banco de dados normativos foi melhor no FD-OCT do que no Stratus-OCT. Conclusões: Os parâmetros maculares e da CFN do 3D OCT-1000 apresentaram sensibilidade alta pela comparação com o banco de dados normativos e podem ser usados na pratica clinica para o diagnóstico de AB do NO, embora resultados falsos-negativos ainda existam e devam ser considerados. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 13 9/9/2010, 11:48 13 TEMAS L IVRES TL 017 TL 018 CRIAÇÃO DE UM ESCORE CAPAZ DE PREVER A OCORRÊNCIA DA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE USO DO COLÍRIO AZUL DE TOLUIDINA A 1% NO DIAGNÓSTICO DAS NEOPLASIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS DA SUPERFÍCIE OCULAR João Borges Fortes Filho, Gabriela Unchalo Eckert, Mauricio Maia, Renato Soibelmann Procianoy Ivana Lopes Romero, Priscilla Luppi Ballalai Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) / Hospital de Clínicas de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Peso de nascimento (PN) e idade gestacional (IG) são os mais importantes fatores de risco para a ROP. São necessários repetidos exames oftalmológicos num mesmo paciente, na maioria das vezes, durante os exames de triagem para a detecção da ROP. Isto aumenta a força de trabalho necessária para a realização de um programa de triagem para detectar um único caso de ROP que necessite de tratamento e gera riscos, debilitação e stress ao prematuro examinado repetidamente. Nós criamos um escore composto de outros fatores de risco para o surgimento da ROP que, aplicado na 6ª semana de vida, serve como um preditor da ocorrência da ROP (em qualquer estadiamento ou da ROP grave) entre nascidos prematuros. O objetivo do estudo é demonstrar a criação do escore. Método: Estudo de coorte prospectivo incluindo bebês com PN ≤1.500 gramas e/ou IG ≤32 semanas. O escore foi desenvolvido baseado no PN, IG, ganho ponderal proporcional do nascimento até a 6ª semana de vida, uso de oxigênio em ventilação mecânica, uso de eritropoetina e necessidade de transfusões sanguíneas. O escore foi criado a partir de regressão linear considerando o impacto de cada variável em relação ao surgimento da ROP. Curvas Receiver Operating Characteristics (ROC) foram usadas para determinar sensibilidade/especificidade dos valores contínuos do escore. As variáveis selecionadas foram introduzidas em uma tabela Excel (Microsoft®) para uso prático durante as sessões de triagem. Resultados: Foram incluídos dados de 487 PMBP. A área sob a curva ROC (medida da acurácia do escore para predizer a ocorrência da ROP em qualquer estadiamento e da ROP grave) entre os pacientes estudados foi 0,77 (P<0,001; IC 95%: 0,72-0,82) e 0,87 (P<0,001; IC 95%: 0,81-0,93), respectivamente. Estes valores foram significativamente maiores para o escore do que o PN (0,71; P<0,001; IC 95%: 0,65-0,76) e a IG (0,69; P<0,001; IC 95%: 0,63-0,75) isoladamente. Conclusões: O escore é um preditor consistente. Objetivo: Avaliar o uso do colírio azul de toluidina a 1% no diagnóstico das neoplasias de células escamosas da superfície ocular e correlacionar a intensidade do corante com o diagnóstico histopatológico. Método: Um estudo prospectivo foi desenvolvido em nossa instituição. Pacientes com lesões epiteliais conjuntivais foram submetidos à avaliação clínica na lâmpada de fenda com e sem o azul de toluidina a 1% e documentação fotográfica. Todos os pacientes foram submetidos à cirurgia e análise anatomopatológica para confirmar o diagnóstico. Os pacientes foram agrupados de acordo com os achados histopatológicos das lesões em três grupos: grupo 1 - pacientes com neoplasia intraepitelial corneoconjuntival e carcinoma de células escamosas conjuntival; grupo 2 - pacientes com lesões prémalignas (ceratose actínica) e grupo 3 - pacientes com pterígeo. As imagens digitais foram examinadas por dois observadores, que desconheciam o resultado do exame anatomopatológico, sendo classificadas quanto à positividade e intensidade do corante. Resultados: Quarenta e sete pacientes foram incluídos no estudo: 10 com lesões benignas (pterígeo), 10 com lesões pré-malignas (ceratose actínica) e 27 tinham lesões malignas (neoplasia intraepitelial corneoconjuntival e carcinoma de células escamosas conjuntival). A concordância entre observadores quanto à análise das fotografias digitais para positividade foi de 100% e intensidade foi de 82,9% (Kappa 0.938). Noventa por cento dos pacientes com lesões pré-malignas e todos com lesões malignas apresentaram coloração positiva pelo azul de toluidina a 1%. Em apenas um paciente que apresentou coloração positiva, a patologia revelou lesão benigna (falso-positivo). Conclusão: O teste azul de toluidina a 1%, que é um procedimento simples e acessível a todos oftalmologistas, auxilia no diagnóstico precoce e tratamento efetivo das neoplasias de células escamosas da superfície ocular, uma vez que esse corante é utilizado para delinear as bordas da lesão no intraoperatório e durante a avaliação pósoperatória na detecção precoce das recidivas. TL 019 TL 020 ÂNGULO INTERORBITÁRIO E PROTRUSÃO OCULAR NOS EXORBITISMOS SINDRÔMICOS PADRÕES RADIOLÓGICOS DE INFLAMAÇÃO ORBITÁRIA IDIOPÁTICA EM CRIANÇAS E ADULTOS Sara Filipa Teixeira Ribeiro, Gherusa Helena Milbratz, Afra Raquel Bernardes, Veridiana Puppio, Denny Garcia, Eric Arnaud, Patricia Mitiko Santello Akaishi, Antonio Augusto Velasco e Cruz Veridiana Puppio Querido, Afra Raquel Bernardes Rabelo da Silva, Gherusa Helena Milbratz, Sara Filipa Teixeira Ribeiro, Patricia Mitiko Santello Akaishi, Antonio Augusto Velasco e Cruz Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Quantificar a relação entre ângulo interorbitário (α) e o grau de protrusão ocular (PO) em pacientes com faciocraniossinostoses. Método: Sujeitos: pacientes com faciocraniossinostoses (31 com SC, 12 com SA e 8 com SP) e um grupo controle, n=23. Para cada órbita, foram medidas a PO, definida, porcentualmente, pela razão (A/B)*100, onde A é a porção do globo ocular acima da linha entre as apófises zigomáticas e B é o diâmetro axial do globo. Além disso, mediu-se o α, definido pelo valor em graus entre as paredes laterais das órbitas. Os dados de PO direito e esquerdo foram comparados com teste t pareado. A análise de variância unifatorial (ANOVA) + teste de Tukey foi usada para comparar os valores entre diferentes grupos. A regressão linear foi empregada para o estabelecimento da relação entre α e PO. Resultados: Não houve diferença significativa entre a PO direita e esquerda (t=0,13; p=0,9). Dessa maneira, a análise entre a relação PO e foi feita unicamente com os valores PO direito. A ANOVA revelou que nos pacientes os valores médios (± desvio padrão, DP) do α (SC = 110,95° ± 11,33; SA = 117,50 ± 9,31; SP = 120,14 ± 8,84 e da PO (SC = 88,11 ± 18,75; SA = 86,01 ± 9,28; SP = 95,73 ± 10,75) foram significativamente maiores nos pacientes do que nos controles (α = 84,84 ± 6,63; PO = 59,68 ± 6,55) sem diferença entre os 3 tipos de faciocraniossinostoses estudados (α F=52,24; p<0,00001; PO F=24,56; p<0,00001). Há uma relação linear entre α (x) e a PO (y); (y = -17,91 + 0,93x, r=0,807, p<0,001) Conclusões: As síndromes de faciocraniossinostoses apresentam graus semelhantes de protrusão ocular que depende linearmente da magnitude do ângulo interorbitário. Objetivo: Comparar por meio de exames de imagem (CT/RNM) o tipo de comprometimento orbitário dos pacientes com diagnóstico clínico e/ou histológico de inflamação orbitária idiopática (IOI), atendidos no ambulatório de Oculoplástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP. Método: Análise retrospectiva de 29 prontuários e exames de imagem dos pacientes com diagnóstico de inflamação orbitária idiopática, atendidos no serviço no período de novembro de 1992 a março de 2010. A amostra foi composta por dois grupos: adultos e crianças. O grupo dos adultos foi constituído por 18 pacientes (12 mulheres e 6 homens) com idades entre 21 e 60, (média=41) anos. O grupo das crianças foi formado por 11 pacientes (6 femininos e 5 masculinos) com idades entre 1 e 15, (média=8) anos. Resultados: Foram identificados quatro padrões radiológicos: súpero-lateral, difuso, esclerotenonite e inferior. Não houve diferença significativa entre a associação padrão vs grupo (teste de Fischer). Nos dois grupos o acometimento mais comum foi o súpero-lateral. Nessa categoria, em 96% dos casos o processo estava centrado na glândula lacrimal estendendo-se para o complexo superior em 55%, reto lateral em 38%. Conclusões: Os padrões inflamatórios diagnosticados diferem dos citados na literatura internacional. A miosite isolada, que é uma forma frequente em outros centros, não foi encontrada. Acometimento apical puro também não foi evidenciado. O principal órgão de choque foi a glândula lacrimal. O prosseguimento desse estudo com um número maior de pacientes será necessário para elucidar a especificidade dos processos inflamatórios orbitários no nosso meio. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 14 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 14 9/9/2010, 11:48 TEMAS L IVRES TL 021 TL 022 "TEA TREE OIL" NO TRATAMENTO DA BLEFARITE CRÔNICA POR DEMODEX SP TRATAMENTO DE DEMODEX FOLLICULORUM COM IVERMECTINA EM PACIENTES PORTADORES DE BLEFARITE CRÔNICA Nahin Mohamad Ali Geha, Angelino Julio Cariello, Letícia Yamashita, Acácio Alves de Souza Lima Filho, Maria Cecília Zorat Yu, Ana Luisa Hofling-Lima Flavio Gaieta Holzchuh, Richard Yudi Hida, Marcos Bottene Villa Albers, Bernardo K. Moscovici, Diego T. Q. Barbosa, Brenda B. Chiacchio, Ruth M. Santo, Newton Kara-José, Nilo Holzchuh, Ricardo Holzchuh Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a eficácia do uso tópico do "tea tree oil" (TTO - Melaleuca alternifolia) no tratamento de blefarite crônica associada a Demodex sp. Método: Pacientes com diagnóstico de blefarite crônica responderam questionário sintomático e foram submetidos a exame oftalmológico. Três cílios com colaretes foram epilados de cada pálpebra e examinados em microscópio. Os ácaros foram detectados e quantificados com base em suas características morfológicas. Os pacientes com Demodex foram randomizados em dois grupos: no grupo tratamento foi prescrito diariamente higiene com xampu de TTO 0,25% e aplicação de pomada de TTO 5%, além de solução oleosa de TTO 50% uma vez por semana. O grupo controle utilizou a mesma posologia de produtos placebos formulados apenas com veículo. Após seis semanas de tratamento, todos os indivíduos foram submetidos aos exames iniciais de forma mascarada. Os sintomas e a quantidade de ácaros foram comparados em ambos os grupos, utilizando o teste T. Resultados: Foram incluídos 75 pacientes. A idade variou de 19 a 82 anos, com média de 52,9 ± 15,6 anos. A relação masculino:feminino foi de 1:1.8. Demodex foi detectado em 47 (72,3%) pacientes. Destes, 34 (52,3%) aceitaram participar do estudo. Foram alocados aleatoriamente 18 pacientes (36 olhos) para o grupo tratamento e 16 (32 olhos) para o grupo controle. A média de ácaros por olho antes e depois do tratamento foi de 7,1 ± 1,2 e 2,5 ± 0,5 no grupo de tratamento (p<0,001) e de 5,3 ± 0,9 e 2,1 ± 0,4 no grupo controle (p<0,001), respectivamente. A redução do número de ácaros após a terapêutica foi de 4,5 ± 1,2 no grupo tratamento e 3,2 ± 0,8 no grupo controle (p=0,19). Conclusões: Pacientes com blefarite crônica apresentaram alta prevalência de Demodex sp. nos cílios. A higiene palpebral reduziu o número de ácaros em pacientes com blefarite, porém não foi observado efeito adicional na redução dos organismos com uso de TTO. Objetivo: Avaliar a eficácia do tratamento com ivermectina em pacientes portadores de blefarite crônica refratária, nos casos em que a presença do Demodex folliculorum foi verificada. Método: Estudo prospectivo, experimental, envolvendo 13 pacientes (26 olhos) com média etária de 50,4 ± 21,0 anos, portadores de blefarite crônica. Foram incluídos pacientes com blefarite crônica, refratária a tratamentos tópicos e sistêmicos; que apresentassem Demodex folliculorum nos cílios. Todos os pacientes foram analisados 1 dia antes e 30 dias depois do tratamento com ivermectina oral. Foram analisados: medida da altura do menisco lacrimal, tempo de ruptura do filme lacrimal, quantificação da lesão da superfície ocular com fluoresceína e rosa bengala, teste de Schirmer I e quantificação do número absoluto de parasitas presentes na amostra dos cílios retirados. Os pacientes foram tratados com 2 ciclos de ivermectina em esquema de terapia antiparasitária na dosagem de 200 μg/kg em dose única via oral. O ciclo foi repetido após um intervalo de sete dias. Resultados: Após o tratamento com ivermectina, foi observada melhora da média da altura do menisco lacrimal (p=0,0397), do tempo de ruptura do filme lacrimal (p=0,0018) e do teste de Schirmer I (p=0,0005). Foi observada redução da média do número total de ácaros após o tratamento com ivermectina (p=0,0006) e da média do número de ácaros encontrados na pálpebra inferior (p<0,0001). Conclusões: A ivermectina mostrou-se uma ferramenta terapêutica útil para a redução do Demodex folliculorum nos cílios dos pacientes com blefarite crônica refratária. Após o tratamento com ivermectina e diminuição dos parasitas, houve melhora significante da altura do menisco lacrimal, do tempo de ruptura do filme lacrimal e do teste de Schirmer I. TL 023 TL 024 ABERRAÇÕES ÓPTICAS DE ALTA ORDEM EM PACIENTES COM DISTONIAS FACIAIS AVALIAÇÃO DE PTOSE DE SUPERCÍLIO NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE BLEFAROPLASTIA SUPERIOR UTILIZANDO MEDIDAS ANGULARES Mariann Midori Yabiku, Juliana Sartori, Eduardo Pantaleão Sarraf, Angelino Julio Carriello, Sidarta K. Hossaka, Carolina P. Isolane, Tammy Hentona Osaki Osaki, Paulo Schor, Midori Hentona Osaki, Ana Luisa Hofling-Lima Rodrigo Bueno do Prado, Silvana Artioli Schellini, Délio Evangelista da Silva Junior, Carlos Roberto Padovani Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Objetivo: Avaliar a influência da toxina botulínica tipo A nas aberrações ópticas de alta ordem em pacientes com distonias faciais. Métodos: Pacientes com diagnóstico clínico de espasmo hemifacial (EH) ou blefaroespasmo essencial (BE) em atividade foram incluídos neste estudo. Todos os pacientes foram submetidos à biomicroscopia e à análise de frente de ondas, através do aberrômetro Alcon LADARvision®, após dilatação pupilar. A seguir, foram submetidos a injeções subcutâneas de toxina botulínica tipo A nas áreas afetadas, realizadas pelo mesmo oftalmologista. Após um mês, a análise de frente de ondas foi repetida da mesma forma, pelo mesmo oftalmologista. O principal desfecho analisado foi mudanças nas aberrações de alta ordem após o tratamento. O teste T pareado foi utilizado para comparar os valores de cada aberração de alta ordem pré e póstratamento. Resultados: Foram incluídos no estudo um total de 11 pacientes, 6 com BE (54,5%) e 5 com EH (45,5%). Os olhos contralaterais dos pacientes com EH foram excluídos, totalizando 17 olhos com espasmo. A idade dos pacientes variou de 50 a 72 anos, sendo a média de 65,9 ± 8,2 anos. Oito pacientes eram do sexo feminino (72,7%) e 3 (27,3%), sendo a relação masculino:feminino de 1:2,6. A média do RMS (Root Mean Square) das aberrações de alta ordem foi 0,68 antes e 0,63 após um mês do tratamento (p=0,011). Antes do tratamento, a média da aberração esférica foi 0,23 e diminuiu para 0,17 um mês após (p=0,014). Não houve diferenças estatisticamente significantes nos demais tipos de aberrações de alta ordem após o tratamento (p>0,05). Antes do tratamento, as médias das aberrações do tipo defocus, astigmatismo e coma foram, respectivamente, 2,7; 0,8 e 0,44. Após um mês do tratamento, esses valores foram respectivamente, 2,6; 0,77 e 0,45. Conclusão: O tratamento com toxina botulínica A pode ser capaz de diminuir as aberrações esféricas em pacientes com distonias faciais. Objetivo: É sabido que ocorrem diferenças na posição do supercílio de acordo com a idade, sexo e raça. Este estudo tem por finalidade analisar se a blefaroplastia superior também contribuiria para alterar a posição do supercílio, induzindo ptose do mesmo. Método: O estudo foi realizado com 45 pacientes (90 supercílios) submetidos à cirurgia de blefaroplastia superior no período de 01/01 a 31/12/2007 no serviço de oftalmologia da Unesp-Botucatu, que possuíam duas fotografias digitais, uma antes e outra no período entre 3 e 4 meses de pós-operatório. As imagens foram analisadas retrospectivamente no softwear ImageJ, através de 6 medidas angulares de cada olho tomando como referências anatômicas o ponto mais distal do supercílio, ponto mais proximal do supercílio, canto nasal do olho e canto temporal do olho. A cauda do supercílio é analisada pelos ângulos ACN, ACT e AVC, já a cabeça do supercílio pelos ângulos APN, APT e AVP. Há ptose de supercílio se os ângulos ACN e APT diminuírem ou se os ACT, AVC, APN e AVP aumentarem. A diferença na medida dos ângulos pré e pós-operatório foi analisada estatisticamente utilizando o teste Kruskal-Wallis. Ptose palpebral, cirurgia combinada ou cirurgia prévia local foram fatores de exclusão. Resultados: Dos pacientes analisados, 82% eram do sexo feminino e a média de idade foi de 60,5 anos. O ângulo ACN apresentou média pré de 15,9 e pós-operatória de 13,5 (p<0,001). O ângulo ACT teve média 143,4 no pré e 148,3 no pós-operatório com p<0,001, AVC teve média de 74,1 (pré) e 78,3 (pós) com p<0,001, APN teve média de 81,4 no pré e pós-operatório com p=0,891, AVP teve média de 13,4 no pré e 13,5 no pós-operatório com p=0,241, APT com média de 29,4 no pré e 28,4 no pós-operatório com p<0,05. Conclusões: Foram observadas alterações na média de todos os ângulos que analisaram a cauda do supercílio, sugestivas de ptose da mesma pós-blefaroplastia superior. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 15 9/9/2010, 11:48 15 TEMAS L IVRES TL 025 TL 026 COMPARAÇÃO ENTRE DUAS APRESENTAÇÕES DE TOXINA BOTULÍNICA TIPO A PARA O TRATAMENTO DE DISTONIAS FACIAIS AMBLIOPIA EM ESCOLARES DA 1ª SÉRIE DA REDE PÚBLICA DA CIDADE DE SÃO PAULO Juliana de Filippi Sartori, Angelino Julio Cariello, Mariann Midori Yabiku, Eduardo P. Sarraff, Sidarta K. Hossaka, Carolina Isolani Pereira, Tammy Hentona Osaki, Midori Hentona Osaki, Ana Luisa Hofling-Lima Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Liliane de Morais Junqueira, Célia Regina Nakanami, Adriana Berezovsky, Mônica Fialho Cronemberger, Nívea Nunes Cavascan, Denise de Freitas, Rubens Belfort Jr., Solange Rios Salomão Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar duas apresentações de toxina botulínica tipo A no tratamento de distonias faciais. Método: Pacientes portadores de blefaroespasmo essencial (BE) e espasmo hemifacial (EH) em atividade foram submetidos a exame oftalmológico e responderam ao questionário CDQ-2 sobre qualidade de vida. Os pacientes com BE foram tratados com Prosigne® em uma hemiface e Dysport® na outra e os pacientes com EH foram randomicamente tratados com uma dessas duas apresentações. Todos os pacientes foram reexaminados e responderam ao mesmo questionário no primeiro e terceiro mês após aplicação da toxina. O teste t pareado foi utilizado para comparação dos dados pré e pós-tratamento. Resultados: Vinte e quatro pacientes foram incluídos no estudo, 16 (66,7%) com BE e 8 (33,3%) com EH. Idade média de 66,7 ± 15,1 anos. Relação masculino:feminino de 1:3,8. Todos apresentaram melhora dos sinais e sintomas após o tratamento e não foi observada diferença no efeito do tratamento entre ambas as drogas. A pontuação do questionário CDQ-2 antes e depois do tratamento foi de 56,7 ± 11,5 e 10,8 ± 3,1, respectivamente (p<0,001). Dois pacientes com BE apresentam ptose palpebral unilateral, um no lado tratado com Prosigne® e o outro no lado com Dysport®. Um paciente com BE tratado com Prosigne® desenvolveu reação alérgica. As complicações se resolveram espontaneamente. O escore médio da escala analógica de melhora foi de 8,9 ± 1,1 nos pacientes com EH e 8,8 ± 0,9 nos pacientes BE (p=0,45). Conclusões: O tratamento com as duas drogas levou a melhora significativa dos sinais e sintomas das distonias faciais com melhora da qualidade de vida. Neste estudo o risco de desenvolver ptose foi semelhante entre as drogas. Prosigne® apresentou maior risco de reação alérgica. Não houve diferença na eficácia entre as duas drogas. Objetivo: Investigar a ocorrência de ambliopia em escolares da primeira série do ensino fundamental da rede pública na zona Leste de São Paulo, através do Programa Visão do Futuro. Método: Testes de acuidade visual e de inspeção externa foram realizados nas escolas por professores treinados. Os critérios para encaminhamento para exame oftalmológico foram: acuidade visual <0,7 em 1 ou ambos os olhos, diferença interocular de acuidade de 2 linhas ou mais na tabela impressa do “E” de Snellen, estrabismo manifesto, óculos quebrados. No mutirão foi realizado exame oftalmológico que incluiu: AV com tabela retroiluminada logMAR do “E”, motilidade ocular, biomicroscopia. Crianças com AV apresentada de 20/32 ou pior em um ou ambos os olhos fizeram exame de refração sob cicloplegia e de fundoscopia. Ambliopia foi considerada como uma diferença interocular de AV com a melhor correção óptica ≥0,2 logMAR ou AV ≤0,4 logMAR bilateralmente com melhor correção. Estes casos foram encaminhados para o ambulatório de Estrabismo da UNIFESP para acompanhamento. Resultados: No Projeto foram avaliados 3.954 escolares. Foram encaminhados ao ambulatório de Estrabismo da UNIFESP 237. Até o momento 126 pacientes foram reavaliados, dos quais 99 apresentaram ambliopia, 22 apresentaram apenas estrabismo e 5 apresentaram outras causas de baixa acuidade visual. A ambliopia anisometrópica estava presente em 63 pacientes, a estrabísmica em 18, a ametrópica em 17 e a de privação em 1 paciente. Onze pacientes encaminhados como amblíopes apresentaram melhora da acuidade visual apenas com o uso dos óculos. Conclusões: A suspeita de ambliopia e/ou estrabismo ocorreu em 6% dos escolares que tiveram avaliação oftalmológica nos mutirões. Os resultados obtidos reforçam a importância de programas para detecção, prevenção e tratamento de alterações oculares em escolares. TL 027 TL 028 CIRURGIA DE CATARATA: CUSTOS PARA OS PACIENTES NO PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO REDUÇÃO DA ESPESSURA DO COMPLEXO DE CÉLULAS GANGLIONARES MACULAR EM PACIENTES DIABÉTICOS SEM RETINOPATIA Newton Kara José Júnior, Rodrigo França de Espíndola, Marcony Rodrigues de Santhiago, Tais Renata Ribeiro Parede, Marcos Marcondes, Paula Mourad, Regina Carvalho, Newton Kara-José Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar os custos financeiros dos pacientes submetidos à cirurgia de catarata durante o período pós-operatório, no sistema público de saúde de um país em desenvolvimento. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Os indivíduos foram randomizados para cirurgia de catarata pelas técnicas de facoemulsificação (FACO) e de extração extracapsular (FEC). As despesas financeiras no período pósoperatório relacionadas às visitas hospitalares (transporte, alimentação e gastos com acompanhantes) e com a aquisição de lentes corretivas foram analisadas. Resultados: Foram analisados 205 pacientes, destes, 101 (49%) foram submetidos à FACO. A idade média do grupo da FACO foi de 68,3 ± 9 anos e de 69,1 ± 8,5 anos no outro grupo (P=0,07). A média de óculos prescritos no grupo da FACO foi de 1,56 e de 1,64 do grupo da FEC. A despesa total média com óculos após 6 meses da cirurgia foi US$ 144,00 no grupo da FACO e de US$ 152,82 no outro grupo (P=0,35). Os custos totais para os pacientes e acompanhantes durante o período pós-operatório (óculos, transporte e alimentação) foram US$ 16,74 mais elevado no grupo da FEC (P=0,10). Conclusões: A FACO em países em desenvolvimento parece gerar menores custos para os pacientes no pósoperatório, em comparação a FEC. O benefício econômico com aquela técnica representou 18,24% do salário mínimo brasileiro, no momento do estudo. Considerando a população desta pesquisa, semelhante à de outros países em desenvolvimento, esse benefício pode ser significativo. Verônica Franco de Castro Lima, Tiago dos Santos Prata, Angelica Pacheco, Marcelo Dimantas, Jae M. Lee, Marcelo Hosoume Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Hospital Oftalmológico Medicina dos Olhos - Osasco (SP) Objetivo: Os novos tomógrafos de coerência óptica de domínio espectral (SDOCT) possuem alta resolução e por isso possibilitam a identificação e segmentação das diferentes camadas retinianas. Neste estudo, usando o SD-OCT, comparamos a espessura do complexo de células ganglionares (CCG) de pacientes diabéticos sem retinopatia com indivíduos normais. Método: Foram incluídos prospectivamente pacientes diabéticos tipo 2 sem sinais de retinopatia e indivíduos normais, entre 40 e 80 anos de idade. Após exame oftalmológico detalhado, aqueles com qualquer outra doença sistêmica ou ocular foram excluídos. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação da espessura do CCG com SD-OCT (scan macular de 7x7 mm; RTVue, Optovue Inc.). Este complexo é composto pela camada de fibras nervosas, camada de células ganglionares e camada plexiforme interna. Quando ambos os olhos eram elegíveis, um era aleatoriamente selecionado. Resultados: Um total de 31 pacientes diabéticos sem retinopatia (idade média: 53,6 ± 12,3 anos) e 25 indivíduos normais (idade média: 59,2 ± 11,5 anos) foram incluídos. Não foram encontradas diferenças entre os grupos em relação a idade, área do disco óptico e relação escavação/disco (p>0,18). A espessura média do CCG foi significativamente menor nos pacientes diabéticos quando comparada ao grupo controle (91,6 vs 98,2 µm; p=0,04). A análise regional revelou a região macular superior como principal responsável pela diferença entre os grupos (p=0,04). Finalmente, em 75% dos olhos diabéticos classificados como anormais (p<1%) pelo software do aparelho, a área justafoveal foi a região afetada. Conclusões: Pacientes diabéticos sem retinopatia apresentam redução da espessura do CCG macular quando comparados a indivíduos normais, principalmente na região justafoveal. Estes resultados sugerem as alterações nas camadas retinianas internas como um achado precoce da retinopatia diabética. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 16 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 16 9/9/2010, 11:48 TEMAS L IVRES TL 029 TL 030 ALTERAÇÕES MACULARES APÓS CIRURGIA NÃO COMPLICADA DE FACOEMULSIFICAÇÃO COM IMPLANTE DE LIO ATRAVÉS DE OCT SPECTRAL DOMAIN PROTOCOLO EXPERIMENTAL PARA QUANTIFICAR A TRAÇÃO APLICADA NA RETINA PELAS PONTEIRAS DE VITRECTOMIA Luciana Freitas Lemos de Oliveira, Emerson Fernandes de Sousa e Castro, Akyioshi Oshima, André Chang Chou Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar os efeitos na mácula da cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intraocular de câmara posterior através de tomografia de coerência óptica spectral domain. Método: Foram incluídos no estudo 20 olhos de 19 pacientes que não apresentavam doença sistêmica ou oftalmológica e que foram submetidos a cirurgia não complicada de facoemulsificação com implante de lente intraocular no período de setembro e outubro de 2009, pelo mesmo cirurgião, no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. No período pós-operatório, foram administrados colírio de moxifloxacino com dexametasona 2/2 h por uma semana, seguido de dexametasona colírio em esquema de regressão por cerca de um mês. Exame oftalmológico completo e tomografia de coerência óptica (OCT) foram realizados no pré-operatório imediato, além de uma semana e um mês após a cirurgia. As medidas obtidas nos exames de OCT foram analisadas estatisticamente através de análises de variâncias com medidas repetidas, seguidas de comparações múltiplas de Bonferroni; para a inflamação foram realizados o teste de Friedman e comparações múltiplas não paramétricas repetidas. Resultados: Houve aumento (p<0,05) da espessura macular central e de todos os quadrantes pesquisados a partir de uma semana de pós-operatório. A acuidade visual (AV), o volume macular e a inflamação alteram-se (p<0,05) em todos os períodos avaliados. A AV não se correlaciona positivamente e a inflamação não se correlaciona (p>0,05) com a espessura central e com o volume macular. Conclusões: Edema macular desenvolve-se mesmo após cirurgia de catarata não complicada em pacientes não predispostos. O OCT parece ser o melhor método para detecção dessa condição, com várias vantagens sobre a angiofluoresceinografia. Estudos com maior tempo são necessários para determinar as consequências a longo prazo do edema macular subclínico. Anderson Gustavo Teixeira Pinto, Lawrence Chong, Naoki Matsuoka, Luis Arana, Jaw-Chyng Lue, Matthew Mccormick, Prashant Bradhi, Ralph Kerns, Rubens Belfort Jr, Mark Humayun Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Doheny Eye Institute - Los Angeles - California (EUA) Objetivo: Desenvolver um novo método de quantificar a tração vitrea aplicada na retina durante a vitrectomia. Método: Olhos de suínos frescos com menos de 12 horas após a morte foram mantidos a temperatura de 4ºC. Após a remoção e dissecção de todas as estruturas extraoculares, a esclera foi trepanada a cerca de 4 mm do limbo. A córnea, íris e cristalino foram então removidas em bloco. O olho foi posicionado em um suporte especialmente desenvolvido que posicionava a área de trepanação para a região mais inferior do globo ocular. Na região superior do olho (180 graus da trepanação) foi removida uma área de 1- x 1-cm que consistia em esclera, coróide e retina. A coróide e as camadas da retina (expostas pela trepanação escleral) foram transfixadas com um gancho feito com um fio de aço de 0,15 mm e sua parte distal fixada em uma balança de precisão. Electroforce® 3100 e o software “Dynamic Mechanical Analysis” foram usados para quantificar a força vitreorretiniana aplicada na retina durante a vitrectomia. O resultado foi analisado através da aspiração (vácuo), CPM e distância (3 mm e 5 mm) e comparados estatisticamente. Resultados: Os resultados dos olhos com vitreo indicam que tração retiniana aumenta com o aumento do vácuo (7,9 dinas a cada 100 mmHg aumentado - p<0,05) e com a proximidade da ponteira (2,17 dinas - p<0,05); e diminui com o aumento a velocidade de corte (2,51 dinas para cada 500 cpm aumentado - p<0,05). Em todos os olhos preenchidos com água a tração não foi observada. Conclusões: O presente estudo estabelece uma nova técnica de quantificar a tração vitreorretiniana durante a vitrectomia e demonstra que os efeitos da aspiração, distância da ponteira da retina e velocidade de corte são fatores cruciais para criar forças tracionais na retina pelas ponteiras de vitrectomia. TL 031 TL 032 AVALIAÇÃO DA SENSIBILIDADE AO CONTRASTE NO TRATAMENTO DO EDEMA MACULAR DIABÉTICO - ESTUDO PILOTO ENSAIO CLÍNICO ALEATORIZADO DA CRIOTERAPIA INTRAOPERATÓRIO VERSUS FOTOCOAGULAÇÃO A LASER PARA RETINOPEXIA Augusto Alves Lopes da Motta, Rony Carlos Preti, Lisa Mariel Vasquez, Maria Tereza Brizzi Chizzotti Bonanomi, Andre Carvalho de Barros, Daniel Araujo Ferraz, Walter Yukihiko Takahashi Heitor Panetta, Carlos Eduardo Leite Arieta, Iuuki Takasaka, Mauricio Abujamra Nascimento, Rodrigo Lira, Roberto Caldato Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Avaliar a sensibilidade ao contraste a partir do teste de Pelli-Robson em olhos com edema macular diabético tratados com injeção intravítrea (IV) de bevacizumabe e controle glicêmico. Método: Estudo prospectivo, comparativo, randomizado. Onze olhos de 8 pacientes com diabetes mellitus (DM) tipo II com hemoglobina glicada (HbA1c) menor que 10% e sem tratamento nos últimos 3 meses foram randomizados (1:1) em 2 grupos. Ambos os grupos foram submetidos a um controle glicêmico rigoroso. Grupo 1 (4 olhos) forma tratados com IVbevacizumabe (1,25 mg) na semana 0,6,12 e 18. No grupo 2 (7 olhos) receberam simulação de IV-bevacizumabe na semana 0 e 6; e IV-bevacizumabe na semana 12 e 18. Este estudo piloto mostra 12 semanas de seguimento (antes da terceira injeção) comparando duas IV-bevacizumabe com duas simulações de IVbevacizumabe. Os dados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney. Resultados: A média da acuidade visual (AV), OCT e sensibilidade ao contraste (SC) para os grupos 1 e 2 no baseline foram respectivamente: 0,715 logMAR +/- 0,264 e 0,700 logMAR +/- 0,160 (p=0,63); 506,75 µ +/- 87,67 e 579,85 µ +/- 235 (p=0,85); 1,087 logCS +/- 0,18 e 1,05 logCS +/- 0,35 (p=1,0). A média da AV, OCT e SC para os grupos 1 e 2 na semana 12 foram respectivamente 0,645 logMAR +/- 0,281 e 0,637 logMAR +/- 0,189 (p=0,92); 458,25 µ +/- 78,47 e 513,28 µ +/- 132 (p=0,85); 1,162 logCS +/- 0,332 e 0,942 log CS +/- 0,296. (p=0,69). A média da HbA1c no baseline e 12 semanas foram 8,33% (8,2 to 9,1) e 8,1% (6,9 to 8,7) no grupo 1 e; 8,93% (7,7 to 10,3) e 7,79% (7,0 to 8,1) no baseline e 12 semanas respectivamente para o grupo 2. Conclusões: Conciderando a AV, SC e espessura macular (OCT), 2 injeções consecutivas de bevacizumabe e rígido controle metabólico foram semelhantes a 2 simulações de bevacizumabe intravítreo e rígido controle metabólico, para edema macular acima de 400 µ. Objetivo: Comparar o sucesso anatômico e os resultados da acuidade visual em pacientes com descolamento de retina regmatogênico que foram submetidos à cirurgia de introflexão escleral com retinopexia através de crioterapia intraoperatório (criopexia) versus retinopexia por fotocoagulação a laser (laserpexia) pósoperatória (um mês após). Método: Oitenta e seis pacientes com descolamento de retina regmatogênico agendados para cirurgia de introflexão escleral foram aleatoriamente distribuídos entre os grupos da criopexia ou laserpexia. O procedimento cirúrgico foi drenagem do fluido sub-retiniano e introflexão escleral através de fixação de segmento de pneu de silicone. O desfecho principal foi sucesso anatômico na primeira semana pós-operatória. Os desfechos secundários incluíram sucesso anatômico tardio (1 e 6 meses), acuidade visual corrigida (logMAR, 1 e 6 meses), taxa de reoperação e frequência de complicações pós-operatórias. Resultados: Taxas de sucesso anatômico com 1 semana, 1 mês e 6 meses foram semelhantes nos 2 grupos, respectivamente, 93%, 100% e 100% no grupo criopexia e 95,3%, 100% e 100% no laserpexia. Frequência de complicações pós-operatórias nos grupos criopexia e laserpexia foi semelhante, sendo respectivamente: hifema (1 X 0), diplopia transitória (2 X 1), pucker macular (2 X 1) e hipertensão ocular transitória (3 X 2); a exceção ficou por conta de edema palpebral, que foi estatisticamente mais frequente no grupo criopexia (8 X 1). A acuidade visual média (logMAR) pós-operatória, no grupo criopexia e no laserpexia foi respectivamente, 0,69 e 0,46 - 1 mês e 0,27 e 0,26 - 6 meses. Conclusões: As duas técnicas de retinopexia mostraram expressivo sucesso anatômico e funcional. A opção de laserpexia oferece recuperação da acuidade visual mais rápida e com menos complicações pós-operatórias do que a crioterapia, mas requer uma segunda intervenção. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 17 9/9/2010, 11:48 17 TEMAS L IVRES TL 033 TL 034 INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL DE AGULHAS E SERINGAS, TÉCNICAS DE INJEÇÃO INTRAVÍTREA E DISTRIBUIÇÃO DE DROGA NO VÍTREO NEOVASCULARIZAÇÃO RETINIANA INDUZIDA POR INJEÇÕES INTRAVÍTREAS DE VEGF165: MODELO EXPERIMENTAL EM COELHOS Eduardo Buchele Rodrigues, Milton Moraes Jr., Vinicius Stefano, Eduardo Dib, Diego Verginassi, Mauricio Maia, Michel Farah Luis Augusto Arana, Andeson Teixeira Pinto, Sabina Barbosa, Daniel Barbosa, Ana Moreira, Mark Humayun Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Doheny Eye Institute - USC Los Angeles (EUA) / Hospital de Olhos do Paraná Curitiba (PR) Objetivo: A injeção intravítrea (IVT) é utilizada no tratamento de várias doenças da retina, podendo causar efeitos colaterais. O objetivo do presente estudo foi avaliar as técnicas e materiais utilizados durante o procedimento de injeção intravítrea. Método: A ultraestrutura de agulhas de uso foi analisada por microscopia eletrônica de varredura e foram comparadas usando critérios diferentes, tais como as irregularidades e os restos do processo de lubrificação. A incisão escleral foi também avaliada em globos oculares enucleados suínos, utilizando agulhas de diferentes marcas e tamanhos. Erros na administração de drogas foram estudados através da comparação do peso do volume residual e volume administrado e também pela análise do refluxo após a injeção. Distribuição de drogas foi obtida após injeção intravítrea de corante após 1, 6 e 24 horas. Resultados: A análise ultraestrutural mostrou que todas as agulhas tinham diferentes tipos de irregularidades, como um padrão estriado na agulha Terumo. Algumas fotografias mostraram os restos do processo de lubrificação, especialmente em agulhas BD. Análise da incisão escleral mostrou uma tendência de reduzir o dano ocular com bizel crescente. A investigação de erros de entrega mostrou que quase todas as agulhas subestimaram o volume injetado, e que o refluxo pode ser minimizado pelo túnel escleral durante injeções com agulhas finas. Conclusões: Agulhas mostraram várias irregularidades em sua estrutura, que pode interferir com a manobra de entrada escleral, a incidência de reações inflamatórias pós-operatórias e resultados da injeção. A análise da incisão escleral mostrou que quanto maior o gauge da agulha, menor dano escleral e o risco de complicações. Além disso, a investigação de erros na administração de medicamento indicou resultados variáveis, o que poderia ser uma das causas de algumas tentativas frustradas de tratamento com injeção intravítrea. Objetivo: A criação de um modelo experimental em coelhos com a aplicação intravítrea do VEGF165 (a principal isoforma da neovascularização ocular) para a criação de um modelo de neovascularização retiniana. Método: Este estudo foi aprovado pelo Instituto de proteção dos animais e pelo comitê de pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia (IACUC). Para o grupo controle foram utilizados 3 coelhos submetidos à injeção de 0,1 ml de BSS, para o grupo II (n=6) foi aplicado uma dose 10 μg de VEGF no dia zero (VEGF165 recombinante humano, Sigma-Aldrich, St. Louis, MO, USA). Já o grupo III (n=3) recebeu duas doses de VEGF (dia zero e sete). Todos os animais foram submetidos à lâmpada de fenda, angiografia fluorescente (AF) e tomografia de coerência óptica (OCT) no dia 0, 3, 7, 14, 21 e 28. Um animal de cada grupo foi sacrificado no 14º dia enquanto o restante no último dia de acompanhamento para estudo histológico da retina. Resultados: Os grupos submetidos à injeção intravítrea de VEGF apresentaram inúmeras alterações retinográficas, angiográficas e tomográficas. Os achados angiográficos mostram aumento da permeabilidade vascular na retina e íris já no terceiro dia após a aplicação do VEGF tanto no grupo II quanto no grupo III. No grupo II ao sétimo dia detectou-se o máximo da atividade inflamatória e angiogênica do VEGF na retina com a formação de um tecido neovascular. Os exames angiográficos do grupo III mostraram um crescente efeito inflamatório (exsudação) e neovascular que permaneceram até o 14º dia. Para o OCT existe uma diferença estatística significativa ao comparar a média do edema retiniano do grupo controle com o grupo II e III no sétimo dia, respectivamente p<0,001, p<0,001. No histopatológico do grupo II detectou-se um aumento do diâmetro e do número de vasos no 28º dia, já no grupo III observou-se uma tração do tecido neovascular com DR tracional. Conclusões: Um modelo eficiente, sustentável, confiável, reprodutível, com seguimento detalhado da AF e OCT foi demonstrado. TL 035 TL 036 AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DOS FOTORRECEPTORES MACULARES EM PACIENTES COM DOENÇA DE VOGT-KOYANAGIHARADA, ESTÁGIO TARDIO CARACTERIZAÇÃO ELETRORRETINOGRÁFICA PANRETINIANA E MACULAR DOS OLHOS DE PACIENTES COM DOENÇA DE VOGT-KOYANAGI-HARADA Felipe Theodoro Bezerra Gaspar Carvalho da Silva, Rogerio Alves Costa, Maria Kiyoko Oyamada, Walter Yukihiko Takahashi, Carlos Eduardo Hirata, Edilberto Olivalves, Joyce Hisae Yamamoto Joyce Hisae Yamamoto, Felipe Theodoro da Silva, Carlos Eduardo Hirata, Edilberto Olivalves, Maria Kyioko Oyamada Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Analisar os achados obtidos com o eletrorretinograma de campo total (ERGct) e com o eletrorretinograma multifocal (ERGmf) em pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada (doença de VKH) estágio tardio (> 6 meses após o início da doença) e correlacioná-los com achados fundoscópicos panretinianos, maculares e acuidade visual em logMAR (AV). Método: Estudo transversal e prospectivo incluindo 52 olhos de 29 pacientes com doença de VKH, estágio tardio. Os resultados do ERGct e ERGmf foram correlacionados com a AV e respectivamente achados fundoscópicos panretinianos e maculares. Parâmetros eletrorretinográficos foram analisados para identificar depressão seletiva em casos de maior gravidade assim avaliar concordância (ERGct vs. ERGmf). Resultados: Grupos estratificados segundo achados do ERGct não diferiram em termos de acuidadade visual (AV leve=0,025 vs. AV grave=0,05; p=0,613) enquanto grupos divididos por achados do ERGmf o fizeram (AV leve=0,0 vs. AV grave=0,2; p<0,001). Achados fundoscópicos panretinianos e maculares demonstraram diferentes graus de concordância com seus correlatos (K=0,68 para avaliação panretiniana vs. ERGct e K=0,54 para avaliação macular vs. ERGmf). A amplitude das ondas a escotópicas apresentaram depressão seletiva no ERGct (p<0.05), evento este não constatado em relação aos parâmetros e segmentos do ERGmf (p>0,05). Estratificação eletrorretinográfica com ERGct e ERGmf apresentaram correlação fraca entre si (K=0,056). Conclusões: Achados do ERGct e ERGmf diferem em termos de correlação com AV e estratégias de avaliação fundoscópica. As análises com o ERGct e ERGmf tem correlação fraca, por contemplarem diferentes aspectos da função retiniana. A depressão seletiva das ondas a escotópicas no ERGct pode ser útil para monitorização. Apoio: Auxílio Fapesp 07/57155-5 / Bolsa Fapesp 07/57154-9. Objetivo: Propor estratégias para a avaliação da integridade morfológica e funcional dos fotorreceptores maculares e correlacioná-las com acuidade visual em olhos de pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada (doença de VKH), estágio tardio (> 6 meses após o início da doença). Método: Estudo prospectivo, transversal com 29 pacientes (52 olhos). A integridade morfológica da junção entre os segmentos externo e interno dos fotoreceptores (IS/OS) foi avaliada com o tomógrafo de coerência óptica de alta resolução; a função macular foi avaliada com a combinação das amplitudes das ondas N1 e P1 do eletrorretinograma multifocal. Achados morfológicos e funcionais foram correlacionados com a acuidade visual corrigida em escala logMAR (AV). Resultados: Constatamos IS/OS macular “íntegra” (>75% da extensão preservada ao longo dos eixos horizontal e vertical) em 59% (IS/OS+, 22/37) e “alterada” (<75%) em 41% dos olhos (IS/OS-, 15/37). Os grupos subdivididos de acordo com achados do OCT espectral diferiram em relação à acuidade visual (AV IS/OS+ = 0,0 [20/20] versus AV IS/OS- = 0,7 [20/100]; p<0,001). Quanto aos resultados do ERGmf, os olhos foram subdivididos em grupos “leve” (20/52 olhos; 38,5%) e “grave” (32/52 olhos; 61,5%) aplicando a estratégia de “cluster” ao resultado das amplitudes segmentares das ondas N1 e P1 da mácula somadas. Os dois grupos estratificados com o ERGmf diferiram quanto à AV (AV “leve” = 0,0 [20/20] versus AV “grave” = 0,2 [20/32]; p<0,001). Conclusões: A integridade dos fotorreceptores avaliada de acordo com as estratégias propostas correlacionam-se com a acuidade visual em pacientes com doença de VKH, estágio tardio. A estratégia funcional apresenta maior sensibilidade por ser mais abrangente e quantitativa. Apoio: Auxílio Fapesp 07/57155-5 / Bolsa Fapesp 07/57154-9. Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 18 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 18 9/9/2010, 11:48 TEMAS L IVRES TL 037 TL 038 COMUNICAÇÃO ENTRE TOXOPLASMA GONDII E SEU HOSPEDEIRO: IMPACTO DO GENÓTIPO DO PARASITA NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA PERFIL DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO Cynthia Azeredo Cordeiro, Jeroen Saeij, Fernando Orefice, Lucy Young Hospital São Geraldo - Belo Horizonte (MG) Massachusetts Eye and Ear Infirmary - Boston - MA - USA / Massachusetts Institute of Technology - Cambridge - MA - USA Objetivo: Descrever os achados da avaliação comportamental do processamento auditivo em crianças com baixa visão atendidas no Serviço de Visão Subnormal do Hospital São Geraldo - anexo Hospital das Clínicas da UFMG, bem como correlacionar esses achados auditivos com a classificação do grau de comprometimento visual. Método: Relato de caso de 10 crianças com baixa visão (6 do sexo masculino e 4 do feminino), com idade variando de 7 a 15 anos, atendidos no Serviço de Visão Subnormal do Hospital São Geraldo. Considerou-se a avaliação oftalmológica da medida da acuidade visual corrigida para longe do melhor olho e a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) para o grau de comprometimento visual. Posteriormente, os pacientes foram ao Setor de Audiologia do Hospital para avaliação comportamental do processamento auditivo, sendo (1) Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo, (2) Testes padronizados em cabina acústica: fala com ruído e teste padrão de duração. Para análise dessa avaliação estabeleceu-se uma classificação de desempenho por teste e geral. Foi feita a correlação dos resultados encontrados nas avaliações auditivas com o grau de comprometimento visual encontrados nos pacientes de baixa visão. Neste estudo são apresentados os primeiros resultados de um estudo em andamento, aprovado pelo Comitê de Ética da UFMG sob o número 117/09. Resultados: As crianças com baixa visão apresentaram bom desempenho funcional do sistema auditivo quando consideramos habilidades auditivas de localização, organização temporal, memória e atenção seletiva. Conclusões: As crianças com baixa visão apresentaram bom desempenho funcional do sistema auditivo. Não foi possível correlacionar a avaliação comportamental do processamento auditivo com grau de comprometimento visual devido a pouca variação do grau de comprometimento visual intersujeitos e o número reduzido da amostra. Objetivo: O Toxoplasma gondii, responsável pela toxoplasmose ocular, apresenta 11 diferentes haplótipos. Neste estudo, observamos a ativação dos fatores de transcrição STAT-6 e NF-κB após a infecção de fibroblastos humanos pelos diferentes haplogrupos do toxoplasma através do uso de Imunofluorescência indireta. Método: Fibroblastos humanos foram infectados pelos diferentes tipos do parasita por um período de 18 h. As células foram então fixadas, bloqueadas e permeabilizadas e incubadas com anticorpos específicos para STAT-6 e NF-κB. Resultados: Foi observado que, após 18h de infecção, os fibroblastos humanos infectados pelos tipos II, IV e XI continham NF-κB ativados, assim como o parasita Tipo I GRA-15II. Já a ativação do STAT-6 foi observada nos fibroblastos infectados por todos os tipos do parasita, com exceção do tipo II e do Tipo I ROP-16KO. Conclusões: Esse estudo sugere que os diferentes tipos do parasita apresentam diferentes padrões de resposta inflamatória no hospedeiro. Tais resultados podem auxiliar no entendimento da patogênese da doença, correlacionando determinado tipo do parasita com ocorrência e gravidade da doença ocular; assim como no uso de tratamento especifico para determinado tipo do parasita e desenvolvimento de vacinas. Luciene Chaves Fernandes, Aline Mansueto Mourão, Luciana Macedo Resende TL 039 PERSPECTIVAS E ÓBICES EM RELAÇÃO AO USO DE SISTEMAS TELESCÓPICOS POR ESCOLARES COM BAIXA VISÃO Maria Elisabete Rodrigues Freire Gasparetto, Rita de Cássia Ietto Montilha, Zélia Zilda L. C Bittencourt, Maria Ines R. S. Nobre, Sonia M. C. P. Arruda Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Verificar a percepção de escolares com baixa visão em relação às perspectivas e óbices do uso do sistema telescópico nas atividades acadêmicas. Método: Realizou-se estudo descritivo entre escolares com baixa visão que frequentavam o ensino fundamental e o ensino médio em 20 escolas dos Municípios do Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado questionário aplicado por entrevista desenvolvido por meio de estudo exploratório. Resultados: Dos 20 escolares que participaram da pesquisa, 60,0% apontaram os benefícios do uso do sistema telescópico, relatando a facilidade para ler a lousa sem necessitarem sair da carteira, o acesso a todo conteúdo escrito na lousa e principalmente pela diminuição da fadiga visual. Em relação aos óbices, verificou-se que 30,0% dos escolares declararam não gostar de utilizar o auxílio óptico em sala de aula e os motivos alegados foram: por se sentirem envergonhados, por sentirem os olhos embaçados, por ser difícil a utilização do telescópico, por terem ocupada uma das mãos e pelo despreparo dos professores. Declararam ainda que ao utilizarem o telescópico em sala de aula, os colegas davam risadas e segredavam comentários maldosos. Do total dos respondentes, 10,0% declararam que o sistema telescópico não ajudava a melhorar o desempenho visual porque sentavam muito próximos à lousa, as letras ficavam muito grandes e eles se tornavam morosos para identificá-las. Conclusões: A maioria dos escolares reconheceu a importância do uso do telescópico na escola. Para eliminar os óbices, inúmeras ações são necessárias, entre elas fornecer ao escolar a adaptação do sistema telescópico antes de utilizá-lo em sala de aula. É imprescindível que pais, familiares, professores e toda a comunidade escolar recebam informações e orientações sobre o uso de auxílios ópticos. TEMAS LIVRES XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 9-19 5 Temas Livres.pmd 19 9/9/2010, 11:48 19 PÔSTERES CÓDIGO: P " Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia " 6 Posteres.pmd 21 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 001 P 002 ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS NOS GENES CRYAA, CRYGC E CRYGD EM PACIENTES COM CATARATA CONGÊNITA - RESULTADOS PRELIMINARES ANÁLISE DOS CUSTOS DA CIRURGIA DE CATARATA REALIZADA PELO RESIDENTE Eugenio Santana de Figueiredo, Anderson Tavares, Gabriel Gorgone Giordano, Leandro Dehe Segantin, Denise Fornazari de Oliveira, José Paulo Cabral de Vasconcellos, Mônica Barbosa de Melo, Carlos Eduardo Leite Arieta Ana Carolina Freitas Morais Fortes, Pedro Carlos Carricondo, Valério Henrique Araújo Florêncio Santos, Newton Kara José Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Determinar alterações estruturais nos genes CRYAA, CRYGC e CRYGD em pacientes com catarata congênita bilateral, com fenótipos nuclear e lamelar. Método: Trata-se de um estudo transversal, incluindo pacientes e seus familiares em primeiro grau (N=69), atendidos no Ambulatório de Catarata Congênita, Setor de Catarata do Departamento de Oftalmo-Otorrinolaringologia do Hospital de Clínicas da UNICAMP. Foram incluídos pacientes com catarata congênita bilateral, com fenótipos nuclear ou lamelar, sem relação com quadros sindrômicos sistêmicos, distúrbios metabólicos, infecções intrauterinas ou prematuridade. Realizou-se extração de DNA a partir de sangue periférico. As regiões codificadoras e os sítios de junções íntron/exon dos três genes foram amplificadas em aparelho termociclador através de reação de polimerase em cadeia, com parâmetros específicos para cada região a ser amplificada. Os produtos dessas reações foram submetidos ao sequenciamento direto automatizado para posterior análise da ocorrência de polimorfismos ou de mutações. Resultados: No gene CRYAA, foram encontrados até o momento os polimorfismos D2D e Y18Y, ambos já descritos previamente. No gene CRYGC, foram encontrados os polimorfismos S119S e G41G, esse último inédito na literatura. No gene CRYGD, foi encontrado o polimorfismo R95R, já previamente descrito na literatura. Conclusões: A identificação de polimorfismos ou de mutações relacionadas à formação da catarata congênita isolada é fundamental para permitir ações de aconselhamento genético e para propiciar melhores abordagens terapêuticas para os pacientes afetados. Objetivo: Comparar os custos e as complicações da cirurgia de catarata realizada pelo residente com as de um cirurgião experiente. Método: Trata-se de um estudo prospectivo, aonde foram analisados e quantificados os insumos utilizados, o tempo cirúrgico e as complicações ocorridas nas cirurgias de catarata por facoemulsificação realizadas por residentes nos três primeiros meses de treinamento, com o propósito de fazer um levantamento dos custos envolvidos neste ensino. Estas foram comparadas com cirurgias realizadas como controle por um cirurgião experiente seguindo a mesma técnica, nas mesmas condições. Resultados: Foram incluídas 320 cirurgias, sendo 269 realizadas por residentes e 51 por um cirurgião experiente. Para fins de análise, as cirurgias foram divididas de acordo com a experiência prévia do residente no momento da realização do procedimento (0 a 40 cirurgias - grupo 1; 41 a 80 cirurgias - grupo 2; mais de 80 cirurgias - grupo 3). O custo médio das cirurgias realizadas pelo residente foi de R$ 802,74 ± 352,48 e pelo cirurgião experiente R$ 588,74 ± 44,68. Quando divididas pelos grupos, encontrou-se: grupo 1 R$ 862,63 ± 382,17; grupo 2 R$ 809,99 ± 377,92 e grupo 3 R$ 702,16 ± 234,64. Todas as comparações foram estatisticamente significantes (P<0,05).A taxa de complicação encontrada nas cirurgias realizadas pelo cirurgião experiente foi de 1,92% e nas cirurgias realizadas pelos residentes foi de 11,49%. Conclusões: A cirurgia de catarata realizada pelo residente representa um aumento dos gastos estatisticamente significante para o serviço e um aumento nos riscos para os pacientes. Esta diferença persiste mesmo com a realização de mais de 80 procedimentos pelo residente. Ao contrário da crença comum de que o residente é mão de obra barata, foi demonstrado um gasto considerável com a formação em cirurgia de catarata. A redução de custos, mantendo a qualidade do ensino e a segurança do paciente é um desafio a ser enfrentado. P 003 P 004 ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DOS PORTADORES DE CATARATA SENIL NA COMUNIDADE DE PRATÂNIA - SP AVALIAÇÃO DA EXPECTATIVA E QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À FACECTOMIA E SUA RELAÇÃO COM A ESCOLARIDADE Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Delio Evangelista da Silva Junior, Antonio Carlos Lotelli Rodrigues, Rodrigo Bueno do Prado, Silvana Artioli Schellini Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Objetivo: Avaliar a prevalência de catarata diagnosticada pelo LOCS III na população estudada, sua distribuição por sexo, lateralidade e associação com etilismo, tabagismo, doenças sistêmicas e doenças oculares. Método: Foi realizado um estudo transversal e observacional, na cidade de Pratânia, no estado de São Paulo no ano de 2008. A opacidade do cristalino foi classificada de acordo com o sistema LOCS III. Cristalinos com opacidade acima de 1,0 de acordo com esta classificação foram considerados com catarata. Para calcular a prevalência da catarata na comunidade considerou-se a população acima dos 40 anos estimada pelo IBGE para 2008 em Pratânia. Olhos com deficiência visual foram considerados quando 0,05 < AV < 0,3 e olhos cegos quando AV <0,05. Resultados: Dos 104 pacientes acima dos 40 anos avaliados no projeto, 83 (164 olhos) eram portadores de catarata. A prevalência de catarata na população acima dos 40 anos foi de 5,2%. Destes, 50,6% eram do sexo masculino e a média de idade foi de 54,5 anos. 97,6% apresentavam catarata bilateral e 2,4% apenas no olho esquerdo. Em relação ao tipo de catarata, a nuclear esteve presente em 100% dos olhos com catarata, a cortical em 8,5% e a subcapsular posterior em 1,8%. Dentre os olhos examinados; 7,4% eram cegos e 20,7% apresentavam deficiência visual, associada somente a catarata ou a catarata em outra(s) doenças oculares. Quanto a alterações sistêmicas, 8,4% estavam em tratamento para diabetes, 27,7% estavam em tratamento para hipertensão, 47% eram fumantes e 51,8% etilistas. Quanto a alterações locais, 16,7% dos olhos com catarata possuíam pterígio, 3,1% apresentavam hipertensão ocular. Conclusões: A prevalência de catarata foi semelhante à de países desenvolvidos. A catarata nuclear é o tipo mais comum. Aproximadamente metade dos portadores de catarata são etilistas e/ou fumantes. O pterígio foi a alteração ocular que mais se associou a catarata. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Lorenna Cristina Rodrigues de Oliveira, Karina Eiko Yamashita, Paula Roberta Ferreira Martins, Beatriz Cerqueira Paiva, Nara Lucia Poli Botelho, Luis Paves, Cinthia Meiry Yuki Complexo Hospitalar Padre Bento - Guarulhos (SP) Objetivo: Avaliação do nível de expectativa bem como impacto na qualidade de vida dos pacientes submetidos à cirurgia de catarata e sua relação com a escolaridade. Método: O projeto foi realizado no Hospital Padre Bento de Guarulhos. O estudo foi clínico observacional, com aplicação de questionário adaptado em 40 pacientes submetidos à cirurgia de catarata após a alta do paciente no ambulatório. O questionário abordou questões referentes à qualidade de vida e expectativa dos pacientes antes e após a cirurgia, e relação entre a acuidade visual, satisfação do paciente, qualidade de vida e escolaridade. Resultados: Dos 40 pacientes entrevistados, 57,5% dos pacientes eram do sexo feminino e 42,5% do sexo masculino. A idade variou entre 40 e 90 anos. Dos 40 pacientes, 27 pacientes (67,5%) mostraram-se muito satisfeitos com a cirurgia, 9 pacientes (22,5%) moderadamente satisfeitos, 2 pacientes (5%) se mostraram neutros, 1 paciente insatisfeito, 1 muito insatisfeito. Quando a pergunta foi melhora na qualidade de vida após a cirurgia, a maioria dos pacientes (70%) deu nota máxima neste quesito (nota 5). A relação entre acuidade visual antes e após a cirurgia indicou uma melhora importante na acuidade visual, com Z=-3,671 e p<0,001. Comparando acuidade visual após a cirurgia com a qualidade de vida pode-se afirmar que houve uma correlação significante entre os dois quesitos, r=-0,379 e p<0,017, mostrando que a melhora da acuidade visual proporcionou uma melhora da qualidade de vida dos pacientes. Quando se compara à satisfação (r=-0,299 e p=0,065) e escolaridade (r=-0,277 e p=0,088), pode-se apenas sugerir que a melhora da acuidade visual pós cirurgia é acompanhada de melhora da satisfação de acordo com menor tempo de escolaridade. Conclusões: Pode-se apenas sugerir que a melhora da acuidade visual e satisfação do paciente se relaciona com escolaridade. Na população estudada a cirurgia de catarata apresentou melhora importante na qualidade de vida. