frequência do consumo alimentar de pacientes diabéticos em

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Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
FREQUÊNCIA DO CONSUMO ALIMENTAR DE PACIENTES DIABÉTICOS EM
ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL NA REGIÃO NORTE DO RS, NO SEGUNDO
SEMESTRE DE 20081
Frequency of food intake of diabetic in ambulatory monitoring in the region north of RS, in the second half of 2008
Fábia BENETTI2
Giovana Cristina CENI3
RESUMO
A prevalência do Diabetes Mellitus está aumentando de forma exponencial, adquirindo
características epidêmicas em vários países. Atualmente constitui um grave problema de saúde
pública. Estudos têm sido realizados com o objetivo de investigar as relações entre alimentos,
nutrientes e doenças crônicas não transmissíveis. Para que estas informações possam ser
devidamente investigadas é fundamental estudar a dieta pregressa ou habitual. O questionário de
frequência alimentar é o método mais utilizado para mensurar a dieta pregressa. Dentro deste
contexto o presente estudo tem por objetivo investigar a frequência do consumo alimentar de
pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório de Especialidades em Nutrição da URI/CEPP
(Centro de Estágios e Práticas Profissionais). Observou-se um consumo de leite e margarina maior
entre as mulheres. Verificou-se baixo consumo de manteiga pelos pacientes diabéticos, uma ingesta
semanal variada de carnes e um consumo de feijão maior entre as mulheres. Pode ser verificada,
grande ingestão de alimentos do grupo dos cereais, baixo consumo de açúcar, sendo que a maioria
dos pacientes utiliza adoçantes artificiais e um consumo de refrigerantes na forma diet. Foi
constatado um consumo diário de frutas e verduras relatado pelos pacientes de ambos os sexos, fato
que contribui com a ingestão dietética de fibras, auxiliando desta forma no controle da glicemia. De
modo geral os dados demonstram inadequação da qualidade da dieta entre os diabéticos. Conclui-se
que o sucesso do tratamento nutricional dos pacientes diabéticos requer um acompanhamento
nutricional periódico para as adequações dietéticas necessárias visando à mudança de hábitos
inadequados.
Palavras-chave: Consumo alimentar; Diabetes mellitus; Nutrição.
ABSTRAT
The prevalence of diabetes mellitus is increasing exponentially, acquiring characteristics epidemic
in many countries. Today is a serious public health problem, affecting 190 million people. Studies
have been carried out to investigate the relationships between food, nutrients and chronic diseases.
So that this information can be properly investigated is essential to study the past diet or regular.
The food frequency questionnaire is the most widely used method for measuring past diet, because
it has the ability to classify individuals according to their dietary patterns, besides being a tool of
easy management and low cost. Within this context, this study aims to investigate the frequency of
food intake in diabetic patients in the Clinic Specialty Nutrition URI / CEPP. There was a
consumption of milk and margarine higher among women. There was low consumption of butter by
diabetic patients, a varied weekly intake of meat and a higher consumption of beans among women.
1
Artigo premiado na área de Ciência da Saúde, na edição de 2009 do Prêmio Destaque de IC, promovido pela
PROPEPG/URI.
2
Autora da pesquisa; acadêmica do Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Nutrição URI;
fá[email protected].
3
Orientadora; Doutora em Bioquímica, Professora do Departamento de Ciências da Saúde URI; [email protected].
Vivências. Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010
124
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
It can be verified, large intake of food group cereals, low sugar, and most patients use artificial
sweeteners ande a soft drink consumption as diet. It was found a daily intake of fruits and
vegetables reported by the patients of both sexes, a fact that contributes to the intake of dietary
fiber, thereby helping to control blood glucose. In general the data show inadequate diet quality
among diabetics. We conclude that successful treatment of diabetic patients requiring nutritional
monitoring nutritional journal to the necessary dietary adjustments aimed at changing poor habits.
Key words: Food consumption; Diabetes mettitus; Nutrition.
INTRODUÇÃO
A prevalência do Diabetes Mellitus está
aumentando de forma exponencial, adquirindo
características epidêmicas em vários países,
particularmente nos em desenvolvimento.
(SARTORELLI, 2003). Atualmente constitui
um grave problema de saúde pública, que se
refere tanto ao número de pessoas afetadas,
quanto ao elevado investimento do governo para
seu controle e tratamento (GUIMARÃES,
2002).
