Antiinflamatórios Não Esteroidais

Propaganda
AINES
AINES
Antiinflamatórios Não Esteroidais
Profª Ivy Alcoforado Felisberto
AINES
Salicilatos:
AAS - Aspirina®, Melhoral®, Bufferin®, Somalgin®.
Salicilato – Gelol®
Ácidos Antranílicos:
Ácido mefenâmico - Ponstan®
Pirazolonas:
Fenilbutazona -Butazolidina®, Butazolidil®
Oxicams:
Meloxicam – Movatec®, Leutrol®, Meloxil®
Piroxicam – Feldene®, Flogoxen®
Tenoxicam - Tilatil®, Tenotec®, Teflan®
Os fármacos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs)
constituem um grupo de agentes quimicamente diferentes
que apresentam:
Atividade antipirética.
Atividade analgésica.
Atividade antiinflamatória.
Nem todos os AINEs manifestam, no mesmo grau, os três
tipos de ações.
Praticamente todos são analgésicos e antipiréticos, porém
o grau de atividade antiinflamatória varia.
AINES
Ácidos arilcanóides:
Derivados do ácido ácético:
Diclofenaco - Voltaren®, Cataflam®, Flotac®
Derivados do ácido Indol-acético:
Indometacina- Indocid ®
Derivados do ácido propiônico:
Ibuprofeno - Advil®, Dalsy®
Cetoprofeno - Profenid®, Algiprofen®, Artrinid®
Naproxeno - Naprosyn®, Flanax®
Cetorolaco - Deocil®
Derivados do ácido butírico:
Nabumetona – Relifex;
AINES
Derivados da sulfonamida:
Nimesulida - Scaflam®, Nisalgen®, Deflogen®
Outros:
Celecoxib – Celebra ®
Etoricoxib - Arcoxia ®
Lumiracoxib - Prexige®
Parecoxib – Bextra®IM/IV
Valdecoxib- Bextra®VO
Rofecoxib – Viox®*
INFLAMAÇÃO
ESTÍMULO LESIVO
HISTAMINA
BRADICININA
PROSTAGLANDINAS
VASODILATAÇÃO
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
RESOLUÇÃO
PERMEABILIDADE
VASCULAR
INFILTRAÇÃO
CELULAR
CRONIFICAÇÃO
1
AÇÃO ANTIINFLAMATÓRIA
AINEs
FOSFOLIPIDEOS
FOSFOLIPASE A2
x
x
COX
5-LIPOXIGENASE
AA
ENDOPERÓXIDOS
5-HPETE
LEUCOTRIENOS
x x x
PGS
TXA2
PGI2
Classificação terapêutica dos AINEs
Inibidores
seletivos
da COX-1
Aspirina
(↓ doses)
Inibidores
não-seletivos
( COX-1, COX-2,
COX-3)
Aspirina
(↑ doses)
Indometacina
Cetorolaco
Piroxicam
Diclofenaco
Ibuprofeno
Cetoprofeno
Tenoxicam
Naproxeno
Fenilbutazona
Inibidores
seletivos
da COX-2
Meloxicam
Nimesulida
Salicilato
Inibidores
altamente
seletivos
da COX-2
Celecoxib
Etericoxib
Lumiracoxib
Parecoxib
Valdecoxib
Rofecoxib*
Inibidores seletivos de COX – 3 : paracetamol e dipirona
AÇÃO ANALGÉSICA
Ação Analgésica
AINES
X
SNP
↓ PGE2 e PGI2 - ↓ sensibilidade dos nociceptores à ação de
mediadores da inflamação (BK, Histamina, Substância P).
AINES
X
↓ PGs, ↓ excitabilidade neuronal aferente.
SNC
Alívio da cefaléia - ↓ efeito vasodilatador das PGs sobre
vasculatura cerebral;
AINES + Analgésicos opióides - ↓ dor - ↓ 1/3 da dose do opióide;
2
Ação Antipirética
Ação Antiagregante Plaquetária
↑ TEMPERATURA
FEBRE
Tremores
Piloereção
Vasoconstrição
Vasodilatação
Sudorese
X
TXA
X
X X
PGE1
X
AAS OBS:
Plaquetas são anucleadas;
2
Hipotálamo Anterior
“Termostato”
X
↑ Agregação Plaquetária
Usos Terapêuticos
teciduais:
Artrite, bursite
Dor de origem vascular e muscular
Dor odontológica
Cólicas menstruais
Metástases de câncer em ossos Associados a opióides
Dor pós-operatória
Cefaléias
Inibição de parto do parto pré-maturo – indometacina, Ác
mefenâmico.
