Crescimento de plantas de Heteropteris tomentosa A. Juss em Varzea Grande – MT Maria de Fatima Barbosa Coelho 1, Adriano Polloto 2, Rodrigo Aleixo Brito de Azevedo 1, Albanise Barbosa Marinho 1 Resumo - Heteropteris tomentosa A. Juss. (nó-de-cachorro) é uma espécie do cerrado mato-grossense utilizada nas debilidades nervosas, doenças venéreas, e como afrodisíaca. O extrativismo das raízes compromete as populações nativas de H. tomentosa. Este estudo teve o objetivo de avaliar o crescimento de plantas de H. tomentosa em condições de cultivo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com seis épocas de avaliação do crescimento e cinco repetições de 10 plantas. As épocas de avaliação foram aos 100, 200, 300, 400, 500 e 600 dias após a semeadura. As avaliações aos 200, 300, 400 dias corresponderam ao período seco e aos 100, 500 e 600 ao período chuvoso. Foram observadas a altura da planta, comprimento da raiz principal, massa seca da parte aérea e da raiz. O acúmulo de massa seca tanto da parte aérea como da raiz foi equivalente, exceto na ultima observação onde houve maior crescimento da raiz. A raiz principal teve maior crescimento que a parte aérea, fato este interessante para o objetivo do cultivo da espécie que é a obtenção de raízes. H. tomentosa apresenta maior crescimento no período chuvoso. As raízes têm bom desenvolvimento em condições de cultivo. Com cerca de dois anos é possível nas condições de cultivo obter raízes de H. tomentosa com 35 g de massa seca por planta, o que equivale a produção de 350 kg/ha usando o espaçamento entre plantas de 1,0x1,0m. Palavras-chave: Malpighiaceae, biomassa, planta medicinal, cerrado. Heteropteris tomentosa A. Juss plant grown in Varzea Grande – MT Abstract - Heteropteris tomentosa A. Juss. (nó-de-cachorro) is a species of the cerrado of Mato Grosso used in nervous debility, venereal diseases, and as an aphrodisiac. The extraction of the roots compromise the native populations of H. tomentosa. This study aimed to evaluate the growth of plants of H. tomentosa in growing conditions. The experimental design was randomized blocks with six evaluation periods of growth and five replicates of 20 plants. The evaluation times were at 100, 200, 300, 400, 500 and 600 days after sowing. Evaluations to 200, 300, 400 days corresponded to the dry period and 100, 500 and 600 to the rainy season. Observed were plant height, main root length, shoot dry mass and root. The dry mass of both shoot and root was similar, except the last observation where there was a greater root growth. The main root had higher growth than the shoot, this interesting fact for the purpose of cultivating the species is to obtain roots. H. tomentosa growing fastest in the wet season. The roots have good development in growing conditions. With about two years is possible in culture conditions to obtain the roots of H. tomentosa with 35 g dry weight per plant, equivalent to production of 350 kg / ha using plant spacing of 1.0 x1, 0m. Keywords: Malpighiaceae, biomass, medicinal plant, savanna. O cerrado é considerado um bioma de importância prioritária para a conservação por sua alta riqueza biológica e endemismo (Myers et al. 2000). A pressão antrópica a que vem sendo submetido tem causado a destruição acelerada da flora, o que tornam urgentes os estudos básicos com as espécies nativas visando o seu cultivo e conservação. Nos últimos 35 anos mais da metade dos seus 2 milhões de km2 originais foram cultivados com pastagens e culturas anuais e as taxas de desmatamento têm sido historicamente superiores às da floresta Amazônica (Klink & Machado, 2005). Entre as espécies do cerrado prioritárias para a conservação encontra-se o nó de cachorro (Heteropterys tomentosa A. Juss.-Malphiguiaceae) (Vieira & Alves, 2003), cujas raízes são usadas na medicina popular para ácido úrico, debilidade nervosa, doenças venéreas, males oftálmicos (catarata e conjuntivite), males uterinos, fortalecimento muscular e eczemas na pele e como afrodisíaca depurativa e tônica (Coelho et al., 2011). O nó de cachorro foi classificada por Machado (1949) como Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. mas, recentemente Araújo et al. (2010) classificaram-na como Heteropterys tomentosa A. 1 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro Brasileira-UNILAB, Setor de Desenvolvimento Rural, Avenida da Abolição, n. 7. Campus da Liberdade, 62690-000, Redenção, CE, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, Programa de PIBIC/CNPq, Cuiabá, MT, Brasil. E-mail:[email protected] Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas V. 6, N.1, pág. 38, 2012 COELHO, Maria de Fatima Barbosa, POLLOTO, Adriano, AZEVEDO, Rodrigo Aleixo Brito de et al. ________________________________________________________________________________________________ Juss. A planta tem crescimento arbustivo, subescandente, altura