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 22 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 22 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 005 P 006 BIOMETRIA NA CIRURGIA DE CATARATA PEDIÁTRICA UNILATERAL CIRURGIA DE CATARATA EM HOSPITAL PÚBLICO: O QUE MUDOU ENTRE 1998 E 2008? Millena Gomes Bittencourt Luciana Arias Fernandez, Fabio Marques do Nascimento, Eduardo Melani Rocha, Daniela Tiemi Nagatuyu, Erika Takaki Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal - São Paulo (SP) Objetivo: Objetivo deste estudo é determinar a acurácia na predição dos resultados refracionais pós-operatórios na cirurgia de catarata pediátrica unilateral e comparálos com outras variáveis historicamente importantes na programação biométrica. Método: Os dados foram coletados retrospectivamente nos prontuários de 27 crianças de 1 a 18 anos submetidas a cirurgias de cataratas unilaterais do ano de 2007 a 2009, no Instituto de Oftalmologia Tadeu Cvintal. Resultados: Como resultado foi obtido um erro refracional médio de 0,30 dioptrias pela fórmula Hollady I e 0,34 dioptrias pela a fórmula Haigis. Não foram encontradas correlações fortes entre o erro refracional e comprimento axial, ceratometria e idade no momento da cirurgia. Conclusões: São necessários novos estudos com maior amostragem para determinar a razão de alvos biométricos miópicos apresentarem menor erro biométrico nas cirurgias de catarata pediátrica. Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Esse estudo compara acuidades visuais (AV) de pacientes que tiveram indicação cirúrgica para catarata em serviço de referência terciário nos anos de 1998 e 2008. O objetivo é saber se em 10 anos o limite de AV para cirurgia foi reduzido. Método: Colheu-se a AV de cada olho, com a melhor correção, de pacientes submetidos à facectomia ao longo de 1998 (36 pacientes) e 2008 (504 pacientes) no momento da indicação cirúrgica. Para descrição dos dados, considerando a AV corrigida no olho indicado, os pacientes foram divididos em categorias de AV: sem baixa visão (AV ≥0,33), baixa visão leve (entre 0,32 e 0,11), baixa visão grave (entre 0,1 e 0,05) e cegueira (≤0,05). Resultados: A comparação etária foi similar entre os pacientes operados em 1998 e 2008 (66,3 ± 12,76 e 66,9 ± 13,5 anos, respectivamente). A comparação por AV revelou que tiveram a cirurgia indicada, casos sem baixa visão 5% em 1998 e 28,2% em 2008; baixa visão leve 11,1% em 1998 e 32,1% em 2008, baixa visão grave 13,3% em 1998 e 23,2% em 2008; e por fim, casos de cegueira 69,9% em 1998 e 16,5% em 2008. Conclusões: O estudo aponta mudança de tendência na indicação cirúrgica de catarata num período de 10 anos, revelando que cada vez mais estão sendo indicadas cirurgias em pacientes com melhor visão. As causas não estão claras, mas podem estar relacionadas a mudanças socioculturais da população e ao estímulo do SUS a realização desse procedimento. Por outro lado, a constante necessidade de racionalização de custos exige uma reavaliação dessa tendência. P 007 P 008 CIRURGIA DE CATARATA REALIZADA POR RESIDENTES: AVALIAÇÃO DOS RISCOS CLASSIFICAÇÃO DA CATARATA ATRAVÉS DA IMAGEM DE SCHEIMPFLUG E SUA RELAÇÃO COM GASTO DE ENERGIA E TEMPO DA FACOEMULSIFICAÇÃO Marco Aurélio Costa Marcondes, Paula de Camargo Abou Mourad, Rodrigo França Espíndola, Newton Kara Jr., Jackson Barreto Junior, Helio Primiano Junior, Renato Antunes Schiave Germano Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a frequência de complicações nas cirurgias de catarata realizada por residentes de um hospital universitário (segundo e terceiro anos), comparado com às realizadas por cirurgiões experientes (assistentes). Método: Análise retrospectiva dos prontuários de todos pacientes submetidos à cirurgia da catarata realizada nas primeiras quinzenas de março (época do início do aprendizado da técnica cirúrgica) e de novembro (meados do aprendizado da técnica). Foram analisados a época da realização da cirurgia; graduação do cirurgião (residente ou médico assistente); técnica cirúrgica empregada (extração extracapsular ou facoemulsificação) e a ocorrência de complicações per-operatórias e pósoperatórias. Resultados: Foram analisadas 481 cirurgias, destas, 194 (40%) foram realizadas pelos residentes do terceiro ano, 165 (34%) pelos residentes do segundo ano e 116 (26%) pelos assistentes. A complicação mais frequentemente encontrada em todas as cirurgias foi a rotura de cápsula posterior (4,8%). Não houve diferença estatisticamente significativa de complicações entre as cirurgias realizadas em março e novembro (p=0,97), bem como entre os residentes sob supervisão e os assistentes (p=0,08). Conclusões: A rotura de cápsula posterior continua sendo a complicação mais frequentemente encontrada nas cirurgias de residentes em treinamento. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as taxas de complicação destes residentes e os assistentes, o que demonstra o importante papel de uma supervisão adequada. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Bruno de Freitas Valbon, Renato Ambrosio Jr. Instituto de Olhos Renato Ambrosio - Rio de Janeiro (RJ) Objetivo: Estudar a relação entre PNS (densitometria do cristalino) através da imagem de Scheimpflug e o gasto de energia e tempo da cirurgia de facoemulsificação. Método: Vinte e dois olhos de 16 pacientes que foram submetidos à cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intraocular foram incluídos no estudo. Tomografia de segmento anterior e córnea baseado nas imagens de Scheimpflug (Oculus Pentacam) foi utilizada para avaliação do PNS. Foi anotado o gasto de energia e o tempo da cirurgia de facoemulsificação para cada olho operado. Utilizamos o teste de Spearman com p-valor 0,05 para significância. Resultados: Todas as correlações foram estatisticamente significantes. PNS X Análise subjetiva/PNS X tempo/PNS x energia. Conclusões: É possível programarmos a cirurgia de facoemulsificação através da imagem de Scheimpflug. Havendo essa possibilidade podemos diminuir o dano às células endoteliais. É um método objetivo de classificação da catarata, que não nos permite ter várias interpretações. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 23 9/9/2010, 11:55 23 PÔSTERES P 009 P 010 PREVALÊNCIA DE AFECÇÕES OCULARES E SISTÊMICAS PRÉVIAS E SUA INFLUÊNCIA NO RESULTADO FINAL DA FACECTOMIA PROGRAMA DE ENSINO DE FACOEMULSIFICAÇÃO CBO/ ALCON: RESULTADOS DO HOSPITAL DE OLHOS DO PARANÁ Fabio José Mariotoni Bronzatto, Pablo Felipe Rodrigues, Ana Maria Noriega Petrilli, Edson Lira, Carlos Eduardo Pimenta Guimarães, Cristina Yumi Shimizu Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi das Cruzes (SP) Objetivo: Análise da prevalência de patologias oculares e sistêmicas prévias em pacientes submetidos à facectomia e sua influência na acuidade visual final. Método: Coleta e análise de dados dos prontuários médicos de pacientes submetidos à facectomia pela técnica de extração extracapsular convencional (EECC) e por facoemulsificação, no período de 12 meses, no Setor de Catarata do Curso de Especialização em Oftalmologia da Universidade de Mogi das Cruzes. Resultados: Foram analisadas 300 facectomias. A prevalência de patologia ocular (PO) foi de 16,66%, sendo mais frequente a ocorrência de retinopatia diabética (22%) e glaucoma (16%). Dentre as patologias sistêmicas a hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes melitus (DM) estiveram presentes em 53,66% e 25,66% dos casos, respectivamente. A maioria dos pacientes com PO possuía acuidade visual (AV) pré-cirúrgica igual ou pior que 20/200, e obtiveram pós facectomia AV final maior que 0,5 em 72% dos casos. Já os pacientes sem PO obtiveram AV final maior que 0,5 em 83,6% dos casos. No grupo com antecedentes patológicos sistêmicos, 78% dos portadores de HAS e DM obtiveram AV final maior que 0,5, sendo que em média 56% destes possuíam AV pré-operatória menor que 20/200. Conclusões: Com este estudo foi possível observar que a presença de patologias oculares e sistêmicas prévias influencia negativamente na acuidade visual final dos pacientes facectomizados. Porém, mediante comparação da acuidade visual pré e pós-cirúrgica destes pacientes, podemos concluir que mesmo nestes casos a facectomia continua sendo uma boa indicação terapêutica, contribuindo para a reinserção de grande parte dos pacientes na sociedade. Eduardo Machado Estevão Pires, Ana Flávia de Castro Fischer, Otávio Siqueira Bisneto, Hamilton Moreira, Fernando Klein, Eduardo Sene Soriano Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Objetivo: Analisar os resultados obtidos com a aplicação do programa de ensino de facoemulsificação no curso de especialização em Oftalmologia do Hospital de Olhos do Paraná. Método: Realizou-se um estudo retrospectivo analítico dos resultados das cirurgias de catarata realizadas pelo programa de ensino de facoemulsificação CBO/ALCON com o método “trás para frente” em pacientes provenientes do ambulatório do SUS do Hospital de Olhos do Paraná. O programa constava de cinco etapas chamadas de “check-points”, sendo analisadas as intercorrências per-operatórias em cada um deles, bem como as pós-operatórias. Resultados: Ocorreu rotura de cápsula posterior (RCP) em dois olhos (2,38%) no check-point 1, dois olhos (2,38%) no check-point 2, dois olhos (2,38%) no checkpoint 3, um olho (1,19%) no check-point 4 e quatro olhos (4,76%) no check-point 5. Um dos olhos com RCP apresentou endoftalmite no segundo dia de pós-operatório; um olho apresentou erro de cálculo do grau da lente intraocular (LIO) à biometria; um olho apresentou opacidade difusa de córnea no pós-operatório tardio e um olho apresentou glaucoma inflamatório no pós-operatório. Observou-se um total de 15 (17,86%) intercorrências, sendo que destas, 11 (13,09%) envolveram rotura de capsula posterior. Conclusões: O método “trás para frente” proposto para o ensino de facoemulsificação pelo programa CBO/ALCON se mostra uma forma de ensino segura e eficaz, para o médico residente e seu instrutor, e principalmente para o paciente, devido ao baixo índice de complicações. P 011 P 012 RELAÇÃO ENTRE K, COMPRIMENTO AXIAL E SATISFAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À LIO MULTIFOCAIS RESTOR® EM AMBOS OS OLHOS TRANSMISSÃO DO VÍRUS PIRY PELO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO DA FACOEMULSIFICAÇÃO: DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO EXPERIMENTAL Paulo Lemes dos Santos Neto, Hamilton Moreira, Marcelo Vilar Marcelo Menegatti Esperandio, Leonardo Prevelato, Tatiana Vannucci Garcia, Roberto Pinto Coelho, Jayter Silva de Paula Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Objetivo: Estimar o índice de satisfação pós-operatória de pacientes submetidos à cirurgia de facoemulsificação e implante de lentes intraoculares multifocais ReStor®, e relacionar ao Δk (delta k) e comprimento axial. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com 15 pacientes submetidos à cirurgia de catarata com implante de lentes multifocais ReStor® em ambos os olhos, entre julho de 2009 e janeiro de 2010. Em contato telefônico os pacientes foram indagados quanto à satisfação visual no geral (overall), para perto e para longe, de modo a classificar o resultado em uma escala de 1 a 5, em que 1 seria insatisfeito e 5 muito satisfeito. O Δk e o comprimento axial foram colhidos da topografia e ecobiometria pré-operatórias. Os dados foram cruzados de forma linear. Resultados: Iniciais, Idade, ΔkOD, ΔkOE, Axial OD, Axial OE, Overall, Perto, Longe. LBP, 62, 0,12, 0,74, 4, 5, 4; ESW, 65, 0,97, 0,86, 21,99, 21, 84, 3, 5, 3; AG, 71, 0,34, 0,51, 23, 81, 23, 86, 5, 5, 4; AFC, 77, 0,45, 0,28, 22, 28, 22, 18, 4, 4, 5; JFB, 66, 0, 0,87, 23, 92, 23, 78, 4, 4, 3; ZGC, 73, 0,44, 0,55, 23,2, 23,09, 3, 1, 3; MIH, 68, 0,12, 0,35, 26,69, 22,57, 3,2, 5; EB, 80, 0,29, 0,5, 23,86, 23,78, 4, 5, 4; GBM, 55, 0,83, 0,86, 22,89, 22,89, 4, 3, 4; ALP, 76; ED, 67, 0,3, 0,42, 22,75, 22,78, 5, 4, 5; EMK, 77, 0,29, 0,11, 22,51, 22,16; BFB, 66, 0,15, 0,16, 24,35, 24,72, 2, 2, 5; SO, 66, 0,83, 0,89, 23,32, 23,27; JC, 68, 1,7, 2,19, 24,51, 24,01, 3, 3, 4. Conclusões: 1) A satisfação geral está muito relacionada à satisfação para perto. 2) Δk não teve influência significativa na satisfação. 3) Comprimento axial elevado demonstraram pior satisfação visual para perto e consequentemente pior satisfação geral. 4) De modo geral os pacientes tiveram boa satisfação com implantes de lentes multifocais ReStor® em ambos os olhos. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Verificar a transmissão e contaminação pelo vírus Piry no instrumental cirúrgico da facoemulsificação através de um modelo experimental, por meio do uso de técnicas de reação em cadeia da polimerase (PCR). Método: Oito olhos de porcos foram submetidos a cirurgias de catarata utilizando-se a técnica de facoemulsificação, sendo que quatro desses foram previamente contaminados, por meio de paracentese, pelo vesiculovirus Piry. De acordo com o protocolo, alternou-se a cirurgia entre um olho contaminado e outro não contaminado. Entre as cirurgias eram trocados o instrumental cirúrgico utilizado, incluindo as ponteiras da caneta e o saco coletor do facoemulsificador, porém manteve-se a caneta e as vias de irrigação e aspiração. Amostras da câmara anterior dos olhos, assim como os fluídos presentes nos diversos instrumentais foram analisados através de técnicas de PCR, precedida por transcrição reversa com iniciadores internos (RT-Nested-PCR). Resultados: Antes da facoemulsificação, todos os olhos contaminados apresentaram resultados positivos (4/4) e todos não contaminados apresentaram resultados negativos (4/4). Após a cirurgia, detectou-se amplicons em dois dos olhos não contaminados (2/4). Todo o material cirúrgico estudado também apresentou positividade para o vírus Piry, porém em proporções variadas. Conclusões: O presente trabalho apresenta um modelo experimental inovador de estudo da transmissão de infecções oculares, por meio da detecção de material genético do vesiculovirus Piry, através da técnica de RT-Nested-PCR. Além disso, pode-se comprovar que a facoemulsificação permitiu a transmissão viral entre olhos contaminados e não contaminados pelo vírus Piry. Tal achado corrobora a idéia de risco de transmissões de infecções durante tal procedimento, quando não há troca de todos os materiais cirúrgicos necessários. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 24 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 24 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 013 P 014 DEMONSTRAÇÃO DA SENSIBILIDADE E ESPECIFICIDADE DA AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA NA SELEÇÃO DE CANDIDATOS À CIRURGIA REFRATIVA OCULAR RESPONSE ANALYZER PARAMETERS IN KERATOCONUS WITH “NORMAL” CENTRAL CORNEAL THICKNESS COMPARED WITH MATCHED CONTROL Allan Luz, Diego Dias, Fabio Ursulino, Claudia Francesconi, Renato Ambrósio Bruno Machado Fontes, Renato Ambrósio Jr., Guillermo Coca Velarde, Walton Nosé Hospital de Olhos de Sergipe - Aracaju (SE) / Hospital Oftalmológico de Sorocaba - Sorocaba (SP) Objetivo: Demonstrar o aumento na sensibilidade e especificidade da avaliação tomográfica na seleção de candidatos à cirurgia refrativa. Método: Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1, 4 olhos de 2 pacientes que desenvolveram ectasia após LASIK. Grupo 2, 12 olhos de 6 pacientes que estão estáveis após LASIK com acompanhamento de 5 anos. Ambos os grupos foram estudados a partir do mapa paquimétrico numérico do Orbscan pré-operatório a fim de elaborar a curva de progressão paquimétrica (avaliação tomográfica). Também foram estudados os prontuários e os dados topográficos e paquimétricos pré-operatórios a fim da determinação da pontuação de risco de desenvolver ectasia proposta por Randleman (ERSS). Resultados: No grupo 1 todos os pacientes apresentaram ERSS baixo, no entanto, a avaliação tomográfica demonstrou alteração em 3 (75%) dos 4 olhos. No grupo 2, 3 olhos (25%) foram classificados como alto risco, 3 (25%) moderado risco e 6 (50%) baixo risco, entretanto, avaliando tomograficamente, 11 olhos (91,7%) demonstraram estabilidade. Conclusões: A avaliação tomográfica demonstrou sensibilidade detectando alteração em casos com baixo risco, mas que desenvolveram ectasia e demonstrou especificidade ao não indicar alteração em casos de alto risco, mas que estão estáveis há mais de cinco anos após LASIK. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Refracta - Rio de Janeiro (RJ) Purpose: To compare corneal hysteresis (CH) and corneal resistance factor (CRF) in eyes with keratoconus with a central corneal thickness (CCT) ≥520 µm with CH and CRF in healthy sex-, age-, and CCT-matched controls, and to estimate the sensitivity and specificity of these parameters for discriminating between the two groups. Methods: Prospective, comparative case series. Nineteen eyes from 19 patients with keratoconus and CCT ≥ 520 µm, and 19 eyes from 19 CCT, sex- and age-matched healthy patients underwent a complete clinical eye examination, corneal topography, tomography, and biomechanical evaluation. The receiver operating characteristic (ROC) curve was used to identify cutoff points that maximized the sensitivity and specificity for discriminating between groups. Results: The CCT was 543.1 ± 13.9 (range 520 - 568) µm in keratoconus group and 545 ± 12.5 (527 - 575) µm in control group; p=0.6017. CH was 9.22 ± 1.44 (6.2 - 11.35) and 10.58 ± 1.91 (7.34 - 13.53) mmHg, respectively; p=0.0075. CRF was 8.62 ± 1.52 (5.60 - 11.20) and 10.30 ± 1.92 (6.95 - 14.12) mmHg, respectively; p=0.0049. The ROC curve analyses showed a poor overall predictive accuracy of CH (cutoff, 9.90 mmHg; sensitivity, 78.9%; specificity, 63.2%; test accuracy, 71.05%) and CRF (cutoff, 8.90 mmHg; sensitivity, 68.4%; specificity, 78.9%; test accuracy, 73.65%) for detecting keratoconus in the eyes studied. Conclusions: CH and CRF were statistically lower in Keratoconus Group in comparison with Control Group. Given the large overlap, both CH and CRF had low sensitivity and specificity for discriminating the groups. P 015 P 016 ANÁLISE DO DIAGNÓSTICO E PERFIL DOS PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE DE CÓRNEA NO HOSPITAL DE OLHOS DO PARANÁ ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DOS BOTÕES CORNEOESCLERAIS DO BANCO DE OLHOS DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO Henrique Saraiva Padilha Velasco, Hamilton Moreira Rodrigo Silva Cervellini, Sidney Julio de Faria e Sousa Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Analisar as principais indicações de transplante penetrante de córnea no Hospital de Olhos Paraná, correlacionando-as com o perfil dos pacientes e a forma de acesso ao serviço de saúde. Método: Estudo de série de casos, realizado de forma retrospectiva, não comparativa, através da análise de prontuários de pacientes submetidos à ceratoplastia penetrante no ano 2009 no Hospital de Olhos do Paraná. Resultados: Foram avaliados 193 prontuários, dos quais 73 (37,82%) o diagnóstico não havia sido informado, reduzindo nossa amostra para 120 casos. A idade variou de 1 a 87 anos (média 37,23%). O sexo masculino se mostrou predominante (56,7%) em relação ao sexo feminino (43,3%). O SUS gerou maior demanda do procedimento (53%) que convênio e/ou particular (47%). As principais indicações foram: ceratocone (46%); falência de enxerto (13,3%); trauma corneano (12,6%); úlcera de córnea infectada perfurada ou não (11,6%); outras causas (15,83%). Pelo SUS: ceratocone (31,6%); falência de enxerto (16,6%); úlcera de córnea infectada perfurada ou não (15%); trauma corneano (13,3%). Pelos convênios e particular: ceratocone (61%); trauma (11,6%); falência de enxerto (10%) e úlcera (8,3%). Conclusões: O estudo mostra o ceratocone como principal indicação de ceratoplastia penetrante. Revelou, também, que o sexo não interfere de forma significativa na indicação de transplante e evidencia uma mudança no padrão das patologias quando as relacionamos a forma de acesso ao serviço de saúde, que indiretamente podemos correlacionar ao perfil socioeconômico dos pacientes. Chamou-nos a atenção durante o estudo a porcentagem de prontuários preenchidos da forma incorreta ou não preenchidos (37,82%), impossibilitando análise destes. Sugerimos por isso a criação de um formulário único para os Bancos, facilitando e reduzindo os erros em seu preenchimento. Objetivo: Analisar as culturas dos botões corneoesclerais de córneas utilizadas em transplantes no período de 1994 a 2009, e verificar a eficácia dos antibióticos usados nos meios de preservação das córneas doadoras, bem como os contaminantes mais comuns e se houve repercussões nos pacientes que receberam estas córneas. Método: Foram realizadas culturas de 966 botões corneoesclerais de córneas efetivamente utilizadas em transplantes no período de 1994 a 2009 no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, conservadas em meio de preservação Optisol, e então levantados os resultados dos micro-organismos mais prevalentes na cultura dos botões, e se houve alguma repercussão nos pacientes que receberam estas córneas. Resultados: A porcentagem de contaminação foi de 4% dos botões corneoesclerais. Os micro-organismos encontrados foram: Bacillus, Enterobacter, E. Coli, estafilococo, estreptococo, Neisseria, Pseudomonas, leveduras e fungos filamentosos. Dos gêneros encontrados, 45% eram estafilococos e 25% fungos. Nenhum dos botões contaminados resultou em infecção no olho receptor. Conclusões: Conclui-se que nem o banho de antibiótico de 10 minutos do globo ocular doado feito pelo Banco de Olhos e nem os antibióticos do meio de preservação Optisol foram suficientes para esterilizar a totalidade dos botões corneoesclerais. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 25 9/9/2010, 11:55 25 PÔSTERES P 017 P 018 AVALIAÇÃO ATRAVÉS DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DE ANÉIS IMPLANTADOS MANUALMENTE E COM O LASER DE FENTOSEGUNDO AVALIAÇÃO CLÍNICA E POR MEIO DE OCT VISANT DE PACIENTES COM INFECÇÃO PRÉVIA POR NEISSERIA SPP Mayana Freitas Lopes, Nicolas Cesário Pereira, Camile Fagundes Freitas de Tonin, Luciene Barbosa de Sousa, Reinaldo Ferreira da Silva, Leon Grupenmacher, Guilherme Andrade do Nascimento Rocha, Elisa Biesdorf Thiesen Amanda Correia da Paz, Elisabeth Nogueira Martins, Fabio Bom Aggio, Norma Allemann Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a regularidade e a profundidade dos segmentos de anel intraestromal através de tomografia de coerência óptica (OCT-Visante) e comparar duas técnicas de implante hoje empregadas: técnica manual e através do laser de fentosegundo. Método: Analisou-se 41 olhos (39 com diagnóstico de ceratocone e 2 DMP) de 34 pacientes submetidos ao implante de anel intraestromal no Hospital Oftalmológico de Sorocaba no período de 2006 a 2008. Em 24 olhos foi realizado o implante de anel pela técnica manual e em 17 foi utilizado o laser de fentosegundo. Os participantes escolhidos tinham período maior que 3 meses de pós-operatório e foram submetidos ao exame de OCT-Visante, para determinação das medidas da profundidade dos anéis em vários pontos. As variáveis analisadas foram: acuidade visual, equivalente esférico, astigmatismo topográfico, e profundidade dos anéis. Consentimento livre e esclarecido foi obtido de todos os participantes. Resultados: Os grupos “anel manual” e “anel intralase” tinham características semelhantes. Constatou-se uma maior profundidade e regularidade dos anéis implantados pelo laser de fentosegundo, mas isso não significou melhor resultado clínico. Além disso, observou-se maior conformidade com a profundidade planejada no grupo “anel intralase”. Com relação às complicações houve 3 extrusões no grupo do anel manual. Não houve extrusões ou perfurações no grupo do “anel intralase” no período avaliado. Conclusões: O OCT-Visante mostrou-se útil na observação da profundidade e regularidade de segmentos de anéis intracorneanos. Na amostra avaliada, não houve diferença entre a resposta clínica, mas os segmentos implantados com laser de fentosegundo se mostraram mais profundos, regulares e com menor taxa de complicações e extrusões. Objetivo: Avaliar a córnea de pacientes que tiveram infecção ocular gonocócica prévia confirmada laboratorialmente, através do exame clínico e da realização do OCT Visante. Método: Entre janeiro/2009 e maio/2010, dez pacientes foram diagnosticados com infecção ocular por Neisseria spp. (bacterioscpia com coloração de Gram e/ou cultura positiva) no Pronto Socorro de Oftalmologia do Hospital São Paulo. Esses pacientes foram convidados, através de contato telefônico, a participarem do estudo e três aceitaram o convite. Após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a exame na lâmpada de fenda, refração, teste de sensibilidade corneana, OCT de segmento anterior - Visante, topografia corneana e fotografia do segmento anterior. Resultados: Paciente 1: Manteve acuidade visual 20/20 no olho afetado (esquerdo), sem alterações no exame clínico e topografia de córnea. Apresentou áreas de hiperrefletividade no estroma corneano ao OCT Visante. Paciente 2: O olho afetado (direito) apresentou acuidade visual bem inferior (20/200) à acuidade do olho contralateral (20/20), sem alterações importantes no exame clínico e topografia de córnea. Ao OCT Visante, também apresentou áreas de hiperrefletividade do estroma corneano. Paciente 3: O olho afetado (direito) apresentou acuidade visual de 20/200, sem melhora com a refração, com áreas de opacidade estromal corneana e neovascularização, e redução da sensibilidade corneana, a topografia foi impossível de ser realizada e o OCT Visante revelou áreas de hiperrefletividade e afinamento corneano. Conclusões: Por obter imagens de alta resolução, a tomografia de coerência óptica do segmento anterior é capaz de detectar alterações subclínicas na córnea de pacientes com infecção ocular prévia por Neisseria spp. que é uma afecção grave com possíveis sequelas debilitantes na córnea dos pacientes afetados. P 019 P 020 AVALIAÇÃO DA PRECISÃO DA PAQUIMETRIA CORNEANA DE CONTATO POR ULTRASSOM AVALIAÇÃO DO ASTIGMATISMO E ACUIDADE VISUAL PÓSTRANSPLANTE ENDOTELIAL (DSAEK) Liliane Ventura, Victor A. C. Lincoln, Sidney J. Faria e Sousa Fernanda Darahem Mabtum, Roberto Pinto Coelho, Ricardo Helio Biaggi, Fernando Borges Marquez de Andrade, Sibere Resende Oliveira, Francisco Souza Meirelles Pires, Antonio Carlos Correia Coelho Junior, Isis Marques Montenegro, Antonio Carlos Correa Coelho Junior Hospital Oftalmológico de Sorocaba - Sorocaba (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Carlos (SP) / Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: A paquimetria corneana é uma medida da espessura da córnea bastante utilizada. Estas técnicas são baseadas em princípios de ultrassom ou ópticos. Embora cada princípio tenha sua particularidade, todos são tidos como confiáveis. Os paquímetros por ultrassom portáteis são bastante utilizados e, neste trabalho aferimos a precisão e reprodutibilidade de dois modelos existentes no mercado. Método: Estabeleceu-se uma montagem com um micrômetro mecânico, digital, com precisão de 1 micron, acompanhado de dispositivos para posicionar a córnea a ser avaliada, um sistema ótico de ampliação de 10X e uma câmera CCD acoplada a um lap, para poder observar o momento em que o micrômetro mecânico toca a superfície da córnea. O protocolo adotado consistiu de: 8 olhos, com até 72 horas pós-morte foram selecionados, retirados da geladeira, suas córneas removidas, rotuladas de 1-8 e colocadas em sequência. No paquímetro por ultrassom foram realizadas três medidas por dois usuários e quatro medidas por um usuário, totalizando 10 medidas em cada córnea. As mesmas córneas foram submetidas 5X cada às medições no micrômetro mecânico totalizando 15 medidas e, esta sequência foi realizada por três diferentes usuários. O que realizava as medidas não observava o resultado; anotados por uma segunda pessoa, para que não houvesse influência na medida posterior ou no descarte de alguma medida no ato da medição. Resultados: Um dos paquímetros ultrassônicos apresentou uma média de desvio padrão de 150 e foi descartado para nossas avaliações. A média dos desvios padrão tanto do paquímetro ultrassônico selecionado quanto a do micrômetro foi de 33. Porém houve uma diferença entre medidas de aproximadamente 100 micra. Assim, amostras padrão em acrílico foram medidas em ambos os sistemas. Conclusões: Verificou-se que o paquímetro ultrassônico apresenta um valor inferior, diferindo acima de 100 micra do valor do padrão, indicando o erro real do paquímetro ultrassônico. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Avaliação do astigmatismo e acuidade visual de pacientes submetidos a transplante endotelial (Descemet Stripping Automated Endothelial Keratoplasty - DSAEK). Método: Realizamos um estudo longitudinal observacional retrospectivo, revisando 6 prontuários de pacientes que fizeram transplante de córnea endotelial na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), realizados pelo mesmo cirurgião, no período compreendido entre 14 de julho e 11 de agosto de 2009. Resultados: Entre os 6 prontuários analisados, constatou-se que nos transplantes endoteliais a acuidade foi de 0,04 a 1 logMAR (0,1 - 0,9). O astigmatismo pós-transplante endotelial alterou de -2,50 a 0. Conclusões: O astigmatismo constitui uma das mais frequentes causas de baixa acuidade visual no pósoperatório do transplante de córnea. Com o objetivo de garantir uma boa acuidade visual e diminuir risco de complicações, novas técnicas de transplantes de córneas têm sido utilizadas, dentre elas o transplante endotelial. Neste trabalho, demonstramos que o transplante endotelial é uma técnica efetiva e segura, com baixo grau de astigmatismos e boa acuidade visual no pós-operatório. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 26 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 26 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 021 P 022 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO AOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O PROCESSO DE DOAÇÃO DE CÓRNEA AVALIAÇÃO DO USO DO "CROSSLINKING" DO COLÁGENO PARA TRATAMENTO DE CERATOPATIA BOLHOSA João Crispim Moraes Lima Ribeiro, Andressa Rocha, Felipe Bezerra, Charles Silveira, Aline Guerreiro, Levy Aguiar, Tiago Freire, Edson Brambate Jr., Ariel Scafuri, Vagnaldo Fechine Universidade Federal do Ceará (UFCE) - Fortaleza (CE) Objetivo: Avaliar o grau de conhecimento da população sobre a realização de transplante de córnea e estabelecer uma comparação com o conhecimento dos acadêmicos de medicina. Método: Foi aplicado um questionário para obtenção de dados como sexo, nível de escolaridade e mais seis perguntas de múltipla escolha sobre transplante de córnea a pessoas abordadas espontaneamente no “Dia Mundial da Saúde” e aos acadêmicos de medicina. A amostragem foi por conveniência, sendo o número de entrevistados estabelecido arbitrariamente. Resultados: Foram entrevistadas 46 pessoas da população geral, sendo 43,48% homens e 56,52% mulheres, e 51 estudantes de medicina, sendo 43,13% homens e 56,87% mulheres. Dos entrevistados da população geral, 15,2% tinham o 1º grau incompleto, 6,52% 1º grau completo, 17,4% 2º grau incompleto e 32,6% 2º grau completo. Quando indagados “O que é córnea”, 54,3% da população em geral consideram ser uma membrana fina e transparente que recobre o olho contra 88,4% dos estudantes. 52,2% dos entrevistados da população sabem que a doação de córnea só pode ser feita até 6 horas após morte, em comparação com os 71,1% dos estudantes que acertaram. Apenas 45,6% relevaram saber que os Bancos de Olhos são instituições responsáveis por todas as etapas de processamento dos tecidos oculares doados, porém 75% dos acadêmicos sabiam desse dado. Quando questionados sobre o que é necessário para ser doador de órgãos, 69,5% da população estavam cientes da necessidade de informar a família para que a mesma autorize a doação, mas apenas 53,8% dos estudantes sabiam. Conclusões: Comparando os porcentuais de acerto, percebe-se que o maior acesso à informação e ao conhecimento sobre o procedimento e o protocolo de captação de córneas de doadores podem influenciar na escolha de ser ou não doador de córnea. Paula Tapia Gomes Pereira, Sidney Júlio de Faria e Souza, Luis Antonio Gorla Marcomini, Elisio Bueno Machado Filho, Regia Maria Gondim Ramos, Gleilton Carlos Mendonça, Marilhia Teixeira Bueno Machado Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Avaliar se o uso do "crosslinking" corneano diminui os sinais e sintomas da ceratopatia bolhosa Método: Foram incluídos 15 pacientes (15 olhos) que apresentavam ceratopatia bolhosa sintomática. Todos tinham baixo prognóstico visual após várias cirurgias oculares. Foi utilizado o protocolo de Wollensak, de Dresden: desepitelização dos 8 mm centrais da córnea sob anestesia tópica e instilação de riboflavina a 1% 5 minutos antes do início da irradiação. Esta foi aplicada por 30 minutos, energia total de 4,5 joules/cm², com instilação de riboflavina a cada 5 minutos, alternada com anestésico. Utilizado lentes de contato terapêuticas (LCT) e colírio de moxifloxacino e dexamentasona 4X ao dia até completa re-epitelização da córnea. Os pacientes eram avaliados semanalmente até re-epitelização da córnea, com 30, 60 e 180 dias de pós-operatório. Os dados avaliados foram obtidos antes do procedimento e nas visitas subsequentes: acuidade visual, tempo para re-epitelização, paquimetria, escala de sintomas para dor, lacrimejamento, sensação de corpo estranho e fotofobia (0 para ausência; 1 leve; 2 moderado e 3 intenso) e presença ou não de bolhas epiteliais. Resultados: A média de idade foi de 66 anos, 6 pacientes do sexo feminino e 9 masculino. Re-epitelização em média de 22 dias. Dois meses após o "crosslinking", dos 15 pacientes, 8 apresentavam boa evolução, com melhora da dor e sem bolhas. Houve diferença significativa na escala dos sintomas, que reduziu de 10,2 para 7,6 com p=0,01. Não houve diferença significativa em relação à paquimetria e acuidade visual. Aos 6 meses após o tratamento, houve recorrência da ceratite bolhosa em todos os pacientes e apenas 3 não apresentou. Conclusões: Neste estudo, a utilização do "crosslinking" seguindo-se o protocolo de Wollensak não foi eficaz para o tratamento da ceratopatia bolhosa. P 023 P 024 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E ETIOLÓGICAS DAS CERATITES INFECCIOSAS EM CENTRO DE REFERÊNCIA NO BRASIL CAUSAS DE DESCARTE DE CÓRNEAS E PERFIL DO DOADOR NO BANCO DE OLHOS DO HUPAA-UFAL: JANEIRO DE 2008 A MARÇO DE 2010 Luís Guilherme Milesi Pimentel, Ana Luísa Hofling-Lima, Angelino Julio Cariello, Daniel Colicchio, Renato Magalhães Passos, Daniel Meira-Freitas, Natália Yumi Valdrighi, Maria Cecilia Zorat Yu, Adriana Mascia Allan Wilson Ramos Cavalcante, Maíra Cano Ribeiro Nogueira, Hiran Pereira Monte Filho, Arminda Pereira da Silva Theotonio, Marcella Cristina Halliday Muniz, Clécia de Araújo Cavalcante, Andréa Maria Cavalcante Santos Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - Maceió (AL) Objetivo: Descrever as características epidemiológicas e laboratoriais das ceratites infecciosas em centro de referência no Brasil. Método: Em estudo retrospectivo, foram revisados todos os prontuários de pacientes com diagnóstico de ceratite atendidos no Laboratório de Microbiologia Ocular da UNIFESP entre julho de 1975 e setembro de 2007. Dados revisados foram: idade, sexo, olho acometido, uso tópico de medicamentos, história prévia de trauma ou cirurgia ocular, uso de lentes de contato e resultado da cultura. Resultados: Foram incluídos 6.804 pacientes. A média de idade foi 42,1 ± 21,4 anos. A relação masculino:feminino foi 1,5:1. Culturas foram positivas em 3.309 (48,6%) casos. Bactérias foram isoladas em 2.699 (39,7%), fungos em 364 (5,3%) e Acanthamoeba em 246 (3,6%) amostras. Staphylococcus foi a bactéria mais frequente e Fusarium prevaleceu entre os fungos. Culturas positivas para bactérias foram 2,7 vezes mais frequentes em pacientes com uso prévio de esteróides (p<0,01) e houve redução de 30% na positividade das culturas em pacientes em uso de antibióticos (p<0,01). Antecedente de cirurgia ocular prévia foi observado em 1.524 (22,4%) pacientes e uso de lentes de contato apresentou chance 1,7 vez maior de cultura positiva para Acanthamoeba. Trauma ocular prévio acometeu 1.118 (16,4%) pacientes e em trauma com vegetais houve 3,8 vezes aumento de culturas positivas para fungos (p<0,01). Conclusões: As bactérias foram os micro-organismos mais frequentes. Uso prévio de antibióticos e esteróides podem alterar resultados laboratoriais. Cirurgia ocular prévia, uso de lente de contato e trauma ocular se mostraram fatores de risco para a ocorrência de ceratites causadas por bactérias, Acanthamoeba e fungos, respectivamente. Objetivo: Realizar um levantamento das causas do descarte de córneas e o perfil dos doadores processados no Banco de Olhos do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-UFAL) durante o período de janeiro de 2008 a março de 2010. Método: Revisão retrospectiva dos prontuários de doadores de córnea processados no Banco de Olhos do HUPAA-UFAL entre janeiro de 2008 e março de 2010. Correlações de dados como causas de descarte das córneas (sorologia positiva dos doadores e condições do tecido) e do perfil dos doadores como a faixa etária e sexo foram considerados. Resultados: Das 318 córneas processadas no Banco de Olhos do HUPAA-UFAL, 52% foram do sexo masculino e 48% do sexo feminino. Com relação à sorologia, 27,7% (88) apresentaram resultado positivo para hepatite B; 2,5% (8) para hepatite C; 1,3% (4) para HIV; 3,2% (10) apresentaram testes inconclusivos perfazendo uma porcentagem de 34,7% (110) de córneas descartadas no período estudado devido ao resultado positivo ou inconclusivo da sorologia dos doadores. Das outras causas de descarte das córneas, a maior prevalência foi de evidências de infecção no tecido corneano 3,2% (10) e 0,9% (3) pela condição inaceitável do próprio tecido. Conclusões: O estudo confirma a validade e a importância da realização de testes sorológicos e avaliação tecidual corneano para um transplante bem sucedido e sem ônus para o paciente. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 27 9/9/2010, 11:55 27 PÔSTERES P 025 P 026 COLA BIOLÓGICA TISSUCOL VERSUS NYLON 10.0 NA EXERESE DE PTERÍGIO PRIMÁRIO USANDO TRANSPLANTE DE CONJUNTIVA AUTÓLOGO ESPÁTULA DE KIMURA VERSUS ESCOVA CSM: EFICIÊNCIA NA COLETA DE RASPADOS EM CERATITES INFECCIOSAS Andre Cortez Baptistella, Fernanda Schenk Bertoli, Vera Lucia Mascaro, Haldria Cristine Pessotti Simião, Fulvia Pina Pinheiro Hospital Brigadeiro São Paulo - São Paulo (SP) Luís Antonio Gorla Marcomini, Sidney Julio de Faria e Sousa, Gleilton Carlos Mendonça da Silva Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Comparar o tempo cirúrgico, escala análoga visual, grau de hiperemia ocular e complicações e recidivas relacionadas ao transplante de conjuntiva autólogo usando nylon 10,0 mm e cola tecidual Tissucol Baxter. Método: Estudo comparativo, prospectivo e randomizado foi realizado em 38 olhos com pterígio nasal primário, sendo 20 olhos submetidos a sutura com nylon 10,0 mm e 18 olhos submetidos a cola tecidual Tissucol Baxter. Os pacientes foram avaliados no pré e pós-operatório (1, 10, 30, 60) através de avaliação subjetiva (EAV) e objetiva como grau de hiperemia ocular, dor, lacrimejamento, desconforto ocular, tempo cirúrgico e complicações/recidivas. As variáveis foram submetidas aos testes de Fisher, Mann-Whitney, Friedman. Valores de P<0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Tivemos um tempo cirúrgico menor no grupo cola Tissucol em detrimento do grupo sutura. Na avaliação objetiva, tivemos um maior grau de hiperemia em todos os estágios do grupo sutura. Tivemos um caso de recorrência no grupo cola e três no grupo sutura. Na avaliação subjetiva usando a escala análoga visual, tivemos maiores índices de lacrimejamento, sensação de corpo estranho, dor e desconforto ocular no grupo sutura em detrimento do grupo cola tecidual. Conclusões: A cola tecidual Tissucol na fixação do transplante de conjuntiva autólogo em cirurgias de pterígio primário reduziu o tempo cirúrgico, apresentou menor reação inflamatória e menor desconforto ocular no pósoperatório, com índices de complicações e recidivas menores que no grupo de fixação com nylon 10,0 mm nos 60 dias de pós-operatório. Objetivo: Comparar a eficiência da espátula de Kimura em prover amostras positivas a partir de raspados de úlceras de córnea, com a eficiência de uma escova (denominada Escova CSM) desenvolvida no Setor de Doenças Oculares Externas do Ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Método: Em 207 casos de úlcera de córnea atendidos no Setor de Doenças Oculares Externas do Ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, entre 2004 e 2006, colheu-se de cada úlcera dois raspados: um obtido com a espátula de Kimura e outro obtido com a escova CSM. Comparou-se a proporção de amostras positivas encontradas nas coletas realizadas com a espátula, com a proporção de amostras positivas encontradas nas coletas realizadas com a escova. Resultados: Entre as 207 coletas realizadas com a Espátula de Kimura tivemos: 78 positivas e 129 negativas. Entre as 207 coletas realizadas com a Escova CSM tivemos: 104 positivas e 103 negativas. O teste de McNemar aplicado a estes resultados mostrou uma diferença altamente significante entre as proporções de positivos encontrados nos dois grupos (p<0,0001). Conclusões: - A escova CSM mostrou-se muito mais eficiente que a espátula de Kimura em prover amostras positivas a partir de úlceras de córnea. A escova CSM, por possuir cerdas, remove muito mais material da úlcera que a espátula de Kimura. Este fato por si só pode explicar a maior proporção de positivos nas amostras colhidas com a escova. Os casos que resultaram negativos são provavelmente de etiologia virótica destacando-se aí formas menos comuns (não dendríticas) de herpes simples, sempre difíceis de se diagnosticar clinicamente e que frequentemente são referenciadas a Serviços Terciários como o nosso. P 027 P 028 INCIDÊNCIA DE GLAUCOMA PÓS CERATOPLASTIA PENETRANTE NO ANO DE 2009 NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. ALBERTO ANTUNES/UFAL INDICAÇÕES PARA CERATOPLASTIA PENETRANTE E LAMELAR NO HOSPITAL DE CLÍNICAS-UFTM Arminda Pereira da Silva Theotonio, Maíra Cano Ribeiro Nogueira, Andréa Maria Cavalcante Santos, Marcela Cristina Halliday Muniz, Clécia A. Cavalcante, Hiran Pereira Monte Filho, Allan Wilson Ramos Cavalcante Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Sergipe (AL) Objetivo: Devido à grande frequência, gravidade e dificuldade diagnóstica e de tratamento, o glaucoma pós ceratoplastia penetrante é uma complicação séria e a segunda causa mais frequente de insucesso do transplante penetrante de córnea, superada apenas pela rejeição. Com esse trabalho objetiva-se avaliar a incidência de glaucoma após ceratoplastia penetrante e correlacionar com fatores de risco, idade, sexo e evolução da doença. Método: Foram avaliados retrospectivamente os prontuários dos 82 pacientes submetidos à ceratoplastia penetrante no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes no período de 2009. A avaliação incluiu o exame até a última consulta agendada ou até a perda do seguimento. Foram analisados a indicação cirúrgica, o tipo de cirurgia, se pseudofacia ou afacia, o tempo de surgimento do glaucoma, o tipo de tratamento utilizado. Resultados: No período estudado foram realizadas 82 CPP, 41,46% desenvolveram aumento da PIO no pósoperatório, destes 6,09% já apresentavam glaucoma no pré-operatório. Com relação à indicação, 38,23% por ceratopatia bolhosa, 26,47% leucoma, 8,82% leucoma aderente, 5,88% retransplante, 2,94% perfuração, 14,70% ceratocone e 2,94% distrofia granular. Dos pacientes que desenvolveram aumento da PIO no pósoperatório 11,76% eram afácicos, 47,05% pseudofácicos e 41,17% fácicos. 6,09% desses pacientes necessitaram de tratamento cirúrgico para controle da PIO, sendo realizado trabeculectomia. Conclusões: Tendo em vista que o glaucoma pós-CPP é uma das mais importantes causas de falência do enxerto corneano e de perda visual definitiva pelas lesões irreversíveis acarretadas ao disco óptico, torna-se prudente um cuidadoso monitoramento de PIO no pós-operatório, a fim de que seja feito o diagnóstico precoce e tratamento adequado, seja ele clínico ou cirúrgico. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Vanessa Mendonca Rocha, Hélia Soares Angotti, Frederico Gustavo Telles e Souza Objetivo: Determinar as principais causas de indicação de transplante penetrante e lamelar no Hospital de Clínicas-UFTM no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2009. Método: Estudo retrospectivo, série de casos, não comparativo. Os autores revisaram os prontuários de 59 pacientes submetidos à ceratoplastia penetrante e lamelar no Hospital de Clínicas-UFTM no ano de 2009 e os classificaram em diferentes categorias diagnósticas. Resultados: Dentre os 59 prontuários revisados a idade variou de 9-88 anos (média 25 anos ± 2,5). Dentre as principais causas de indicação para ceratoplastia encontramos: ceratocone em 23 casos (38,98%), sequela de trauma penetrante em 12 casos (20,34%), falência de transplante prévio em 11 casos (18,64%), ceratite infecciosa perfurada ou não em 7 (11,86%), ceratopatia bolhosa em 4 (6,78%) e outras causas em 2 (3,39%). Entre os pacientes com indicação para ceratocone 6 (10,17%) casos foram lamelares e 17(28,81%) de transplantes penetrantes. Conclusões: Este estudo foi composto por uma população predominantemente jovem e as principais causas de indicação de transplante foram o ceratocone, sequela de trauma penetrante, falência de transplante prévio e ceratite infecciosa perfurada ou não. Entre os pacientes com ceratocone a principal técnica utilizada foi a ceratoplastia penetrante. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 28 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 28 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 029 P 030 PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DO OLHO SECO EM PACIENTES COM RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA PROGRAMA DESENVOLVIDO PARA CERATOMETRIA EM PALM TOP Adriana Rainha Mascia, Igor Rodrigo Lins da Silva, João Crispim Ribeiro, Luis Guilherme Milesi Pimentel, Moacyr Amaral Campos, Patricia Cabral Zacharias Serapicos, Daniel Meira-Freitas, Angelino Julio Carrielo, Ana Luisa Hofling-Lima, Fernanda Castro de Oliveira Claudine Mizusaki Iyomasa, Liliane Ventura, Jean-Jacques de Groote Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a presença da síndrome do olho seco em pacientes com retinopatia diabética proliferativa. Método: Pacientes com retinopatia diabética proliferativa com indicação de laserterapia foram convidados a responder um questionário de desconforto ocular específico para olho seco (Ocular Surface Disease Index - OSDI). Em seguida, todos os pacientes foram submetidos aos testes de tempo de ruptura do filme lacrimal (BUT), Schirmer I e coloração por Rosa Bengala. Resultados: Foram incluídos no estudo 25 pacientes. A idade variou de 25 a 82 anos com média de 59,8 ± 11,6 anos e a relação masculino/feminino foi de 1,3. O tempo de diagnóstico variou de 1 a 35 anos com média de 17,2 ± 8,7 anos. O escore médio do OSDI foi de 49,4 ± 24,2. O teste de Schirmer I variou de 2 a 35 mm e apresentou média de 13,57 ± 9,78 mm. Valor menor que 10 (positivo) foi observado em 12 (48,0%) pacientes. O BUT estava alterado em 21 (84,0%) pacientes. Escore do teste de Rosa Bengala maior que 3 (alterado) foi observado em 12 (48,0%) pacientes. Conclusões: Foi observada alta prevalência de sintomas de olho seco e alterações nos testes de avaliação do filme lacrimal em pacientes com retinopatia diabética proliferativa. Os dados sugerem que diabetes mellitus com complicação microvascular constitui fator de risco para desenvolvimento da síndrome do olho seco. Universidade de São Paulo (USP) - São Carlos (SP) Objetivo: O objetivo deste trabalho é desenvolver um software que faça a medida ceratométrica, e que possa ser utilizado em dispositivos móveis. Seu desenvolvimento está diretamente relacionado a um projeto anterior cuja proposta foi a determinação do astigmatismo utilizando um anel de LEDs acoplado à lâmpada de fenda. Neste novo projeto, o diferencial é a incorporação da tecnologia dos dispositivos móveis, que vêm tomando o mercado. O projeto visa unificar a grande precisão de um processo de determinação do astigmatismo à mobilidade permitida pelos novos processadores. Método: O hardware do sistema consiste em 36 LEDs dispostos em um formato de círculo. Os LEDs são projetados na córnea e a imagem refletida é capturada por um sensor CCD de magnificação de 16x. A imagem é enviada para o computador portátil pelo CCD por meio de um sistema sem fio, e o software abre automaticamente a imagem a ser processada e converte a intensidade registrada relativa a cada pixel em uma matriz de dados numéricos. Em seguida é estabelecida pelo usuário a quantidade de LEDs que deve ser identificada. Após a identificação é feita a interpolação. E, por fim, é determinada a melhor elipse que se encaixa a estes pontos e o seu maior e menor raio. A partir do valor dos parâmetros da elipse, os dados de astigmatismo podem ser determinados. Resultados: Após fazer vários testes com uma imagem padrão em que o anel refletido é um círculo regular, utilizou-se a imagem obtida por um paciente com 11 D de astigmatismo para testar se o software é capaz de detectar. O resultado deste teste mostrou-se bem sucedido, identificando corretamente os LEDs, determinando a melhor elipse por meio da interpolação, e traçando o maior e o menor raio da elipse. Conclusões: O desempenho observado nos testes do algoritmo descrito, a eficiência na identificação dos LEDs, e o cálculo dos raios maior e menor do anel de luz necessários para determinar o astigmatismo, indicam fortemente a viabilidade do processo proposto neste projeto. P 031 P 032 PROTOCOLO DE TRATAMENTO PARA CERATOCONJUNTIVITE PRIMAVERIL SURTO EPIDÊMICO DE ÚLCERA DE CÓRNEA EM USUÁRIOS DE LENTE DE CONTATO COLORIDA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BELÉM DO PARÁ Lisa Lauren Moura Martins, Karina Teixeira e Silva, Carina Costa Cotrim, Maria da Glória Fonseca Rabelo, Tiago de Assis Quitério Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) Objetivo: Estabelecer padronização no tratamento de ceratoconjuntivite primaveril que caracteriza-se como processo alérgico crônico e bilateral da conjuntiva, com exacerbações sazonais, mais frequente na primavera e verão, em regiões de clima quente e seco. Tem predileção por meninos entre 2 e 10 anos de idade, com tendência a resolução na puberdade. Método: Análise de prontuários dos pacientes do Departamento de Córnea da UFTM. Resultados: Os sintomas são prurido, lacrimejamento, sensação de corpo estranho, fotofobia e secreção mucosa. Apresenta-se nas formas palpebral, límbica e mista. A forma palpebral apresenta papilas de até 1 mm em palpebral superior. Nos casos graves há papilas gigantes e acúmulo de secreção mucosa entre elas. Na forma límbica, papilas gelatinosas e pequenas pseudofossetas são visualizadas no limbo superior. Já a forma mista, apresenta papilas gigantes e limbo gelatinoso. Os pontos de Horner-Trantas, no limbo ou conjuntiva, são formados por eosinófilos e restos celulares degenerados. O trauma mecânico das papilas gigantes sobre a córnea causa defeito epitelial, depósito superficial de fibrina e neovascularização (úlcera em escudo) que pode resultar em grave alteração visual. Conclusões: O tratamento requer controle do alergeno, compressas geladas nas crises e uso de lubrificantes sem conservantes, como medidas gerais. Casos leves: medidas gerais e colírios de dupla ação (associação entre anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos) como olopatadina 0,1% ou 0,2% e epinastadina por período indeterminado. Casos moderados: medidas gerais, colírios de dupla ação e corticóide milesimal por 1 mês. A manutenção pode ser feita com estabilizador de mastócitos. Casos graves: medidas gerais, colírios de dupla ação, acetato de prednisolona 1% com regressão em 1 mês. Se não houver melhora, ciclosporina tópica 1 a 2% ou tacrolimus pomada podem ser prescritos para se evitar os efeitos adversos do corticóide. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Carlos Sebastião Castro de Oliveira, Laíse Nascimento Nunes, Paula Renata Tavares Caluff, Edmundo Frota de Almeida Sobrinho, Janneser Lima de Freitas, Carla Carvalho Ribeiro, Aline Nazaré Souza de Almeida, Denis Souza Vieira da Silva Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza - Belém (PA) / Universidade Federal do Pará (UFPA) - Belém (PA) Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes usuários de lente de contato colorida que desenvolveram úlcera de córnea, enfatizando o diagnóstico e tratamento. Método: Estudo retrospectivo de pacientes, usuários de lentes de contato coloridas, que desenvolveram úlcera de córnea no período de julho a dezembro de 2008, atendidos no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, Belém - PA. A coleta de dados foi realizada através de revisão de prontuário e análise de protocolo de pesquisa com diversas variáveis. Na análise dos dados foi utilizado o programa EPI INFO versão 3.3.2 para cálculo das frequências, construção das tabelas e gráficos. Resultados: Foram avaliados 40 pacientes com sinais clínicos de ceratite infecciosa após uso de lentes de contato; a maioria dos pacientes (15 pacientes) estava na faixa etária mais jovem entre 14 e 21 anos; adquiriram as lentes em maior frequência de amigos (25%), em ópticas (22,5%), ambulantes (20%) e uso compartilhado com outras pessoas (20%). As medidas do tamanho das úlceras variou entre 1 e 64 mm², com média de 23,6 mm². Na avaliação inicial da acuidade visual, a maioria dos pacientes apresentava visão de movimento de mãos (55%), mantendo a acuidade visual de vultos (52,1%) na avaliação final após o tratamento empírico com antibióticos fortificados ou antifúngicos tópicos, sendo que 11,8% dos pacientes evoluíram para transplante tectônico de córnea devido à gravidade do quadro. Segundo as características clínicas e resposta terapêutica, o provável agente etiológico da ceratite foi bacteriano em 90,9% dos casos e fúngico em 9,1%. Conclusões: Portanto, fazse um alerta sobre os riscos de perda visual grave com o uso inadequado, e principalmente sem orientação do oftalmologista, das lentes de contato. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 29 9/9/2010, 11:55 29 PÔSTERES P 033 P 034 USO DE GANCICLOVIR 0,15% GEL PARA TRATAMENTO DE CERTATOCONJUNTIVITE ADENOVIRAL ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS NOS PACIENTES PORTADORES DE ESCLEROSE SISTÊMICA EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL Simone Tiemi Yabiku, Mariann Midori Yabiku, Kátia Mantovani Bottós, Aline Lutz Araújo, Acácio Lima Filho, Cristina Muccioli, Denise de Freitas, Ana Luisa HoflingLima, Rubens Belfort Jr. Beatriz de Abreu Fiuza Gomes, Marcony Rodrigues de Santhiago, Mário N. L. de Azevedo, Haroldo Vieira Moraes Jr. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ) Objetivo: Determinar se ganciclovir 0,15% gel é eficaz no tratamento de ceratoconjuntivites adenovirais, na prevenção de complicações e se pode influenciar na transmissão desse tipo de conjuntivite. Método: Ensaio clínico duplo-cego com pacientes com conjuntivite adenoviral há 5 dias ou menos. Os pacientes responderam a um questionário, graduando os sinais e sintomas da conjuntivite em ausente, leve, moderado ou intenso. No exame foi avaliado acuidade visual, adenopatia, edema palpebral, hiperemia conjuntival, quemose, reação folicular, hiposfagma, petéquias conjuntivais, infiltrados subepiteliais, ceratite puntacta, membranas e pseudomembranas. Os pacientes foram distribuídos, de forma randomizada, no grupo 1 (tratamento) e grupo 2 (controle), recebendo ganciclovir 0,15% ou placebo em ambos os olhos durante 10 dias. Após 6 dias, o mesmo questionário foi aplicado pelo telefone e o paciente respondeu se alguém do convívio pegou conjuntivite e se os sintomas passaram para o olho contralateral. No 10º dia o mesmo examinador reavaliou os pacientes e aplicou o mesmo questionário. Resultados: Dos 46 pacientes avaliados, 33 concluíram o tratamento, sendo 19 do grupo 1 e 14 do grupo 2. Ambos os grupos eram equivalentes em relação aos dados demográficos e aos sinais e sintomas. No 6º e no 10º dia de tratamento houve melhora estatisticamente significativa da dor, prurido e fotofobia apenas no grupo 1. No 10º dia observou-se melhora significativa do edema palpebral, hiperemia e folículos em ambos os grupos. Não houve diferença entre os grupos na taxa de transmissão e de complicações. Conclusões: Em pacientes com ceratoconjuntivite adenoviral observou-se melhora da dor, prurido e fotofobia apenas no grupo tratado com ganciclovir 0,15% gel. Não houve diferença estatística em ambos os grupos em relação a transmissibilidade e ocorrência de complicações. Objetivo: Estudar a prevalência e o espectro das alterações oculares em pacientes com esclerose sistêmica em acompanhamento ambulatorial. Método: Trata-se de um estudo descritivo, transversal. Foram incluídos 45 pacientes consecutivos, provenientes do ambulatório de reumatologia do HUCFF, com diagnóstico de esclerose sistêmica (ES) baseado nos critérios do Colégio Americano de Reumatologia. Foram excluídos pacientes com diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo, bem como pacientes com ES sine escleroderma. Os pacientes foram submetidos a exame oftalmológico completo, incluindo a realização de tempo de rotura do filme lacrimal, teste de Schirmer I e avaliação da superfície ocular após instilação de Rosa Bengala. Resultados: Dos 45 pacientes incluídos, 40 (88,9%) pacientes eram do sexo feminino e 5 (11,1%) eram do sexo masculino. A idade variou de 22 a 77 anos, com média de 51 anos. Os pacientes apresentaram um tempo médio de doença diagnosticada de 10,9 anos. Queixas oftalmológicas foram relatadas por 33 pacientes (73,3%), sendo as mais comuns: baixa visual (26,7% das queixas), prurido (13,3%) e ardência (13,3%). Os achados oculares mais frequentes foram: endurecimento da pele das pálpebras dificultando a eversão palpebral (51,1%), telangiectasias palpebrais (51,1%), ceratoconjuntivite seca (47%), catarata (42%), blefarite (40%), alterações microvasculares retinianas (26,7%), estreitamento dos fórnices conjuntivais (15,6%), glaucoma (13,3%). Conclusões: A ES é uma doença sistêmica que pode apresentar comprometimento oftalmológico, geralmente benigno em pacientes ambulatoriais. As alterações encontradas englobaram a órbita, o segmento anterior e o posterior do globo ocular, sendo que as alterações palpebrais e da superfície ocular foram as mais frequentes. P 035 P 036 ESTUDO SOBRE A CORRELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE DA ARTRITE REUMATÓIDE E A GRAVIDADE DO OLHO SECO MANIFESTAÇÕES OCULARES EM PACIENTES PORTADORES DA SÍNDROME DE WILLIAMS Fernando H. Miyazaki, Andreo G. M. Parra, Daniel C. Antero, Thelma L. Skare, Marcelo L. Gehlen Sarah La Porta Weber, Lorena Galhardo Ribeiro, Mauro Goldchmit, Marcela Ferreira Tavares Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Curitiba (PR) Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) Objetivo: Verificar se atividade da AR medida pelo DAS-28 se correlaciona com a gravidade do olho seco medida através dos testes de Schirmer I e do BUT. Método: Trata-se de um estudo observacional, transversal. Foram convidados todos os pacientes de AR do ambulatório de reumatologia do HUEC do período de janeiro de 2010 a março de 2010 com pelo menos 4 dos critérios classificatórios para AR do Colégio Americano de Reumatologia. Incluíram-se 50 pacientes. Esses foram submetidos à medida do DAS-28, do Schirmer I e do BUT. O DAS-28 classifica a atividade da AR em baixa se <3,2; moderada se entre 3,2-5,1 e alta se >5,1. Para fins de análise estatística utilizou-se o menor valor do BUT e do Schirmer medido nos dois olhos. Os dados foram agrupados em tabelas de frequência sendo utilizado o teste de Spearman para estudos de correlação. Significância adotada de 5%. Resultados: Dos 50 pacientes, 6 eram homens e 44 mulheres com idade entre 28 e 77 anos (média de 51,92 ± 11,15 anos) e com tempo de doença entre 6 meses e 32 anos (média de 10,21 ± 7,67 anos). Existia sensação de olho seco em 24/50 (48%). A atividade da doença medida pelo DAS-28 variou entre 0,62 e 6,93 (média de 3,23 ± 1,40). O teste de Schirmer variou entre 0 e 30 mm em 5 minutos com média de 12,18 ± 7,92. Em 10 pacientes (20%) os valores ficaram abaixo de 5 mm. O BUT variou entre 0 e 15 segundos (média de 5, 48 ± 3,85). Em 43 pacientes (86%) os valores ficaram abaixo de 10 segundos. Estudando-se a associação entre Schirmer e DAS-28 obteve-se um p=0,39. A correlação dos DAS-28 com o BUT mostrou um p de 0,60. Conclusões: Não existe associação entre atividade da AR e gravidade do olho seco medidos pelo Schirmer e pelo BUT. Objetivo: O objetivo deste estudo é descrever a frequência e gravidade das manifestações oculares presentes na síndrome de Williams. Método: Trata-se de um estudo longitudinal, prospectivo, observacional. Foram incluídos no estudo os pacientes portadores da síndrome de Williams, com diagnóstico confirmado. As variáveis avaliadas foram sexo, idade, doenças atuais, cirurgias prévias, uso de correção óptica, acuidade visual (AV), biomicroscopia, refração, movimentação extraocular, teste de Hirschberg, prisma e cover teste, teste para estereopsia (Lang), oftalmoscopia direta e indireta. Resultados: Dos 30 pacientes avaliados, 15 eram do sexo feminino e 15 do sexo masculino. A media de idade foi de 14,5 anos, variando de 7 a 26 anos. Em relação à raça, 17 (57%) eram brancos, 10 (33%) pardos e 3 (10%) negros. As principais doenças associadas foram: estenose supravalvar (40%), atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (23%), déficit de atenção (20%) e epilepsia (3%). Entre os 30 pacientes, 13% já haviam sido submetidos a pelo menos uma cirurgia de estrabismo. A melhor AV com correção em ambos os olhos alcançou 20/20 em 84% das crianças. Ao exame de biomicroscopia, destacamos em 23% a presença de epicanto e em 3 pacientes encontramos íris com estroma estrelado. O teste de Hirschberg foi centrado em 20 crianças (67%). No teste de prisma e cover, 9 (30%) evidenciaram uma esotropia e apenas 2 (7%) uma exotropia. Além disso, 4 pacientes apresentaram hipertropia do olho direito sobre o esquerdo e 2 apresentaram DVD. A visão binocular mostrou-se alterada em 43% dos casos. Na fundoscopia observamos tortuosidade vascular em 27% dos pacientes. Conclusões: Este estudo mostrou que os pacientes com síndrome de Williams apresentam inúmeras manifestações oftalmológicas. Estas devem ser pesquisadas, detectadas e corrigidas precocemente, garantindo assim um desenvolvimento melhor para esses pacientes. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 30 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 30 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 037 P 038 PREVALÊNCIA DE DEMODEX SP. NOS CÍLIOS DE PACIENTES DIABÉTICOS ASSOCIAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DE CONJUNTIVITE VIRAL E VARIAÇÕES DE PARÂMETROS CLIMÁTICOS Marina Costa Carvalho de Sousa, Maria Cecília Zorat Yu, Letícia S. F. Yamashita, Angelino Julio Carriello, Daniel Meira-Freitas, Nahin M. A. Geha, Joyce B. Tsuchiya, Ana Luisa Hofling-Lima Vespasiano Rebouças-Santos, Rodrigo V. Pozo, Juliana M. Bastos Prazeres, João Crispin M. L. Ribeiro, Daniel Meira-Freitas, Angelino Julio Cariello, Caio Vinicius Regatieri, Heloisa M. Nascimento, Elizabeth Nogueira Martins Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Determinar a prevalência de Demodex sp. em cílios de pacientes diabéticos comparando com grupo controle. Método: Pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e voluntários saudáveis (grupo controle) responderam questionário sintomático e foram submetidos a exame oftalmológico no qual dois cílios com colarete foram removidos de cada pálpebra e examinados sob um microscópio com ampliação de 20 vezes. Os ácaros foram detectados e quantificados baseados nas suas características morfológicas e movimento. A presença de Demodex sp. foi comparada entre os dois grupos através do teste qui-quadrado. Resultados: Foram incluídos 42 pacientes em cada grupo. A idade variou de 50 a 60 anos com média de 56,4 ± 5,2 anos. A proporção masculino:feminino foi 0,6:1. Não houve diferença significativa segundo o sexo e a idade em ambos os grupos (p>0,05). Houve uma tendência de encontrar Demodex em pacientes mais velhos, sendo que a média de idade de pacientes com e sem Demodex foi 60,2 e 54,0 anos, respectivamente (p=0,09). O Demodex sp. foi significativamente mais prevalente (p=0,05) em pacientes diabéticos (54,8%) do que em pacientes do grupo controle (38,1%). No grupo de pacientes diabéticos, o sexo masculino emergiu como um fator protetor (p=0,05). Conclusões: Pacientes com diabetes apresentam maior prevalência de Demodex sp. nos cílios comparados com voluntários saudáveis. Objetivo: Avaliar a associação entre a frequência de casos de conjuntivite viral (CV) e parâmetros climáticos. Método: Foram revisadas retrospectivamente todas as fichas de pacientes atendidos no pronto-socorro de oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo no período de agosto de 2005 a julho de 2009. A variação mensal do número de casos de CV foi comparada com as variações mensais de temperatura, umidade relativa do ar e taxas de precipitação pluviométricas na cidade de São Paulo no mesmo período, disponíveis na página eletrônica do Instituto Nacional de Meteorologia. Teste de correlação de Pearson foi utilizado para analisar a correlação estatística entre as variáveis. Resultados: Entre agosto de 2005 a julho de 2009 foram realizados 145.652 atendimentos, dos quais 22.830 (15,7%) apresentavam diagnóstico clínico de CV. A frequência média de conjuntivite viral no período estudado foi de 17,3 ± 1,6 casos por dia, sendo a menor registrada no mês dezembro (13,1 casos por dia) e a maior no mês de maio (19,7 casos por dia). A média de temperatura mensal variou de 18ºC (julho) a 24,5ºC (fevereiro) com média anual de 21,4 ± 2,2ºC. A média de umidade relativa do ar mensal variou de 71,2 (agosto) a 75,7 (fevereiro) com média anual de 73,8 ± 2,0. A média de precipitações pluviométricas mensal variou de 40,7 mm (junho) a 319,1 mm (janeiro) com média anual de 139,8 ± 96,9 mm. A precipitação pluviométrica correlacionou-se negativamente com o número de conjuntivites (r=-0,25, p=0,043). Temperatura e umidade relativa do ar não se correlacionaram com o número de conjuntivites (p>0,05). Conclusões: Nos meses com maiores taxas de precipitação pluviométrica observou-se menor frequência de consultas por CV. Não houve influência das variáveis climáticas temperatura e umidade relativa do ar na frequência de CV. P 039 P 040 AVALIAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PÚBLICA DE VOLTA REDONDA - RJ, ENTRE 2004 E 2008 CARACTERIZAÇÃO DAS INDICAÇÕES DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA EM PACIENTES QUE PROCURAM O HOSPITAL ESTADUAL BRIGADEIRO (SUS) Luiz Gustavo Abranches Werneck Pereira, Elba Christina Ferrão, Miguel Allemand Zaidan, Natalia Moura Ribeiro, Anna Paula Amaral Addad, Bruno Ferolla Haldria Cristine Pessotti Simião, Vera Lucia D. Mascaro, Solange Ortis F. Komatsu, Fúlvia Pina Pinheiro, Fernanda Bertoli, André Cortez Baptistella Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA) - Volta Redonda (RJ) / Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda - Volta Redonda (RJ) Hospital Estadual Brigadeiro - São Paulo (SP) Objetivo: Relatar e analisar a prevalência de déficit visual em escolares do ensino fundamental de escolas municipais e estaduais do município de Volta Redonda-RJ. Aprimorar o aprendizado dos acadêmicos de Medicina por meio da técnica de medida da acuidade visual. Evidenciar necessidade de melhoria da assistência oftalmológica pela rede pública. Método: Foi realizada uma revisão de estudos descritivos de delineamento transversal da medida da acuidade visual feito por acadêmicos de Medicina do oitavo período, devidamente treinados, no período de 2004 a 2008. Foram avaliados 3.729 alunos do primeiro ao nono ano de 20 (25,0%) das 80 escolas públicas do ensino fundamental do município de Volta Redonda-RJ, por meio da tabela de Snellen posicionada a 6 metros de distância. Resultados: Da amostra total, 579 (15,5%) apresentaram acuidade visual menor que 0,8. As idades variaram entre 5 e 18 anos. Quanto à correção óptica, 317 (8,5%) alunos usavam óculos ao exame. Questionados se já haviam consultado oftalmologista, 2.019 (54,1%) disseram que sim. Entre os amétropes, 252 (43,5%) relataram cefaléia, 163 (28,2%) ardência ocular, 145 (25,0%) lacrimejamento e 142 (24,5%) dificuldade visual. Conclusões: O trabalho mostrou que a acuidade visual reduzida foi semelhante a outros estudos com o mesmo objetivo, ou seja, 10 a 20% do contingente etário necessitam de correção óptica; logo, programas de saúde pública devem ser implantados de maneira a detectar precocemente distúrbios visuais em crianças para que essas possam ser devidamente tratadas, desenvolvendo satisfatoriamente suas atividades no meio em que vivem. O trabalho desencadeou, por parte dos acadêmicos, a busca pela iniciação científica e, mais importante, interesse de prestar serviços comunitários, onde a população não teria acesso e despertar nela a conscientização do valor da boa visão. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Objetivo: Apresentar o perfil dos pacientes submetidos ao transplante de córnea no Hospital Brigadeiro, as indicações cirúrgicas, as técnicas, os tipos de cirurgias e as complicações. Método: Estudo retrospectivo dos prontuários de 150 pacientes e análise de 193 transplantes realizados por duas equipes, no período de 2000 a 2009. Foram analisados a idade, o sexo, as indicações para o transplante, a técnica utilizada e as complicações. Resultados: 82 (54%) do sexo feminino e 68 (46%) do sexo masculino. A idade variou dos 7 aos 85 anos (média= 41,34 anos). A técnica cirúrgica mecânica. Trépanos de 6 a 9 mm. Transplantes ópticos 183 (95%) foram penetrantes [(penetrantes 152 (79%); penetrante + implante secundário de lente intraocular 8 (4%); tríplice 26 (12%)] e 8 (4%) lamelares. Dos tectônicos 2 foram enxerto corneoescleral (1%). Diagnósticos: ceratocone e análogos (degeneração marginal pelúcida) em 102 (53%) pacientes, ceratopatia bolhosa em 33 (17%), falência por rejeição em 15 (8%), distrofias em 10 (5%), opacidade cicatricial em 14 (7,2%), distrofia de Fuchs em 6 (3%), herpes em 5 (2,6%), tracoma em 5 (2,6%), outros (perfuração escleral e degeneração marginal de Terrien) 3 (1,6%). Complicações: ceratocone: reação de rejeição 18 (9,5%), rejeição irreversível 3 (1,5%), glaucoma 7 (3,5%), Seidel 2 (1%), falência primária 1 (0,5%), diplopia monocular 1 (0,5%), infecção 1 (0,5%), astigmatismo elevado 1(0,5%), Urretz-Zavaglia 1 0,5%). Ceratopatia bolhosa: reação de rejeição 6 (3%), rejeição irreversível 8 (4%), glaucoma 5 (2,5%), falência primária 1 (0,5%). Leucoma: reação de rejeição 1 (0,5%), Seidel 1 (0,5%). Tracoma: reação de rejeição 1 (0,5%), rejeição irreversível 1 (0,5%). Herpes: rejeição irreversível 2 (1%), reação de rejeição 1 (0,5%), glaucoma 2 (1%), Seidel 1 (0,5%). Distrofias: reação de rejeição 3 (1,5%), rejeição irreversível 1 (1%), glaucoma 1 (0,5%). Fuchs: infecção 1 (0,5%). Conclusões: Principais transplantes: óptico e penetrante. Principal indicação: ceratocone. Complicações: reação de rejeição, rejeição irreversível e glaucoma. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 31 9/9/2010, 11:55 31 PÔSTERES P 041 P 042 CAUSAS DE CEGUEIRA E DEFICIÊNCIA VISUAL NA POPULAÇÃO DE MENORES DE 18 ANOS DA CIDADE DE PRATÂNIA EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA OCULAR INFANTIL ATENDIDO NO SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SANTOS Tulio Gomes Cathala Loureiro, Silvana Artioli Schellini, Augusto Tomimatsu Shimauti, Carlos Roberto Padovani Gisela Tan Oh, Fábio Suga Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Santa Casa de Misericórdia de Santos - Santos (SP) Objetivo: O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar causas de cegueira e deficiência visual na população de menores de 18 anos da cidade de Pratânia. Método: Trata-se de um estudo populacional, do tipo transversal, de amostra intencional, realizado de fevereiro de 2007 até agosto de 2008, por uma equipe da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP. Os dados foram colhidos através de exame oftalmológico realizado por residentes e professores de oftalmologia da referida faculdade. Foi seguido um protocolo de pesquisa do qual constavam: dados demográficos, exame oftalmológico completo, composto por anamnese, antecedentes pessoais, antecedentes familiares, avaliação da acuidade visual (com e sem correção), tonometria, biomicroscopia, fundoscopia e exame refracional. Os dados foram transferidos para Tabela Excel e submetidos à análise estatística. Resultados: Na faixa etária pretendida foram encontradas 614 pessoas, havendo um total de 1.228 olhos. Foram excluídas 104 pessoas, sendo 208 olhos, por não conseguirem informar a acuidade visual, resultando em 510 pessoas e em 1.020 olhos. A acuidade visual classificou como portadores de baixa acuidade visual 19 pessoas (3,7%), resultando em 31 olhos (3.0%), sendo 8 do sexo masculino e 11 do feminino. Como portadoras de cegueira, foram selecionadas 6 pessoas (1,1%), havendo 6 olhos (0,58%), sendo 2 do sexo masculino e 4 do feminino. A causa da baixa visão mais encontrada foi de etiologia refracional em 25 olhos (80%) seguida de ambliopia refracional em 3 olhos (9,6%). A principal causa de cegueira nesta população foi coriorretinite, pseudofacia por subluxação do cristalino e ambliopia refracional em 2 olhos de cada patologia (33% cada). Conclusões: A principal causa de baixa visão no município de Pratânia foi de etiologia refracional e de cegueira foi igualmente coriorretinite, pseudofacia por subluxação do cristalino e ambliopia funcional. Objetivo: Descrever a frequência, condições de ocorrência e causas dos traumas oculares infantis, atendidos no serviço de emergência oftalmológico. Método: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes menores de 12 anos com diagnóstico de trauma ocular, os quais foram atendidos no Setor de Emergência do Serviço de Oftalmologia da Santa Casa de Santos no período de outubro de 2008 a outubro de 2009. Resultados: Foram analisados 305 prontuários de pacientes dos quais 188 (61,63%) eram do sexo masculino e 117 (38,36%) do sexo feminino. A faixa etária entre 7 e 12 anos foi a mais encontrada. A acuidade visual de entrada foi melhor que 20/40 em 45,54% dos casos e o trauma fechado, o de maior frequência neste estudo, ocorreu em 81,31% dos casos. Quinze (4,92%) pacientes foram vítimas de lesão penetrante e os objetos domésticos foram os agentes causadores de trauma ocular em 16,39% dos atendimentos. Conclusões: O trauma ocular infantil é a maior causa de cegueira unilateral adquirida, os meninos são os mais acometidos e o trauma fechado é predominante. Campanhas de prevenção e esclarecimento sobre o trauma ocular na infância se fazem necessárias. P 043 P 044 EPIDEMIOLOGIA DO TRAUMA OCULAR NA EMERGÊNCIA DO HBDF EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES PORTADORES DE PTERÍGIO ORIUNDOS DA REGIÃO DO ALTO TIETÊ - UMC Camila Vigolvino Lopes Pinto, Juliana Tessari Rohr, Paulo Henrique Almeida de Barros Lordêllo Francisco Eudes Muniz de Andrade, Ayla Bogoni, Aline Sokolowski Silva, Cláudio Eduardo Nascimento Nanni, Orlando Silva Filho, Ana Petrilli, André Olivatto Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico do trauma ocular nos pacientes atendidos no Pronto-Socorro do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Método: Analisamos 105 casos de trauma, no período de 1 de janeiro a 28 de fevereiro de 2009, através de um estudo retrospectivo das Guias de Atendimento de Emergência (GAEs). Os dados analisados foram: a idade do paciente, o tipo e a causa do trauma, o olho envolvido e a acuidade visual da internação. Resultados: Após análise de 32.578 GAES de atendimento de todas as especialidades da emergência, sendo 6.516 do setor de Oftalmologia, encontramos 578 casos de trauma ocular. Destes, 473 foram excluídos do trabalho devido à insuficiência de dados, restando 105 prontuários. Dos 105 prontuários, o trauma ocular foi mais frequente no sexo masculino (69,52%), sendo a faixa etária mais prevalente entre 21 e 50 anos (53,32%) seguido por crianças menores de 10 anos (18%). O principal mecanismo de trauma foi o contuso (73,33%), seguido do trauma perfurante (24,76%) e queimadura (2%). As causas mais comuns foram: agressão física (21,9%), trauma com pedra (9,52%), com arame (7,52%), seguido por parafuso (4,76%), madeira (4,76%), vidro (3,8%) e ferro (3,8%). O olho mais acometido foi o direito (51,43%), sendo a acuidade visual inicial mais comum a de 1,0 (18%) e em segundo lugar a de percepção luminosa (13,34%). Em 4,73% dos casos o trauma provocou perda total da visão. Conclusões: Concluímos que o trauma ocular é uma importante causa de internação na Emergência do setor de Oftalmologia do HBDF. Visto que o trauma ocular é mais frequente na população economicamente ativa, seria de grande relevância a busca de estratégias educativas, de prevenção e proteção ocular, especialmente, em casos de acidente de trabalho. Da mesma forma, a orientação dos pais em relação ao cuidado com elementos domésticos potencialmente causadores de trauma ocular em crianças como, por exemplo, objetos pérfuro-cortantes e produtos químicos. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi Das Cruzes (SP) Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes portadores de pterígio atendidos no Setor de Córnea do Curso de Especialização em Oftalmologia da UMC no ano de 2009. Método: Realizada uma avaliação retrospectiva dos pacientes quanto ao sexo, idade, profissão, região de origem, tempo de doença e característica da lesão. Resultados: Dos cerca de 166 pacientes atendidos, 55% eram do sexo feminino, 59% entre 40 e 60 anos e a principal queixa era hiperemia. A grande maioria apresentava lesão primária (95%), tipo 3 (50%). O olho mais acometido foi o direito (53%), com queixa de lesão de 2 a 5 anos (44%). Quanto à região de origem dos pacientes a maioria veio da Sudeste (55%) e da Nordeste (41%). Quanto à profissão, 49% dos pacientes trabalhavam sob influência direta da radiação diretamente relacionado com exposição à radiação solar. Conclusões: Verificouse maior frequência de portadores de pterígio entre as mulheres e a maioria entre 40 e 60 anos. Observou-se a maioria sendo primário, tipo 3 e o olho direito mais acometido. Não se observou significância quanto à exposição à radiação e a principal região de origem dos pacientes foi a Sudeste. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 32 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 32 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 045 P 046 EPIDEMIOLOGIA, ACUIDADE VISUAL E AMETROPIA DE CRIANÇAS COM CONJUNTIVITE ALÉRGICA EXPECTATIVAS E CONHECIMENTO ENTRE PACIENTES COM INDICAÇÃO DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA Patricia de Paula Yoneda, Amelia Kamegasawa Paula de Camargo Abou Mourad, Newton Kara-Júnior, Rodrigo França de Espíndola, Marco Aurélio Costa Marcondes, Heloisa Helena Abil Russ Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Prevenção de ambliopia/cegueira nas crianças de 3-12 anos com conjuntivite alérgica grave pela capacitação de profissionais em diagnosticar tipos graves de conjuntivite alérgica para tratamento adequado. Método: Foram avaliados portadores de conjuntivite alérgica atendidos no Ambulatório de Doenças Externas quanto à idade, sexo, cor, procedência, acuidade visual (AV), sintomatologia e tratamento utilizado. Patanol®, lubrificante, esteróide, n-acetil cisteína 5%, clorofila e crioterapia. Crioterapia efetivo por 3 meses, auxilia na evolução da úlcera em escudo. Resultados: No período estudado foram atendidos 459 pacientes no Ambulatório Doenças Externas Oculares sendo 14,73% casos de conjuntivite alérgica. Destes 44% com idade menor que 7 anos, a maioria com início do quadro ao redor dos 3 anos de idade. 79% do sexo masculino, 57,89% brancos, 31,60% de crianças menores que 7 anos e AV ≤ 0,6 (visão que as crianças já referiram dificuldade na escola). Muitos destes a manutenção do quadro devido a não uso da medicação pelo preço, pais achavam que não fazia efeito, todos referiam prurido e vermelhidão, muitos com fotofobia que dificultava abertura dos olhos, comprometendo atividade escolar. Noventa e nove por cento com diagnóstico de conjuntivite vernal. A maioria oriunda da região urbana. Conclusões: Embora tenha crianças com AV ainda comprometida, observou-se que todas melhoraram com tratamento que variaram do uso de antialérgico e lubrificantes, associados a corticóide, mucolítico e crioterapia ou antioxidante. É importante o esclarecimento da doença aos profissionais de saúde para melhor orientação dos familiares para adesão e adequado tratamento dos casos, mormente casos crônicos como conjuntivite alérgica primaveril que acometem crianças menores. Objetivo: Conhecer características e dificuldades de acesso aos pacientes selecionados para cirurgia de transplante de córnea em projetos comunitários realizados em um hospital universitário de São Paulo. Método: Foi aplicado um questionário a pacientes em duas campanhas realizadas pelo hospital. Analisaram-se as seguintes variáveis: sexo, idade, renda mensal, escolaridade, número de oftalmologistas previamente consultados, acuidade visual corrigida no melhor olho, diagnóstico, indicação prévia, conhecimento sobre o procedimento, doença ocular, sobre a existência de limitações no estilo de vida, possíveis complicações após a cirurgia e expectativa de reabilitação, dentre outras. Resultados: Dos 99 pacientes entrevistados, 57,8% havia abandonado o trabalho devido à dificuldade visual e dependiam da ajuda de terceiros para atividades cotidianas. Dos 90 pacientes que já apresentavam indicação prévia de transplante de córnea (91,0%), metade sequer havia conseguido ingressar na lista de bancos de olhos. Dos pacientes com indicação prévia de transplante, 18,9% desconheciam qual era o seu problema ocular, 27,8% não sabiam o que era o procedimento, 18,7% não estavam cientes de prováveis complicações per e pós-operatórias e 32,2% ignoravam a existência de limitações no estilo de vida após a cirurgia. Conclusões: Foi observado desconhecimento dos pacientes sobre a sua condição e tratamento. É importante salientar que para um resultado cirúrgico satisfatório há necessidade de uma seleção adequada de pacientes e orientação sobre seu problema ocular, a cirurgia proposta, cuidados e riscos per e pós-operatórios, e perspectivas de reabilitação visual. P 047 P 048 MOTIVAÇÃO DE OFTALMOLOGISTAS PARA A ESCOLHA DA ESPECIALIDADE PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS TRAUMAS OCULARES NO PRONTO-SOCORRO DE REFERÊNCIA EM UBERABA - MG Luciana de Morais Vicente, Karen Yamauti, Rui Celso Martins Mamede, Cristiane Martins Peres, Maurício Kfouri, Ricardo Cavalli Carvalho, Maria de Lourdes Veronese Rodrigues Edjane Souza Santos Oliveira, Vanessa Mendonça Rocha, Marcio Scuoteguazza Filho, Luciana Maniglia Ravagnani, Vitor Edmundo Carvalho Frange Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) Objetivo: Verificar a motivação de profissionais a respeito da escolha da oftalmologia como especialidade. Método: Foi aplicado questionário autoadministrado, contendo pergunta semiaberta sobre possíveis motivos para a escolha profissional. Esse questionário foi respondido por 84 oftalmologistas, com tempo de graduação variando de 1 a 24 anos. Resultados: A principal motivação foi a qualidade de vida proporcionada pelas características da prática da oftalmologia. Outras razões foram: especialidade que alia prática clínica e cirúrgica, destreza manual, retorno financeiro e idealismo. Não foram encontradas diferenças entre os gêneros. Conclusões: A possibilidade de ter um estilo de vida controlado, conciliando vida profissional e vida pessoal, foi a principal motivação para a escolha da Oftalmologia como carreira. Objetivo: Analisar o perfil clínico e epidemiológico dos atendimentos de trauma ocular no pronto-socorro do Hospital das Clínicas da UFTM em Uberaba - MG. Método: Neste estudo foram coletados dados de pacientes atendidos no prontosocorro por trauma ocular no período de 1 de julho 2009 a 25 de janeiro 2010: Sexo, idade, dia da semana, mecanismo do trauma, atividade no momento do trauma, uso de proteção ocular, olho acometido, necessidade de procedimento cirúrgico e profissão. Resultados: Foram estudados 974 pacientes (20,1% dos atendimentos do PS nesse período) com idade média de 34,1 ± 14,63, dos quais 86,8% eram do sexo masculino. De acordo com o tipo de acidente 74,6% foi mecânico, sendo o corpo estranho a sua principal causa (74,8%). Destaca-se que o segundo tipo de acidente mais comum foi o químico, atingindo 11,1% dos pacientes e principalmente causado por cal. 65,9% dos pacientes estava exercendo atividades laborativas no momento do trauma e as profissões mais acometidas foram, em ordem decrescente: soldador, trabalhadores da construção civil, serralheiro e mecânico. A utilização de proteção ocular no momento do acidente foi relatada em apenas 33,6% dos casos. Os acidentes unilaterais foram predominantes. Conclusões: Neste estudo revelou-se a predominância do sexo masculino no trauma ocular, principalmente relacionada com a profissão e o descaso com o uso de proteção ocular. Fazemse necessárias ações que promovam condições de trabalho mais adequadas e estimular medidas simples de prevenção adotadas pelos profissionais que podem contribuir para diminuir e amenizar esse problema. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 33 9/9/2010, 11:55 33 PÔSTERES P 049 P 050 PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ENCAMINHADOS PARA TRANSPLANTE DE CÓRNEA NO HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA PERFIL DAS URGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS EM PRONTOATENDIMENTO DE REFERÊNCIA NA CIDADE DE JUNDIAÍ SÃO PAULO Anna Carolina Carvalho Araujo, Gustavo S. Moura, Juliana F. Peres, Luciana Boldrini, Lindalva C. Moraes, Luciene B. Sousa Vanessa Yumi Sugahara, Naiane Goncalves, Roberto Novaes C. Horovitz, Eduardo José Miranda Cosson, Pedro Henrique Araujo Abu-jamra, Márcia Domingues Fernandes Hospital Oftalmológico de Sorocaba - Sorocaba (SP) Objetivo: Traçar o perfil dos pacientes encaminhados para transplante de córnea no Hospital Oftalmológico de Sorocaba, baseado nos seus dados clínicoepidemiológicos, resultado de teste de lente de contato e conduta elaborada. Método: Foi realizado estudo retrospectivo de pacientes registrados no Setor de lente de contato do Hospital Oftalmológico de Sorocaba, admitidos de janeiro de 2009 a julho de 2009 e que foram encaminhados para transplante de córnea neste serviço (146 prontuários). Os dados registrados foram: doença corneana, a idade, o sexo, a acuidade visual sem a lente de contato, a acuidade visual com a lente de contato e a conduta elaborada pelo serviço. Foi utilizada como lente de contato para iniciar testes a LCRGP. Resultados: A idade variou de 11 a 80 anos com média de 31,5 e desvio-padrão de 12,4 anos. Dos 146 prontuários avaliados, 71 (48,6%) pertenciam ao sexo masculino e 75 (51,4%) ao sexo feminino. Em relação à procedência, 77 (52,7%) pertenciam ao estado de São Paulo, 24 (16,4%) ao estado do Rio de Janeiro e 21 (14,3%) ao estado de Minas Gerais, 5 (3,4%). O ceratocone foi a doença mais frequente (71,2%), seguida por pacientes em pós-operatório de transplante de córnea (9,5%). A acuidade visual mais frequente após o teste de lente de contato foi de melhor que 20/60 (60,2%). Em 11 casos (7,5%) não se conseguiu realizar adaptação de lente de contato. Quanto à conduta dos pacientes, em 49 casos (33,5%) foi optado por lente de contato, no restante optado por tratamento cirúrgico. Conclusões: Pode-se concluir que neste estudo a maior parte dos pacientes foi procedente do estado de São Paulo. O ceratocone foi a principal patologia estudada e, na maioria dos casos encaminhados para transplante de córnea, optamos por tratamento cirúrgico. Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí (SP) Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das consultas realizadas em um serviço de pronto-atendimento oftalmológico em Jundiaí-SP. Método: Estudo descritivo de 1.468 pacientes atendidos no pronto-atendimento oftalmológico do Hospital São Vicente de Paulo, consecutivamente do dia 15 de junho a 7 de setembro de 2009. Foram coletados dados como sexo, idade, profissão, diagnóstico e origem e aplicados os testes estatísticos para estudar a associação entre gênero, faixa etária, profissão e diagnóstico. Resultados: Dos pacientes avaliados, 943 (64,2%) tinham entre 20-49 anos, 769 (52,4%) eram do sexo masculino, 699 (47,6%) do feminino e 1.102 (75,1%) indivíduos eram de Jundiaí. Os traumas oculares foram as afecções mais frequentes na população economicamente ativa (20-49 anos), no sexo masculino (88,7%) e na profissão indústria (70,1%), embora as conjuntivites, no geral, configurem no diagnóstico mais frequente (49,3%), com maior prevalência nas mulheres (62,5%). Conclusões: A conjuntivite foi o diagnóstico mais frequente com prevalência das mulheres, embora na faixa etária economicamente ativa, os homens prevaleceram com o diagnóstico de trauma, mostrando maior vulnerabilidade aos acidentes oculares associado às atividades laborais. P 051 P 052 SAZONALIDADE DAS CERATITES INFECCIOSAS NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO-SP TRACOMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO PÓS-TRATAMENTO COLETIVO EM URUCARÁ, AREZ (RN), BRASIL, DE 2006 A 2008 Rafael Estevão de Angelis, Mariana de Paula Bichuette, Eduardo Melani Rocha, Wellington de Paula Martins, Marlon Moraes Ibrahim Josefa Nivan de Oliveira Costa, Maria Cristina Amador, Ivanaldo Quirino do Nascimento Nascimento, João Maria Tavares, Francisco Canindé Dantas, Maria Cristina Amador, Reginaldo Amaral Modesto, Ronaldo Ezequiel da Silva, Gilmar Ferreira Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: A etiologia das ceratites infecciosas varia de acordo com a localização geográfica e o período do ano, conforme observações em diferentes partes do mundo. Esse estudo procura investigar a distribuição sazonal da doença em Ribeirão Preto SP através da análise dos pedidos de cultura de material corneano no HC. Método: Estudo retrospectivo dos pedidos de cultura de raspado corneano no HCFMRP-USP. Foi avaliado um período de 10 anos, entre julho de 1999 e junho de 2008 e relacionado com os dados meteorológicos da região fornecidos pelo INPE. Os dados foram analisados por estatística descritiva e pelo teste ANOVA e teste de correlação de Pearson. Resultados: Nos 10 anos foram solicitadas culturas de 949 diferentes pacientes, com média mensal de 8 ± 2 e anual de 95 ± 24. Viu-se uma variação mensal significativa na solicitação de culturas (p<0,0001) onde o mês com maior média foi o de julho 14 ± 9 e os com menores médias foram os de janeiro 6 ± 3 e dezembro 6 ± 4. Foi constatado um aumento no número de solicitação de culturas em dias mais frios (p=0,004) e com menor volume de precipitação (p=0,04).O resultado destas foi 444 culturas negativas, 417 de etiologia bacteriana, 74 fúngica, 11 mista e 3 acantameba. Esta mesma relação de temperatura e volume de precipitação foi vista para casos de etiologia fúngica (p=0,03 e 0,05). Conclusões: Os dados de distribuição da solicitação de culturas de material corneano e seus resultados sugerem que as ceratites infecciosas apresentam sazonalidade na região de Ribeirão Preto, e correlação com a temperatura e o volume pluviométrico. Uma provável interpretação seria a intensificação da atividade agrícolas, devido às colheitas e replantio, que associado a inadequada proteção ocular estaria levando a maior frequência de traumas e consequente ceratites. Estes dados possibilitam melhor compreensão da distribuição da doença e implementação de medidas de saúde para sua prevenção, diagnostico e tratamento. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Secretaria de Estado da Saúde Pública - Natal (RN) / Fundação Nacional de Saúde Objetivo: Avaliar os resultados obtidos com o tratamento coletivo de toda população. Reduzir a taxa de prevalência do tracoma para menos de 5% nos moradores desta comunidade. Conhecer a situação epidemiológica do tracoma no povoado. Método: Realizou-se busca ativa de tracoma na Escola Municipal de Urucará em dezembro de 2005. Devido a alta prevalência da doença nos escolares, foi desencadeado um inquérito domiciliar em todas as residências na comunidade. Utilizou-se lupa binocular para exame dos cílios, das pálpebras, conjuntivas e da córnea em ambos os olhos. A Organização Mundial de Saúde - OMS recomenda o tratamento em massa de toda população onde a taxa de prevalência do tracoma inflamatório for igual ou maior que 10% em uma localidade/distrito/comunidade. O tratamento de tracoma com azitromicina é orientado pela OMS em diferentes lugares do mundo, tanto pela sua eficácia como pela forma fácil de administrar em dose única, oral. Resultados: Em 2005 foram examinados 554 pessoas. Diagnosticados 110 casos (19,85%). Todos com tracoma folicular. A maioria desses casos ocorreu nas faixas etárias de 5 a 9 anos. O resultado deste inquérito mostrou a necessidade de intervenção medicamentosa e preventiva. O tratamento foi realizado por três anos consecutivos. Em 2006 foram tratados 517 pessoas (80,52%) da população, em 2007 - 539 (80,00%) e em 2008 - 530 (80,79%). No inquérito domiciliar realizado em 2009 a taxa de detecção foi de 1,09%. Conclusões: As ações de vigilância de controle do tracoma ano após ano, voltadas para a prevenção e tratamento da doença, contribuíram para que a taxa de detecção tivesse um declínio expressivo de 19,25% para 1,09%. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 34 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 34 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 053 P 054 URGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA: SANTA CASA DE CAMPO GRANDE/MS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS CONJUNTIVITES NO ESTADO DE SÃO PAULO Talita Richards de Andrade, Antônio Eduardo Pereira, Ana Cláudia Alves Pereira, Marcel Nakae Yoshida, Glauco Batista Almeida, Moisés Fernandes Tabosa Neto, Murilo Miranda de Oliveira Norma Helen Medina, Emilio Haro-Muñoz, Maria Angela Maurício, Ines Koizumi Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande - Campo Grande (MS) / Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal - Anhanguera (UNIDERP) - Campo Grande (MS) Objetivo: Avaliar as principais causas de procura pelo pronto atendimento de Oftalmologia da Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, do ponto de vista epidemiológico, a fim de traçar a frequência dos principais diagnósticos realizados. Método: Foi feito um levantamento de todas as consultas oftalmológicas realizadas no período de setembro a dezembro de 2009, totalizando 297 atendimentos, de demanda espontânea. As variáveis avaliadas foram: sexo, idade, raça e procedência dos pacientes, diagnóstico e conduta, dia de procura pelo serviço, além da classificação ou não como acidente de trabalho. Resultados: O estudo mostrou que a maioria dos pacientes atendidos eram adultos jovens em idade economicamente ativa (média de 35,4 anos) e do sexo masculino (71,7%). Os principais diagnósticos realizados foram: corpo estranho ocular (40%), causas inflamatórias/infecciosas (26,5%) e traumas contusos/perfurocortantes (12,4%). Dentre as causas inflamatórias/infecciosas, as conjuntivites apareceram com a maior frequência, representando 51,2%; e dessas, as causas virais totalizavam 42,5%. De todos os pacientes atendidos 65,7% foram classificados como vítimas de acidente de trabalho. Não houve diferença estatisticamente significante quanto à frequência de atendimentos em dias úteis e/ou feriados e finais de semana, nem quanto à raça do pacientes frente aos diferentes diagnósticos. Conclusões: Os achados em nosso serviço seguem os mesmos padrões que foram encontrados no restante do país, confirmando a maior vulnerabilidade dos homens jovens a afecções oculares, principalmente relacionadas aos acidentes de trabalho. Isto denota uma subestimação dos equipamentos de proteção pessoal (EPF) o que deve ser prontamente mudado, com uma prevenção eficaz e com educação em saúde da população. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo - São Paulo (SP) Objetivo: O Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” (CVE) coordena o sistema de vigilância epidemiológica do Estado de São Paulo para análise e controle das doenças de relevância para a saúde pública, especialmente na vigência de surtos e epidemias. Avaliar o sistema de vigilância epidemiológica das conjuntivites no Estado de São Paulo no período de 2004 a 2009. Método: Foram elaborados impressos para organização do registro de casos de conjuntivites diagnosticados nas Unidades de Saúde. Dados da doença foram preenchidos no nível local e encaminhados à vigilância epidemiológica regionais, que os consolida, analisa e os envia ao CVE a cada semana epidemiológica por meio eletrônico. Todas as regionais foram treinadas para as atividades de vigilância epidemiológica das conjuntivites. Resultados: Em 2004, na implantação dos novos instrumentos de coleta de informação, 36 municípios do estado notificavam regularmente, aumentando para 66 em 2005, 263 em 2006, 303 em 2007, 366 em 2008 e 389 municípios em 2009 correspondendo a 60,3 % deles. O coeficiente de incidência das conjuntivites foi de 25,6/100.000 hab. (10.365 casos) em 2005; 136,3/100.000 hab. (55.970 casos) em 2006; 248,05/100.000 hab. (103.347 casos) em 2007; 317,77/ 100.000 hab. (130.325 casos) em 2008 e 324,75/100.000 hab. (134.393 casos) em 2009. Foram notificados no SINAN 1.325 surtos de conjuntivites, sendo a maioria com quadro clínico compatível com conjuntivite viral, com confirmação laboratorial da circulação do agente etiológico adenovírus. Conclusões: Foi possível confirmar que a conjuntivite é de alta incidência no estado de SP, mesmo fora do verão. O monitoramento permite observar o comportamento epidemiológico das conjuntivites e serve de sinal de alerta para a investigação de surtos e o desencadeamento de medidas de controle. P 055 P 056 AÇÃO DA TOXIMA BOTULÍNICA NA CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA DO RETO MEDIAL E RETO LATERAL EM PACIENTES COM EXOTROPIA E ESOTROPIA CIRURGIA MONOCULAR PARA ESOTROPIAS DE GRANDE ÂNGULO Fernando Roberte Zanetti, Ely Almeida Santos, Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Maria Isabel Lynch Gaete e Harley Edison do Amaral Bicas Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) - Presidente Prudente (SP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Estudar a ação da toxina botulínica tipo A (TXB-A) sobre a contração isométrica (CI) do reto medial e do reto lateral em pacientes com esotropia ou exotropia. Método: Foi comparada a CI em pacientes estrábicos (exotrópicos e esotrópicos), 30 dias após o uso da TXB-A, e em voluntários sem estrabismo. Resultados: Os resultados mostram que esta droga mudou a relação de força entre os agonistas diretos e músculos antagonistas. Isto promoveu o deslocamento do ponto de equilíbrio entre forças musculares na direção nasal em casos endotrópicos e na direção temporal, em casos exotrópicos e desvio posterior do olho para a sua posição primária. A média alcançada foi correção de cerca de 10Δ; em ambos os grupos de pacientes estudados. Conclusões: Tanto na exotropia e esotropia a média das variações dos pontos de equilíbrio induzidos pela injeção de TXB-A foram muito semelhantes. Isso significa que o maior percentual de correção aconteceu em casos de pequenos desvios. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Edmilson Gigante, Harley E. A. Bicas Objetivo: Demonstrar a viabilidade da cirurgia monocular no tratamento das esotropias de grande ângulo, praticando-se amplos recuos do reto medial (6 a 10 mm) e grandes ressecções do reto lateral (8 a 10 mm). Método: Foram operados, com anestesia geral e sem reajustes per ou pós-operatórios, 46 pacientes com esotropias de 50 dioptrias prismáticas ou mais, relativamente comitantes. Os métodos utilizados para refratometria, medida da acuidade visual e do ângulo de desvio, foram os, tradicionalmente, utilizados em estrabologia. No pós-operatório, além das medidas na posição primária do olhar, foi feita uma avaliação da motilidade do olho operado, em adução e em abdução. Resultados: Foram considerados quatro grupos de estudo, correspondendo a quatro períodos de tempo: uma semana, seis meses, dois anos e quatro a sete anos. Os resultados para o ângulo de desvio pós-cirúrgico foram compatíveis com os da literatura em geral e mantiveram-se estáveis ao longo do tempo. A motilidade do olho operado apresentou pequena limitação em adução e nenhuma em abdução, contrariando o encontrado na literatura estrabológica. Comparando os resultados de adultos com os de crianças e de amblíopes com não amblíopes, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre eles. Conclusões: Em face dos resultados encontrados, entende-se ser possível afirmar que a cirurgia monocular de recuo-ressecção pode ser considerada opção viável para o tratamento das esotropias de grande ângulo, tanto para adultos quanto para crianças, bem como para amblíopes e não amblíopes. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 35 9/9/2010, 11:55 35 PÔSTERES P 057 P 058 METODOLOGIA COMPUTACIONAL PARA DETECÇÃO AUTOMATIZADA DO ESTRABISMO TOXINA BOTULÍNICA NO TRATAMENTO DE ESTRABISMO: EXPERIÊNCIA DA ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA Jorge Antonio Meireles-Teixeira, João Dallyson Sousa de Almeida, Anselmo Cardoso Pereira, Aristofanes Correa Silva, Michelline T.A.M. Mesquita, Tomas Scalamandré Mendonça, Paulo Schor Milena Fernanda Vieira Pinheiro, Monica Cronemberger Universidade Federal do Maranhão (UFM) - São Luis (PI) / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Desenvolver um sistema composto por hardware (câmera fotográfica digital de uso doméstico) e software (análise matemática automatizada) que permita determinar, de forma bastante simples, a probabilidade de um paciente ter estrabismo. Método: Neste estudo propõe-se a análise computacional do reflexo corneano (método de Hirschberg), de fotografias, aplicando-se a Transformada de Hough e o Método de Canny. Após a tomada das imagens estáticas foi realizado o exame oftalmológico comum acrescido do exame de motilidade ocular, usandose o teste de cobertura simples e alternada (cover simples e alternado) e o teste de Titmus, por um profissional especialista em estrabismo (padrão-ouro). Resultados: Foram considerados 40 pacientes. Destes 7 foram descartados por não apresentarem estrabismo detectável pelo método de Hirschberg, mas terem exames sensoriais alterados. Verificou-se, então, que a metodologia alcançou 100% de sensibilidade, 91,3% de especificidade e 94% de acerto para as 33 imagens restantes. No entanto, por se basear no método de Hirschberg, que é a forma menos precisa para se diagnosticar um estrabismo, o estudo teve sua acurácia diminuída. Porém, como forma de triagem entre estrábicos e não estrábicos, para ser usado em pacientes atendidos em regime de mutirão em “campanhas para prescrição de óculos para escolares”, por exemplo, o método mostrou-se eficaz, ainda mais se se considerar que nestes mutirões os pacientes não são triados para estrabismo de forma nenhuma, nem mesmo pelo método de Hirschberg. Conclusões: 1) O método mostrou-se satisfatório para a triagem de estrábicos, podendo ser posto em prática mesmo por profissionais não-médicos oftalmologistas. 2) Este foi apenas um estudo-piloto, para se passar para outro mais elaborado, já iniciado, trabalhandose com vídeo e o método de cobertura simples e alternada. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar e analisar os resultados da aplicação de toxina botulínica em pacientes do setor de estrabismo da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, no período de 1999 a 2010. Método: Estudo retrospectivo dos pacientes submetidos a aplicação de toxina botulínica no serviço de estrabismo da Escola Paulista de Medicina no período de 1999 a 2010. Foi realizado levantamento dos prontuários dos pacientes em estudo, sendo os mesmos analisados quanto ao seu perfil e separados em grupos de acordo com o tipo de estrabismo. Analisou-se o uso da toxina botulínica, a quantidade aplicada, o número de aplicações, e o desvio pré e pós-aplicação. Resultados: A toxina botulínica mostrou-se efetiva em aproximadamente 80% dos pacientes na diminuição do desvio (p<0,05). Cerca de 45% dos pacientes necessitou de pelo menos mais uma reaplicação. Conclusões: A toxina botulínica mostrou-se efetiva para tratamento do estrabismo e é mais uma opção terapêutica quando da impossibilidade do procedimento cirúrgico, em pequenos e médios desvios. O uso da substância mostrou-se efetivo para prevenção de contraturas pós-paralisias, por exemplo, do reto medial em paralisias do VI nervo. P 059 P 060 UTILIZAÇÃO DA INTERNET PARA DISPONIBILIZAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS DE ESTRABISMO NO APRENDIZADO EM OFTALMOLOGIA VARIAÇÃO DA AMPLITUDE DA RIMA PALPEBRAL NA CORREÇÃO CIRÚRGICA DO ESTRABISMO HORIZONTAL Josie Naomi Iyeyasu, Keila Miriam Monteiro de Carvalho, Renato Marcos Endrizzi Sabbatini Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Verificar a validade do aprendizado baseado em educação à distância para médicos residentes de oftalmologia e a efetividade do aprendizado com complementação do atendimento ambulatorial em oftalmologia. Método: Criação de um "site" que funciona como um meio de apoio aos médicos residentes do setor de estrabismo no ambulatório de oftalmologia do HC-Unicamp. Os médicos residentes do primeiro ano de oftalmologia foram divididos em dois grupos aleatórios: um que foi submetido à intervenção (acesso ao "site") e outro que não foi submetido à intervenção. Foram apresentados casos clínicos diferentes dos contidos no "site" para resolução por todos em momentos distintos (antes do acesso do grupo da intervenção ao "site" e logo após o acesso) e a resolução deles pelos residentes foi analisada e comparada. Resultados: Temos um "site" contendo os casos clínicos de estrabismo, que compõem um banco de dados e que também podem ser consultados como forma de pesquisa. Além disso, temos também o teste da viabilidade e da validade da metodologia utilizada através da análise e comparação da resolução dos casos clínicos feita pelos residentes, além da avaliação voluntária realizada pelos internautas mediante aplicação de questionário contido no próprio "site". Até o momento, a avaliação feita pelos residentes do grupo de acesso ao "site" é positiva, tendo eles atribuído boas notas à utilização deste tipo de recurso como complementação ao ensino em oftalmologia. Em relação à resolução de casos clínicos, o grupo de acesso ao "site" obteve melhor desempenho na condução dos casos apresentados. Conclusões: Apesar de se tratar de um projeto piloto, a utilização deste tipo de recurso se mostrou eficaz como complementação ao aprendizado em oftalmologia no que concerne à condução e resolução de casos clínicos em estrabismo. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Luiz Cláudio Santos de Souza Lima, Raul Nunes Galvarro Vianna, Guilherme Herzog Neto, Luis Guillermo Coca Velarde Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói (RJ) Objetivo: Avaliar prospectivamente a amplitude da rima palpebral no pósoperatório de olhos que foram submetidos à cirurgia de retrocesso de retos mediais ou laterais, realizada num hospital escola. Método: Comparamos a medida pré e pós-operatória da rima palpebral de 59 pacientes com desvio aproximadamente comitante, que sofreram retrocesso isolado dos retos horizontais para eso ou exotropia. Utilizamos o método de processamento digital de imagens e o programa ImageJ (National Institute of Health-EUA) para medida da rima e para análise estatística o programa S-Plus version 8.0 (ITC labs/UVa). Resultados: Quarenta e dois pacientes eram esotrópicos no grupo ET e 17 eram exotrópicos no grupo XT. A diferença entre as medidas pré e pós-operatória foi significante estatisticamente para os dois grupos estudados, (p=0,0472, teste t). Conclusões: A cirurgia de retrocesso dos retos laterais e mediais para correção de desvios comitantes pode resultar em aumento da amplitude da rima palpebral. Esse efeito deve ser considerado no planejamento cirúrgico e o paciente deve ser informado previamente desse efeito da cirurgia. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 36 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 36 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 061 P 062 ADERÊNCIA AO TRATAMENTO DO GLAUCOMA E SUA RELAÇÃO COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS ANÁLISE DO COMPLEXO DE CÉLULAS GANGLIONARES VERSUS CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS PERIPAPILAR PARA DIAGNÓSTICO DE GLAUCOMA Glauco Batista Almeida, Moises Fernandes Tabosa Neto, Murilo Miranda de Oliveira, Marcel Nakae Yoshida, Isabella de Oliveira Lima Parizotto, Talita Richards, José Roberto Zorzatto, Christiana Velloso Rebello Hilgert Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande - Campo Grande (MS) Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a aderência ao tratamento tópico do glaucoma, evidenciar as dificuldades mais frequentemente referidas pelos pacientes e avaliar sua relação com fatores sociodemográficos numa amostra de pacientes provenientes de instituições públicas e privadas. Método: 121 pacientes provenientes de instituição pública e privada foram submetidos a questionário, após consentimento informado, por examinador treinado para tal. Foi considerado não aderente pacientes que referiram não ter aplicado pelo menos uma dose do colírio prescrito nos 10 dias anteriores à entrevista. As variáveis sociodemográficas como sexo, idade, raça, escolaridade, renda familiar e ainda quantidade de colírios usados e sua posologia, dificuldade na aplicação dos colírios e efeitos colaterais foram relacionadas à aderência ou não ao tratamento. Os dados foram submetidos a procedimentos de Estatística Descritiva e ao teste Qui-quadrado para verificar a existência de associação entre as variáveis. Resultados: A maioria dos pacientes (80,7%) tinha idade superior a 50 anos; 60,8% pertenciam ao sexo feminino, 56,5% declararam raça branca, 39,7% tinham apenas o ensino fundamental e apenas 20,4% da amostra tinha renda superior a cinco salários mínimos. Conclusões: Verificou-se que a falta de aderência estava associada à faixa etária. Pacientes com menor idade são os que mais esquecem (p=0,037). Existe tendência de associação entre sexo e esquecimento (p=0,071) e entre faixa salarial e esquecimento (p=0,101). Pacientes femininos e pacientes com maior renda tendem a esquecer mais que os demais. Não se verificou associação entre raça e esquecimento (p=0,702) e escolaridade e esquecimento (p=0,354). Pilar Moreno, Bruno Konno, Veronica Lima, Dinorah Castro, Leonardo Castro, Angélica Pacheco, Jae Lee, Tiago Prata Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Hospital Oftalmológico Medicina dos Olhos - Osasco (SP) Objetivo: Comparar a habilidade diagnóstica da nova avaliação segmentada da espessura das camadas retinianas internas na região macular com a avaliação convencional da espessura da camada de fibras nervosas retinianas peripapilar (CFNp) medidas pela OCT de domínio espectral (SD-OCT) em pacientes com dano glaucomatoso leve. Método: 67 pacientes com glaucoma e 56 indivíduos normais foram prospectivamente incluídos. Dano glaucomatoso leve foi definido por um mean deviation (MD) na perimetria automatizada acromática melhor que -6 dB. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação da espessura das camadas retinianas internas na região macular medida pela análise do complexo de células ganglionares (GCC) macular e da CFNp através do SD-OCT. Curvas ROC e valores de sensibilidade para especificidade pré-determinada foram geradas para diferentes parâmetros das análises GCC e CFNp. Resultados: A média do MD para olhos glaucomatosos foi de -2,5 ± 1,6 dB. As AUCs referentes a espessura do GCC macular na região superior, inferior e a média de todas as regiões não foram estatisticamente diferentes, com 0,807, 0,788 e 0,815 respectivamente (p≥0,18). As AUCs para espessura da CFNp nas regiões superior, inferior e a média de todas as regiões também foi similar com 0,728, 0,697 e 0,735 respectivamente (p≥0,15). A espessura média do GCC macular teve uma AUC significativamente maior quando comparada a espessura média da CFNp (0,815 vs 0,735; p=0,03). Conclusões: A análise da espessura macular segmentada (GCC) através do SD-OCT têm uma habilidade igual ou ligeiramente superior à análise da CFNp para discriminar entre olhos normais e com glaucoma inicial. P 063 P 064 AVALIAÇÃO DA ESPESSURA MACULAR COM TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA FOURIER-DOMAIN EM PACIENTES COM CAMPO VISUAL TUBULAR AVALIAÇÃO DA PRESSÃO DE PERFUSÃO OCULAR EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Augusto Cesar Costa de Almeida, Alexandre Soares Castro Reis, Remo Susanna Jr., Roberto Freire Santiago Malta Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar medidas de espessura retiniana na região macular de olhos glaucomatosos com campo visual tubular e olhos normais usando a tomografia de coerência óptica (TCO) Fourier-Domain (FD). Método: Estudo transversal e observacional com 34 olhos de 34 pacientes (17 glaucomas primários de ângulo aberto e com campo visual tubular e 17 normais). Os pacientes foram submetidos a exame de campo visual (SITA 10-2 acromático, Humphrey Inc., Dublin, CA, USA) e foram obtidas medidas da espessura da retina macular com TCO FD (3 D OCT100, Topcon, Tokyo, Japan). Teste t e coeficiente de correlação de Pearson foram usados para comparação entre os grupos e para avaliar a correlação estruturafunção, respectivamente. Resultados: A acuidade visual (logMAR) e sensibilidade foveal foram semelhantes entre os grupos. A média ± desvio padrão (DP) do mean deviation (dB) foi de -2,37 ± 2,3 e -18,06 ± 6,27 (p<0,01) nos pacientes normais e com glaucoma, respectivamente. A média ± DP da espessura da retina na região macular (µm) foi de 281,65 ± 14,67 e 250,64 ± 18,69 (p<0,01), nos pacientes normais e com glaucoma, respectivamente usando o protocolo ETDRS. A média ± DP da espessura da retina na região macular (µm) foi de 278,50 ± 12,31 e 242,19 ± 21,23 (p<0,01), nos pacientes normais e com glaucoma, respectivamente usando o protocolo mácula retangular. Os pacientes normais apresentaram melhor correlação estrutura-função do que os glaucomatosos e utilizando o protocolo ETDRS (r=0,446, p=0,036, IC 95% -0,195; 0,6). Conclusões: Em nosso estudo encontramos que a despeito da paridade de acuidade visual e sensibilidade foveal, olhos glaucomatosos apresentam menor espessura retiniana na região macular quando comparados a olhos normais. