A BANCARIZAÇÃO DA ECONOMIA NACIONAL VS TAXA DE JURO “DE MORTE” A bancarização da economia nacional, reflete o nível de penetração dos serviços bancários e financeiros no país. Em STP este sistema é ainda muito baixo. Um país deficitário em infra-estruturas tais como: Estrada, eletricidades, telecomunicações e outros serviços considerados básicos para impulsionar o sistema bancário e consequentemente a economia, os mesmos serviços, encontra-se fora do foco/projetos dos nossos líderes/ dirigentes. Não obstante a isso, há outros entraves que vêm condicionando o sistema tais como: Sistema Judicial – Justiça morosa Infra-estrutura de bases insuficientes - Fraca utilização dos meios de pagamentos alternativos, e Pouca diversificação dos produtos bancários Elevados custos de serviços bancários - taxas de juro praticadas no mercado e o valor mínimo necessário para abertura de uma conta - proibitivos para a maioria da população desenvolvimento da população e a economia? Elevados níveis de Informalidade Sendo STP um país onde a maioria (54%) da população encontra-se no linear da pobreza, e com pouca cultura de poupança; serviços bancários que encontra-se fora das zonas rurais, fazendo com que as populações/ valor monetário destas localidades circulem fora do sistema financeiro. O Banco Central de São Tomé e Príncipe no âmbito das competências que lhes são conferidas pelas alíneas A) e B) do Artigo 32º da sua lei nº. 8/92, fixou a taxa de juro de referência em 14% Anual aplicada aos bancos comerciais. Face a debilidade do SF (Sistema Financeiro); fraco desenvolvimento económico; circuito comercial fechado/ debilitado, os Bancos comerciais têm vindo a aplicar uma taxa de juro de “morte” que varia entre os 25% e os de 28% diferenciando da taxa de referência do Banco Central na ordem dos 14%, criando uma discrepância igual a taxa de juro de referência do Banco Central que pouco ou nada vêm contribuindo para o desenvolvimento da classe empresarial. Face a essa conjuntura, os impulsionadores do sistema financeiro estão preocupados com o Considerando o fraco rendimento da maior parte da população, estando os mesmos impossibilitados de recorrer aos préstimos bancários face a taxa de juro elevada, não seria mais prudente os impulsionadores do sistema financeiro criarem políticas de crédito para os mais desfavorecidos de forma a impulsionar o movimento de fluxo monetário dentro do sistema? O nível do desenvolvimento do sector bancário é geralmente em função do nível de crescimento económico e viceversa. No entanto, por meio de políticas e iniciativas eficazes e contundentes, vocacionado e condigna para reforçar o crescimento dos particulares, respondendo de igual modo para o crescimento do nível de consumo do mercado doméstico através de uma taxa de juro mediável e favorável, poderá ser uma mais-valia. POR: WADIRLUCHTTER PIRES