O contexto da Revolução Francesa

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Título: Revolução Francesa
Componente Curricular: História
Por: Marco Antônio
A Revolução Francesa se trata de uma série de acontecimentos no período de 5 de
maio de 1789 e 9 de novembro de 1799, que mudaram o cenário político e social da
França.
O contexto da Revolução Francesa
A França, em 1789, era um país falido. Os exageros da corte, os gastos excessivos com
guerras, a indisposição com a Inglaterra e os privilégios dispensados ao clero e à
nobreza, fizeram aumentar a insatisfação da população.
A sociedade civil era dividida entre o clero, a nobreza e a burguesia, essa última,
formada por parte da população que pagava impostos. Esse impostos eram altos, e
serviam para custear a boa vida da corte, do clero e da nobreza. Esse foi um dos motivos
que levaram a população a se revoltar.
A incapacidade do rei no governo também motivou a revolução. Além de levar o país à
falência com a péssima administração econômica, ele ainda controlava os tribunais e
fazia condenações injustas, de acordo com a sua vontade. Os presos eram levados à
fortaleza da Bastilha, que depois foi invadida pela população.
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O que foi a Revolução Francesa
Com tantas injustiças, a população se revoltou contra o rei e seu poder absoluto. As
principais reivindicações eram o fim dos privilégios que o clero e a nobreza desfrutavam
e a instauração da igualdade civil.
O movimento teve o apoio dos burgueses, que viam a má administração como um
empecilho para o desenvolvimento do capitalismo. Vários intelectuais também
denunciavam a situação, e buscavam conscientizar as pessoas.
Causas da Revlução Francesa
Causas da Revolução Francesa
As principais causas da Revolução Francesa foram as seguintes:
A crise financeira sofrida pelo país antes da revolução (uma das principais causas);
Os envolvimentos da França na Guerra de Independência dos Estados Unidos, além da
participação e derrota na Guerra dos Sete Anos;
O regime político do país, que era governado pelo absolutismo do rei;
A ascensão da classe burguesa, que desejava mais liberdade em relação ao comércio
e o fim dos altos impostos;
O movimento cultural e intelectual iluminista, que buscava a reforma social e o fim
dos pensamentos medievais;
Fases da Revolução Francesa
A revolução francesa pode ser dividida em fases, e uma série de medidas que
motivaram ainda mais a revolução. A primeira fase foi marcada pela convocação da
Assembleia dos Estados Gerais, em 5 de maio de 1789, pelo rei Luis XVI. Os estados
eram o clero, como 1o estado, a nobreza como 2o, e os representantes da maioria da
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população, que eram deputados do 3o estado.
O principal motivo dessa convocação era a preocupação do rei em relação à situação
econômica do país. Ele propôs a criação de um novo imposto, a ser cobrado do 1o e
2o estado, mas isso gerou revolta entre os membros do clero e da nobreza, que votaram,
obviamente, contra esse novo imposto.
Como consequência, uma nova votação foi realizada, para cobrar mais impostos do
3o estado. Como cada estado tinha direito somente a um voto, e não era por
representante, essa proposta venceu com dois votos a favor, do 1o e 2o estado e um
voto contra do 3o estado, que afinal, era a parcela da população que já sofria com as
cobranças abusivas.
A reação dos representantes do 3o estado foi de exigir que a votação fosse por
representante, mas foi negada pelo rei. Com a rejeição, o 3o estado então se auto
proclamou Assembleia Geral Nacional. Com isso, as decisões não seriam mais votadas
entre os estados. O rei ficou surpreso com a audácia, e determinou o fechamento da sala
onde ocorria assembleia.
Os deputados do 3o estado então se reuniram em uma sala onde a nobreza costumava
participar de jogos, e decidiram que ficariam ali reunidos até instauração de uma
constituição. Após esse evento, a população invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris, em
1789, com o objetivo de demonstrar simbolicamente a queda do absolutismo.
A Queda de Bastilha foi o evento máximo e decisivo para o início da Revolução
Francesa, pois era a prisão para a qual o rei enviava injustamente os condenados. Foi um
evento tão importante, que até hoje o dia de 14 de julho é um feriado nacional,
comemorado na França como a “Festa da Federação“.
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Queda da Bastilha – Revolução Francesa
Após a invasão de Bastilha, a Assembleia Geral Nacional se transformou
em Assembleia Constituinte, onde os deputados elaboraram uma constituição que
determinou o fim dos privilégios feudais e de nascimento, a igualdade de todos perante a
lei e a garantia de propriedade. Foi feito um juramento, que deu origem ao lema da
Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade.
