Agrupamento de escolas de Ponte de Sor Escola Secundária de Ponte de Sor Física e Química A Resumo N.º1 Ano letivo 2014/2015 Arquitetura do Universo Nascimento e estrutura do Universo Estrutura do Universo Universo Espaço Intergaláctico Superenxames Superenxame da Virgem Enxames Grupo Local Galáxias Via Láctea Estrelas; Sistemas planetários Sol; Sistema Solar Restos de Estrelas Anãs Brancas Poeiras Interestelares Nebulosas Estrelas de neutrões (Pulsares) Expansão do Universo As observações astronómicas confirmam a Teoria da Relatividade de Einstein. O Universo está em expansão, ou seja, a dilatar-se, comprovado pelo afastamento das galáxias, observação de uma radiação de fundo de microondas que é igual onde quer que se olhe e cuja a energia está relacionada com a diferença de energia entre eletrões ligados ao núcleo na átomo de hidrogénio; e pela proporção de átomos existente. Nucleossíntese estelar 1 Origem do Universo – Teoria do Big Bang O Universo foi formado há cerca de 15 mil milhões de anos com uma grande explosão, o Big Bang. O Universo era inicialmente muito quente e denso. Mas foi arrefecendo e expandindo-se, e enquanto isto acontecia, a matéria foi-se organizando em estruturas cada vez mais completas. Provas quer favorecem o Big Bang Expansão do Universo; Radiação cósmica de microondas (o Universo era inicialmente cheio de radiação muito energética quem ao longo do tempo foi diminuindo de energia, com a diminuição da temperatura do Universo, chegando até nós como radiações microondas); Abundância de elementos leves. Posição da Terra no Universo É o 3º planeta do Sistema Solar a partir do Sol, que se situa na periferia de um dos braços da nossa galáxia, a Via Láctea que possui duas galáxias como satélite, as Pequenas e Grandes Nuvens de Magalhães e pertence a um grupo de 30 galáxias, o Grupo Local, que por sua vez pertence a um enxame galáctico, inserido num superenxame. Átomos e estrelas Existem estrelas muito pequenas e muito grandes. Estas vivem, nascem e morrem. As estrelas podem emitir luz visível e luz invisível. A sua luz provém dos elementos químicos que as constituem e este existem também na Terra. Nas estrelas e nas poeiras interestelares existem principalmente os dois elementos mais leves, o hidrogénio e o hélio, que constituem quase 100% do Universo. O hidrogénio é abundante na Terra, enquanto que o hélio já existe em menor quantidade. Os átomos não são partículas elementares, mas sim compostas. São constituídos por núcleos atómicos, que são constituídos por protões e neutrões, que por sua vez são constituídos por quarks, e em torno dos núcleos encontram-se os eletrões. Formação dos primeiros elementos químicos À medida que o Universo arrefecia e expandia, as partículas também sofreram alterações. O esquema seguinte mostra como a evolução das partículas. Fig.1 – Evolução do Universo ao longo do tempo. A temperatura foi sempre diminuindo e, em certos instantes formaram-se novas estruturas, os neutrões e os protões, os núcleos atómicos, os átomos e as estrelas. Os primeiros elementos foram Nucleossíntese estelar 2 formados por reações nucleares, sendo as mais abundantes: Um neutrão juntou com um protão e deu origem a deutério, libertando radiação gama: n + p → 2H + γ Depois, o deutério juntou-se a um neutrão ou a um protão e originou, trítio ou hélio-3, libertando radiação: 2 H + n → 3H + γ 2 H + p → 