Segundo
a
American
Diabetes
Association a melhor estratégia nutricional para
a promoção da saúde e redução das doenças
crônicas é a obtenção de nutrientes adequados a
partir de uma alimentação variada e equilibrada
baseada nos pilares da Pirâmide dos Alimentos.
O tratamento da doença envolve alterações no
estilo de vida, principalmente com relação aos
hábitos alimentares, realização de atividade
física e uso de medicamentos (GERALDO,
2008).
Os
hábitos
alimentares
estão
relacionados a vários aspectos que podem
interferir na tomada de decisão para a escolha
dos mesmos, como fatores econômicos,
familiares e a aquisição de informações e
conhecimentos. A alimentação é considerada
como um dos fatores modificáveis mais
importantes para o risco de Doenças e Agravos
não Transmissíveis (DANT), com destaque para
o Diabetes Mellitus tipo 2 (TIBBS, 2001).
Há evidências de que mudanças no estilo
de vida possam ocorrer com maior sucesso
quanto mais precoce forem às intervenções, e
não há controvérsias que a adoção de uma
alimentação saudável, associadas à prática de
atividade física, possa atuar beneficamente na
qualidade de vida da população (TIBBS, 2001).
Vivências. Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010
A relação da dieta com a saúde vem
sendo estudada há muito tempo. Na atualidade
investiga-se a participação dos nutrientes na
manutenção da saúde, estima-se se a ingestão de
alimentos é adequada ou inadequada
(FISBERG, 2005). Estudos epidemiológicos
têm sido realizados com o objetivo de investigar
possíveis relações entre alimentos, nutrientes da
dieta e doenças crônicas não transmissíveis.
Para que essas associações possam ser bem
investigadas é fundamental estudar a dieta
pregressa ou “habitual”, que caracteriza o
consumo alimentar durante um longo período de
tempo (anos ou décadas) (FURLAN, 2004).
A importância de se conhecer o consumo
alimentar prende-se ao fato de existir correlação
positiva entre dieta e risco de morbimortalidade.
Dietas inadequadas, aquelas com elevado teor
de lipídios, energia e carboidratos simples,
podem ser consideradas fator de risco para as
doenças crônicas dentre as quais pode-se
destacar o diabetes tipo 2 e a obesidade
(GARCIA, 2003).
REVISÃO
DA
LITERATURA
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
E
O diabetes mellitus (DM) destaca-se como
uma das mais relevantes doenças crônicas não
transmissíveis da atualidade. Estima-se que sua
prevalência esteja em torno de 8% na população
brasileira de 30 a 69 anos, sendo que metade
dos pacientes acometidos pela doença
desconhece esta condição (COSTA, 2006).
Essa
enfermidade
representa
um
considerável encargo econômico para o
indivíduo e para a sociedade, especialmente
quando mal controlada, sendo que, a maior parte
dos custos diretos de seu tratamento, encontrase relacionados com as suas complicações,
125
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
comprometendo a produtividade, a qualidade de
vida e a sobrevida dos indivíduos
(MECLELLAN, 2007).
Alterações na estrutura da dieta,
associadas a mudanças demográficas e sociais
vem sendo observadas em diversos países do
mundo, fato que acarreta o aumento das taxas de
sobrepeso e obesidade, sendo estes os principais
fatores que explicam o crescimento da
prevalência do diabetes mellitus tipo 2
(NETTO, 2000). Uma dieta inadequada
associada à inatividade física, compõe um
complexo de causas de grande importância para
a saúde da população. Esses fatores se associam
fortemente a muitas doenças crônicas não
transmissíveis e altamente prevalentes, como a
obesidade, o diabetes tipo 2 e a doença
coronariana (COSTA et al, 2005).
Para identificar fatores de risco
dietéticos em grupos populacionais há
necessidade de informações confiáveis quanto
ao consumo alimentar habitual e ao teor de
vários nutrientes em alimentos e preparações
alimentares (CARDOSO; STOCCO, 2000).
Estudos
prospectivos
internacionais
documentam que o QFA é considerado o mais
prático e informativo método de avaliação da
ingestão
dietética,
e
fundamentalmente
importante em estudos epidemiológicos que
relacionam a dieta com a ocorrência de doenças
e agravos não transmissíveis (FISBER, 2005). É
o inquérito dietético mais utilizado para
mensurar a dieta pregressa, pois tem a
capacidade de classificar os indivíduos segundo
seus padrões alimentares habituais, além de ser
um instrumento de fácil aplicabilidade e baixo
custo (FURLAN, 2004).
