ética burocrática em estudos da linguagem

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Centro de Letras e Ciências Humanas
Departamento de Letras Estrangeiras Modernas
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem -UEL
Programa de Pós-Graduação em Linguística - UnB
CADERNO DE RESUMOS
LONDRINA 2014
REITORA
Profª Drª Berenice Quinzani Jordão
VICE-REITORA
Prof. Dr. Ludoviko Carnasciali dos Santos
CENTRO DE LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
DIRETORA DE CENTRO
Profª Drª Miriam Donat
VICE-DIRETOR DE CENTRO
Prof. Dr. Ariovaldo de Oliveira Santos
DEPTO DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS
CHEFE DE DEPARTAMENTO
Profª Ms. Sonia Regina Nogueira
VICE-CHEFE DE DEPARTAMENTO
Profª Drª Claudia Cristina Ferreira
COORDENADORA DO COLEGIADO
Profª Drª Michele Salles el Kadre
VICE-COORDENADORA DO COLEGIADO
Profª Ms. Fernanda Machado Brener
COORDENADORA DE ESTÁGIO
Profª Drª Simone Rinaldi
VICE-COORDENADOR DE ESTÁGIO
Prof. Ms. Jefferson Januário dos Santos
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
COORDENADOR
Prof. Dr. Núbio Delanne Ferraz Mafra
VICE-COORDENADOR
Prof. Dr. Paulo de Tarso Galembeck
COMISSÃO ORGANIZARORA
Alcione Gonçalves Campos (PPGEL-UEL)
Elaine Fernandes Mateus (PPGEL-UEL)
Elizabeth Mello (PGLA-UnB)
José Carlos Paes de Almeida Filho (PGLA-UnB)
Kleber Aparecido Silva (PPGEL-UEL)
Lilian Kemmer Chimentão (PPGEL-UEL)
Liliane Mantovani (UTFPR)
Paula Kracker Francescon (PPCAT-UEL)
Silvana Salino Lopes Ramos (PPGEL-UEL)
SUPORTE TÉCNICO
Alex Alves Egido (PPCAT-UEL)
Daine Groninger Albacete Carmona (CLCH-UEL)
COORDENAÇÃO GERAL
Simone Reis (PPGEL-UEL)
EDITORAÇÃO
Elaine Fernandes Mateus
REVISÃO
Alcione Gonçalves Campos
APOIO
Políticas e Ética, que tematizam esse espaço de intensos trabalhos e diálogos,
foi ratificada pela imediata adesão de membros da comunidade de
pesquisadores e formadores de professores das duas instituições promotoras
com projetos interessados nessa perspectiva, a Universidade Estadual de
Londrina e a Universidade de Brasília, além de docentes e pós-graduandos de
outras instituições nacionais dispostas a comparti-lhar conhecimentos,
inquietações, críticas e sugestões de ações na temática.
Caminhamos também na direção do que preconiza o Documento Guia
da chamada Área de Letras e Linguística da CAPES, visando à melhoria do
Ensino Básico brasileiro, tão carente de aportes que viabilizem uma próxima
futura política de elevação da qualidade de ensino em nossas escolas.
São objetivos do evento:
I.
APRESENTAÇÃO
E
ste primeiro FORUM DA PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE resulta do
entendimento inicial de pesquisadores voltados para questões que
têm ficado à margem de modismos teóricos de nossa época. De modo
geral, o olhar da maioria dos estudiosos tem buscado a teorização
precípua das filosofias espontâneas, de ensinar e de adquirir línguas e de
aspectos seletivos desses processos em vertentes ora formais da
pesquisa aplicada, ora ideologizadas em diversas tonalidades críticas.
Na ótica da formação de agentes (professores e aprendentes de
línguas), notamos como lacuna a pouca atenção a outros fatores cruciais
como a história do ensino de línguas no país, as políticas de ensino de línguas
(ou sua ausência no modo explícito) e a questão ainda quase intocada da ética
profissional. Trata-se de três dimensões da formação (e da sua
teorização) que podem ter peso significativo na formulação de programas de
graduação e pós vocacionados para a formação docente e a pesquisa nela
incidente que, em última instância, incrementa qualidade da profissão
docente no âmbito das línguas, tão urgente no país.
A importância de questões postas à pesquisa na esfera da História,
Criar um espaço inovador para discutir a formação de agentes
envolvidos nas práticas de ensinar e aprender línguas para um
contexto de crise como o atual;
II. transcender o plano de examinar aspectos da tradição e teóricos
pontuais para tratar da formação hoje instalada nos programas
formadores;
III. abrir espaço para análise histórica de políticas e práticas atuais
dos vários níveis e contextos de atuação da profissão docente;
IV. analisar as éticas que subjazem as práticas e políticas passadas e
presentes e formular proposições para um futuro código de Ética
Profissional;
V. registrar tarefas e caminhos derivados dos trabalhos e discussões
gerados pelas apresentações aceitas para o evento.
Agradecemos a todos os que tornaram esse espaço de troca científica
possível e esperamos que das interlocuções resultem proposições e produtos
como publicações qualificadas que possam fazer diferença no horizonte
acadêmico e profissional de que somos parte, para transformá-lo.
Comissão Organizadora
PROGRAMAÇÃO
Local
29 Setembro (segunda-feira)
16h15 – 18h15
PROBLEMATIZANDO QUESTÕES DE RAÇA EM UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORAS DE INGLÊS
MARIA EUGÊNIA SEBBA FERREIRA DE ANDRADE (IFG)
ROSANE ROCHA PESSOA (UFG)
Sala 103
ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA INGLESA EM UM CURSO DE FORMAÇÃO
CONTINUADA: NOVE DOCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE
GOIÁS
CHARLENE S. M. MENESES DE PAULA (PG/FL/UFG)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. JOANA PLAZA PINTO
COLABORAÇÃO, REFLEXÃO E CRÍTICA: TRIPÉ DE UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO DOCENTE NO ÂMBITO DO PIBID
VIVIANE PIRES VIANA SILVESTRE (UEG /CÂMPUS INHUMAS/UFG)
ORIENTADORA: ROSANE ROCHA PESSOA
ÉTICA BUROCRÁTICA EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
ALEX ALVES EGIDO (G. DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS/UEL)
SIMONE REIS (PPGEL /UEL)
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM
OLHAR PARA O PARFOR-INGLÊS
GABRIELA BALADELI BARBOZA (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM))
RAFAEL VITÓRIA ALVES (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO
Sala 104
FORMAÇÃO CONTINUADA COM VISTAS ÀS NTIC: ESPAÇOS DE
CONSTRUÇÃO COLETIVA DE CONHECIMENTO
MARIANA FURIO DA COSTA (PG/CAPES/UEL)
ORIENTADORA: ELAINE FERNANDES MATEUS
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E PERFIS DE PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA: DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA.