Ação Antipirética;
Ação antiinflamatória em condições agudas ou crônicas;
Prevenção de infarto do miocárdio, tromboses e AVC
isquêmico - AAS;
Distúrbios Renais
por
toda a vida da plaqueta (3 a 7
dias).
Em ca so de cirurgia:
a droga 1 semana
antes.
Suspender
Distúrbios do Trato gastrintestinais:
PGs – promovem proteção gástrica, por:
↓ produção de ácido clorídrico (HCl).
↑ produção de muco protetor.
AINEs - ↓ PGs - ↑ produção de
HCl e ↓ produção do muco
protetor.
Sintomas: mal-estar epigástrico (dispepsia), ulceração e/ou
hemorragia, náuseas e vômitos, diarréia (mas em certas
ocasiões, constipação).
Uso de AINEs seletivos para COX-2 - ↓ efeitos gástricos dos
AINEs.
Associação com antiulcerosos – omeprazol, ranitidina.
Outros Efeitos Colaterais
Sangramento microscópico do TGI
Insuficiência renal aguda reversível;
Retenção de Na+ e H2O (edema periférico);
Anúria.
PGs antagonizam os efeitos
Intra-renais dos vasoconstritores
↓ FSR
↑ Vasoconstritores
NA
VAP ou ADH
AgII
Não sintetiza nova enzima;
Deficiência de TXA2 persiste
EFEITOS COLATERAIS
Analgesia em dores associadas a inflamação e a danos
Cirrose
Nefrose
Diuréticos
Ins. Renal
Dose: 100 a 200mg/dia após o almoço
COX
IL-1
Doença renal
DCV
Ác Araquidônio
COX -1
Temperatura normal
AINES
AAS (↓
↓ dose s):
Inibição irrevers ível da COX-1;
↓ produção de TXA2 nas plaquetas;
↑ tempo de sangramento.
Plaqueta
S/ TRATAMENTO
AINES
– sangue oculto nas
fezes
Depressão da medula óssea.
Distúrbios hepáticos.
Reações de hipersensibilidade:
Erupções cutâneas leves;
Urticária;
Reações de fotossensibilidade;
Síndrome de Stevens-Johnson (mais raras);
Edema angioneurótico;
Broncoespasmo – cuidado em pacientes asmáticos.
↓ Vol Sang
↓ PGs – ação livre
dos vasoconstritores
3
Efeitos Colaterais específicos do AAS
Salicilismo (tinido, vertigem, náuseas e vômitos)
Sindrome de Reye:
Encefalopatia e hepatite fulminante potencialmente fatal;
Epidemiologicamente associada ao uso de AAS em
infecções virais.
Evitar em crianças.
Efeitos Respiratórios
Doses terapêuticas elevadas:
Ativa o centro respiratório no bulbo → hiperventilação
Alcalose respiratória compensada.
Doses elevadas (níveis Tóxicos):
Deprimem o centro respiratório no bulbo →
hipoventilação
Acidose respiratória não-compensada e metabólica.
Coma e depressão respiratória.
FARMACOCINÉTICA DO AAS
FARMACOCINÉTICA DO AAS
ABSORÇÃO
Boa absorção – estômago e primeira porção do intestino.
Salicilato de metila – absorvidos através da pele integra.
DOSAGEM x USO TERAPÊUTICO
Baixas doses – 160 a 325mg/dia – ação antiagregante
plaquetária;
500mg/ 4xdia ou 1g 6/6h – analgésico e antipirético;
Altas doses – 4 a 8g/dia – ação antiinflamatória;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Oral;
Via transdérmica – emplastos, aerossóis, cremes,
pomadas e géis;
Via retal;
ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES
METABOLISMO HEPÁTICO
Até 500mg/ dia – t1/2β = 3 horas
Doses > 4g/dia:
saturação das enzimas hepáticas
t1/2β = 5 horas ou mais (5-15h).
