Absenteísmo por transtornos mentais e comportamentais entre os

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Absenteísmo por transtornos mentais e comportamentais entre os
servidores da Unesp - Campus de Araçatuba
SOUZA, Márcia Aparecida Ferreira Evangelista de*; BARIONI, Sônia Regina
Panzarini. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Absenteísmo é definido como o hábito de não comparecer ou de estar ausente ao
trabalho o que pode ocorrer por vários motivos. O objetivo deste estudo foi analisar as
licenças para tratamento de saúde por transtornos mentais e comportamentais,
concedidas aos servidores da Unesp do Campus de Araçatuba/SP. As informações
foram coletadas na Seção Técnica de Saúde, onde são realizadas as perícias dos
servidores contratados em regime jurídico autárquico e efetivo. Foi realizado um
levantamento das causas das licenças médicas referentes a transtornos mentais e
comportamentais, conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID 10),
capítulo V, F (00-99). Foram concedidas 106 licenças médicas, totalizando 4.890 dias
de absenteísmo, sendo que as principais causas foram os transtornos do humor
(afetivo), CID F30-F39 com 79 licenças, gerando 3331 dias de afastamento.
Apareceram, também com a função, locais de trabalho, sexo, tempo de serviço na
UNESP e idade por ocasião da primeira licença. É possível concluir que os transtornos
mentais e comportamentais ocorrem concomitantemente a problemas relacionados à
organização do trabalho e às condições de vida, causas importantes de absenteísmo.
Os resultados apontam para a necessidade de estabelecer políticas que incidam sobre
a organização do trabalho, com intervenções inovadoras nos espaços profissionais.
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A concepção dos profissionais da saúde acerca das suas práticas de
trabalho: analisadas a luz dos princípios da humanização
BOTAN, Luana*; FAJARDO, Renato Salviato; SANTIAGO, Eneida Silveira
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente trabalho verificou como trabalhadores da saúde compreendem as suas práticas de
trabalho e se em seus discursos estão intrínsecos os princípios da Humanização. Quanto ao
conceito de Humanização, observa-se um período de modismo em que se exige que o
trabalhador seja humano, compreensivo e acolhedor, porém ele próprio não tem respaldo e
trabalha em condições desfavoráveis e até desumanas. Neste trabalho, o que chamamos de
práticas humanizadas são o reconhecimento, a valorização e o incentivo à participação dos
sujeitos, sejam eles funcionários, pacientes ou gestores. Ressaltando a importância da
valorização dos profissionais da saúde, já que seu bom desempenho reflete diretamente no
tratamento humano e digno do paciente. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com
questionário semi-dirigido, Os sujeitos da pesquisa são funcionários de uma Santa Casa de
médio porte localizada em uma cidade no interior do estado de São Paulo, a análise dos dados
foi embasada nos princípios do PNH (Política Nacional de Humanização). Foram entrevistados
sete funcionários sendo duas enfermeiras, uma auxiliar de enfermagem, duas recepcionistas e
dois médicos. De um modo geral os profissionais entrevistados relatam que trabalhar na saúde
é algo gratificante, pois se sentem auxiliadores da melhora dos pacientes, por outro lado,
frustrante quando se trata da valorização profissional. Alguns se queixaram da falta de
reconhecimento das chefias, outros dos próprios pacientes e, apareceram também frustrações
relacionadas com os aspectos pessoais de cada trabalhador. Em seus discursos encontramos
várias vezes os princípios da Humanização, alguns até citaram a importância de Humanizar o
local de trabalho, outros demonstraram que nem conheciam o tema. A questão da valorização
do profissional da saúde, da participação nas decisões apareceu com freqüência, os
trabalhadores também ressaltaram a importância da ética, do respeito e da paciência para lidar
com enfermos e usuários. Concluímos que os profissionais da saúde têm noção do quanto eles
são atores da saúde, porém sentem-se tolhidos em suas atuações, e na participação na
estrutura, e com isso trabalham apenas por trabalhar, com espaço limitado para criar, cuidar e
ser cuidado.
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A estrutura familiar e o usuário de droga
FERRO, Daniele Mazzucatto; SIMÔES, Jéssica Priscila*; GÊNOVA, Laís*.
ROSA. Luciana Toledo Bernandes. Universidade Paulista - UNIP.
O objetivo do estudo foi tentar compreender os fatores, presentes na estrutura familiar,
que podem influenciar no abuso de substâncias perturbadoras e estimulantes. Foram
entrevistados dez indivíduos, entre 15 e 30 anos, de classe social considerada baixa,
usuários por mais de um ano das substâncias cocaína, maconha ou crack. Utilizou-se
uma entrevista semi-estruturada, contendo quatorze perguntas. Notou-se que fatores,
como a permissividade, autoritarismo, falta de monitoramento, diálogo e incentivo à
educação formal e o uso de substâncias por familiares ou parentes próximos, são
aspectos importantes que podem influenciar para o uso e abuso daquelas substâncias.
Concluiu-se então que o estudo revelou diversas características familiares, associadas
ao abuso de drogas pelos sujeitos e que a família deve ser inserida no processo de
intervenção dos mesmos.
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A influência dos aspectos psicossociais na adesão ao tratamento do
diabetes melitus.
TORQUATO, Aneliza de Lima*; VALLE, Tânia Gracy Martins. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O Diabetes Mellitus é uma doença crônica, considerada atualmente como um dos
principais problemas de saúde e causas de óbito. Ocorre pelo excesso de glicose no
sangue devido à diminuição ou alteração de um hormônio (insulina) produzido pelo
pâncreas³, seus tipos principais são o Diabetes tipo I e tipo II, seu mau controle pode
levar a dramáticas complicações. O tratamento inclui mudanças na alimentação,
prática de exercícios físicos, monitoração da glicose e o uso de medicação, quando
prescrito. A baixa adesão do mesmo é discutida na literatura.Segundo estudiosos, o
foco está no modelo biomédico enquanto que a repercussão subjetiva do diabetes nos
pacientes não está sendo considerada, assim como suas questões econômicas e
sociais. Esta pesquisa buscou compreender a influência dos aspectos psicossociais na
boa ou má adesão ao tratamento. A coleta dos dados foi realizada a partir de
entrevista semi-estruturada aplicada em amostra composta por 20 pacientes, maioria
mulheres (78%), com idades entre 35 a 60 anos, diagnosticados como diabéticos tipo
1 ( 40%) ou tipo 2 ( 50%), cadastrados na ADJ (Associação de Diabetes Juvenil da
Região Noroeste Paulista) de Birigui/SP. Os resultados revelaram que 60 % convivem
com a doença há mais de 10 anos, fato este que pode ter influência na boa adesão ao
tratamento clínico verificado, enquanto que os cuidados com os aspectos psicológicos
demonstraram baixa incidência (10%). Conteúdos subjetivos foram reconhecidos
como entraves para a boa adesão ao tratamento, todavia, a importância do apoio
familiar (75%) foi enfatizada como fator favorável para adesão, 50% disse seguir as
orientações
médicas,
outros
50%
confessaram
não
seguir
fielmente
as
recomendações. Os resultados sugerem que a descoberta da doença, a convivência e
o tratamento do Diabetes Mellitus são marcados por dificuldades sócio-econômicas e
emocionais.
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Análise de depoimentos na internet de pessoas vítimas de bullying
MACHADO,
Carolina
Laluci
Caserta;
NEME,
Carmem
Maria
Bueno.
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O estudo, de natureza qualitativa, analisou depoimentos de vítimas de bullying que se
utilizam da rede social “Bullying.org”, sob a ótica da fenomenologia. Bullying é um
termo usado para definir atitudes agressivas e repetidas, por um ou mais indivíduos,
contra um sujeito ou grupo, numa relação desigual de poder (Lopes Neto 2003). Em
pesquisa da Ong PlanBrasil (2010), 28% dos 5.168 estudantes entrevistados foram
agredidos em 2009. Pesquisa em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que um em
cada cinco alunos (22%) já foi vítima de bullying. Na Espanha, a incidência do bullying
está em torno de 15% a 20% dos sujeitos em idade escolar (Nogueira e Chedid,
2003). Para Fante (2005), as conseqüências para as vítimas são graves, no âmbito
social e emocional. Foram analisados quatorze depoimentos postados no site, sendo 6
relatos de indivíduos do sexo masculino e 8 de indivíduos do sexo feminino com
idades entre 13 e 19 anos. Os depoimentos foram divididos em relatos longos (acima
de 8 linhas) e curtos, e entre os que pediam ajuda e os que queriam ajudar outras
vitimas. A principal forma de agressão relatada foi verbal, como xingamentos e
chacotas sobre características físicas, opção sexual, família, etc. As meninas
foram mais atingidas, sendo mais numerosas no grupo que se utilizou do site para
solicitar ajuda. Observou-se alta freqüência de ideação suicida (8 indivíduos), assim
como referências à depressão e ao medo. A maioria não reagiu às agressões e não
recebeu ajuda de adultos sobre como lidar com o bullying. Com base nos resultados
são discutidas práticas que poderiam auxiliar no combate e prevenção do bullying,
ressaltando-se a importância do comprometimento dos pais e orientadores na
identificação do bullying e no auxílio às vítimas.
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Análise do projeto “meu primeiro retrato”: de que forma a foto influencio
o vínculo mãe- bebê
ALVARES, Lucas Bondezan*; MURAROTO, Ricardo Magna. Santa Casa de
Penápolis.
As primeiras relações estão vinculadas a formulação de que todos os bebês
desenvolvem um forte vínculo com a mãe ou mãe substituta (cuidador primário). É
necessário então a existência de uma relação de afeto e de apego como o fator
primário para um adequado desenvolvimento do bebê. Verificar se o primeiro retrato
entregue pela Santa Casa influenciou no estabelecimento do vinculo mãe-bebê. Foram
escolhidas aleatoriamente 10 mães, das quais participaram do projeto durante a
internação. As entrevistas foram feitas nas residências das mães. As mesmas foram
gravadas em áudio e todas antes de iniciar assinaram o termo de consentimento. A
entrevista foi aberta. Nas entrevistas realizadas, 8 tinham a foto em um porta retrato,
colocado em um lugar visível. Buscando encontrar promoção do vínculo, algumas
falas foram destacadas nas entrevistas por existir o afeto, que foi proporcionado pelo
recebimento do “primeiro retrato”. “Foi maravilhoso, recebi em casa, achei bonita e
muito interessante o que fizeram para nós, pois muita gente não tem condições de tirar
a foto do bebe ali quando nasce”. “Senti como se alguém se preocupasse com a
gente”. “Foi importante, representou tudo o que passei ao ver a foto, que fiquei
internada, lembrei que ele nasceu pré-maturo e que fiquei muito tempo indo no
hospital, para mim foi bom, ver através da foto a nossa vitória” “Foi a primeira fotinha
dela, primeiro retratinho, eu não tirei nenhuma lá na Santa Casa. Não sei explicar a
emoção, filho é algo especial”. Os dados mostraram, que o “O primeiro retrato” foi
propiciador de uma relação de afeto e apego positivo para a relação da mãe com o
bebê, assim como, registrou as emoções vivenciadas na gestação e nascimento,
colaborando para que o bebê supere as dificuldades do desenvolvimento, tendo como
base um ambiente de apego e vínculo positivos.