O QFA possui basicamente dois
componentes: uma lista de alimentos, e um
espaço para o indivíduo responder com que
frequência consome cada alimento. Quando o
objetivo da pesquisa é analisar um ou alguns
nutrientes, a lista de alimentos pode ser
elaborada a partir da identificação dos alimentos
com maior conteúdo do nutriente em questão
(SLATER, 2003). O questionário de frequência
alimentar é um método frequentemente utilizado
em estudos epidemiológicos para verificar a
associação de dieta e doença. Este é utilizado na
abordagem do indivíduo sobre o consumo de
Benetti, F.; Ceni, G. C.
determinados alimentos e bebidas. Podendo
fornecer uma estimativa qualitativa do consumo
alimentar, incluindo-se informações sobre a
porção diária consumida ou, por aproximação,
comparando-a a uma porção alimentar de
referência (CARDOSO; STOCCO, 2000).
OBJETIVOS
O presente estudo teve como objetivo
investigar a frequência do consumo alimentar de
pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório
de Especialidades em Nutrição da URI/CEPP
(Centro de Estágios e Práticas Profissionais), no
segundo semestre de 2008.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo realizado foi de base
transversal com análise estatística descritiva. O
público alvo desta pesquisa foram os pacientes
diabéticos em acompanhamento nutricional no
Ambulatório de Especialidades em Nutrição da
URI/CEPP.
Este estudo foi conduzido de agosto a
novembro de 2008, envolvendo todos os
pacientes que possuíssem diagnóstico prévio de
diabetes mellitus, independente de sexo,
maiores de idade, que estivessem sendo
atendidos no Ambulatório de Especialidades em
Nutrição. Os participantes assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido,
concordando com a realização do estudo. A
presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Universidade Regional
Integrada URI-Campus de Erechim, garantindo
desta forma a mínima exposição de riscos aos
indivíduos
participantes
(Protocolo
no
027/PIH/08).
Foi utilizado questionário de frequência
de alimentar (QFA) proposto por Fontanive, De
Paula e Peres (2007). O QFA é composto por 7
grupos alimentares, sendo alguns deles
subdivididos em diferentes alimentos, com
possibilidades de resposta em relação ao
consumo diário, semanal, quinzenal, mensal,
semestral, anual e nunca. Foi questionado o
número de vezes que determinado alimento era
consumido. A partir das informações geradas
pelo instrumento foi possível identificar os
126
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
hábitos alimentares dos pacientes diabéticos em
acompanhamento nutricional.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No Ambulatório de Especialidades em
Nutrição da URI/CEPP, no período do estudo,
foram atendidos 112 pacientes, destes 9 eram
diabéticos, sendo que 56% eram do sexo
feminino e 44% do sexo masculino. A idade
variou de 42 a 72 anos, com média de 61 ± 9,49
anos. A predominância de mulheres demonstrou
uma concordância com a bibliografia
consultada, pois pesquisas mostram que a
maioria da população diabética é do sexo
feminino e ainda sugerem que isso se dá pelo
fato das mulheres frequentarem mais o serviço
de saúde do que os homens (PEREIRA, 2007).
Os diabéticos atendidos neste período
correspondem a 8,10% de todos os pacientes
atendidos. O estudo Multicêntrico sobre
Prevalência de Diabetes Mellitus realizado no
Brasil no ano de 1992 que encontrou uma
prevalência geral da doença de 7,6% em pessoas
de 30 a 69 anos. Destas, metade não tinha
conhecimento de ser portadora da doença e, das
previamente diagnosticadas, 22% não faziam
nenhum tratamento (ASSUNÇÃO, 2001).
Na Tabela 1 está demonstrada a
frequência de consumo alimentar do grupo de
lacticínios. Foram excluídas, de todas as tabelas,
as alternativas de consumo não citadas pelos
pacientes.
Tabela 1 - Frequência de consumo de laticínios por pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório
de Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Leite
Diário
5
100
2
50
2 ± 0,7
1,5 ± 0,7
Semanal
2
50
2,25 ± 2,1
Iogurte
Semanal
1
1,0
20
1
1
25
Mensal
3
60
1,33 ± 0,6
Nunca
1
20
3
75
Queijo
Diário
3
60
1
1
25
1,66 ± 0,6
Semanal
2
40
1
4
25
2,5 ± 0,7
Quinzenal
1
1
25
Mensal
1
1
25
Manteiga
Mensal
1
3
25
Nunca
5
100
3
75
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de médias sem sequência de desvio padrão
não apresentaram o mesmo.