ELIANE PROVATE QUEIROZ MARTINS (NRE/LONDRINA)
REDES SOCIAIS: POSSIBILIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DE
PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS
LEILA TUPINAMBÁ SILVA (PROFLETRAS/ UNIMONTES)
ORIENTADORA: PROF.ª DR.ª FÁBIA MAGALI SANTOS VIEIRA
COMUNICAÇÕES E POSTERS
Local
29 Setembro (segunda-feira)
16h15 – 18h15
A INTERAÇÃO DE PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
COM TEXTOS LITERÁRIOS: EXPERIÊNCIAS DE LEITURA COM TRÊS
CONTOS DA LITERATURA BRASILEIRA
HELAINE GIRALDELI BALLA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Sala 106
Local
PONTOS E ENTREPONTOS: APONTAMENTOS CRONOLÓGICOS PARA UMA
NARRATIVA HISTÓRICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA- L1 EM
AMBIENTE ESCOLAR NO BRASIL
MARÍLIA CARVALHO BATISTA (UNB)
ORIENTADOR: JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO
LIVRO DIDÁTICO E PROVA BRASIL: INSTRUMENTOS DE LEITURA
ESCOLAR
LELIANE FOSSALUZA BASSIGA (PROFLETRAS /UEM)
Orientador(a): Profª. Drª. Aparecida de Fátima Peres
A LITERATURA NA ESCOLA: UMA ANÁLISE DE PROJETOS DE DOCÊNCIA
DESENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
LOLITA CAMPANI BERETTA (UFRGS)
LUCIENE JULIANO SIMÕES (UFRGS)
30 Setembro (terça-feira)
14h00 – 16h00
Sala 102
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE IN LOCO DE PROFESSORES
DE LÍNGUAS
HERMES TALLES DOS SANTOS (PG LINGUÍSTICA/UFSCAR E SESI-SP)
A HORA-ATIVIDADE CONCENTRADA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS: UM
ESTUDO CRÍTICO DO DISCURSO
NILCEIA BUENO DE OLIVEIRA (SEED/PR)
O PROJETO ACELERA E O ENSINO DE INGLÊS NO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO: O PAPEL DO MATERIAL DIDÁTICO NO ENSINO
ANA CECÍLIA TRINDADE REBELO (PIBID/UERJ)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. BIANCA WALSH
MUDANÇAS EDUCATIVAS PERPASSAM PELO EDUCADOR: DESAFIOS DO
COTIDIANO
ROSANA PERES (PG /UEL)
ADRIANA APARECIDA DEGAN CUARELI
PIBID LETRAS-PORTUGUÊS/UEM: UMA PROPOSTA DE AÇÃO PARA O
LETRAMENTO LITERÁRIO NO EF2
MARGARIDA DA SILVEIRA CORSI (UEM)
LILIAN CRISTINA BUZATO RITTER (UEM
DESENVOLVIMENTO DO LETRAMENTO CRÍTICO
JOSIANE KIERAS (PROFLETRAS /UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Sala 103
SENSIBILIZAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES PARA O ENSINO DA
LEITURA DE HIPERTEXTOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
VALKÍRIA SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA.DRA. HELOISA BRITO DE ALBUQUERQUE COSTA
LETRAMENTO ESCOLAR: DA ORALIDADE LETRADA À PRODUÇÃO
ESCRITA
NEIDE ALVES GONÇALVES DA SILVA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: PROFª DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Local
30 Setembro (terça-feira)
14h00 – 16h00
REFLEXÕES SOBRE A INTRODUÇÃO DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL I PÚBLICO
CHRISTIANE BATINGA AGRA (IFAL - UFAL/PPGLL/LET)
ORIENTADOR: PROF. DR. SERGIO IFA
Sala 104
IDENTIDADE DOCENTE: RACIONALIDADE TÉCNICA E EPISTEMOLOGIA DA
PRÁTICA
APARECIDA DE FATIMA PERES (UEM)
Sala 103
REFLEXÕES E INQUIETAÇÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
NOS ANOS INICIAIS
GIULIANA CASTRO BROSSI (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEG)
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO CONTINUADA
Maria Ilza ZIRONDI (UEL)
A AVALIAÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE FRANCÊS LÍNGUA
ESTRANGEIRA COM OBJETIVOS ACADÊMICO-PROFISSIONAIS
EMILI BARCELLOS MARTINS SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. TOKIKO ISHIARA
FORMAÇÃO CRÍTICA DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA COM SEIS
PROFESSORAS DE INGLÊS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E 1ª FASE DO ENSINO
FUNDAMENTAL
FLAVIANE MONTES MIRANDA LEMES (UFG)
Orientadora: Profa. Dra. Rosane Rocha Pessoa
Local
30 Setembro (terça-feira)
16h00 – 18h00
Sala 104
AS FACES QUE EMERGEM DO PNLD 2011 DE LÍNGUA ESTRANGEIRA:
SENTIDOS EM CONFLITO.