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Daniel Meira-Freitas, Daniela Almeida-Freitas, Luiz Alberto Melo Jr., Augusto Paranhos Jr. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a pressão de perfusão ocular em pacientes com insuficiência cardíaca. Método: Foi realizado um estudo caso-controle. Portadores de insuficiência cardíaca crônica (ICC) com ecocardiograma recente foram submetidos à avaliação da pressão intraocular com o tonômetro de aplanação de Goldmann e medida da pressão arterial braquial. Os achados foram comparados com um grupo controle de indivíduos sem cardiopatia. Resultados: Um total de 29 pacientes com ICC e 29 indivíduos sem cardiopatia participaram do estudo. A etiologia da ICC mais comum foi doença de Chagas (17,2%). A fração de ejeção média do ventrículo esquerdo entre os pacientes com ICC foi 35,2% (variando de 14% a 50%). A pressão intraocular média foi 14,6 ± 2,9 mmHg no grupo ICC e 12,2 ± 2,6 mmHg no grupo controle (P<0,001). A pressão arterial média foi 103,9 ± 15,3 mmHg no grupo ICC e 87,1 ± 17,2 mmHg no grupo controle (P<0,001). A pressão de perfusão ocular média foi 54,6 ± 10,5 mmHg no grupo ICC e 45,9 ± 11,25 mmHg no grupo controle (P<0,001). Conclusões: Insuficiência cardíaca está associada a uma menor pressão de perfusão ocular. Esse achado pode estar associado à patogênese vascular da insuficiência cardíaca ou ao uso de medicações hipotensoras sistêmicas e merece investigação adicional. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 37 9/9/2010, 11:55 37 PÔSTERES P 065 P 066 COMPARAÇÃO DA ADERÊNCIA NO USO DE COLÍRIOS HIPOTENSORES OCULARES EM SERVIÇOS PÚBLICO E PRIVADO COMPARAÇÃO ENTRE HRT-II E AVALIAÇÃO DE ESTEREOFOTOGRAFIAS DE DISCOS ÓPTICOS POR ESPECIALISTAS EM GLAUCOMA Marcel Nakae Yoshida, José Roberto Zorzatto, Glauco Batista Almeida, Guilherme Luz Hilgert, Moisés Fernandes Tabosa Neto, Murilo Miranda de Oliveira, Christiana Velloso Rebello Hilgert Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande - Campo Grande (MS) / Instituto da Visão de Campo Grande - Campo Grande (MS) Beatriz Cerqueira Paiva, Lorenna Cristina Rodrigues de Oliveira, Paula Roberta Ferreira Martins, Karina Eiko Yamashita, Regina Cele Silveira, Cinthia Meiry Yuki, Helaine Ayan Arrifano Complexo Hospitalar Padre Bento - Guarulhos (SP) Objetivo: Avaliar as dificuldades mais frequentemente relatadas por pacientes glaucomatosos em tratamento tópico, avaliar objetivamente a aplicação dos colírios, e posteriormente verificar a concordância com o que foi relatado e com as dificuldades verificadas no ato da autoinstilação dos colírios. Método: Foram avaliados os comportamentos de 35 pacientes do SUS e de 82 pacientes de convênios através de um questionário, após consentimento informado, por examinador treinado para tal, em que o paciente autorreportava dificuldades ou não na aplicação do colírio. Os erros de instilação de colírios foram observados. Após o questionário os pacientes foram solicitados a autoinstilar o colírio que usa e as dificuldades evidenciadas no seu uso, avaliadas por examinador treinado. Os dados foram submetidos a procedimentos de Estatística Descritiva e ao teste do Qui-quadrado para verificar a existência de associação entre as variáveis. Resultados: A maioria dos pacientes (76,1%) autoinstilavam o colírio; 51,2% moram com mais de uma pessoa; 70,1% tinham algum tipo de convênio e 53,2% instilavam o colírio de forma correta. Conclusões: Quando questionado sobre quando você usa mais de um colírio quanto tempo você espera entre uma aplicação e outra verificou-se que a resposta não estava associada à forma de consulta (p=0,213), além disso, 68,0% dos pacientes o faziam de forma correta. Existe associação entre quem instila o colírio e forma de consulta (p=0,009). Objetivo: Comparar a habilidade da avaliação subjetiva por meio de estereofotografias de discos ópticos com danos glaucomatosos ou suspeitos analisadas por dois especialistas em glaucoma com medidas objetivas fornecidas pela oftalmoscopia confocal de varredura a laser (HRT-II). Método: Estudo seccional realizado no Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos, envolvendo 37 olhos, com diagnóstico de glaucoma ou suspeitos de tal patologia. Os discos ópticos foram avaliados por meio de esterofotografias de disco óptico, analisadas por dois especialistas em glaucoma, e comparados com a oftalmoscopia confocal de varredura a laser utilizando o Heidelberg Retina Tomograph (HRT-II). Resultados: Há correlação significante para a relação escavação/disco, tanto entre os observadores (r=0,917 e p<0,001) quanto entre os observadores e HRT (r=0,737 e p<0,001; r=0,775 e p<0,001. Já para o tamanho do disco óptico, há correlação significante entre os observadores (r=0,528 e p=0,001) e entre o observador 1 e HRT (r=0,376 e p=0,022). Entre o observador 2 e HRT (r=0,142 e p=0,403) não há correlação significante. Conclusões: A avaliação clínica por especialistas em glaucoma realizada com estereofotografias de discos ópticos com danos glaucomatosos e suspeitos apresentou excelente correlação com a avaliação objetiva fornecida pelo HRT-II, especialmente na análise da relação escavação/disco. P 067 P 068 CORRELAÇÃO ENTRE SETORES DO CAMPO VISUAL E DA CAMADA PERIPAPILAR DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA MEDIDA COM OCT-FD ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS PICOS E MÉDIAS DE PRESSÃO INTRAOCULAR APÓS REALIZAÇÃO DO TSH E CTD Jayme Augusto Rocha Vianna, Alexandre Soares Castro Reis, Kallene Summer Moreira Vidal, Augusto Cesar Costa de Almeida, Roberto Freire Santiago Malta, Remo Susanna Jr. Hospital de Olhos de Brasília - Brasília (DF) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Correlacionar os exames de campo visual 24-2 ao protocolo RNFL da tomografia de coerência óptica Fourier-Domain (OCT-FD) nos estágios inicial, moderado e grave do glaucoma. Método: Estudo retrospectivo transversal envolvendo revisão de prontuários de pacientes portadores de glaucoma, atendidos no ambulatório de glaucoma do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Foram incluídos exames de campo visual 24-2 e OCT-FD com menos de 6 meses de intervalo entre ambos. Os exames de campo visual foram divididos de acordo com a gravidade do glaucoma. A análise estatística envolveu uma regressão linear e o coeficiente de correlação de Pearson para avaliar a correlação entre os exames. Resultados: A regressão linear foi conduzida para determinar a influência da espessura da camada de fibras nervosas (CFN) sobre a progressão do defeito de campo visual. Constatou-se que para cada aumento de 1 dB no campo visual, ocorreu um aumento de 0,2 µm na espessura da camada CFN, apresentando F(1,86)=58, com o nível de probabilidade associado ao um p<0,001, demonstrando ser improvável que os resultados tenham sido obtidos por erro amostral. O protocolo RNFL do OCT-FD mostrou que há uma diferença de 78,9 (± 8,5) µm na espessura da CFN no setor temporal-inferior entre o grupo com glaucoma avançado e o controle (p<0,001). Neste mesmo setor, houve uma melhor correlação entre os exames de OCT e campo visual em todos os estágios do glaucoma. Conclusões: Os dados mostraram que com a progressão do defeito do campo visual, ocorre uma diminuição da espessura da CNF no protocolo RNFL do OCT-FD. Sendo que o setor temporal-inferior representa a melhor correlação estrutura-função. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Fabiano de Paiva Medeiros, Juscelino Kubitschek Oliveira, Newton Andrade Júnior Objetivo: Comparar os picos e a média da pressão intraocular obtidos pela curva tensional diária (CTD) e teste de sobrecarga hídrica (TSH) em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo de 30 pacientes (60 olhos) com glaucoma primário de ângulo aberto. O trabalho foi realizado entre o período de abril de 2009 a março de 2010. Os pacientes foram submetidos a CTD e TSH sendo avaliados os picos e as médias pressóricas. Os dados foram submetidos à análise do teste t pareado e as diferenças consideradas significativas se p<0,05. Resultados: Dos 30 pacientes avaliados 18 (60,0%) eram do sexo masculino. A idade variou entre 24 e 78 anos com média de 52,3 anos. As médias pressóricas foram de 16,6 na CTD e 18,1 no TSH. Quando avaliados os picos de pressão intraocular encontramos 18,2 na CTD e 20,4 no TSH. Conclusões: O teste de sobrecarga hídrica mostrou maiores médias e maiores picos quando comparados com os resultados obtidos da curva tensional diária. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 38 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 38 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 069 P 070 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE TONÔMETRO DE GOLDMANN E O TONÔMETRO DE PASCAL NO TSH EM PACIENTES COM GPAA E OLHOS NORMAIS INFLUÊNCIA DA FACOEMULSIFICAÇÃO NA PRESSÃO INTRAOCULAR E NA MEDIDA DO ÂNGULO DA CÂMARA ANTERIOR Cinthia Meiry Yuki, Helaine Arrifano, Regina Cele, Beatriz Paiva, Lorenna Oliveira Hospital Oftalmológico Medicina dos Olhos - São Paulo (SP) Complexo Hospitalar Padre Bento - Guarulhos (SP) Objetivo: Comparar a medida da pressão intraocular (PIO) realizada pelo tonômetro de aplanação de Goldmann e o tonômetro de contorno dinâmico de Pascal no teste de sobrecarga hídrica em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e olhos normais. Método: Estudo prospectivo com 28 olhos de pacientes com GPAA e 22 olhos de pacientes sem glaucoma. Todos os pacientes foram submetidos a dois testes de sobrecarga hídrica (TSH) em dias diferentes. A PIO foi aferida por apenas um examinador, 5 minutos antes, e 15, 30 e 45 minutos após a ingesta hídrica de 800 mililitros de água. Primeiramente os pacientes foram submetidos ao TSH com tonômetro de Pascal e 30 dias após com o tonômetro de Goldmann. A análise estatística foi baseada nos testes de Mann Whitney e Wilcoxon. Resultados: Através do teste de Mann Whitney que comparou medidas de PIO entre os grupos GPAA e controle, segundo o tipo de tonômetro utilizado e os tempos considerados no estudo, mostrou que houve diferença significante entre os grupos sendo as médias do GPAA maiores que as do grupo controle. Através de teste de Wilcoxon que comparou medidas da PIO entre os tonômetros Pascal e Goldmann, tanto para o grupo GPAA quanto para o grupo controle, mostrou que houve diferença significante entre as medidas da PIO obtidas com os diferentes tonômetros, sendo as médias do Pascal maiores do que as do Goldmann. Conclusões: Conclui-se que pacientes com GPAA apresentam PIO maior quando comparado a pacientes sem glaucoma no TSH. Além disso, observou-se que o tonômetro de Pascal tem tendência a superestimar a pressão intraocular quando comparado ao tonômetro de Goldmann. Paulo Dantas Rodrigues, Tiago dos Santos Prata, Liang Shih Jung Objetivo: Avaliar as alterações na pressão intraocular (PIO) e da medida do ângulo da câmara anterior [obtido através de Tomografia de Coerência Óptica (OCT) de alta resolução] após facoemulsificação com incisão em córnea clara, e implante de LIO dobrável, em pacientes não glaucomatosos. Método: Foram incluídos pacientes consecutivos que seriam submetidos à cirurgia de catarata e implante de LIO dobrável. Em todos os pacientes foi realizado exame oftalmológico completo. Pacientes com história de trauma ocular, glaucoma, altas ametropias (equivalente esférico >6 dioptrias) ou qualquer outra doença ocular acometendo segmento anterior foram excluídos. Todos os pacientes foram submetidos à tonometria de aplanação (Goldmann) e medidas dos ângulos nasal e temporal de cada olho (OCT de segmento anterior - Optovue/RTVUE), no pré-operatório e trinta dias após a cirurgia, sempre no período da manhã. A pressão ocular e medidas do ângulo no pré-operatório foram comparadas com as medidas após 30 dias da cirurgia utilizando teste t pareado. Resultados: Foram avaliados 20 olhos de 17 pacientes, com média de idade de 69,9 anos. Após a cirurgia foi observada redução significativa da PIO (14,4 vs 12,5 mmHg; redução de -1,9 ± 1,9 mmHg; p<0,001). Foi observado também aumento significativo do ângulo nasal (37,9 vs 45,2 graus; aumento de 7,3 ± 7,9; p<0,001) e do ângulo temporal (39,5 vs 48,3 graus; aumento de 8,8 ± 9,2; p<0,001). Pacientes com ângulos mais estreitos no pré-operatório apresentaram maior aumento do ângulo da câmara anterior após a cirurgia (r=-0,48; p=0,03). Conclusões: A cirurgia de catarata através da facoemulsificação, leva a uma redução da pressão ocular e aumento do ângulo da câmara anterior. Estes resultados sugerem que este procedimento pode ser uma alternativa no tratamento de pacientes com hipertensão ocular associada à presença de ângulo da câmara anterior estreito. P 071 P 072 EFEITO APRENDIZADO DA PERIMETRIA DE FREQUÊNCIA DUPLA HUMPHREY MATRIX EM PACIENTES COM GLAUCOMA DE ÂNGULO ABERTO MUDANÇA POSTURAL DA PRESSÃO INTRAOCULAR EM CRIANÇAS SAUDÁVEIS DE ALMIRANTE TAMANDARÉ (PR) PROJETO GLAUCOMA Paulo de Tarso Ponte Pierre Filho, Paulo Rogers Parente Gomes, Érika Teles Linhares Pierre, Leandro Montalverne Pierre Wilson Moreira Dimartini Junior, Carolina Rottili Daguano, Natasha Tatiana Vieira Skorostenski, Lucas Shiokawa, Diogo Boschini Rodrigues, Roberto Pereira de Pinho Schunemann, Ana Carolina Romanini Trautwein, Fernanda Pissetti, Ana Tereza Ramos Moreira, Lisandro Sakata Santa Casa de Sobral - Sobral (CE) Objetivo: Avaliar o efeito aprendizado da perimetria de frequência dupla (FDT) Humphrey Matrix em pacientes com glaucoma de ângulo aberto. Método: Um olho de 30 pacientes com glaucoma de ângulo aberto, sem experiência perimétrica, foi submetido a três testes com o perímetro de frequência dupla Humphrey Matrix, com a estratégia full-threshold (programa 24-2), com intervalo de tempo de pelo menos 30 minutos. Os resultados da primeira sessão foram comparados com os da segunda e terceira sessões. Os parâmetros investigados para detectar efeito aprendizado foram: tempo de exame, índices de confiabilidade, mean deviation (MD), pattern standard deviation (PSD) e número de pontos com P<5% e <1% nos gráficos total deviation e pattern deviation. Resultados: MD apresentou maior defeito na primeira sessão (-13,64 ± 1,63 dB) do que na segunda (-12,68 ± 1,45 dB) e terceira (-11,69 ± 1,48 dB) sessões (p<0,05). Redução estatisticamente significante no número de pontos com P<5% e <1% no gráfico total deviation foi encontrada após a repetição dos testes. Os resultados do tempo de exame, PSD, índices de confiabilidade e número de pontos com P<5% e <1% no gráfico pattern deviation não variou significativamente (p>0,05). Conclusões: FDT Humphrey Matrix mostrou um significante efeito aprendizado sobre o MD e número de pontos deprimidos (P<5% e 1%) no gráfico total deviation em pacientes glaucomatosos sem experiência perimétrica. É provavelmente necessário obter pelo menos 3 testes para excluir a presença de efeito aprendizado nestes pacientes para um resultado mais fidedigno. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ) Objetivo: Avaliar a mudança postural da pressão intraocular (PIO) em crianças saudáveis. Método: Este estudo observacional transversal incluiu crianças que cursavam o ensino fundamental do município de Almirante Tamandaré - PR. Todas as crianças foram submetidas a um exame de triagem, que incluía entrevista médica, medida da acuidade visual, tonometria com Perkins e retinoscopia sob cilcopegia, se necessário. A medida da PIO com tonômetro de Perkins foi realizada na posição sentada e, após 2 minutos, na posição supina. Somente dados dos olhos direitos foram considerados para análise. Resultados: No total, 460 crianças foram incluídas no estudo; com uma média de idade de 10,48 ± 0,14 (entre 5 e 17 anos); 63,9% da população do estudo referiram ser da raça branca, e 27,3% não branca. Nenhuma doença oftalmológica além de erros refrativos foi observada. A média da PIO (95% IC) dos pacientes sentados e na posição supina foi de 12,17 (11,98 a 12,36) e 13,34 (13,13 a 13,5) mmHg, respectivamente. A diferença da média entre as posições sentado e supina encontrada foi de +1,16 (1,02 a 1,31) mmHg, e a variação de PIO foi de -4 a 6 mmHg. O aumento da PIO foi limitada a 2 mmHg em 3/4 das crianças participantes, e aproximadamente 6% da amostra obtiveram um aumento da PIO superior a 4 mmHg na posição supina. Após ajustes da idade, sexo e raça, nenhuma diferença significativa foi observada entre meninos e meninas, brancos e não brancos. A diferença encontrada da PIO não está relacionada com idade, sexo ou raça (p>0,09). Conclusões: Um discreto aumento da PIO em crianças da posição sentada para supina foi encontrada nesta grande amostra de crianças saudáveis. Estes dados podem ajudar a interpretar a variação da PIO observada na posição supina. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 39 9/9/2010, 11:55 39 PÔSTERES P 073 P 074 MUDANÇAS NA PRESSÃO DE PERFUSÃO OCULAR INDUZIDAS PELA POSTURA: UMA COMPARAÇÃO ENTRE CIRURGIA FISTULIZANTE E COLÍRIOS PERFUSÃO OCULAR DURANTE A HEMODIÁLISE Andre Rodrigues de Castro, Daniel Freitas, Sergio Teixeira, Franklim Santos, Tiago Prata, Augusto Paranhos Jr., Carolina Barbosa Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar as mudanças na pressão de perfusão ocular induzidas pela variação postural em pacientes glaucomatosos tratados cirurgicamente versus aqueles tratados clinicamente, bem como comparar a estabilidade da pressão intraocular (PIO). Método: Os pacientes foram alocados em 2 grupos: (A) pacientes glaucomatosos controlados por cirurgia de trabeculectomia; (B) pacientes glaucomatosos controlados clinicamente com colírios antiglaucomatosos. Os pacientes permaneceram sentados por 10 minutos e então tiveram suas PIOs basais medidas com o tonômetro Tonopen. Os pacientes então mudaram para uma posição supina e voltaram a ter a PIO medida com o mesmo tonômetro em intervalos de 5 minutos até que a PIO retornasse aos níveis basais ou alcançasse estabilidade. A pressão arterial também foi medida imediatamente após cada medida da PIO, para que se calculasse a pressão de perfusão ocular (PPO). Resultados: Doze olhos de 8 pacientes no grupo A e 18 olhos de 11 pacientes no grupo B. Não houve diferença estatística entre os grupos com relação à PIO basal na posição sentada ou na posição supina, bem como na PPO na posição sentada. No grupo de trabeculectomia, não houve diferença significativa entre a PIO e a PPO medidas na posição sentada e na posição supina, ao contrário do grupo controlado clinicamente, que mostrou um aumento significativo na PIO na posição supina e redução da PPO na mesma posição (p<0,05). Conclusões: Este trabalho sugere que a cirurgia de trabeculectomia poderia promover uma maior estabilidade nos níveis de pressão intraocular em ohos glaucomatosos durante a mudança de uma posição sentada para uma posição supina, quando comparado aos colírios antiglaucomatosos. Carolina Pelegrini Barbosa, Francisco Rosa Stefanini, Fernando Penha, Miguel Angelo Góes, Sérgio Antonio Draibe, Maria Eugênia Canziani, Augusto Paranhos Jr. Objetivo: Avaliar a pressão de perfusão ocular durante sessões de hemodiálise. Método: Um estudo de série de casos, prospectivo e observacional foi desenvolvido. Foram incluídos 67 olhos de 35 pacientes que foram avaliados em três momentos durante a hemodiálise: no início, 2 horas após o início e ao fim da sessão. Pressão intraocular foi avaliada usando o tonômetro Tonopen. Pressão sistólica e diastólica também foram avaliadas por meio da esfigmomanometria manual. A PPO foi estimada pela medida da diferença entre 2/3 pressão média sanguínea e a pressão intraocular (PIO). Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante na medida PPO durante as três fases da hemodiálise (p=0,69). Além disso, não houve diferença para PIO (p=0,93) e para pressão arterial sistólica (p=0,92) nestas mesmas fases da hemodiálise. No entanto, quando valores extremos são avaliados, alguns pacientes apresentaram pressão de perfusão diastólica consideravelmente baixa em todas as fases de diálise mesmo sem flutuação significante desta medida. Não houve correlação entre variação de PIO e variação de pressão arterial sistólica (p=0,92). Conclusões: Nossos resultados mostraram que apesar de documentado a hipotensão arterial durante a hemodiálise, este dado não está relacionado com variações de PPO. P 075 P 076 PROGRESSÃO DE PERDAS CAMPIMÉTRICAS EM PACIENTES COM DIFERENTES POLIMORFISMOS DO GENE TP53 RELAÇÃO ENTRE RESPOSTA FOTÓPICA NEGATIVA, ELETRORRETINOGRAMA PADRÃO E A PERIMETRIA VISUAL AUTOMATIZADA EM GLAUCOMATOSOS Karen Yamauti, Márcia Abelin Vargas, Luciana de Morais Vicente, Neifi Saloum Deghaide, Marcelo Jordão L. Silva, Fabio Zenha, Jayter Silva de Paula, Eduardo Donadi, Maria de Lourdes Veronese Rodrigues Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Na população brasileira o genótipo mais frequente é Arginina/Arginina (Arg-Arg) e em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto Prolina/Arginina (Pro-Arg), sendo a gravidade das perdas campimétricas associada à presença de Arginina. O objetivo deste estudo é verificar eventual associação dos genótipos Prolina/Prolina (Pro-Pro), Arginina/Arginina e Prolina/Arginina do gene TP53 (códon 72) com a progressão de perdas campimétricas em pacientes com GPAA. Método: Participaram do estudo 44 pacientes com GPAA e 72 indivíduos normais (grupo controle). Foram avaliados dois exames de campo visual para cada paciente, com intervalos médios de três anos, sendo considerada a evolução no pior olho. Foram excluídos os pacientes que apresentavam campos visuais inviáveis no ingresso no estudo. Os campos visuais foram classificados de acordo com os critérios de Capriolli (1992). A região do éxon 4 do gene TP53 foi amplificada em todos os pacientes e controles e digerida através da enzima de restrição BseDI. Resultados: Sessenta e quatro por cento dos pacientes apresentaram progressão das perdas campimétricas, sendo neste grupo a frequência de Arginina 71,4% e a de Prolina 28,5%. No grupo sem progressão a frequência de Arginina foi 65,6% e a de Prolina 34,3% e nos controles populacionais as frequências foram Arginina e Prolina foram de 74,3% e 25,7 respectivamente. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. Conclusões: Apesar de a Arginina estar associada com a gravidade do glaucoma, no presente estudo não houve associação entre o polimorfismo do gene TP 53 e a progressão de perdas campimétricas. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Fernanda Pascoal Trevenzol, Helio Fugishima, Marcelo Jordão Lopes da Silva, Maria de Lourdes Veronese Rodrigues, André Márcio Vieira Messias, Leonardo Prevelato, Jayter Silva de Paula Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Determinar se a resposta fotópica negativa (RFN) do eletrorretinograma e o eletrorretinograma padrão (ERGP) podem ser correlacionados com escores do campo visual branco-branco (CV) em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA). Método: Vinte e seis olhos de 26 pacientes com GPAA e defeitos glaucomatosos no CV foram analisados. Eletrorretinogramas fotópicos foram obtidos por estímulos vermelhos (duração de 4 ms; 644 nm, 5 cd/m2) num fundo azul (470 nm, 30 cd/m2). Os ERGPs foram gravados de acordo com o padrão da International Society for Clinical Electrophysiology of Vision (Espion system, Diagnosys LLC, Lowell, MA). Para comparação, os impressos do CV (STATPAC-2 threshold 24-2, HVFA II, Zeiss-Humphrey Systems, Dublin, EUA) foram analisados usando os escores determinados pelo Estudo de Intervenção do Glaucoma Avançado (AGIS). Testes de correlação e regressão linear foram usados para se verificar a relação estatística entre RFN, ERGP e escores do CV. Resultados: As médias das amplitudes do RFN e ERGP observadas foram 17,20 ± 10,20 e 1,94 ± 1,76, respectivamente. A mediana dos escores EIGS atingidos foi 4 (variando 0 a 20). Observou-se melhor correlação estatística entre ERGP e os escore do CV (r=-0,516, P=0,007; teste de Spearman) do que entre RFN e os escores do CV (r=-0,402, P=0,042; teste de Spearman). A RFN e as amplitudes do ERGP não apresentaram correlações significantes. Conclusões: As médias das amplitudes do RFN e ERGP observadas foram 17,20 ± 10,20 e 1,94 ± 1,76, respectivamente. A mediana dos escores EIGS atingidos foi 4 (variando 0 a 20). Observou-se melhor correlação estatística entre ERGP e os escores do CV (r=-0,516, P=0,007; teste de Spearman) do que entre RFN e os escores do CV (r=-0,402, P=0,042; teste de Spearman). A RFN e as amplitudes do ERGP não apresentaram correlações significantes. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 40 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 40 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 077 P 078 RESULTADOS DO IMPLANTE DE SCHOCKET MODIFICADO EM GLAUCOMA REFRATÁRIO TAXA DE PERDA DE SEGUIMENTO AMBULATORIAL EM PACIENTES DO SETOR DE GLAUCOMA DA SANTA CASA DE MOGI DAS CRUZES, ALTO TIETÊ Bruna Andrade e Nascimento, Bruno Albuquerque Furlani, Rodrigo A. Brant Fernandes, Roberta Andrade e Nascimento, Ivan Maynart Tavares, Luiz Alberto Soares Melo Junior Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Analisar a eficácia e segurança da cirurgia com implante de drenagem Schocket modificado em glaucomas refratários. Método: Estudo retrospectivo incluindo pacientes portadores de glaucoma refratário submetidos à cirurgia filtrante usando um tubo inserido na câmara anterior ligado a uma faixa com 90° de extensão circunferencial (implante de Schocket modificado) foi realizado. Dados de pressão intraocular (PIO) e complicações pós-operatórias foram analisados. Os critérios adotados para falência do procedimento cirúrgico foram: PIO maior que 21 mmHg após 2 meses de cirurgia, realização de novo procedimento cirúrgico antiglaucomatoso ou perda da percepção luminosa. Resultados: Um total de 56 pacientes (59 olhos) foram analisados. A média (desvio-padrão) da PIO no préoperatório e com 12 meses, 24 meses e 36 meses pós-operatórios foram 30,5 (10,1) mmHg, 18,9 (9,3) mmHg, 18,8 (7,2) mmHg e 19,5 (8,6) mmHg, respectivamente. Dez olhos (17%) evoluíram com perda da percepção luminosa e 17 olhos (29%) necessitaram de nova cirurgia antiglaucomatosa. Outras complicações pósoperatórias ocorreram em menos de 10% dos olhos. A mediana do tempo de sobrevida do implante de drenagem foi de 12 meses. Conclusões: O implante de Shocket modificado apresenta eficácia e segurança limitadas em glaucomas refratários. Ayla Bogoni, Cristina Yumi Shimizu, Aline Sokolowski da Silva, Francisco Eudes Muniz de Andrade, Fabio José Mariotoni Bronzatto, Fabricio Issamu Mochiduki, Ana Maria Noriega Petrilli, André Olivatto Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi das Cruzes (SP) Objetivo: Analisar a taxa de perda de seguimento em pacientes atendidos no ambulatório do setor de glaucoma da Santa Casa de Mogi das Cruzes, Alto Tietê. Método: Realizado estudo retrospectivo através da análise dos prontuários de todos os pacientes atendidos no ambulatório de glaucoma da Santa Casa de Mogi das Cruzes, Alto Tietê, no período de julho de 1983 a março de 2010. Consideramos perda de seguimento os casos em que o paciente não retornou dentro de um ano ao ambulatório de glaucoma, a partir da data da última consulta. Resultados: Dentre os 546 pacientes atendidos, 48,09% encontram-se em acompanhamento ambulatorial em nosso serviço; 50,45% perderam o seguimento ambulatorial e 1,45% dos pacientes foi encaminhado a outros serviços. Entre os pacientes que abandonaram o tratamento, 4% eram menores que 21 anos, 6,31% tinham entre 21 e 40 anos; 29,73% entre 41 e 60 anos, e 59,85% mais que 60 anos. Não houve diferença significativa entre os sexos (feminino 50,54% e masculino 49,45% dos casos). Conclusões: Através deste estudo, observamos uma alta taxa de perda de seguimento ambulatorial do setor de glaucoma (50,45%). Talvez isto ocorra pela cronicidade da doença, e consequente má adesão ao tratamento proposto. Outro motivo pode ser a idade avançada de muitos pacientes (59,85% com mais de 60 anos), dificultando o acesso ao atendimento ou mesmo em caso de óbito não referido ao serviço de saúde. Conclui-se que o médico oftalmologista deve sempre insistir quanto às repercussões do glaucoma, e enfatizar a importância do tratamento, a fim de se evitar a cegueira como evolução natural doença. P 079 P 080 CARACTERÍSTICAS DAS LENTES GELATINOSAS DESCARTÁVEIS EM CASOS DE CERATITE POR ACANTHAMOEBA AVALIAÇÃO DA CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA USANDO OCT EM MIELITE TRANSVERSA LONGITUDINAL EXTENSA Bernardo Barreto de Abreu, Luis Antonio Gorla Marcomini, Geilton Carlos Mendonça da Silva, Sidney Julio de Faria e Sousa Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: Descrever as características, forma de aquisição, regime de uso e método de manutenção de lentes de contato descartáveis presentes em casos de ceratite por Acanthamoeba. Método: Descrevemos as características das lentes de contato, dos sistemas de manutenção e do regime de utilização das mesmas, em 20 casos de ceratite por Acanthamoeba, em pacientes atendidos no Setor de Córnea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, entre 2006 e 2009. Resultados: Em 85% dos casos o material da lente era etafilcon A. Em 75% dos casos a primeira aquisição ocorreu em consultório médico. Em 65% dos casos as aquisições subsequentes foram feitas fora de consultórios médicos. Em 80% dos casos a solução preservante era Renu®. Em 50% dos casos os usuários admitiram uso de soro fisiológico mesmo que esporadicamente. Em 50% dos casos os usuários desrespeitavam o tempo de descarte das lentes. Em 20% dos casos os pacientes dormiam com as lentes, no mínimo uma vez por semana. Conclusões: Os resultados sugerem que determinados materiais quando associados a determinados preservantes possam facilitar a instalação da ceratite e que os portadores de Acanthamoeba sejam pouco cuidadosos com saúde ocular. Entretanto, sabendo-se que tanto o material da lente quanto o preservante descrito são os mais frequentemente usados por nossa população e que os cuidados com as lentes dos não portadores de Acanthamoeba tendem a ser idênticos aos descritos neste estudo, fica difícil sustentar as sugestões acima. É possível que os portadores de ceratite por Acanthamoeba tenham predisposição para tanto e que os fatores acima sejam gatilhos para a instalação da enfermidade. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Frederico Castelo Moura, Danilo Fernandes, Samira Apostolos-Pereira, Dagoberto Callegaro, Paulo Marchiori, Mario Monteiro Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar as medidas de espessura da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) usando tomografia de coerência óptica (OCT) em pacientes com mielite transversa longitudinal extensa (MTLE) sem neurite óptica prévia e em indivíduos normais. Método: Vinte e seis olhos de 26 pacientes com MTLE e 26 olhos de indivíduos normais foram submetidos à medida da CFNR usando Stratus OCT e perimetria computadorizada. As medidas de ambos os grupos foram comparadas. Resultados: Ao exame de perimetria, os valores do mean deviation (MD) foram significativamente menores nos olhos dos pacientes com MTLE do que nos olhos normais (p<0,0001). Não houve diferença significante nas medidas de espessura da CFNR nos quadrantes superior, inferior e temporal bem como na maioria dos segmentos de 30°. Entretanto, foi encontrada redução significante da espessura da CFNR no quadrante nasal e no segmento 3 horas dos olhos dos pacientes com MTLE comparada aos controles (P=0,04 e P=0,006, respectivamente). Conclusões: Pacientes com MTLE podem apresentar perda localizada da CFNR particularmente na região nasal do disco óptico associada a defeito campimétrico discreto, mesmo na ausência de episódio de neurite óptica. Esses achados sugerem que os pacientes com MTLE podem ser acometidos de ataques subclínicos de neuropatia óptica. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 41 9/9/2010, 11:55 41 PÔSTERES P 081 P 082 AVALIAÇÃO VISUAL NA ESCLEROSE MÚLTIPLA ELETRORRETINOGRAMA MULTIFOCAL POR PADRÃO REVERSO NA DETECÇÃO DA LESÃO NEURAL NA ATROFIA EM BANDA DO NERVO ÓPTICO Stella Maris da Costa e Castro, Josie Naomi Iyeyasu, Alfredo Damasceno, Benito Pereira Damasceno, Keila Monteiro de Carvalho Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Avaliar a função visual com EM tipo surto-remissão, na fase remissiva da doença. Métodos: Foram avaliados 38 pacientes com diagnóstico confirmado de EM tipo surto-remissão de acordo com os critérios de McDonald. Foi critério de exclusão a ocorrência de evento clínico agudo nos 6 meses anteriores aos exames, história de estrabismo ou de doenças oculares. O índice de incapacidade neurológica foi medido pela Escala Expandida de Incapacidade Funcional (EDSS). Os exames incluíram avaliação neurológica, oftalmológica e ressonância magnética de crânio e os testes de acuidade visual com a tabela CSV-1000 ETDRS, sensibilidade ao contraste com o CSV-1OOOE, discriminação cromática com o teste Farnsworth-Munsell 100 Hue, campo visual Humphrey - programa 24-2 SITAfast e acuidade estereoscópica com o Titmus Stereo test. Resultados: A idade média foi de 33 anos (20-61). O tempo de diagnóstico teve mediana de 3 anos (0-26 anos) e EDSS de 2.0 (incapacidade leve). Vinte e três (60%) apresentaram palidez de papila e 20 (52%) relataram episódio de neurite óptica durante o curso da doença. Todos (34 mulheres e 4 homens) apresentaram acuidade visual corrigida igual ou maior que 20/25 (0,1 logMAR). A sensibilidade ao contraste para 12 ciclos/ grau esteve alterada em 34%. Dezoito (47%) tiveram discriminação cromática inferior (total de erros > 110) e 26 (68%) apresentaram mean deviation < -3 DB. Trinta e quatro pessoas (89%) apresentaram acuidade estereoscópica igual a 40"de arco. Conclusão: A presença de alterações visuais na Esclerose Múltipla tipo surto-remissão está presente mesmo fora do período agudo/inflamatório da doença, quando pode ter ocorrido recuperação da acuidade visual. Apoio: Capes Kenzo Hokazono, Leonardo Provetti Cunha, Maria Kyoko Oyamada, Mário Luiz Ribeiro Monteiro Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar as medidas do eletrorretinograma multifocal por padrão reverso (mfPERG) transitório, na detecção da perda neural em hemicampos e quadrantes da retina de pacientes com atrofia em banda do nervo óptico (AB). Método: Vinte e um olhos com hemianopsia temporal e AB decorrente de compressão quiasmática prévia e 12 olhos normais foram submetidos à perimetria computadorizada e a mfPERG usando um padrão de estímulo de 19 retângulos, cada um deles com 12 quadrados alternantes. A resposta foi analisada pela média dos seguintes grupos de retângulos: 8 nasais, 8 temporais, 3 nasais superiores, 3 nasais inferiores, 3 temporais superiores e 3 temporais inferiores. Os valores obtidos nos dois grupos de olhos foram comparados. A relação entre o mfPERG e o campo visual foi analisada pelo coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: As amplitudes das ondas P1 e N2 se mostraram significativamente menores nos olhos com AB do que nos controles tanto no hemicampo nasal como no temporal. As respostas no hemicampo temporal foram significativamente menores do que as do nasal nos olhos com AB. A amplitude de P1 se mostrou significativamente menor nos olhos com AB nos quadrantes temporal superior e inferior e nasal inferior. Houve correlação significativa entre a gravidade do defeito de campo visual e as amplitudes das ondas P1 e N2. Conclusões: Os parâmetros do mfPERG foram eficientes na diferenciação entre olhos normais e AB no hemicampo temporal, no nasal, nos quadrantes temporais e no nasal inferior. O mfPERG correlacionou com a gravidade do defeito de campo visual e tem o potencial de identificar perda neural localizada em pacientes com AB do nervo óptico. P 083 P 084 NEUROPATIA ÓPTICA ISQUÊMICA ANTERIOR: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS PUPILA TÔNICA DE ADIE: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Ana Carolina Almeida Britto Garcia, Daniel Colicchio, Mariana Kaori Yasuta, Rodrigo Souza Lima, Angelino Cariello, Daniel Meira-Freitas, Paulo Mitsuru Imamura Rodrigo Arantes de Souza Lima, Ana Carolina Almeida Britto Garcia, Angelino Julio Cariello, Daniel Meira Freitas, Igor Rodrigo Lins da Silva, Natalia Yumi Valdrighi, Paulo Mitsuru Imamura Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Descrever os achados epidemiológicos de pacientes com diagnóstico de neuropatia óptica isquêmica anterior (NOIA) em um centro de referência. Método: Em estudo retrospectivo, foram revisados os prontuários de pacientes com NOIA atendidos no Setor de Neuroftalmologia da UNIFESP de janeiro de 2004 a janeiro de 2006. Dos prontuários foram extraídas informações sobre idade, sexo, antecedentes pessoais, lateralidade, acuidade visual e conduta. Resultados: De 523 pacientes atendidos no setor de neuroftalmologia entre 2004 e 2006, 45 (8,6%) apresentavam diagnóstico de NOIA. Foram excluídos 15 pacientes por apresentarem dados incompletos no prontuário. A idade variou de 27 a 91 anos com média de 65,3 ± 15,3 anos. O olho esquerdo foi acometido em 13 (43,3%) casos, o olho direito em 11 (36,6) e os dois olhos em 6 (20,0%) casos. Todos os pacientes apresentaram-se com queixa de baixa da acuidade visual, sendo que 7 (23,3%) tinham cefaléia associada. Acuidade visual pior que 20/200 foi detectada em 22 (61,1%) olhos, entre 20/60 e 20/200 em 8 (22,2%) olhos e melhor que 20/60 em 6 (16,7%) olhos. Três (10,0%) casos apresentavam doença arterítica e foram tratados com pulsoterapia, sendo que apenas 1 deles evoluiu com melhor acuidade visual. Dos 27 casos não arteríticos, 11 (40,7%) foram prescritos ácido acetilsalicílico. Casos tratados apresentaram maior chance de melhora da acuidade visual (odds ratio=2,5). Conclusões: A NOIA foi mais frequente em idosos sem predileção pelo sexo e pode comprometer gravemente a acuidade visual. O tratamento com ácido acetilsalicílico pode aumentar a chance de melhora da acuidade visual. Objetivo: Descrever os achados epidemiológicos de pacientes com pupila tônica de Adie em um centro de referência. Método: Em estudo retrospectivo, foram revisados os prontuários de pacientes com pupila tônica de Adie atendidos no Setor de Neuro-Oftalmologia da UNIFESP de janeiro de 1999 a dezembro de 2005. Dos prontuários foram extraídas informações sobre idade, sexo, comorbidades sistêmicas, lateralidade, acuidade visual e conduta. Resultados: De 1.033 pacientes atendidos no setor de Neuro-Oftalmologia, entre janeiro de 1999 e dezembro de 2005, 10 (0,9%) apresentavam diagnóstico de pupila tônica de Adie. A idade variou de 27 a 74 anos, com média de 42 ± 17 anos. A relação masculino:feminino foi 1,0:2,3. As queixas apresentadas foram baixa da acuidade visual em 8 pacientes (80%), pupila dilatada em um dos olhos em 6 (60%) e fotofobia em 4 (40%). Todos os casos foram unilaterais, com acometimento no olho direito em 6 casos (60%). Acuidade visual para longe, normal (1,0) em 9 casos (90%), e para perto, normal (J1) em 4 casos (40%). Conduta expectante foi adotada para todos os casos. Conclusões: Dentro do período de sete anos de atendimento sequencial a pupila tônica de Adie foi encontrada em número reduzido, sendo mais frequente em adultos jovens do sexo feminino e unilateral. Cefaléia pode ser um sintoma associado. Embora a queixa de visão embaçada para perto possa ocorrer, encontrou-se acuidade visual normal com correção óptica. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 42 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 42 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 085 P 086 QUANTIFICAÇÃO DA PERDA AXONAL EM PACIENTES COM AC ANTI-AQP-4, COM OU SEM NEURITE ÓPTICA, USANDO O OCT DE ALTA RESOLUÇÃO BIOMETRIA PARA MONITORIZAÇÃO DO CRESCIMENTO DO OLHO MÍOPE NA INFÂNCIA Danilo Fernandes, Frederico Moura, Mario Monteiro, Samira Apostolos-Pereira, Dagoberto Callegaro, Renata Ramos, Paulo Marchiori Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a camada de fibras nervosas retiniana (CFNR) peripapilar e a espessura macular usando o tomógrafo de coerência óptica (OCT) com tecnologia Fourier-Domain (3D-OCT-1000®,TOPCON) em pacientes com sorologia positiva para o anticorpo anti-aquaporina-4 (anti-AQP-4) com ou sem episódios prévios de neurite óptica (NO) e em controles normais. Método: Foram estudados 55 olhos de 28 pacientes com mielite transversa aguda longitudinal extensa (MTALE), dos quais 13 nunca apresentaram NO e 15 apresentavam história pregressa de NO em ao menos um dos olhos, todos apresentando sorologia positiva para o anti-AQP-4 e 38 olhos de 21 controles normais pareados para a idade. Pacientes foram submetidos à perimetria automatizada e aos protocolos de análise da CFNR peripapilar e da espessura macular ao 3D-OCT-1000. As medidas obtidas dos olhos com NO, dos olhos sem NO e dos controles normais foram comparadas. Para cada parâmetro foi calculado a área sob a curva ROC (Receiver operating characteristic). Resultados: A medida da CFNR peripapilar (média ± DP) dos olhos dos pacientes com sorologia positiva para o anti-AQP-4 com MTALE e NO foi significativamente menor quando comparados com os olhos dos pacientes sem NO e com os controles normais. Em alguns segmentos dos olhos sem NO a CFNR também foi significativamente menor do que os controles. As medidas da espessura macular em alguns setores também apresentaram diferença significante entre os olhos dos pacientes anti-AQP-4 positivos e os controles. Conclusões: Além de demonstrar severa redução nas medidas da CFNR e da espessura macular dos olhos daqueles pacientes com história de NO, evidenciou-se também redução das medidas naqueles pacientes com MTALE, anti-AQP-4 positivos e sem história de NO. Este achado sugere que assim como na esclerose múltipla, ataques subclínicos de NO podem estar presentes nestes pacientes. Adriana Miranda de Magalhães Franco, Norma Allemann Objetivo: O estudo pretende correlacionar, o crescimento do olho em uma população pediátrica de portadores de alta miopia, através de medidas seriadas do seu comprimento axial, de variações na curvatura corneana e das alterações da espessura do cristalino, comparando-as com variações da refração e da oftalmoscopia indireta em um período de 9 meses. Método: População pediátrica (idade média: 8,7anos), total de 11 olhos em grupo de crianças portadoras de alta miopia (-9,0D) submetidas à biometria óptica (IOL Master, Zeiss, método de não contato) e ultrassônica (Ultrascan, Alcon; método de contato), refratometria estática, oftalmoscopia indireta e retinografia por um período de 9 meses. Resultados: Em 9 meses, houve crescimento estatisticamente significante em 11 olhos portadores de alta miopia com aumento refracional em 5 olhos (0,45%), crescimento sem aumento refracional em 3 olhos (0,27%), e não houve crescimento em 4 olhos (0,36%). Não houve variação estatisticamente significante da espessura do cristalino, profundidade da câmara anterior, curvatura corneana e do aspecto fundoscópico. Comprimento axial médio era 26,83 mm e aumentou após 9 meses para 27,00 mm. Refratometria média após 9 meses: -19,9 D. Conclusões: O crescimento do globo ocular (comprimento axial) mostrou-se estatisticamente significante tanto pela técnica de biometria óptica quanto ultrassônica no grupo de crianças com alta miopia. Os achados mostram que a variação do comprimento axial precedeu a variação das outras estruturas na amostra examinada. O estudo sugere uma taxa de variação do comprimento axial mais acentuada em portadores de alta miopia comparativamente a emétropes da mesma faixa etária. P 087 P 088 LENSECTOMIA E VITRECTOMIA ANTERIOR VIA PARS PLICATA COMO OPÇÃO CIRÚRGICA À CATARATA INFANTIL SAÚDE OCULAR DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO: IMPACTO DE CAMPANHA EM FLORIANÓPOLIS Ricardo Zadrozny Leyendecker, Maurício de Alencar Martinazzo, Patrícia Martins Biff, Geraldine Trevisan Tecchio, Ralfh Rodrigues Brandolt, Augusto Mattos Schelemberg, Astor Grumann Júnior Gherusa Helena Milbratz, Ana Flávia Mueller, Tatiana Rayes, Assad Rayes Hospital Regional de São José - São José (SC) Objetivo: Geral - Avaliar as características epidemiológicas dos escolares referenciados por educadores para consulta médica oftalmológica. Específicos Verificar: taxa de absenteísmo à consulta oftalmológica, prevalência de alterações oftalmológicas, relação de alterações oftalmológicas de acordo com sexo e idade, relação de queixas com alterações oftalmológicas diagnosticadas, prevalência de erros refracionais, taxa de patologias não refracionais. Método: Estudo descritivo de delineamento transversal com base nos registros médicos das crianças atendidas na campanha de atendimento oftalmológico a escolares da rede pública de Florianópolis. Resultados: Foram avaliadas por educadores treinados 8.145 crianças matriculadas na rede pública de ensino de Florianópolis, destas 1.150 foram referenciadas à consulta oftalmológica. Faltaram à consulta médica 402 (35%) crianças. Foi encontrada alteração oftalmológica em 330 (44,12%) escolares que compareceram à consulta médica. Houve necessidade de prescrição óptica em 275 escolares, o erro de refração mais comum foi hipermetropia (75%). Patologias não refracionais foram encontradas em 129 escolares, sendo as mais frequentes estrabismo e ambliopia. Não houve diferença de prevalência de alterações oftalmológicas entre os sexos e entre grupos de idade. Entre as crianças com queixa de baixa visão 45% não apresentaram diminuição da acuidade visual. Entre as crianças sem queixa oftalmológica 31% apresentaram patologia ocular. Conclusões: A taxa de absenteísmo à consulta médica oftalmológica é alta. Há alta prevalência de alterações oftalmológicas nas crianças referenciadas pelos educadores. Não há diferença na prevalência de alterações oftalmológicas entre os sexos e entre os grupos de idade. Em um número expressivo de escolares não há relação entre a queixa referida e o achado do exame oftalmológico. O erro de refração mais comum é hipermetropia. Há alta taxa de patologias não refracionais encontrada pelo exame médico. Objetivo: Descrever o perfil clínico e resultados cirúrgicos de pacientes com catarata infantil submetidos à lensectomia e vitrectomia anterior via pars plicata (VVPP-a) sem implante de lente intraocular (LIO), no Hospital Regional de São José - Homero de Miranda Gomes (HRSJ-HMG). Método: Realizou-se um estudo retrospectivo, através da análise de prontuários de crianças com catarata infantil submetidas à lensectomia e VVPP-a sem implante de LIO pelo mesmo cirurgião, no período de 2003 a 2009. Foram coletados os seguintes dados: número do prontuário, sexo, idade da primeira consulta no serviço, idade do diagnóstico, idade em que foi realizada a cirurgia, acuidade visual pós-operatória, complicações, refração e tempo de seguimento. Resultados: Foram avaliados prontuários de 35 pacientes, com 56 olhos operados, sendo que 26 crianças apresentavam catarata bilateral (74,3%) e 9 catarata unilateral (25,7%). Em relação ao sexo, observou-se predominância do sexo masculino (28 pacientes - 80%). Quanto à primeira consulta, 17 pacientes (48,6%) apresentavam-se com idade igual ou maior que 1 ano. O tempo médio de acompanhamento pós-operatório foi de 2,47 anos. Referente à refração no pós-operatório, a maioria dos olhos operados (60,7%) situou-se entre +10 e +14,5 dioptrias esféricas. Observou-se que um maior número de cirurgias (62,5%) foram realizadas com a criança apresentando 1 ano ou mais de idade. Dos pacientes operados, apenas 2 necessitaram de intervenção com YAG laser, um por opacidade de eixo visual e outro por contração capsular. Conclusões: Com base nesses dados, pode-se concluir que a maioria das crianças dão entrada neste serviço de referência com idade superior à desejável para bom prognóstico. A cirurgia em questão apresentou-se bastante segura, sendo necessária reintervenção com YAG laser em poucos pacientes. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) / Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis (SC) PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 43 9/9/2010, 11:55 43 PÔSTERES P 089 P 090 ANÁLISE RETROSPECTIVA DOS TUMORES CONJUNTIVAIS SUBMETIDOS À CIRURGIA DE RESSECÇÃO CORTICOTERAPIA LOCAL EM ORBITOPATIA DISTIREOIDEANA Juliana de França Teixeira Grottone, Nelson Mattos Tavares, Janduhy Perino Filho, João Carlos Grottone Santa Casa de Misericórdia de Santos - Santos (SP) / Grottone Saúde Ocular Santos (SP) Ralfh Rodrigues Brandolt, Augusto Mattos Schelemberg, Astor Grumann Junior, Ricardo Zadrozny Leyendecker, Geraldine Trevisan Tecchio, Patrícia Martins Biff, Laura Rassi Vanhoni, Ruy César Orlandi Hospital Regional de São José - Florianópolis (SC) Objetivo: Examinar a epidemiologia de lesões conjuntivais tumorais, para conhecer as suas características na população regional da Baixada Santista e suas dificuldades de diagnóstico clínico. Método: Foram selecionados 42 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico, com diagnóstico pré-operatório de tumor conjuntival, através de consulta sequencial aos livros de registro do centro cirúrgico do Serviço de Oftalmologia da Santa Casa de Santos, no período de janeiro de 2005 a julho de 2008 e, a seguir, analisados retrospectivamente, os prontuários dos mesmos, sendo tabulados os dados, quanto aos aspectos de lesões malignas pré-operatórias, classificação histopatológica, idade, sexo e acerto no diagnóstico clínico. Resultados: I) 15 eram do sexo feminino e 27 do sexo masculino. A suspeita clínica foi mais frequente no sexo maculino. A incidência de lesão tumoral no grupo feminino foi muito mais baixa, do que no grupo masculino. A suspeita clínica tumoral foi mais elevada a partir da idade de 20 anos, sendo que mais da metade dos casos operados estava abaixo dos 50 anos. II) O número de cirurgias indicadas pelos médicos mais experientes, foi maior daquelas indicadas pelos residentes. III) Quanto ao diagnóstico pré-operatório, 34 pacientes tinham a indicação clínica, não definida, chamada “tumor conjuntival” e 8 traziam um diagnóstico clínico definido. IV) Dos 8 casos com diagnóstico clínico prévio definido, 6 tiveram acerto no anatomopatológico. Conclusões: A dificuldade diagnóstica clínica etiológica de lesões conjuntivais, especialmente em regiões, onde os fatores de risco concorrem mais intensamente, parece apontar para a necessidade de intervenção terapêutica precoce, em faixas etárias menores daquelas habitualmente citadas pela literatura, estudadas em regiões diversas do país ou do planeta. Estudos devem ser complementados. Objetivo: Avaliar a evolução clínica dos pacientes com orbitopatia distiroidiana (OD) na fase inflamatória submetidos a tratamento com corticoterapia local através do escore CAS conforme o protocolo EUGOGO. Método: Realizado uma coorte prospectiva com pacientes atendidos no Hospital Regional de São José - SC portadores de OD. Na primeira consulta avaliou-se os sintomas de dor opressiva e dor à movimentação do globo ocular e os sinais de edema e eritema de pálpebra, hiperemia conjuntival, quemose e edema de carúncula (CAS). Nesta avaliação foram aferidos acuidade visual, abertura palpebral e exoftalmometria. Foram incluídos no estudo pacientes de ambos os sexos com idade entre 20 e 65 anos que ao exame inicial apresentavam escore de CAS > ou = a 4. Foram excluídos os pacientes com glaucoma, catarata ou quaisquer outras comorbidades oculares. Este grupo foi tratado com quatro aplicações de injeção peribulbar de 0,5 ml de triancinolona (40 mg/ml), com intervalo de uma semana entre as mesmas. Os pacientes foram reavaliados após 3 meses. Resultados: Os pacientes avaliados apresentavam média de idade de 45,8 anos, dos quais 70% são do sexo feminino, com média de CAS inicial 4,6, média de exoftalmometria de 21,0 mm e média de abertura de fenda palpebral em posição primária do olhar de 14,6 mm. Na reavaliação após tratamento, observou-se CAS médio de 1,33, exoftalmometria média de 17,8 mm e média de abertura palpebral de 12,83 mm. As notas atribuídas pelos pacientes quanto à dor após as aplicações tiveram média de 7,33. Conclusões: Observou-se melhora significativa dos sinais e sintomas da OD nos pacientes submetidos à injeção de triancinolona periorbitária. Ressalta-se que a dor informada pelos pacientes não foi fator impeditivo para as aplicações subsequentes, uma vez que todos completaram o tratamento sem que houvesse uma desistência. P 091 P 092 FLUXO NA VEIA OFTÁLMICA SUPERIOR AO ECODOPPLER EM PACIENTES COM FORMA CONGESTIVA DA ORBITOPATIA DE GRAVES PRÉ E PÓS-TRATAMENTO AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE OCULAR APÓS INSTILAÇÃO TÓPICA DE DOADORES DE ÓXIDO NÍTRICO IN VIVO Rodrigo Bernal da Costa Moritz, Mário Luiz Monteiro, Hélio Angotti-Neto, Joseph E. Benabou Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar os parâmetros do exame de Doppler colorido (DC) da veia oftálmica superior (VOS) em pacientes com orbitopatia de Graves, na forma congestiva, antes e após o tratamento. Método: Dezesseis órbitas de 9 pacientes com orbitopatia de Graves foram submetidos a exame de DC da VOS na fase aguda (congestiva) da doença e depois de pelo menos 6 meses do controle da orbitopatia. Onze dos 16 olhos correspondentes às órbitas estudadas tinham neuropatia óptica na fase aguda. O tratamento incluiu a cirurgia descompressiva (12 órbitas) ou tratamento com corticosteróides (4 órbitas). Os achados obtidos antes e depois do tratamento foram comparados. Resultados: Na fase congestiva, o fluxo na VOS foi detectado em 8, indetectável em 4 e reverso em 4 órbitas. Após o tratamento, o fluxo foi detectado em todas as 16 órbitas estudadas (p<0,05). Observamos uma diferença significativa entre os dois grupos (p<0,05) no que se refere à velocidade de fluxo máxima da OS, sendo o fluxo venoso significativamente menor na fase congestiva do que após o tratamento. Conclusões: Pacientes com orbitopatia congestiva apresentam redução importante do fluxo sanguíneo da veia oftálmica superior que melhora de forma significativa após o tratamento cirúrgico ou clínico da afecção. Estes achados indicam que a congestão na veia oftálmica superior pode ser um fator patogenético importante na fase aguda da orbitopatia de Graves e melhora de forma significativa após o tratamento da afecção. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Angelino Julio Cariello, Gabriela Freitas Pereira de Souza, Paulo Jose Martins Bispo, Márcia Serva Lowen, Marcelo Ganzarolli de Oliveira, Ana Luisa Hofling-Lima Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Objetivo: Avaliar a toxicidade ocular de dois compostos doadores de óxido nítrico: S-nitrosoglutationa (GSNO) e S-nitroso-N-acetilcisteína (SNAC) nas concentrações de 1 e 10 mM utilizando modelos animais ex vivo e in vivo. Método: No modelo ex vivo, 25 olhos de porcos obtidos logo após o abate foram clinicamente e histologicamente analisados. Subsequentemente, vinte coelhos albinos foram randomizados em 4 grupos. No grupo 1 (GSNO1) 0,15 mL de solução aquosa contendo GSNO 1 mM foi instilado no olho direito do animal e o olho esquerdo recebeu apenas solução aquosa pura, servindo como controle. Grupo 2 (GSNO10), 3 (SNAC1) e 4 (SNAC10) foram tratados da mesma forma recebendo GSNO 10 mM, SNAC 1 mM e SNAC 10 mM, no lugar de GSNO 1mM, respectivamente. Todos os animais foram submetidos a avaliação clínica em lâmpada de fenda e estimação da pressão intraocular (PIO) com tonômetro de Perkins após 1 e 24 h da instilação tópica. Os olhos foram pontuados de acordo com classificação proposta por Draize e histologicamente analisados. Resultados: No estudo ex vivo não foi observado sinais de perfuração, corrosão ou opacidade de córnea. Estes achados foram confirmados pela análise histológica. No estudo in vivo não houve diferença entre os olhos tratados e controles de acordo com a classificação de Draize em todos os grupos (p>0,05). Não foi observada qualquer evidência de toxicidade tecidual na análise histológica em todos os animais. Após 1 h, reduções da PIO de 2,4 ± 1,1 e 2,8 ± 1,6 mmHg foram observadas nos grupos GSNO10 e SNAC10, respectivamente (p<0,05). Na concentração de 1 mM, GSNO e SNAC não apresentaram redução significante da PIO (p>0,05). Após 24 h, nenhuma formulação apresentou redução significante da PIO (p>0,05). Conclusões: GSNO e SNAC na concentração de 10 mM não são compostos irritativos para o olho e apresentam potencial efeito hipotensivo ocular. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 44 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 44 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 093 P 094 AVALIAÇÃO DE SINTOMAS E SATISFAÇÃO APÓS CIRURGIA DE PTERÍGIO E TRANSPLANTE CONJUNTIVAL AUTÓLOGO COM SUTURA OU COLA COMPARAÇÃO DA OCLUSÃO DO PONTO LACRIMAL COM O USO DE LUBRIFICANTE OCULAR NO OLHO SECO ASSOCIADO À ARTRITE REUMATÓIDE Mayra Cardoso de Souza Leite, Aldria Momoe Kimura, Ana Helena Kalies, Lorena Bedotti Ribeiro, Raffaela Federico, Bianca Baltar Cury, Monica Alves Leticia Helena Lunardi, Marcos Alonso Garcia, José Monteiro Filho Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) / Clínica Raskin - Campinas (SP) Objetivo: Comparar o efeito do uso de lubrificante ocular com a oclusão temporária do ponto lacrimal com implante intracanalicular no tratamento de olho seco em pacientes com artrite reumatóide. Método: Neste estudo piloto, prospectivo e randomizado, 8 pacientes com olho seco decorrente de artrite reumatóide (60,4 anos) foram divididos em 2 grupos: G1 (n=4) que fez uso de implante intracanalicular de colágeno dissolvível no ponto lacrimal inferior e colírio lubrificante PEG+PG com agente HP-GUAR 4 vezes ao dia e G2 (n= 4) que usou apenas colírio lubrificante. Em ambos os grupos, antes e após uma semana de tratamento, foram aplicados o questionário de qualidade de vida “Ocular Surface Disease Index” (OSDI) validado para sintoma e gravidade de olho seco e os seguintes exames: biomicroscopia, tempo de ruptura do filme lacrimal, coloração da superfície ocular com rosa bengala e testes de produção lacrimal (Schirmer 1 e basal). Resultados: Os dados mostraram que os grupos estudados eram similares em todos os aspectos analisados antes do tratamento. Após as intervenções, ambos os grupos mostraram melhora significativa nos sintomas avaliados pelo questionário OSDI (G1 de 24,8 ± 10,9 para 11,8 ± 8,4; p=0,005 e G2 de 30,2 ± 19,6 para 4,5 ± 8,9; p=0,027). O teste basal também mostrou melhora no olho esquerdo tanto no G1 (de 5,0 ± 3,4 para 11,5 ± 3,1; p=0,04), como no G2 (de 10,5 ± 3,9 para 16,3 ± 2,5; p=0,02). Já, o tempo de ruptura do filme lacrimal foi significativamente maior no olho direito (G1 de 5,3 ± 2,6 para 7,0 ± 3,6; p=0,03) apenas após a oclusão do canal lacrimal inferior. Conclusões: Nossos resultados iniciais mostraram que a qualidade de vida dos pacientes com olho seco moderado (grau 2) secundário à artrite reumatóide melhora com intervenção oftalmológica, porém não evidenciaram ganhos clínicos significativos com o uso de implante de colágeno no ponto lacrimal dos mesmos. Objetivo: O pterígio é uma doença inflamatória e proliferativa que, devido à irregularidade que provoca na superfície ocular, desencadeia sintomas diversos com incidência e intensidade variáveis. O objetivo deste trabalho é avaliar a sintomatologia apresentada por pacientes portadores de pterígio no pré e pós-operatório e o grau de satisfação após cirurgia. Método: Estudo prospectivo onde foram avaliados 107 pacientes portadores de pterígio primário ou recidivado, sintomáticos a despeito do tratamento clínico, divididos em 2 grupos para excisão cirúrgica e transplante conjuntival autólogo com sutura (grupo 1 - G1) ou cola de fibrina (grupo 2 - G2). Os pacientes foram submetidos a questionários no pré e pós-operatórios (1º, 7º, 30º, 90º e 180º dias) para graduação dos sintomas em escala de 0 a 4 e o grau de satisfação após a cirurgia de 0 a 10. A somatória das graduações referentes a dor, olho vermelho e irritação foi considerada um “score” de sintomas (0 a 12). Resultados: Foram incluídos 28 pacientes no G1 e 79 no G2. No G1 a idade média foi de 38,07 ± 11,32 anos e no G2, 39,66 ± 11,85 anos (p=0,53). O “score” no préoperatório foi de 6,77 ± 2,32 no G1 e 7,26 ± 2,35 no G2 (p=0,31). Nas avaliações do 1º dia do G1 foi de 8,96 ± 1,72 e G2 7,13 ± 2,22 (p=0,0002*), 7º dia 6,33 ± 2,30 e 7,13 ± 2,22 (p=0,10), 30º dia 2,62 ± 2,04 e 2,20 ± 2,04 (p=0,29), 90º dia 1,18 ± 1,11 e 1,02 ± 1,28 (p=0,35) e no 180º dia 0,70 ± 0,86 e 0,80 ± 1,23 (p=0,94) nos grupos 1 e 2. A recorrência foi de 3,56% no G1 e 2,50% no G2 (p=1,0) e a satisfação com a cirurgia foi no 30º pós-operatório 8,68 ± 1,27 no G1 e 8,78 ± 1,50 no G2 (p=0,50), no 90º dia 9,39 ± 0,70 e 9,49 ± 0,63 (p=0,55) e no 180º dia 9,56 ± 0,52 e 9,61 ± 0,64 (p=0,32) respectivamente. Conclusões: O presente estudo avalia os sintomas referidos por portadores de pterígio submetidos a cirurgia e a satisfação com o resultado. O transplante conjuntival autólogo apresenta-se como técnica segura e com baixo índice de recidiva seja com sutura ou cola biológica de fibrina. Na avaliação dos sintomas houve diferença apenas no 7º dia de pós-operatório e a satisfação com o resultado cirúrgico foi equivalente em ambos os grupos estudados. Santa Casa de Misericórdia de Santos - Santos (SP) P 095 P 096 COMPLICAÇÕES E RECIDIVA APÓS CIRURGIA DE PTERÍGIO COM TRANSPLANTE CONJUNTIVAL AUTÓLOGO COM SUTURA E COLA DE FIBRINA PREVALÊNCIA DE DEMODEX SP. NOS CÍLIOS DE PACIENTES COM TRANSPLANTE RENAL Denice Bernardes Campoli, Aline Talarico, Thais Ramires, Alexandre Rueda, Thiago Queiroz, Adriana Maia, Aldria Kimura, Raffaela Federico, Mônica Alves Juliana Moura Bastos Prazeres, Joyce B. Tsuchiya, Vespasiano RebouçasSantos, Nahin M. A. Geha, Angelino Julio Cariello, Daniel Meira-Freitas, Maria Cecília Zorat Yu, Ana Luisa Hofling-Lima Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: O pterígio (PT) é uma proliferação de tecido fibrovascular degenerativo da conjuntiva em direção a córnea, com prevalência aumentada em países com alta radiação solar. A recidiva é a principal complicação relacionada à cirurgia. Este trabalho visa caracterizar portadores de PT; avaliar complicações e recidiva após a excisão cirúrgica e, transplante conjuntival autólogo (TCA) com uso de cola de fibrina ou sutura. Método: Estudo prospectivo que incluiu 107 portadores de PT primário ou recidivado sintomáticos a despeito do tratamento clínico. Estes foram divididos em dois grupos para excisão cirúrgica, seguido de TCA, com sutura simples (grupo 1) ou cola de fibrina (grupo 2). Resultados: Foram acompanhados 28 pacientes no grupo 1(G1) e 79 no grupo 2(G2). No G1 a idade média de 38,07 ± 11,32 anos e no G2 de 39,66 ± 11,85 anos (p=0,53), 46,43% eram do sexo masculino (SM) e 53,57% do sexo feminino (SF), 42,85% apresentavam PT no olho direito e 57,15% no esquerdo, no G1 e no G2 54,44% eram do SM e 45,56% do SF, 59,50% apresentavam PT no olho direito e 40,50% no esquerdo. Quanto à extensão do PT na córnea no G1 foi de 3,51 ± 2,47 mm no eixo horizontal e 5,08 ± 1,15 mm no vertical e 3,15 ± 1,52 mm no eixo horizontal e 5,42 ± 1,28 mm no vertical (p=0,64 e 0,30). Com relação ao tipo no G1 eram 82,14% ativos, 7,14% recidivados e 10,72% atróficos e G2 74,68%, 13,92% e 24,05% respectivamente. A incidência de complicações no G1 foi 7,14% de granuloma, 3,57% dellen, 7,14% quemose, 14,28% deiscência e no G2, 5,06% granuloma, 3,79% dellen, 21,52% quemose e 1,26% cisto de retenção. O índice de recorrência foi de 3,56% no G1 e 2,50% no G2 (P=1,0). Conclusões: Estudo descreve principais características e complicações dos portadores de PT submetidos a excisão cirúrgica. O TCA apresenta-se como técnica segura e de baixo índice de recidiva com ambas as técnicas de fechamento. Objetivo: Avaliar a prevalência de Demodex sp. nos cílios de pacientes submetidos a transplante renal em uso de imunossupressores. Método: Pacientes com antecedentes médicos de transplante renal em uso de imunossupressores e voluntários saudáveis (grupo controle) foram convidados a participar do estudo. A composição do grupo controle foi baseada no pareamento de idade e sexo. Foram removidos 3 cílios com colarete de cada pálpebra, corados com fluoresceína e examinados em microscópio com aumento de 20 vezes. Os parasitas foram identificados através da avaliação das suas características morfológicas e mobilidade. A prevalência de Demodex sp. foi comparada entre os dois grupos utilizando o teste qui-quadrado. Resultados: Foram incluídos no estudo 15 pacientes com transplante renal e 15 voluntários saudáveis. A média de idade foi de 51,2 ± 7,2 anos e a relação masculino:feminino foi 1:1,5. A prevalência de Demodex sp. no grupo controle foi de 53,3% contra 20,0% no grupo dos transplantados renais (p=0,03). Conclusões: Pacientes submetidos a transplante renal em uso de imunossupressores apresentaram menor prevalência de infecção palpebral pelo Demodex sp. em comparação com grupo controle. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 45 9/9/2010, 11:55 45 PÔSTERES P 097 P 098 ANÁLISE DA LÁGRIMA E SALIVA DE PACIENTES PORTADORES DE ROSÁCEA OCULAR PARA A DESCOBERTA DE BIOMARCADOR AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METABÓLITOS DO ÓXIDO NÍTRICO NA LÁGRIMA DE PACIENTES COM CONJUNTIVITE VIRAL Ana Carolina Cabreira Vieira, Hyun Joo An, Sureyya Ozcan, Carlito Lebrilla, Mark Mannis Simone Akiko Nakayama, Angelino Cariello, Gabriela de Souza, Marcelo de Oliveira, Ana Luisa Hofling-Lima Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Comparar as alterações na glicosilação da lágrima e saliva de pacientes portadores de rosácea ocular e compará-las a pacientes-controle, a fim de descobrir um marcador biológico da doença. Método: Amostras de lágrima e saliva foram coletadas de 51 e 42 pacientes, respectivamente, e analisadas para determinar o perfil de glicanas e variações da glicosilação. O- e N-glicanas foram isoladas de pacientes e controles, e purificadas por extração em fase sólida (SPE). As frações foram então analisadas por espectrometria de massa de alta resolução e a composição e estrutura das glicanas determinadas. Resultados: Aproximadamente 100 N-glicanas e 200 O-glicanas foram identificadas por espectrometria de massa. A maior parte das N-glicanas eram fucosiladas e as O-glicanas, sulfatadas. Amostras normais de lágrima e saliva apresentam glicanas fucosiladas. O número de glicanas sulfatadas encontradas na lágrima e saliva de pacientes com rosácea ocular foi dramaticamente maior do que nas amostras de pacientes-controle. Conclusões: A grande abundância de N-glicanas fucosiladas encontradas em amostras de lágrima e saliva de pacientes-controle e de O-glicanas sulfatadas presentes em amostras de pacientes com rosácea ocular podem nos levar a um marcador diagnóstico para tal doença. Objetivo: Comparar a concentração de metabólitos do óxido nítrico na lágrima de pacientes com conjuntivite aguda viral e voluntários saudáveis. Método: Pacientes com diagnóstico clínico de conjuntivite viral aguda e voluntários saudáveis (grupo controle) foram convidados a participar do estudo. A conjuntivite foi clinicamente caracterizada pela presença de hiperemia, irritação ocular, lacrimejamento, reação folicular difusa e nódulos pré-auriculares há menos de 15 dias. Sob iluminação em lâmpada de fenda, 0,5 ml da lágrima foram coletadas por capilaroscopia. Os níveis de metabólitos de óxido nítrico (nitrito e nitrato) foram determinados por espectrofotometria e comparados entre os dois grupos através do teste T para amostras independentes. Resultados: Dez pacientes com conjuntivite viral aguda e 10 voluntários normais foram incluídos. A idade variou de 19 a 58 anos, com média de 38,5 ± 19,5 anos. A relação masculino:feminino foi de 0,8. Não houve diferença quanto ao sexo e idade entre os grupos (p>0,05). A concentração de metabólitos de óxido nítrico foi significantemente maior no grupo conjuntivite (42,8 µM) comparado com o grupo controle (26,8 µM) - p=0,025. Conclusões: Pacientes com conjuntivite viral apresentam maiores níveis de metabólitos de óxido nítrico na lágrima, sugerindo que este marcador inflamatório também está envolvido nos mecanismos imunológicos em doenças virais oculares e que possivelmente compostos doadores de óxido nítrico possa ter algum efeito nesta patologia. P 099 P 100 INDICAÇÕES E ESTUDO ANATOMOPATOLÓGICO DE OLHOS ENUCLEADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS PROTÓTIPO PARA DETERMINAÇÃO DE CATEGORIA DE LENTES DE ÓCULOS PARA MEDIDAS DE ULTRAVIOLETA Ricardo Luz Leitão Guerra, Patricia Sena, Patricia Sena, Eduardo Ferrari Marback, Roberto Lorens Marback Universidade de São Paulo (USP) - São Carlos (SP) Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) / Clínica de Olhos Leitão Guerra - Salvador (BA) Objetivo: Estabelecer as principais causas de enucleação do globo ocular no serviço de oftalmologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), fornecendo dados para que possíveis medidas preventivas sejam tomadas. Método: Foram revisados os prontuários dos pacientes submetidos à enucleação do globo ocular, presentes no livro de registro do laboratório de anatomia patológica ocular deste serviço no período de janeiro de 2003 a novembro de 2007. Resultados: Do total de 199 olhos submetidos ao estudo, endoftalmite foi o principal diagnóstico histopatológico (n=51), seguido de retinoblastoma (n=46) e atrofia bulbar (n=35). A ocorrência de enucleações prevaleceu em adultos e o sexo mais acometido foi o masculino. Em lactentes o retinoblastoma foi responsável por 83,3% das enucleações e, em crianças, por 76,6%. Adolescentes tiveram a atrofia bulbar como principal causa de enucleação (41,6%). Adultos e idosos foram enucleados principalmente devido à endoftalmite, respectivamente 30,6% e 44,3%. Conclusões: O motivo das enucleações em nosso meio varia de acordo com a faixa etária, ocorrendo principalmente devido ao retinoblastoma em lactentes e crianças, e em adultos e idosos, devido à endoftalmite. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Marcio Makiyama Mello, Victor A. C. Lincoln, Liliane Ventura Objetivo: As medidas de transmissão de radiações ultravioletas e infravermelhas em lentes de óculos são requisitos das normas para sua certificação, visto que radiações eletromagnéticas com frequências nas faixas da luz ultravioleta (100 nm400 nm), visível (400 nm-700 nm) e infravermelho (700 nm-1400 nm) podem causar danos oculares sérios, sendo que cada componente do olho absorve uma quantidade específica de cada radiação. O presente projeto, que faz parte de um projeto maior de desenvolvimento de aparelhos para verificação de lentes para ópticos, consiste no desenvolvimento de um sistema opto-eletrônico para averiguação de categoria de lente a ser medida, uma vez que para cada categoria está estabelecido uma porcentagem diferente para transmissão das radiações UV e IV, segundo a norma brasileira NBR15111. Método: Neste trabalho, foi montado um dispositivo opto-eletrônico para medidas de transmissão média de luz branca em lentes oftálmicas que permite reconhecer automaticamente a categoria das mesmas. Este sistema está sendo acoplado a um sistema de medidas de ultravioleta (UVA e UVB) para lentes de óculos. Resultados: O sistema em desenvolvimento consiste nas seguintes divisões: óptica, eletrônica e programação. A parte óptica do sistema consiste nos sensores ópticos utilizados para medição de luz e na fonte de luz; a parte eletrônica é responsável pela amplificação dos sensores, um deles utilizando um potenciômetro digital; um microcontrolador para controle dos LED’s e do display de LCD, e filtros para eliminação de ruídos nos sensores. O programa no microcontrolador consiste em: inicialização, calibração com ajuste de escala automático e medidas dos sinais dos sensores para o tratamento matemático. Conclusões: O sistema foi desenvolvido baseado na norma brasileira NBR15111 de proteção ultravioleta para lentes e para a seleção automática de categoria. Lentes de aferição foram utilizadas e o sistema mostrouse eficiente e preciso. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 46 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 46 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 101 P 102 ULTRASSOM DE ALTO FOCO E INTENSIDADE PARA REDUZIR A DUREZA DA LENTE NA CIRURGIA DE CATARATA AVALIAÇÃO DA POSIÇÃO DO SUPERCÍLIO E DAS ASSIMETRIAS PALPEBRAIS EM IDOSOS USANDO MEDIDAS DIGITAIS Eduardo Arana, Luis Augusto Arana, Anderson Gustavo Teixeira Pinto, Sabina Morales, Jose Daniel Barbosa, Ruimin Chen, Mark Humayun Emerson Leandro Keiiti Hashimoto, José Carlos Padovez, Silvana Artioli Schellini Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Objetivo: Avaliar a posição do supercílio e as assimetrias palpebrais em indivíduos idosos. Método: Foram avaliados 339 indivíduos com idade superior ou igual a 50 anos, estratificados em faixas etárias, avaliando-se a posição do supercílio e as assimetrias palpebrais por meio de imagens digitais. As imagens foram tomadas na posição primária do olhar, estando o objeto de observação localizado na altura da pupila, utilizando uma filmadora Sony Lithium, sendo gravadas em fita cassete e posteriormente transferidas para computador Macintosh G4, sendo posteriormente processadas pelo programa Image J. Os parâmetros analisados foram: a área delimitada entre a margem superior do supercílio e a margem da pálpebra superior, tendo como limites laterais uma linha em ângulo reto entre o supercílio e o ângulo interno e o ângulo externo da fenda palpebral. Para as assimetrias palpebrais, as medidas referentes ao lado direito foram comparadas com as obtidas para o lado esquerdo, interessando: a largura e altura da fenda palpebral, ângulo do canto externo, ângulo do canto interno, a distância entre a pálpebra superior e a pupila (DMR), a área total da fenda palpebral, o ângulo caudanasal e ângulo cauda-temporal. O diâmetro corneano foi usado como fator de correção para as distâncias do sujeito até a máquina fotográfica. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística usando o teste t de Student para amostras pareadas e a análise de correlação linear de Pearson. Resultados: A avaliação dos dados obtidos mostrou que houve assimetrias, apontadas pela significância dos testes estatísticos empregados no tocante a área da fenda palpebral, assim como nos ângulos palpebrais interno e externo. A análise de correlação também apontou importantes diferenças entre os lados direito e esquerdo dos indivíduos avaliados. Conclusão: As assimetrias palpebrais e da posição do supercílio são frequentes em idosos. Objetivo: Reduzir a dureza da catarata porcina com uso da energia não invasiva do ultrassom de alto foco e intensidade (UAFI). Método: Transdutor de 4 MHz do UAFI focado a 40 ± 1,64 mm aplicado na lente retirada do olho de porco. A lente foi colocada na formalina 10% por 1, 2, 3, 4 minutos para se formar a catarata, a seguir foi tratada com 1, 2, 3 minutos de UAFI e comparada com o controle (sem UAFI). A temperatura (36º, 40º and 46ºC) foi alcançada pela variação do duty cycle, voltagem e tempo de sonificação. A dureza da lente foi quantificada antes e depois da aplicação do UAFI pela Bose (Bose Corporatio USA, MN); velocidade do som (Panametrics USA, MA); facoemulsificação (Milennium, Bausch Lomb USA, NY); anatomicamente verificada pelo microscópio de transmissão eletrônica - ME(JEOL USA, MA). Resultados: A análise da força pela bose: a) 2, 3 minutos evidenciaram uma redução estatisticamente significativa comparado com o controle (36ºC, 2 minutos de UAFI: 16.644 N (p<0,001); 36ºC, 3 minutos -12.792 N (p=0,007) respectivamente comparados com o controle a 36ºC, sem UAFI: 31.328 N). A velocidade do som mostrou um significado estatístico para 2, 3 minutos após o UAFI; dentre os diferentes valores de temperatura existiu uma correlação positiva apenas com 36ºC. Os resultados da facoemulsificação (fator tempo X poder de ultrassom) mostraram-se consistentes a 1, 2, 3, 5 minutos de formalina com 2, 3 minutos de UAFI. Verificou um valor do p estatístico com todos tempo de formalina, especialmente 5 minutos de formalina; 2, 3 minutos de UAFI diminuido em 41,23% e 38,25% o poder e tempo de facoemulsificação. A ME após UAFI revelou lesão na membrana das fibras do cristalino, separação e formação de vacúolos nessas fibras. Conclusões: UAFI reduziu a dureza das lentes; resultados validados pela Bose (análise da força), velocidade do som (ultrassom), facoemulsificação (cirurgia) e microscopia eletrônica-anatomia. Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) P 103 P 104 BLEFAROPLASTIA E PRESSÃO INTRAOCULAR CONDUTAS PARA REPARAÇÃO DA CAVIDADE ANOFTÁLMICA NO BRASIL E NO MUNDO Tammy Hentona Osaki, Lilian Emi Ohkawara, Midori Hentona Osaki, Daniela Iihama, Teissy Osaki, Luiz Alberto Soares Melo Júnior Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar se há mudança na medida da pressão intraocular após blefaroplastia. Método: Pacientes portadores de dermatocálase foram selecionados para o estudo. Foram excluídos pacientes portadores de glaucoma ou com alterações corneanas. Medidas da pressão intraocular utilizando o tonômetro de aplanação de Goldmann foram realizadas uma semana antes e seis semanas após a blefaroplastia. Resultados: Dezenove pacientes (38 olhos) foram incluídos no estudo. A média (desvio-padrão) da pressão intraocular no período pré-operatório e pós-operatório foi de 14,0 (2,4) mmHg e 15,2 (2,6) mmHg, respectivamente. A média (intervalo de confiança de 95%) de aumento da pressão intraocular entre o período pré e o pós-operatório foi de 1,2 mmHg (0,4 a 2,0 mmHg) (P=0,003). Conclusões: A cirurgia de blefaroplastia promove um aumento leve na medida da pressão intraocular. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Roberta Lilian Fernandes de Sousa, Silvana Artioli Schellini, Denise Zornoff, Carlos Roberto Padovani Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Objetivo: Avaliar quais as condutas mais utilizadas no tratamento da cavidade anoftálmica no Brasil, possibilitando o conhecimento da realidade brasileira frente a esta afecção e compará-la à realidade mundial no tratamento da cavidade anoftálmica. Método: Estudo exploratório usando questionário eletrônico enviado pela Internet para oftalmologistas membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Órbita - SBCPO. As respostas obtidas foram transferidas para tabela Excel e avaliadas através de análise de aderência, utilizando o teste do Qui-quadrado. Resultados: Foram recebidos 56 questionários respondidos. Cinquenta e dois por cento dos entrevistados tratam cavidade anoftálmica frequentemente, com o uso de implante de esfera de polietileno de 18 mm de diâmetro em sua grande maioria. O revestimento da esfera é feito com esclera por 39 entrevistados (97,5%) e apenas 3 entrevistados já utilizaram implante acoplado com prótese externa. Quanto à anoftalmia ou microftalmia, 85% dos entrevistados fazem uso de expansores externos e 62,5% submetem a criança a cirurgia apenas depois de 3 anos de idade. Oitenta por cento dos entrevistados usam a técnica do enxerto dermoadiposo. Não houve diferença quanto ao uso ou não de antibiótico no portador de cavidade anoftálmica. Em relação à limpeza da prótese externa, 52,5% dos entrevistados orientam limpeza semanal com água e sabonete na sua maioria. O acompanhamento destes pacientes é feito semestralmente pela maior parte dos entrevistados. Conclusões: O tratamento da cavidade anoftálmica é frequente entre os membros da SBCPO, sendo a esfera de polietileno a mais utilizada, no tamanho de 18 mm. O uso de implante acoplado com prótese externa é raro entre os membros, e a grande maioria faz uso da técnica de enxerto dermoadiposo. O acompanhamento dos pacientes é feito semestralmente, e a limpeza da prótese externa orientada a ser feita com água e sabonete, semanalmente. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 47 9/9/2010, 11:55 47 PÔSTERES P 105 P 106 EFEITO DA TOXINA BOTULÍNICA NOS SINTOMAS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE EM PACIENTES COM DISTONIAS FACIAIS EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE OCULOPLÁSTICA NA SANTA CASA DE MOGI DAS CRUZES/ALTO TIETÊ DE 2007 A 2009 Eduardo Pantaleão Sarraff, Angelino Júlio Cariello, Juliana Filippi Sartori, Mariann Midori Yabiku, Tammy Hentona Osaki, Sidarta Keizo Hossaka, Carolina Isolani Pereira, Patrícia Y. Miyazato, Midori Hentona Osaki Graziela Moreira Ferreira de Aguiar, Ayla Bogoni, Rodrigo Ueno Takahagi, Ana Maria Noriega Petrilli Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi das Cruzes (SP) Objetivo: Avaliar o efeito da toxina botulínica nos sintomas de ansiedade e depressão em pacientes com distonias faciais. Método: Pacientes com blefaroespasmo essencial e espasmo hemifacial em atividade foram convidados a responder o questionário especifico “Hospital Anxiety and Depression Scale” (HADS). O HADS é composto por sete itens destinados para a avaliação da ansiedade (HADS-A) e sete para a depressão (HADS-D). Cada item pode ser pontuado de 0 a 3 e um ponto de corte de 9 pontos é estabelecido para o diagnóstico. Todos os pacientes foram tratados com toxina botulínica tipo A seguindo dosagem padronizada de aplicação. O questionário foi reaplicado pelo mesmo examinador 1 mês após o tratamento e as pontuações foram comparadas pelo teste T de amostras pareadas. Distúrbio de humor prévio e medicações que pudessem influenciar o resultado foram considerados critérios de exclusão. Resultados: Vinte e seis pacientes foram incluídos no estudo. Um paciente foi excluído da análise por perda familiar durante o tratamento. A idade variou de 38 a 93 anos com média de 67,9 ± 14,3 anos e a relação masculino:feminino foi de 0,3. Antes do tratamento 11 pacientes (44,0%) demonstravam sintomas de ansiedade associada a depressão, 4 pacientes (16,0%) somente ansiedade e 1 (4,0%) somente depressão. Após o tratamento 1 paciente (4,0%) apresentou sintomas de ansiedade associada a depressão, 1 paciente (4,0%) somente ansiedade e 2 somente depressão (8,0%). Houve uma diminuição da pontuação média com o tratamento de 10,1 ± 4,6 para 4,6 ± 3,2 na escala de ansiedade, e de 6,8 ± 4,6 para 3,2 ± 2,8 na escala de depressão (p<0,001). Conclusões: O tratamento da distonia facial melhorou os sintomas de depressão e ansiedade na maioria destes pacientes, sem a necessidade de tratamento específico para o transtorno de humor. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes do Alto Tietê atendidos no ambulatório de oculoplástica da Santa Casa de Mogi das Cruzes de outubro/ 07 a dezembro/09. Método: Análise dos prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório de oculoplástica da Santa Casa de Mogi das Cruzes de outubro/07 a dezembro/09 quanto: sexo, idade, diagnóstico e tratamento clínico ou cirúrgico realizados. Resultados: Dos pacientes estudados, 32,87% eram do sexo masculino e 67,12% do sexo feminino. Em relação à idade, 12,32% eram menores que 21 anos, 10,56% tinham entre 21 e 40 anos, 36,61% tinham entre 41 e 60 anos e 40,49% eram maiores de 60 anos. Olho direito acometido em 26,47% dos casos, olho esquerdo em 30,92% e ambos os olhos em 42,61%. Diagnósticos: entrópio em 3,17% dos olhos, ectrópio em 8,55%, triquíase ou distiquíase em 3,74%, ptose palpebral em 6,91%, obstrução de vias lacrimais em 14,12%; lesões palpebrais benignas em 25,64%; dermatocálase em 17%, xantelasma ou bolsão de gordura em 5,47%, entre outros. Destes, evoluíram para tratamento cirúrgico 90,75%. As cirurgias mais realizadas foram: dacriocistorrinostomia em 16,51%, blefaroplastia em 18,34%, "tarsal strip" ou Pokinsoff em 14,06%, correção de entrópio em 4,89%, a exérese de lesões benignas da pálpebra em 28,13%, correção de alterações ciliares em 3,97%, entre outras. Conclusões: A maioria dos pacientes era do sexo feminino e apresentava idade superior a 40 anos. Afecções palpebrais foram responsáveis pela maioria dos atendimentos, correspondendo a 69,61% dos casos (entrópio, ectrópio, ptose, lesões palpebrais benignas e malignas, dermatocálase, xantelasma, entre outras). Em 90,75% dos casos houve tratamento cirúrgico, sendo o maior volume relacionado às técnicas de blefaroplastia, "tarsal strip", ressecção do músculo levantador da pálpebra superior, Pokinsoff, Castanhares, reinserção de músculos retratores e rotação marginal. P 107 P 108 EVISCERAÇÃO: CAUSAS MAIS FREQUENTES DE INDICAÇÃO NO SETOR DE OFTALMOLOGIA DO HOSPITAL PADRE BENTO FOTOGRAFIA CLÍNICA PADRONIZADA: O PAPEL DO FLASH Paula Roberta Ferreira Martins, Beatriz Cerqueira Paiva Paiva, Lorenna Cristina Rodrigues de Oliveira, Karina Eiko Yamashita, Vanessa Maria Oliveira da Silveira Complexo Hospitalar Padre Bento - Guarulhos (SP) / Hospital Monumento - São Paulo (SP) Objetivo: Avaliar a prevalência das causas de evisceração no Serviço de Oftalmologia do Hospital Padre Bento de Guarulhos. Método: Foram avaliados retrospectivamente, 25 olhos eviscerados no período de maio de 2007 a junho de 2009, sendo observados sexo, idade, cirurgia prévia realizada, procedência, olho acometido e principais causas de evisceração. Resultados: Foi observado que a faixa etária mais envolvida foram os maiores de 60 anos; 60% das cirurgias foram realizadas em pacientes do sexo feminino, 56% haviam sido submetidos à cirurgia oftalmológica prévia, sendo 56% procedentes de nosso serviço. As causas encontradas foram endoftalmite, glaucoma, úlcera, trauma e phthisis bulbi. Conclusões: Mesmo com todos os avanços tecnológicos as causas mais frequentes de evisceração foram endoftalmite e glaucoma. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Igor Rodrigo Lins da Silva, Angelino Cariello, Daniel Meira-Freitas, Paula Leal dos Santos Barros, Midori Hentona Osaki, Giovanni André Pires Viana, André Luis Ferreira Pamplona, Ana Luisa Höffling-Lima Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Analisar possíveis interferências do flash na documentação fotográfica em cirurgia plástica ocular utilizando como modelo a pálpebra inferior. Método: Dez pacientes com indicação cirúrgica de blefaroplastia inferior foram convidados a participar. Fotografias padronizadas antero-posterior com e sem flash foram realizadas de cada paciente. Todas as fotografias foram tiradas com a mesma câmera, mantendo os mesmos parâmetros de foco, sensibilidade e equilíbrio de branco. Os pacientes foram recomendados a removerem acessórios como jóias ou óculos, usaram touca para manter o cabelo afastado da fronte e foram posicionados de acordo com plano horizontal de Frankfut. As fotografias foram apresentadas aos pares como pré (sem flash) e pós (com flash) de tratamento alternativo estético das pálpebras inferiores a três especialistas independentes que classificaram a melhora cosmética geral das pálpebras inferiores com base na escala visual analógica (EVA). Resultados: Todos os observadores descreveram melhora no resultado estético da primeira (sem flash) para a segunda (com flash) imagem. Apenas um paciente foi pontuado com zero (nenhuma mudança) por um dos observadores. A média de EVA para os três observadores independentes foram 6,0 ± 2,4, 6,3 ± 1,3 e 6,5 ± 0,7. Houve baixo grau de concordância entre os diferentes examinadores (CCI=0,36). Conclusões: O flash pode alterar a interpretação de resultados baseados na avaliação de fotografias médicas. Este estudo reforça a importância da normalização completa em fotografia médica, que deve ser continuamente perseguida tanto por médicos e círculos editoriais. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 48 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 48 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 109 P 110 IMPORTÂNCIA DA PROJEÇÃO AXIAL DO BULBO OCULAR NO ENTRÓPIO INVOLUCIONAL E NO ECTRÓPIO INVOLUCIONAL DA PÁLPEBRA INFERIOR PERFIL DOS PORTADORES DE CAVIDADE ANOFTÁLMICA ESTUDO NA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP Renato Wendell Ferreira Damasceno, Rubens Belfort Junior, Midori Osaki, Paulo Dantas, José Vital Filho, Angelino Cariello, Célia Sahtler Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Universidade de Erlangen-Nürnberg - Erlangen - Alemanha Kryscia Leiko Natsuaki, Silvia Narikawa, Silvana Artioli Schellini, Juliana Fruet, Carlos Roberto Padovani Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Objetivo: Definir a importância da projeção axial do bulbo ocular na patogenia do entrópio involucional e do ectrópio involucional da pálpebra inferior, usando o exoftalmômetro de Hertel. Método: Os pacientes foram divididos em 3 grupos: grupo 1, grupo 2 e grupo controle. O grupo 1 incluiu 45 pálpebras inferiores com entrópio involucional. O grupo 2 incluiu 44 pálpebras inferiores com ectrópio involucional. O grupo controle incluiu 80 pálpebras inferiores sem alteracäo da margem palpebral. Medidas da projeção axial do bulbo ocular (exoftalmômetro de Hertel) foram realizadas em todos pacientes. O teste t de Student foi utilizado para comparar as médias do grupo 1 e do grupo controle, e as médias do grupo 2 e do grupo controle. Pacientes com posicionamento palpebral anormal congênito, entrópio cicatricial, ectrópio mecânico, cicatricial ou paralítico, triquíase, distiquíase, síndrome da pálpebra frouxa ou cirurgia prévia de pálpebra inferior, conjuntiva ou órbita foram excluídos. Resultados: A projeção axial do bulbo ocular do grupo 1 (média=16,8, IC=1,4) foi significativamente menor que a do grupo controle (média=18,0, IC=2,0, p<0,05). A projeção axial do bulbo ocular do grupo 2 (média=19,4, IC=1,4) foi significativamente maior que a do grupo controle (média=18,0, IC=2,0, p<0,05). Conclusões: Enquanto os pacientes com bulbo ocular menos proeminente foram correlacionados com o entrópio involucional da pálpebra inferior, os pacientes com bulbo ocular mais proeminente foram correlacionados com o ectrópio involucional da pálpebra inferior. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico dos portadores de cavidade anoftálmica, acompanhados no serviço de Plástica Ocular da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, assim como a evolução dos pacientes com os tratamentos empregados. Método: Estudo retrospectivo, com dados coletados de prontuários dos portadores de cavidade anoftálmica atendidos no ambulatório de Plástica Ocular da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Os dados avaliados foram profissão e sexo, causa e idade da perda do olho, acuidade visual no olho contralateral, tipo de cirurgia realizada e complicações precoces ou tardias. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística. Resultados: Analisados dados de 76 pacientes, 52 homens e 24 mulheres. Não houve diferença significativa de ocorrência nas diferentes faixas etárias estudadas. Na população masculina a causa mais frequente foi o trauma, e na feminina foi phthisis bulbi. Foi observada uma ocorrência de 17,57% de aposentados seguidos por 14,87% de menores sem atividades profissionais. A maioria apresentou boa acuidade visual no olho contralateral. A frequência de enucleação foi igual à de evisceração e apenas um caso de anoftalmia congênita. As complicações foram observadas em 47,88% dos casos e, dentre essas, as complicações tardias foram observadas em 91,18%. O implante mais utilizado foi o de polimetilmetacrilato. Nesse estudo, 80% dos pacientes apresentaram bom aspecto estético final. Conclusões: A cavidade anoftálmica foi mais frequente na população masculina dentre os quais a causa mais encontrada foi o trauma ocular. A frequência de eviscerações e enucleações foi a mesma. O estudo revelou uma porcentagem elevada de complicações tardias, demonstrando que ainda precisamos dispor de meios mais adequados para a reconstrução dessas cavidades. Apesar disso, 80% dos pacientes desse estudo apresentaram bom aspecto da cavidade. P 111 P 112 AVALIAÇÃO DO PERFIL DA RETINOPATIA DIABÉTICA EM PACIENTES DIABÉTICOS DO 5º MUTIRÃO DO DIABETES DE ITABUNA-BA AVALIAÇÃO E CORRELAÇÃO DAS MICROANGIOPATIAS DIABÉTICAS NOS PACIENTES DO 5º MUTIRÃO DO DIABÉTICO DE ITABUNA - BA Rafael Ernane Almeida Andrade, Thaise Santos Andrade, Poliana Jesus Araújo, Eduardo Deda Mendonca Filho, Fernanda Oliveira Brito, Avio Mota Brasil Neto, Roseane Montargil, Anne Stephany Reis Costa, Renata Amaral Sant’anna, André Barbosa Castelo Branco Thaise Santos Andrade, Poliana Araújo, Ávio Neto, Fernanda Brito, Fábio Lordelo, Ane Costa, Renata Amaral, Neide Vinhático, André Barbosa Castelo Branco, Rafael E. Andrade Hospital de Olhos Beira Rio - Itabuna (BA) Objetivo: Correlacionar os casos de retinopatia diabética (RD) com indicação de laser com a presença ou não de nefropatia diabética. Método: Estudo transversal em que se avaliou 96 pacientes (144 olhos) com RD e indicação de tratamento a laser, diagnosticados através de oftalmoscopia indireta no 5º Mutirão do Diabético de Itabuna - BA. Foram divididos em três grupos: grupo 1 (portadores de edema de mácula sem RD grave); grupo 2 (RD grave sem edema macular); e grupo 3 (RD grave com edema macular). Realizou-se avaliação da pressão arterial e nefrológica laboratorial (hemoglobina glicosilada (HbA1c), proteinúria no sumário de urina, níveis séricos de creatinina nos três grupos. Resultados: Dos 96 pacientes analisados, 63,5% eram do sexo feminino, com média de idade de 59,3 anos e de tempo de diabetes de 15,5 anos; sendo 13,5% do tipo 1 e 86,5% do tipo 2. Dos pacientes, 50% eram insulino-dependentes e 71,9% referiram ser hipertensos, sendo a média da pressão arterial de 165/98 mmHg. A HbA1c estava alterada em 92,1% dos pacientes (média de 9,4%). No grupo 1, 35,9% dos pacientes apresentaram creatinina alterada (média de 1,2 mg/dL) e proteinúria presente em 50,8%. No grupo 2, a creatinina estava alterada em 59,3% dos casos (média de 1,7 mg/dL) e a proteinúria em 71,4%. No grupo 3, a creatinina estava alterada em 60% dos casos (média de 1,88 mg/dL) e proteinúria em 80%. Conclusões: Nesta amostra já com indicação de laserterapia, constatou-se uma alta prevalência de hemoglobina glicosilada alterada e níveis pressóricos médios muito elevados, fatores de risco importantes para a microangiopatia. Observou-se também que a proteinúria e creatinina mostraramse proporcionalmente maiores, quanto mais avançada a doença ocular, corroborando a relação já pré-estabelecida entre as microangiopatias diabéticas. Objetivo: Avaliar o perfil e a prevalência da retinopatia diabética (RD) correlacionando-a aos fatores de riscos, nos pacientes atendidos pelo 5º Mutirão do Olho Diabético realizado em Itabuna - BA. Método: Foram examinados 2.192 olhos de 1.113 pacientes diabéticos por uma equipe multidisciplinar no Mutirão do Olho Diabético realizado em Itabuna - BA. Foi aplicado um questionário padronizado analisando múltiplas variáveis (sexo, idade, tempo de diabetes, uso de insulina, entre outras). Todos os pacientes foram submetidos a mapeamento de retina. Os pacientes com indicação de laser foram submetidos a avaliação bioquímica. Resultados: Observou-se que 64,1% eram do sexo feminino, com média de idade de 59,7 anos, 22,3% eram usuários de insulina e 63,8% eram hipertensos. O tempo médio de diabetes foi de 9 anos, enquanto que nos pacientes com indicação de laser, foi de 15,5 anos. Sendo este, o primeiro exame de retina realizado em 43,7%. A prevalência de RD foi de 17,6% (386 olhos), sendo 50,3% com a forma não proliferativa leve; 22,8%, não proliferativa moderada; 2,9%, não proliferativa severa; 8% com a forma não proliferativa status pós-laser e 16,1% com a forma proliferativa. Foi indicado laser em 146 olhos de 96 pacientes (8,6%), destes 50% eram usuários de insulina, 71,9% referiram ser hipertensos, sendo constatada proteinúria em 56,8%, creatinina alterada em 39,6% e a média de hemoglobina glicosilada de 9,4%. Conclusões: A prevalência de retinopatia diabética no Mutirão do Diabético de Itabuna foi de 17,6% nos pacientes diabéticos, sendo que 8,6% dos diabéticos tiveram indicação de tratamento imediato, e apresentavam importante associação com hipertensão arterial, alteração renal e mau controle glicêmico, que são fatores que aumentam a morbi-mortalidade nestes pacientes. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Hospital de Olhos Beira Rio (HOBR) - Itabuna (BA) PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 49 9/9/2010, 11:55 49 PÔSTERES P 113 P 114 CONDUTAS REABILITACIONAIS INTERDISCIPLINARES PARA PESSOAS COM DISTROFIAS HEREDITÁRIAS DE RETINA CORRELAÇÃO DA PRESSÃO INTRAOCULAR INICIAL E CIRURGIA EM PACIENTES DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM OFTALMOLOGIA - UMC Zelia Zilda Lourenço de Camargo Bittencourt, Rita de Cássia I. Montilha, Maria Elisabete Gasparetto, Maria Ines R. Nobre, Sonia M. C. Arruda Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) / Faculdade de Ciências Médicas (UNICAMP) - Campinas (SP) Cristina Yumi Shimizu, Fabrício Mochiduky, Fabio Bronzatto, Ayla Bogoni, Pablo Rodrigues, Francisco Andrade, Aline Silva, Ana Maria Noriega Petrilli Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi das Cruzes (SP) Objetivo: Caracterizar a população com distrofias hereditárias de retina que procuram o Programa de Reabilitação do CEPRE e descrever as condutas reabilitacionais indicadas para essa população. Método: Estudo retrospectivo transversal com casuística extraída de banco de dados de um serviço de reabilitação para deficientes visuais adolescentes e adultos, no período de 2004 a 2009. As variáveis estudadas foram sexo, idade, tipo de deficiência, diagnóstico, com as quais se desenhou as características dessa população. Resultados: De 231 pacientes atendidos no período, verificou-se que 44 casos correspondiam a distrofias hereditárias de retina (DHR), entre as quais a retinose pigmentar (54,6%), doença de Stargardt (31,8%), síndrome de Usher (6,8%) e amaurose congênita de Leber (6,8%). A amostra foi constituída por 59% de sujeitos do sexo masculino e 41% do sexo feminino, a idade variou entre 14 e 69 anos, com média de idade de 39 anos (± 14,2). Durante o processo de reabilitação os pacientes foram atendidos por equipe interdisciplinar em grupo. O processo reabilitacional favoreceu a necessidade de cada indivíduo, mas, com enfoque no uso da visão residual e utilização dos recursos ópticos e não ópticos, além da ampliação das habilidades na realização de tarefas cotidianas como leitura e escrita, atividades ocupacionais e orientação e mobilidade. Realizou-se orientação familiar esclarecendo sobre o funcionamento visual de cada um e quanto à necessidade de acompanhamento por um profissional de genética, para condutas clínicas e de aconselhamento. Conclusões: Os profissionais que atuam na reabilitação precisam deter conhecimentos dessas distrofias e das limitações desses indivíduos para proporem as condutas reabilitacionais mais apropriadas para cada caso. O aconselhamento genético é também indicado nestes casos, pois o impacto de uma doença genética pode influenciar o futuro de uma pessoa e de toda uma família. Objetivo: Analisar o seguimento clínico e cirúrgico dos pacientes do setor de glaucoma do Curso de Especialização em Oftalmologia da UMC, de acordo com a pressão intraocular (PIO) na primeira consulta. Método: Realizou-se um estudo retrospectivo e descritivo de 536 prontuários de pacientes do setor de glaucoma do Curso de Especialização em Oftalmologia da UMC em Mogi das Cruzes, no período de julho de 1983 a março de 2010. Avaliaram-se dados epidemiológicos e dados do tratamento clínico e cirúrgico de 536 pacientes sendo estudados 1.001 olhos com acuidade visual variando de percepção luminosa a 20/20. Os olhos foram divididos em 4 grupos de acordo com a primeira medida da PIO: Grupo I - PIO menor que 21 mmHg, Grupo II - PIO entre 22 a 25 mmHg, Grupo III - PIO entre 26 a 29 mmHg e Grupo IV - PIO maior ou igual que 30 mmHg. Foi avaliado o número de pacientes de cada grupo e se houve a necessidade de tratamento cirúrgico, trabeculectomia (TREC) ou tubo de Ahmed e o tempo de seguimento clínico até a cirurgia. Resultados: No Grupo I, 62,84% dos pacientes apresentavam PIO menor que 21 mmHg. Destes, 9,38% necessitaram de TREC em um tempo médio de 23 meses; no Grupo II, 13,39% com PIO entre 22 e 25 mmHg. Destes, 26,12% fizeram TREC numa média de 27 meses; no Grupo III, 6,79% com PIO entre 26 a 29 mmHg. Destes, 25% fizeram TREC em média em 10 meses e no Grupo IV, 16,98% com PIO maiores que 30 mmHg. Destes, 35,88% realizaram TREC numa média de 8 meses. Conclusões: Concluiu-se pela análise que quanto maior a PIO inicial, maior a dificuldade de controle pressórico e maior o número de indicações cirúrgicas necessárias em um curto espaço de tempo. Observou-se também que a maioria dos pacientes com glaucoma chegam à primeira consulta com PIO menor que 21 mmHg, sendo necessário acompanhamento rigoroso para indicação de tratamento adequado ao menor sinal de glaucoma. P 115 P 116 EFICÁCIA DO TRV COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DE CEGUEIRA INFANTIL NO ESTADO DO CEARÁ PERFIL E DESTINO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA TRIAGEM DE OFTALMOLOGIA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO L.N.S. Bodendiek, I.C. Verçosa, A.A. Silva, R.M.P. Barroso, A.K.S. Soares Amélia Kamegasawa, Marcela Miguel Grando, Ruy Felippe Brito Gonçalves Missaka Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza (CE) Objetivo: Demonstrar a eficácia do TRV como método de triagem de doenças oculares que possam causar cegueira infantil. Método: Aplicou-se questionário aos acompanhantes das crianças encaminhadas ao Ambulatório de Oftalmopediatria do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) em sua primeira consulta no período de abril a dezembro de 2009. Resultados: Vinte e cinco acompanhantes foram entrevistados. Sessenta e quatro por cento das crianças tinham 2 anos de idade ou mais. Sessenta e quatro por cento eram do sexo masculino. Das alterações visuais ou comportamentais, 36% foram notadas pela mãe da criança. Quarenta por cento destas alterações foram percebidas na faixa etária de 0 a 2 meses. A principal alteração relatada foi a leucocoria (36%), seguida pelo estrabismo (24%), baixa visão (16%), nistagmo (8%), mudança de comportamento (8%) e associação de dois ou mais sinais citados anteriormente (8%). O primeiro médico a ser procurado foi o oftalmologista (68%), seguido pelo médico do PSF (24%) e pediatra (8%). Sessenta por cento dos acompanhantes afirmaram que o TRV havia sido feito em consultas anteriores, 20% negaram a aplicação do teste e 20% desconheciam a resposta. Quando o TRV foi anteriormente realizado, 48% haviam sido aplicados por oftalmologista. Oitenta e quatro por cento do acesso ao ambulatório foi obtido através de encaminhamento do oftalmologista. Em 64% dos casos, o tempo decorrido entre o encaminhamento e a primeira consulta no HGF foi menor ou igual a 30 dias. Trinta e dois por cento demoraram entre 2 e 5 meses e apenas um paciente demorou mais de um ano, motivado pela falta de mobilização da própria família. Conclusões: Os profissionais de saúde não-oftalmologistas ainda são pouco familiarizados com o TRV como método de triagem para enfermidades que possam comprometer a função visual das crianças. O ambulatório de Oftalmopediatria é referência no estado e sem barreira de acessibilidade, porém muitas crianças ainda chegam com idade avançada, o que dificulta ou atrasa o seu desenvolvimento visual, com repercussão negativa importante no rendimento escolar e na socialização. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico, incidência de morbidades e o destino dos pacientes atendidos na triagem de um serviço universitário. Método: Examinou-se de forma retrospectiva 481 fichas de pacientes atendidos em abril, julho, agosto e setembro de 2009. Analisou-se quanto à idade (menores ou igual a 7 anos e maiores que oito anos), sexo, origem (se demanda espontânea ou encaminhados de outros serviços de saúde públicos), HD e destino (encaminhamento para o ambulatório do serviço, para a rede pública ou retorno em data oportuna) As HD: ametropia, estrabismo, leucoma, triquíase, tumor extraocular, calázio, DR, retinopatia diabética, catarata, ceratocone, distrofia corneana, orbitopatia de Graves, ectrópio, DMRI, uveíte, pterígeo, conjuntivite alérgica, dermatocálase, tumor orbitário, glaucoma, oclusão venosa, retinopatia hipertensiva, olho seco e outros. Resultados: A maioria constituiu de maiores de 8 anos de idade (93,34%), do sexo feminino (61,67%), com origem no serviço público de saúde (59,43%). As causas mais prevalentes foram ametropia (44,58%, sendo 2,7% menores de 8 anos), catarata (9,82%), pterígeo (8,22%), retinopatia hipertensiva (5,53%), estrabismo (4,8%, sendo 2% menores de 8 anos), olho seco (3,71%), retinopatia diabética (3,63%, glaucoma (2,4%) e conjuntivite alérgica (2,1%). Quanto ao destino, 35, 49% foi resolvido, 35,93% encaminhado ao ambulatório e 28, 87% encaminhado à rede pública. Conclusões: A população consistiu na maioria de maiores de 8 anos de idade, encaminhados pelo serviço público de saúde, 35, 49% foi resolvido na triagem e 64,51% necessitou de encaminhamento. Embora grande parte dos atendimentos da triagem consista de problemas comuns da população adulta, foi também identificado contingente importante de problemas oculares na infância promovendo prevenção da ambliopia/cegueira, evidenciando grau significativo de resolutividade do serviço. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 50 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 50 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 117 P 118 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL ATENDIDAS NO SERVIÇO DE HABILITAÇÃO DO CEPRE - FCM - UNICAMP PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS DO PTERÍGIO EM COMUNIDADES RIBEIRINHAS DOS RIOS SOLIMÕES E JAPURÁ, AMAZONAS, BRASIL Maria Inês Rubo de Souza Nobre, Rita de Cássia Ietto Montilha, Maria Elizabete R. Freire Gasparetto, Sonia Maria de Paula Arruda, Zélia Zilda Bittencout, Roselilian da Cunha Pereira Lívia Adnet Ribeiro, Luiz Felipe Guaraná Ribeiro, Verônika Adnet Ribeiro, Paulo R. Castro, Filicio Doné, Abelardo Couto Jr., Fernanda Viana Duarte Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Instituto Benjamin Constant - Rio de Janeiro (RJ) / ONG Enxerga Brasil - Rio de Janeiro (RJ) Objetivo: Verificar perfil sociodemográfico de crianças com deficiência visual atendidas no programa de habilitação infantil do Cepre - FCM - Unicamp. Método: Realizou-se estudo retrospectivo descritivo por meio de levantamento de prontuários de crianças com deficiência visual, entre 4 e 12 anos, atendidas em programa de habilitação infantil do Cepre. As variáveis investigadas foram sexo, procedência, origem do encaminhamento, tipo e causa da deficiência visual e idade de procura pelo serviço de habilitação infantil. Foi elaborado banco de dados no programa Excel. Resultados: A amostra foi composta por 86 crianças. Houve leve predomínio do sexo masculino (56,0%). A maioria das crianças apresentava baixa visão (94,2%). Em 77,9% dos casos a deficiência visual teve origem congênita. Entre as causas da deficiência visual destacaram-se a retinopatia da prematuridade (23,3%), seguida de coriorretinite macular (18,6%) e catarata congênita (12,8%). O encaminhamento em 50,0% dos casos foi realizado por professores, e as crianças chegaram ao serviço com média de idade de 6,6 anos. A maior parte das crianças procedia de outros municípios do estado de São Paulo (57,0%). Conclusões: A maioria das crianças com deficiência visual atendidas no serviço apresentava baixa visão e foi encaminhada por professores. Considerou-se alta a média de idade para início de atendimento em habilitação visto que a maior incidência era de casos de deficiência visual congênita. Observa-se a necessidade de identificação precoce da deficiência visual para o imediato início de condutas que visem à orientação da família quanto à necessidade de intervenção precoce e inclusão escolar. Objetivo: Avaliar a prevalência e as características do pterígio em comunidades ribeirinhas dos Rios Solimões e Japurá, Estado do Amazonas, Brasil. Método: Foi realizado um estudo observacional, com o apoio da ONG Enxerga Brasil, da Petrobras e do Exército Brasileiro de julho de 2008 a abril de 2009 em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá. Os dados foram coletados por dois avaliadores em três expedições médico-oftalmológicas, que abrangeram 55 comunidades ribeirinhas, totalizando 1295 pacientes examinados, sendo 659 maiores de 18 anos. Os portadores de pterígio foram analisados através de um questionário abrangendo sexo, idade e atividade laborativa ao sol ou não. O tamanho da lesão foi quantificado em graus. Resultados: A prevalência do pterígio na população geral foi de 21,2%. A prevalência entre os maiores de 18 anos foi de 41,1%. A faixa etária mais acometida foi a que abrangia os pacientes de 41 a 50 anos. Dos portadores de pterígio, 42,2% eram do sexo feminino e 57,8% do sexo masculino. 89,5% dos pacientes acometidos pela lesão trabalhavam ao ar livre. Dos portadores de pterígio 75,6% apresentavam acometimento de ambos os olhos. Dos pacientes acometidos, 48,7% possuíam pterígio Grau 2, 44,0% apresentavam a lesão de Grau 1 e 5,4% de Grau 3. A lesão em Grau 4, foi encontrada em 1,8% dos pacientes. Dos olhos acometidos, 85,0% apresentavam somente pterígio nasal, 2,9% apresentavam somente pterígio temporal e 14,5% apresentavam pterígio temporal e nasal. Conclusões: Nosso estudo, nos rios Solimões e Japurá, revelou a existência de uma das maiores taxas de pterígio do mundo, em uma região que nunca havia sido avaliada. P 119 P 120 PERFIL DA EMERGÊNCIA OCULAR DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO DO NORDESTE DO BRASIL COMPARAÇÃO ENTRE AS MEDIDAS DA ESPESSURA CORNEANA NO PAQUÍMETRO ULTRASSÔNICO E NO TOMÓGRAFO DE COERÊNCIA ÓPTICA Leandro Mont Alverne Pierre, Paulo de Tarso Pontes Pierre Filho, Felisberto Bastos Pinheiro Neto, Erika Teles Linhares Pierre, Paulo Rogers Parente Gomes Fundação Altino Ventura (FAV) - Recife (PE) Objetivo: Avaliar o perfil dos atendimentos no serviço de emergência oftalmológica de um hospital terciário na cidade de Sobral, Ceará, Nordeste do Brasil. Métodos: Realizou-se um estudo em todos os pacientes atendidos no serviço de emergência do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de Sobral no período entre maio e outubro de 2008. Dados sobre idade e gênero dos pacientes, nível de escolaridade, origem, distância percorrida para chegar ao hospital, seguro de saúde, período entre os sintomas iniciais e o primeiro atendimento no hospital, origem do encaminhamento, diagnóstico e veracidade da emergência foram coletados durante entrevista e exame oftalmológico. Resultados: Mil e vinte e quarto pacientes foram analisados no estudo. A idade média dos pacientes foi de 31,5 ± 17,1 anos (variando entre zero e 81). Sessenta e cinco por cento dos pacientes pertenciam ao sexo masculino e 35% ao sexo feminino. Vinte e um por cento dos pacientes procederam de localidades distantes pelo menos 50 quilômetros da Santa Casa de Sobral. Traumas oculares (40,9%) de qualquer natureza foram a ocorrência mais comum, seguido por infecções (29%). Aproximadamente 45% dos casos não foram considerados uma emergência real e poderiam ser tratado em níveis primário e secundário de atendimento. Apenas 24% dos pacientes compareceram a emergência oftalmológica no mesmo dia do início dos sintomas. Conclusão: Muitos pacientes atendidos no serviço de emergência oftalmológica da Santa Casa de Sobral apresentaram doenças comuns, de simples resolução, o que pode ser reflexo de falhas na rede de atendimento primária e secundária. Certamente uma parcela destes pacientes poderia ter sido diagnosticada e tratada numa clínica oftalmológica ou por médicos gerais. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Antonio Eduardo Pereira, Moisés Tabosa, Ana Cláudia Pereira, Glauco Almeida, Talita Richards Andrade, Marcel Yoshida, Murilo Oliveira Hospital de Olhos de Mato Grosso do Sul - Campo Grande (MS) / Associação Beneficente Santa Casa de Campo Grande - Campo Grande (MS) Objetivo: Comparar a paquímetria central da córnea nos aparelhos paquímetro ultrassônico (Sonomed) e tomógrafo de coerência óptica (RTVue). Método: Estudo prospectivo, comparativo com 25 pacientes (50 olhos), sem doenças corneanas. A paquimetria foi realizada primeiro no tomógrafo de coerência óptica seguido pelo paquímetro ultrassônico. Foram feitas três medidas em cada aparelho. Foi aplicado o teste t de Student para comparar as medidas dos aparelhos e o desvio padrão para avaliar a variabilidade das três medidas em cada aparelho. Resultados: O aparelho ultrassônico apresentou média de 532,6 micra e no tomógrafo de coerência óptica 523,5 micra. A paquimetria ultrassônica foi significantemente maior (p<0,00001) do que a do OCT. A variabilidade das medidas no aparelho ultrassônico foi maior, sendo estatisticamente significante (p<0,00001). Conclusões: A paquimetria ultrassônica apresentou maior medida e variabilidade. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 51 9/9/2010, 11:55 51 PÔSTERES P 121 P 122 ELETROVISUOGRAMA AXONAL: ACHADOS EM INDIVÍDUOS NORMAIS AVALIAÇÃO DO ASTIGMATISMO CERATOMÉTRICO NOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE FACOEMULSIFICAÇÃO Wener Passarinho Cella, Marcos Ávila Marina Carvalho Gulin, Emilio de Almeida Torres Netto, Hamilton Moreira, Luis Henrique Zattar, Alexander Hashimoto, Lucas Antonio Almeida Torres, Mariel Perini Monclaro, Carlos Augusto Moreira Neto Universidade de Brasília (UNB) - Brasília (DF) / Centro Brasileiro da Visão Brasília (DF) Objetivo: Padronizar a técnica de realização do exame e estabelecer seus valores normativos. Método: Estudo descritivo com 140 indivíduos normais categorizados por sexo e idade. Para a padronização da técnica foi utilizado equipamento de eletrofisiologia ocular com cúpula de Ganzfeld para estimulação por flash luminoso conforme critérios da ISCEV. Foram utilizados eletrodos com cúpula de ouro acoplados a um pré-amplificador, sendo o eletrodo ativo posicionado a 2 cm do canto lateral do olho examinado e o eletrodo referência no lobo da orelha ipsilateral. Para a determinação dos valores normativos avaliaram-se a média (com desvio-padrão), a mediana, os valores mínimo e máximo e o intervalo de confiança de 95% das ondas. Para a análise estatística foram utilizados a ANOVA, o coeficiente de Pearson e o teste de Turkey. Resultados: O EVA é composto por uma onda inicial positiva P1 seguida de uma onda negativa N1. A diferença entre a amplitude de P1 e a de N1 foi denominada componente P1N1. A amplitude média de P1 foi de 2,0 μV e a amplitude média de N1 foi de -3,9 μV, enquanto a amplitude média do componente P1N1 foi de 5,8 μV. O tempo de culminação médio de P1 foi de 23,1 ms, o de N1 foi de 41,5 e o do componente P1N1 foi de 18,3 ms. Não foram encontradas diferenças na comparação entre os sexos e entre os olhos direito e esquerdo. O tempo de culminação de P1, de N1 e de P1N1 aumentam com a idade. Conclusões: O EVA é um potencial visual evocado por flash aparentemente originado nas camadas internas da retina. É um exame reprodutível e de fácil execução que pode ser utilizado para detectar disfunções retinianas independentemente de outros testes eletrofisiológicos. Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Objetivo: Avaliar a prevalência e distribuição de astigmatismo ceratométrico em pacientes submetidos à cirurgia de facoemulsificação no mês de março de 2010 no Hospital de Olhos do Paraná. Método: Estudo retrospectivo de 100 olhos de 63 pacientes submetidos à facoemulsificação por catarata. No pré-operatório foram avaliados idade, sexo e astigmatismo através da topografia computadorizada. O astigmatismo obtido pela topografia foi classificado em a favor da regra, contra a regra e oblíquo. Considerou-se a favor da regra aquele que tinha o eixo mais plano de 180 +/- 10 graus e contra a regra a topografia que evidenciava eixo mais plano de 90 +/- 10 graus. Os demais foram considerados como oblíquos. Também consideramos o astigmatismo significativo apenas nos olhos em que evidenciouse uma magnitude maior ou igual a 1,01 D. Resultados: A média de idade foi de 67,44 anos, variando de 11 a 86 anos. O sexo predominante foi o feminino com 40 pacientes (63,49%). Sexo masculino foram 23 pacientes (36,51%). O astigmatismo foi encontrado em 96 olhos (96%), porém foi significativo (maior ou igual a 1,01) em 34 olhos (34%). Em relação à magnitude, 26 dos 34 olhos (76,47%) tiveram variação de 1,01 a 2,00D, quatro dos 34 olhos (11,76%) entre 2,01 e 3,00 e outros quatro olhos (11,76%) com 3,01D ou mais. De maneira global, esta ametropia variou de 0 a 5,62 D. Através da análise do eixo encontrado, observamos que em 38,23% (13 olhos) o astigmatismo foi a favor da regra, em 32,35% (11 olhos) foi contra a regra e em 29,41% (10 olhos) encontramos o eixo obliquo. Conclusões: Astigmatismo significativo foi encontrado em grande parte (34%) dos pacientes que iriam se submeter a cirurgia de facoemulsificação por catarata. Isso tornase relevante uma vez que atualmente lentes intraoculares tóricas estão surgindo como uma nova opção de correção para esta ametropia. P 123 P 124 FOTOGRAFIA EM ARMAÇÃO COM RÉGUA MILIMETRADA, NOVO MÉTODO DE MEDIDA DA DISTÂNCIA NASOPUPILAR PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES SOBRE OS ERROS REFRACIONAIS DOS ALUNOS NO ENSINO FUNDAMENTAL Celso Marcelo da Cunha, Renato Bett Correia Samia Duarte Jorge Bezerra, Antonio Alexander Leite Simão Hospital Geral Universitário de Cuiabá - Cuiabá (MT) / Oftalmocenter Santa Rosa - Cuiabá (MT) Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte (FMJ) Juazeiro do Norte (CE) / Fundação Leiria de Andrade - Fortaleza (CE) Objetivo: O objetivo deste estudo é apresentar um método alternativo e seguro para medida da distância nasopupilar com baixo custo, utilizando câmera digital e armação de óculos com régua adaptada, e comparar os resultados ao pupilômetro. Método: Quarenta e quatro pacientes com idade entre 4 e 64 anos foram avaliados pelo mesmo examinador nos dois métodos. Os critérios de inclusão foram: acuidade visual de 20/30, ou melhor, em ambos os olhos, ortofóricos, e com biomicroscopia, e fundoscopia normais. Foi selecionada uma armação de acetato, ao qual não possui plaquetas móveis e foi montada uma régua milimetrada com abertura central para DNP. Resultados: A média da DNP para o método FDARM foi de 31,36 e 31,60 mm para OD e OE respectivamente, e no método pelo PRC de 31,53 e 31,60 mm. Os resultados mostraram boa concordância estatística entre os métodos, tendo um coeficiente de concordância de LIN de 0,9855. Conclusões: A boa concordância com o pupilômetro, o baixo custo, a fácil aplicação em crianças, validam o método proposto neste estudo como alternativa para medida da distância nasopupilar. Objetivo: Identificar percepções de professores do sistema público municipal de ensino, em relação aos erros de refração manifestados na idade escolar, visando à detecção precoce e posterior assistência a problemas oftálmicos de escolares. Método: Estudo transversal em população de professores de primeira série do ensino fundamental, nas escolas públicas da região sul do Ceará no município de Juazeiro do Norte. Aplicou-se questionário previamente estruturado a 64 professores distribuídos em 10 escolas da rede municipal. Resultados: A população apresentou média de idade de 39,4 anos e média de tempo de magistério de 15,2 anos. A maioria (73,4%) não recebeu orientação sobre saúde ocular nos últimos três anos. Os professores distinguiram mais corretamente os sinais de miopia (76,8%) do que os de hipermetropia (30,9%) e astigmatismo (27,9%). Proporção significativa (38,5%) apontou sinais e comportamentos indicativos da presença de miopia no escolar; 40,9% apontaram dificuldades na leitura e na escrita, para a criança hipermétrope sem correção óptica. Na criança astigmata as manifestações mais mencionadas foram “vista embaçada” (45,4%) e desinteresse por atividades que exigem esforço visual (40,9%). Os professores classificaram todos os erros de refração como agravos muito graves. Quando questionados acerca do interesse em se aprofundar sobre o assunto, tivemos 88,3% de resposta positiva. Conclusões: Foram evidenciados conhecimentos distorcidos e/ou insuficientes entre professores do ensino fundamental, a respeito de erros de refração manifestados na idade escolar, e um notável interesse em se aprimorar no assunto. Fato que deve subsidiar programas de treinamento para docentes, com a finalidade de melhorar o desempenho acadêmico de nossos estudantes. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 52 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 52 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 125 P 126 CORRELAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL DA MÁCULA NA RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA TRATADA COM LASER E TRIANCINOLONA EFICÁCIA DO BEVACIZUMAB INTRAVÍTREO EM PACIENTES COM MEMBRANA NEOVASCULAR SUB-RETINIANA SECUNDÁRIA À ALTA MIOPIA Otacílio de Oliveira Maia Júnior, Beatriz Sayuri Takahashi, Bruno de Paula Freitas, Cíntia Maria Felix Parcero Medrado, Mário Luiz R. Monteiro, Walter Yukihiko Takahashi Lisa Mariel Vásquez Ramírez, Fernando Chaves, Daniel Kamlot, André Barros, Denise Camara Barcellos, Sergio Pimentel, Walter Takahashi, Thiago Martins, Paulo Zantut Hospital São Rafael - Fundação Monte Tabor - Salvador (BA) / Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Correlacionar acuidade visual e medidas de espessura macular central de pacientes com retinopatia diabética proliferativa (RDP) moderada tratados com laser e triancinolona. Método: Estudo prospectivo intervencionista. Vinte e oito olhos de 28 pacientes com RDP moderada, sem qualquer tratamento prévio, foram submetidos à panfotocoagulação retiniana (PRP) segundo EDTRS. Pacientes portadores de edema macular foram submetidos inicialmente a laser focal na mácula e depois a PRP. Todos receberam única aplicação de 4 mg de triancinolona intravítrea (Kenalog®) após 3 semanas de tratamento com laser. Acuidade visual com melhor correção, retinografia e medidas de espessura macular central (MEMC) por meio de tomografia de coerência óptica (Stratus OCT, modelo 3000, Carl Zeiss Meditec) foram realizadas em todos os pacientes antes do tratamento e no mês 1, 3, e 6 do tratamento. Resultados: Antes do tratamento, a média das MEMC foi 326 ± 101,1 µm, e a da acuidade visual foi de 0,37 ± 0,20. A MEMC diminuiu significativamente para 242,2 ± 35,1 (P<0,001), 231,4 ± 31,2 (P<0,001) e 231,4 ± 33,2 µm (P<0,001) no 1º, 3º e 6º meses (Wilcoxon). Acuidade visual melhorou para 0,20 ± 0,13 (P<0,001), 0,15 ± 0,09 (P<0,001), e 0,14 ± 0,08 (P<0,001) no 1º, 3º e 6º meses (Wilcoxon). Houve forte correlação entre a melhora da acuidade visual e redução da média das MEMC (p=0,527, P=0,004) (p=0,423, P=0,025) (p=0,564, P=0,002), no 1º, 3º e 6º meses (correlação de Spearman). Conclusões: Os resultados sugerem forte correlação entre redução das medidas de espessura macular e melhora da acuidade visual nestes pacientes sem tratamento prévio da retinopatia diabética submetidos à associação de laserterapia e triancinolona. Objetivo: Avaliar a eficácia e o intervalo entre as aplicações de injeções intravítreas do bevacizumab nas membranas neovasculares sub-retinianas (MNVSR) dos altos míopes. Método: Estudo prospectivo onde foram avaliados 12 olhos com alta miopia complicados com MNVSR acompanhados com acuidade visual (ETDRS), sensibilidade ao contraste (VCTS e Pelli-Robson), angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica (OCT), a cada 6 semanas, e tratados com injeções intravítreas de 0,05 ml de bevacizumab segundo a necessidade, num período de dez meses. Resultados: Dos 12 olhos estudados, 58,33% conseguiram estabilidade da MNSR com uma a três aplicações, considerando estável o paciente que não precisou reinjetar num intervalo maior ou igual a 6 meses. Os 41,67% restantes, tornaram-se dependentes da medicação, sendo que, a maioria destes, precisou reinjetar num intervalo de médio de quatro meses. O ganho de letras pelo ETDRS foi de 9 letras aos dois meses e 19,35 letras ao final dos dez meses. Conclusões: A melhora da acuidade visual (AV) sempre foi significativa em relação à AV préinjeção, mesmo o paciente apresentando MNVSR ativa ao final da pesquisa e evolução prolongada dos sintomas prévios à injeção. Esta melhora da AV se viu limitada em alguns casos por fibrose retiniana e alterações do EPR. Cabe destacar a elevada porcentagem de dependência do medicamento (41,67%). Os intervalos das reaplicações requeridas pelos pacientes no estudo foram mais prolongadas em comparação às MNVSR de pacientes com DMRI. P 127 P 128 EFICÁCIA DO BEVACIZUMAB INTRAVÍTREO EM PACIENTES COM MNVSR SECUNDÁRIA À DISTROFIA VITELIFORME DO ADULTO EPIDEMIOLOGIA DA ENDOFTALMITE EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA Denise Camara Barcellos, Sérgio Pimentel, Walter Takahashi, Thiago Martins, Lisa Mariel Vásquez Ramírez, Daniel Kamlot, Paulo Zantut, André Barros, Fernando Chaves Marcelo Mendes Lavezzo, Cristiana Dumaresq de Oliveira, Sérgio Luís Gianotti Pimentel, John Helal Júnior, Walter Yukihiko Takahashi Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Endoftalmite é uma inflamação intraocular potencialmente destrutiva, podendo levar à perda completa da visão. O tratamento deve ser instituído o mais precocemente possível, a fim de que haja melhor recuperação visual final. O objetivo do trabalho foi realizar levantamento dos casos de endoftalmite internados, bem como sua evolução clínica, após a terapêutica adotada. Método: Estudo retrospectivo de casos de endoftalmite internados no período de janeiro a dezembro de 2008. Foram analisados dados epidemiológicos e detalhes do tratamento instituído. Resultados: Foram analisados 41 casos confirmados de endoftalmite. Houve predomínio de casos pós-facectomia (48,8%) e endoftalmite endógena (39%). O tratamento clínico foi feito em 34,1%, a vitrectomia via pars plana em 31,7% e a evisceração em 31,7%. A amaurose do olho acometido foi observada em 36,6% dos casos. Conclusões: A endoftalmite é uma doença grave que resulta em consequências devastadoras. Estudos epidemiológicos que caracterizem o perfil clínico destes pacientes, bem como informações sobre o tratamento adotado e a evolução são importantes para a formulação de um planejamento mais adequado para o controle desta afecção e de suas sequelas. Objetivo: Avaliar a eficácia e o intervalo entre as aplicações da injeção intravítrea de bevacizumab em pacientes com distrofia viteliforme do adulto complicada com membrana neovascular sub-retiniana (MNVSR). Método: Estudo prospectivo onde foram avaliados 4 olhos com distrofia viteliforme do adulto complicados com MNVSR, acompanhados com acuidade visual (ETDRS), sensibilidade ao contraste (VCTS e Pelli-Robson), angiofluoresceinografia (AGF) e tomografia de coerência óptica (OCT), a cada 6 semanas, e tratados com injeções intravítreas de 0,05 ml de bevacizumab segundo a necessidade, num período de 12 meses. Resultados: Todos os 4 olhos conseguiram estabilidade da MNVSR com 2 a 4 aplicações de bevacizumab. Não houve reativação da MNVSR no período de 12 meses. Todas as membranas eram do tipo clássica pela AGF. Conclusões: Estas membranas, diferentemente da maioria das MNVSR pela DMRI, foram todas do tipo clássica e conseguiram estabilidade rapidamente, sem reativação a médio prazo e sem dependência da medicação. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 53 9/9/2010, 11:55 53 PÔSTERES P 129 P 130 FREQUÊNCIA E GRAVIDADE DA RETINOPATIA DIABÉTICA EM PACIENTES DIABÉTICOS SOB HEMODIÁLISE NUM HOSPITAL DE REFERÊNCIA INCIDÊNCIA DE RETINOPATIA DIABÉTICA E PERFIL DOS PACIENTES DIABÉTICOS DO AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA DA UNIVERSIDADE Ana Karina Pinto Barbosa, Antoniele Navarro, Alexandre Ventura, Ericson Gouveia, Ana Paula Tavares Rodrigo Alves Ferreira Rossini, Antonio Carlos Correia Coelho Junior, Francielle Gomes Machado, Fernando Marquez Borges, Isis Marques Montenegro, Fabricio Reis, Francyne Veiga Reis, Rafaella Fernandes, Maria Raquel M. Garutti, Letícia M. Videira Hospital de Olhos Santa Luzia - Recife (PE) Objetivo: Avaliar a presença e gravidade da retinopatia diabética em pacientes diabéticos sob hemodiálise em um hospital de referência. Também foram analisados a acuidade visual dos pacientes, a associação da retinopatia com o tempo de diagnóstico do diabetes e controle glicêmico, além da coexistência de outras alterações oculares. Método: Estudo observacional, transversal, de pacientes diabéticos com doença renal crônica terminal. Dezesseis pacientes selecionados submeteram-se à realização de exame oftalmológico e dosagem de hemoglobina glicada. Dados como tempo do diabetes e tempo de hemodiálise foram coletados de seus respectivos prontuários. Resultados: A retinopatia diabética foi evidenciada em 80% dos pacientes avaliados, destes 40% apresentaram retinopatia diabética proliferativa e 40% retinopatia diabética não proliferativa. Dentre outras alterações oculares encontradas, as principais foram catarata em 68,75% e hipertensão intraocular/glaucoma em 37,5%. Em relação à acuidade visual, foram avaliados 30 olhos com 50% apresentando acuidade ≥ 20/60, 10% entre 20/60 e 20/200 e 40% ≤ 20/200. O controle glicêmico foi considerado inadequado em 57% dos diabéticos, com níveis de hemoglobina glicada acima de 6,5%. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa da presença de retinopatia com tempo de diabetes (p=0,08) ou com níveis de hemoglobina glicada (p=0,56). Esta associação, entretanto, é clara na literatura, devendo este achado ser decorrente do pequeno tamanho da amostra. Conclusões: Os resultados evidenciaram frequência da retinopatia similares às descritas na literatura para a população portadora de nefropatia. Foi encontrada elevada ocorrência de baixa de acuidade visual, justificada tanto pela retinopatia, como pelas outras patologias oculares associadas, refletindo um controle metabólico insuficiente e uma assistência oftalmológica inadequada. Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) - Ribeirão Preto (SP) Objetivo: O trabalho avalia pacientes diabéticos, determinando-se o perfil desses pacientes no nosso ambulatório e a incidência de retinopatia diabética como complicação. Método: Através de um protocolo estabelecido, foram revisados 300 prontuários dos pacientes diabéticos atendidos no setor de endocrinologia da UNAERP. Resultados: Nesta análise, dentre vários outros achados, 30% dos pacientes apresentaram algum grau de retinopatia diabética (RD), sendo que 36,6% tinham RD não proliferativa e 50,1% RD proliferativa. Conclusões: Concluímos ser de extrema importância o acompanhamento dos pacientes diabéticos pelo oftalmologista e a conscientização dos mesmos quanto ao risco de perda da visão e da necessidade de controle adequado da glicemia. P 131 P 132 PERFIL DOS FATORES DE RISCO E GRAVIDADE DE RETINOPATIA DIABÉTICA EM DIABÉTICOS TIPO 2 Daniela Osório Alves, Fabio Lavinsky, Gelline Maria Haas, Jacó Lavinsky PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À INJEÇÃO INTRAVÍTREA DO AMBULATÓRIO DE RETINA DO SUS DO HBO-POA Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) - Porto Alegre (RS) / Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) Karin Linck Scheid, Adrio Bonini Azeredo, Douglas Weiss, Luiza Caye, Aline Schuch, Humberto Lubisco Filho Objetivo: Observar a prevalência dos fatores de risco para RD, associandoos com a presença e gravidade da mesma (proliferativa ou não) nos pacientes com DM tipo 2 atendidos no Centro de Referência Oftalmológico em Retinopatia Diabética (CRRD) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Método: Estudo transversal, em pacientes encaminhados ao CRRD, a partir da ficha padronizada de avaliação preenchida na primeira consulta por uma enfermeira e um médico Oftalmologista Fellow em Retina, entre 2004 e 2009. Resultados: Num total de 602 pacientes encaminhados ao CRRD até março de 2009, 193 foram excluídos por terem diagnóstico de DM tipo I ou falta de dados. Então, este trabalho conta com 409 pacientes. Nos pacientes com diagnóstico de RDNP (n=186 - 45,5%), a HAS e a dislipidemia são os fatores de risco mais encontrados, com 72,6% (p=0,064) e 41,9% (p=0,000) respectivamente. Já entre os pacientes com RDP (n=179 43,8%), além dos fatores de risco já citados (68,5% hipertensos e 25,7% dislipidêmicos), a doença renal aparece em 12,8% (p=0,58). Entre aqueles com ausência de RD (n=41 - 10%), os fatores de risco mais prevalentes foram: dislipidemia (39%), HAS (60,9%) e outras doenças oculares (17,1%; p=1,000). Conclusões: Nossos resultados - parciais - mostram que os fatores mais prevalentes na literatura também foram encontrados na nossa amostra. Mais da metade dos pacientes dos três grupos apresentam HAS e mais de um quarto apresentam dislipidemia, sendo esta mais prevalente no grupo com RDNP (p=0,000). A RDP geralmente está associada a lesões em outros órgãos-alvo, como vimos na nefropatia. Como nosso estudo está em andamento, no futuro apresentaremos mais dados, possibilitando novas conclusões. Ressaltamos a importância do controle dos fatores de risco no DM para melhor qualidade de vida desses pacientes, bem como a relevância de um centro como o nosso para auxiliar nesse atendimento. Reconhecemos ainda a necessidade de métodos mais objetivos para diagnosticar as comorbidades dos pacientes atendidos no CRRD. Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Objetivo: O número de doenças retinianas tratáveis por injeção intravítrea vem crescendo nos últimos anos, mais especificamente após a difusão do uso da triancinolona e dos anti-VEGF´s, em especial o bevacizumab (Avastin). Raramente essas estão disponíveis aos pacientes do SUS, tornando o tratamento destas doenças restrito. Objetiva-se descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a injeções intravítreas realizadas no Serviço de Retina do SUS do Hospital Banco de Olhos (HBO), suas indicações e principais doenças. Método: Estudo transversal de revisão de prontuários quanto às variáveis: idade, sexo, olho, doença, acuidade visual, pressão intraocular, numero de aplicações e droga em uso (Avastin ou triancinolona). Doses de triancinolona foram disponibilizadas pelo HBO e de Avastin foram doadas por pacientes que receberam a droga por via judicial. Resultados: Foram realizadas 111 injeções intravítreas em 82 pacientes durante o ano de 2008, sendo 58 (70%) pacientes recebendo Avastin, 20 triancinolona e 4 pacientes usando ambas as drogas. Deste total, 50 (61%) com cegueira legal, 27 com visão subnormal e 15 com visão melhor que 20/60. A média de idade dos pacientes foi de 60,99 anos, sendo 50 (61%) pacientes do sexo masculino. A doença mais frequente foi retinopatia diabética proliferativa em 54 pacientes (53,6%), seguida por MNVSR em 16 pacientes (19,5%) e os demais entre doença de Coats (1), glaucoma neovascular (2), OVCR (7) e telangectasias (2). Quarenta e cinco pacientes (54,8%) não tinham qualquer tratamento prévio da sua patologia ocular no momento da aplicação. Conclusões: Os dados encontrados concordam com os disponíveis na literatura mundial, e a intenção dos autores é expor a importância da disponibilidade de medicação intravitrea como triancinolona e anti-VEGF’s para os pacientes do SUS que não seriam tratados da melhor forma possível se esta não estivesse disponível. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 54 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 54 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 133 P 134 RECOVERY OF THE ELECTRORETINOGRAM B-WAVE AMPLITUDE AFTER BLEACHING IN EARLY AMD SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO COMPUTADORIZADA E MANEJO DE DADOS EM REPETIDAS INJEÇÕES DE ANTI-VEGF OU CORTICOSTERÓIDES Paulo Igor Rauen, Rodrigo Jorge, André Messias, Rubens C. Siqueira Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Purpose: There is psychophysical evidences for alterations of dark adaptation in early stages of age related macular degeneration (eAMD). This study aimed to examine the kinetics of dark adaptation using Ganzfeld electroretinography (ERG) in patients with eAMD. Methods: Eighteen eAMD patients (30 eyes) and 10 normally sighted subjects (CTRL) were included. eAMD patients showed either macular druses and/or foveal retinal pigment epithelium changes and preserved visual acuity (20/30 or better). ERGs were recorded using DTL electrodes in a Ganzfeld-system (Espion E2 system; Diagnosys LLC). ERG waveforms to brief flashes (4 ms) with stimulus intensity of 0.01 cd.s/m2 (ISCEV ROD) were recorded before (pre-bleaching or baseline), and every 2 minutes after the exposure to a bleaching illumination (600 cd/m2 for 4 min) for 21 minutes to assess recovery. Results: Mean ± SD b-wave amplitude at baseline was 308.2 ± 51.6 µV in CTRL and 276 ± 11.2 in eAMD (P=0.08; t-test). The response waveforms following bleaching exposure were diminished, and b-wave amplitude was kept below of 20% of the baseline amplitude for about 5 minutes, thereafter recovered at a rate of approx. 10% per minute in an exponential pattern. No statistically significant changes were observed for the b-wave amplitude ratio (post-bleaching/baseline) at any time-point during the recovery period. The mean ± SD time to reach 50% of baseline amplitude was 11 ± 2 min in CTRL and 12 ± 3 min in eAMD. Conclusions: In our study, kinetics of darkadaptation derived from ERG recordings were not statistically different between patients with early AMD and normal subjects. Renata Portella Nunes, Patricia Galeti Nehemy, Eduardo Buchele Rodrigues, Carsten H. Meyer, Michel Eid Farah, Mauricio Maia, Octaviano Magalhaes Jr. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Objetivo: Apresentar um registro médico eletrônico detalhado para documentar as principais características dos pacientes que recebem injeções intravítreas consecutivas. Método: O formulário de registro eletrônico é um modelo personalizado de inserção de dados com apresentações gráficas, campos de texto narrativo flexível onde é possível resumir todos os parâmetros relevantes como: acuidade visual, tomografia de coerência óptica (OCT), angiofluoresceinografia, achados biomicroscópicos e tratamento de dados de visitas sequenciais. Uma coluna é projetada para cada visita em separado. Resultados: O modelo é baseado em um banco de dados do Microsoft Access com interfaces de entrada de dados personalizadas, que permitem o armazenamento eletrônico para posterior análise estatística e gráfica. O programa está também ligado ao Heidelberg EyeExplorer permitindo revisão de todas as imagens digitais do Spectralis HRA + OCT diretamente na mesma tela. O modelo opera em 11 idiomas, criando uma plataforma que permite uma comparação dos resultados de diferentes países. Conclusões: O formulário de registro eletrônico estruturado destaca os parâmetros essenciais das consultas consecutivas. Pode facilitar o manejo do paciente, em particular em ambientes de grande volume, diminuindo o tempo e a carga de trabalho, enquanto aumenta a eficiência do tempo gasto na avaliação do paciente. O novo formulário de registro eletrônico irá guiar o médico no algoritmo de decisões a favor ou contra injeções adicionais. P 135 P 136 ACHADOS EPIDEMIOLÓGICOS DO TRAUMA OCULAR AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE URGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS DOS MÉDICOS RESIDENTES DO HMCP Sergio Henrique Nascimento Moreira, Sarah La Porta Weber, Lorena Galhardo Galhardo, Bruna Lana Ducca, Niro Kasahara Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) Objetivo: Descrever as características epidemiológicas do trauma ocular no nosso serviço. Método: Foram analisados prospectivamente 160 pacientes, vítimas de trauma ocular, atendidos no serviço de oftalmologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, de fevereiro de 2008 a março de 2009. Excluímos do estudo pacientes politraumatizados ou com idade inferior a 18 anos. Foram avaliados dados referentes a sexo, idade, raça, profissão, olho acometido, circunstância do trauma, tipo de trauma e necessidade de intervenção cirúrgica imediata. Resultados: O resultado da análise dos 160 pacientes mostrou que 152 (95%) eram do sexo masculino e 8 (5%) do sexo feminino. A média de idade foi de 39 ± 12 anos, variando de 18 a 70 anos. Em relação a raça, 90 (56%) eram brancos, 50 (31%) pardos e 20 (13%) negros. Quanto à circunstância do trauma, 101 (63%) ocorreram no trabalho, 24 (15%) em domicílio, 22 (14%) durante esporte e lazer, 11 (7%) no trânsito e 2 (1%) em outras atividades. De acordo com a lateralidade, o olho esquerdo foi acometido em 57% dos casos, o olho direito em 41% e os dois olhos em 2% dos casos. Considerando o tipo de trauma, 73 (45%) foram por corpo estranho superficial, 30 (19%) por trauma contuso, 25 (16%) por trauma penetrante /perfurante, 6 (4%) por trauma químico e 26 (16%) por outros tipos de trauma. Dentre as profissões relatadas pelos pacientes, as mais prevalentes foram pedreiro, mecânico e serralheiro, correspondendo a 31 (19%), 17 (10%) e 15 (9%) casos, respectivamente. Um total de 36 casos (32%) necessitaram de intervenção cirúrgica imediata, sendo a sua maioria causada por trauma perfurante ou penetrante (23 casos). Conclusões: Dada a elevada prevalência e magnitude dos traumas oculares, faz-se necessário o desenvolvimento e implantação de programas educativos visando a prevenção desta condição, principalmente em ambientes de trabalho. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Aline Siqueira Talarico, Patrícia M. Kange, Denice B. Campoli, Vivian Keese, Mayra C. de S. Leite, Letícia A. N. Borges, Lorena B. Ribeiro, Thiago S. Queiroz, Alexandre P. Rueda, Mônica Alves Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre urgências oftalmológicas (UO) dos médicos residentes do Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Método: Estudo de delineamento transversal entre os médicos residentes. Baseado em questionários padronizados. Com a 1ª parte de autoavaliação sobre experiência, conhecimento e segurança no atendimento de UO e, a 2ª parte de 10 questões sobre situações clínicas para avaliação de diagnóstico e estratégia terapêutica. Resultados: Participaram 56 residentes, 57,14% relatavam já ter atendido algum tipo de UO e 76,36% não se sentiam seguros ao fazer atendimentos oftalmológicos. Os principais fatores reportados como razão da insegurança foram: 86,14% pouca prática, 41,07% pouco conhecimento teórico, 30,35% pouca informação sobre oftalmologia na graduação, 16,07% consideram-se desinteressados pelo assunto e 1,66% diziam-se inseguros devido aos riscos que poderiam trazer ao paciente. Na autoavaliação, os resultados foram: queimadura química, 62,5% conhecimento regular, 21,42% bom e 16,07% insuficiente; trauma ocular 57,14% regular, 25% insuficiente e 17,85% bom; perfuração ocular 51,85% regular, 29,62% insuficiente e 18,51 bom; fratura de órbita 53,57% insuficiente, 30,35% regular e 16,07% bom; glaucoma agudo 51,78% insuficiente, 44,64% regular e 3,57% bom e infecções orbitárias e/ou oculares 55,35% regular, 25% insuficiente e 19,64% bom. A média de acertos nas questões foi de 6,68. Conclusões: Os dados refletem pontos críticos no conhecimento sobre UO em médicos residentes. A insegurança é reflexo de prática e conhecimento teórico insuficientes. Os resultados obtidos serão utilizados para realização de cursos sobre UO na PUC-Campinas, organizados pela Liga de Oftalmologia, voltados para médicos recém-formados. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 55 9/9/2010, 11:55 55 PÔSTERES P 137 P 138 AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE URGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS EM ESTUDANTES DA FACULDADE DE MEDICINA DA PUC - CAMPINAS CAUSAS DE EVISCERAÇÃO E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES NA FUNDAÇÃO ALTINO VENTURA Carolina Roman Rached, Tiago Cena de Oliveira, Camila Lacerda Muniz de Melo Souza, Fernanda Proa Ferreira, Isabela Minozzi Escudeiro, Lilian Pagano Mori, Beatriz Helena de Moraes Milioni, Juliana Cixi Barbosa Xavier, Renan Radaeli de Figueiredo, Mônica Alves de Paula Fundação Altino Ventura (FAV) - Recife (PE) Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) Objetivo: Avaliar o conhecimento sobre urgências oftalmológicas (UO) dos alunos de graduação da Faculdade de Medicina da PUC-Campinas. Método: Estudo de delineamento transversal entre estudantes de graduação em Medicina do primeiro e último anos. A pesquisa foi baseada na coleta de dados de questionários padronizados contendo informações sobre o participante, uma autoavaliação do conhecimento em UO e questões expondo situações clínicas. Resultados: Na autoavaliação, os estudantes graduaram seus conhecimentos em bom, regular e insuficiente, sendo no primeiro ano a média de 2,62% bom, 14,29% regular e 83,10% insuficiente e no último ano: 26,53% bom, 43,20% regular e 30,27% insuficiente. Nas questões sobre trauma ocular (queimaduras químicas, trauma contuso, perfurações oculares, corpo estranho e fratura de órbita), responderam corretamente 55,71%, 42,86%, 64,29%, 7,14% e 50% dos estudantes do primeiro ano e, no último ano, 93,88%, 55,10%, 81,63, 12,24%, 51,02%, respectivamente. Nas questões referentes às infecções oculares (conjuntivite, ceratite, celulite e uveíte), os estudantes do primeiro ano responderam corretamente 87,14%, 57,14%, 77,14% e 61,43% e os estudantes do último ano, 93,88%, 48,98%, 55,10%, 59,18%, respectivamente. E na questão sobre glaucoma agudo, 45,71% dos alunos do primeiro ano obtiveram acerto e no último ano, 75,51%. Conclusões: Este estudo reflete deficiências no conhecimento de UO na graduação. Estratégias de ensino curricular e extracurricular devem ser desenvolvidas para intensificar o conhecimento teórico e incentivar a vivência prática da disciplina e suas interações com outras áreas. O desenvolvimento deste projeto constituiu parte das atividades realizadas pelos alunos da Liga de Oftalmologia. Rafaela Faria Neves Aguiar, Ana Raquel Almeida Holanda, Olga Maria Calou Thé Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes da Fundação Altino Ventura submetidos à evisceração e o reconhecimento das afecções relacionadas a este procedimento. Método: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e com análise retrospectiva de prontuários. Os dados foram obtidos através dos prontuários médicos preenchidos na Fundação Altino Ventura (FAV). Foram incluídos os dados referentes à idade, sexo, causa da evisceração e a emergência dos casos dos 105 pacientes operados em 2009 até o mês de novembro. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da FAV. Resultados: A idade variou de zero a 93 anos, com média de 54,7 anos (DP ± 25,43 anos). Sessenta e seis (62,8%) eram do gênero masculino e 39 (37,1%) do feminino. A causa mais frequente foi a endoftalmite com 43 casos (40,9%), principalmente secundário à úlcera de córnea com 23 operados. A segunda causa foi o trauma com 37 pacientes (35,23%). Noventa e sete (92,6%) das cirurgias foram emergenciais. Conclusões: A principal causa de evisceração corresponde à endoftalmite. O sexo masculino foi mais submetido à evisceração. As indicações cirúrgicas de emergência predominam em relação às eletivas. P 139 P 140 ANÁLISE DE 31 CASOS DE ESCLERITE - EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO DE REUMATO-OFTALMOLOGIA TUBERCULOSE OCULAR: RESPOSTA OFTALMOLÓGICA AO TRATAMENTO ESPECÍFICO Andreo Garcia Morante Parra, Ramiro Magalhães Ribeiro, Fernando Heidi Miyazaki, Thelma Skare, Marcelo Luis Gehlen, Luis Henrique Stroparo Jr. Adriana Figueiredo Reis, Christiane Benevenuti Govea, Joyce Hisae Yamamoto, Helio Angotti, Edilberto Olivalves, Carlos Eduardo Hirata, Olavo Leite, Jessica Fernanades Ramos Universidade Evangélica do Paraná - Curitiba (PR) Objetivo: Relatar a experiência de três anos de um ambulatório conjunto de Reumato-Oftalmologia no diagnóstico e acompanhamento de pacientes com esclerite. Método: Todos os pacientes atendidos no ambulatório de Oftalmologia do HUEC com diagnóstico de esclerite no período de janeiro de 2007 a novembro de 2009 foram encaminhados para o ambulatório de Reumato-Oftalmologia para avaliação oftalmológica e clínica em busca de sinais e sintomas de doenças sistêmicas. Resultados: Dos 31 casos identificados, foi possível identificar uma doença subjacente em 59% das vezes. Apareceram doenças reumáticas em 32,2%, infecciosas em 19,3% e neoplásicas em 6,4%. Foram 11 homens e 20 mulheres. A média de idade foi de 51 anos, variando de 16 a 85 anos. No exame oftalmológico 12 pacientes apresentaram esclerite anterior não-necrosante nodular, 11 esclerite anterior não-necrosante difusa e 7 com esclerite anterior necrosante sem inflamação. Em 1 caso não foi descrito o tipo de esclerite. A acuidade visual variou de movimentos de mão a 20/20. A tonometria de aplanação apresentou níveis de 8 a 49 mmHg. No exame clínico 5 pacientes tiveram o diagnóstico de granulomatose de Wegener, 2 artrite reumatóide soro-negativa, 1 LES, 2 policondrite recidivante, 2 herpes simples, 1 herpes zoster, 3 hanseníase, 2 neoplásicos e 13 casos idiopáticos. Conclusões: Nossos achados clínicos e oftalmológicos estão de acordo com a literatura quando constatamos que a esclerite acomete mais as mulheres e que a forma anterior é a mais comum. Podese dizer que em nosso meio quase um terço das esclerites tem etiologia reumática e que, apesar destas possuírem uma maior porcentagem de casos necrosantes, não foi possível estabelecer diferenças clinicas entre essas e as idiopáticas. A cooperação mútua entre oftalmologista e reumatologista foi frutífera no auxilio do esclarecimento etiológico e do manejo desses pacientes com imunossupressores. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Identificar os pacientes com diagnóstico presumido da forma ocular de tuberculose no Serviço de Uveítes e Ambulatório de Tuberculose do HCFMUSP e cujo teste terapêutico com tratamento específico tenha sido positvo e caracterização deste grupo em comparação com grupo teste terapêutico negativo. Método: Foi realizado estudo observacional, descritivo, retrospectivo por meio da revisão de prontuários de casos do ambulatório de uveítes do HC-FMUSP no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2008. Os pacientes eram encaminhados da Oftalmologia para o Ambulatório de Tuberculose. Foram revisados os prontuários médicos disponíveis no Serviço de Arquivo Médico do HCFMUSP e coletados dados. Após a identificação dos casos de TBO, reavaliamos o diagnóstico inicial e a resposta após 12 meses de tratamento específico utilizando os dados disponíveis nos prontuários internos do Serviço de Uveítes Ambulatório de Oftalmologia. Após um período mínimo de 12 meses de acompanhamento ao término do tratamento da TB, os pacientes foram categorizados quanto à resposta ao teste terapêutico em: positivo (TT+), teste negativo (TT-) e teste inconclusivo (TTinc). Resultados: Dos 111 pacientes selecionados inicialmente, dados de 58 deles não foram analisados. Um total de 22 pacientes foram considerados teste terapêutico positivos, 22 classificados como teste terapêutico negativo e 8 inconclusivos. Dessa forma os dados de 44 pacientes (com resposta positiva ou negativa) foram analisados. Conclusões: A tuberculose ocular, embora rara, pode resultar em comprometimento visual significativo e permanente em alguns casos, tornando ainda mais importante a suspeita diagnóstica precoce. Neste estudo a história de contato com indivíduo com TB mostrou-se de grande auxílio para o resultado favorável ao tratamento. O diagnóstico permanece um desafio e o emprego de novos métodos laboratoriais para a forma ocular da doença, embora promissor, ainda é incerto. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 56 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 56 9/9/2010, 11:55 PÔSTERES P 141 P 142 ATENÇÃO OFTALMOLÓGICA À POPULAÇÃO IDOSA COM PERDA VISUAL: EMPREGO DE AUXÍLIOS ÓPTICOS NA DMRI ATENÇÃO OFTALMOLÓGICA PARA BAIXA VISÃO EM NÍVEL TERCIÁRIO: AUXÍLIOS ÓPTICOS NA PERDA VISUAL POR RETINOPATIA DIABÉTICA Vinicius Balbi Amatto, Maira França, Camilla Duarte Silva, Diana Linhares Lins Peixoto, Marcos Wilson Sampaio, Maria Aparecida Onuki Haddad, Aron Barbosa Caixeta Guimarães, Alexandre Costa Lima de Azevedo, Alberto Jorge Betinjane, Clarissa Baliu Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Fabricio Lopes da Fonseca, Maíra França, Vinícius Balbi Amatto, Camilla Duarte Silva, Diana Linhares Lins Peixoto de Menezes, Aron Barbosa Caixeta Guimarães, Clarissa Baliu, Maria Aparecida Onuki Haddad, Marcos Wilson Sampaio, Alberto Jorge Betinjane Objetivo: Avaliar o emprego de auxílios ópticos para a ampliação da imagem retiniana em pacientes com DMRI, de acordo com a classificação de perda visual apresentada. Método: Realizamos estudo retrospectivo no Setor de VSN do HC USP. Foi avaliada a primeira consulta de 2.355 prontuários, no período de 04/08 a 09/09. Destes, 940 prontuários eram de pacientes acima de 50 anos. Os pacientes foram divididos em categorias 1, 2, 3, 4 e 5 de acordo com a perda visual, segundo o CID-10 e o Conselho Internacional de Oftalmologia. Resultados: Dos 940 prontuários de pacientes com idade maior ou igual a 50 anos, 268 apresentavam DMRI (28,51%). Destes 268, 114 eram homens e 154 eram mulheres. A idade média desses pacientes foi de 79,01 anos. Na categoria 1 (acuidade visual <20/70 a ≥ 20/200 deficiência visual moderada) observamos 101 pacientes, destes 86 tiveram auxílios ópticos indicados. Na categoria 2 (AV c/c <20/200 a ≥ 20/400 - deficiência visual grave) observamos 80 pacientes, destes 62 tiveram auxílio óptico adaptado. Na categoria 3 (AVc/c <20/400 a ≥ 20/1200 - deficiência visual profunda) havia 39 pacientes, dos quais 24 adaptaram auxílio óptico. Na categoria 4 (AV c/c <20/1200 a PL - quase cegueira) observamos 1 paciente Deficiência visual leve (AV c/c <20/32 a < 20/70) em 47 pacientes, sendo que 22 tiveram indicação de auxílios ópticos. Conclusões: O emprego de auxílios ópticos para ampliação da imagem retiniana na perda visual por DMRI foi mais frequente nos casos de deficiência visual moderada (85,1%), grave (77,5%) e profunda (61,5%). Os auxílios ópticos para perto foram os mais frequentes na população idosa com DMRI. Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) P 143 P 144 CARACTERÍSTICAS E PERCEPÇÕES DE AUTOEFICÁCIA DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL INCLUÍDOS NO ENSINO REGULAR IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE REABILITAÇÃO VISUAL DO IDOSO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE Sônia Maria Chadi de Paula Arruda, Newton Kara-José, Edméa Rita Temporini, Maria Elisabete Rodrigues Freire Gasparetto, Rita de Cássia Ietto Montilha, Zélia Zilda L. C. Bittencourt, Maria Inês Rubo de Souza Nobre Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) / Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Verificar o perfil de estudantes com deficiência visual incluídos em sala de aula e percepções de auto-eficácia na prática de atividades de vida diária. Método: Survey analítico tipo transversal com estudantes com baixa visão ou cegueira, incluídos na rede regular de ensino de Campinas e região - SP. Aplicouse um questionário estruturado como técnica investigativa, realizado mediante entrevista individual. Resultados: A amostra formada por 109 estudantes com baixa visão ou cegueira incluídos em escola regular, dos quais 52,3% do sexo masculino e 47,7% do sexo feminino, com idade entre 12 a 59 anos de idade. Declararam-se solteiros 84,4%; 77 estudantes haviam realizado ou estavam em processo de reabilitação; manifestaram “enxergar pouco” (baixa visão) 56,9% e conhecer a doença ocular que causou a própria deficiência 89,9%, destacandose glaucoma (19,4%), catarata (15,3%), descolamento de retina (15,3%), retinopatia da prematuridade (11,2%), alterações do nervo óptico (10,2%), retinocoroidite por toxoplasmose (9,2%). Houve associação significativa entre a idade e conseguir realizar o que quer (p=0,006), com maior frequência de respostas positivas relacionadas a autoeficácia para aqueles com mais de 20 anos de idade, com percepção de capacidade de realizar com independência as atividades de vida diária no cotidiano (61,0%). Conclusões: A distribuição amostral apresentou equilíbrio entre os sexos. Os estudantes declararam deter conhecimento sobre a própria deficiência visual. A percepção positiva de autoeficácia e a prática das atividades de vida diária indicam a realização da reabilitação e bom nível de qualidade de vida. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Objetivo: Avaliar o emprego de auxílios ópticos em pacientes com perda visual secundária à retinopatia diabética. Método: Estudo retrospectivo no Departamento de Visão Subnormal do Hospital das Clínicas em São Paulo. Foi avaliada a primeira consulta de 1.300 prontuários, no período de abril de 2003 a setembro de 2009. Os pacientes foram divididos em categorias 1, 2, 3, 4, 5 e 9 de acordo com a perda visual, segundo o CID-10. Em cada categoria avaliamos a porcentagem de adaptação aos auxílios ópticos, que foram divididos em auxílios para longe e perto, sendo o último subdividido em lupa de apoio, lupa manual e óculos (lentes asféricas, adições maiores, lentes esferoprismáticas). Resultados: Dos 1.300 prontuários avaliados, 106 (8,15%) apresentavam perda visual por retinopatia diabética. Destes 50% eram homens 50% mulheres. A idade média foi de 61,57 anos (19 anos a 83 anos). Categoria 1: 64 pacientes, destes 54 adaptaram auxilio óptico, 6 adaptaram auxílio para perto e longe, 8 para longe e 40 para perto. Aqueles que adaptaram para perto 26 usaram óculos, 16 lupa manual e 6 lupa de apoio. Categoria 2: 22 pacientes, destes 17 adaptaram auxílio óptico, 7 adaptaram auxílio para perto e longe, nenhum para longe e 10 para perto. Destes 5 apresentaram melhor visão com óculos, 7 com lupa manual, 6 com lupa de apoio e 1 com CCTV. Categoria 3: 11 pacientes, destes 8 adaptaram auxílio óptico sendo que 100% dos recursos foram somente para perto. Categoria 4: 8 pacientes, sendo que apenas 2 obtiveram melhora com uso de auxílio. Conclusões: O uso de auxílios ópticos é maior na perda visual moderada e grave. Os auxílios ópticos mais empregados na retinopatia diabética são para perto, sendo os óculos na baixa visão moderada e as lupas manuais na baixa visão grave. Leonardo Antonio de Sousa Bezerra, Maria Isabel Lynch Gaete, Rinalva Tenório Vaz, Hélder Vinícius de Araújo Medeiros, Isis Daniella Carvalho Silva, Maria de Fátima de Oliveira Falcão, Maria Lúcia Acioli Beltrão, Margôt Maria Pessoa, Jacilete Cabral de Almeida, Marilúcia Nogueira da Silva Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Recife (PE) Objetivo: Inclusão social dos portadores de visão subnormal ≥ 60 anos através da reabilitação visual abrangente com a participação de uma equipe multidisciplinar e estimular a criação de novos serviços de reabilitação visual nos Hospitais Universitários. Método: Para integrar o projeto foram selecionados profissionais da própria UFPE e voluntários para participar da equipe executora que é composta de oftalmologistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais além de profissionais do Centro de Artes e Cultura da UFPE. Inicialmente é realizada uma triagem dos pacientes com visão subnormal (acuidade visual < 20/60 e ≥ 20/400, no melhor olho com a melhor correção óptica) portadores de uma patologia irreversível com tratamento clínico e/ou cirúrgico. Após exame oftalmológico completo e realizado o diagnóstico, esses pacientes são encaminhados para avaliação pela equipe multidisciplinar e acompanhados dentro de suas necessidades específicas. Através da aplicação de questionário socioeconômico são selecionados os pacientes para adquirirem gratuitamente os auxílios ópticos prescritos. Para promoção da reabilitação visual abrangente aspectos psicológicos e atividades que estimulam o envelhecimento ativo serão abordados por psicólogos e profissionais ligados à arte. Resultados: O projeto encontra-se em fase de implantação e com a sua execução plena espera-se alcançar uma melhor qualidade de vida dos pacientes com visão subnormal atendidos no Hospital das Clínicas da UFPE. Conclusões: A implantação de serviço de reabilitação visual em Hospitais Universitários deve ser estimulada, pois muitos destes serviços já dispõem de uma estrutura para atendimento oftalmológico e contam com equipe multidisciplinar. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 6 Posteres.pmd 57 9/9/2010, 11:55 57 PÔSTERES P 146 P 145 PERFIL DA AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DO PROCESSAMENTO AUDITIVO EM CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO REABILITAÇÃO GRUPAL DE ADOLESCENTES COM BAIXA VISÃO: PROJETO TERAPÊUTICO INTERDISCIPLINAR Luciene Chaves Fernandes, Aline Mansueto Mourão, Luciana Macedo Resende Rita de Cassia Ietto Montilha, Zélia Z. L. C. Bittencourt, Maria Elisabete R. F. Gasparetto, Maria Inês R. S. Nobre, Sonia M. C. P. Arruda Hospital São Geraldo - Belo Horizonte (MG) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) O ID R E SF N A TR A R A P O Ã Ç TA N E ES R P A L A R O L -T Objetivo: A adolescência caracteriza-se por uma etapa singular do desenvolvimento humano. Os grupos espontâneos de adolescentes se formam a partir da necessidade básica de desvincularem-se do grupo familiar de origem e testarem, em novas relações com seus pares, os padrões adaptativos que possibilitarão a construção da identidade adulta. Este estudo tem o objetivo de descrever uma proposta de reabilitação grupal interdisciplinar que considera esta peculiaridade do adolescente além das necessidades reabilitacionais específicas referentes à baixa visão. Método: Estudo qualitativo observacional de um grupo de adolescentes com baixa visão, em processo de reabilitação em um serviço universitário. Realizou-se atividades relacionadas às necessidades de reabilitação, destacando-se a inclusão escolar, descoberta de potencialidades, aceitação da condição visual e da utilização de recursos da tecnologia assistiva. Resultados: Foram planejadas atividades interdisciplinares em grupo, previligiou-se períodos de férias escolares para favorecer a frequência do escolar. Realizaram-se 4 encontros de 2 horas de duração cada um. Dentre as atividades propostas houve a elaboração de um bolo de caneca. A atividade exigia baixa complexidade e todos os adolescentes participaram sendo que cada um elaborou seu próprio bolo. Durante o atendimento os adolescentes utilizaram o potencial visual para a leitura da receita, na identificação e mensuração dos ingredientes utilizando recursos ópticos e não ópticos de acordo com cada caso e socializando com os demais suas dificuldades e possibilidades. Conclusão: Foi possível favorecer aos adolescentes o desempenho de atividades com autonomia e independência que possibilitam transportar estas vivências para outros ambientes de seu cotidiano como o familiar e escolar, facilitando o processo de inclusão social. 8 03 P 147 P 148 REABILITAÇÃO VISUAL DE ESCOLARES COM BAIXA VISÃO RETINOPATIA DA PREMATURIDADE: ESTUDO DE UMA POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA VISUAL Diana Linhares Lins Peixoto de Menezes, Maria Aparecida Haddad, Camilla Duarte Silva, Fabricio Lopes da Fonseca, Isalina Raquel Elias, Mayumi Sei, Valdete Fraga, Alexandre Costa Lima de Azevedo, Marcos Wilson Sampaio, Alberto Jorge Betinjane Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) / Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual Objetivo: Estudar aspectos clínicos referentes à avaliação oftalmológica de escolares com baixa visão, atendidos no período de fevereiro de 2005 a março de 2006, na Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (Laramara) e no Serviço de Visão Subnormal da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (SVSN HCFMUSP), quanto a: causas de baixa visão; localização da principal anormalidade ocular; classes de resposta visual apresentada; prescrição óptica para correção de ametropias e prescrição para auxílios para baixa visão. Procurou-se fornecer subsídios para desenvolvimento de ações para promoção da inclusão educacional da população com baixa visão. Método: Realizou-se a avaliação oftalmológica especializada em baixa visão e foram estudados dados referentes a: características do quadro visual (causa da deficiência visual, etiologia da deficiência visual, localização anatômica da lesão ocular, classes de resposta visual) e quanto às necessidades ópticas. Resultados: Eram do sexo masculino 80 (54%) e do sexo feminino 68 (46%). As principais causas da deficiência visual foram retinocoroidite macular bilateral por toxoplasmose (25%), catarata congênita (9,5%), albinismo oculocutâneo (7,4%), retinose pigmentar (6,1%), amaurose congênita de Leber (6,1%), glaucoma congênito (4,7%), nistagmo congênito idiopático (4,7%), cristalino ectópico (4%), coloboma de polo posterior (4%), distrofia de cones (4%), doença de Stargardt (3,4%), atrofia óptica (3,4%) e retinopatia da prematuridade (3%). Conclusões: As condutas de reabilitação e educação do aluno com baixa visão são individualizadas, de acordo com seu grau de deficiência e incapacidade visual, e requerem a utilização de recursos específicos. XIX C ONGRESSO B RASILEIRO DE Camilla Duarte Silva, Maria Aparecida Onuki Haddad, Mayumi Sei, Diana Linhares Lins Peixoto de Menezes, Maíra França, Vinícius Balbi Amatto, Fabrício Lopes da Fonseca, Marcos Wilson Sampaio, Alberto Jorge Betinjane, Marcio Henrique Mendes Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Objetivo: Estudar retrospectivamente a população infantil com deficiência visual secundária a ROP e analisar dados como 1) valores de acuidade visual apresentada e corrigida no melhor olho, 2) valores da correção óptica prescrita e 3) emprego de auxílios ópticos para baixa visão. Método: Realizou-se estudo retrospectivo da população infantil com deficiência visual secundária a ROP encaminhadas a LARAMARA - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual e ao Setor de Visão Subnormal da Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de fevereiro de 1993 a abril de 2009. Resultados: No estudo parcial da população com ROP atendida nos serviços observamos 210 casos, 52% do sexo masculino e 48% do feminino. A idade média na primeira avaliação foi de 4,2 anos. Quanto aos valores de acuidade visual corrigida, observamos: 2,5% com deficiência visual leve, 5,8% com deficiência visual moderada, 5,4% com deficiência visual grave, 6,5% com deficiência visual profunda, 62% com valores próximos à cegueira e 16% sem percepção de luz. Correções ópticas para ametropias foram prescritas em 52 olhos (12,4%). Os auxílios ópticos para longe foram prescritos para 6,6%. Os auxílios ópticos para perto foram prescritos em 2,4%. Conclusões: Concluímos que: 1) A população infantil com ROP estudada foi encaminhada principalmente por oftalmologistas; 2) Quanto a acuidade visual, a população apresentou valores muito baixos, o que traduz estágios avançados da ROP, detecção tardia da doença e necessidade de atenção perinatal e neonatal; 3) A correção óptica para miopia ou astigmatismos miópicos foram mais frequentes, 4) Os auxílios ópticos foram pouco prescritos, de acordo com a baixa faixa etária e valores muito reduzidos de acuidade visual na maior parte da população. PÔSTERES P REVENÇÃO DA C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 58 6 Posteres.pmd Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 21-58 58 9/9/2010, 11:55 RELATOS DE " CASOS CÓDIGO: RC Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia " XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira e Reabilitação Visual 7 Relatos de casos.pmd 59 9/9/2010, 11:57 RELATOS DE CASOS 001. AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE ROTACIONAL DA LIO TÓRICA 014. CERATITE CRISTALINA INFECIOSA Antonio Alexander Leite Simão, Teresinha Ribeiro, Herlon Pinheiro José Roberto Costa Reis, Fábio Medina, Daniel Amorim Fundação Leiria De Andrade - Fortaleza (CE) Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Geraldo (UFMG) - Belo Horizonte (MG) 002. CATARATA CONGÊNITA E MICROCÓRNEA EM UMA FAMÍLIA BRASILEIRA 015. CERATITE HERPÉTICA EM PACIENTE COM LASIK PRÉVIO Fabiana da Fonte Gonçalves, Heloísa Nascimento, Eduardo Soriano Gustav Arno Auwaerter, Rafael Saran Arcieri Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Hospital Ana Costa - Santos (SP) 003. DESCOLAMENTO TARDIO BILATERAL DA MEMBRANA DE DESCEMET APÓS FACOEMULSIFICAÇÃO 016. CERATITE HERPÉTICA EM PACIENTE PORTADORA DE PÊNFIGO VULGAR Michelle Cantisani Maracajá, Karla Roberta Medeiros, Astrid Vasconcelos Liberdade Cezaro Salerno, Marcielle A. Ghanem, Ramon C. Ghanem Centro Oftálmico Tarcizio Dias - João Pessoa (PB) Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem - Joinville (SC) 017. CIRURGIA DE PTERÍGIO GRAU III 004. EVOLUÇÃO DA ACUIDADE VISUAL EM CRIANÇAS AFÁCICAS E PSEUDOFÁCICAS OPERADAS DE CATARATA CONGÊNITA BILATERAL Karina Teixeira e Silva, Maria da Glória Fonseca Rabelo, Carina Costa Cotrim Eduardo Falcão Rios, Grazielly P. Oliveira, Silvia P. S. Kitadai Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo (SP) 005. PRESERVAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL APÓS DOIS QUADROS CONSECUTIVOS DE ENDOFTALMITE PÓS-OPERATÓRIA 018. DESCOLAMENNTO E PERFURAÇÃO ENDOTELIAL PÓS TRANSPLANTE LAMELAR ANTERIOR POR TRAUMA CONTUSO Túlio Batista Abud, Edjane Oliveira, Hélia Angotti Ingrid de Almeida Cavalcante, Laíse Nascimento Nunes, Edmundo Frota de Almeida Sobrinho Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (UFPA) - Belém (PA) 019. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE EDEMA DE PAPILA Sergio Teruo Mori, Christian Forti, Alberto Soares Madeira 006. SÍNDROME DE IRVINE GASS TRATADA COM INJEÇÕES INTRAVÍTREAS DE TRIANCINOLONA Ricardo Gomes Valente, Daniella Socci Hospital Cema - São Paulo (SP) 020. DIFERENTES APRESENTAÇÕES DA SÍNDROME DE BROWN-MCLEAN Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ) Patrícia Sena Pinheiro de Gouvêa Vieira, Ione Feijão Alexim, José Reinaldo da Silva Ricardo 007. ECTASIA CORNEANA SECUNDÁRIA A LASIK APÓS CERATOTOMIA ARQUEADA Marcielle A. Ghanem, Ramon Coral Ghanem, Liberdade Salerno Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP) 021. DISTROFIA ENDOTELIAL DE FUCHS Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem - Joinville (SC) Claudio do Carmo Chaves Filho, Avelino Vieira de Souza Neto, Wantan Laércio Filho 008. A OBSERVAÇÃO DA NEOVASCULARIZAÇÃO CORNEANA EM PACIENTES SOB EFEITO DE INJEÇÃO DE BEVACIZUMAB SUBCONJUNTIVAL Ana Paula Krappe Lorenzi Instituto de Oftalmologia de Manaus - Manaus (AM) 022. ENDOTELITE POR HERPES ZÓSTER Oftalmoclínica - Curitiba (PR) Diogo Augusto Souza Cunha, Pedro Bertino Moreira, Renata Merli Franco 009. ACUPUNTURA COMO TRATAMENTO ADJUVANTE NA CERATOCONJUNTIVITE VERNAL Mariana Kaori Yasuta, Angelino Júlio Cariello, Daniel Meira-Freitas Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Santa Casa de Misericórdia de Limeira - Limeira (SP) 023. EVOLUÇÃO DE UM QUADRO DE ÚLCERA DE CÓRNEA UNILATERAL POR ACANTHAMOEBA Larissa da Costa Friggi, Adriana Aquino Costa, Marcelo Augusto Lima 010. AFINAMENTO CORNEANO PERIFÉRICO E ESTAFILOCOCCIA Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) Paulo Roberto Vita Júnior, Pedro Bertino Moreira, Matheus França Lima Nobre 024. FERROADA DE MARIMBONDO OCULAR Santa Casa de Misericórdia de Limeira - Limeira (SP) Daniel Amorim Leite, Marco Antônio Guarino Tanure 011. APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE ANOMALIA DE AXENFELD Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG) Bruno Studart Berndt, Francisco Bandeira e Silva, Antonio Lauro Volpini Jr. Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ) 025. HAZE CORNEANO COM BAV EM SÍNDROME DE MUCKLE WELLS Rafael Maximiano Braga de Souza, Fábio Medina Rocha, Marco Antonio Tanure 012. APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE CERATITE POR ACANTHAMOEBA Hospital São Geraldo - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG) Régia Maria Gondim Ramos Sobral, Sídney Julio de Faria e Sousa, Luis Antonio Gorla Marcomini Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) 026. IMPLANTE DE ANEL INTRAESTROMAL USANDO LASER DE FEMTOSEGUNDO PARA TRATAMENTO DO CERATOCONE 013. BEVACIZUMAB EM NEOVASCULARIZAÇÃO CORNEANA Felipe Breowicz, Luis Eduardo Osowski, Hamilton Moreira Leticia Fernandes Barroso, Brenno Signorelli, Paula Garcia Soares Hospital de Olhos do Paraná - Curitiba (PR) Centro de Estudos e Pesquisa Oculistas Associados (CEPOA) - Rio de Janeiro (RJ) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 60 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 60 9/9/2010, 11:57 RELATOS 027. INDICAÇÕES DE CERATOPLASTIA PENETRANTE REALIZADAS NO HOSPITAL GOVERNADOR CELSO RAMOS EM FLORIANÓPOLIS - SC Arnaldo Machado Borges do Vale, Flávio Jaime Rocha, Renata dos Reis Correa Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis (SC) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG) 040. ACOMETIMENTO EXTRACUTÂNEO (OCULAR) DE ESPOROTRICOSE Luciana Manhente de Carvalho Soriano, Monick Göecking, Raul Nunes Galvarro Viana Artur Schmitt, Fernanda Piccoli Schmitt, Sonia Yoo Bascom Palmer Eye Institute - University of Miami - Miami (EUA) / Hospital Barigui de Oftalmologia - Curitiba (PR) 029. NECROSE ESCLERAL - COMPLICAÇÃO PÓS TRANSPLANTE DE CÓRNEA EM CERATITE POR ACANTHAMOEBA CASOS 039. ÚLCERAS CORNEANAS IMUNOLÓGICAS RECORRENTES Déborah Cristina Ribas, Tatiana Rocha Rayes, Manoela Bruggemann 028. INTERFACE BLOOD AFTER DESCEMET STRIPPING AUTOMATED ENDOTHELIAL KERATOPLASTY (DSAEK) DE Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói (RJ) 041. ALTERAÇÕES OCULARES EM PACIENTE COM SÍNDROME DE EHLERSDANLOS Leonardo de Castilho, Sabrina Nau da Silva, Marcelo Luiz Gehlen Cyntia Fagundes Garcia, Michel Broilo Manica, Olivar Zunta Júnior Universidade Evangélica do Paraná - Curitiba (PR) Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre (RS) 030. O PERFIL MICROBIOLÓGICO DAS ÚLCERAS DE CÓRNEA NA REGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO - SP 042. DESENVOLVIMENTO DE BUFTALMO EM ADULTO PORTADOR DE SÍNDROME DE MARFAN Elisio Bueno Machado Filho, Régia Maria Gondim Ramos Sobral, Luiz Heront Almeida de Carvalho, Geraldo Magela Vieira, Nicole Carvalho Homar Sidney Júlio de Faria e Souza Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto - SP 031. PERFIL DAS PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROF. EDGAR SANTOS 043. ENDOFTALMITE ENDÓGENA POR STAPHYLOCOCCUS HAEMOLYTICUS Monica de Faria Pombo Hilarião, Patricia Marback, Fernanda Fernandes Daniel Felipe Alves Cecchetti, Sheila A. de Paula Cecchetti, Danielle Arroyo Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) 032. QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS A TRANSPLANTE PENETRANTE DE CÓRNEA NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNICAMP 044. HANSENÍASE OCULAR Flávia Gazze Ticly, Rosane Silvestre Castro, André Okanobo Matheus França Lima Nobre, Paulo Roberto Vita Júnior, Pedro Bertino Moreira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) Santa Casa de Misericórdia de Limeira - Limeira (SP) 033. RESULTADOS DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA COM FINALIDADE ÓPTICA EM SERVIÇO UNIVERSIÁRIO DA REGIÃO NORDESTE 045. LEISHMANIOSE PALPEBRAL Vanise Lopes de Almeida, Ianne Fernanda Alves Santos, Ana Paula Fernandes de Souto Patricia Maria Fernandes Marback, Fernanda Pereira, Juliana Kowalski Clinica de Olhos da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 034. RESULTADOS DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA COM FINALIDADE TECTÔNICA EM SERVIÇO UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO NORDESTE 046. LEISHMANIOSE PALPEBRAL Juliana Xisto, Juliana Kowalski, Patricia Marbsack Vanessa Waisberg Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Belo Horizonte (MG) 047. LESÕES DRUSIFORMES EM GLOMERULONEFRITE LÚPICA TIPO IV 035. SÍNDROME DE URRETS-ZAVALIA APÓS PATCH DE CÓRNEA Milena Chibana, André Kreuz, Leandro Cabral Zacharias Pedro Bertino Moreira, Matheus França Lima Nobre, Gustavo Souza Moura Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Hospital Oftalmológico de Sorocaba - Sorocaba (SP) / Santa Casa de Misericórdia de Limeira - Limeira (SP) 048. NECRÓLISE EPIDÉRMICA TÓXICA Guilherme Discacciati Bianchetti, Sumaya Alves Sousa, Edmundo Pereira Rodrigues 036. TRANSPLANTE DE LIMBO E CÓRNEA EM CRIANÇA COM SÍNDROME EEC Fundação Hilton Rocha - Belo Horizonte (MG) Renata dos Reis Correa, Daniela Borges Barra, Christian Bertarini Marques 049. SÍNDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA COM MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS FOCAIS Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG) 037. TRANSPLANTE HETERÓLOGO DE ESCLERA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA NEUROTRÓFICA PERFURADA Ianne Fernanda Alves Santos, Carlos Bernardo Moura Dalle, Rodrigo Eduardo Correa Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) Leandro de Lima Giaccheri, Cláudia Castro Barbosa, Sâmara Pereira Dantas Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) 050. DOENÇA DE TAY-SACHS Christian Forti Miguel Jorge, Sergio Teruo Mori, Alberto Soares Madeira 038. TRATAMENTO DE ÚLCERA FÚNGICA POR SCEDOSPORUIM APIOSPERMUM Thays Resende Damião, Renata dos Reis Corrêa, Daniela Borges Barra Hospital Cema - São Paulo (SP) 051. SÍNDROME DE LYELL Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG) / Hospital das Clínicas de Uberlândia - Uberlândia (MG) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO Janaina de Oliveira Dias, Melissa Krindges Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Curitiba (PR) RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 61 9/9/2010, 11:57 61 RELATOS DE CASOS 052. SÍNDROME DE STEVENS JOHNSON 064. CERATOCONE PÓS-TRANSPLANTE DE CÓRNEA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE APERT David de Almeida e Araújo, Viviane Pinho Gurgel, Monike Paula Gomes Vieira Rachel Rose Carvalho de Oliveira, Michelle Cantisani Maracajá, Ana Carla Paiva Montenegro Cahino Fundação de Ciências e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE) - Fortaleza (CE) Centro Oftálmico Tarcízio Dias (CENOFT) - João Pessoa (PB) / Instituto Visão para Todos - João Pessoa (PB) 053. SÍNDROME DE WEILL-MARCHESANI 065. COMPARAÇÃO ENTRE OS ACHADOS OFTALMOLÓGICOS NAS SÍNDROMES DE APERT E CROUZON Fernanda Viana Duarte, Patrícia Capua, Giovanni Colombini Instituto Benjamin Constant - Rio de Janeiro (RJ) Fábio Ursulino Reis Carvalho, Fernanda Maria Silveira Souto, Augusto César Faro 054. SUBLUXAÇÃO DO CRISTALINO EM PACIENTE PORTADOR DE HANSENÍASE Universidade Federal de Sergipe (UFS) - Aracaju (SE) Priscila do Espírito Santo Silva, Gilberto Timm, Paulo Vinicius Sena Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) 066. ATROFIA ESSENCIAL DE ÍRIS BILATERAL E GLAUCOMA Gustavo Rodrigues Correia Santos, Rafael Bittencourt Fernandes, Roberto Lorens Marback 055. PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA NO INSTITUTO SUEL ABUJAMRA Priscila Helen Kuss, Pedro Nogueira Filho, Henrique Baltar Pazos Instituto Suel Abujamra - São Paulo (SP) Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 067. CORRELAÇÃO ENTRE A FUNDOSCOPIA E O OCT NO SIINAL DE HOYT Mauro Cabral Gonçalves, Jose Humberto Lambert, Egidio Picetti Hospital Nossa Senhora da Conceição - Porto Alegre (RS) 056. CIRURGIA DE GRANDE EXOTROPIA EM OLHO HIPOTÔNICO Álvaro Garcia Rossi, Marcia Abelin Vargas, Bruno Botton 068. GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO ASSOCIADO À PRESSÃO INTRAOCULAR NORMAL Universidade Federal de Santa Maria - Santa Maria (RS) Wilma Lelis Barboza, Marcelo Hatanaka, Roberto F. S. Malta 057. DIVERGÊNCIA VERTICAL DISSOCIADA ASSOCIADA À PTOSE CONGÊNITA UNILATERAL Guilherme Rocha Rayes, Tatiana Rocha Rayes, Cláudia Cristina Gomes Dias Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 069. GLAUCOMA SECUNDÁRIO PÓS-CATARATA CONGÊNITA Nayana M. A. Rios, Grazielly M. P. Oliveira, Sílvia Prado S. Kitadai Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis (SC) Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo (SP) 058. PARALISIA DUPLA DE ELEVADORES 070. HEMORRAGIA DE DISCO ÓPTICO SIMULANDO GLAUCOMA DE PRESSÃO NORMAL EM PACIENTE HIPERTENSO E DIABÉTICO Grasiela Lopez Melhado, Carlos Eduardo Zanetti Alves Pereira, Gustavo de Camargo Andrade Renata de Iracema Pulcheri Ramos, Marcelo Mendes Lavezzo, Roberto Freire Santiago Malta Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 059. PARESIA DE OBLÍQUO INFERIOR Guilherme Armbrust Araujo, Gustavo Bueno de Camargo, Carlos Eduardo Zanetti Alves Pereira Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp) - Campinas (SP) 071. IRRIGAÇÃO FORÇADA DO TUBO: UMA ALTERNATIVA PARA O MANEJO DA FASE HIPERTENSIVA DO IMPLANTE PARA GLAUCOMA DE AHMED Marcelo Hatanaka, Marcelo Mendonça, Remo Susanna Jr. 060. SÍNDROME DE BROWN PÓS-TUMOR ORBITÁRIO Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Ruth de Camargo Andrade, Carlos Eduardo Zanetti Alves Pereira, Gustavo de Camargo Andrade Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) 072. OCLUSÃO DE VEIA CENTRAL DE RETINA EM PACIENTE COM SÍNDROME DE POSNER-SCHLOSSMAN Gustavo Yamamoto, Aron Barbosa Caixeta Guimarães, Remo Susanna Jr. 061. RESSECÇÃO DE RETO LATERAL COMO TRATAMENTO DE POSIÇÃO COMPENSATÓRIA DE CABEÇA EM SÍNDROME DE DUANE Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Sarelena Vanderlei Alves, Tomás Mendonça, Alyne Borges Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) 073. SÍNDROME DE AXENFELD-RIEGER E GLAUCOMA TRATADO TARDIAMENTE 062. SÍNDROME DE GOLDENHAR Louise Rodrigues Candido Figueiredo, Sandro Balardin Costa, Gustavo Henrique Araújo Salomão Luis Angelo Salmon, Plinio Angelo Boin Filho, Elaine Regina Ferraresi Sampaio Instituto de Olhos da Faculdade de Medicina do ABC - Santo André (SP) Universidade Estadual de Londrina - Londrina (PR) 074. SÍNDROME DE SCHWARTZ-MATSUO COM RESOLUÇÃO ATÍPICA 063. SÍNDROME DE MÖEBIUS COM HISTÓRIA DE RUBÉOLA NA GESTAÇÃO André Carvalho Kreuz, Roberto Vessani, Roberto Malta Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Daniela Barbosa Matsuda, Marilda da Rocha Pasquarelli, Almir da Silva Ruiz 075. TÉCNICA DE OBSTRUÇÃO DE TUBO DE MOLTENO PARA TRATAMENTO DE HIPOTONIA PÓS-OPERATÓRIA Santa Casa de Misericórdia de Santos - Santos (SP) Rosa Maria Tasmo Costa, Marilia Brasil, Ricardo Zadrozny Leyendecker Hospital Regional de São José - São José (SC) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 62 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 62 9/9/2010, 11:57 RELATOS 076. TRATAMENTO DO GLAUCOMA NEOVASCULAR COM PANFOTOCOAGULAÇÃO, BEVACIZUMABE INTRAVÍTREO E TRABECULECTOMIA COM MITOMICINA C DE CASOS 088. OLIGODENDROGLIOMA ANAPLÁSICO COM PAPILEDEMA E REDUÇÃO DE ACUIDADE VISUAL Demian Temponi Eskenazi, Nattasha Poli Villas, Vítor Barbosa Cerqueira José Osório Duarte Junior, Diego Tebaldi de Queiroz Barbosa, Thiago Clivati de Marchi Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ) / Hospital Municipal Souza Aguiar - Rio de Janeiro (RJ) Instituto Suel Abujamra - São Paulo (SP) 077. USO DO RANIBIZUMABE INTRAVÍTREO EM ASSOCIAÇÃO COM TRABECULECTOMIA COM MITOMICINA C NO GLAUCOMA NEOVASCULAR 089. PAN-UVEÍTE CRÔNICA EM PACIENTE COM PAQUIMENINGITE HIPERTRÓFICA IDIOPÁTICA Júlio César Daher Arantes, Érica Nascimento Coelho, Marcos Ávila Cesar da Soler Dario, Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Flavia Gazze Ticly Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) 078. ATAXIA-TELANGIECTASIA (SÍNDROME DE LOUIS-BAR) E SUAS ALTERAÇÕES OCULARES 090. PROGRESSÃO DE PERDA VISUAL ATÍPICA EM PACIENTE COM GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO Maria Kiyoko Oyamada, Roberto Battistella, Marcelo Mendes Lavezzo Tiago Moraes Rizzato, Marcela Bordaberry Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) 091. PSEUDOTUMOR CEREBRAL E OFTAMOPLEGIA COMPLETA DE TERCEIRO PAR CRANIANO 079. DOENÇA DE ERDHEIM-CHESTER Ione Feijão Alexim, André Luiz Freitas da Silva, Eric Pinheiro de Andrade Theodomiro Garrido Neto, Juliana Garrido, Mario Luiz Monteiro Universidade do Estado do Amazonas (UEA) - Manaus (AM) Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP) 080. ENCEFALOCELE ANTERIOR 092. PACIENTE COM FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA E DOENÇA DE MOYAMOYA Alessandra de Pinho Gomes Leite, Camila Fonseca de Araújo, Juliana Bastos Mineiro de Souza Amaral Marcelo Silva Soares, Reinaldo Nishimura, João Alberto Holanda de Freitas Fundação Hilton Rocha - Belo Horizonte (MG) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) - Sorocaba (SP) 081. ESOTROPIA DO OLHO DIREITO POR PARALISIA DO VI PAR CRANIANO DE ETIOLOGIA TUMORAL 093. PARALISIA 3º PAR Camila Barroso Mamede, Júlia Bicharra, Raul Vianna Avelino Vieira de Souza Neto, Mauro Guimarães Brandão Filho, João Marcos Silva Nascimento Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói (RJ) Instituto de Oftalmologia de Manaus - Manaus (AM) 094. SÍNDROME DE MILLARD-GUBLER-FOVILLE 082. HEMIANOPSIA BITEMPORAL E PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA ASSOCIADA À SURDEZ NEUROSSENSORIAL: APRESENTAÇÃO ATÍPICA Carolina Ramos Mosena, Marcus Vinícius Vieira Pinheiro, Eric Pinheiro de Andrade Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP) Dayane Cristine Issaho, Mario Sato, Nilton Hagi 095. SÍNDROME DE WOLFRAM Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Curitiba (PR) Marcela Thome Rassi, Érica Nascimento Coelho, Marcos Ávila 083. HIPERTENSÃO INTRACRANIANA ASSOCIADA A HIPERVITAMINOSE A E ETILENOGLICOL Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO) / Centro de Referência em Oftalmologia (CEROF) - Goiânia (GO) Lucas Shiokawa, Mário Teruo Sato, Marcia Zipperer 096. USO DA ELETROFISIOLOGIA COMO FERRAMENTA AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO DE SIMULAÇÃO Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Curitiba (PR) 084. HIPOPLASIA DO NERVO ÓPTICO SEM ALTERAÇÕES NO SNC Clara Lima Afonso, Maria Kiyoko Oyamada, Carolina Figueira Falcochio Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Bruna Costa do Amaral, Thiago Gasperin, Franklin Almeida de Jesus Fundação Hilton Rocha - Belo Horizonte (MG) 085. IMPORTÂNCIA DO TESTE DE CONFRONTAÇÃO VISUAL PARA O OFTALMOLOGISTA CLÍNICO 097. ALTERAÇÕES OCULARES E SISTÊMICAS ASSOCIADAS À ANIRIDIA BILATERAL Alessandra Euzebio Pinto, Giovanni Marcos Travi, Marcelo Piletti Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) - Porto Alegre (RS) Francielle Gomes Machado, Francyne Veiga Reis, Maria Cristina Zanatto Centro Avançado de Oftalmologia/Universidade de Ribeirão Preto (CAO/ UNAERP) - Ribeirão Preto (SP) 098. ASSOCIAÇÃO ENTRE SÍNDROME DE NOONAN E SÍNDROME DE BROWN 086. NEUROPATIA ÓPTICA POR SARCOIDOSE SIMULANDO TUMOR DO NERVO ÓPTICO Fabiola Roque, Leticia Matos, Giovani Travi Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) Roberto Battistella, Angelina Lino Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) / Hospital Medicina dos Olhos - Osasco (SP) 099. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A COMO CAUSA DE ÚLCERA CORNEANA EM CRIANÇAS Giovanni Marcos Travi, Marcelo Piletti, Cyntia Luneli 087. NEUROSÍFILIS DIAGNOSTICADA POR PARESIA DE NERVO TROCLEAR Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) Tatiana Rocha Rayes, Cristine Stahlschmidt, Deborah Cristina Ribas 100. ESTAFILOMA PERIPAPILAR Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis (SC) Juliana Luz Torres Garrido, Theodomiro Lourenço Garrido Neto Clinica de Olhos Garrido - Manaus (AM) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 63 9/9/2010, 11:57 63 RELATOS DE CASOS 101. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DESAFIOS DIAGNÓSTICOS NA SÍNDROME DE INCONTINENTIA PIGMENTI 114. RETINOBLASTOMA SIMULANDO OUTRAS PATOLOGIAS OCULARES Paula Kataguiri Vinicius Stival Veneziano Sobrinho, Marcos Pereira Ávila, Roberto Murillo Limongi de Sousa Carvalho Faculdade de Medicina do ABC - Santo André (SP) Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO) 102. NEURITE ÓPTICA POR BARTONELLA HENSELAE Daniela Ferraz Valente, Marta Hercog Batista Rebelo de Matos, Bruno Meireles Moreira de Araújo 115. MELANOMA DE CORÓIDE ASSOCIADO A DESCOLAMENTO DE RETINA EXSUDATIVO Lucas da Silva Freitas, Mizael Augusto Pinto, Evandro Gonçalves de Lucena Júnior Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) 103. DOENÇA DE COATS Hospital da Lagoa - Rio de Janeiro (RJ) 116. SCHWANNOMA ORBITÁRIO Cintia Tulio Fernandes, Vanessa Yumi Sugahara, Daniel Key Harada Diether Schmidt, Marcelo Golbert, Marcelo Maestri Faculdade de Medicina de Jundiaí - Jundiaí (SP) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) 104. SÍNDROME DE CORNÉLIA DE LANGE 117. TRATAMENTO DE CEC OCULAR COM MIÍASE Flávia Sotto Maior Januario, Júlio Cesar Costa Pereira, Marta Halfeld Ferrari Alves Lacordia Augusto Mattos Schelemberg, Astor Grumann Júnior, Patrícia Martins Biff Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - Juiz de Fora (MG) Hospital Regional de São José - Dr Homero de Miranda Gomes - São José (SC) 105. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS DOS OLHOS ENUCLEADOS COM SUSPEITA DE MELANOMA UVEAL NA UFBA 118. ACOMETIMENTO ORBITÁRIO NA DOENÇA DE ROSAI-DORFMAN Luiz Angelo Rossato, Frederico Castelo Moura, Mário Luiz Ribeiro Monteiro Barbara Emilly Matos Rodrigues, Ricardo Luz Leitão Guerra, Eduardo Ferrari Marback Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 119. ADENOMA DO EPITÉLIO NÃO PIGMENTADO DO CORPO CILIAR 106. CARCINOMA ESPINOCELULAR DE CONJUNTIVA METASTÁTICO Vanessa Bonjorno Perestrelo, Ivana Lopes Romero, José Vital Filho Aymara Fernandes, Jussara Figueiredo, Luana Camargos Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) 107. CARCINONA ESPINOCELULAR PIGMENTADO DE CONJUNTIVA EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA 120. APRESENTAÇÃO INCOMUM DE LINFOMA COM MANIFESTAÇÃO EXTRAOCULAR Pablo Felipe Rodrigues, Paulo Góis Manso, Ana Maria Noriega Petrilli Karina Queiroz Machado Ferreira, Eduardo Marback, Roberto Marback Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) - Mogi das Cruzes (SP) Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 121. BAIXA ACUIDADE VISUAL APÓS QUADRO DE SINUSITE 108. CAVERNOMA DO NERVO OCULOMOTOR Gustavo Yuzo Gapski Yamamoto Daniele Sayuri Suzuki, Fernando Procianoy, Angela Maria da Graça Almanza Aragon Faculdade Evangélica do Paraná - Curitiba (PR) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) 109. LINFOMA INTRAOCULAR PRIMÁRIO OU RECIDIVA? 122. COMPLICAÇÃO ORBITÁRIA DE IMPLANTE DENTÁRIO ZIGOMÁTICO Eustáquio José Pimenta de Azevedo Júnior, Marco Metzger, Luis Fernando Nominato Marcelo Blochtein Golbert, Cristiane Bins, Fernando Procianoy Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) 123. DOENÇA DE ROSAI-DORFMAN COM ACOMETIMENTO ORBITÁRIO E DE SEIOS DA FACE 110. MELANOMA DE CORPO CILIAR Fellipe Berno Mattos, Marcelo Petrocchi Corassa, Adriana Vieira Cardozo Cristina Baracuhy, Leonardo Antonio Souza Bezerra Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Recife (PE) / Instituto da Visão do Recife - Recife (PE) Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) - Vitória (ES) 111. NEVO AMELANÓTICO 124. EMBOLIZAÇÃO DE FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA DIRETA À DIREITA, ATRAVÉS DA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA ESQUERDA Angela Maria da Graça Aragon Almanza, Daniele Suzuki, Marcelo Maestri Maiara Mocelin Leitão, Rafael Nogueira, Patrícia Cerqueira Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) 112. NEVO FUCSIO-CERULEO OFTALMO-MAXILAR Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 125. EMPREGO DO ENXERTO DERMOLIPÍDICO EM UM CASO DE OLHO CÍSTICO CONGÊNITO Lorena Santana Andrade, Elvira Abreu, Taíse Tognon Intituto Penido Burnier - Campinas (SP) Victor Marques de Alencar, Danielle Pimenta de Figueiredo Viana, Fernanda dos Santos Jacques da Silva 113. TUMOR VASOPROLIFERATIVO IDIOPÁTICO DA RETINA Hospital Felicio Rocho - Belo Horizonte (MG) / Hospital Vera Cruz - Belo Horizonte (MG) Lorena A. Galhardo Ribeiro, Vanessa Bonjorno Perestrelo, José Vital Filho Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 64 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 64 9/9/2010, 11:57 RELATOS 126. INVASÃO ORBITÁRIA POR CISTO EPIDERMÓIDE FRONTAL CASOS 138. USO DE IVERMECTINA NO TRATAMENTO DE FTIRÍASE PALPEBRAL Bianca Ferreira Monteiro, Renata Biller, Andreza Noel Francisco Edison Andrade Costa, Dácio Carvalho Costa Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ) Centro de Estudos Newton Kara-José - Fortaleza (CE) 127. MUCOCELE FRONTOETMOIDAL EM IMUNONOCOMPETENTE DE 139. AGENESIA DE VIA LACRIMAL ALTA Débora Silva Melo, Allan Pieroni Gonçalves, Rafael Miranda Sousa Fabiana Correa Nardella, Fabiola Pavan, Fernanda Marció Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) / Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo (SP) 128. MUCOCELE FRONTOETMOIDAL: APRESENTAÇÃO ATÍPICA Mariana Eleonora Pereira Cunial, Nilson Lopes da Fonseca Junior, José Ricardo Carvalho Lima Rehder 140. ALTERAÇÕES OFTALMOLÓGICAS EM PACIENTE PORTADOR DA SÍNDROME DE WAARDENBURG Lucas Perez Vicente, Rafael Miranda Sousa, Fabricio Lopes da Fonseca Faculdade de Medicina do ABC - Santo André (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 129. TUMOR MARROM NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE TUMORES DE CÉLULAS GIGANTES 141. CANALICULITE APÓS INTUBAÇÃO DE VIA LACRIMAL Davi Araf, Rodrigo Brito, Talyta Uliani João Vicente Queiroz de Moraes, Frederico Castelo Moura, Mário Luiz Ribeiro Monteiro Hospital Cema - São Paulo (SP) Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 142. CELULITE ORBITÁRIA COM RÁPIDA EVOLUÇÃO PARA CEGUEIRA Patrícia Martins Biff, Ruy Cesar Orlandi, Augusto Mattos Schelemberg 130. TUMOR SOLITÁRIO FIBROSO DA ÓRBITA Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes - São José (SC) Filipe José Pereira, Felipe Eing Clínica Catarinense de Pálpebras e Olhos (CCPO) - Florianópolis (SC) 143. CISTO DUCTAL DA GLÂNDULA LACRIMAL INFECTADO Marcos Eugenio Moraes Nunes de Sousa, Maria Cecília Aguiar Remígio, Kécya Raissa Barros Luz 131. USO DO PENTACAM NA PROPEDÊUTICA DE CISTO DERMÓIDE LÍMBICO Fundação Altino Ventura (FAV) - Recife (PE) José Humberto Franco Lambert, Flavio Moura, Tatiana Millán Hospital Nossa Senhora da Conceição - Porto Alegre (RS) 144. COLOBOMA PALPEBRAL BILATERAL ISOLADO Daniela Gewehr Leaes, Fernando Procianoy, Rodrigo Carrion 132. VASCULITE ORBITÁRIA DE PEQUENOS VASOS Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) Gustavo Bernal da Costa Moritz, Antônio Augusto Velasco e Cruz Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) 145. ENDOSCOPIA NASAL NO TRATAMENTO DA DACRIOCISTOCELE Carla Renata de Barros, Nicolle Antunes Almeida, Marilisa Nano Costa 133. ACUPUNTURA PARA ALÍVIO DE DOR OCULAR CRÔNICA EM PACIENTE COM PHTHISIS BULBI Paula Leal dos Santos Barros, Marina Costa Carvalho de Sousa, Angelino Júlio Cariello Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) 146. EXTRUSÃO DE PRÓTESE INTEGRADA EM PACIENTE COM CAVIDADE ANOFTÁLMICA Sílvia Narikawa, Roberta Lilian Fernandes de Sousa, Silvana Artioli Schellini 134. CORISTOMA COMPLEXO EPIBULBAR COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Epaminondas de Souza Mendes Júnior, Eduardo Ferrari Marback, Roberto Lorens Marback 147. LACERAÇÃO CANALICULAR EM RECÉM-NATO: REPARO COM INTUBAÇÃO MONOCANALICULAR Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) Erika Takaki, Leonardo Prevelato, Patrícia Mitiko Santello Akaishi 135. DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO EM CASO DE ESCLERITE FÚNGICA POR CURVULARIA SP Arthur Luís Alves Frazão de Carvalho, Uchoandro Bezerra Costa Uchôa, Carlos Alexandre de Amorim Garcia Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) 148. MALFORMAÇÃO DE VIAS LACRIMAIS EM PAI E FILHA Lucieni Cristina Barbarini Ferraz, Silvana Artioli Schellini, Antonio Fernando Lima e Silva Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal (RN) 136. HERPES ZÓSTER OFTÁLMICO E MOLUSCO CONTAGIOSO: COINFECÇÃO EM PACIENTE HIV POSITIVO Renata Merli Franco, Pedro Bertino Moreira, Diogo Augusto Souza Cunha Hospital Estadual Bauru - Bauru (SP) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Bauru (SP) 149. MELANOMA DE SACO LACRIMAL EM ADOLESCENTE Nicolle Antunes de Almeida, Carla Barros, Marilisa Costa Santa Casa de Misericórdia de Limeira - Limeira (SP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) 137. SÍNDROME DA PÁLPEBRA FROUXA (FLOPPY EYELID SYNDROME): DIAGNÓSTICO TARDIO 150. PTOSE PALPEBRAL APÓS RESSECÇÃO DE TUMOR DE ÓRBITA Tânia Pereira Nunes, Mário Ursulino Machado Carvalho Gustavo Costa Pinheiro Regia M. Gondim Ramos, Sidney Julio de Faria e Sousa Hospital de Olhos de Sergipe - Aracaju (SE) Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 65 9/9/2010, 11:57 65 RELATOS DE CASOS 151. ADENOCARCINOMA DE GLÂNDULA LACRIMAL (EX ADENOMA PLEOMÓRFICO) 163. MIOPIA AGUDA INDUZIDA POR TOPIRAMATO Luiz Felipe Hagemann, André Luis Momm da Silva, Keith Dadam Sgrott Aline Pimentel de Miranda, Ivana Romero, José Vital Filho Hospital de Olhos de Blumenau - Blumenau (SC) Santa Casa de Misericórdia de São Paulo - São Paulo (SP) 164. MIOPIA DEGENERATIVA 152. RETRAÇÃO PALPEBRAL SUPERIOR SECUNDÁRIA A DRENAGEM DE SINUSITE FRONTAL Marcelo Moreira de Oliveira, Eloisa Klein Lopes, Gustavo Barbosa Abreu Instituto Penido Burnier - Campinas (SP) Rodrigo Previdello Carrion, Daniela Gewehr Leaes, Fernando Procianoy Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) - Porto Alegre (RS) 165. ALTERAÇÕES DA CORÓIDE APÓS NEOPLASIA DE PARATIREÓIDE Alexandre Nogueira Santos, Tubertino Monteiro Godoi Neto, Renata Karina Braga da Cruz Nogueira Santos 153. ROTAÇÃO ESPONTÂNEA DO TARSO SUPERIOR BILATERAL - FLOPPY EYELID SYNDROME Fundação Banco de Olhos de Goiás - Goiânia (GO) Rafael Hisse Gomes, Luiza Muller Caye, Eduardo Mason 166. ANEURISMAS MÚLTIPLOS DE RETINA EM PACIENTE JOVEM Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) Frederico Gustavo Telles e Souza, Sérgio Murilo Barcelos Corrêa, Luciana Manglia Ravagnani 154. TRATAMENTO CIRÚRGICO DE BLEFAROPTOSE NA SÍNDROME DA BLEFAROFIMOSE Juliana Mayumi Yamasato, Patrícia Abreu Ferreira da Cunha, Cintia Gomes Galvão Lasálvia Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) - Uberaba (MG) 167. COLOBOMA CORIORRETINIANO BILATERAL E MICROCÓRNEA UNILATERAL Universidade de Santo Amaro (UNISA) - São Paulo (SP) Werllington Marmo Leandro Felipe, Isabella Silveira, Maria Auxiliadora Souza 155. TRATAMENTO CONSERVADOR DE GRANDES TUMORES ESPINOCELULARES CONJUNTIVAIS, COM MITOMICINA C TÓPICA 0,04% Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Camila Maia de Faria, Cristiano Meneses Diniz, Andressa da Silva Ochiuto Hospital São Geraldo - Belo Horizonte (MG) 168. CORIORRETINITE ESCLOPETÁRIA 156. ÚLCERA CORNEAL E AMAUROSE EM PACIENTE PORTADORA DE LESÃO EXPANSIVA EM REGIÃO FRONTAL Ana Cândida Bispo de França, André Luiz Moura Bastos, Alexandre Campelo Ramiro Bruno Rodrigues de Moura Santos, Fabricia Gobi Martinelli, Clennio Ottoni de Almeida Arêdes Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Hospital da Lagoa - Rio de Janeiro (RJ) 169. CORIORRETINOPATIA SEROSA CENTRAL EM PACIENTE PORTADOR DE LEISHMANIOSE VISCERAL 157. XERODERMA PIGMENTOSO Circe Chagas de Oliveira, Raphael Freitas Comes e Silva, Aristóteles Gazineu Júnior Marcella Cristina Halliday Muniz, Clécia de Araújo Cavalcante, Arminda Pereira da Silva Theotonio Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Maceió (AL) 170. DESCOLAMENTO DE RETINA SEROSO NO PACIENTE COM SÍFILIS 158. NICTALOPIA APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA Renata Biller, Leonardo Costa, Isabela Camarota Carolina Wiltgen Campos, Mariana Rossi Thorell, Cristiane Magno Nunes Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ) Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) 159. UMA VISÃO SISTÊMICA SOBRE A SÍNDROME DE MARFAN 171. DOENÇA DE COATS EM PORTADOR DE ESCLEROSE TUBEROSA Debora Naligia Moraes Luna, Alexandre Campelo Ramiro Juliana Tessari Rohr, Camila Vigolvino Lopes Pinto, Paulo Henrique Lordello Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Hospital de Base de Brasília - Brasília (DF) 160. IMAGEM EM TUMORES DA SUPERFÍCIE: ULTRASSONOGRAFIA DE ALTA RESOLUÇÃO X TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA DO SEGMENTO ANTERIOR 172. DOENÇA DE COATS: O PERFIL DE UM CASO DE APRESENTAÇÃO AGRESSIVA E PROGNÓSTICO VISUAL RESERVADO Júlia Bicharra Barbosa, Regina Célia Oliveira Diniz, Raul Vianna Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói (RJ) Virginia Laura Lucas Torres, Priscilla Bordon, Norma Allemann Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) / Fleury Medicina Diagnóstica - São Paulo (SP) 173. DOENÇA DE STARGARDT Rafael Belila Melhado, Julia Bicharra Barbosa, Raul Vianna Universidade Federal Fluminense (UFF) - Niterói (RJ) 161. ULTRASSONOGRAFIA EM ROTURAS DE RETINA Jason Teixeira da Silva Neto, Norma Allemann Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) 174. ELETRORRETINOGRAFIA MULTIFOCAL EM PACIENTE COM TELANGIECTASIA PARAFOVEAL IDIOPÁTICA EM TRATAMENTO COM RANIBIZUMAB 162. COLOBOMA TÍPICO BILATERAL DE ÍRIS E RETINA ASSOCIADO A ALTA ANISOMETROPIA Lívia Fernandes Prudente, André Marcio Vieira Messias Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Marcus Vinicius Vieira Pinheiro, Andre Luiz Freitas Silva, Carolina Ramos Mosena Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 66 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 66 9/9/2010, 11:57 RELATOS 175. ESCLEROSE TUBEROSA UMA DOENÇA POUCO DIAGNOSTICADA Marco Metzger, Luiz Fernando Resende da Silva Nominato, Eustáquio José Pimenta Azevedo Júnior DE CASOS 186. NON-ISCHAEMIC CENTRAL RETINAL VEIN OCCLUSION IN A YOUNG PATIENT ASSOCIATED WITH CHRONIC INTRANASAL COCAINE ABUSE Rafael Miranda Sousa, Aloísio Nakashima, Walter Takahashi Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) 176. ESTRIAS ANGIÓIDES COM MEMBRANA NEOVASCULAR SUB-RETINIANA Gilberto Timm Filho, Raphael Freitas Gomes Silva, Oscar Vilasboas Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 187. O BEVACIZUMAB (AVASTIN) NO TRATAMENT0 DA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE: NOSSOS PRIMEIROS RESULTADOS João Orlando Ribeiro Gonçalves, Giordano C. Santos Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) 177. FINDINGS OF ISCHEMIC MACULOPATHY OBSERVED BY SPECTRAL DOMAIN OCT AND FLUORESCEIN ANGIOGRAPHY IN SICKLE CELL DISEASE Fundação Oftalmológica do Piauí - Teresina (PI) 188. OCLUSÃO BILATERAL DE ARTÉRIA CENTRAL DA RETINA EM PACIENTE HIV POSITIVO Erica Coelho, Murilo Abud, David Isaac Ígor Sandes Pessoa da Silva, Bruno de Paula Freitas, Otacílio de Oliveira Maia Jr. Centro de Referência em Oftalmologia (CEROF) - Goiânia (GO) Hospital São Rafael - Fundação Monte Tabor - Salvador (BA) / Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 189. OCLUSÃO DE VEIA CENTRAL DA RETINA BILATERAL SECUNDÁRIO A DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNAS Geraldine Trevisan Tecchio, Fabio Busch, Ralfh Rodrigues Brandolt 178. FOSSETA CONGÊNITA DO DISCO ÓPTICO Hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes - São José (SC) Márcio Augusto Nogueira Costa, Manoel Abreu, Gustavo Albuquerque 190. OCLUSÃO VASCULAR BILATERAL EM PACIENTE GLAUCOMATOSO E DISLIPIDÊMICO Instituto Penido Burnier - Campinas (SP) 179. HEMORRAGIA PRÉ-RETINIANA E MEMBRANA HIALÓIDE TRACIONAL EM MIOPIA DEGENERATIVA NUMA CRIANÇA DE 12 ANOS Barbara Ribeiro de Vargas, Thales Pádua Brasileiro, Luis Felipe da Silva Alves Carneiro Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) Marília Bezerra Cavalcanti Dias, Michelle Cantisani, Tarcizio José Dias Centro Oftálmico Tarcizio Dias - João Pessoa (PB) 191. PAPILITE DE JENSEN 180. HEMORRAGIA SUB-RETINIANA E VÍTREA MACIÇA APÓS COMBINAÇÃO DE TRATAMENTOS (LUCENTIS-PDT) Francisco José Ferreira Simão, Antonio Alexander Leite Simão, Antonio Felipe Leite Simão Fundação Leiria de Andrade - Fortaleza (CE) Alexandre Campelo Ramiro, Oscar Villas Boas, André Luís Carvalho Moura Bastos Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) 192. RANIBIZUMAB INTRAVÍTREO SEGUIDO DE VITRECTOMIA NA DOENÇA DE EALES Siro Shinti Nozaki, Luiz Angelo Rossato, André Carvalho Kreuz 181. HEMORRAGIA VÍTREA ASSOCIADA A MEMBRANA NEOVASCULAR SUB-RETINIANA EM PACIENTE COM ESTRIAS ANGIÓIDES IDIOPÁTICAS Aurelita de Assis Formiga Teódulo, Ramon Carlos Martins Barreto Neto, Ana Paula Furtado Tupynambá Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 193. RANIBIZUMABE X BEVACIZUMABE NA TELANGIECTASIA MACULAR TIPO 2 Rodrigo Pessoa Cavalcanti Lira, Tiago Cavalcanti, Valdir Balarim Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas (SP) 182. HIPOPLASIA FOVEAL ISOLADA 194. RAREFAÇÃO DO EPITÉLIO PIGMENTADO DA RETINA NA SÍNDROME DE HUNTER Júlio César Costa Pereira, Flávia Sotto-Maior Januário, Márcia Gotelip Delgado Reinaldo Nishimura, Denis Cardoso Hueb, João Alberto Holanda de Freitas Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - Juiz de Fora (MG) 183. INJEÇÃO INTRAVÍTREA DE RANIBIZUMABE NO PRÉ-OPERATÓRIO DO DESCOLAMENTO TRACIONAL DIABÉTICO GRAVE Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) - Sorocaba (SP) 195. REDUÇÃO BILATERAL DA ESPESSURA RETINIANA EM PACIENTES COM SÍNDROME DE ALPORT André Luiz Moura Bastos, Ana Cândida Bispo França, Alexandre Campelo Ramiro Cíntia Maria Félix Medrado Parcero, Eduardo Ferrari Marback, Otacílio de Oliveira Maia Jr Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Hospital São Rafael - Fundação Monte Tabor - Salvador (BA) / Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 196. COLOBOMA CÍSTICO DO NERVO ÓPTICO 184. MACULOPATIA TÓXICA POR PACLITAXEL Ruy César da Silva Orlandi, Renata Portella Nunes, Eduardo Buchelle Rodrigues Alexandre dos Reis Ráo, Paulo Antonio Barbisan, Paulo Rodolfo Tagliari Barbisan Hospital Regional São José Dr. Homero Miranda Gomes - São José (SC) Centro Oftalmológico Santa Luzia - Ribeirão Preto (SP) 197. RESOLUÇÃO DE BURACO MACULAR IDIOPÁTICO COM USO DE BEVACIZUMAB INTRAVÍTREO 185. MEMBRANA NEOVASCULAR SUB-RETINIANA Maria Vitória de Oliveira Correia, André Almeida e Araújo, Monike Paula Gomes Vieira Mariana Rabello Montenegro, Aline Reetz Conceição, Carlos Alexandre de Amorim Garcia Fundação de Ciência e Pesquisa Maria Ione Xerez Vasconcelos (FUNCIPE) - Fortaleza (CE) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal (RN) RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 67 9/9/2010, 11:57 67 RELATOS DE CASOS 198. RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA DE BURACO MACULAR TRAUMÁTICO Aline Reetz Conceição, Diego Felipe Sampaio Alves, Carlos Alexandre Amorim Garcia 210. SPECTRAL DOMAIN OCT FINDINGS IN A PATIENT WITH SEROUS MACULAR DETACHMENT SECONDARY TO OPTIC DISC PIT Bruno de Paula Freitas, Otacílio de Oliveira Maia Jr., Igor Sandes Pessoa da Silva Universidade de Passo Fundo - Passo Fundo (RS) / Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal (RN) Hospital São Rafael - Fundação Monte Tabor - Salvador (BA) / Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador (BA) 199. RETINOBLASTOMA: PREVALÊNCIA HEREDITÁRIA PELO HALÓTIPO “C” Letícia Halim de Matos, Diego Halim de Matos, Rafael Braga Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS) 211. SPECTRAL DOMAIN OCT NA DISTROFIA DE CONES COM RESPOSTA SUPERNORMAL DE BASTONETES Antonio Brunno Vieira Nepomuceno, Jefferson A. S. Ribeiro, Andre Marcio Vieira Messias 200. RETINOPATIA DIABÉTICA NA GESTAÇÃO Universidade de São Paulo (USP) - Ribeirão Preto (SP) Martha Pereira Lima Lang, Falvio Moura, João Schneider Hospital Nossa Senhora da Conceição - Porto Alegre (RS) 212. TELANGIECTASIA JUSTAFOVEAL TIPO 2 X RANIBIZUMAB (LUCENTIS®) Oscar Villas Boas, André Luís Carvalho Moura Bastos, Alexandre Campelo Ramiro 201. RETINOPATIA EM CRIANÇA DE QUATRO ANOS DE IDADE COM DOENÇA FALCIFORME Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Henrique Correa Aterje, José Osório Duarte Júnior, Ana Paula Matos Ferreira Instituto Suel Abujamra - São Paulo (SP) 213. TERAPIA COMBINADA PARA O TRATAMENTO DE DMRI EXSUDATIVA Henrique Viana Vieira, Gilberto Timm Filho, Raphael Freitas Gomes e Silva 202. RETINOPATIA EM PACIENTE PORTADORA DE HEPATITE C TRATADA COM PEGINTERFERON ALFA 2A E RIBAVIRINA Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) Gustavo Sampaio de Faria, Paula Cotrim Duarte Sampaio, Flávia Sotto-Maior Januário Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora (MG) 214. TOXOPLASMOSE OCULAR MASCARANDO SÍFILIS OCULAR Ellano de Medeiros Ferreira, Antonio Alexander Leite Simão, José Newton Dias Escossia 203. RETINOPATIA ISQUÊMICA GRAVE EM PACIENTE COM DOENÇA DE STILL DO ADULTO Fundação Leiria de Andrade - Fortaleza (CE) Marco Antônio Leite, Fabrício Lopes da Fonseca, Sérgio Luis Gianotti Pimentel 215. TRAÇÃO VÍTREA SOBRE A MÁCULA E OCT Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Elvira Barbosa Abreu, Thiago Chagas, Manoel Abreu Instituto Penido Burnier - Campinas (SP) 204. RETINOPATIA POR TALCO Carlos Eduardo Zanetti Alves Pereira, Rafaello Sala Pasquinelli, Ana Cláudia de Lima Silveira 216. UVEÍTE SECUNDÁRIA À TUBERCULOSE Arthur Costa Lima Filho, Alexander Simão Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) - Campinas (SP) Fundação Leiria de Andrade - Fortaleza (CE) 205. RETINOPATIA PÓS-RADIOTERAPIA EM LINFOMA NÃO HODGKIN ORBITÁRIO Nattasha Poli de Carvalho Villas, Demian Temponi, Elizabeth Beire Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro (RJ) 217. VITREORRETINOPATIA EXSUDATIVA FAMILIAR SIMULANDO DOENÇA DE COATS Adriane Almeida Brasil, Marcelo Mendes Lavezzo, Alan Kardec Barreira Júnior 206. RETINOPATIA VASO-OCLUSIVA NO LES ASSOCIADA À SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE Cristiana Dumaresq de Oliveira, Daniel Araújo Ferraz, Walter Yukihiko Takahashi Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 218. CORPO ESTRANHO INTRAOCULAR Edson Martins da Rocha Neto, Adriane Almeida Brasil, Thiago Gonçalves dos Santos Martins Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 207. SÍNDROME DA DISTROFIA DE CONES COM ERG ESCOTÓPICO SUPRANORMAL E PROLONGADO: PRIMEIRO CASO DESCRITO NO BRASIL Luciana Teixeira de Campos Cella, Aurelita de Assis Formiga Teódulo, Wener Passarinho Cella 219. CORPO ESTRANHO INTRAOCULAR SEM HEMORRAGIA VÍTREA E COM VISÃO 20/20 Renata Toledo Lopes Chiareli, Jussara Frade Figueiredo, Luana Camargos Guedes Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) 208. SÍNDROME DE MÚLTIPLOS PONTOS BRANCOS EVANESCENTES ASSOCIADA COM UVEÍTE INTERMEDIÁRIA COM UVEÍTE INTERMEDIÁRIA 220. ENUCLEAÇÃO TRAUMÁTICA POR ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO Antônio Felipe Leite Simão, Antonio Alexander Leite Simão Fernanda Carvalho Oliveira, Ricardo Castanheira de Carvalho, Camila Vigolvino Lopes Pinto Hospital Geral de Fortaleza - Fortaleza (CE) / Fundação Leiria de Andrade - Fortaleza (CE) Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Brasília (DF) 209. SÍNDROME DOS MÚLTIPLOS PONTOS EVANESCENTES (MEWDS) Raphael Freitas Gomes e Silva, Gilberto Timm Filho, Oscar Villas Boas Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia 68 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 68 9/9/2010, 11:57 RELATOS 221. SECÇÃO DE NERVO ÓPTICO POR FERIMENTO DE ARMA BRANCA SEM LESÃO DE GLOBO OCULAR DE CASOS 232. QUADRO PRESUMÍVEL INICIAL DE TOXOCARÍASE OCULAR Virgínia dos Reis Lopes, Camila Pereira Pacheco, Mariana Nogueira da Silva Resende Otavio Augusto Londero dos Santos, Maria de Lourdes Gonçalves Santos, Arnaldo Machado Borges do Vale Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) - Uberlândia (MG) 233. SÍNDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA 222. SÍNQUISE CINTILANTE EM CÂMARA ANTERIOR Taisa Bertocco Carregal, Eliane Chaves Jorge, Kellen C. do Vale Lúcio Isabella Almeida Silveira, Milena Laís Martins Meira, Maria Auxiliadora Monteiro Souza Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Botucatu (SP) Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) Salvador (BA) 234. TOXOCARÍASE OCULAR DO TIPO GRANULOMA PERIFÉRICO: RELATO E TRATAMENTO ESPECÍFICO Daniel Medeiros de Mendonça, Afonso Ligório de Medeiros, Anamaria Coutinho Pessoa 223. TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ÚLCERA CORNEANA POR ASPERGILOS SECUNDÁRIA A TRAUMA OCULAR COM VEGETAL Jussara Carlos Figueiredo Frade, Renata Toledo Lopes Chiareli, Aymara Janaina Soares Fernandes Instituto de Olhos do Recife - Recife (PE) 235. VASCULITE BILATERAL EM TUBERCULOSE OCULAR PRESUMIDA Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte - Belo Horizonte (MG) Glaucio Luciano Bressanim, Priscilla Helen Kuss, Norisvaldo Cesar Bressanim 224. TRAUMA CONTUSO INDUZINDO CATARATA E BURACO MACULAR Instituto da Visão - Cascavel (PR) / Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP) Michelle Sabbagh Carneiro, Clennio Ottoni de Almeida Arêdes, Marco Aurélio Costa Marcondes 236. CEGUEIRA BILATERAL SECUNDÁRIA A ASTROCITOMA PILOCÍTICO Hospital Geral da Lagoa - Rio de Janeiro (RJ) Marta Hercog Batista Rebelo de Matos, Daniela Matos, Daniela Ferraz Valente 225. AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO MICOFENOLATO DE MOFETILA NO TRATAMENTO DE UVEÍTES REFRATÁRIAS A OUTROS IMUNOSSUPRESSORES Oftalmoclin - Salvador (BA) / Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção à Cegueira (IBOPC) - Salvador (BA) Juliana Marques Zaghetto, Joyce Hisae Yamamoto, Carlos Eduardo Hirata Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP) 226. DIFFUSE UNILATERAL SUBACUTE NEURORETINITIS IN THE EARLY PHASE TREATED WITH ALBENDAZOLE Carlos Alexandre de Amorim Garcia, Paulo de Souza Segundo, Carlos Alexandre de Amorim Garcia Filho Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal (RN) 227. GRANULOMA ANULAR ASSOCIADO À UVEÍTE POSTERIOR Anna Paula Reinhold Fagundes, Luis Henrique Stroparo Júnior, Marcelo Luiz Gehlen Hospital Universitário Evangélico de Curitiba - Curitiba (PR) 228. HIV E UVEÍTE: A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES DE RASTREIO PARA ELUCIDAÇÃO DIAGNÓSTICA Heloisa Adas Regianini, Deborah Ribas, Manoela Brüggeman Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis (SC) 229. IRIDOCICLITE CRÔNICA JUVENIL IDIOPÁTICA VERSUS UVEÍTE ANTERIOR CRÔNICA DA ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL Debora Dantas Lins de Albuquerque, Karla Roberta R. A. Medeiros, Ana Carla Paiva. M. Cahino Centro Oftálmico Tarcísio Dias - João Pessoa (PB) / Instituto Visão para Todos - João Pessoa (PB) 230. LEPTOSPIROSE OCULAR Vicente Mendes Pereira, Fernando Miyazaki, Marcelo Gehlen Universidade Evangélica do Paraná - Curitiba (PR) 231. TOXOCARÍASE OCULAR EM CRIANÇA DE DOIS ANOS DE IDADE Marcos Massato Hirahata, Anderson Soares Miziara, Letícia Mendonça Cattelan Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) - Campo Grande (MS) XIX C ONGRESSO B RASILEIRO RELATOS CASOS DE DA DE P REVENÇÃO C EGUEIRA E R EABILITAÇÃO V ISUAL Textos sem revisão editorial pelos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 59-69 7 Relatos de casos.pmd 69 9/9/2010, 11:57 69 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento Í NDICE Nº DOS T EMAS L IVRES TEMAS LIVRES POR PÁG. CATARATA TL 002 TL 003 Confiabilidade da acuidade visual pós-operatória de catarata mediante medição da acuidade visual com retinômetro Heine ........................................................................... Custo-efetividade da cirurgia de catarata em um hospital público num país em desenvolvimento ........ Relação da concentração do ácido ascórbico no humor aquoso com a plasmática e com a transparência cristaliniana ............................................................................................ E N ÚMERO NEUROFTALMOLOGIA TL 015 TL 001 Á REA TL 016 10 10 Correlação entre o OCT Fourier domain e o eletrorretinograma de padrão reverso multifocal na compressão quiasmática ........................................................................ 13 ® Habilidade diagnóstica do 3D OCT-1000 e banco de dados normativos na detecção da perda neural por tumores hipofisários ........................................................................ 13 OFTALMOPEDIATRIA TL 017 Criação de um escore capaz de prever a ocorrência da retinopatia da prematuridade ................................................. 14 10 ONCOLOGIA CIRURGIA REFRATIVA TL 004 Reprodutibilidade da espessura do I-Lasik flap utilizando tomografia de coerência óptica de segmento anterior ..................................................................................................... TL 018 10 CÓRNEA TL 005 TL 006 TL 007 TL 008 Ceratectomia lamelar anterior profunda usando a técnica big-bubble em pacientes com ceratocone .. 11 Queimadura química grave: o papel da ceratoprótese de Boston na reabilitação visual .............................................. 11 Técnica de enucleação com menor risco de sangramento e hematomas em doadores de córnea no banco de olhos do Amazonas ................................................... 11 Transplante endotelial automatizado utilizando microcerátomo de fabricação brasileira .................................. 11 TL 010 TL 011 TL 019 Ângulo interorbitário e protrusão ocular nos exorbitismos sindrômicos ...................................................................... 14 TL 020 Padrões radiológicos de inflamação orbitária idiopática em crianças e adultos ...................................................... 14 PATOLOGIA EXTERNA TL 021 TL 022 "Tea tree oil" no tratamento da blefarite crônica por Demodex sp ......................................................................................... 15 Tratamento de Demodex folliculorum com ivermectina em pacientes portadores de blefarite crônica ... 15 PLÁSTICA OCULAR / VIAS LACRIMAIS Comparação de dois métodos para realização do teste de fixação preferencial em pacientes com estrabismo ............................................................................................. Estudo comparativo de substâncias viscoelásticas para promoção da estabilização do equilíbrio oculomotor sem impedir rotações .................................................................... Prevalência de ambliopia e erros refrativos em crianças portadoras da sequência de Möbius .................................... TL 023 12 12 TL 024 TL 025 12 Aberrações ópticas de alta ordem em pacientes com distonias faciais .................................................................................... 15 Avaliação de ptose de supercílio no pós-operatório de cirurgia de blefaroplastia superior utilizando medidas angulares ................................................................................... 15 Comparação entre duas apresentações de toxina botulínica tipo A para o tratamento de distonias faciais 16 PREVENÇÃO DE CEGUEIRA TL 026 GLAUCOMA TL 012 Ambliopia em escolares da 1ª série da rede pública da cidade de São Paulo ................................................................ 16 16 Fatores associados à resposta da cabeça do nervo óptico à variação da pressão intraocular em pacientes glaucomatosos ..................................................................................... 12 Cirurgia de catarata: custos para os pacientes no período pós-operatório ................................................................ TL 013 [Retirado a pedido do autor] ................................................. 13 RETINA TL 014 Tomografia de coerência óptica Fourier-domain e time-domain em pacientes glaucomatosos com defeito de hemicampo ....................................................................... 70 TL 027 TL 028 13 Redução da espessura do complexo de células ganglionares macular em pacientes diabéticos sem retinopatia .................................................................................................. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 14 ÓRBITA ESTRABISMO TL 009 Uso do colírio azul de toluidina a 1% no diagnóstico das neoplasias de células escamosas da superfície ocular ......................................................................................................... 70 9/9/2010, 12:06 16 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento TL 029 TL 030 TL 031 TL 032 TL 033 TL 034 UVEÍTES / AIDS Alterações maculares após cirurgia não complicada de facoemulsificação com implante de LIO através de OCT spectral domain ...................................................................... 17 Protocolo experimental para quantificar a tração aplicada na retina pelas ponteiras de vitrectomia .............. 17 Avaliação da sensibilidade ao contraste no tratamento do edema macular diabético - estudo piloto ............... 17 Ensaio clínico aleatorizado da crioterapia intraoperatório versus fotocoagulação a laser para retinopexia ................................................................................................. TL 035 TL 036 TL 037 17 Avaliação da integridade dos fotorreceptores maculares em pacientes com doença de Vogt-KoyanagiHarada, estágio tardio .................................................................... 18 Caracterização eletrorretinográfica panretiniana e macular dos olhos de pacientes com doença de VogtKoyanagi-Harada ................................................................................ 18 Comunicação entre Toxoplasma gondii e seu hospedeiro: impacto do genótipo do parasita na resposta inflamatória ........................................................................................... 19 VISÃO SUBNORMAL Investigação experimental de agulhas e seringas, técnicas de injeção intravítrea e distribuição de droga no vítreo .................................................................................................. 18 Neovascularização retiniana induzida por injeções intravítreas de VEGF165: modelo experimental em coelhos 18 TL 038 TL 039 Perfil da avaliação comportamental do processamento auditivo em crianças com baixa visão .................................. 19 Perspectivas e óbices em relação ao uso de sistemas telescópicos por escolares com baixa visão ..................... 19 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 71 9/9/2010, 12:06 71 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento Í NDICE Nº DOS PÔSTERES PÔSTERES PÁG. POR P 017 P 002 P 003 P 004 P 005 P 006 P 007 P 008 P 009 P 010 P 011 P 012 P 013 P 014 Alterações estruturais nos genes CRYAA, CRYGC e CRYGD em pacientes com catarata congênita - resultados preliminares ........................................................................... Análise dos custos da cirurgia de catarata realizada pelo residente ..................................................................................... Aspectos epidemiológicos dos portadores de catarata senil na comunidade de Pratânia - SP ................................ 22 26 P 018 Avaliação clínica e por meio de OCT Visant de pacientes com infecção prévia por Neisseria spp ............ 26 P 019 Avaliação da precisão da paquimetria corneana de contato por ultrassom .................................................................... 26 P 020 Avaliação do astigmatismo e acuidade visual póstransplante endotelial (DSAEK) ............................................... 26 22 P 021 Avaliação do conhecimento da população em relação aos estudantes de medicina sobre o processo de doação de córnea .............................................................................. 27 P 022 Avaliação do uso do "crosslinking" do colágeno para tratamento de ceratopatia bolhosa ...................................... 27 P 023 Características epidemiológicas e etiológicas das ceratites infecciosas em centro de referência no Brasil ........................................................................................................... 27 Causas de descarte de córneas e perfil do doador no Banco de Olhos do HUPAA-UFAL: janeiro de 2008 a março de 2010 .................................................................................... 27 P 025 Cola biológica Tissucol versus nylon 10.0 na exerese de pterígio primário usando transplante de conjuntiva autólogo .................................................................................................. 28 P 026 Espátula de Kimura versus escova CSM: eficiência na coleta de raspados em ceratites infecciosas ................... 28 Incidência de glaucoma pós ceratoplastia penetrante no ano de 2009 no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes/UFAL ...................................................................................... 28 P 028 Indicações para ceratoplastia penetrante e lamelar no Hospital de Clínicas-UFTM ......................................................... 28 P 029 Prevalência da síndrome do olho seco em pacientes com retinopatia diabética proliferativa ............................. 29 22 Biometria na cirurgia de catarata pediátrica unilateral . 23 Cirurgia de catarata em hospital público: o que mudou entre 1998 e 2008? ....................................................... 23 Cirurgia de catarata realizada por residentes: avaliação dos riscos .................................................................................. 23 Classificação da catarata através da imagem de Scheimpflug e sua relação com gasto de energia e tempo da facoemulsificação ...................................................... 23 Prevalência de afecções oculares e sistêmicas prévias e sua influência no resultado final da facectomia ........ 24 Programa de ensino de facoemulsificação CBO/Alcon: resultados do Hospital de Olhos do Paraná .................... 24 Relação entre k, comprimento axial e satisfação de pacientes submetidos à LIO multifocais Restor® em ambos os olhos .................................................................................... 24 24 P 016 72 P 024 P 027 CIRURGIA REFRATIVA P 030 Demonstração da sensibilidade e especificidade da avaliação tomográfica na seleção de candidatos à cirurgia refrativa ................................................................................. Programa desenvolvido para ceratometria em palm top ............................................................................................................... 29 P 031 Protocolo de tratamento para ceratoconjuntivite primaveril ..................................................................................................... 29 P 032 Surto epidêmico de úlcera de córnea em usuários de lente de contato colorida em Hospital Universitário de Belém do Pará ............................................................................. 29 P 033 Uso de ganciclovir 0,15% gel para tratamento de certatoconjuntivite adenoviral ................................................. 30 Ocular response analyzer parameters in keratoconus with “normal” central corneal thickness compared with matched control .................................................................... 25 25 CÓRNEA P 015 N ÚMERO 22 Avaliação da expectativa e qualidade de vida dos pacientes submetidos à facectomia e sua relação com a escolaridade ...................................................................................... Transmissão do vírus Piry pelo instrumental cirúrgico da facoemulsificação: desenvolvimento de um modelo experimental ........................................................................... E Avaliação através da tomografia de coerência óptica de anéis implantados manualmente e com o laser de fentosegundo ...................................................................................... CATARATA P 001 Á REA Análise do diagnóstico e perfil dos pacientes submetidos a transplante de córnea no Hospital de Olhos do Paraná Análise microbiológica dos botões corneoesclerais do Banco de Olhos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto .................................................................................................. DOENÇAS SISTÊMICAS 25 P 034 25 Alterações oftalmológicas nos pacientes portadores de esclerose sistêmica em acompanhamento ambulatorial ................................................................................................. Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 72 9/9/2010, 12:06 30 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento P 035 P 036 P 037 Estudo sobre a correlação entre atividade da artrite reumatóide e a gravidade do olho seco ........................... 30 Manifestações oculares em pacientes portadores da síndrome de Williams .................................................................... 30 Prevalência de Demodex sp. nos cílios de pacientes diabéticos ............................................................................................... 31 P 056 Cirurgia monocular para esotropias de grande ângulo 35 P 057 Metodologia computacional para detecção automatizada do estrabismo ...................................................................... 36 P 058 Toxina botulínica no tratamento de estrabismo: experiência da Escola Paulista de Medicina ......................... 36 P 059 Utilização da internet para disponibilização de casos clínicos de estrabismo no aprendizado em oftalmologia ........................................................................................................... 36 Variação da amplitude da rima palpebral na correção cirúrgica do estrabismo horizontal ....................................... 36 EPIDEMIOLOGIA P 038 P 039 P 040 P 041 P 042 P 043 P 044 P 045 P 046 P 047 P 048 P 049 P 050 P 051 P 052 P 053 P 054 Associação entre a frequência de conjuntivite viral e variações de parâmetros climáticos ...................................... Avaliação da acuidade visual em escolares do ensino fundamental da rede pública de Volta Redonda - RJ, entre 2004 e 2008 ............................................................................ 31 31 Caracterização das indicações de transplante de córnea em pacientes que procuram o Hospital Estadual Brigadeiro (SUS) ................................................................................ 31 Causas de cegueira e deficiência visual na população de menores de 18 anos da cidade de Pratânia ............ 32 Epidemiologia do trauma ocular infantil atendido no Serviço de Oftalmologia da Santa Casa de Misericórdia de Santos ................................................................................ 32 Epidemiologia do trauma ocular na emergência do HBDF ......................................................................................................... 32 P 060 GLAUCOMA P 061 Aderência ao tratamento do glaucoma e sua relação com fatores sociodemográficos ............................................... 37 P 062 Análise do complexo de células ganglionares versus camada de fibras nervosas peripapilar para diagnóstico de glaucoma .............................................................................. 37 P 063 Avaliação da espessura macular com tomografia de coerência óptica Fourier-domain em pacientes com campo visual tubular ....................................................................... 37 Avaliação da pressão de perfusão ocular em pacientes com insuficiência cardíaca ........................................................... 37 Comparação da aderência no uso de colírios hipotensores oculares em serviços público e privado ............... 38 P 066 Comparação entre HRT-II e avaliação de estereofotografias de discos ópticos por especialistas em glaucoma ................................................................................................ 38 P 067 Correlação entre setores do campo visual e da camada peripapilar de fibras nervosas da retina medida com OCT-FD .................................................................................................... 38 P 068 Estudo comparativo entre os picos e médias de pressão intraocular após realização do TSH e CTD .... 