TÍTULO: PROPOSTA DE VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA E VIRAL

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TÍTULO: PROPOSTA DE VIGILÂNCIA ENTOMOLÓGICA E VIRAL, PARA O VÍRUS CHIKUNGUNYA, NA
BAIXADA SANTISTA.
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: BIOMEDICINA
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO MONTE SERRAT
AUTOR(ES): GABRIELA CAROLINA ROSSI THYRSO DE MARIA
ORIENTADOR(ES): FÁBIO LOPES CORRÊA DA SILVA
COLABORADOR(ES): ADRIANA DE LIMA CABRAL
1. RESUMO
Os mosquitos do gênero Aedes estão amplamente distribuídos no Brasil, sendo
causadores de inúmeras arboviroses, como o Dengue e o Chikungunya. O
monitoramento entomológico e viral é uma importante ferramenta para a tomada de
decisões no controle e prevenção de doenças vetoriadas. O principal objetivo deste
trabalho é desenvolver uma metodologia de monitoramento do vírus Chikungunya, na
Baixada Santista, através da captura de culicídeos do gênero Aedes e posterior
exame do pool de células de mosquitos pelo método ELISA qualitativo. Para a captura
dos culicídeos será utilizado método de caixas de repouso, em uma área delimitada
de 6,5 km, próximo ao Porto de Santos. As armadilhas foram distribuídas nas
residências, com boa aceitação da população.
2. INTRODUÇÃO
No Brasil há relatos de prováveis epidemias de dengue no início deste século.
Em 1916, em São Paulo, e em 1923, em Niterói, entretanto, a primeira epidemia
documentada clínica e laboratorialmente ocorreu em Boa Vista, Roraima, em 1982
(BRAGA e VALLE, 2007). As infestações por Aedes aegypti persistem até os dias de
hoje, na maioria das cidades do Brasil
Outra doença viral, vetoriada pelo gênero Aedes, o Chikungunya, foi
primeiramente descrita nos países da África nas décadas de 50 e 60, sendo que na
primeira década deste século foram descritos surtos autóctones no Sul da Europa,
nos Países França e Itália (CVE, 2014). São arbovírus do gênero Alphavirus
(Togaviridae) de 70 nm vírus envelopados (FIGUEIREDO, 2007).
3. OBJETIVOS
GERAL: Desenvolver metodologia de monitoramento do vírus Chikungunya, na
Baixada Santista, através da captura de culicídeos do gênero Aedes e posterior
exame do pool de células de mosquitos pelo método ELISA qualitativo.
ESPECÍFICOS:
Monitorar os dados de infestação de Aedes aegypti, através do Sisaweb, da SUCEN
(Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo).
4. METODOLOGIA
Os bairros foram mapeados, privilegiando-se a proximidade com a área
portuária e as quadras escolhidas foram baseadas na capacidade de dispersão do
vetor. A extensão da área de estudo compreende 6,5 km, com a profundidade de
três quadras (fig. 1).
Foto 1: Área de delimitação das quadras, próximas ao Porto de Santos
Fonte: Google Maps (modificada pela autora).
Em cada quadra, foram utilizados quatro domicílios, um em cada face, e em
cada domicílio, foram instaladas duas armadilhas, sendo uma no intra domicílio e
outra no peri domicílio.
Os mosquitos serão capturados, através de armadilha denominada caixa de
repouso, cuja avaliação de eficácia foi revista e discutida em trabalhos de Barata et
al. As caixas são constituídas de papelão de cor preto fosco, tanto interna como
externamente, com dimensões de 30 cm (larg.) X 30 cm (profund.) e 90cm (h). Na
parte frontal possuem de uma abertura retangular de 30 cm (larg.) X 50 cm (h). Para
aumentar sua atratividade, no interior de cada caixa foi colocado um recipiente de
oviposição constituído de um vaso, preto fosco de meio litro, preenchido com 300 ml
de água e contendo no seu interior uma palheta de Eucatex, com o lado poroso virado
para frente.