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A produção social da hiperatividade na escola: a visão dos pais diante
dessa queixa escolar
OLIVEIRA,Cláudia Aparecida; MARTINS, Eni de Fátima. Universidade Paulista
– UNIP.
Pesquisa realizada para melhor compreensão das queixas escolares de hiperatividade
apresentadas no cotidiano escolar. A visão dos pais diante da queixa escolar é um
quesito importante já que são os pais os responsáveis pelo bem estar físico e social da
criança. Compreender o pensamento desses pais é de suma importância para
desenvolvermos conhecimentos que subsidiem a prática profissional crítica do
psicólogo na educação. A fundamentação teórica será na psicologia Histórico-cultural.
A coleta de dados para essa pesquisa foi realizada em escola pública do ensino
fundamental da cidade de Araçatuba, utilizando entrevistas semi-estruturadas com
pais.
Os resultados apontam a hiperatividade como um problema biológico,
descartando assim todas as problemáticas envolvidas no cotidiano da criança, e a
medicalização vem sendo usada como solução para o problema.
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A sexualidade e a deficiência mental: uma revisão de literatura.
PETRONI, Talita Ferreira*; RODRIGUES, Olga Maria Piazentin Rolim; NEME,
Carmen Maria Bueno Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de
Araçatuba.
Por conta de muitos anos de repressão sexual, o assunto sexualidade ainda é um
considerado um tabu. uando envolve a sexualidade do deficiente mental esse tabu se
torna ainda mais acentuado. Talvez pelo fato de que, por muitos anos, o portador de
deficiência mental ter sido considerado pela população, de uma forma geral, como
uma eterna criança, para tanto sem conotações sexuais.Sendo assim, o referido
trabalho pretendeu a partir de uma pesquisa sistemática em periódicos identificar
temas estudados sobre sexualidade e a deficiência mental. Foram localizados 20
artigos que foram categorizados e organizados em tabelas e posteriormente foram
categorizados e quantificados para análise.Concluiu-se que há poucas pesquisas na
área da sexualidade do deficiente mental principalmente no que se refere a orientação
sexual para essa classe de pessoas.E que a maior parte dos trabalhos publicados
referente ao deficiente mental trabalha especificamente com a Síndrome de
Down.Contudo sugere-se um estudo mais aprofundado e com uma amostra maior
para um melhor esclarecimento dos das questões envolvidas na sexualidade do
deficiente mental.
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Aspectos psicológicos no atendimento a pacientes ostomizados
BONFIM, Emerson Rosa*; SILVA, Derivaldo Pereira*; SILVA, Nathália
Custódio. Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba – FAC-FEA.
O presente trabalho aborda os aspectos psicológicos no atendimento a pacientes
ostomizados
como
constrangimento,sexualidade,
depressão,
espiritualidade
ansiedade,
e
angústia,
isolamento.
Foram
revolta,
utilizadas
entrevistas semi–estruturadas com 40 pacientes ostomizados, no Núcleo de Gestão
Assistencial II (N.G.A), com faixa etária de 03 meses a 82 anos. Observou-se maior
incidência de ostomia no gênero feminino sendo 25 mulheres (adultas), 14 homens
(adultos) e 1 bebê (masculino). Diversos foram os motivos que os levaram a necessitar
da ostomia: arma de fogo, acidente automotivo, câncer no intestino, câncer no colo do
útero, câncer no reto, doença de crohn e diverticulite. A partir destes dados, conclui-se
ser inegável a importância do auxílio psicológico na promoção de uma forma mais
eficaz de posicionamento, esclarecimento, enfrentamento, ressignificação, adaptação
e superação frente à aquisição da ostomia e suas devidas conseqüências.
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Assedio moral no trabalho: a saúde fragmentada pelo sofrimento
CARLI, Márcia Maria de Araújo. Universidade Estadual Paulista – UNESP –
Campus de Araçatuba.
Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo bibliográfico, sobre o assedio
moral e as patologias mais prevalentes relacionadas às conseqüências desse tipo de
violência na saúde de indivíduos socialmente produtivos.
Tal estudo apontou que os diversos conceitos de assedio moral são apresentados com
certa similaridade, assim como, verificou-se que há um consenso quanto ao sofrimento
e os danos biopsicossoais que podem causar às vitimas. Embora o assédio moral não
seja considerado como uma doença, mas um risco invisível no ambiente de trabalho,
pode levar o individuo-vítima ao adoecimento. Nesse sentido, medidas de prevenção e
a importância da humanização são fundamentais para minimizar ou até banir esse tipo
de violência no ambiente de trabalho. Algumas estratégias de prevenção sugeridas por
diversos autores foram aqui colocadas em evidencia, como alternativas de
enfrentamento e possíveis soluções referente
ao fenômeno do assedio moral no
trabalho.
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A subjetividade dos trabalhadores da saúde acerca do tema humanização
em um hospital do interior paulista CANTERO, Denise Fávaro do Carmo;
FAJARDO, Renato Salviato; SANTIAGO, Eneida Silveira. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente trabalho é fruto de um projeto de Especialização Universitária denominado
“A subjetividade dos trabalhadores da saúde acerca da humanização em um hospital
público do interior paulista”. A proposta partiu de dois temas principais: a inserção da
psicologia em ambiente hospitalar e a Humanização. Viabilizou-se pela realização de
entrevista individual semi-estruturada com 17 trabalhadores da recepção do hospital,
com o objetivo de verificar a presença de conceitos de humanização implícitos na fala
dos entrevistados, tendo em vista que temas como Direitos Humanos, Bioética e
Cidadania emergem além de seus conceitos, e são como válvula de escape para
diminuição do sofrimento de usuários e trabalhadores da Saúde. Coletados os dados,
as repostas foram categorizadas, viabilizando a análise e compreensão dos
conteúdos. Verificou-se que da subjetividade dos trabalhadores entrevistados
emergem conceitos de Humanização mesmo sem a evocação do tema nas
entrevistas, o que confere a identificação com a profissão. Por outro lado, dificuldades
arquitetônicas, estruturais e de gestão concorrem para o surgimento do sofrimento dos
trabalhadores na instituição, ocasionando sentimentos de cisão, ambivalência,
incomunicabilidade e desagregação ao contexto da Saúde. A carência de cuidados
com os trabalhadores da saúde revela-se como um farto campo de pesquisa e
trabalho para os psicólogos que possuem habilitação e sensibilidade para mediar os
vários setores da instituição.
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Até logo ou adeus? Ressignificando o partir entre o paciente oncológico e
seus familiares
BONFIETTI, Alisson Moraes*; ROCHA, Suélem Gon. FAJARDO, Renato
Salviato - Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente trabalho descreve as intervenções realizadas nos atendimentos de Sr C.,
um paciente oncológico em estágio terminal e sua familia. O primeiro contato com este
paciente e com sua esposa foi realizado momentos antes de receberem o diagnóstico
de C.A. de orofaringe. Após este encontro foi realizado acompanhamento por quatro
meses, encerrando com a familia dois encontros após a morte de Sr C. Os
atendimentos foram realizados no PROMOVI/UNESP-Araçatuba, na Santa Casa local
e na residência da familia. Foram realizados catorze encontros, sendo seis deles na
residência do paciente, dois na Santa Casa e seis no PROMOVI. Durante os
atendimentos foram utilizadas técnicas que auxiliaram no trabalho de preparação do
paciente para a morte e da familia para sua perda. Tais técnicas foram utilizadas de
acordo com a demanda que emergia durante os atendimentos, entre elas se
destacam: dramatização, inversão de papéis, resgate da história de vida, confrontação
com a realidade e despedida do paciente. Também foram utilizados recursos
interventivos como: técnicas de minimização do sintoma, elaboração de luto,
acolhimento e suporte psicológico, todos com o objetivo de explorar os conteúdos
emocionais vivenciados dentro da familia. Assim, como estratégia de elaboração de
luto, foi realizado na Santa Casa local a despedida da familia com Sr C., que veio a
falecer horas depois. Após catorze encontros foi perceptível a intensificação da união
na família, pois anteriormente o paciente havia se isolado e cada membro sofria em
silêncio. A partir das intervenções os familiares conseguiram
verbalizar suas
angustias, estando mais receptivos para ouvir o paciente e seus medos. Assim após a
morte de Sr C. a familia passou a dar um novo significado à essa perda.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Avaliação da síndrome de Burnout em trabalhadores de uma agência
pública de empregos
RIZOLLI, Ana Paula*; NEME, Carmen Maria Bueno. Universidade Estadual
Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A Síndrome de Burnout é definida como uma reação à tensão emocional crônica
gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho. É
caracterizada pela ausência de motivação ou desinteresse; mal estar interno ou
insatisfação ocupacional que parece prejudicar, em maior ou menor grau, a atuação
profissional de alguma categoria ou grupo profissional. Este estudo investigou níveis
de Burnout de 16 funcionários de uma agência pública de empregos, que
responderam o Inventário Maslach de Burnout (MBI). Dentre os funcionários que
responderam a entrevista, 80% relataram realizar atividades físicas e de lazer fora do
ambiente de trabalho e 100% responderam alta pontuação em realização pessoal.
Fatores pessoais, organizacionais e do ambiente de trabalho pareceram atuar
positivamente junto à população estudada, prevenindo a instalação do estresse laboral
e evitando a exaustão no trabalho.
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Avaliação das condutas adotadas por profissionais em relação à
reabilitação oral.
NÓBREGA, Adhara Smith*; MORENO, Amália; SUZUKI, Thaís Yumi Umeda;
SÁNCHEZ, Daniela Mayumi Inatomi Kavano; FALCÓN-ANTENUCCI, Rosse
Mary; ZAVANELLI, Adriana Cristina; PELLIZZER, Eduardo Piza. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A utilização de próteses fixas na prática odontológica tem tido acentuado crescimento
nos últimos 50 anos. O sucesso do tratamento reabilitador, de modo geral, depende de
vários aspectos, como a adequada confecção das próteses fixas. Deve-se ter
consciência da interdependência existente entre cirurgião-dentista, paciente e
protético, tendo o cirurgião-dentista um papel primordial nesse relacionamento,
devendo exercer o controle tanto do paciente como do protético, uma vez que é o
responsável direto pelo tratamento. A fim de avaliar a opinião da classe odontológica
sobre a sua prática em relação à reabilitação de prótese parcial fixa, foi aplicado um
questionário com questões a 169 cirurgiões-dentistas da região do noroeste paulista.
As variáveis analisadas neste questionário incluíram: instituição de formação,
especialização, tipos de reabilitação em prótese parcial fixa, materiais utilizados na
reabilitação, fracassos e sucessos em prótese fixa, longevidade das restaurações e
freqüência dos controles periódicos. O processamento de dados e análise estatística
foi realizada por meio do programa EpiInfo 7.5.1. Pelos resultados observou-se que
independente da especialização ou não existe grande parcela de profissionais
atuantes na área da prótese parcial fixa. As próteses metalocerâmicas são as
restaurações protéticas dentais mais utilizadas. As falhas na região anterior estão
relacionadas à estética em sua grande maioria e na região posterior a cárie e doença
periodontal. Quanto aos controles periódicos, estes exercem grande papel na
manutenção da prótese parcial fixa para longevidade da restauração. Pode-se concluir
significativo índice de sucesso dos entrevistados quanto ao desenvolvimento dos
procedimentos avaliados relacionados à confecção das próteses parciais fixa.