3He + γ O deutério juntou-se a outros dois deutério, originando hélio-3 e trítio: 2 H +2H → 3H + p 2 H +2H → 3He + n O trítio e o hélio capturaram um protão ou um neutrão e deram origem a hélio-4,libertando radiação gama: 3 H + p → 4He+ γ 3 He + n → 4He+ γ Finalmente o hélio-4, colidindo com um trítio ou com hélio-3, originou lítio-7 e berílio-7, libertando radiação gama: 4 He + 3H → 7Li+ γ 4 He + 3He → 7Be+ γ Portanto, a seguir ao Big Bang, formaram-se por todo o Universo, deutério, trítio, hélio-3, hélio-4, lítio7 e berílio-7. Todos os outros elementos formaram-se nas estrelas. Formação dos elementos químicos nas estrelas A maioria dos elementos químicos existentes no Universo, formaram-se nas estrelas, através de reações nucleares. Reação Química Os núcleos dos átomos não são alterados; Os elementos químicos do sistema reacional mantêm-se; Apenas alteração das unidades estruturais do sistema reacional. Exemplo: Li(g) + 1H2 (g) → LiH(s) + Água Reação nuclear Os núcleos dos átomos são alterados; Transformação dos elementos químicos noutros diferentes; A energia posta em jogo tem uma ordem de grandeza que pode ser milhões de vezes superior à que é posta em jogo nas reações químicas. Na escrita das equações deve mostrar a observância da lei de conservação do número de nucleões e da carga total, ou seja, a soma dos números de massa e atómico dever ser igual nos dois membros da equação. Nucleossíntese estelar 3 As reações nucleares podem ser de dois tipos: . Fusão nuclear – consiste na junção de dois núcleos pequenos com a obtenção de um núcleo maior. Exemplo: 4 1H → 4He + 20e+ + Energia . Fissão ou cisão nuclear – consiste na divisão de um núcleo grande, em dois mais pequenos. Exemplo: 235U + 1n → 90Sr + 143Xe + 31n Em primeiro lugar, dois protões originam deutério, libertando um positrão e neutrinos: 2p → 2H + e+ + v Depois um deutério capta um protão e origina hélio-3, libertando radiação gama; 2 H + p → 3He + γ Seguidamente dois núcleos de hélio-3 juntam-se e formam hélio-4 e dois protões: 3 He + 3He → 4He+ 2p No total (no ciclo do hidrogénio), quatro protões dão origem a hélio-4, dois positrões, dois neutrinos e radiação gama: 4p → 4He + 2e+ + 2ν Fig.2 – Ciclo do hidrogénio, no qual 4 protões dão origem a hélio-4. Nas estrela também ocorre a formação do carbono-12 a partir da junção de três átomos de hélio: 4 He + 4He + 4He → 12C Nucleossíntese estelar 4 Nucleossíntese estelar (Nascimento, vida e morte das estrelas) À medida que o universo se foi expandindo e arrefecendo, após o Big Bang, os átomos formados pela nucleossíntese primordial (formação dos primeiros átomos no Big Bang) aglutinam-se em nuvens de gás. Por ação da força gravitacional, verifica-se a contração das nuvens de gás, o que originou grumos de matéria – as protoestrelas. Nuvem de gás Protoestrela Estrela Compressão Compressão e arrefecimento e arrefecimento T =10 a 15 milhões de kelvin* (inicia-se a fusão nuclear) (ainda não há fusão nuclear) * Esta temperatura regista-se no interior da estrela onde ocorre a fusão do hidrogénio. A energia é libertada desde o coração da estrela até à superfície – a estrela começa a brilhar. Fase principal da vida da estrela – a energia libertada faz aumentar a agitação das partículas e fazem-na expandir-se, equilibrando a força gravítica. Esta fase depende da massa inicial da estrela. As estrelas mais maciças queimam mais rapidamente o hidrogénio porque necessitam de maior quantidade de energia para equilibrar a contração gravitacional e por isso a temperatura é mais elevada – duram menos tempo mas brilham mais. 4 11H → 42He + energia Quando o hidrogénio se gasta e se transforma em hélio, então as forças que contrariam a força gravítica desaparecem e a estrela contrai-se, aparecem assim novas reações nucleares, o hélio transforma-se em carbono ou oxigénio. 