RENATO PAZOS VASQUEZ (CTUR/UFRRJ)
REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL E A HABILIDADE ESCRITA EM
LÍNGUA FRANCESA
ANA PAULA GUEDES (UEM)
A LÍNGUA INGLESA NA ATUALIDADE: CONCEPÇÕES DE ALUNOSPROFESSORES DE UM CURSO DE LETRAS
AMANDA SILVIA MARCHINI (UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
INFLUÊNCIA DAS CRENÇAS E EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE NÃO PROFESSORA DE UMA ESTUDANTE DE LETRAS
BÁRBARA COTTA PADULA (PG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADOR: ANA MARIA FERREIRA BARCELOS
OS VALORES DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA EDUCAÇÃO
DEMOCRÁTICA: REFLEXÃO SOBRE A FORMAÇÃO DO DOCENTE DE
LÍNGUAS
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
ORIENTADORA: NILDICÉIA APARECIDA ROCHA
"NÃO É O QUE ELES QUEREM"
VIVIANE DARC SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
MARGARETT ROSA. SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADORA: HILDA S. COELHO
AULAS DE CONVERSAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA: LÓCUS DE VIVÊNCIA E
EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE DE FUTUROS PROFESSORES
LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
JOSIMAYRE NOVELLI CORADIM (UEM)
Sala 102
A IDENTIDADE DOCENTE E O CURSO DE MESTRADO: REPRESENTAÇÕES
DE ALUNOS EGRESSOS
DÉBORAH CAROLINE CARDOSO PEREIRA RORRATO (UEL)
O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA CRIANÇA – A APRENDIZAGEM
DE UMA SEGUNDA LÍNGUA SOB A PERSPECTIVA NEUROLÓGICA
AMANDA DA SILVA COSTA FELIX (UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/RJ)
POSTERS
Corredor
Central
BLOG: DINAMIZANDO O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
JARDEL COUTINHO DOS SANTOS
JULIANO DE FREITAS SANTOS OLIVEIRA
O ENFOQUE POR TAREFAS NA FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO DE
PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
Monique Carbone CINTRA (PG/UNESP/Araraquara)
SUMÁRIO
MESA 1 – HISTÓRIA: ENSINO DE LÍNGUAS, EDUCAÇÃO FORMAL, CONDIÇÕES LABORAIS E
REPRESENTAÇÃO
LIÇÕES DA HISTÓRIA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS E FORMAÇÃO DE
PROFESSORES...........................................................................................................................
JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO (UNB)
ABORDAGENS DE ENSINO, O PROFESSOR E A SALA DE AULA: REFLEXOS NO
MATERIAL DIDÁTICO ............................................................................................................
MARIA APARECIDA CALTABIANO (PUC-SP)
PNLD E PROFESSORES DE LÍNGUAS: UM RESGATE HISTÓRICO ...............................
JULIANA ORSINI DA SILVA (PPGEL – UEL)
PROFISSÃO DOCENTE PELA LENTE HISTÓRICA DE UMA ENTIDADE DE
CLASSE ........................................................................................................................................
ALCIONE GONÇALVES CAMPOS (PPGEL - UEL)
MESA 2:POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS: PERSPECTIVAS EM DIFERENTES NÍVEIS
E CONTEXTOS
PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA/ADICIONAL PARA CRIANÇAS:
ATORES DE ESPAÇOS VAZIOS?............................................................................................
JULIANA REICHERT ASSUNÇÃO TONELLI (UEL)
SOBRE CONFORMIDADE E CRÍTICA: DISCUTINDO AS MUDANÇAS NO
CURRÍCULO E NA FORMAÇÃO DOCENTE .........................................................................
WALKYRIA MONTE MÓR (USP)
A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS EM
CONTEXTO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: ROTAS, RUMOS, CONTORNOS E
PERSPECTIVAS .........................................................................................................................
KLEBER APARECIDO DA SILVA
FORMAÇÃO CONTINUADA X PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DE PROFESSORES: POR AÇÕES QUE FAÇAM SENTIDO E
ATENDAM INTERESSES MÚLTIPLOS ..............................................................................
LAURA MICCOLI
MESA 3: EDUCAÇÃO PARA PESQUISA: TRADIÇÃO E (DES)CONTINUIDADES
REPENSANDO UMA INICIATIVA LOCAL DE EDUCAÇÃO PARA PESQUISA:
TRADIÇÃO E (DES)CONTINUIDADES NA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS ............................................................................
TATIANA HELENA CARVALHO RIOS FERREIRA
PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: DESAFIOS AQUI E AO LADO .................................
NÚBIO DELANNE FERRAZ MAFRA (UEL)
PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, NÚCLEOS DE PESQUISA E ATIVIDADES
DE PÓS-GRADUAÇÃO COMO ALTERNATIVAS VIÁVEIS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS E
LITERÁRIOS ............................................................................................................................
VIVIANE M. HEBERLE (UFSC / CNPQ)
MESA 4: CERTIFICAÇÃO: PROFICIÊNCIA LINGUÍSTICA E PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE ESPANHOL: CELU (CERTIFICADO DE
ESPAÑOL: LENGUA Y USO) E DELE (DIPLOMAS DE ESPAÑOL COMO LENGUA
EXTRANJERA) ........................................................................................................................
VALDIRENE ZORZO-VELOSO (UEL)
O EXAME CELPE-BRAS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS
PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS ........................................................................
VIVIANE BAGIO FURTOSO (UEL)
REFLEXÕES SOBRE REFERENCIAIS PARA AVALIAÇÃO DOCENTE NO BRASIL E
NO EXTERIOR ...........................................................................................................................
GLADYS QUEVEDO-CAMARGO (UNB)
CERTIFICAÇÃO NAS LICENCIATURAS EM LÍNGUA INGLESA: VALIDADE E
PERFIL LINGUÍSTICO DO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA .........................
DOUGLAS ALTAMIRO CONSOLO (UNESP – SÃO JOSÉ DO RIO PRETO)
MESA 5: ÉTICA: PRINCÍPIOS PARA PESQUISA E DOCÊNCIA
"PORQUE GADO A GENTE MARCA, TANGE, FERRA, ENGORDA E MATA, MAS
COM GENTE É DIFERENTE”: DA ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS ...
OTÁVIO GOES DE ANDRADE (UEL)
ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA E ÉTICA COMO DETERMINANTES
METODOLÓGICOS EM ESTUDOS DA LINGUAGEM ........................................................