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Avaliação do curso de extensão “psicologia da saúde e suas implicações
na atuação profissional
OLIVEIRA, Mara Regina Garcia de Souza; TERUEL, Daniele Grigoleto*; JUSTI,
Mirella Martins; ZAVANELLI, Adriana Cristina; DAMACENO, Ana Lúcia
Francischini*. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de
Araçatuba.
A tendência à especialização gerou a fragmentação do entendimento que temos
acerca dos organismos. Este fato pode ser observado nas diversas instituições de
saúde que focalizam seus tratamentos nos aspectos físicos da saúde e da doença,
desconsiderando as dimensões biopsicossociais que compõem os seres humanos. A
interface entre campos do conhecimento humano é de vital importância para a área da
saúde e, considerando este contexto, passou-se a oferecer o curso de extensão
universitária “Psicologia da Saúde e suas implicações na atuação profissional cuja
intenção sempre permeou o desenvolvimento de conteúdos teóricos e a contribuição
para a melhoria das relações entre profissionais, favorecendo maior qualidade na
atuação profissional e maior satisfação dos clientes. Os objetivos principais deste
estudo visaram levantar as expectativas iniciais dos inscritos e se estas foram supridas
no decorrer do curso, além de avaliar o curso propriamente dito. Nos últimos módulos
do curso foram aplicados questionários semi-estruturados elaborados para este estudo
nas duas edições do curso oferecidas (2007 e 2008/2009). Os questionários
continham perguntas referentes à expectativa inicial e à avaliação geral do curso
(disseminação de informação; organização; programação; desenvolvimento dos
módulos; apoio logístico; comentários). Entre os resultados destacou-se que os
participantes consideram de grande importância conhecer os temas propostos,
entretanto, devido a diferença de linguagem teórica entre os cursos de graduação e a
falta da disciplina de Psicologia nos mesmos, o curso tornou-se em alguns momentos
de difícil compreensão para alguns alunos, os participantes também fizeram referência
à aquisição de conhecimentos que acrescentaram características humanizantes à
atuação profissional e, por fim, enfatizaram a dificuldade em expor-se durante as
vivências propostas e que esta foi vencida gradativamente no decorrer dos módulos,
favorecendo o auto-desenvolvimento. Os resultados permitiram concluir que o curso
possibilitou
a
interação
dos
participantes
com
as
temáticas
apresentadas,
favorecendo, por conseguinte, a possibilidade de formas de atuação que valorizem os
aspectos biopsicossociais humanos.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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A vivência de retorno ao trabalho de pacientes com LER/DORT
BARBOSA, Milena de Lima; NEME, Carmen Maria Bueno. Cerest-Ilha Solteira /
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus Bauru.
A LER/DORT, reconhecida como doença relacionada ao trabalho, atinge diferentes
categorias de trabalhadores, tem características epidêmicas e é considerada um sério
problema de saúde pública. O adoecimento, além da diminuição da capacidade
laborativa, implica uma série de repercussões psicossociais, associadas ao convívio
com a dor, limitações, incapacidade, invisibilidade e dificuldades na reabilitação.
Analisar as dificuldades de trabalhadores acometidos com LER/DORT em seu retorno
ao trabalho pode trazer subsídios para uma reabilitação mais humana e eficaz que
contemple as relações trabalho-saúde-doença. Com o objetivo de identificar as
vivências de trabalhadores com LER/DORT no retorno ao trabalho, foram
entrevistados seis pacientes do CEREST de Ilha Solteira que tiveram seus casos
notificados no Ministério da Saúde e afastamento superior a 15 dias. Os dados foram
analisados utilizando-se a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2004). O retorno
ao trabalho pode ocorrer na mesma função, ocasionando reincidência de sintomas e
novos afastamentos; na mesma função com restrições, ou em funções diferentes, com
dificuldades na readaptação e identificação com a nova função. Entre as dificuldades
encontradas no retorno ao trabalho está a falta de apoio social e a aceitação de limites
por parte do trabalhador e da empresa. O processo de reabilitação deve contemplar
aspectos físicos e psicológicos e ser acompanhado de uma política de readaptação
com a participação dos trabalhadores na avaliação das atividades, especialmente nos
casos de mudança de função.
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Caracterização de clientela em atendimento psicológico em ambulatório
de saúde mental de cidade do interior de São Paulo (Birigui)
FAJARDO,Renato Salviato; BOTASIM, Eliene Ferreira*. Universidade Estadual
Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Para aprimorar os serviços de saúde mental, a Organização Mundial de Saúde, orienta
que são necessários investimentos na produção de dados concretos sobre os serviços
e recursos existentes. Na busca de atender esta orientação é imprescindível uma
“atitude epidemiológica”, de forma que não permita que o trabalho se restrinja apenas
a aplicação de técnicas, mas imponha uma postura de invenção permanente ao lidar
com o sofrimento psíquico. Este estudo traça o perfil epidemiológico da população que
utiliza o serviço de psicologia do Ambulatório de Saúde Mental (ASM) de Birigui. Foi
realizado através de coleta de dados dos prontuários dos pacientes em atendimento
psicoterapêutico. Foram pesquisadas: idade, gênero, queixa, realização de tratamento
psicológico anterior, a duração deste, tempo no atual tratamento psicológico, forma de
encaminhamento ao ASM e para qual tratamento veio encaminhado. A população
atendida era predominantemente de adultos (82,8%) e gênero feminino (80,6%). A
maior freqüência foi de sintomas de transtorno depressivo (61,1%) e a maioria (72,2%)
estava em tratamento psicológico pela primeira vez. Os dados relativos à faixa etária e
gênero se aproximam do encontrado em um trabalho equivalente. O índice de
adolescentes atendidos (17,2%) faz pensar sobre a importância de um manejo
especial que este público requer, em especial do ponto de vista psicológico, dada a
fase crítica de transformações pela qual estão passando.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Comparação da presença de depressão em crianças obesas/sobrepeso e
crianças eutróficas
RAMOS, Ananda Cardoso*; CORRÊA, Emilaym Serapião*; MADRID, Maria
Carla Davatz. Universidade Paulista - UNIP.
Esta pesquisa teve como objetivo comparar sintomas depressivos em crianças com
obesidade/sobrepeso e crianças eutróficas. A amostra foi composta por 56 escolares
de ambos os sexos, cursando a 4ª série do ensino fundamental de uma escola pública
da cidade de Birigui, interior de São Paulo, divididos em 2 grupos, de acordo com o
Índice de Massa Corporal (IMC): G1 formado por 19 crianças classificadas como
Obesas ou com Sobrepeso (IM= 9 anos e 3 meses)
e G2 por 37 crianças
classificadas como Eutróficas (IM= 9 anos e 6 meses). Após consentimento dos pais
ou responsável, os sujeitos da amostra foram pesados e medidos para que fossem
classificados de acordo com seu índice de massa corporal. Posteriormente aplicou-se
em todas as crianças o Inventário de Depressão Infantil (CDI). Das crianças avaliadas
que apresentaram sintomas clinicamente significativos, 31,58% foi do G1 e 45,95% foi
do G2, não houve diferença estatisticamente significativa, contudo é possível notar
predomínio de sintomas depressivos em crianças eutróficas. Identificou-se alta
incidência de depressão na amostra e o fator peso não foi preditor do desenvolvimento
de sintomas depressivos em crianças.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
21
Compreendendo a dinâmica familiar de adolescentes expostos à violência
sexual
FAVARETTO, Priscila Zanardi*; VALLE, Tania Gracy Martins.Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A violência na adolescência e juventude, mais especificamente a violência sexual, é
um tema de grande relevância na atualidade. Não somente no Brasil, mas
mundialmente tem-se presenciado o aumento da violência sexual, transformando-se
na ocorrência mórbida de maior prevalência na adolescência. E embora seja um
problema de saúde pública a nível internacional, é o delito menos denunciado em
nossa sociedade. Chama atenção no fenômeno da violência sexual contra crianças e
adolescentes não somente o fato de a maior parte das vítimas serem agredidas no
próprio ambiente familiar, mas também o tipo de vínculo entre vítima e agressor.
Dessa forma, baseado na abordagem sistêmica, este estudo objetivou compreender a
dinâmica familiar de adolescentes vítimas de violência sexual intra-familiar.
Participaram do estudo sete adolescentes e seus respectivos pais, usuários e
beneficiários dos serviços ofertados pelo CREAS – Centro de Referência
Especializado da Assistência Social de um município do Estado do Mato Grosso do
Sul. Os instrumentos utilizados foram o Teste do Desenho em Cores da Família
(TDCF) e um questionário a respeito das figuras realizadas e das interações
familiares. Os resultados indicaram a dificuldade na diferenciação dos papéis
familiares, principalmente no que tange a diferenciação da díade mãe e filha, fato que
pareceu ser o motivador para o empobrecimento da individuação nos grupos. Também
percebeu-se a presença de conflitos entre as figuras familiares, provavelmente
advindos da situação abusiva presente. Neste contexto, as famílias estudadas
demonstraram
dificuldades
de
comunicação
entre
os
membros
familiares,
prejudicando a integração entre eles, bem como a existência de uma liderança
autoritária e regras rígidas desempenhadas pela figura paterna. Tais resultados podem
subsidiar ações preventivas e terapêuticas para situações de violência sexual contra
crianças e adolescentes. Dessa forma, sugere-se o acompanhamento psicológico para
os participantes deste estudo e demais envolvidos, com vistas à redução dos danos
causados e a recuperação da qualidade de vida para todos os membros da família,
assim como a necessidade de continuidade de estudos na área em questão.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Conceito da unidade de terapia intensiva pediátrica do hospital da criança
Birigui
GALHEGO-GARCIA, Wilson; SALZEDAS, Luísa Machado*; JOAHANSEN, Igor
Cavallini; ALVES, Daniel Figueiras; SIBERSCHMIDT-MAIA, Fabiano; SIMÕES,
Rafael. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Esta é uma reflexão sobre a montagem de uma unidade de Terapia Intensiva
Pediátrica em um futuro Hospital da Criança de Birigui, São Paulo. A UTI pediátrica
oferecerá o que houver de melhor e mais moderno para recém nascidos, crianças e
adolescentes em estado crítico ou acidentado. Ao mesmo tempo uma unidade
neonatal especializada para neonatos prematuros em estado grave será instalada. O
HOSPITAL DA CRIANÇA também deverá introduzir um programa de avaliação
desenvolvido especialmente para neonatos de forma especializada. Este programa
englobará um padrão ouro de cuidados de desenvolvimento nesta UTI individualizada.
A família da criança estará ativamente envolvida em todos os aspectos do cuidado,
que será planejado especificamente para aquela criança. Isto significa uma
observação detalhada do comportamento da criança que permitirá aos cuidadores
identificarem os sinais particulares de estresse e estabilidade de modo que um plano
de cuidados específicos poderá ser elaborado para cada criança. Este programa
ensinará as famílias a cuidarem de crianças portadoras de deficiências ou condições
médicas mais complexas onde o tratamento deverá ser completado em casa. Para
tanto, é necessário que o relacionamento equipe médica-família seja humanizado.