Analisando o consumo de lacticínios
(Tabela 1) foi verificado que a ingestão de leite
foi maior entre as mulheres, sendo que todas
apresentaram um consumo diário deste
alimento, em média de 2 ±0,7 vezes ao dia,
entretanto apenas 50% dos homens consomem
diariamente leite, em média 1,5 ±0,7 vezes. O
Guia Alimentar para a População Brasileira
recomenda a ingestão de 3 porções de leite e
Vivências. Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010
derivados diariamente, por serem fontes de
proteínas, vitaminas e a principal fonte de
cálcio, nutriente fundamental para a formação e
manutenção da massa óssea (BRASIL, 2005).
Relativo ao consumo de iogurte foi
constatado que 75% dos pacientes do sexo
masculino relataram nunca consumir este
alimento, entretanto 60% das mulheres
apresentaram consumo mensal, de em média
127
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
1,33 ±0,6 vezes. Pode ser observado um baixo
consumo de iogurte pelos pesquisados. O
iogurte é considerado um alimento com alto teor
de proteínas, baixo teor de gorduras e fonte
apropriada de minerais como cálcio, fósforo,
zinco e magnésio (PEDRO; DE OLIVEIRA;
PENAZZI, 2001).
Os resultados demonstram que 60% das
mulheres consomem queijo diariamente, em
média 1,66 ±0,6 vezes, por outro lado os
pacientes do sexo masculino apresentam um
consumo deste alimento muito variado, sendo
verificando consumo diário, semanal, quinzenal
e mensal. O queijo possui de 4 a 8 vezes mais
cálcio que o leite puro (CRUVINEL, 2009).
A maioria dos pacientes de ambos os
sexos, relatou nunca consumir manteiga. A
terapia nutricional estabelecida para o DM
recomenda um baixo consumo de gorduras de
origem animal, por estas serem ricas em gordura
saturada, e o elevado consumo estar associado à
ocorrência de doenças crônicas. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) recomenda que não
mais que 10% do total de energia consumida
sejam fornecidas por esse tipo de gordura
(BRASIL, 2005).
Santos e Aquino (2008) afirmam que, com
relação às mudanças dietéticas, uma das
principais alterações observadas foi o aumento
significativo da participação de alimentos de
origem animal na dieta, e consequentemente de
gordura saturada e colesterol. Portanto o baixo
consumo de manteiga verificado entre os
diabéticos, neste estudo, pode ser considerado
em tese satisfatório.
A Tabela 2 descreve o consumo de
alimentos do grupo das carnes e ovos.
Tabela 2 – Frequência de consumo de carnes e ovos por pacientes diabéticos atendidos no
Ambulatório de Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Carne Bovina
Diário
1
1,0
20
Semanal
4
80
4
100
2,0 ± 0,8
2,25 ± 0,5
Carne Suína
Semanal
3
1,0
60
3
75
2,33 ± 1,5
Quinzenal
1
1,0
20
Mensal
1
2,0
25
Nunca
1
20
Carne de Frango
Semanal
5
100
4
100
2,0 ± 0,7
1,25 ± 0,5
Fígado
Mensal
2
1,0
40
Nunca
3
60
4
100
Linguiça
Diário
1
2,0
25
Semanal
4
80
1
1,0
25
1,25 ± 0,5
Quinzenal
1
1,0
20
Mensal
2
50
1,5 ± 0,7
Peixe
Semanal
4
80
1,25 ± 0,5
Quinzenal
1
1,0
25
Mensal
1
2,0
20
1
1,0
25
Semestral
1
1,0
25
Anual
1
2,0
25
Ovo
Benetti, F.; Ceni, G. C.
128
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ISSN 1809-1636
Semanal
3
1,67 ± 0,6
Quinzenal
1
1,0
Mensal
1
2,0
* Informadas as médias e o desvio padrão.
não apresentaram o mesmo.
60
2
50
2,0 ± 1,4
20
20
2
1,0
50
Resultados de médias sem sequência de desvio padrão
Neste estudo foi constatada uma
variabilidade no consumo destas fontes
protéicas (Tabela 2), em especial das carnes,
pois, os pacientes referem ingerir carnes bovina,
suína e de frango semanalmente. Carnes são
boas fontes de proteínas, mas o consumo deve
ser controlado para se evitar sobrecarga deste
nutriente (FERREIRA, 2003).