EX CREÇÃO RENAL
Baixas dose s - ↓ secreção do ácido úrico - ↑ ácido úrico na corrente
sangüínea;
↑ secreção do ácido úrico - ↓ ácido úrico na corrente
sangüínea;
Intoxicação por salicilatos – alcalização da urina - ↑ excreção dos
salicilatos.
Alta s dose s -
Paracetamol ou Acetoaminofen
Atividade analgésica e antipirética,
Não possui efeitos antiinflamatórios:
Parece ser um fraco inibidor da COX-1 e
COX-2, sendo
mais seletiva sobre COX-3 no SNC.
Não apresenta atividade antiagregante plaquetária
Muito utilizado na dengue.
Não causa distúrbios gastrintestinais.
Provocam menos reações de hipersensibilidade.
OBS: Broncoespasmo em pacientes
asmáticos ou alérgicos “sensíveis à aspirina”
Paracetamol ou Acetoaminofen
USOS TERAPÊUTICOS DO PARACETAMOL
Analgésico e Antipirético:
Pacientes com distúrbios gástricos;
Pacientes com o tempo de sangramento prolongado
(dengue, hemofílicos e outros);
Pacientes alérgicos aos demais AINES;
Crianças em infecções virais;
REAÇÕES ADVERSAS DO PARACETAMOL
Doses terapêuticas - poucos e raros efeitos colaterais.
Superdosagem - 15g/dia em adultos e 4g/dia em crianças:
Hepatotoxicidade grave - formação de um metabólito
hepatotóxico – N-acetil-p-benzoquinona.
Tratamento: N-Acetilcisteína e metionina – repor
glutation.
4
DIPIRONA
Atividade analgésica e antipirética (muito potente e eficaz).
Não possui efeitos antiinflamatórios.
Não apresenta atividade antiagregante plaquetária;
Pode ser usado na dengue associado ao paracetamol.
Não causa distúrbios gastrintestinais.
Comercialização proibida nos EUA (Fato controverso):
a ela efeitos colaterais graves como Discrasias
sangüíneas:
Agranulocitose fatal;
Púrpura trombocitopênica;
Anemia aplásica;
Anemia hemolítica.
Atribuída
DIPIRONA
Reações adversas mais comuns:
Reações de hipersensibilidade:
Rash cutâneo;
Edema angioneurótico;
Choque anafilático (Uso IV);
Broncoespasmo (pacientes asmáticos);
Síndrome de Stevens-Johnson.
Náuseas e vômitos;
Tremores;
Hipotensão.
Fármaco
Formulações
Dose
Adulto
Dose
pediátrica
Dose
máx
Fármaco
Formulações
Dose
Adulto
ibuprofeno
Cp 200,300,400,600mg
Susp or al 20,50,100mg/ml
400mg 4 / 6h
5 a 10mg/Kg
A:3200mg/d
C: 40mg/Kg
Meloxicam
7,5 a 15 mg/d
diclofenaco
Cp 50mg
Cp A P 100mg
50 a 150 mg/d
1 a 3 tomadas
ao dia
0,5 a 2mg/Kg
2 a 3 tomadas
ao dia
Cp 7,5 e 15mg
Amp. 15mg/1,5ml
Susp. Oral 7,5mg/5ml
Piroxicam
Cp 10 e 20mg
10 a 20 mg/d
Cp SL 20mg
Susp.or al 9 a 10mg/ml
Supositór ios 20 e 30mg
Creme e gel
DI:40mg/dia
Depende da
situação
Tenoxicam
Cp 20mg
Amp 20 ou 40mg/2ml
Granulados sol.