Estudos têm demonstrado que a satisfação da família de um paciente é extremamente
afetada pela relação que esta desenvolve com a equipe que trabalha em Unidades de
Terapia Intensiva Neonatal e que o mal relacionamento influencia negativamente nos
cuidados durante o atendimento ao neonato. A idéia do HOSPITAL DA CRIANÇA
engloba assim a inter-relação equipe-neonato-família.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Depressão infantil – Um estudo de revisão
MARQUES,
Lucimary*,
RODRIGUES,
Olga
Maria
Piazentin
Rolim.
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A presente pesquisa teve como objetivo identificar como a Depressão infantil pode ser
explicada levando em consideração: os veículos, a freqüência, os autores, e o teor das
publicações sobre o tema. Procedeu-se a seleção dos artigos junto às bases de dados
do Scielo, Bireme e PsycoInfo.Os achados foram classificados de acordo com o tema
investigado e os
aspectos metodológicos categorizados, distribuídos em 5
tabelas.Foram identificados 28 artigos, produzidos de 2001 a 2010, onde o maior
percentual deles se encontra em 2009 (27%).Os estudos que se refere às causas, se
do ambiente, fisiológicas e/ou somáticas, estão associados a períodos do ciclo vital.
Outros
revelaram
associação
com
outras
comorbidades
como
ansiedade,
desdobramentos da presença da depressão infantil como o suicídio, baixo
desempenho escolar e obesidade. Nos processos psicoterápicos não encontrou
resultados que demonstrem terapias eficientes, sugerindo que são as intervenções a
longo prazo que dificulta os avanços.Os instrumentos utilizados para a coleta variaram
em função do objetivo do trabalho: foram utilizados o CDI (Children Depression
Inventory), a escala de Avaliação da Depressão em crianças de Pereira e Amaral,
(2004),instrumentos padronizados como o IEEIA, Raven, Questionário de Stress e de
Qualidade de vida, Avaliação das estratégias de Aprendizagem e o Protocolo de
Deurenberg, roteiros de entrevistas semi-dirigidas, questionários abertos e fechados e
observação etnográficas.Dados revelam que os fatores predisponentes podem estar
relacionados a interação da criança com seu meio; tanto de origem familiar como
psicossocial, embora sintomas inespecíficos tornem o diagnóstico mais difícil,
tornando-se
relevante
a
prática
de
encaminhamento
precoce
levando
em
consideração o comprometimento que ela acarreta.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Distúrbios respiratórios do sono e qualidade de vida
PEREIRA, Leonardo Viana*; DEKON, Stefan Fiúza de Carvalho; BUENO,
Karina Amorim; DIAS, Ana Paula. Universidade Estadual Paulista – UNESP –
Campus de Araçatuba.
O sono é uma função biológica fundamental na consolidação da memória, na visão
binocular, na termorregulação, na conservação e restauração da energia, e
restauração do metabolismo energético cerebral. Contudo, é uma necessidade física
primordial para uma boa saúde e uma vida saudável, na qual há uma restauração
física que protege o ser do desgaste natural das horas acordadas. O cérebro necessita
do sono para poder funcionar no seu máximo de eficiência. Problemas nas diversas
etapas do sono poderão expressar conseqüências tanto no sono quanto na vigília. Os
distúrbios do sono de maior prevalência na população geral são a insônia e a
síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono (SAHOS). A síndrome da
apnéia/hipopnéia do sono (SAHOS) é um distúrbio da respiração que ocorre durante o
sono, caracterizado por obstrução parcial e prolongada da via aérea superior
(hipopnéia obstrutiva), e/ou por obstrução completa intermitente (apnéia obstrutiva),
que interrompe o padrão normal de ventilação e os padrões de normalidade do sono.
Alguns sintomas relacionados com a SAHOS são: hipertensão arterial, fragmentação
do sono, refluxo gastroesofágico, insônia, arritmias cardíacas, cefaléia matinal, queda
no rendimento intelectual, sintomas depressivos, impotência sexual e até alterações
da personalidade. Entre os fatores predisponentes para a ocorrência da SAHOS estão
a obesidade, anormalidades craniofaciais, obstrução nasal, anormalidades endócrinas
e história familiar. Este trabalho busca discutir as causas e as conseqüências na
qualidade de vida de um portador da SAHOS, bem como a atuação do Cirurgião
Dentista no tratamento desta síndrome
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Dor orofacial crônica (DTM) na visão do profissional odontólogo
BARBOZA, Gláucia de Souza; ZAVANELLI, Adriana Cristina; ZUIM, Paulo
Renato Junqueira. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de
Araçatuba.
Este trabalho apresenta a proposta de uma metodologia de pesquisa científica do tipo
qualitativo, aplicada a alunos e profissionais da área de odontologia que trabalham
com pessoas que sofrem de dor Orofacial Crônica. A pesquisa teve como objetivo
investigar a forma que os profissionais odontólogos veem seus pacientes acometidos
pelo problema da dor orofacial crônica, como se sentem diante do sofrimento deles, a
importância de um tratamento multiprofissional e quais os tratamentos mais utilizados.
Através da pesquisa podemos avaliar como vem sendo realizado o tratamento a essas
pessoas, a visão dos profissionais com relação à realização de um tratamento
humanizado e multiprofissional, já que no problema da dor orofacial crônica estão
envolvidos vários fatores, entre eles o emocional, citado pela maioria dos alunos e
profissionais entrevistados.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Dor temporomandibular: Aspectos psicológicos relacionados
CAMBOLETE, Gislene Cardoso*; SOARES, Maria Cristina Martins*; FACO,
Vanessa Marques Gibran. Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba –
FAC-FEA.
Segundo os neurologistas, a dor é conceituada como uma “experiência sensorial e
emocional desagradável que está associada ou é descrita em termos de lesões
teciduais”. A dor crônica dura mais de quatro a seis meses e é um problema
indissoluvelmente psíquico e orgânico. O presente trabalho objetivou avaliar os
aspectos psicológicos de pacientes com Dor Crônica junto ao Departamento de
Disfunção Temporomandibular da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP,
durante intervenção em equipe interdisciplinar. Os atendimentos foram realizados a 43
pacientes de forma individual, com a aplicação dos Inventários de Beck, BAI e BDI
(ansiedade e depressão, respectivamente) e entrevistas. Dos pacientes atendidos, 5%
eram homens e 95% mulheres. Houve o predomínio de pacientes na faixa etária de 30
a 40 anos, perfazendo 37% dos casos, seguido pela faixa etária de 40 a 50 anos, no
total de 29%. Quanto à ansiedade, 29% apresentaram mínima ansiedade, 29% leve,
29% moderada e 12% grave. A depressão apresentou menor escore ficando em 41%
no mínimo, 29% leve, 26% moderado e 4% grave. De modo geral, os resultados
apontaram prejuízo na qualidade de vida destes pacientes, os quais mostraram ter um
perfil semelhante caracterizado por pessoas demasiadamente rígidas, com déficit em
habilidade social e com constante sentimento de culpa,
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Em direção à construção de redes sócio-humanas no controle do dengue
no município de Altamira, no Pará
JOHANSEN, Igor Cavallini*. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
O Brasil nos últimos 40 anos do século XX saiu da condição de país de maioria de
população rural para a condição de país urbano. De acordo com os Censos
Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a
população do município de Altamira, no Pará, apresentou crescimento populacional
nos últimos 40 anos de cerca de 500%. Esse crescimento tem como fator
preponderante a acelerada expansão demográfica urbana. Sabe-se que condições
sociais e econômicas, especialmente o grande crescimento das periferias urbanas
sem infraestrutura adequada, são condições fundamentais para o surgimento e/ou a
reemergência de algumas doenças. O dengue, certamente, é um bom exemplo dessa
relação. Os casos de dengue em Altamira cresceram de 7 casos em 2001 para 235
em 2009, um aumento de mais de 3.000%. Questiona-se, então: Qual é o melhor
caminho para fazer frente à epidemia de dengue naquele município? A hipótese
testada foi a de que a educação seria a mais acertada escolha para se realizar
maciços investimentos. O método consistiu em analisar o debate bibliográfico a
respeito da correlação entre educação e dengue,
buscando evidenciar
a
especificidade para o caso de Altamira. Concluiu-se, ao final, que é necessário investir
em educação para controlar o dengue, buscando principalmente caminhos alternativos
e integradores (intersetoriais, interdisciplinares e participativos), que privilegiem a
construção de redes sócio-humanas, sócio-técnicas e sócio-institucionais, para a
“vigilância da saúde” nos espaços de desenvolvimento humano (aqui denominados de
ambiente).
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Estilos parentais e doenças de repetição em crianças: um estudo
descritivo
ESPERANÇA, Fabiano Boghossian*; RODRIGUES, Olga Maria Piazentin
Rolim. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente projeto pretendeu caracterizar mães e crianças com doenças de repetição
que frequentam UBS, analisar a rede de apoio social e as práticas educativas das
mães, identificando possíveis correlações entre variáveis demográficas das mães e
das crianças. Na literatura pesquisada, foi verificado que as doenças de repetição são
frequentes na clínica pediátrica, acometendo cerca de 50% das crianças 1. Os estilos
parentais são manifestações dos pais em direção a seus filhos, que caracterizam a
natureza da interação entre esses 2. As redes são definidas como teias de relações
sociais que circundam o indivíduo, como disponibilidade e freqüência de contato com
amigos e parentes, ou grupos de pessoas com quem há alguma forma de participação
social 3. Participaram do projeto 43 mães de crianças de 0 a 3 anos que frequentam 7
das 10 UBSs de uma cidade do interior paulista, apresentando doenças de repetição.