Relativo à ingestão de fígado foi
verificado um consumo em média baixo, pois
60% das mulheres e todos os homens referem
nunca consumir este alimento. Esta baixa
ingestão de fígado foi inadequada quando
comparado com o indicado no Guia Alimentar
para População Brasileira que preconiza o
consumo de ao menos uma vez por semana
vísceras e miúdos, como o fígado bovino,
coração de galinha, entre outros. Sendo que
estes alimentos são excelentes fontes de ferro,
nutriente essencial para evitar anemia ferropriva
(BRASIL, 2005).
O consumo de peixe pelas pacientes do
sexo feminino pode ser considerado satisfatório,
pois 80% (quatro pacientes) referem consumir
peixe semanalmente, em média 1,25 ±0,5 vezes.
O Guia Alimentar para a População Brasileira
enfatiza que os peixes, de modo geral, são boas
fontes de proteínas, ácidos graxos essenciais,
cálcio e zinco. É também indicado dar sempre
preferência para carnes frescas de aves ou de
peixes, pois possuem menos gordura (BRASIL,
2005).
Bertani (2009) afirma que o clima
temperado do sul do Brasil atraiu imigrantes
europeus, e com eles hábitos alimentares que
acabaram por influenciar a culinária sulista.
Muitos pratos são caracterizados por serem
elaborados e ricos em gordura saturada com
excesso de calorias. No Rio Grande do Sul o
principal atrativo é o tradicional churrasco
gaúcho, enfatizando o elevado consumo de
carne vermelha. Desta forma o consumo de
peixe pelas pacientes diabéticas pode ser
considerado satisfatório devido à ingestão deste
alimento não ser um hábito comum desta região.
Escolhas adequadas do ponto de vista
dietético, dentro do grupo das carnes, incluem
evitar o consumo excessivo de carne vermelha,
preferir cortes magros, ou ao menos retirar a
gordura mais visível, evitar embutidos e
produtos com carnes processadas, incluir peixe
no cardápio e ter cautela no tipo de preparação
realizada
(COZZOLINO;
BORTOLI;
COMINETTI, 2008).
Para a ingestão de ovos foi verificado que
60% das mulheres consomem semanalmente em
média 1,67 ±0,6 vezes. Os homens
apresentaram consumo semanal de ovos de 50%
com frequência de 2,0 ±1,4 vezes. Os ovos são
importantes fontes de vários nutrientes,
principalmente proteínas de alto valor biológico,
de lipídios, vitaminas e minerais. Além de
fornecerem ácidos graxos insaturados. O
conteúdo de colesterol de um ovo de galinha é
alto, sendo assim a maioria dos guias
recomenda a redução da ingestão. Entretanto
algumas evidências recentes têm demonstrado
que o consumo de ovos não afeta de maneira
negativa as concentrações sanguíneas de
colesterol
(COZZOLINO;
BORTOLI;
COMINETTI, 2008).
Na Tabela 3 pode ser observado o
consumo de leguminosas, sendo que para este
grupo foi abordado somente o alimento feijão.
Tabela 3 – Frequência do consumo de leguminosas por pacientes diabéticos atendidos no
Ambulatório de Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Feijão
Diário
4
1,0
80
Vivências. Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010
129
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
Semanal
3
75
3,7 ± 1,5
Quinzenal
1
1,0
25
Mensal
1
2,0
20
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de médias sem sequência de desvio padrão
não apresentaram o mesmo.
Foi constatado que a maioria das
mulheres (80%) ingerem feijão diariamente, em
média 1 vez por dia, entretanto os homens
(75%) apresentam o maior consumo semanal,
em média 3,7 ±1,5 vezes. Observando o
recomendado pelo Guia Alimentar para a
População Brasileira de 1 porção de feijão por
dia (BRASIL, 2005), foi verificado que o
consumo referido pela maioria das pacientes do
sexo feminino, está adequado.
Considerando a importância nutricional da
combinação arroz e feijão, esta deve ser
resgatada ou mantida, valorizada e incentivada
como elemento central da alimentação da
população brasileira, pois há evidências de que
este prato está perdendo importância e valor no
hábito alimenta da população brasileira
(BRASIL, 2005).