4 2He 4 2He + 126C → 16 8O 12 6C + energia + energia Coração ou núcleo da estrela (fusão do hélio) Nucleossíntese estelar → Fotoesfera (camada exterior expandida – não ocorre nenhuma fusão) Camada envolvente do coração da estrela (fusão do hidrogénio) 5 Nota: A camada exterior expandida cresce de tal forma que arrefece e a estrela apresenta um aspeto avermelhado até se transformar numa gigante vermelha. Gigante vermelha: Núcleo ou coração – fusão do hélio em carbono e oxigénio. Camada fina que envolve o núcleo – fusão do hidrogénio em hélio. Camada exterior expandida – cor avermelhada – não há fusão nuclear. Nota: após a estrela se ter convertido numa gigante vermelha, a sua evolução vai depender da sua massa inicial. Estrelas como o Sol ou com massa até 8 vezes menor que a massa do Sol: Transformam-se em nebulosas planetárias A estrela entra em agonia (acabam as reações nucleares), o núcleo da estrela contrai-se por ação da gravidade aumentando a temperatura e densidade. A estrela transforma-se numa anã branca, que irá arrefecer, emitindo pouca luz. Por último transforma-se num resíduo estelar frio. Nucleossíntese estelar 6 Estrelas muito pesadas (com massa 8 vezes maior que a massa do Sol): A estrela expande-se porque em camadas exteriores continuam a dar-se outras reações nucleares, a estrela transforma-se numa Supergigante vermelha. A estrela não tem energia suficiente para fundir o ferro, logo colapsa e liberta energia, emperrando as camadas exteriores dá-se uma grande explosão – Supernova. Originam estrelas de neutrões ou pulsares – são muito pequenas e por isso desagregamse. No núcleo os protões transformam-se em neutrões. A densidade é de centenas de toneladas por cm3. Estrelas muito leves (com massa 25 vezes maior que a massa do Sol): A estrela expande-se porque em camadas exteriores continuam a dar-se outras reações nucleares, a estrela transforma-se numa Supergigante vermelha. A estrela não tem energia suficiente para fundir o ferro, logo colapsa e liberta energia, emperrando as camadas exteriores dá-se uma grande explosão – Supernova. O resíduo estelar ainda mais denso do que na estrela de neutrões, produz forças gravíticas de tal forma que nem a luz se escapa – Buraco Negro. Nucleossíntese estelar 7 Nota: Os raios cósmicos constituídos por protões e eletrões que vagueiam pelo espaço a grande velocidade e que provêm das explosões de supernovas e até do Big Bang, colidem com elementos interestelares originando lítio ( 63Li), berílio e boro. A este processo dá-se o nome de nucleossíntese interestelar. Se M0 corresponder à massa da Terra Nebulosa (As estrelas nascem de nuvens de gás e poeiras em contração) Protoestrelas (Formam-se grumos de matéria que se contraem por ação da gravidade, aquecendo) Estrela tipo Sol – M <= M0 (A temperatura aumenta, permitindo a fusão do H em He) Estrela tipo Sol – M > 8M0 (Ocorre a fusão do H em He) Gigante vermelha (Esgotamento do hidrogénio. Ocorre