Para a coleta de dados foram utilizados o Protocolo para Informação Demográfica, a
Escala de Suporte à família (4) e o Inventário de Estilos Parentais para Mães de
Bebês (5). As mães da amostra tinham em média 27 anos de idade, prevalecendo
ensino médio completo, com a maioria vivendo em União Estável, com em média 2
filhos, com idade média de 19 meses, sendo 28 meninos e 15 meninas. Poucas
colocavam seus filhos na creche. Observou-se que o aleitamento materno esteve mais
presente entre as mães mais novas e entre as mais velhas e, ainda, entre as mães
com escolaridade mais baixa. Apenas 30% trabalhavam e as que o fazem em
indústrias ou em serviços pouco qualificados. As doenças mais comumente
apresentadas foram gripe e resfriado, seguida de problemas pulmonares e infecção
das vias aéreas. As causas mais freqüentes foram condições atmosféricas, seguida de
condições da própria criança que predispõe à doença. Os sentimentos mais
freqüentes relatados foram os relacionados à preocupação com a saúde da criança,
seguido do sentimento de sentir-se mal diante da situação. As mães que tem menos
filhos tem práticas melhores, e quanto ao sexo, observa-se que as mães de meninas
tem práticas piores do que as dos meninos.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
29
Estresse e adoecimento em agentes penitenciários no Brasil: Revisão de
literatura
BONETTI, Eliane Letícia da Silva*; CALAIS, Sandra Leal. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Este trabalho tem o intuito identificar e informar a produção científica sobre estresse e
adoecimento em agentes penitenciários no Brasil. Os Agentes de Segurança
Penitenciária realizam a vigilância, são vigiados pela hierarquia institucional e pelos
próprios sentenciados. Deste modo, além de exigir uma postura rígida quanto à
atuação, tem que criar estratégias para lidar com situações que fogem da ordenação
imposta pelas normas da unidade prisional. O estresse pode ser definido como uma
reação muito complexa, composta de alterações psicofisiológicas que ocorrem quando
o indivíduo é forçado a enfrentar situações que ultrapassem sua habilidade de
enfrentamento. Se as fontes de estresse da pessoa forem relacionadas ao ambiente
ocupacional, pode-se cogitar o desenvolvimento da síndrome do burnout. A pesquisa
constituiu-se do levantamento de publicações científicas relacionadas ao tema. Os
procedimentos para análise quantitativa para caracterização dos artigos envolveram
as variáveis: o tema, à categoria, o desenho metodológico utilizado, o ano e o período
de publicação. Os resultados alcançados evidenciam que o trabalho dos agentes
penitenciários, é demarcado por apreensões decorrentes não tanto dos perigos de
agressões física, mas sim da constante ameaça de algo dar errado. Conclui-se com os
resultados obtidos a pertinência e urgência de estudos sobre o adoecimento em
Agentes Penitenciários. Existe a necessidade de acompanhamento e apoio aos
serviços especializados dos setores de segurança pública, assim como o incentivo à
realização de pesquisas sobre a relação do Agente Penitenciário com estresse.A
maior parte dos estudos existentes no contexto carcerário brasileiro detém-se nas
condições de saúde dos presos.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Estudo sobre a demanda de medicamento como tratamento preferencial
no ambulatório de saúde mental do município de Birigui
FAJARDO, Renato Salviato; NEME, Carmen Maria Bueno; MARQUES, Vanice
Terezinha Sitta*; RODRIGUES, Marco Aurélio Borella. Universidade Estadual
Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Em meados dos anos 50, começaram a ser sintetizadas as primeiras drogas em
psiquiatria¹. A partir de então, os efeitos dos psicofarmácos passaram a minimizar o
desconforto provocado pelo sofrimento psíquico¹ ². Comprovado seus benefícios a
partir da década de 60, os psicotrópicos foram progressivamente introduzidos nas
práticas ambulatoriais, tornando-se assim prioridade de modelo terapêutico.
Enfatizada a visão biologicista, os aspectos sociais, emocionais e ambientais do
processo de saúde/doença foram sendo negligenciados ³. O presente estudo propôs
verificar os motivos que levam os pacientes de um Ambulatório Saúde Mental (ASM),
do interior paulista a buscaram preferencialmente o tratamento medicamentoso, visto
que se observa na instituição baixa demanda de outros serviços terapêuticos
disponibilizados. Utilizou-se um roteiro de entrevista estruturado, este, foi aplicado
numa amostra de 172 pacientes, sendo 131 do sexo feminino e 41 sujeitos do sexo
masculino, com média de idade de 52,05 anos, portadores de transtornos mentais,
que fazem uso exclusivamente de medicação (psicotrópicos). Os resultados
apresentam informações sobre os usuários que freqüentam a instituição, e permitem
uma análise critica do sistema de encaminhamentos e acompanhamentos desta
clientela. A análise dos dados comprova também a valorização dada ao modelo de
tratamento organicista pelos profissionais que lidam com a saúde assim como pela
própria população que “aparentemente” se beneficia com essa modalidade
terapêutica.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Expectativa e satisfação dos pacientes reabilitados com próteses totais
BACANELI, Ana Marcelina dos Santos*; FAJARDO, Renato Salviato.
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O edentulismo é um problema que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Os
pacientes sofrem limitações na mastigação além de problemas na auto-estima e
afastamento do convívio social. O objetivo deste trabalho foi avaliar a expectativa e
satisfação dos pacientes submetidos à reabilitação oral com próteses totais
confeccionadas na Clínica de Graduação da Faculdade de Odontologia do Campus de
Araçatuba – UNESP. Quarenta pacientes foram consultados através de questionários
baseados nos índices “Oral Health Impact Profile” e “Oral Health Related Quality of
Life”, aplicado antes da reabilitação (expectativa) e sessenta (60) dias após a
instalação das próteses totais (satisfação). Os resultados foram tabulados e
submetidos à análise estatística onde observou-se diferenças significativas entre os
gêneros principalmente nas expectativas estéticas.Conclui-se com este trabalho, que
a estética é a maior motivação dos pacientes para refazerem suas próteses.Embora a
função seja um requisito desejável, a motivação dos pacientes está baseada na
recuperação de um sorriso harmonioso e belo.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Grupos
psicossociais
no
CRAS:
possibilidades
de
atuação
do
psicólogo na promoção da saúde coletiva
REINHEIMER, Giane Marten*; SOARES, Maria Cristina Martins*; LAVANHINI,
Alyne Alves Lima; LUCCA, José Alexandre de; SANTIAGO, Eneida Silveira.
Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba – FAC-FEA.
O trabalho tem a intenção de apresentar uma atuação realizada no CRAS (Centro de
Referência em Assistência Social) do bairro Hilda Mandarino, em Araçatuba/ SP. A
intervenção psicológica teve a finalidade de estabelecer, através da estratégia
de grupo psicossocial, vinculação com a comunidade que se encontra em situação de
vulnerabilidade social. A metodologia empregada consistiu-se em intervenções
psicológicas feitas a partir de técnicas de dinâmicas de grupo, que evocavam os
conteúdos manifestos e os latentes. Foram realizados encontros semanais com
duração de duas horas. Possibilitando a potencialização dos aspectos saudáveis
presentes nos sujeitos, na família e na comunidade, através da ressignificação de
vivências. A partir das técnicas desenvolvidas, as demandas que mais se
evidenciaram foram a dependência química, os conflitos familiares, a morte, o luto, o
abuso sexual, os traumas de infância e as dificuldades financeiras. O contato com o
processo de vulnerabilização social trouxe a necessidade de refletir sobre os
movimentos de vida. Conclui-se, que o trabalho do psicólogo deve estar baseado em
uma atuação comprometida, levando em conta o contexto no qual vive a população
referenciada no CRAS.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Hospital da Criança
GALHEGO-GARCIA* Wilson; BERNABÉ, Pedro Felício Estrada; MESTRINER*
Valdir; FERNANDES, Amine Maria Moysés; BORINI, Wilson Carlos Rodrigues;
SILBERSCHMIDT-MAIA, Fabiano. Universidade Estadual Paulista – UNESP –
Campus de Araçatuba / ITE / KLIN.
A proposta para construir o Hospital da Criança em Birigui, é uma demonstração do
comprometimento desta comunidade e região para com a saúde e bem estar de suas
crianças. O Hospital tem sido conceituado como o maior projeto regional na tentativa
de manter a campanha NÓS PODEMOS para o alcance da meta do Desenvolvimento
dos Objetivos do Milênio (Millenium Development Goals – MDGS), para o Brasil. No
campo da saúde, os serviços secundários e terciários estão longe da igualdade devido
à divisão de serviços públicos e privados existentes no país. Os sistemas de serviços
hospitalares burlam esta divisão público/privado no qual o particular, utiliza os recursos
do sistema público, deixando aqueles que não possuem condições de pagar, na
espera e sem recursos que são de direito. Pelo fato das extremas desigualdades nos
atendimentos, o Hospital em Birigui se faz necessário para a população, que é incapaz
de pagar pelos serviços que têm preços que vão além dos suas condições e renda. A
proposta do Hospital é a de prover cuidados profissionais especializados para as
crianças mais doentes e vulneráveis da região, desde recém-nascidos até
adolescentes, não importando a possibilidade de pagar. Este Hospital irá providenciar
serviços vitais para a saúde que não estão facilmente disponíveis na região. O
Hospital será pautado no “Cuidado Centrado no Paciente”. Não se poderá esperar do
Hospital nada menos que completa excelência na qualidade dos cuidados para com os
pacientes e suas famílias. A educação para profissionais da saúde na área de
pediatria será uma contínua atualização e trabalho destinado a melhorar a qualidade e
a abrangência dos cuidados às crianças atendidas. Em resumo: buscar-se-á um alto
nível de cuidado centrado no paciente, que será o principal critério a trazer segurança
à final eficiência deste projeto.
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Humanização da Saúde x Serviço Social - o que move o mundo: são as
perguntas ou as respostas?
CELESTINO, Maria Regina Doná*; CELESTINO, Natália Doná; FERREIRA,
Lucia Elena. Universidade Paulista – UNIP / Centro Universitário Católico
Salesiano - UNISALESIANO.
Em 2002, o Ministério da Saúde apresentou o Programa Nacional de Humanização
Hospitalar (PNHAH), com o objetivo de buscar estratégias que possibilitem a melhoria
do contato humano entre o profissional da saúde e o usuário. Segundo a organização
Mundial da Saúde (OMS), Saúde é definida como um “estado de completo bem-estar
físico, mental e social e não constituindo somente da ausência de uma doença ou
enfermidade. O Assistente Social desenvolve atividades de natureza educativa e de
incentivo à participação da comunidade para atender as necessidades de coparticipação dos usuários no desenvolvimento de ações voltadas para a prevenção,
recuperação e controle do processo saúde/doença. O principal objetivo do serviço
social na área da Saúde é assegurar a integralidade e a intersetorialidade das ações.
Material impresso em plotter. O método utilizado foi a Dialética e a Fenomenologia. O
Assistente Social é reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) como um
dos treze profissionais de saúde de nível superior Resolução Nº218/1997). Com base
nesses preceitos humanizar na saúde também pode ser entendido como garantia da
palavra e a sua dignidade ética, ou seja, comunicação e humanização caminham
juntas
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Humanização em hospitais
FERREIRA, Abadio José ferreira Junior. Universidade Estadual Paulista –
UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente trabalho faz uma analise sobre a importância da humanização nos
hospitais. Foi abordado o processo de humanização na humanidade, humanização na
saúde, humanização nos hospitais, bem como o PNHAH – programa nacional
humanização nos hospitais, detalha e faz reflexões sobre essa proposta de mudar a
atual cultura de assistência ao paciente que é feito de maneira técnica e impessoal na
grande maioria dos casos. Para que o processo se efetive é de suma importância a
presença do psicólogo para integrar esse processo de humanização juntamente com o
restante dos profissionais da saúde.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Mentoring toward international social development:
reflections
of
experiences of faculties and undergraduate nursing students
GALHEGO-GARCIA*,
Wilson;
ZANCHETTA,
Margareth;
LEONARD,
Laura;
LEONARD, Victoria; PENA, Andréa; BUGARIN, Ramir.Ryerson University, Toronto /
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba / Saint Michel’s
Hospital, Toronto, Ontario, Canada / Mount Sinai Hospital, Toronto, Ontario, Canada
This is a reflection about an experience of faculties and undergraduate nursing
students to obtain an Association of Universities and Colleges of Canada’s Students for
Development 2008 Grant as well as to implement a three-month placement in Brazil.
FOA-UNESP and Ryerson University leaded this project. Students were exposed to
inter-professional educational opportunities in family primary health care. Along with
students, mentors needed to reframe their community health-related knowledge within
the perspective of social development and governance. Students shared with a nursing
faculty several hours of analysis of international literature about social development.