A Tabela 4 mostra o consumo dos cereais
pelos pacientes diabéticos. Referente à ingestão
de alimentos deste grupo foi observado elevado
consumo, sendo que grande parte dos pacientes
de ambos os sexos ingerem diariamente arroz,
enquanto o consumo de batata e macarrão foi
semanal.
O consumo de farinha de milho foi
questionado na forma de polenta, e pode ser
verificado que todas as mulheres consomem
este alimento semanalmente em média 2,2 ±1,1
vezes. Para os pacientes do sexo masculino foi
contatado ingestão semanal de 50%, em média 2
vezes. Fato decorrente de um hábito alimentar
típico desta região, por se tratar de uma
população de origem predominantemente
italiana. Dados da prefeitura municipal da
cidade de Erechim apontam que no ano de 1926
a cidade possuía 1.500 habitantes, destes, 90%
eram descendentes de italianos. A marca da
etnia italiana é muito forte na cidade, nas áreas
econômica, política, social, cultural e religiosa
(PREFEITURA MUNICIPAL DE ERECHIM,
2009).
Tabela 4 – Frequência do consumo de cereais por pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório de
Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Arroz
Diário
3
1,0
60
2
1,0
50
Semanal
2
3,0
40
2
50
4,5 ± 2,1
Batata Inglesa
Semanal
4
1,5 ± 0,6
80
3
2,0 ± 1,0
75
Mensal
1
4,0
20
1
3,0
25
Farinha de Milho/ Polenta
Semanal
5
2,2 ± 1,1
100
2
2,0
50
Quinzenal
1
1,0
25
Mensal
1
2,0
25
Macarrão
Semanal
3
1,25 ± 0,5
80
4
1,5 ± 0,6
100
Quinzenal
1
1,0
20
Pão
Diário
5
2,4 ± 0,9
100
4
1,75 ± 0,5
100
Biscoito
Diário
3
1,67 ± 0,6
60
1
2,0
25
Benetti, F.; Ceni, G. C.
130
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
Semanal
2
2,0
40
Mensal
Semestral
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de
não apresentaram o mesmo.
Outro alimento que merece destaque é o
pão, na pesquisa realizada foi constado que
100% dos pacientes diabéticos, de ambos os
sexos, consomem pão diariamente com média
de 2,4 ±0,9 e 1,75 ±0,5 vezes/dia, para mulheres
e homens respectivamente. Para o consumo de
biscoito pode ser verificada uma ingestão maior
entre as mulheres, onde 60% das pacientes
referem consumir biscoitos diariamente em
média 1,67 ±0,6 vezes.
Pesquisas realizadas como o Estudo
Nacional de Despesa Familiar (1974/75) e as
Pesquisas de Orçamento Familiar (1987/88,
1995/96 e 2002/03), indicam que atualmente
ocorreu diminuição de 9% no consumo de
carboidratos totais (EGASHIRA, MIZIARA;
LEONI, 2008). No período de 1974 a 2003 foi
observada uma redução de 5% no consumo de
cereais
e
derivados.
Dois
alimentos
tradicionalmente consumidos pela população
sofreram decréscimo significativo: arroz (23%)
e pão francês (13%). Por outro lado pode ser
observado expressivo aumento no consumo de
biscoitos, sendo que estes são ricos em gorduras
trans, açúcar e sal, e o seu elevado consumo
pode trazer riscos para a saúde (EGASHIRA,
MIZIARA; LEONI, 2008).
1
1
1
médias sem
1,0
1,0
1,0
sequência de
25
25
25
desvio padrão
O Guia Alimentar para a População
Brasileira recomenda o consumo de alimentos
do grupo dos cereais na forma integral, pois
estes contêm maiores teores de fibras,
vitaminas, minerais e substâncias bioativas que
ajudam a proteger a saúde (BRASIL, 2005). Os
efeitos sobre a concentração de glicose no
sangue após a ingestão de alimentos contendo
carboidratos são variados resultando em rápida
ou lenta resposta glicêmica. Alguns autores
constataram que as dietas de alto índice
glicêmico apresentam menor poder de
saciedade, resultando em excessiva ingestão
alimentar, favorecendo o aumento de peso
(GUTTIERRES; ALFENAS, 2007). O último
informe da Wold Hearth Organization (WHO)
(2003), sobre a prevenção de DANT, evidencia
estudos em que os alimentos de baixo índice
glicêmico estão associados com melhor controle
da glicemia em portadores de diabetes e com a
proteção contra a obesidade.