entre 20-200 cm, as folhas são opostas cruzadas, elípticas ou ovadas, as flores agrupadas em inflorescências racemosas axilares e terminais, reunindo entre cinco e 230 flores perfeitas, amarelas com cerca de 15 mm de diâmetro de corola, possuindo um par de brácteas na base das ramificações, os frutos são do tipo sâmara, simples, seco, indeiscente, pluricarpelar, cada carpelo, na maturação, separa-se dos demais formando um fruto parcial, provido de uma ou mais alas, com única semente posicionada na porção distal (Barroso et al., 1999). Alguns estudos já foram conduzidos com H. tomentosa visando conhecer a fenologia (Coelho & Spiller, 2008), adubação (Coelho, 2006) e produção de mudas (Coelho et al., 2008; Silva & Jorge, 2008; Spiller et al. 2012). Mas ainda não se tem informações sobre o cultivo e é importante conhecer o comportamento da espécie nessas condições, pois a produção de raízes poderá ser diferente das condições naturais. Assim, o objetivo no presente estudo foi avaliar o crescimento de plantas de H. tomentosa em condições de cultivo. O trabalho foi realizado no período de junho de 2006 a setembro de 2008. Inicialmente foi realizada a marcação e identificação de 50 plantas com frutos em desenvolvimento em populações de H. tomentosa na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso –UFMT em Santo Antonio do Leverger, no período de junho a julho de 2006. As coordenadas geográficas são 15°47’11’’ S e 56°04’17’’W, a 178,87 m de altitude e o clima da região é classificado como tropical quente subúmido, com temperatura média anual de 28ºC, média das máximas 33ºC nos meses de agosto e setembro, precipitação anual em torno de 1127 mm (Ferreira, 1997). O solo foi classificado como Latossolo Amarelo Eutrófico, Câmbico, A moderado, textura média, fase Cerrado, relevo plano (EMBRAPA, 2006). Como a dispersão dos frutos é anemocórica (Borges, 2002) os mesmos foram envolvidos com sacolas de filó e sua coleta foi realizada de agosto a setembro de 2006. As sementes foram colocadas para germinar em caixas tipo gerbox preenchidas com areia e mantidas em camara BOD na temperatura de 25°C no Laboratório de Análise de Sementes da UFMT. Aos trinta dias após a semeadura as plântulas foram repicadas para sacolas de polietileno preenchidas com terra preta e casca de arroz carbonizada na proporção de 1:1, as quais foram mantidas em casa telada com sombrite a 70%, e irrigadas diariamente. A terra preta é solo da superfície de áreas de mata do cerrado comercializado como substrato nos viveiros de Cuiabá e na análise feita no Laboratório de Solos da UFMT teve as seguintes caracteristicas: pH=5,7; Ca+Mg=8,0 cmolc.dm-3; Ca= 4,9 cmolc.dm-3; Mg=3,1 cmolc.dm-3; K=90 mg.dm-3; P=6,5 mg.dm-3; M.O.=1,2 g.dm-3. A fase de campo foi conduzida na Universidade de Varzea Grande, em Varzea Grande – MT e as condições meteorológidas do período encontram-se nas Figuras 1 e 2. As plantas foram colocadas no campo quando apresentaram 6 folhas, em novembro de 2006. A área experimental foi preparada com uma gradagem, foram abertas covas de 30 cm de profundidade no espaçamento de 1,0 x 1,0 m, e não se usou adubação de acordo com Coelho et al. (2011). Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas V. 6, N. 1, p. 39, 2012 COELHO, Maria de Fatima Barbosa, POLLOTO, Adriano, AZEVEDO, Rodrigo Aleixo Brito de et al. ________________________________________________________________________________________________ 40 Temperaturas °C 35 30 25 20 15 10 Tmax 5 Tmin 0 nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set <-2006 ->-<---------------------------2007---------------------------->-<----------------2008----------------------> meses do ano Figura 1. Temperaturas médias máxima e mínima durante o cultivo de Heteropterys tomentosa A. Juss. Varzea Grande, MT. 2008. Fonte: http://www.agritempo.gov.br/agroclima/sumario?uf=MT 350 80 70 250 60 200 50 150 40 30 100 Água no solo (%) Precipitação (mm) 300 90 Precipitação Água no solo 20 50 10 0 0 nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set <-2006 ->-<-----------------------------2007-------------------------->-<------------------2008----------------------> meses do ano Figura 2. Precipitação e teor de água disponível no solo durante o cultivo de Heteropterys tomentosa A. Juss. Varzea Grande, MT. 2008. Fonte: http://www.agritempo.gov.br/agroclima/sumario?uf=MT O delineamento experimental foi em blocos casualizados com seis tratamentos (épocas de avaliação) e cinco repetições, com parcelas compostas por 20 plantas. As épocas de avaliação foram aos 100, 200, 300, 400, 500 e 600 dias após a semeadura. As avaliações aos 200, 300, 400 dias corresponderam ao período seco e aos 100, 500 e 600 ao período chuvoso. As características avaliadas nas plantas de H. tomentosa após o plantio em campo foram a altura da planta, comprimento da raiz principal, massa seca da parte aérea e da raiz