Students’ creativity to transfer their knowledge from their courses on community health
nursing and leadership & change was impressive. Challenges for personal
empowerment and awareness of being “voiceless” in a foreign society were
unpredictable issues they faced. Local experiences related to governance inspired
workshops for community health agents and to urban / rural communities. Intensive
planning and monitoring as well as trust between faculties and students were capital to
ensure safety and emotional stability for students to act on in an international setting.
The stress of being alone among a multidisciplinary health team who unknowns the
scope of the professional awareness of foreign students was a contingent situation we
faced. Distant mentoring required 40 hours mainly to deal with students’ reactions to
the impacts of poverty and social marginalization over them. The participation of a
diaspora faculty eased such demanding mentoring process. Schools of nursing may
consider the use of their foreign educated faculties to bridge educational experiences in
their own countries of birth.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Morte no hospital: a vivência de pacientes que souberam da morte de
pacientes em mesma enfermaria
ALVARES, Lucas Bondezan; NEME, Carmem Maria Bueno. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A morte em sua história foi sendo modificada, e o moribundo foi deixando de ser o protagonista
de sua morte e hoje ainda é vista como um tabu. Foi realizada uma entrevista fenomenológica
individual, com base e a partir de uma questão central norteadora para a coleta dos relatos dos
participantes, visando identificar e compreender as vivencias relatadas. Para análise dos
resultados, o dados foram divididos em duas categorias temáticas para serem analisadas. 1) A
morte no Hospital. 2) A descoberta de uma morte na mesma enfermaria. Os resultados
mostraram que a morte continua sendo vista como interdita no hospital pela equipe de saúde e
também pelos pacientes, que assim como a equipe desejam que os moribundos sejam
colocados isolados como uma forma de não se ver a morte. Isso ficou claro na fala de uma
enfermeira ao ser questionado o porque de se tirar o moribundo do quarto: “Quando
percebemos que algum paciente vai morrer, deixamos ele em quarto separado para que os
outros não vejam”. Demonstrando dificuldade da equipe em lidar com a morte. O estudo
mostrou também que o saber da morte levantou para os pacientes que ainda estavam em
tratamento, a possibilidade da própria morte, onde essa descoberta levou a todas as
entrevistadas a pensar na própria finitude, confirmando que só podemos conhecer a morte a
partir da morte do outro, onde percebemos que nesse momento de fragilidade que é a
hospitalização o sentimento de finitude ficou mais presente, e expressões como “assustador” e
“pânico”, caracterizaram os sentimentos das participantes ao ficarem sabendo da morte de
uma pessoa na mesma enfermaria. Percebe-se que a experiência de morte não é uma
experiência real de um sujeito, conhecemos a morte apenas através da morte do outro, que em
sua experiência simbólica não se faz menos angustiante, pois a partir da finitude de alguém
que lembramos de nossa imortalidade. A fé e a crença surgiram como idéia de imortalidade
possível, diminuindo a angústia do fim possível. A culpa como defesa perante a morte também
foi um dado levantado, mostrando que os ritos e crenças também trazem a idéia de
imortalidade, um prolongamento da vida, diminuindo assim a própria angústia do fim possível.
O hospital continua a ser o endereço da morte, mas, ao mesmo tempo, é um espaço no qual as
pessoas procuram a cura, a vida. Estar no hospital traz sentimentos de vulnerabilidade e temor
pela reflexão estimulada pelas ocorrências ou possibilidades de morte do outro. A prática de se
tentar ocultar a ocorrência de morte no hospital reflete, assim, a concepção sociocultural atual,
ainda longe de conceber a morte como etapa natural da vida.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
38
Nível de obesidade entre os servidores da Unesp do Campus de
Araçatuba
DOSSI, Anália; BARIONI, Sônia Regina Panzarini. Universidade Estadual
Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A obesidade é responsável por sérios efeitos físicos, psicológicos e sociais, é um dos
principais problemas de saúde pública da atualidade, vem aumentando no mundo
inteiro e é considerada uma epidemia mundial, tanto em países desenvolvidos como
nos em desenvolvimento. O objetivo do estudo é verificar o nível de obesidade dos
servidores da Universidade Estadual Paulista “J úl i o d e Me s q u i t a F i l h o ” (UNESP)
do Campus de Araçatuba, através do Índice de Massa Corporal (IMC). A amostra foi
selecionada após a análise de prontuários médicos da Seção Técnica de Saúde (STS)
dessa instituição de ensino. Foram escolhidos os que apresentaram IMC igual ou
superior a 25 Kg/m2, por ocasião do exame admissional em 2007, ou periódico de
saúde nos anos de 2007, 2008 e 2009. O IMC foi relacionado à faixa etária, ao gênero,
à função, ao tempo de serviço e à pressão arterial. A maioria dos servidores (60,1%)
apresentou sobrepeso (IMC de 25 a 29,9 Kg/m2). A média do IMC foi de 29,4 Kg/m2
em 2007; 29,8 Kg/m2 em 2008 e 30,2 Kg/ m2 em 2009. O percentual de pessoas com
obesidade (IMC de >30 Kg/m2) passou de 34,2% em 2007 para 46,2% em 2009.
Concluiu-se que, como na população estudada houve aumento de peso no período, é
importante aperfeiçoar as atividades desenvolvidas na instituição para prevenção,
controle e tratamento deste problema.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
39
O acompanhamento terapêutico (AT) como estratégia de intervenção num
caso de dependência química
VENTUROLI, Rita de Cássia Lopes*; NEME, Carmen Maria Bueno; MACEDO,
Simone Pantaleão. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de
Araçatuba.
O Acompanhamento Terapêutico (AT) de dependentes químicos, é um dispositivo
clínico que vai além dos muros dos hospitais psiquiátricos e setting analítico, em busca
da reabilitação psicossocial do sujeito em estado de sofrimento e exclusão. O presente
trabalho visa apresentar o AT como modalidade clínica. Realizar uma análise do
processo de AT de paciente dependente químico, descrevendo os aspectos clínicos e
históricos iniciais do paciente e família; as etapas do processo de AT e intervenções
realizadas; a análise da evolução do caso e dos resultados obtidos, tendo como eixo
norteador o referencial psicanalítico, com ênfase nas contribuições de Winnicott. Tratase de uma pesquisa qualitativa e documental. O participante é um jovem adulto de 25
anos, dependente químico há 12 anos, em acompanhamento há 16 meses, pela
pesquisadora. O caso foi atendido numa cidade do interior de São Paulo, fazendo uso
de ambientes públicos e privados, da residência do acompanhado e dos espaços de
supervisão. As analises foram restritas aos dados do prontuário do paciente e “diário
de campo da at. Os resultados demonstraram os ganhos terapêuticos pelo paciente
com o trabalho desenvolvido, como: adesão aos tratamentos propostos; vínculo
satisfatório com a at e os profissionais da rede; identificação do grau de dependência e
reconhecimento das conquistas alcançadas; desmistificação das drogas e períodos
mais longos abstinente, obtendo avanços significativos no tratamento. Sugerem a
realização de outros estudos sobre a utilização do AT em casos de dependência
química, dada a complexidade dessa doença, escassez de produções cientificas a
respeito, e a necessidade de se encontrar alternativas de tratamento que redirecionem
diretrizes políticas e avanços no manejo desse fenômeno que transformou-se em um
problema de saúde pública.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
40
O caminho psicossomático: do fator estressante ao sintoma.
ZAFALON, Wandyr Júnior; NEME, Carmem Maria Bueno. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Este trabalho teórico foi motivado por uma questão surgida em experiência clínica, na
qual a cliente apresentava um sintoma psicossomático que desapareceu durante o
processo psicoterápico, sem que nenhuma intervenção direta tenha sido realizada
com relação ao sintoma. Para compreender os fatores implicados no adoecimento e
no desaparecimento da doença e clarificar como se dá o processo psicossomático,
esse trabalho consistiu de uma busca teórica e foi elaborado a partir do
estabelecimento do "caminho psicofisiológico" que é iniciado pelo contato do indivíduo
com os fatores estressantes até o aparecimento dos sintomas. Para a compreensão
desse caminho psicofisiológico, foi utilizado o referencial das teorias Holística e
Sistêmica, que permitem olhar para o indivíduo como um todo e não como um ser
fragmentado, o que é enfatizado pela psicossomática atual. Com base na literatura
pesquisada, compreende-se que o processo saúde-doença vai além dos processos
biológicos
ou
dos
psíquicos,
isoladamente,
podendo
ser
melhor
descrito
sistêmicamente. Considera-se a relevância, para os profissionais da saúde, de uma
concepção de saúde que aproxime as Ciências Biomédicas das Ciências Humanas e
Sociais, bem como, da necessidade de pesquisas mais conclusivas nessa área,
aprofundando a compreensão do chamado processo psicossomático.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
41
O doente de Alzheimer e seu cuidador: estresse e suas implicações
BEZZON, Silvia Aparecida Cotrim*; VALLE, Tânia Gracy Martins. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Pesquisas demonstram que a longevidade da população brasileira crescente tem sido
comentada, discutida e debatida nas últimas décadas, sendo que as discussões
recaem sobre o visível aumento das demências em idosos, entre elas a Doença de
Alzheimer. Com este delinear da população desponta uma figura de fundamental
importância, a do Cuidador Familiar. A ele é delegado o poder de cuidar, prover,
decidir e enfrentar as dificuldades advindas das necessidades que a Doença de
Alzheimer exige. Dificuldades estas que afetam não só o doente, mas também seu
cuidador. Este estudo procurou avaliar os índices de estresse apresentados pelos
cuidadores familiares. A amostra foi contida por 20 cuidadores. Ambos os sexos
cadastrados na ABRAz/Araçatuba, com idades entre 30 e 68 anos, ambos os sexos.
Por meio da aplicação do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (2005), o
procedimento metodológico foi a análise do estresse destes cuidadores em estudo
observacional e descritivo apresentado em quadros comparativos seguidos de
discussão de acordo com as propostas de Lipp. A pesquisa foi realizada na residência
do cuidador familiar. Os resultados obtidos foram que 100% da amostra apresentaram
estresse. Sendo que 50% dos aspectos foram psicológicos, seguidos de 25% físicos e
25% físicos e psicológicos. As fases detectadas foram de quase-exaustão em 60%
(12) e resistência em 30% (6). Trata-se, portanto de índices altos, relevantes e
impactantes que apontam para a necessidade de que providências sejam tomadas
como forma de ajuda, tratamento e visibilidade perante autoridades e sociedade,
evidenciando a necessidade de que pesquisas sejam apresentadas a órgãos
competentes e se tornem subsídios para a formulação de políticas públicas que
possam elaborar estratégias de apoio, tratamentos com equipes multidisciplinares
capacitadas para realizar atendimentos, de forma a amenizar o sofrimento a que são
submetidos os cuidadores familiares.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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O gargalo na porta de entrada do SUS; o caso do cimsa-consórcio
intermunicipal de saúde de Birigui
GALHEGO-GARCIA, Wilson; JOHANSEN, Igor Cavallini*; ALVES, Daniel
Figueiras*; SILVA, Patrícia Gomes; SALZEDAS, Luisa; SILBERSCHMIDTMAIA, Fabiano. Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Propõe-se elencar os entraves ao pleno funcionamento do Sistema Único de Saúde
(SUS) no Consórcio Intermunicipal de Saúde de Birigui/SP. Para realizar essa
pesquisa foram utilizadas fontes primárias, como a entrevista realizada pelos autores
dessa pesquisa com ex-secretários de saúde e agendadoras de consultas, contando
também com o apoio dos resultados de um questionário aplicado aos profissionais de
cargos semelhantes em alguns dos municípios que fazem parte do mesmo consórcio
de saúde, o CIMSA, que abarca um total de onze cidades. Diversos problemas foram
diagnosticados, desde questões políticas até administrativas. A demanda reprimida
nas
especialidades
(cardiologia,
neurologia,
endocrinologia,
oftalmologia,
dermatologia) está no centro da discussão. Entretanto, a incapacidade de atendimento
à demanda não é fruto, simplesmente, de falta de mais consultas com especialistas,
mas o problema começa na consulta com o clínico geral que, sem pedir exames,
encaminha para especialidades, “inchando” o sistema de forma desnecessária.