Em 1791, foi votada e aprovada a constituição que estabelecia a Monarquia
Parlamentar e limitava o poder do rei pela atuação do parlamento, que era formado por
uma parte da burguesia. Na prática, o poder continuava nas mãos de uma minoria
privilegiada.
O povo francês ainda permanecia sob os abusos dos impostos, e isso gerou uma
radicalização do movimento revolucionário. O fim dessa fase marca o momento
mais tenso da Revolução Francesa, quando a população é convocada para lutar contra o
conservadorismo que dominava a Assembleia.
Segunda fase da Revolução Francesa
A segunda fase é considerada a mais popular do movimento. Os burgueses haviam
proclamado uma república – a República Girondina, em setembro de 1792, transferindo
o poder do rei para a própria burguesia, dando fim à monarquia.
O rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta buscavam reestabelecer o poder, e para isso
se aliaram à Austria, que tinha intenções de invadir a França. Os burgueses descobriram
e prenderam Luís XVI e Maria Antonieta, acusados de traição. Luís XVI foi condenado e
morreu em janeiro de 1793 na guilhotina, e em setembro do mesmo ano, Maria Antonieta
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foi decapitada.
Execução do rei Luís XIV – Revolução Francesa
Com isso, o movimento revolucionário, agora mais popular, crescia cada vez mais, e
era liderado pelo grupo chamado de Jacobinos. Em um cenário de guerra civil, os
Jacobinos conseguiram derrubar os Girondinos do poder, e instituíram uma nova
constituição, em 1793. Entre os pontos mais importantes da constituição, estavam
alguns princípios que agradavam as classes populares:
Extinção da escravidão negra nas colônias francesas;
Criação do Tribunal Revolucionário, que julgava os contrários a revolução, que eram
condenados à guilhotina;
A reforma Agrária, que confiscava as terras do clero e da nobreza, dividindo-os em
lotes para serem vendidos aos camponeses, que podiam pagar em 10 anos;
A organização do Comitê de Salvação Pública, formado pelos responsáveis do poder
executivo, e o Comitê de Segurança Pública, responsável por investigar os suspeitos
de traição;
Venda de bens públicos e de emigrados para reestabelecer a economia pública;
A Lei do Preço Máximo, estabelecendo um teto para salários e preços de produtos;
O Sufrágio Universal, que determinava que todos os cidadãos homens maiores podiam
votar.
Apesar de agradar a maioria da população, o governo dos Jacobinos se tornou
ditatorial. Eles decidiram que, para se estabelecer uma democracia e garantir as
conquistas instituídas, era necessário impor o poder à população, e condenar os
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suspeitos de traição à guilhotina.
Esse período ficou conhecido como a Era do Terror, e teve como líder supremo o
jacobino Maximilien Robespierre. Foi o momento da Revolução Francesa que mais se
utilizou a guilhotina, até mesmo líderes jacobinos próximos a Robespierra foram
guilhotinados.
O caráter repressor do novo governo motivou os Girondinos a articularem um golpe de
estado, que daria origem à terceira fase da Revolução Francesa.
Terceira fase da Revolução Francesa
Na terceira fase, o Comitê de Salvação Pública condena Robespierre e outros líderes
jacobinos à morte, dando fim à Era do Terror em 27 de julho de 1794. Essa data ficou
conhecida como “9 do Termidor”, e caracterizou o golpe que retornaria os Girondinos ao
poder. Era o fim da participação popular na Revolução Francesa.
O novo governo foi denominado Diretório, e foi responsável por elaborar a nova
constituição. Com o apoio do exército, o governo Diretório manteria a burguesia
protegida da república jacobina e do antigo regime.
Apesar disso, as outras camadas sociais não respeitavam o governo,
os burgueses mais influentes percebiam os riscos de uma queda do Diretório diante dos
inimigos internos e externos. Eles acreditavam que era necessária uma intervenção
militar para manter a ordem e os lucros.
O general francês mais popular da época, Napoleão Bonaparte, que havia retornado do
Egito, teve o apoio de alguns diretores e de toda a burguesia para extinguir o Diretório e
instaurar o Consulado. Esse golpe, que ocorreu em 9 de novembro de 1799, ficou
conhecido como “18 de Brumário“, e deu início à era napoleônica na França.
A Revolução Francesa foi um dos acontecimentos mais conturbados da História e uma
das mais importantes revoluções, que estimulou o início da Idade Contemporânea.
Referência Bibliográfica: REVOLUÇÃO FRANCESA. Disponível em:
<http://aprovadonovestibular.com/revolucao-francesa-%E2%80%93-causas-resumo.html>.
Acesso em: 30 de dez de 2016.
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