em intervalos de 100 dias após a semeadura, no período de fevereiro de 2007 a julho de 2008. Foram coletadas todas as plantas da parcela .para a obtenção da biomassa seca, e as raízes foram lavadas para retirar o solo aderido. As plantas foram separadas em parte aérea e raízes, colocadas em sacos de papel Kraft e levadas para secagem em estufa com circulação forçada de ar, durante 48 horas a 60°C. A análise de variância da regressão foi feita no programa estatístico SAEG (Ribeiro Junior & Melo, 2009). Verificou-se que os modelos quadráticos explicaram melhor o crescimento de H. tomentosa e a raiz (Figura 3B) principal teve maior crescimento que a parte aérea (Figura 3A), fato este Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas V. 6, N. 1, p. 40, 2012 COELHO, Maria de Fatima Barbosa, POLLOTO, Adriano, AZEVEDO, Rodrigo Aleixo Brito de et al. ________________________________________________________________________________________________ interessante para o objetivo do cultivo da espécie que é a obtenção de raízes. Raizes profundas podem permitir que as plantas acessem fontes de água disponíveis depois que camadas de solo superiores tenham secado, permitindo adaptar o seu crescimento as épocas de baixa precipitação (Grieu et al., 2001). Por outro lado, a profundidade atingida pela raiz (mais de 200 cm) pode dificultar o processo de coleta. No cerrado, nas áreas de populações nativas, as raízes se distribuem superficialmente, pois as plantas são submetidas ao fogo periodicamente (Borges, 2002). Altura da planta (cm) 80 A 70 60 y = 0,0002x2 - 0,033x + 11,5 R² = 0,9861 50 40 30 20 10 0 0 100 200 300 400 500 600 Dias após a semeadura Comprimento da raiz (cm) 250 B 200 y = 0,0007x2 - 0,1308x + 45,45 R² = 0,9314 150 100 50 0 0 100 200 300 400 500 600 Dias após a semeadura Figura 3. Altura (A) e comprimento da raiz principal (B) de Heteropterys tomentosa A. Juss. Varzea Grande, MT. 2008. O acúmulo de biomassa seca tanto da parte aérea como da raiz foi equivalente, exceto na ultima avaliação em que houve menor biomassa da parte aérea (Figura 4A) maior crescimento da raiz principal (Figura 4B). Este resultado deve-se a ao fato desta avaliação ter sido realizada após o período de maior pluviosidade, junho de 2008, quando houve maior teor de água no solo (Figura 2), o que pode ter proporcionado maior crescimento para as raízes das plantas e as as plantas estavam na fenofase de queda foliar, o que diminuiu a massa seca da parte aérea. São poucos os estudos sobre a produção de mudas e cultivo de espécies da família Malphiguiacea. Coelho et al. (2008) verificaram que mudas de H. tomentosa desenvolvidas em solo de cerrado apresentaram maior altura da parte aérea, diâmetro do colo e menor relação altura/diâmetro, Silva & Jorge (2008) obtiveram os melhores resultados de altura de plântulas de H. tomentosa aos 124 dias após a semeadura em substratos com maior porcentagem de solo, independente da profundidade e os substratos contendo areia e solo, com proporções de areia variando entre 25% e 75%, na profundidade de 1 cm, são os mais indicados para formar mudas vigorosas e Spiller et al. (2012) observaram que aos 45 dias após a semeadura, a média da altura dos indivíduos de H. tomentosa foi de 11,62 cm, enquanto que ao final de 150 dias a média foi de 51,64 cm e as progênies mantidas em casa de vegetação apresentam rápido crescimento, podendo ser Revista Trópica – Ciências Agrárias e Biológicas V. 6, N. 1, p. 41, 2012 COELHO, Maria de Fatima Barbosa, POLLOTO, Adriano, AZEVEDO, Rodrigo Aleixo Brito de et al. ________________________________________________________________________________________________ precocemente transplantadas para o campo. Biomassa seca da parte aérea (g) Conclui-se no presente estudo que Heteropteris tomentosa apresenta maior crescimento no período chuvoso e as raízes têm bom desenvolvimento em condições de cultivo. Com cerca de dois anos é possível nas condições de cultivo obter raízes de H. tomentosa com 35 g de massa seca por planta, o que equivale a produção de 350 kg/ha usando o espaçamento entre plantas de 1,0x1,0m 30 A 25 20 y = 0,048e0,0114x R² = 0,946 15 10 5 0 0 100 200 300 400 500 600 500 600 Biomassa seca das raizes (g) Dias após a semeadura 40 B 35 30 y = 0,0002x2 - 0,0767x + 6,832 R² = 0,9752 25 20 15 10 5 0 0 100 200 300 400 Dias após a semeadura Figura 4. Biomassa seca da parte aérea (A) e da raiz (B) de Heteropterys tomentosa A. Juss. Varzea Grande, MT. 2008. REFERENCIAS BARROSO, G.M.; MORIM, M.P.; PEIXOTO, A.L.; ICHASO, C.L.F. Frutos e sementes: morfologia aplicada à sistemática de dicotiledôneas. Viçosa, MG: UFV, 1999. 443 p. BORGES, H.B.N. Estudos sobre demografia de Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae): sobrevivência e reprodução no Cerrado. 2002. 29p.(Relatório Técnico DCRCNPq). COELHO, M.F.B. 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