SIMONE REIS (UEL)
SUBSÍDIOS PARA A CRIAÇÃO DE UM CÓDIGO DE ÉTICA PARA A PROFISSÃO
DE ENSINAR LÍNGUAS ............................................................................................................
ELIZABETH MELLO (PPGLA - UNB)
COMUNICAÇÕES
PROBLEMATIZANDO QUESTÕES DE RAÇA EM UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORAS DE INGLÊS .........................................
MARIA EUGÊNIA SEBBA FERREIRA DE ANDRADE (IFG)
ROSANE ROCHA PESSOA (UFG)
ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA INGLESA EM UM CURSO DE FORMAÇÃO
CONTINUADA: NOVE DOCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE
GOIÁS ...........................................................................................................................................
CHARLENE S. M. MENESES DE PAULA (PG/FL/UFG)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. JOANA PLAZA PINTO
COLABORAÇÃO, REFLEXÃO E CRÍTICA: TRIPÉ DE UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO DOCENTE NO ÂMBITO DO PIBID .............................................................
VIVIANE PIRES VIANA SILVESTRE (UEG /CÂMPUS INHUMAS/UFG)
ORIENTADORA: ROSANE ROCHA PESSOA
ÉTICA BUROCRÁTICA EM ESTUDOS DA LINGUAGEM...............................................
ALEX ALVES EGIDO (G. DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS/UEL)
SIMONE REIS (PPGEL/UEL)
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM
OLHAR PARA O PARFOR-INGLÊS ....................................................................................
GABRIELA BALADELI BARBOZA (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM)
RAFAEL VITÓRIA ALVES (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO
FORMAÇÃO CONTINUADA COM VISTAS ÀS NTIC: ESPAÇOS DE CONSTRUÇÃO
COLETIVA DE CONHECIMENTO........................................................................................
MARIANA FURIO DA COSTA (PG/CAPES/UEL)
ORIENTADORA: ELAINE FERNANDES MATEUS
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E PERFIS DE PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA: DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA.........................................
ELIANE PROVATE QUEIROZ MARTINS (NRE /LONDRINA)
REDES SOCIAIS: POSSIBILIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS
ARGUMENTATIVAS ..............................................................................................................
LEILA TUPINAMBÁ SILVA (PROFLETRAS /UNIMONTES)
ORIENTADORA: PROFª DRª FÁBIA MAGALI SANTOS VIEIRA
A INTERAÇÃO DE PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL COM
TEXTOS LITERÁRIOS: EXPERIÊNCIAS DE LEITURA COM TRÊS CONTOS DA
LITERATURA BRASILEIRA .................................................................................................
HELAINE GIRALDELI BALLA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
LIVRO DIDÁTICO E PROVA BRASIL: INSTRUMENTOS DE LEITURA ESCOLAR ...
LELIANE FOSSALUZA BASSIGA (PROFLETRAS /UEM)
ORIENTADOR(A): PROFª DRª APARECIDA DE FÁTIMA PERES
DESENVOLVIMENTO DO LETRAMENTO CRÍTICO......................................................
JOSIANE KIERAS (PROFLETRAS /UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
A LITERATURA NA ESCOLA: UMA ANÁLISE DE PROJETOS DE DOCÊNCIA
DESENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES..................................
LOLITA CAMPANI BERETTA (UFRGS)
LUCIENE JULIANO SIMÕES (UFRGS)
SENSIBILIZAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES PARA O ENSINO DA LEITURA
DE HIPERTEXTOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................
VALKÍRIA SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA.DRA. HELOISA BRITO DE ALBUQUERQUE COSTA
O PROJETO ACELERA E O ENSINO DE INGLÊS NO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO: O PAPEL DO MATERIAL DIDÁTICO NO ENSINO.........................................
ANA CECÍLIA TRINDADE REBELO (PIBID/UERJ)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. BIANCA WALSH
LETRAMENTO ESCOLAR: DA ORALIDADE LETRADA À PRODUÇÃO ESCRITA .
NEIDE ALVES GONÇALVES DA SILVA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: PROFª DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
PONTOS E ENTREPONTOS: APONTAMENTOS CRONOLÓGICOS PARA UMA
NARRATIVA HISTÓRICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA- L1 EM
AMBIENTE ESCOLAR NO BRASIL .......................................................................................
MARÍLIA CARVALHO BATISTA (UNB)
ORIENTADOR: JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE IN LOCO DE PROFESSORES
DE LÍNGUAS ...............................................................................................................................
HERMES TALLES DOS SANTOS (PG LINGUÍSTICA/UFSCAR E SESI-SP)
A HORA-ATIVIDADE CONCENTRADA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS: UM
ESTUDO CRÍTICO DO DISCURSO ........................................................................................
NILCEIA BUENO DE OLIVEIRA (SEED/PR)
MUDANÇAS EDUCATIVAS PERPASSAM PELO EDUCADOR: DESAFIOS DO
COTIDIANO ................................................................................................................................
ROSANA PERES (PG /UEL)
ADRIANA APARECIDA DEGAN CUARELI
PIBID LETRAS-PORTUGUÊS/UEM: UMA PROPOSTA DE AÇÃO PARA O
LETRAMENTO LITERÁRIO NO EF2 ....................................................................................
MARGARIDA DA SILVEIRA CORSI (UEM)
LILIAN CRISTINA BUZATO RITTER (UEM)
REFLEXÕES SOBRE A INTRODUÇÃO DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL I PÚBLICO ................................................................................................
CHRISTIANE BATINGA AGRA (IFAL - UFAL/PPGLL/LET)
ORIENTADOR: PROF. DR. SERGIO IFA
REFLEXÕES E INQUIETAÇÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS
ANOS INICIAIS ........................................................................................................................
GIULIANA CASTRO BROSSI (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEG)
FORMAÇÃO CRÍTICA DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA COM SEIS PROFESSORAS
DE INGLÊS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E 1ª FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL ..
FLAVIANE MONTES MIRANDA LEMES (UFG)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ROSANE ROCHA PESSOA
AULAS DE CONVERSAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA: LÓCUS DE VIVÊNCIA E
EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE DE FUTUROS PROFESSORES ...................
LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
JOSIMAYRE NOVELLI CORADIM (UEM)
REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL E A HABILIDADE ESCRITA EM
LÍNGUA FRANCESA ...............................................................................................................
ANA PAULA GUEDES (UEM)
A LÍNGUA INGLESA NA ATUALIDADE: CONCEPÇÕES DE ALUNOSPROFESSORES DE UM CURSO DE LETRAS....................................................................
AMANDA SILVIA MARCHINI (UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
INFLUÊNCIA DAS CRENÇAS E EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE NÃO PROFESSORA DE UMA ESTUDANTE DE LETRAS ...............
BÁRBARA COTTA PADULA (PG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADOR: ANA MARIA FERREIRA BARCELOS
IDENTIDADE DOCENTE: RACIONALIDADE TÉCNICA E EPISTEMOLOGIA DA
PRÁTICA .....................................................................................................................................
APARECIDA DE FATIMA PERES (UEM)
A IDENTIDADE DOCENTE E O CURSO DE MESTRADO: REPRESENTAÇÕES DE
ALUNOS EGRESSOS .................................................................................................................
DÉBORAH CAROLINE CARDOSO PEREIRA RORRATO (UEL)
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO CONTINUADA .......................
MARIA ILZA ZIRONDI (UEL)
A AVALIAÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE FRANCÊS LÍNGUA
ESTRANGEIRA COM OBJETIVOS ACADÊMICO-PROFISSIONAIS ...............................
EMILI BARCELLOS MARTINS SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. TOKIKO ISHIARA
OS VALORES DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA EDUCAÇÃO
DEMOCRÁTICA: REFLEXÃO SOBRE A FORMAÇÃO DO DOCENTE DE LÍNGUAS ..
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
ORIENTADORA: NILDICÉIA APARECIDA ROCHA
"NÃO É O QUE ELES QUEREM".............................................................................................
VIVIANE DARC SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
MARGARETT ROSA. SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADORA: HILDA S. COELHO
AS FACES QUE EMERGEM DO PNLD 2011 DE LÍNGUA ESTRANGEIRA:
SENTIDOS EM CONFLITO .....................................................................................................
RENATO PAZOS VASQUEZ (CTUR/UFRRJ)
O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA CRIANÇA – A APRENDIZAGEM DE
UMA SEGUNDA LÍNGUA SOB A PERSPECTIVA NEUROLÓGICA ..............................
AMANDA DA SILVA COSTA FELIX (UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/RJ)
BLOG: DINAMIZANDO O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA ............................................
JARDEL COUTINHO DOS SANTOS
JULIANO DE FREITAS SANTOS OLIVEIRA
O ENFOQUE POR TAREFAS NA FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO DE PROFESSORES
DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE) .......................................................................................
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
MONIQUE CARBONE CINTRA (PG/UNESP/ARARAQUARA)
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 1: HISTÓRIA
Ensino de Línguas, educação formal, condições laborais e representação
LIÇÕES DA HISTÓRIA PARA O ENSINO DE LÍNGUAS E FORMAÇÃO DE
PROFESSORES
ABORDAGENS DE ENSINO, O PROFESSOR E A SALA DE AULA: REFLEXOS
NO MATERIAL DIDÁTICO
JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO
Universidade de Brasília (UnB)
[email protected]
MARIA APARECIDA CALTABIANO
Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP)
[email protected]
O estudo científico mediado por pesquisas da História do Ensino de Línguas
no Brasil traz fortes contribuições para a formação de professores e
aprendentes no país num momento de forte crise no Ensino de Línguas e na
Formação de Professores, ambos voltados para contextos escolares.
Pesquisas na área da educação e formação de professores indicam as
mudanças que têm ocorrido em relação à profissão, ao papel do professor e ao
próprio espaço físico da sala de aula. Como as mudanças das metodologias de
ensino – métodos (e pós-método) - se refletem em materiais didáticos? Todos
nós sabemos da importância de voltar ao passado para melhor entender o
presente e de conhecer o que acontece na nossa área de atuação para estar
mais bem preparados para poder transformá-la. Em nossa exposição será
apresentado um breve panorama das abordagens de ensino e como elas se
refletem em materiais didáticos, incluindo a imagem da sala de aula e a do
professor, nas várias épocas.
O Prof. Almeida Filho apresentará um trabalho denominado Lições da História
para o Ensino de Línguas e Formação de Professores. Nesse trabalho,
encaminham-se argumentos para a pesquisa histórica, resenha-se o
conhecimento recente vindo da pesquisa e exploram-se algumas iniciativas
como cursos e ferramentas postos em prática recentemente para fortalecer a
História do Ensino de Línguas no país.
7
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 1: HISTÓRIA
Ensino de Línguas, educação formal, condições laborais e representação
PNLD E PROFESSORES DE LÍNGUAS: UM RESGATE HISTÓRICO
JULIANA ORSINI DA SILVA
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
[email protected]
O livro didático apresenta-se, ao longo da história, como instrumento de
relevância, assumindo grande papel no cenário educacional. Desde a sua
inserção no âmbito escolar, foram criados órgãos específicos para legislar
sobre políticas relativas a esse material. Dentre eles, está o PNLD, por meio do
qual, a partir de 2011, o Ministério da Educação passou a subordinar a seleção
e o envio de livros didáticos de inglês inscritos no Programa. Os livros foram
submetidos a uma avaliação prévia e enviados aos professores, a fim de que
escolhessem com qual material desejariam trabalhar, caracterizando-se como
marco histórico no ensino-aprendizagem de línguas no país. Diante desse
cenário, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar discussões sobre
questões relativas ao percurso histórico da criação de programas
governamentais com o intuito de gerir a avaliação, a seleção e o envio de
livros didáticos às escolas públicas brasileiras, entrando em foco o PNLD,
especificamente, o de língua estrangeira e o papel do professor diante de tal
política que visou ao descentramento e à autonomia profissional.