20mg/5mg
20mg DU
Nim esulida
Cp 100mg
Gotas 50mg/ml
50 a 100mg
2x/dia
Gotas 15mg/ml (0,5mg/gt)
Susp or al 2mg/ml
Injetáveis 75mg/3ml
Suposit 12,5, 25 e 75mg
Emulgel a 1%
Aerossol 10mg/dose
Adesivos transdér micos
Colírio 1mg/ml
Pom oftal. 1mg/ml
Diclofenaco
colestiram ina
Cap 70 mg
1 a 2 caps/d
Cetorolaco
trom etam ina
Cp sublinguais 10mg
10mg 4/4h ou
6/6h
Não
recomendada
Fármaco
Formulações
Dose
Adulto
Indometacina
Caps 25 e50mg
Supositór ios 100mg
25 a 50mg
2 a 3x/dia
Fenilbutazona
Cp 200mg
Amp 600mg/3ml
600mg
Em 3-4 tomadas
Flurbiprofeno
Adesivo transdér. 40mg
Solução oftálmica
1 ades 12/12h
Aceclofenaco
Cp 100mg
Creme
1cp/dia
Ác
mefenâm ico
Cp 500mg
500mg 3x/d
Cetoprofeno
Caps 50mg
VO:
Comp 100, 150 e 200mg
Cp revest 200mg
Amp 100mg/2ml
150-300mg/d
2-3x/d
IM: 100mg 2-3x/d
Sol oral 20mg/ml
Supositór ios 100mg
Gel 25mg/g
IV: 100-300mg/d
Retal: 1sup 2x/d
5mg/Kg
2 x/dia
A: 200mg/d
Fármaco
Formulações
Dose
Adulto
Glucam etacina
Caps 140mg
140mg 3x/dia
Loproxeno
Cp 60mg
60mg 3x/dia
60-120mg DU
Naproxeno
Cp 250, 275, 500 e 550mg
500-1000mg/d
10mg/Kg/dia
Susp. Oral 25mg/ml
DU ou 2x/d
Depende da
causa
2x/dia
Mepirizole
Cp 100mg
1 a 2 cp 8/8h
½ a 1cp 8/8h
Etodolaco
Cp 300 e 400mg
Analges ia:
200-400mg a
cada 6-8h
Artrite: 8001200mg/d
20mg/Kg/d
Celecoxib
Caps 100 e 200mg
100mg 2x/d
200mg DU
Etoricoxib
Cp 60,90 e 120mg
60 a
120mg/dia
Lum iracoxib
cp 100 a 400mg
100-400mg/d
1-6 anos:
1mg/Kg 6/6h ou
8/8h
7-11 anos:
25mg 6/6h ou
8/8h
Dose
máx
Susp or al 10mg/ml
Granulado sol. 100mg/2g
Supositór ios 50 e 100mg
90mg/24h
Dose
pediátrica
Dose
pediátrica
Dose
pediátrica
5
Fármaco
Formulações
Dose
Adulto
Parecoxib
Frasc amp 40mg
DI:40mg IM/ IV
DM:20- 40mg a
cada 6-8h
Valdecoxib
Cp reves 40mg
40mg/dia
Paracetam ol
Cp 125, 250, 325, 500,
650, 750mg
325-650mg
4/4h ou 6/6h
Cp efervescente 1g
Gotas 100 ou 200mg/ml
Susp or al inf. 160mg/5ml
Saches 500mg/5g
1g 3-4x/d
Dose máx:
4g/d
Cp 320 e 500mg
Gotas 500mg/ml
500mg-1g
3/3h, 4/4h e
6/6h
Dipirona
Solução oral 50mg/ml
Amp 500mg/ml
Supositór ios 300mg infantil
e 1g adulto
Dose
pediátrica
10-15mg/Kg
4/4h
De acordo com
o peso
Doses máx:
0<6 anos 1g/d
6-12 anos 2g/d
> 12 anos 3g/d
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KATZUNG, B.G. Farmacologia Básica & Clínica. 8 ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
HARVEY, Richard A., CHAMPE, Pamela C. Farmacologia
Ilustrada. 2ed. Porto Alegre: Artmed editora, 1998.
GOODMAN, L.S.; GILMAN, A. As Bases farmacológicas
da Terapêutica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1999.
RANG, H.P.; DALE, MM. Farmacologia. 4ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
SILVA, Penildon. Farmacologia. 6ed. Rio de Janeiro:
Guanabara koogan, 2002.
FUCHS, F.D; WANNMACHER, L.. Farmacologia Clínica:
Fundamentos da Terapêutica Racional. 3 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
GRAHAME-SMITH, D.G.; ARONSON, J.K. Tratado de
Farmacologia Clínica e Farmacoterapia. 3ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.
6
Download