a fusão de He em C. Ocorre a fusão de H em He) Supergigante vermelha (Vão-se esgotando o H, o He, o C, o O e o Fe. As reações nucleares dão-se nas camadas externas) Nebulosa planetária (A estrela ejeta as suas camadas no espaço interestelar) Supernova (O combustível acaba. As suas camadas são lançadas no espaço. São produzidos os elementos mais pesados.) Anã Branca (No seu centro fica resíduo estelar) Anã Castanha (É uma anã branca sem energia) Nucleossíntese estelar Estrelas de neutrões (pulsar) – M<=25M0 (Estrela muito densa, constituída por neutrões) Buraco Negro – M>25M0 (Tem uma grande contração gravitacional) 8 Cronograma: 10-5 s 0s Big Bang (T=103 K) Eletrões 3 min Caldo Inicial 3 00 000 anos Formam-se os primeiros átomos de hidrogénio e hélio Morte das estrelas Nucleossíntese interestelar Quarks Formação das estrelas (Nucleossíntese estelar) Nucleossíntese Primordial (T=108 K) 2 3 1H; 2He O universo torna-se transparente H → He H → He Fase principal H → He He → C e O na vida da He → C e O C → Ne e Mg estrela Gigante O → Si e S Vermelha Supergigante Vermelha Nucleossíntese estelar 9 Escalas de distância, tempo e temperatura Grandeza Símbolo Unidade SI Símbolo Temperatura Tempo Comprimento T t d Kelvin Segundo Metro K s m Temperatura Escala Kelvin ou escala das temperaturas absolutas Escala Celsius Escala Fahrenheit T (K) 0K 273 K 373 K T (oC) -273 oC 0 oC 100 oC T (oF) -460 oF 32 oF 212 oF T (K) ≠ T (oC); ∆T (K) = ∆T (oC); ∆T (1K) = ∆T (1 oC); T (K) = T (oC) + 273. ∆T = 1 ºC = 1,8 oF; ∆T (ºF) = 1,8 x ∆T (oC); T (ºF) = 1,8 x T (oC) + 3 Tempo No Sistema Internacional a unidade de tempo é o segundo (s). No entanto em astronomia, o tempo é medido em anos. Comprimento Para exprimir distâncias ou comprimentos vulgares usamos a unidade do Sistema Internacional ou os seus múltiplos e submúltiplos. Alguns múltiplos do metro 1 dam = 1x101 m 1 hm = 1x102 m 1 hm = 1x103 m Decâmetro (dam) Hectómetro (hm) Quilómetro (km) Alguns submúltiplos do metro Decímetro (dm) Centímetro (cm) Milímetro (mm) Micrómetro (μm) Nanómetro (nm) Angström (Ǻ) Picnómetro (pm) 1 dm = 1x10-1 m 1 cm = 1x10-2 m 1 mm = 1x10-3 m 1 μm = 1x10-6 m 1 nm = 1x10-9 m 1 Ǻ = 1x10-10 m 1 pm = 1x10-12 m No entanto em astronomia, utilizam-se outras unidades de medida, pois as distâncias são muito grandes para serem exprimidas em metros: Tabela de conversões de distâncias astronómicas Unidade Astronómica (UA) 1 6,31x104 2,06x105 Nucleossíntese estelar Ano-luz (a.l.) Parsec (pc) Metro (m) 1,60x10-5 1 3,26 4,90x10-6 0,31 1 1,50x1011 9,47x1015 3,09x1016 10 Radiação, Energia e Espectros Radiação λ (comprimento de onda) → distância de um 1 ciclo (m) ν (frequência) → número de vezes que 1 ciclo se repete num segundo (Hz ou s-1) T (tempo)→ tempo de 1 ciclo (s) Caracterizar uma onda V→ unidade relativas ao tempo T→ unidade relativas ao tempo Λ→ não caracteriza a onda pois v ≠ c, logo o λ vai ser diferente dependendo do meio. Fórmulas 𝜈= 1 Hz ou s −1 𝑇 𝜆 𝑐 = 𝑇 <=> 𝑐 = 𝜆 × 𝑐 𝜈 <=> 𝜈 = 𝜆 Relação de Planck – Einstein: 𝐸rad = 𝑛. ℎ. 