38 P 069 Estudo comparativo entre tonômetro de Goldmann e o tonômetro de Pascal no TSH em pacientes com GPAA e olhos normais .................................................................... 39 Influência da facoemulsificação na pressão intraocular e na medida do ângulo da câmara anterior ................... 39 Efeito aprendizado da perimetria de frequência dupla Humphrey Matrix em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ...................................................................................... 39 Mudança postural da pressão intraocular em crianças saudáveis de Almirante Tamandaré (PR) projeto glaucoma ................................................................................................ 39 Mudanças na pressão de perfusão ocular induzidas pela postura: uma comparação entre cirurgia fistulizante e colírios ................................................................................. 40 P 074 Perfusão ocular durante a hemodiálise .............................. 40 P 075 Progressão de perdas campimétricas em pacientes com diferentes polimorfismos do gene TP53 .............. 40 P 064 P 065 Epidemiologia dos pacientes portadores de pterígio oriundos da região do Alto Tietê - UMC .......................... 32 Epidemiologia, acuidade visual e ametropia de crianças com conjuntivite alérgica .................................................... 33 Expectativas e conhecimento entre pacientes com indicação de transplante de córnea ..................................... 33 Motivação de oftalmologistas para a escolha da especialidade ........................................................................................... 33 Perfil clínico e epidemiológico dos traumas oculares no pronto-socorro de referência em Uberaba - MG . 33 Perfil clínico-epidemiológico de pacientes encaminhados para transplante de córnea no Hospital Oftalmológico de Sorocaba ............................................................ 34 Perfil das urgências oftalmológicas em pronto-atendimento de referência na cidade de Jundiaí - São Paulo 34 Sazonalidade das ceratites infecciosas na região de Ribeirão Preto-SP .............................................................................. 34 Tracoma: perfil epidemiológico pós-tratamento coletivo em Urucará, Arez (RN), Brasil, de 2006 a 2008 34 Urgências oftalmológicas em hospital de referência: Santa Casa de Campo Grande/MS ......................................... 35 Vigilância epidemiológica das conjuntivites no Estado de São Paulo ......................................................................................... 35 P 070 P 071 P 072 P 073 ESTRABISMO P 055 Ação da toxima botulínica na contração isométrica do reto medial e reto lateral em pacientes com exotropia e esotropia ............................................................................................. 35 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 73 9/9/2010, 12:06 73 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento P 076 P 077 P 078 P 094 Relação entre resposta fotópica negativa, eletrorretinograma padrão e a perimetria visual automatizada em glaucomatosos ........................................................................... 40 Resultados do implante de Schocket modificado em glaucoma refratário ......................................................................... 41 Taxa de perda de seguimento ambulatorial em pacientes do Setor de Glaucoma da Santa Casa de Mogi das Cruzes, Alto Tietê ..................................................................... Comparação da oclusão do ponto lacrimal com o uso de lubrificante ocular no olho seco associado à artrite reumatóide ........................................................................................... 45 P 095 Complicações e recidiva após cirurgia de pterígio com transplante conjuntival autólogo com sutura e cola de fibrina ...................................................................................... 45 P 096 Prevalência de Demodex sp. nos cílios de pacientes com transplante renal .................................................................... 45 41 PESQUISA BÁSICA LENTE DE CONTATO P 079 Características das lentes gelatinosas descartáveis em casos de ceratite por Acanthamoeba ......................... P 097 NEUROFTALMOLOGIA P 080 Avaliação da camada de fibras nervosas da retina usando OCT em mielite transversa longitudinal extensa ........................................................................................................... 41 P 081 Avaliação visual na esclerose múltipla ................................. 42 P 082 Eletrorretinograma multifocal por padrão reverso na detecção da lesão neural na atrofia em banda do nervo óptico ........................................................................................................ 42 Neuropatia óptica isquêmica anterior: aspectos epidemiológicos ....................................................................................... 42 P 083 P 084 Pupila tônica de Adie: aspectos epidemiológicos ..... P 085 Quantificação da perda axonal em pacientes com AC anti-AQP-4, com ou sem neurite óptica, usando o OCT de alta resolução ................................................................................ 42 43 OFTALMOPEDIATRIA P 086 P 087 P 088 Biometria para monitorização do crescimento do olho míope na infância .............................................................................. 43 Lensectomia e vitrectomia anterior via pars plicata como opção cirúrgica à catarata infantil ............................ 43 Saúde ocular de escolares da rede pública de ensino: impacto de campanha em Florianópolis .......................... 43 ONCOLOGIA P 089 Análise retrospectiva dos tumores conjuntivais submetidos à cirurgia de ressecção ............................................. Análise da lágrima e saliva de pacientes portadores de rosácea ocular para a descoberta de biomarcador .... 46 P 098 Avaliação da concentração de metabólitos do óxido nítrico na lágrima de pacientes com conjuntivite viral . 46 P 099 Indicações e estudo anatomopatológico de olhos enucleados no Hospital Universitário Professor Edgard Santos ........................................................................................................ 46 P 100 Protótipo para determinação de categoria de lentes de óculos para medidas de ultravioleta ............................ 46 Ultrassom de alto foco e intensidade para reduzir a dureza da lente na cirurgia de catarata ............................. 47 41 P 101 PLÁSTICA OCULAR / VIAS LACRIMAIS P 102 Avaliação da posição do supercílio e das assimetrias palpebrais em idosos usando medidas digitais ........... 47 P 103 Blefaroplastia e pressão intraocular ....................................... 47 P 104 Condutas para reparação da cavidade anoftálmica no Brasil e no mundo ............................................................................. 47 P 105 Efeito da toxina botulínica nos sintomas de depressão e ansiedade em pacientes com distonias faciais .......... 48 Epidemiologia dos pacientes do Ambulatório de Oculoplástica na Santa Casa de Mogi das Cruzes/Alto Tietê de 2007 a 2009 ..................................................................... 48 P 107 Evisceração: causas mais frequentes de indicação no Setor de Oftalmologia do Hospital Padre Bento ........ 48 P 108 Fotografia clínica padronizada: o papel do flash ......... 48 P 109 Importância da projeção axial do bulbo ocular no entrópio involucional e no ectrópio involucional da pálpebra inferior ............................................................................... 49 Perfil dos portadores de cavidade anoftálmica - estudo na Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP 49 P 106 44 ÓRBITA P 110 P 090 Corticoterapia local em orbitopatia distireoideana .. P 091 Fluxo na veia oftálmica superior ao ecoDoppler em pacientes com forma congestiva da orbitopatia de Graves pré e pós-tratamento .................................................... 44 PREVENÇÃO DE CEGUEIRA 44 P 111 Avaliação do perfil da retinopatia diabética em pacientes diabéticos do 5º Mutirão do Diabetes de Itabuna-BA ............................................................................................. 49 P 112 Avaliação e correlação das microangiopatias diabéticas nos pacientes do 5º Mutirão do Diabetes de Itabuna-BA ............................................................................................. 49 Condutas reabilitacionais interdisciplinares para pessoas com distrofias hereditárias de retina ........................ 50 PATOLOGIA EXTERNA P 092 P 093 74 Avaliação da toxicidade ocular após instilação tópica de doadores de óxido nítrico in vivo .................................. Avaliação de sintomas e satisfação após cirurgia de pterígio e transplante conjuntival autólogo com sutura ou cola ............................................................................................ 44 P 113 45 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 74 9/9/2010, 12:06 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento P 114 Correlação da pressão intraocular inicial e cirurgia em pacientes do Curso de Especialização em Oftalmologia - UMC ................................................................................... 50 P 115 Eficácia do TRV como estratégia de prevenção de cegueira infantil no Estado do Ceará ................................... 50 P 116 Perfil e destino dos pacientes atendidos na triagem de oftalmologia em hospital universitário ....................... 50 P 117 P 118 P 119 Perfil sociodemográfico de crianças com deficiência visual atendidas no serviço de habilitação do Cepre FCM - Unicamp .................................................................................. 51 Prevalência e características do pterígio em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá, Amazonas, Brasil ............................................................................................ 51 Perfil da emergência ocular de um hospital terciário do nordeste do Brasil ..................................................................... 51 PROPEDÊUTICA P 120 P 121 Comparação entre as medidas da espessura corneana no paquímetro ultrassônico e no tomógrafo de coerência óptica ................................................................................. 51 Eletrovisuograma axonal: achados em indivíduos normais ..................................................................................................... 52 P 131 Perfil dos fatores de risco e gravidade de retinopatia diabética em diabéticos tipo 2 ............................................... 54 P 132 Perfil epidemiológico de pacientes submetidos à injeção intravítrea do ambulatório de retina do SUS do HBO-POA ........................................................................................ 54 P 133 Recovery of the electroretinogram b-wave amplitude after bleaching in early AMD ............................................ 55 P 134 Sistema de documentação computadorizada e manejo de dados em repetidas injeções de anti-VEGF ou corticosteróides .................................................................................. 55 TRAUMA P 135 Achados epidemiológicos do trauma ocular ................. 55 P 136 Avaliação do conhecimento sobre urgências oftalmológicas dos médicos residentes do HMCP ............... 55 P 137 Avaliação do conhecimento sobre urgências oftalmológicas em estudantes da Faculdade de Medicina da PUC - Campinas .......................................................................... 56 P 138 Causas de evisceração e perfil epidemiológico dos pacientes na Fundação Altino Ventura ............................... 56 REFRAÇÃO P 122 P 123 P 124 UVEÍTES / AIDS Avaliação do astigmatismo ceratométrico nos pacientes submetidos à cirurgia de facoemulsificação .... 52 Fotografia em armação com régua milimetrada, novo método de medida da distância nasopupilar ............... Percepção dos professores sobre os erros refracionais dos alunos no ensino fundamental ........................................ P 139 Análise de 31 casos de esclerite - experiência de um serviço de reumato-oftalmologia .......................................... 56 52 Tuberculose ocular: resposta oftalmológica ao tratamento específico .......................................................................... 56 52 VISÃO SUBNORMAL P 140 RETINA P 125 P 126 P 127 P 128 P 129 P 130 P 141 Correlação estrutural e funcional da mácula na retinopatia diabética proliferativa tratada com laser e triancinolona ..................................................................................... 53 Eficácia do bevacizumab intravítreo em pacientes com MNVSR secundária à distrofia viteliforme do adulto ... 53 Epidemiologia da endoftalmite em um hospital de referência ................................................................................................ 53 Incidência de retinopatia diabética e perfil dos pacientes diabéticos do ambulatório de endocrinologia da universidade .................................................................................. 57 P 142 Atenção oftalmológica para baixa visão em nível terciário: auxílios ópticos na perda visual por retinopatia diabética .............................................................................. 57 P 143 Características e percepções de autoeficácia de estudantes com deficiência visual incluídos no ensino regular ...................................................................................................... 57 Implantação de projeto de reabilitação visual do idoso no Hospital das Clínicas da UFPE ............................. 57 P 145 [Transferido] ...................................................................................... 58 P 146 Reabilitação grupal de adolescentes com baixa visão: projeto terapêutico interdisciplinar .................................... 58 P 147 Reabilitação visual de escolares com baixa visão ......... 58 P 148 Retinopatia da prematuridade: estudo de uma população com deficiência visual ................................................. 58 53 Eficácia do bevacizumab intravítreo em pacientes com membrana neovascular sub-retiniana secundária à alta miopia ......................................................................................... Frequência e gravidade da retinopatia diabética em pacientes diabéticos sob hemodiálise num hospital de referência ........................................................................................ Atenção oftalmológica à população idosa com perda visual: emprego de auxílios ópticos na DMRI ................ P 144 54 54 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 75 9/9/2010, 12:06 75 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento Í NDICE Nº DOS RELATOS DE RELATOS DE CASOS CASOS PÁG. RC 002 Catarata congênita e microcórnea em uma família brasileira .................................................................................................. RC 003 Descolamento tardio bilateral da membrana de Descemet após facoemulsificação .................................................. Á REA E N ÚMERO RC 024 Ferroada de marimbondo ocular .......................................... 60 RC 025 Haze corneano com BAV em síndrome de Muckle Wells .......................................................................................................... 60 60 RC 026 Implante de anel intraestromal usando laser de femtosegundo para tratamento do ceratocone .................... 60 60 RC 027 Indicações de ceratoplastia penetrante realizadas no Hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis - SC 61 RC 028 Interface blood after descemet stripping automated endothelial keratoplasty (DSAEK) .......................................... 61 61 CATARATA RC 001 Avaliação da estabilidade rotacional da LIO tórica ..... POR 60 RC 004 Evolução da acuidade visual em crianças afácicas e pseudofácicas operadas de catarata congênita bilateral ........................................................................................................ 60 RC 029 Necrose escleral - complicação pós transplante de córnea em ceratite por Acanthamoeba ............................. RC 005 Preservação da acuidade visual após dois quadros consecutivos de endoftalmite pós-operatória .............. 60 RC 030 O perfil microbiológico das úlceras de córnea na região de Ribeirão Preto - SP ................................................... 61 60 RC 031 Perfil das principais indicações de transplante de córnea no Hospital Universitário Prof Edgar Santos .. 61 RC 032 Qualidade de vida de pacientes submetidos a transplante penetrante de córnea no Hospital das Clínicas da Unicamp .......................................................................................... 61 RC 033 Resultados de transplante de córnea com finalidade óptica em serviço universiário da região nordeste .... 61 RC 034 Resultados de transplante de córnea com finalidade tectônica em serviço universitário da região nordeste . 61 60 RC 035 Síndrome de Urrets-Zavalia após patch de córnea ... 61 RC 009 Acupuntura como tratamento adjuvante na ceratoconjuntivite vernal ............................................................................ 60 RC 036 Transplante de limbo e córnea em criança com síndrome EEC ...................................................................................... 61 RC 010 Afinamento corneano periférico e estafilococcia ......... 60 RC 011 Apresentação atípica de anomalia de Axenfeld ........... 60 RC 037 Transplante heterólogo de esclera no tratamento de úlcera neurotrófica perfurada ................................................... 61 RC 038 Tratamento de úlcera fúngica por Scedosporuim apiospermum ...................................................................................... 61 RC 039 Úlceras corneanas imunológicas recorrentes ................. 61 RC 006 Síndrome de Irvine Gass tratada com injeções intravítreas de triancinolona .......................................................... CIRURGIA REFRATIVA RC 007 Ectasia corneana secundária a LASIK após ceratotomia arqueada ................................................................................................. 60 CÓRNEA RC 008 A observação da neovascularização corneana em pacientes sob efeito de injeção de Bevacizumab subconjuntival ...................................................................................... RC 012 Apresentação atípica de ceratite por Acanthamoeba 60 RC 013 Bevacizumab em neovascularização corneana ............... 60 RC 014 Ceratite cristalina infeciosa ......................................................... 60 RC 015 Ceratite herpética em paciente com Lasik prévio ..... 60 RC 016 Ceratite herpética em paciente portadora de pênfigo vulgar ................................................................................................. 60 RC 017 Cirurgia de pterígio grau III ...................................................... RC 018 Descolamennto e perfuração endotelial pós transplante lamelar anterior por trauma contuso .................. DOENÇAS SISTÊMICAS RC 040 Acometimento extracutâneo (ocular) de esporotricose 61 60 RC 041 Alterações oculares em paciente com síndrome de Ehlers-Danlos ....................................................................................... 61 60 RC 042 Desenvolvimento de buftalmo em adulto portador de síndrome de Marfan ................................................................ 61 RC 043 Endoftalmite endógena por Staphylococcus haemolyticus ........................................................................................................ 61 60 RC 044 Hanseníase ocular .............................................................................. 61 RC 021 Distrofia endotelial de Fuchs .................................................... 60 RC 045 Leishmaniose palpebral ................................................................ 61 RC 022 Endotelite por herpes zóster .................................................... 60 RC 046 Leishmaniose palpebral ................................................................ 61 RC 023 Evolução de um quadro de úlcera de córnea unilateral por Acanthamoeba .......................................................................... RC 047 Lesões drusiformes em glomerulonefrite lúpica tipo IV 61 60 RC 048 Necrólise epidérmica tóxica ...................................................... 61 RC 019 Diagnóstico diferencial de edema de papila ................ RC 020 Diferentes apresentações da síndrome de BrownMclean ...................................................................................................... 76 60 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 76 9/9/2010, 12:06 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento RC 049 Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada com manifestações neurológicas focais ................................................................ 61 RC 050 Doença de Tay-Sachs ...................................................................... 61 RC 051 Síndrome de Lyell ............................................................................ 61 RC 052 Síndrome de Stevens Johnson ................................................. 62 RC 053 Síndrome de Weill-Marchesani ............................................... 62 RC 054 Subluxação do cristalino em paciente portador de Hanseníase ............................................................................................. 62 RC 075 Técnica de obstrução de tubo de Molteno para tratamento de hipotonia pós-operatória .......................... 62 RC 076 Tratamento do glaucoma neovascular com panfotocoagulação, bevacizumabe intravítreo e trabeculectomia com mitomicina C ...................................................... 63 RC 077 Uso do ranibizumabe intravítreo em associação com trabeculectomia com mitomicina C no glaucoma neovascular ............................................................................................ 63 NEUROFTALMOLOGIA EPIDEMIOLOGIA RC 055 Principais indicações de transplante de córnea no Instituto Suel Abujamra ................................................................ 62 ESTRABISMO RC 056 Cirurgia de grande exotropia em olho hipotônico ... 62 RC 057 Divergência vertical dissociada associada à ptose congênita unilateral ........................................................................ 62 RC 058 Paralisia dupla de elevadores ................................................... 62 RC 059 Paresia de oblíquo inferior ......................................................... 62 RC 060 Síndrome de Brown pós-tumor orbitário ........................ 62 RC 061 Ressecção de reto lateral como tratamento de posição compensatória de cabeça em síndrome de Duane .. 62 RC 078 Ataxia-telangiectasia (síndrome de Louis-Bar) e suas alterações oculares ........................................................................... 63 RC 079 Doença de Erdheim-Chester .................................................... 63 RC 080 Encefalocele anterior ...................................................................... 63 RC 081 Esotropia do olho direito por paralisia do VI par craniano de etiologia tumoral .................................................. 63 RC 082 Hemianopsia bitemporal e paralisia facial periférica associada à surdez neurossensorial: apresentação atípica ....................................................................................................... 63 RC 083 Hipertensão intracraniana associada a hipervitaminose A e etilenoglicol .......................................................................... 63 RC 084 Hipoplasia do nervo óptico sem alterações no SNC ... 63 63 RC 062 Síndrome de Goldenhar .............................................................. 62 RC 085 Importância do teste de confrontação visual para o oftalmologista clínico ..................................................................... RC 063 Síndrome de Möebius com história de rubéola na gestação ................................................................................................... 62 RC 086 Neuropatia óptica por sarcoidose simulando tumor do nervo óptico .................................................................................. 63 RC 087 Neurosífilis diagnosticada por paresia de nervo troclear ............................................................................................................ 63 GENÉTICA RC 064 Ceratocone pós-transplante de córnea em paciente com síndrome de Apert .............................................................. 62 RC 065 Comparação entre os achados oftalmológicos nas síndromes de Apert e Crouzon ............................................... RC 088 Oligodendroglioma anaplásico com papiledema e redução de acuidade visual ........................................................ 63 62 RC 089 Pan-uveíte crônica em paciente com paquimeningite hipertrófica idiopática ........................................................ 63 GLAUCOMA RC 066 Atrofia essencial de íris bilateral e glaucoma ................ 62 RC 090 Progressão de perda visual atípica em paciente com glaucoma primário de ângulo aberto ................................ 63 RC 067 Correlação entre a fundoscopia e o OCT no siinal de Hoyt ............................................................................................................ 62 RC 091 Pseudotumor cerebral e oftamoplegia completa de terceiro par craniano ....................................................................... 63 RC 068 Glaucoma de ângulo fechado associado à pressão intraocular normal ............................................................................ 62 RC 092 Paciente com fístula carótido-cavernosa e doença de Moyamoya .............................................................................................. 63 RC 069 Glaucoma secundário pós-catarata congênita ............... 62 RC 093 Paralisia 3º par ..................................................................................... 63 RC 070 Hemorragia de disco óptico simulando glaucoma de pressão normal em paciente hipertenso e diabético . RC 094 Síndrome de Millard-Gubler-Foville ................................... 63 62 RC 095 Síndrome de Wolfram ................................................................... 63 RC 096 Uso da eletrofisiologia como ferramenta auxiliar no diagnóstico de simulação ............................................................ 63 RC 071 Irrigação forçada do tubo: uma alternativa para o manejo da fase hipertensiva do implante para glaucoma de AHMED ............................................................................... 62 RC 072 Oclusão de veia central de retina em paciente com síndrome de Posner-Schlossman ........................................... 62 RC 073 Síndrome de Axenfeld-Rieger e glaucoma tratado tardiamente .......................................................................................... 62 RC 074 Síndrome de Schwartz-Matsuo com resolução atípica 62 OFTALMOPEDIATRIA RC 097 Alterações oculares e sistêmicas associadas à aniridia bilateral .................................................................................................... 63 RC 098 Associação entre síndrome de Noonan e síndrome de Brown ........................................................................................................ 63 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 77 9/9/2010, 12:06 77 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento RC 099 Deficiência de vitamina A como causa de úlcera corneana em crianças ...................................................................... 63 RC 131 Uso do Pentacam na propedêutica de cisto dermóide límbico ..................................................................................................... 65 RC 100 Estafiloma peripapilar .................................................................... 63 RC 132 Vasculite orbitária de pequenos vasos ................................ 65 RC 101 Manifestações clínicas e desafios diagnósticos na síndrome de incontinentia pigmenti ................................. 64 RC 102 Neurite óptica por Bartonella henselae ............................. 64 RC 103 Doença de Coats ................................................................................ 64 RC 104 Síndrome de Cornélia de Lange ............................................ 64 ONCOLOGIA RC 105 Características histopatológicas dos olhos enucleados com suspeita de melanoma uveal na UFBA .................... 64 RC 106 Carcinoma espinocelular de conjuntiva metastático ... 64 PATOLOGIA EXTERNA RC 133 Acupuntura para alívio de dor ocular crônica em paciente com phthisis bulbi ...................................................... 65 RC 134 Coristoma complexo epibulbar com apresentação atípica ....................................................................................................... 65 RC 135 Desafio diagnóstico e terapêutico em caso de esclerite fúngica por Curvularia sp ............................................................. 65 RC 136 Herpes zóster oftálmico e molusco contagioso: coinfecção em paciente HIV positivo ........................................ 65 RC 137 Síndrome da pálpebra frouxa (floppy eyelid syndrome): diagnóstico tardio ........................................................ 65 RC 138 Uso de ivermectina no tratamento de ftiríase palpebral .............................................................................................................. 65 RC 107 Carcinona espinocelular pigmentado de conjuntiva em um serviço de referência .................................................... 64 RC 108 Cavernoma do nervo oculomotor .......................................... 64 RC 109 Linfoma intraocular primário ou recidiva? ....................... 64 RC 110 Melanoma de corpo ciliar ........................................................... 64 RC 111 Nevo amelanótico ............................................................................. 64 RC 139 Agenesia de via lacrimal alta ..................................................... 65 RC 140 Alterações oftalmológicas em paciente portador da síndrome de Waardenburg ....................................................... 65 RC 141 Canaliculite após intubação de via lacrimal .................... 65 RC 142 Celulite orbitária com rápida evolução para cegueira 65 64 RC 143 Cisto ductal da glândula lacrimal infectado ................... 65 RC 116 Schwannoma orbitário .................................................................. 64 RC 144 Coloboma palpebral bilateral isolado ................................ 65 RC 117 Tratamento de CEC ocular com miíase ............................. 64 RC 145 Endoscopia nasal no tratamento da dacriocistocele .... 65 RC 146 Extrusão de prótese integrada em paciente com cavidade anoftálmica ...................................................................... 65 RC 147 Laceração canalicular em recém-nato: reparo com intubação monocanalicular ......................................................... 65 RC 148 Malformação de vias lacrimais em pai e filha ................. 65 RC 112 Nevo fucsio-ceruleo oftalmo-maxilar ................................... 64 RC 113 Tumor vasoproliferativo idiopático da retina ................ 64 RC 114 Retinoblastoma simulando outras patologias oculares . 64 RC 115 Melanoma de coróide associado a descolamento de retina exsudativo ............................................................................... ÓRBITA RC 118 Acometimento orbitário na doença de Rosai-Dorfman 64 RC 119 Adenoma do epitélio não pigmentado do corpo ciliar 64 PLÁSTICA OCULAR / VIAS LACRIMAIS RC 120 Apresentação incomum de linfoma com manifestação extraocular ............................................................................................. 64 RC 149 Melanoma de saco lacrimal em adolescente ................. 65 RC 121 Baixa acuidade visual após quadro de sinusite ............. 64 RC 150 Ptose palpebral após ressecção de tumor de órbita ... 65 RC 122 Complicação orbitária de implante dentário zigomático ....................................................................................................... 64 RC 151 Relato de caso de adenocarcinoma de glândula lacrimal (ex adenoma pleomórfico) ......................................... 66 RC 123 Doença de Rosai-Dorfman com acometimento orbitário e de seios da face .................................................................. 64 RC 152 Retração palpebral superior secundária a drenagem de sinusite frontal ............................................................................. 66 RC 124 Embolização de fístula carótido-cavernosa direta à direita, através da artéria carótida interna esquerda ... 64 RC 153 Rotação espontânea do tarso superior bilateral floppy eyelid syndrome ............................................................... 66 RC 125 Emprego do enxerto dermolipídico em um caso de olho cístico congênito .................................................................... 64 RC 154 Tratamento cirúrgico de blefaroptose na síndrome da blefarofimose ................................................................................ 66 RC 126 Invasão orbitária por cisto epidermóide frontal .......... 65 66 RC 127 Mucocele frontoetmoidal em imunonocompetente .. 65 RC 128 Mucocele frontoetmoidal: apresentação atípica .......... 65 RC 155 Tratamento conservador de grandes tumores espinocelulares conjuntivais, com mitomicina C tópica 0,04% .............................................................................................. RC 129 Tumor marrom no diagnóstico diferencial de tumores de células gigantes .......................................................... 65 RC 156 Úlcera corneal e amaurose em paciente portadora de lesão expansiva em região frontal ......................................... 66 RC 130 Tumor solitário fibroso da órbita ........................................... 65 RC 157 Xeroderma pigmentoso .............................................................. 66 78 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 78 9/9/2010, 12:06 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento PREVENÇÃO DE CEGUEIRA RC 158 Nictalopia após cirurgia bariátrica ......................................... RC 159 Uma visão sistêmica sobre a síndrome de Marfan ...... 66 RC 183 Injeção intravítrea de ranibizumabe no pré-operatório do descolamento tracional diabético grave ........... 67 66 RC 184 Maculopatia tóxica por paclitaxel .......................................... 67 RC 185 Membrana neovascular sub-retiniana .................................. 67 RC 186 Non-ischaemic central retinal vein occlusion in a young patient associated with chronic intranasal cocaine abuse ...................................................................................... 67 RC 187 O bevacizumab (Avastin) no tratamento da retinopatia da prematuridade: nossos primeiros resultados .......... 67 RC 188 Oclusão bilateral de artéria central da retina em paciente HIV positivo ..................................................................... 67 RC 189 Oclusão de veia central da retina bilateral secundário a deficiência de proteínas ................................................... 67 PROPEDÊUTICA RC 160 Imagem em tumores da superfície: ultrassonografia de alta resolução x tomografia de coerência óptica do segmento anterior ........................................................................... 66 RC 161 Ultrassonografia em roturas de retina ................................ 66 REFRAÇÃO RC 162 Coloboma típico bilateral de íris e retina associado a alta anisometropia ............................................................................ 66 RC 163 Miopia aguda induzida por topiramato ............................ 66 RC 164 Miopia degenerativa ....................................................................... 66 RETINA RC 190 Oclusão vascular bilateral em paciente glaucomatoso e dislipidêmico .................................................................................. 67 RC 191 Papilite de Jensen ............................................................................ 67 67 RC 165 Alterações da coróide após neoplasia de paratireóide 66 RC 166 Aneurismas múltiplos de retina em paciente jovem .. 66 RC 192 Ranibizumab intravítreo seguido de vitrectomia na doença de Eales ................................................................................. RC 167 Coloboma coriorretiniano bilateral e microcórnea unilateral ................................................................................................. 66 RC 193 Ranibizumabe x bevacizumabe na telangiectasia ma cular tipo 2 ............................................................................................ 67 RC 168 Coriorretinite esclopetária ......................................................... 66 RC 169 Coriorretinopatia serosa central em paciente portador de leishmaniose visceral ................................................. RC 194 Rarefação do epitélio pigmentado da retina na síndrome de Hunter ............................................................................. 67 66 RC 170 Descolamento de retina seroso no paciente com sífilis 66 RC 195 Redução bilateral da espessura retiniana em pacientes com síndrome de Alport ............................................................. 67 RC 171 Doença de Coats em portador de esclerose tuberosa .. 66 RC 172 Doença de Coats: o perfil de um caso de apresentação agressiva e prognóstico visual reservado .......................... 66 RC 173 Doença de Stargardt ...................................................................... 66 RC 196 Coloboma cístico do nervo óptico ........................................ 67 RC 197 Resolução de buraco macular idiopático com uso de bevacizumab intravítreo .............................................................. 67 RC 198 Resolução espontânea de buraco macular traumático .. 68 RC 199 Retinoblastoma: prevalência hereditária pelo halótipo “C” ..................................................................................................... 68 RC 200 Retinopatia diabética na gestação ......................................... 68 RC 174 Eletrorretinografia multifocal em paciente com telangiectasia parafoveal idiopática em tratamento com ranibizumab .............................................................................. 66 RC 175 Esclerose tuberosa uma doença pouco diagnosticada .. 67 RC 201 Retinopatia em criança de quatro anos de idade com doença falciforme ............................................................................. 68 RC 176 Estrias angióides com membrana neovascular subretiniana ................................................................................................... 67 RC 202 Retinopatia em paciente portadora de hepatite C tratada com peginterferon alfa 2A e ribavirina ............ 68 RC 203 Retinopatia isquêmica grave em paciente com doença de Still do adulto ....................................................................... 68 RC 204 Retinopatia por talco ...................................................................... 68 RC 205 Retinopatia pós-radioterapia em linfoma não Hödgkin orbitário ................................................................................................... 68 RC 206 Retinopatia vaso-oclusiva no LES associada à síndrome do anticorpo antifosfolípide ............................................. 68 RC 207 Síndrome da distrofia de cones com ERG escotópico supranormal e prolongado: primeiro caso descrito no Brasil .................................................................................................... 68 RC 208 Síndrome de múltiplos pontos brancos evanescentes associada com uveíte intermediária com uveíte intermediária ........................................................................................... 68 RC 177 Findings of ischemic maculopathy observed by spectral domain oct and fluorescein angiography in sickle cell disease ............................................................................................ 67 RC 178 Fosseta congênita do disco óptico ........................................ 67 RC 179 Hemorragia pré-retiniana e membrana hialóide tracional em miopia degenerativa numa criança de 12 anos ............................................................................................................. RC 180 Hemorragia sub-retiniana e vítrea maciça após combinação de tratamentos (Lucentis-PDT) ............................. 67 67 RC 181 Hemorragia vítrea associada a membrana neovascular sub-retiniana em paciente com estrias angióides idiopáticas .............................................................................................. 67 RC 182 Hipoplasia foveal isolada .............................................................. 67 Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 79 9/9/2010, 12:06 79 TEMAS LIVRES, PÔSTERES E R E L AT O S DE CASOS Índice remissivo - vol. 73(4) - Suplemento RC 209 Síndrome dos múltiplos pontos evanescentes (MEWDS) ................................................................................................. 68 RC 210 Spectral domain OCT findings in a patient with serous macular detachment secondary to optic disc pit ....... 68 RC 211 Spectral domain OCT na distrofia de cones com resposta supernormal de bastonetes .................................. 68 RC 212 Telangiectasia justafoveal tipo 2 x ranibizumab (Lucentis®) .............................................................................................. 68 RC 213 Terapia combinada para o tratamento de DMRI exsudativa .................................................................................................... 68 RC 214 Toxoplasmose ocular mascarando sífilis ocular ............. 68 RC 215 Tração vítrea sobre a mácula e OCT ..................................... 68 RC 216 Uveíte secundária à tuberculose ............................................ RC 217 Vitreorretinopatia exsudativa familiar simulando doença de Coats ................................................................................ RC 224 Trauma contuso induzindo catarata e buraco macular .. 69 UVEÍTES / AIDS 69 RC 226 Diffuse unilateral subacute neuroretinitis in the early phase treated with albendazole ............................................ 69 RC 227 Granuloma anular associado à uveíte posterior ............ 69 RC 228 HIV e uveíte: a importância dos exames de rastreio para elucidação diagnóstica ....................................................... 69 68 RC 229 Iridociclite crônica juvenil idiopática versus uveíte anterior crônica da artrite idiopática juvenil .................. 69 68 RC 230 Leptospirose ocular ......................................................................... 69 68 RC 219 Corpo estranho intraocular sem hemorragia vítrea e com visão 20/20 ................................................................................. 68 RC 220 Enucleação traumática por acidente automobilístico .... 68 RC 221 Seção de nervo óptico por ferimento de arma branca sem lesão de globo ocular ......................................................... 69 RC 222 Sínquise cintilante em câmara anterior ............................. 69 80 69 RC 225 Avaliação da eficácia do micofenolato de mofetila no tratamento de uveítes refratárias a outros imunossupressores ............................................................................................ TRAUMA RC 218 Corpo estranho intraocular ......................................................... RC 223 Tratamento cirúrgico de úlcera corneana por aspergilos secundária a trauma ocular com vegetal ...... RC 231 Toxocaríase ocular em criança de dois anos de idade ... 69 RC 232 Quadro presumível inicial de toxocaríase ocular ......... 69 RC 233 Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada .................................. 69 RC 234 Toxocaríase ocular do tipo granuloma periférico: relato e tratamento específico ................................................. 69 RC 235 Vasculite bilateral em tuberculose ocular presumida 69 VISÃO SUBNORMAL RC 236 Cegueira bilateral secundária a astrocitoma pilocítico . Arq Bras Oftalmol. 2010;73(4 Supl): 70-80 8 Indice remissivo.pmd 80 9/9/2010, 12:06 69 I NSTRUÇÕES PARA A UTORES | Os ARQUIVOS BRASILEIROS DE OFTALMOLOGIA (Arq Bras Oftalmol.) ISSN 0004-2749, órgão oficial do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, é publicado bimestralmente, tendo como objetivo registrar a produção científica em Oftalmologia, fomentar o estudo, o aperfeiçoamento e a atualização dos profissionais da especialidade. São aceitos trabalhos originais, em português, inglês ou espanhol, sobre experimentação clínica e aplicada, relatos de casos, análises de temas específicos, revisões de literatura, cartas ao editor ou comentários contendo críticas e sugestões sobre as publicações, devendo ser categorizados pelos seus autores. Artigos com objetivos meramente propagandísticos ou comerciais não serão aceitos. Todos os trabalhos, após aprovação prévia pelos editores, serão encaminhados para análise e avaliação de dois ou mais revisores, sendo o anonimato garantido em todo o processo de julgamento. Os comentários serão devolvidos aos autores para as modificações no texto ou justificativas de sua conservação. Somente após aprovação final dos revisores e editores, os trabalhos serão encaminhados para publicação. Os trabalhos devem destinar-se exclusivamente aos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, não sendo permitida sua apresentação simultânea a outro periódico, nem sua reprodução, mesmo que parcial, como tradução para outro idioma, sem autorização dos Editores. Recomenda-se que os textos em português sigam as normas da Nova Ortografia da Língua Portuguesa (2009). As normas que se seguem foram baseadas no formato proposto pelo International Committee of Medical Journal Editors e publicadas no artigo: Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals, atualizado em 2008 e disponível no endereço eletrônico http:// www.icmje.org/. O respeito às instruções é condição obrigatória para que o trabalho seja considerado para análise. Todos os trabalhos, assim que submetidos à publicação, deverão ter obrigatoriamente os seguintes formulários encaminhados à Secretaria dos ABO pelo correio: • cessão de direitos autorais; • contribuição de autores e patrocinadores; • declaração de isenção de conflitos de interesses; • comprovante de aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição onde foi realizado o trabalho, quando referente a Artigos Originais. Os formulários poderão ser obtidos para impressão na página do ABO online (www.aboonline.com.br) link Formulários e Cartas. A falta de qualquer destes documentos implicará na retenção do artigo na Secretaria Editorial aguardando até que os mesmos sejam recebidos para que se dê a liberação do trabalho para análise. PREPARO DO ARTIGO REQUISITOS TÉCNICOS 1. O texto deve ser digitado em espaço duplo, fonte tamanho 12, margem de 2,5 cm de cada lado, com páginas numeradas em algarismos arábicos, iniciando-se cada seção em uma nova página, na sequência: página de identificação, resumo e descritores, “abstract” e “keywords”, texto (Introdução, Métodos, Resultados, Discussão/ Comentários), Agradecimentos (eventuais), Referências, tabelas, figuras e legendas. 2. Página de identificação: Deve conter: a) Título do artigo, em português (ou espanhol) e Título em inglês, que deverá ser conciso, porém informativo; b) nome completo de cada autor, sem abreviações, com o mais elevado título acadêmico e afiliação institucional (nome completo da instituição que está filiado) ou, na falta deste, o título obtido na própria especialidade ou nível do curso universitário. Recomenda-se que o número de autores seja limitado a 5 para Relato de casos e a 8 para Artigos originais; c) indicação do departamento e nome oficial da Instituição aos quais o trabalho deve ser atribuído; d) nome, endereço, telefone e e-mail do autor a quem deve ser encaminhada correspondência; e) fontes de auxilio à pesquisa (se houver). 9 Normas.pmd 81 I NSTRUCTIONS TO A UTHORS 3. Resumo e descritores: Resumo em português (ou espanhol) e Abstract em inglês, de não mais que 3.000 caracteres. Para os artigos originais, deve ser estruturado, destacando os objetivos do estudo, métodos, principais resultados apresentando dados significativos e as conclusões. Para as demais categorias de artigos, o resumo não necessita ser estruturado, porém deve conter as informações importantes para reconhecimento do valor do trabalho. Especificar cinco descritores, em português e em inglês, que definam o assunto do trabalho. Os descritores deverão ser baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) publicado pela BIREME, traduzidos do MeSH (Medical Subject Headings) da National Library of Medicine e disponível no endereço eletrônico: http://decs.bvs.br. Abaixo do Resumo, indicar, para os Ensaios Clínicos, o número de registro na base de Ensaios Clínicos (http:/ /clinicaltrials.gov)*. 4. Texto: a) Artigos originais: devem apresentar as seguintes partes: Introdução, Métodos, Resultados, Discussão/Comentários, Conclusões e Referências. As citações no texto deverão ser numeradas sequencialmente em números arábicos sobrescritos, evitando-se a citação nominal dos autores. As citações no texto deverão ser numeradas sequencialmente em números arábicos sobrescritos, devendo evitar a citação nominal dos autores. O trabalho deverá ter no máximo 3.000 palavras, 4 imagens, 4 tabelas e conter até 30 referências; b) Relatos de casos: devem apresentar Introdução, com breve revisão da literatura, relato do caso, mostrando os exames importantes para o diagnóstico e o diferencial, se houver, Comentários e Referências. Ele deverá ter no máximo 1.500 palavras, 2 imagens, 2 tabelas e conter até 10 referências; c) Em artigos de Atualização (sobre um tema, um método, etc.), nos de proposições teóricas, comunicações, análises de temas específicos ou com outras finalidades, divisões diferentes podem ser adotadas, devendo conter um breve histórico do tema, seu estado atual de conhecimento e as razões do trabalho; métodos de estudo (fontes de consulta, critérios), hipóteses, linhas de estudo, etc., incluindo Referências. O manuscrito deverá ter até 4.000 palavras, 4 imagens, 4 tabelas e conter até 40 referências; d) Cartas ao Editor devem ser limitadas a duas páginas. 5. Agradecimentos: Colaborações de pessoas que mereçam reconhecimento mas que não justificam suas inclusões como autores e, ou por apoio financeiro, auxílio técnico, etc. 6. Referências: Em todas as categorias a citação (referência) dos autores no texto deve ser numérica e sequencial, na mesma ordem que foram citadas e identificadas por algarismos arábicos entre parênteses e sobrescrito. A apresentação deverá estar baseada no formato proposto pelo International Committee of Medical Journal Editors "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals" atualizado em outubro de 2008, conforme exemplos que se seguem. Os títulos de periódicos deverão ser abreviados de acordo com o estilo apresentado pela List of Journal Indexed in Index Medicus, da National Library of Medicine e disponibilizados no endereço: http://www. ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez Para todas as referências, cite todos os autores, até seis. Nos trabalhos com mais autores, cite apenas os seis primeiros, seguidos da expressão et al. EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS : Artigos de Periódicos Costa VP, Vasconcellos JP, Comegno PEC, José NK. O uso da mitomicina C em cirurgia combinada. Arq Bras Oftalmol. 1999;62(5):577-80. Livros Bicas HEA. Oftalmologia: fundamentos. São Paulo: Contexto; 1991. Capítulos de livros Gómez de Liaño F, Gómez de Liaño P, Gómez de Liaño R. Exploración del niño estrábico. In: Horta-Barbosa P, editor. Estrabismo. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 1997. p. 47-72. Anais Höfling-Lima AL, Belfort Jr R. Infecção herpética do recém-nascido. In: IV Congresso Brasileiro de Prevenção da Cegueira; 1980 Jul 28-30, Belo Horizonte, Brasil. Anais. Belo Horizonte; 1980. v.2. p. 205-12. 9/9/2010, 12:07 Teses Schor P. Idealização, desenho, construção e teste de um ceratômetro cirúrgico quantitativo [doutorado]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 1997. Documentos Eletrônicos Monteiro MLR, Scapolan HB. Constrição campimétrica causada por vigabatrin. Arq Bras Oftalmol. [Internet]. 2000 [citado 2005 Jan 31]; 63(5): [cerca de 4 p.]. Disponível em: http://www.abonet. com.br/abo/abo63511.htm Artigos de periódicos eletrônicos em pdf Monteiro MLR, Scapolan HB. Constrição campimétrica causada por vigabatrin. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2000 [citado 2005 Jan 31]; 63(5):387-9. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abo/v63n5/ 9631.pdf Artigos de periódicos eletrônicos com Digital Object Identifier (DOI) Oliveira BF, Bigolin S, Souza MB, Polati M. Estrabismo sensorial: estudo de 191 casos. Arq Bras Oftalmol [Internet]. 2006 [citado 2009 Fev 9]; 69(1):71-4. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0004-27492006000100014&lng=en DOI 10.1590/S0004-2749200 6000100014 7. Tabelas: A numeração das tabelas deve ser sequencial, em algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Todas as tabelas deverão ter título e cabeçalho para todas as colunas. No rodapé da tabela deve constar legenda para abreviaturas e testes estatísticos utilizados, e a fonte bibliográfica quando extraída de outro trabalho. 8. Figuras (gráficos, fotografias, ilustrações, quadros): O arquivo deve conter a identificação das figuras, como por exemplo: Gráfico 1, Tabela 1, Figura 1. No caso de figuras desmembradas (Figura 1A, 1B) deverão também ser identificadas uma em cada arquivo. Os gráficos, figuras e tabelas deverão ser encaminhados em arquivo separado do texto, apenas sendo indicada sua localização no corpo do artigo. Apresentar gráficos simples e de fácil compreensão. Uniformizar o tamanho e o conteúdo (corpo e formato das letras) dos gráficos e tabelas. Fotografias e ilustrações deverão ter boa resolução e enquadramento apenas dos elementos importantes. Preferencialmente em formato JPG, podendo ser enviadas também em PDF, TIFF/GIF, EPS. A resolução precisa ser acima de 300 dpi. Observar a importância do enfoque porque serão submetidas à redução para uma ou duas colunas na diagramação do texto. Cada figura deve vir acompanhada de sua respectiva legenda em espaço duplo e numerada em algarismo arábico, correspondendo a cada item e na ordem em que foram citados no trabalho. Será cobrado do Autor do artigo, o excedente de imagens e tabelas coloridas que ultrapassarem o número máximo estipulado pela revista. 9. Abreviaturas e Siglas: Devem ser, também, precedidas do correspondente nome completo ao qual se referem, quando citadas pela primeira vez, ou quando nas legendas das tabelas e figuras. Não devem ser usadas no título e no resumo. Editada por IPSIS GRÁFICA E EDITORA S.A. Rua Dr. Lício de Miranda, 451 CEP 04225-030 - São Paulo - SP Fone: (0xx11) 2172-0511 - Fax (0xx11) 2273-1557 Diretor-Presidente: Fernando Steven Ullmann; Diretora Comercial: Helen Suzana Perlmann; Diretora de Arte: Elza Rudolf; Editoração Eletrônica, CTP e Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Periodicidade: Bimestral; Tiragem: 7.200 exemplares 9 Normas.pmd 82 10. Unidades: Valores de grandezas físicas devem ser referidos nos padrões do Sistema Internacional de Unidades, disponível no endereço: http://www.inmetro.gov.br/infotec/publicacoes/Si/si.htm 11. Linguagem: É essencial que o trabalho passe previamente por revisão gramatical, evitando-se erros de concordância, pontuação, etc. Quando o uso de uma palavra estrangeira for absolutamente necessário, ela deve aparecer entre aspas (exceto a expressão et al, na referência). Agentes terapêuticos devem ser indicados pelos seus nomes genéricos evitando-se, tanto quanto possível, as citações de marcas comerciais; cabe(m) ao(s) autor(es) a responsabilidade por elas. Quando forem citados instrumentos e/ou aparelhos de fabricação industrial é necessário colocar o símbolo (sobrescrito) de marca registrada ® ou ™. ENVIO DO TRABALHO Os trabalhos deverão ser enviados pelo sistema de gerenciamento eletrônico de artigos científicos disponível no endereço eletrônico www.aboonline.com.br. Após as correções sugeridas pelos revisores, a forma definitiva do trabalho deverá ser encaminhada online (ícone "trabalho com as modificações") acompanhada de carta indicando as modificações realizadas ou o motivo pelos quais não estão sendo incorporadas. Artigos ressubmetidos que não vierem acompanhados da carta aos revisores ficarão retidos aguardando o recebimento da mesma. *Nota importante: Os Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, em apoio às políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto, somente aceitará para publicação os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, disponível no endereço: http:// clinicaltrials.gov, no site do Pubmed (www.pubmed.com) ou no registro do SISNEP - http://portal.saude.gov.br/sisnep/pesquisador. O número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo. Mais informações e detalhamentos estão no endereço eletrônico www.aboonline.com.br - <Informações aos Autores> subitem <Instrução para Submissão online>. Endereço para correspondência: Arquivos Brasileiros de Oftalmologia R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar Vila Olímpia - São Paulo - SP CEP 04546-004 Publicidade CONSELHO BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA R. Casa do Ator, 1.117 - 2º andar - Vila Olímpia São Paulo - SP - CEP 04546-004 Contato: Fabrício Lacerda Fone: (5511) 3266-4000 - Fax: (5511) 3171-0953 E-mail: [email protected] 9/9/2010, 12:07 C M Y CM MY CY CMY K