Importante lembrar que o paciente exerce um papel ativo nesse processo, muitas
vezes pressionando o médico para que forneça o encaminhamento ao especialista
que julga correto. Como conclusão tem-se que a questão organizacional sobrepõe-se
aos problemas da falta de recursos financeiros no sistema público de saúde do
CIMSA, de modo que uma reestruturação da forma de relação médico–paciente–
agendador, com vistas à conquista da humanização e equidade no sistema, passa a
se fazer, para além de necessária, iminente.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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O grupo com gestantes em uma UBS: atuação do psicólogo
REINHEIMER, Giane Marten*; THOM, Wolker*; FACO, Vanessa Marques
Gibran. Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba – FAC-FEA.
O trabalho visa apresentar a intervenção da Psicologia junto a um grupo de apoio às
gestantes. A intervenção grupal procurou promover a saúde da mulher que passa por
esse ciclo vital, criando um espaço terapêutico de escuta para compartilharem
reflexões e informações acerca das mudanças que atravessam. O trabalho ocorreu na
UBS 9, do bairro João Crevelaro, no município de Birigui/ SP. A metodologia
empregada consistiu em intervenções psicológicas feitas a partir de técnicas de
dinâmicas de grupo. Foram realizados 09 encontros. Proporcionou-se um espaço
grupal de discussão dos diferentes aspectos que envolvem a gravidez, o parto, o
puerpério e os cuidados com o recém-nascido. Como resultados, constatou-se a falta
de aderência das gestantes à assistência pré-natal, intercorrências econômicas e
sociais que interferem no período gestacional e o imaginário coletivo que permeia a
população do bairro. Conclui-se ressaltando que o psicólogo nas instituições de saúde
trabalha com a perspectiva da promoção e da proteção a saúde tanto em níveis
individuais como sociocomunitários, envolvendo-se no processo de transformação
pessoal e social, evidenciando o papel do sujeito como protagonista da sua própria
história.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
44
O pão nosso de cada semana. FAJARDO, Renato Salviato; FELICIO,
Giovanni Donizete Dias*; PEREIRA, Elson Lima*; SANTOS, Martha Gonçales
Patto. Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Este trabalho é fruto de um projeto de Extensão Universitária denominado “O pãonosso de cada semana” (Cad. PROEX 7685). A proposta previu uma intervenção
semanal no cotidiano dos colaboradores da UNESP - Câmpus de Araçatuba que
aderiram espontaneamente à iniciativa. Sua programação incluía discussões sobre
assuntos voltados ao trabalho, família, qualidade de vida, entre outros. Os envolvidos
eram convidados a refletir sobre seus papéis e anseios tanto na instituição como
consigo próprios. Tal proposta baseou-se nas premissas do conceito de Qualidade de
Vida no Trabalho (QVT) um dos mais importantes métodos de inclusividade nas
organizações contemporâneas. A QVT tem um potencial forte para melhoria da
ambiência no trabalho, mas tem caminhado timidamente nas instituições públicas em
geral. Após 10 encontros, foram solicitados relatos dos participantes com depoimentos
frente ao observado nas atividades. Esses ensaios são apresentados para análise de
conteúdo considerando os objetivos da intervenção. Após avaliação dos discursos,
pôde-se detectar grau de mobilização pessoal e coletivo de acordo com os propósitos.
Os textos sugerem ter o “Pão Nosso de cada semana” proporcionado avaliação dos
participantes no sentido de integrarem a organização de ensino e o próprio valor
pessoal muito embora a organização careça de sistemas para difundir e favorecer
práticas como “Pão Nosso de cada semana”, algo observado também em outras
realidades.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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O psicólogo no centro de referência da assistência social: reflexões
acerca da prática
SOUZA, Marianne Fornageiro de*; NEME, Carmen Maria Bueno. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O presente trabalho se propôs a identificar e descrever as ações do psicólogo nos
Centros de Referência de Assistência Social – CRAS da região de Araçatuba.
Participaram da pesquisa, 15 psicólogas que trabalham nos CRAS da região, que
responderam a um roteiro de perguntas, do tipo questionário, com questões fechadas
e abertas. Para a análise dos dados coletados, as respostas das questões fechadas
foram analisadas quantitativamente e as questões abertas, qualitativamente,
identificando-se categorias temáticas utilizando a técnica de Bardin (2004). Os
resultados mostraram que a realidade da atuação do psicólogo no CRAS está
permeada por dificuldades que abrangem o despreparo para atuação profissional
específica, escassez de capacitações sobre o tema, necessidade de revisão da carga
horária de trabalho e compartilhamento com outras políticas municipais, confirmando a
literatura, quando aponta a necessidade de formação adequada e de estudos
clarificando a prática no CRAS. Verificou-se que, embora algumas das práticas do
psicólogo nos CRAS estejam condizentes com o que reza a política de assistência
social, são necessários estudos mais abrangentes e clarificadores das reais práticas,
competências e dificuldades desse profissional atuando na área, dada a escassez de
pesquisas específicas sobre o tema. Considera-se a relevância da reflexão sobre a
formação deste profissional, já que, muitas vezes, a graduação não os prepara
suficientemente para ingressar nesta nova política social. O psicólogo necessita ter
sua atuação pautada e comprometida com a promoção de direitos, de cidadania, de
saúde, levando em conta o contexto no qual a população atendida está inserida. Deve
atuar na valorização da experiência subjetiva do sujeito, buscando o fortalecimento
pessoal e propiciando o desenvolvimento das condições subjetivas de inserção social.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Orientação sobre higienização de próteses totais
TESSARIN, Gestter Willian Lattari; FERRO-ALVES, Márcio Luiz; BONFIETTI,
Luiz Henrique Ferreira dos Santos*; FAJARDO, Renato Salviato. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A prótese total (PT) é o tratamento reabilitador mais utilizado em pacientes
desdentados totais, tanto pela sua funcionalidade, quanto pelo seu custo, porém temse observado certa negligência por parte dos portadores quanto à sua higienização. O
objetivo deste trabalho é promover a correta orientação dos portadores de PTs sobre
os métodos de higienização. A limpeza da PT pode ser feita pelos métodos mecânico
ou químico, sendo que para o primeiro utilizam-se escovas de dente macias ou
próprias para PT (bi-tufo), água e detergente neutro ou pastas pouco abrasivas,
realizando sua escovação. Por outro lado, o método químico consiste na imersão da
prótese em soluções higienizadoras, sendo elas constituídas de peróxidos ou
hipocloritos alcalinos, ácidos diluídos desinfectantes e enzimas. Para utilização destas
soluções, as PTs devem ser colocadas em recipientes com água associada ao produto
escolhido, preconizando os tempos determinados pelo fabricante. Do método para a
realização deste trabalho, os pacientes que foram reabilitados na disciplina de PT,
foram convocados a comparecer na Faculdade de Odontologia de Araçatuba onde,
reunidos em uma sala de aula, foram orientados, sob forma de exposição direta, como
deveriam realizar a higienização de suas PTs e cavidade oral. Também, foram
expostos produtos disponíveis no mercado para promoção desta higiene e foi
abordado como poderiam manter uma saúde bucal satisfatória. Assim, concluímos que
ao instalar uma PT é de responsabilidade do cirurgião dentista explicar ao paciente a
importância dos cuidados de sua higiene e conservação.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Os estados ansiogênicos infantis em situações pré-cirúrgicas
SOUZA, Camila Schwenck*; PRADO, Gabriela da Matta*; FACO, Vanessa
Marques Gibran; ÁLVARES, Lucas Bondezan. Faculdade da Fundação
Educacional Araçatuba – FAC-FEA.
A ansiedade é um sentimento de perigo iminente, presente em todos os seres
humanos, em maior ou menor grau. A hospitalização, mesmo sendo algo para
restabelecer a saúde do paciente, adquire um caráter ameaçador por ser algo
desconhecido. No caso de crianças, podem surgir diversas fantasias a respeito da
hospitalização e da cirurgia. A partir de um caso em situação pré-cirúrgica, internada
na Santa Casa de Penápolis, foi realizada uma revisão bibliográfica do assunto com
artigos da área de enfermagem e psicologia. Assim, pode-se perceber que o papel do
psicólogo na pré-cirurgia é de extrema importância para que a criança consiga
expressar seus medos, dúvidas e insegurança, ajudar esta a compreender sua doença
e os motivos da hospitalização e da cirurgia, e para diminuir os traumas que a cirurgia
e a hospitalização venham a causar.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Pilates para idosos
VENDRAME,
Kelly
Elisângela
*;
BORGES,
Cintia
Helena
Monteiro*.
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
O aumento da esperança de vida ao nascer e a queda da fecundidade no Brasil têm
feito subir o número de idosos, que passou entre 1999 e 2009 de 6,4 milhões para 9,7
milhões, reflexo do avanço na área da saúde. A proporção de idosos na população
subiu de 3,9% para 5,1%, sendo a expectativa de vida 73,1 anos. Porém, caiu o
número de crianças e adolescentes de 40,1% para 32,8%. O Pilates clínico é uma
modalidade de alongamento e exercícios físicos que melhoram a qualidade de vida,
automonia pessoal, equilíbrio estático, aumenta o fluxo de sangue para o cérebro,
ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. O objetivo desse
trabalho é realizá-lo em um grupo de idosos para a socialização, diminuição de quedas
e sedentarismo. Foi realizado um estudo com um grupo (n=14) de idosos entre 51-96
anos, moradores do Lar São Luiz Montfort em Piacatu SP. Submetidos ao Pilates duas
vezes por semana por duas horas, durante sete meses. Os exercícios são atividades
recreativas e de alongamento, respeitando as debilidades dos pacientes. Os materiais
utilizados foram: bolas Suíça, theraband, colchonetes, bolas pequenas e cadeiras. A
prática do Pilates nesse grupo promoveu a melhora da autoestima, coordenação,
equilíbrio, aumento da atenção, orientação espaço-temporal e amplitude de
movimento, reduzindo o número de quedas, diminuiu o estresse e a agressividade.