PROFISSÃO DOCENTE PELA LENTE HISTÓRICA DE UMA ENTIDADE DE
CLASSE
ALCIONE GONÇALVES CAMPOS
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
[email protected]
Atualmente vivenciamos uma problemática social que diz respeito ao status e
valorização da profissão docente. Alguns estudos recentes abordam essa
temática e indicam que a profissão sofre descrédito. Diante dessa
problemática e indagação acerca do papel das associações de classe nesse
contexto, proponho uma discussão acerca da profissão embasada na trajetória
histórica de uma associação profissional docente e os papeis por ela
desempenhados ao longo dessa trajetória. A partir de documentosmonumentos relativos à associação e entrevistas com membros de diretorias
anteriores e atual, analisados sob a perspectiva foucaultiana de discurso e
pesquisa histórica, é possível recompor o percurso existencial da organização,
desde seu nascimento (surgimento) aos dias atuais, enfocando fenômenos de
continuidade, ruptura, dissipação e transformação e, assim, analisar os papeis
da organização ao longo de sua existência e construir crítica social educativa,
profissional, com vistas ao fortalecimento da organização e,
consequentemente, dos profissionais que ela representa.
8
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 2: POLÍTICAS
Políticas públicas educacionais: perspectivas em diferentes níveis e contextos
PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA/ADICIONAL PARA CRIANÇAS:
ATORES DE ESPAÇOS VAZIOS?
JULIANA REICHERT ASSUNÇÃO TONELLI
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
[email protected]
O aumento expressivo do número de crianças aprendendo uma língua
estrangeira (LE)/ adicional (LA) nos anos iniciais de escolarização (Educação
Infantil e Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental) em contextos públicos e/ou
privados indica a urgência de considerarmos os aspectos históricos, políticos e
éticos subjacentes à esta realidade. Do ponto de vista histórico, pode-se
considerar a tendência mundial pela internacionalização da economia e o
aumento da competitividade em escala mundial. Somado a estes fatores, está a
crença de que quanto mais cedo se aprende uma LE/LA, melhor. Decorrente
desse quadro, algumas iniciativas políticas surgem em resposta às demandas
da globalização econômica que tem forçado países a propor projetos para o
aprendizado de uma LE, em especial de inglês, como forma de demonstrar
qualificação de sua força de trabalho. Outro fator importante é a pressão dos
pais que esperam ver seus filhos se beneficiando social e economicamente ao
competirem em vantagem no mercado de trabalho. Em contrapartida, a
ausência de políticas educacionais que orientem tanto o ensino quanto a
formação de professores de LE/ LA para crianças instauram uma situação de
“clandestinidade”, tornando estes profissionais atores de espaços vazios,
podendo sugerir a ausência de ética nesta atividade docente. Considerando o
fato de que nem os cursos de Pedagogia, nem os cursos de Letras formam
professores de LE/LA para atuarem nas séries iniciais, espaços se abrem para
que a comunidade acadêmica atue como autora de políticas de práticas
educacionais para o ensino de LE/LA para crianças. Partindo destes
pressupostos, nesta fala, trago reflexões sobre a influência dos processos
históricos nas políticas de ensino e de formação de professores de LE/LA nas
séries iniciais e como, questões éticas se interpõem no contexto em tela.
SOBRE CONFORMIDADE E CRÍTICA: DISCUTINDO AS MUDANÇAS NO
CURRÍCULO E NA FORMAÇÃO DOCENTE
WALKYRIA MONTE MÓR
Universidade de São Paulo (USP)
[email protected]
Contextualizando-se na história das ideias pedagógicas brasileiras (SAVIANI
2006), a comunicação focalizará a pertinência de uma política de ensino de
línguas em escolas públicas, em consonância com um programa de formação
docente, construindo reflexões e argumentos orientados pelas teorias de
letramentos. Para tal, refere-se aos estudos linguístico-educacionais de
Kubota (2004) para quem o aprendizado de línguas, numa perspectiva crítica,
pode desenvolver visões e vozes que ampliam possibilidades de pensar e se
comunicar em ações linguísticas. Acrescentam-se a esses estudos as
considerações de Luke, Woods e Weir (2013) a favor do ‘profissionalismo
adaptativo’ na preparação docente, o qual prevê o desenvolvimento de
agência como um dos fatores relevantes para a prática de educação crítica. A
comunicação, portanto, retoma e atualiza o debate sobre as mudanças no
ensino de línguas no contexto da educação básica brasileira.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 2: POLÍTICAS
Políticas públicas educacionais: perspectivas em diferentes níveis e contextos
A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS EM
CONTEXTO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: ROTAS, RUMOS, CONTORNOS E
PERSPECTIVAS
KLEBER APARECIDO DA SILVA
Universidade de Brasília (UnB)
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
[email protected]
FORMAÇÃO CONTINUADA X PROGRAMAS PARA O DESENVOLVIMENTO
PROFISSIONAL DE PROFESSORES: POR AÇÕES QUE FAÇAM SENTIDO E
ATENDAM INTERESSES MÚLTIPLOS
No âmago de uma sociedade dita globalizada, onde o contato com diferentes
culturas e línguas cada vez mais se intensifica através dos meios de
comunicação e das novas tecnologias, entre outros, a aprendizagem de pelo
menos uma nova língua assume um papel fundamental. Levando-se em
consideração esta premissa, a presente conferência visa a apresentar e discutir
resultados de estudos empíricos voltados ao ensino-aprendizagem, mas
especialmente na formação de professores de línguas estrangeiras (LE), com
vistas à reflexão sobre as diversas materialidades do processo nesse contexto e
com foco na (trans)formação cidadã. Ao ser (re)conhecida como um dos
importantes letramentos para o engajamento social e discursivo do cidadão no
mundo atual, densamente multissemiotizado e marcado pela pluralidade
cultural e identitária, a língua estrangeira revela-se, ao lado de muitos outros,
um elemento central na formação para a cidadania crítica. Nessa perspectiva,
são muitos e variados os fatores que merecem atenção, visando a um ensino de
língua estrangeira efetivo, crítico e compatível com as características da
sociedade contemporânea, no que diz respeito ao modo como hoje ocorrem as
relações humanas por meio da linguagem, em suas múltiplas formas ou
semioses. Nesse contexto, orientando-se principalmente por uma visão
enunciativa de linguagem (BAKHTIN, 2004 [1929]; 2003 [1953]) e sóciointeracional de aprendizagem (VYGOTSKY, 1978), o principal objetivo desta
conferência é apresentar e discutir elementos para identificação de rotas,
rumos, contornos e perspectivas futuras para a área, a partir de uma política
propositiva pautada no ensino-aprendizagem e para a formação de professores
de LE em contexto de internacionalização. Acredito que a perspectiva filosófica
a ser defendida nesta conferência colaborará para uma ação positiva rumo a um
processo educativo e formativo mais informado, significativo e emancipatório
(SILVA e ARAGÃO, 2013; ROJO, 2013; FREIRE, 2004).
