Queda dos cabelos durante o tratamento de câncer ainda preocupa

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Queda dos cabelos durante o tratamento de
câncer ainda preocupa pacientes
A queda dos cabelos começa entre 14 e 21 dias depois da primeira
sessão de quimioterapia
12/08/2013 15:24:09
Tema de várias novelas, o câncer é uma doença que mata mais de 7 milhões de pessoas no mundo,
anualmente, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um dos grandes tabus e que foi
assunto na novela Amor à Vida, da Rede Globo, é a preocupação com a queda dos cabelos, ao se
iniciar o tratamento com quimioterapia.
Na trama, a personagem Nicole – interpretada por Marina Ruy Barbosa, é diagnosticada com um
linfoma de Hodgkin tipo 4 (uma forma de câncer que se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema
linfático) e sofre com a queda de cabelo que acontece gradativamente em pacientes tratados com
quimioterapia. Na tentativa de ajudá-la, a tia da menina chama um cabeleireiro para rascar os
cabelos. Mas Nicole com o medo da rejeição, de ficar feia ao perder os cabelos, desiste e chorando
faz a escolha de ver seus cabelos caindo aos poucos.
O paciente em tratamento do câncer, passa por diversas dúvidas e inseguranças em relação aos
tratamentos, muitas vezes por não ter o conhecimento integral dos procedimentos.
Segundo Rogério Araújo, apesar de preocupar mais as mulheres, a perda dos cabelos ocorre da
mesma forma para os homens e a idade não influencia. “Os tipos de câncer mais comuns e que
exigem um tratamento mais forte, como o câncer de mama, leucemias e linfomas são combatidos
com remédios que ocasionam a queda. A dose a ser aplicada em cada paciente também influencia
na queda ou não do cabelo”, afirma.
A aceitação do paciente ainda é o principal ponto a ser trabalhado. O tratamento possui começo,
meio e fim e isso precisa ser entendido pelos pacientes com o diagnóstico. “A queda de cabelo é
temporária, sendo preciso paciência durante o processo”, lembra Rogério. O médico complementa
que com o nascimento dos cabelos, os cuidados e hábitos de higienização também não precisam ser
especiais.
QUIMIOTERAPIA
O tratamento com quimioterapia, por exemplo, além de causar náuseas e vômitos, também tem
como efeito colateral a queda dos cabelos. Isso acontece porque o medicamento atua tanto nas
células cancerígenas quanto nas saudáveis e atinge, principalmente, as que se multiplicam com
mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pela produção dos cabelos. “A queda de
cabelo ainda é um dos efeitos mais temidos. Ela remete ao paciente a realidade de que ele é um
paciente com câncer”, conta o médico oncologista do Hospital do Câncer em Uberlândia, Rogério
Araújo.
A quimioterapia é um tratamento sistêmico. A queda dos cabelos começa entre 14 e 21 dias depois
da primeira sessão de quimioterapia, voltando a nascer cerca de 90 dias após o fim do tratamento.
Em alguns casos, os cabelos do paciente nem chegam a cair pelo fato de haver um grupo de
compostos químicos que provocam esse tipo de efeito colateral.
RADIOTERAPIA
A radioterapia, tipo de tratamento bastante comum para combater o câncer, também pode ocasionar
a perda de cabelo, mas a queda é localizada. Isso ocorre porque o tipo de tratamento feito na
radioterapia é diferente. A forma de combate é feita por meio da exposição da área doente a raios de
alta energia. Isso quer dizer que somente a área próxima ao tumor, que terá contato com a radiação,
sofrerá a queda. Como na quimioterapia, os cabelos voltam a nascer com o fim do tratamento.
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