Além de atuar na reabilitação de patologias e debilidades pré-existentes e
sedentarismo. O Pilates é um método eficaz para diminuição do sedentarismo,
controle de quedas, promove bem estar e qualidade de vida.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Primeiro
contato
de
graduandos
de
Odontologia
com
agentes
comunitários de saúde e famílias da estratégia saúde da família
(Birigui/Araçatuba)
GALHEGO-GARCIA, Wilson; SMOLENTZOV, Vera Maria Neves; SILBERSCHMIDTMAIA*, Fabiano; ALVES, Daniel Figueiras; JOHANSEN, Igor Cavallini; RAHAL*,
Leandro Mestrener; GALHEGO, Amine Maria Moysés Fernandes. Universidade
Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
A Saúde da Família é uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, tendo
como base o estabelecimento de vínculo das equipes de saúde com os usuários do
SUS. O presente trabalho teve por objetivo mostrar aos alunos do primeiro ano de
odontologia a importância deste modelo e demonstrar o funcionamento do Sistema
Único de Saúde. Cento e dez alunos da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
realizaram em dois dias de visita às famílias de Araçatuba e Birigui, juntamente com
as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS). Os ACS são responsáveis por visitar as
famílias dos bairros que compreendem a UBS em que trabalham. Foram feitos
relatórios sobre as visitas. De acordo com estes, os ACS identificam os moradores por
cartões e os auxiliam marcando consultas, trazendo remédios e verificando o estado
geral dos usuários. Usuários que não podem se deslocar recebem atendimento
médico e de enfermagem domiciliar. Sempre é verificado se o tratamento está sendo
seguido corretamente. Os ACS dizem realizar em média 15 visitas por dia, sendo as
famílias visitadas 1 a 2 vezes por mês. O que chama atenção é o fato dos moradores
gostarem das visitas dos ACS. Percebe-se uma carência por parte dos moradores e
uma necessidade de auxílio psicológico. Há o estabelecimento de fortes vínculos entre
os ACS e os familiares. Os alunos puderam vislumbrar o lado humano do trabalho na
área de Ciências da Saúde. Ficou claro para todos, que a Saúde vai além do bem
estar físico, envolvendo o bem estar social e mental, para que desta forma o ser
humano possa viver melhor e que o trabalho dos ACS é essencial para o melhor
desenvolvimento logístico no que concerne ao tratamento de usuários da Estratégia
Saúde da Família.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
50
Proposta de um grupo terapêutico no Centro de Oncologia Bucal
TREVELIN, Lidiane Sanches*; ESTEVES, Talita Dias*. Faculdade da Fundação
Educacional de Araçatuba – FAC-FEA.
O trabalho foi realizado com pacientes oncológicos bucais e acompanhantes que se
encontravam na sala de espera da Faculdade de Odontologia de Araçatuba/UNESP,
com o objetivo de minimizar o sofrimento psíquico durante a espera do atendimento,
através de apoio emocional. O trabalho foi realizado em sala reservada, onde os
pacientes e acompanhantes eram convidados na sala de espera para participar do
grupo terapêutico, os mesmos eram convidados a falar de si e sua doença, trazendo
através das falas suas angustias e medos. O trabalho ocorreu durante sete meses,
atendendo em média 60 pessoas. Os participantes ao exteriorizar sobre suas doenças
demonstravam, através de falas, diminuição dos sintomas ansiosos. O trabalho em
grupo demonstrou-se eficaz, uma vez que os participantes constroem uma rede social
de apoio que serve como recurso de enfrentamento no alívio de seus medos e
angústias acerca da doença e do tratamento.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
51
Qualidade de vida dos enfermeiros de uma instituição de saúde particular
da cidade de Araçatuba – SP
FAVERO, Juliana Carla Schneider*; CORDEIRO, Melba Xavier*; PRETO, Vivian Aline.
Centro Universitário Católico Salesiano.
O termo qualidade de vida tem sido preocupação constante do ser humano, constitui
um compromisso pessoal em busca de uma vida saudável. A presente pesquisa tem
como objetivo explorar a qualidade de vida dos enfermeiros de uma determinada
instituição. Trata-se de uma pesquisa qualitativa-descritiva, realizada num hospital
particular da cidade de Araçatuba-SP, com enfermeiros. Utilizou-se como instrumento
de coleta de dados um questionário pré elaborado pelas pesquisadoras contendo 12
questões, seguindo como referencial o questionário WHOQOL-Bref da Organização
Mundial de Saúde. Ao interpretar e analisar as respostas obtidas observou-se que
grande parte dos enfermeiros estão insatisfeitos com sua qualidade de vida por falta
de tempo devido a carga horária excessiva de trabalho, insatisfação com o salário,
insatisfação com as relações pessoais e atividades de lazer. Conclui-se a importância
da qualidade de vida dentro e fora do ambiente de trabalho, sendo estas responsáveis
pela qualidade de vida geral, pela saúde dos enfermeiros e pela assistência prestada
ao paciente.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Relação entre distúrbios de sono com nível de ansiedade: revisão de
literatura e descrição de caso clínico
BUENO, Karina Amorim*; CALSAVARA, Larissa Regina*; DEKON, Stefan
Fiuza de Carvalho; PEREIRA, Leonardo Viana. UNIP – Universidade Paulista.
O sono tem sido valorizado devido a estudos que comprovaram sua importância à
saúde e à qualidade de vida. Tais conhecimentos levaram a identificação de doenças
específicas, dentre elas o Ronco Primário e a Síndrome da Apnéia/Hipopnéia
Obstrutiva do Sono (SAHOS). Esta doença incide na obstrução das vias aéreas
superiores durante o sono, acarretando paradas na respiração e consequências biopsico-sociais. A proposta deste trabalho foi de, através de revisão de literatura e
descrição de um caso clínico, evidenciar a correlação entre ansiedade e a SAHOS. Foi
realizada uma revisão da literatura consultando os indexadores: Medline database,
Scielo. O caso clínico relatado refere-se a um paciente do sexo masculino, 62 anos,
que mesmo após ter passado por cirurgia de uvulopalatofaringoplastia, queixava-se de
ronco alto, o qual fora relatado pelo cônjuge e que lhe gerava um alto nível de
ansiedade e problemas de relacionamento. Após exames complementares foi sugerida
terapia com aparelho intra-oral. Após a realização de exames complementares o
aparelho de escolha foi o de avanço mandibular, que resultou na remissão do ronco e
diminuição dos eventos respiratórios. Atualmente, tem-se estudado os correlatos
psicológicos da SAHOS, havendo evidências na literatura da relação entre tal
síndrome e características que inferem na qualidade de vida dos sujeitos, tal como a
ansiedade. O caso clínico descrito obteve sucesso com o aparelho intra-oral, e a vida
conjugal do paciente descrito, obteve uma melhora considerável.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
53
Saúde coletiva na instituição CSU-CEMFICA Juçara
BARROS, Érica *; RODRIGES, Ana Paula; TEODOSIO, Barbara. SANTIAGO,
Eneida; FACO, Vanessa; SOLERA, Flávia A. Faculdade da Fundação
Educacional de Araçatuba - FAC-FEA.
Partindo do ponto de vista sanitário o binômio saúde-doença, se constitui no coletivo e
é determinada por fatores sociais, culturais e ambientais, portanto é preciso
recuperara a saúde nesse coletivo. O que nos levou a tentar trabalhar dentro deste
espaço coletivo a informação como meio de manutenção e promoção da saúde,
formando grupos de crianças de oito a doze anos, que vivem em situação de risco,
utilizamos atividades lúdicas como intermediária da informação e conhecimento sobre
cuidados básicos como lavar as mãos, tomar banho, escovar dentes, sexo e doenças
sexualmente transmissíveis. Com os grupos conseguimos identificar a direção, o
sentido e os conteúdos do crescimento, fazendo a diferença entre os fatores
econômicos e o desenvolvimento como liberdade, evidenciando como fatores
ambientais afetam dramaticamente a saúde das pessoas.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
54
Sexualidade no contexto escolar
MORETI, Danieli Sanches*; MACIEL, Carla Alessandra; MIGLIORUCCI, Luis
André Simonete. Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba – FACFEA.
Este trabalho teve como proposta a prevenção primária através de orientação e
conscientização da sexualidade tais como doenças e drogas a um grupo de
adolescentes de ambos os sexos, dentro da escola Stélio Machado Loureiro em
Birigui/SP. Foram separados aleatoriamente 10 alunos na faixa etária de 15 a 17 anos.
Através de filmes sobre drogas e dinâmicas de grupo, os aspectos relevantes
abordados foram: discriminações entre comportamentos sexuais enriquecedores e
prejudiciais a si mesmo e aos outros; tabus e formas repressoras ligados à Educação
Sexual; esclarecimento da diferença entre educação Sexual o estudo da Biologia;
conhecimento do próprio corpo e seu cuidado; relação do comportamento sexual com
respeito e responsabilidade; reconhecimento das diferentes formas de atração sexual;
manifestações da sexualidade à cidadania; formas de evitar comportamentos
discriminatórios e intolerantes; vivência da sexualidade de forma congruente com os
próprios valores e maneiras de contrair e transmitir DST´S. Pôde-se perceber a falta
de conhecimento principalmente em relação às DSTs, sendo necessário que o projeto
se estenda aos demais adolescentes que se encontram na mesma situação.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Terapia do riso: bem-estar físico e psíquico no setor de pediatria
JUNQUEIRA, Ana Paula*; FERREIRA, Natália Cezarini; ROSSATO, Ricardo*;
FACO, Vanessa Marques Gibran; SOLEIRA, Flávia Amoroso Boatto; LOPES,
Luana de Silos. Faculdade da Fundação Educacional Araçatuba – FAC-FEA.
De acordo com a literatura, o riso pode atuar como um complemento na conquista do
bem estar físico e psíquico do ser humano seja qual for a doença que o afete. É
responsável por enviar ao cérebro um comando por meio do hipotálamo, para que ele
produza um grupo de substâncias conhecidas como endorfinas. Além disso, relaxa o
corpo e a mente, fortalece as defesas orgânicas, melhora a circulação e a pressão
arterial. Dessa forma, a proposta deste trabalho objetiva recuperar, no universo da
infância, a condição de espontaneidade em que vive a criança, minimizando o
sofrimento decorrente do processo de hospitalização. Esta proposta tem sido
implementadas por estagiários do curso de Psicologia da FAC/FEA, no setor de
pediatria da Santa Casa de Misericórdia de Araçatuba, através da caracterização dos
alunos com materias lúdicos para as intervenções. Com isso, os resultados esperados,
de acordo com a bibliografia da área, estão voltados a proporcionar à criança um
ambiente de internação mais leve e com uma rotina menos evasiva, criando, através
das alterações orgânicas previamente citadas, um bem-estar físico e psíquico no ser
humano, além de uma melhor interação entre os profissionais de saúde, crianças e
seus acompanhantes.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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Vivencia e experiência da gestação na adolescência
LUZ,
Camila
Cardoso;
RODRIGUES,
Olga
Maria
Piazentim
Rolim.
Universidade Estadual Paulista – UNESP – Campus de Araçatuba.
Este trabalho foi desenvolvido com intenção de investigar como as adolescentes
grávidas vivenciam a experiência da gestação e qual impacto essa condição atual em
suas vidas, quais as dinâmicas utilizadas por elas na construção da maternidade, se
buscaram referencias e quais foram, as entrevistas foi realizado em uma unidade
básica de saúde do interior paulista, com 15 adolescentes entre 14 e 18 anos, com
questionário auto-aplicativo. O percurso do trabalho foi embasado na premissa de que
a adolescência é um montante de modificações internas e externas e quais as
diferenças nesse caminho quando acompanhada da gestação na adolescência.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.31, n.2 - Suplemento 2 - Julho/Dezembro, 2010
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