Analisando a Tabela 5 e considerando o
consumo
de
açúcar
pelos
pacientes
entrevistados, foi constado que 100% das
mulheres e 75% dos homens relataram nunca
consumir este alimento, os mesmos afirmam
utilizar adoçantes artificiais como substitutos do
açúcar.
Tabela 5 – Frequência do consumo de açúcares, gorduras e bebidas por pacientes diabéticos
atendidos no Ambulatório de Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Açúcar
Semanal
1
3,0
25
Nunca
5
100
3
75
Bala, doce, chocolate
Semanal
1
2,0
20
2
1,5 ± 0,7
50
Quinzenal
1
1,0
20
Nunca
3
60
2
50
Refrigerantes
Semanal
3
1,67 ± 1,1
60
3
1,33 ± 0,6
75
Quinzenal
1
1,0
25
Nunca
2
40
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ISSN 1809-1636
Frituras
Semanal
Quinzenal
Mensal
Nunca
1
1
2
1
1,0
1,0
1,0
20
2
1,5 ± 0,7
20
40
1
1,0
20
1
Margarina
Diário
5
2,4 ± 0,9
100
Semanal
1
1,0
Nunca
3
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de médias sem sequência de
não apresentaram o mesmo.
Segundo afirma Sachs (2005) evidências
científicas tem mostrado que o uso de açúcar
como parte do total de carboidratos da dieta não
causa descontrole da glicemia em indivíduos
com DM1 e DM2. O açúcar produz uma
resposta glicêmica semelhante a do pão, do
arroz, da batata. Apesar das diferenças nas
respostas glicêmicas entre os alimentos sob a
perspectiva clínica, a primeira prioridade deve
ser dada à quantidade total de carboidratos
consumidos do que propriamente sua fonte. O
mesmo autor enfatiza que o uso de adoçantes
não nutritivos como: sacarina, aspartame,
acessulfame-K e sucralose, devem ser feitos
seguindo as recomendações de um nível
adequado de ingestão.
Relativo ao consumo de balas, doces e
chocolates foi verificado que uma grande
parcela dos pacientes refere nunca consumir
estes alimentos, por não possuírem o hábito. No
entanto foi constatado, que metade dos
pacientes do sexo masculino, consomem estes
alimentos semanalmente, com frequência de 1,5
±0,7 vezes.
Referente à ingestão de refrigerante, 60%
das mulheres e 75% dos homens relataram
consumo semanal. Entre os pacientes que
consomem refrigerante, todos relataram ingerir
a versão diet.
O Guia Alimentar para a População
Brasileira trás como recomendação o consumo
máximo diário de 1 porção de alimentos do
grupo dos açúcares e doce (BRASIL, 2005).
Relativo ao consumo de frituras pode ser
observado que as mulheres ingerem alimentos
nesta forma de preparação mensalmente, em
média 1 vez por mês. Para os homens foi
verificada ingestão semanal por 50% dos
Benetti, F.; Ceni, G. C.
50
25
25
25
75
desvio padrão
participantes, em média de 1,5 ±0,7 vezes. O
Guia Alimentar para a População Brasileira
recomenda que deva ser evitado o consumo de
frituras, pois o processo de cocção com muito
óleo ou fritar tornam os alimentos ricos em
gorduras e, por tanto, pouco saudáveis
(BRASIL, 2005). O uso de frituras acarreta a
absorção de uma quantidade considerável de
óleo no alimento, podendo chegar até 30% do
peso inicial (SANTOS; AQUINO 2008).
Considerando o consumo de margarina
pelos pacientes diabéticos foi constatada
elevada ingestão entre as mulheres, pois 100%
relatam consumo diário, em média 2,4 ±0,9
vezes por dia. Entre os pacientes do sexo
masculino 75% referem nunca ingerir este
alimento.
Como afirmam Santos e Aquino (2008),
existem diversos tipos de margarinas no
mercado com vários teores de gorduras. A
legislação brasileira vigente delimita apenas o
teor máximo de 95% de lipídeos totais e
diferentes
características
plasticidade
e
consistência à temperatura de refrigeração.
A Tabela 6 demonstra o consumo de frutas
pelos entrevistados. Foi verificado que a maioria
dos pacientes apresenta um consumo diário
deste alimento como recomendado pelo Guia
Alimentar para a População Brasileira, sendo
que este recomenda um consumo de 3 porções
de frutas diariamente, podendo estas serem
consumidas nos lanches e na forma de
sobremesas. Frutas são alimentos ricos em
vitaminas, minerais e fibras e devem estar
presentes diariamente nas refeições, pois
contribuem para a proteção à saúde e
diminuição do risco de ocorrência de várias
doenças (BRASIL, 2005).