Nesta mesa redonda, nossa contribuiçã o partirá das lacunas na formaçã o
inicial documentadas na literatura (SILVA; ARAGÃ O, 2013) e das conhecidas
iniciativas de formaçã o continuada (CELANI; COLLINS, 2009; BARCELOS;
COELHO, 2010; DUTRA; MELLO, 2013), para argumentar a favor de uma nova
maneira aprimorar o trabalho realizado por professores de línguas
estrangeiras em salas de aula. Focalizará , assim, a diferença entre formaçã o
continuada e programas para o desenvolvimento profissional de professores
de línguas em suas escolas, iniciativa ancorada nos princípios de coaching
instrucional (CUNHA 2014). Defenderemos a importâ ncia de criar uma
cultura institucional a favor do profissionalismo do professor, por meio de
programas específicos que atendam à s necessidades das instituiçõ es, seus
professores e, em ú ltima instâ ncia, dos alunos, com vistas a transformar o
ensino e da aprendizagem de línguas em mais que apenas “uma histó ria de faz
de conta, encenada por professores invisíveis” (ASSIS-PETERSON; COX, 2007,
p. 10), nas escolas de ensino fundamental e mé dio. Apresentaremos
programas, cujos resultados bem sucedidos sustentam nossos argumentos.
LAURA MICCOLI
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
[email protected]
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 3: EDUCAÇÃO PARA PESQUISA
Tradição e (des)continuidades
REPENSANDO UMA INICIATIVA LOCAL DE EDUCAÇÃO PARA PESQUISA:
TRADIÇÃO E (DES)CONTINUIDADES NA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
EM ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
TATIANA HELENA CARVALHO RIOS FERREIRA
[email protected]
Conforme Kumaravadivelu (2013), o século XXI inquestionavelmente
demanda que o cidadão educado seja também um cidadão global. A língua é
um instrumento imprescindível nesse processo, uma vez que encerra em si
imagens globais e fluxos globais. Nesse sentido, a oferta de cursos de pósgraduação Lato sensu, realizados por profissionais de línguas estrangeiras em
serviço, tem papel preponderante na promoção da cultura do
desenvolvimento profissional contínuo, com vistas ao desenvolvimento de
melhores práticas profissionais e de habilidades exploratórias, necessárias
para se conduzirem pesquisas situadas localmente e orientadas para a sala de
aula. Como é sabido, muitas vezes, em nome de uma globalização educacional,
ou de uma comparação internacional, criam-se políticas que impõem
melhores práticas produzidas em um centro, sem um cuidado com sua
adequação às condições locais de ensino e aprendizagem. Assim sendo, por
meio de uma educação para a pesquisa contínua e democrática é possível
fortalecer e potencializar a voz dos professores locais e aperfeiçoar sua visão
de trabalho, a fim de que eles próprios busquem suas melhores práticas, de
acordo com seu contexto de trabalho, ao invés, simplesmente, de aceitarem as
melhores práticas produzidas por outrem.
PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: DESAFIOS AQUI E AO LADO
NÚBIO DELANNE FERRAZ MAFRA
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (UEL)
[email protected]
São indiscutíveis os avanços da pesquisa e da pós-graduação no país nos
últimos 20 anos. Foram avanços necessários que contribuíram para a
instauração de novos cenários e práticas em combalidas culturas acadêmicas.
Atualmente, todavia, alguns balanços deste percurso se fazem necessários,
refletindo exatamente sobre os lugares e fazeres da pesquisa e da pósgraduação em complexos tempos das relações sociais e das linguagens que
permeiam este universo. Sem deixarmos de olhar para o “além”, que reflexões
e compromissos temos desenvolvidos com a nossa realidade, com o nosso
“aqui”? Em que dimensão a necessidade de consolidação dos nossos campos
de conhecimento tem dificultado o estabelecimento de diálogos
interdisciplinares, “ao lado”, nublando a construção dos objetos de pesquisa?