𝜈 n – número de fotões h – constante de Planck 6,63 × 10-34 J.s 𝜈 − frequência da radiação (Hz) A energia do Sol e de outras estrelas é libertada através de radiações eletromagnética que percorre o espaço vazio. Existem vários tipos de radiações, umas mais energéticas que outras. Apenas é possível ver a luz visível à vista desarmada. A luz branca é composta por várias radiações, correspondente a várias cores, todas as cores do arco-íris. Para visualizar todas estas cores é necessário decompor a luz e a este resultado chamamos espectro. Nucleossíntese estelar 11 O espectro electromagnético A luz tem um espectro muito mais vasto do que a luz visível, havendo um largo conjunto de aplicações. A este espectro total da luz chamamos espectro eletromagnético. Fig.3 – Espectro eletromagnético. Os raios gama são os mais energéticos e as ondas de rádio as menos energéticas. E é diretamente proporcional ν. E é inversamente proporcional λ. Vários tipos de espectros Espectros Descontínuos: de absorção – fundo de cor com riscas pretas. É obtido, quando os eletrões transitam de um estado de energia menor para um estado de energia maior, absorvendo radiações. de emissão – fundo preto com riscas de cor. É obtido quando os eletrões transitam de um estado de energia maior para um estado de energia menor, emitindo radiações. Nucleossíntese estelar 12 Efeito fotoeléctrico Átomo de Hidrogénio Espectro do átomo de hidrogénio Fórmula de Bohr 𝐸𝑛 = − 2,18 × 10−18 𝑛2 Niels Bohr propôs uma interpretação do espectro descontínuo emitido por átomos. Para Bohr, as riscas deviam-se ao facto de as descargas elétricas terem excitados os eletrões do átomo, deixando-os em estados de energia (órbitas eletrónicas bem definidas) mais elevados, absorvendo energia. Ao regressarem a níveis de energia mais baixos emitem essa radiação. Nucleossíntese estelar 13 Níveis de energia e números quânticos O conceito de orbita foi substituído pelo conceito de orbital, isto é uma distribuição espacial do eletrão em volta do núcleo. A cada orbital está associada uma determinada energia. As orbitais são caracterizadas pelos números quânticos. Existem 4 números quânticos: — O número quântico principal corresponde ao valor de energia de cada nível. Pode tomar valores inteiros (n= 1,2,3, etc.); — O número quântico secundário (l). Está relacionado com a forma da orbital e pode tomar valores inteiros que vão de 0 até n -1. Quando l=0, as orbitais designam-se por orbitais tipo s, apresentando forma esférica. Quando l=1, as orbitais dizem-se tipo p e têm uma forma lobular. Para l=2, as orbitais dizem-se do tipo d. — O número quântico magnético, designado por ml, que indica a orientação da orbital. Pode assumir valores inteiros que vão desde –l a +l. — O número quântico de spin, designado por ms, toma, para o eletrão, os valores -½ ou +½. Nucleossíntese estelar 14 Tabela – Orbitais e respetivos números quânticos n l ml Designação 1 0 0 1s 0 1 0 -1 2s 1 0 2px, 2py, 2pz 1 1 0 1 1 1 2 0 -1 0 1 -2 2 -1 2 0 2 1 2 2 0 1 1 1 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 0 -1 0 1 -2 -1 0 1 2 -3 -2 -1 0 1 2 3 2 3 4 3s 3px, 3py, 3pz 3d 4s 4px, 4py, 4pz 4d 4f Configurações eletrónicas Uma orbital só pode conter no máximo, dois eletrões e estes devem ter números quânticos de spin opostos. Quando preenchemos orbitais da mesma energia (como são as três orbitais de p) devemos fazer primeiro o semipreenchimento de cada uma, mantendo os eletrões com o mesmo spin, e só depois proceder ao emparelhamento de spins (colocar eletrões com spins opostos. Exemplo: 15P → 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p3 → Distribuição condensada Diagrama de caixa 1s ↑↓ Nucleossíntese estelar 2s ↑↓ 2px ↑↓ 2py ↑↓ 2pz ↑↓ 3s ↑↓ 3px ↑↓ 3py ↑↓ 3pz ↑↓ 15