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Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
Tabela 6 – Frequência do consumo de frutas por pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório de
Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Frutas
Diário
5
3 ± 0,8
100
3
2,33 ± 1,1
75
Semanal
1
4,0
25
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de médias sem sequência de desvio padrão
não apresentaram o mesmo.
Na Tabela 7 pode ser observado o consumo de vegetais pelos pacientes diabéticos, foi
constatado que todos os participantes ingerem vegetais diariamente, fato muito positivo devido
estes alimentos serem fontes de fibras, vitaminas, minerais e auxiliarem no controle da glicemia.
No Guia Alimentar para a População Brasileira é recomendado 3 porções de legumes e
verduras como parte das refeições, sendo que se deve dar preferência a alimentos da estação,
devendo atentar para a qualidade e estado de conservação (BRASIL, 2005).
Segundo Philippi, Jaime e Ferreira (2008), as frutas, verduras e legumes devem estar presentes
diariamente na dieta, pois contribuem para proteger a saúde e diminuir o risco de doenças crônicas.
Podem ser considerados alimentos de baixa densidade calórica, fornecem água, vitaminas, minerais
e fibras. O consumo inadequado de frutas, verduras e legumes é um dos cinco principais fatores
associados à carga total de doenças.
Tabela 7 – Frequência do consumo de vegetais por pacientes diabéticos atendidos no Ambulatório
de Nutrição
Mulheres
Homens
N
Nº vezes*
%
N
Nº vezes*
%
Vegetais
Diário
5
1,0
100
4
1,25 ± 0,5
100
* Informadas as médias e o desvio padrão. Resultados de médias sem sequência de desvio padrão
não apresentaram o mesmo.
Segundo Philippi, Jaime e Ferreira
(2008), as frutas, verduras e legumes devem
estar presentes diariamente na dieta, pois
contribuem para proteger a saúde e diminuir o
risco de doenças crônicas. Podem ser
considerados alimentos de baixa densidade
calórica, fornecem água, vitaminas, minerais e
fibras. O consumo inadequado de frutas,
verduras e legumes é um dos cinco principais
fatores associados à carga total de doenças
segundo a OMS.
CONCLUSÃO
A partir da análise dos questionários de
frequência alimentar, pode-se observar que os
pacientes diabéticos do sexo feminino
Vivências. Vol.6, N.9: p.124-135, Maio/2010
consomem grandes quantidades de alimentos
ricos em carboidratos, principalmente pães,
juntamente com elevado consumo de margarina.
Verificou-se maior ingestão de leite e derivados
entre as mulheres, fato que pode em tese, estar
relacionado à menopausa e ao maior cuidado
que as pacientes possuem com a alimentação,
visando à adequação na ingestão dietética de
cálcio. O consumo de feijão foi maior entre as
pacientes do sexo feminino. Relativo ao perfil
alimentar observado nos pacientes do sexo
masculino cabe ressaltar elevado consumo de
carnes e ingestão de refrigerantes dietéticos. Foi
verificado um consumo diário de frutas e
verduras relatado pelos pacientes diabéticos de
ambos os sexos, fato positivo, pois, contribui
com a ingestão de fibras da dieta e desta forma
133
Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI
ISSN 1809-1636
auxilia o controle da glicemia. De modo geral os
dados demonstram inadequação da qualidade da
dieta entre os diabéticos. Pode ser concluído que
há necessidade de se reforçar as orientações
nutricionais prescritas, bem como maiores
explicações
sobre
a
importância
das
modificações
nos
hábitos
alimentares
inadequados para o controle da patologia. O
incentivo ao consumo de uma dieta equilibrada
poderá contribuir para a melhora do estado
nutricional dos pacientes diabéticos, bem como
diminuir complicações agudas ou crônicas
associadas à doença. A educação e o
aconselhamento nutricional periódico tornam-se
indispensáveis para se alcançar maiores êxitos
no tratamento nutricional, pois podem vir a
auxiliar os pacientes diabéticos a selecionar e
implementar comportamentos desejáveis em
nutrição que levará à mudanças dos hábitos
inadequados, contribuindo para melhoria da
saúde e qualidade de vida destes pacientes.
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135
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