Após a captura, os mosquitos serão identificados, através das chaves
dicotômicas contidas em Forattini (1965), experimentadas em trabalhos como o de
Hutchings, Sallum e Ferreira (2002). Serão separadas as fêmeas que, através de um
pool, por sub área, constituída de nove quadras, serão submetidas ao isolamento de
vírus realizado em maceração de células de culicídeos, realizado pelo método ELISA
qualitativo. Os dados serão analisados e compilados para posterior discussão.
5. DESENVOLVIMENTO
De acordo com Figueiredo (2007), o Brasil é País tropical que tem condições
ideais para à ocorrência de diversas arboviroses, mantendo assim a possibilidade de
haver grande variedade de ciclos zoonóticos. O autor alerta que o risco de haver
emergência de novos arbovírus no Brasil relaciona-se à existência de cidades
grandes, populosas e infestadas por mosquitos. Segunda Alencar et al (2008), a
ampla valência ecológica dos mosquitos do gênero Aedes, leva a presumir-se que
possam atuar como ponte entre os ciclos silvestre e urbano de diversas arboviroses.
O Chikungunya é ume doença emergente em nosso País, ainda levando-se em
conta de que todos os casos foram alóctones, provenientes de Países da África, sendo
causada por um vírus RNA do gênero Alphavirus transmitido para as pessoas por
mosquitos do gênero Aedes (CVE, 2014).
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (CVE, 2014) informou, na data
de 11 de junho de 2014, sobre a confirmação de 05 novos casos importados de
infecção pelo vírus Chikungunya, tratando-se de 04 militares que atuavam nas Forças
de Paz no Haiti. Um caso adicional foi confirmado em missionária brasileira com
histórico de viagem ao Haiti. (CVE, 2014).
Estudo feitos por Costa, Santos e Barbosa (2009), apontam que o
monitoramento da circulação viral em mosquitos permite o conhecimento prévio dos
níveis de disseminação viral em determinadas áreas contribuem para determinar os
locais de aplicação das medidas de prevenção e controle.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
As armadilhas foram distribuídas nas residências, com boa aceitação pela população.
7. FONTES CONSULTADAS
BARATA, Eudina Agar Miranda de Freitas; NETO, Francisco Chiaravalloti;
DIBO, Margareth Regina; MACORIS, Maria de Lourdes G.: BARBOSA, Angelita
Anália C.; NATAL, Delsio; BARATA, José Maria Soares; ANDRIGUETTI, Maria Teresa
Macoris. Captura de culicídeos em área urbana: avaliação do método das caixas
de repouso Rev Saúde Pública 2007;41(3):375-82
BRAGA, Ima Aparecida e VALLE, Denise. Aedes aegypti: histórico do controle no
Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde. [online]. jun. 2007, vol.16, no.2 [citado 12 Abril 2010],
p.113-118.
Disponível
na
World
Wide
Web:
<http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S167949742007000200006&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1679-4974.
COSTA, Cristóvão Alves; SANTOS, Ilia Gilmara Carvalho; BARBOSA, Maria da
Graça. Detecção e tipagem de vírus dengue em Aedes aegypti (Diptera:
Culicidae) na Cidade de Manaus, Estado do Amazonas. Revista da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical 42(6):677-681, nov-dez, 2009.
CVE - Secretaria de estado da saúde. Coordenação de controle de doenças‐CCD
Centro de vigilância epidemiológica “prof. Alexandre Vranjac”. Informe técnico
Chikungunya. junho 2014.
FIGUEIREDO, Luiz Tadeu Moraes. Arboviroses emergentes no Brasil. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 40(2):224-229. mar-abr, 2007.
HUTCHINGS, Rosa Sá Gomes; SALLUM, Maria Anice Mureb; FERREIRA, Ruth Leila
Menezes. Culicidae (Diptera: Culicomorpha) da Amazônia Ocidental Brasileira:
Querari. Acta Amazonica 32(1): 109-122. 2002.
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