Tratamento diretamente observado (TDO) compartilhado no paciente coinfectado TB/HIV, do sonho para a realidade! Betina M. A. Gabardo1, Merari G. de Souza1, Patrícia Scacalossi 2, Jussara P. Souza 2, Andrea M. O. Rossoni3, Francisco C. dos Santos 4 1 PECT SESA PR. R. Piquiri 170 CEP 80230 -140 [email protected]; 1PECT SESA PR, [email protected]; 2 PMCT Paranaguá - CMD João Paulo II R. Renato Leone CEP 83212, [email protected]; 2 SAE/CTA Paranaguá / CMD João Paulo II, [email protected]; 3 HC UFPR Rua General Carneiro 181 CEP 80060-900 [email protected]; 4 Divisão DST/AIDS/HV TB- SESA PR, [email protected]. No Paraná, a coinfecção (TB/HIV) em 2015 foi de 12,6%. As taxas de cura, abandono e óbito nestes pacientes foram, respectivamente, 55,6%, 10,2% e 25,4% mostrando a necessidade de adoção de medidas para melhoria destes indicadores. Paranaguá, município coma uma das maiores taxas de coinfecção (15,6%) no Estado foi escolhido para a implantação do TDO compartilhado dos tuberculostáticos e antiretrovirais realizado pelos serviços de referência (tisiologia, infectologia), unidade de dispensação de medicamentos (UDM) e unidades de saúde. Elaboramos um grupo de trabalho constituído pelas coordenações estadual e municipal de TB, HIV/aids e atenção primária `a saúde. Realizamos reuniões para planejamento de atividades (com padronização de instrumentos para registro do TDO/ eventos adversos e capacitação dos profissionais de saúde para realização desta prática. O TDO compartilhado iniciou em junho 2015 e foi ofertado a todo paciente coinfectado que escolheu o local da supervisão dos medicamentos: domicílio, Unidade de Saúde, UDM, serviço de tisiologia/ serviço de infectologia. Diagnosticaram-se 63 casos novos de tuberculose de junho 2015 a fevereiro 2016, 13 com coinfecção HIV/TB; 7 optaram pelo TDO compartilhado (1 na UDM; 6 nas unidade de saúde US nos dias úteis e nos feriados/ finais de semana com a equipe de referência); 3 tiveram diagnóstico simultâneo TB/HIV. Os demais já previamente HIV positivos não tomavam mais os antirretrovirais e houve resgate deste tratamento; 3 pacientes apresentaram tontura com o uso do efavirenz, e 1 deles necessitou mudar o uso do antiretroviral para o período noturno sob forma autoadministrada; 5 (71,4%) pacientes curaram a TB e mantém boa adesão aos antiretrovirais sob forma autoadministrada com monitoramento mensal da medicação para HIV; 2 (28,6%) encontram-se em acompanhamento pelas US /equipe de referência com boa adesão aos tratamentos TB/HIV. A elaboração de estratégia conjunta entre equipes multiprofissionais promove a união do grupo, fortalece o vínculo e mostra a viabilidade do TDO compartilhado com aumento da taxa de cura e redução do abandono dos pacientes portadores de coinfecção TB/HIV. Este projeto dará subsídio à implantação desta prática nos pacientes coinfectados TB/HIV nos demais municípios no Paraná. Palavras chaves: Tratamento diretamente observado; coinfecção TB/HIV; adesão