Gostaria, portanto, de tratar destas duas questões em minha apresentação,
por entendê-las como inadiáveis agendas a serem desenvolvidas no campo da
pesquisa e da pós-graduação.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 3: EDUCAÇÃO PARA PESQUISA
Tradição e (des)continuidades
PROJETOS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, NÚCLEOS DE PESQUISA E
ATIVIDADES DE PÓS-GRADUAÇÃO COMO ALTERNATIVAS VIÁVEIS PARA
O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS EM ESTUDOS LINGUÍSTICOS E
LITERÁRIOS
VIVIANE M. HEBERLE (CNPQ)
Programa de Pós-Graduação em Inglês
Universidade Federal de Santa Catarina
[email protected]
Neste trabalho, focalizo questões relacionadas ao desenvolvimento de
pesquisas em estudos linguísticos ou literários, concentrando-me numa breve
análise de possibilidades de atuação de jovens pesquisadores e seu
envolvimento em projetos de iniciação científica e de docência,
principalmente PIBIC e PIBID, bem como em núcleos de pesquisa e em
eventos de programas de pós-graduação como possíveis arenas para sua
formação acadêmica. Entre outras questões, refiro-me aos estudos realizados
no âmbito do NUPDiscurso (Núcleo de Pesquisa em Texto, Discurso e Práticas
Sociais), a partir dos enfoques teórico-metodológicos fundamentados numa
perspectiva da linguagem como semiótica social via Halliday (1985;
HALLIDAY; MATHIESSEN 2004; 2014), aliada a estudos críticos do discurso,
principalmente via análise crítica do discurso conforme proposto por
Fairclough (1989; 2003; 2010) e também estudos em multimodalidade via
Kress e van Leeuwen (1996; 2001; 2006). Espero poder contribuir para um
debate mais amplo em relação à formação de pesquisadores na nossa área de
Linguística e Letras na contemporaneidade.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 4: CERTIFICAÇÃO
Proficiência linguística e profissionalização docente
CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE ESPANHOL: CELU (CERTIFICADO DE
ESPAÑOL: LENGUA Y USO) E DELE (DIPLOMAS DE ESPAÑOL COMO
LENGUA EXTRANJERA)
VALDIRENE ZORZO-VELOSO
Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
Em língua espanhola, temos dois exames de proficiência com certificação
internacional: CELU (Certificado de Español: Lengua y Uso) e DELE (Diplomas de
Español como Lengua Extranjera). Ambos comprovam a capacidade linguística dos
falantes de outras línguas para atuar em situações cotidianas, laborais ou
acadêmicas. Entretanto, as perspectivas teóricas que subjazem a organização de
cada um desse exames apresentam diferenças que devem ser consideradas pelos
candidatos no momento de sua escolha. O Laboratório de Línguas/LEM/CLCH/UEL
é centro aplicador do DELE, organizado pelo Instituto Cervantes, e está em
negociação para sediar o CELU.
O EXAME CELPE-BRAS E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PORTUGUÊS
PARA FALANTES DE OUTRAS LÍNGUAS
VIVIANE BAGIO FURTOSO
Universidade Estadual de Londrina
[email protected]
O Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras) é
desenvolvido e outorgado pelo Ministério da Educação (MEC) do Brasil, aplicado no
Brasil e em outros países com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE). O
Celpe-Bras é o único certificado de proficiência em português como língua estrangeira
reconhecido oficialmente pelo governo brasileiro. Internacionalmente, é aceito em
empresas e instituições de ensino como comprovação de proficiência na língua
portuguesa e, no Brasil, exigido pelas universidades para ingresso em cursos de
graduação e em programas de pós-graduação, bem como para a validação de diplomas
de profissionais estrangeiros que pretendem trabalhar no país, a exemplo do Conselho
Federal de Medicina (CFM), que exige esse certificado dos médicos estrangeiros para
inscrição nos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). O Exame é aplicado no Brasil e
no exterior, duas vezes ao ano desde 2002. A primeira aplicação do Exame, em 1998,
contou com a participação de 127 examinandos. Desde então, o número de
examinandos aumentou a cada ano, chegando a quase 8.000 examinandos no ano de
2013. Esse crescimento de interesse pela comprovação de proficiência em língua
portuguesa pelos estrangeiros tem levado a uma demanda também crescente de
profissionais com formação cada vez mais especializada para o ensino de Português
para Falantes de Outras Línguas (PFOL). Por ser um Exame bastante inovador na
proposta de tarefas que contemplam uma concepção de língua em uso, o Exame tem
tido impacto significativo na profissionalização da área. Para ter um efeito retroativo
positivo, exames externos precisam necessariamente provocar reflexões do professor
sobre seu próprio desenvolvimento profissional. Consideramos aqui como efeito
retroativo o impacto que testes ou exames externos de proficiência, no caso específico
de língua estrangeira, exercem sobre os agentes envolvidos no contexto educacional,
incluindo o professor, reconhecendo a relação intrínseca entre ensino, aprendizagem e
avaliação. Assim, partindo do foco da mesa aqui proposta, esta apresentação tem como
objetivo abordar questões relativas ao entrelaçamento de história, políticas e ética do
Exame Celpe-Bras desde sua instituição no Brasil, tecendo considerações sobre seu
impacto na formação de professores de PFOL e na profissionalização da área.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 4: CERTIFICAÇÃO
Proficiência linguística e profissionalização docente
REFLEXÕES SOBRE REFERENCIAIS PARA AVALIAÇÃO DOCENTE NO
BRASIL E NO EXTERIOR
GLADYS QUEVEDO-CAMARGO
Universidade de Brasília (UnB)
[email protected]
A profissionalização é um processo que envolve a aquisição dos
conhecimentos, das características e das capacidades específicas de uma
profissão. O futuro professor de língua inglesa, ao ingressar em um curso de
Letras para iniciar sua formação, passa a ter contato com conhecimentos que
representam o que já foi produzido historicamente e o que há de mais atual
nas disciplinas do curso. Parte de sua profissionalização consiste em
estabelecer conexões entre os conceitos adquiridos e seus próprios conceitos
sobre língua e linguagem, aprendizagem e ensino de línguas (JOHNSON,
2009). No entanto, o processo de profissionalização não se restringe à
formação inicial, mas engloba a socialização durante toda a prática
profissional, incluindo o engajamento na luta pela dignidade profissional, pelo
status social da profissão, por boas condições de trabalho e remuneração
digna (MATEUS, 2005). Diante da complexidade desse processo,
pesquisadores como Cochram-Smith (2001) defendem o desenvolvimento de
padrões como parte central do movimento de profissionalização docente, pois
eles significam o estabelecimento de definições públicas de eficácia, critérios
de desempenho e objetivos tanto para a aprendizagem profissional inicial
quanto para a continuada que, em última instância, podem se constituir em
referenciais para avaliação docente. Nesta apresentação, discutirei
brevemente os construtos subjacentes a sete grupos de referenciais para
avaliação docente elaborados por instituições da Inglaterra, da Austrália e dos
Estados Unidos. A partir desse panorama, estabelecerei algumas relações com
os construtos de documentos brasileiros, como as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Letras e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, procurando suscitar reflexões a
respeito desses padrões nacionais e internacionais para a profissionalização, a
avaliação e a certificação do docente de língua inglesa no Brasil.
CERTIFICAÇÃO NAS LICENCIATURAS EM LÍNGUA INGLESA: VALIDADE E
PERFIL LINGUÍSTICO DO PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
DOUGLAS ALTAMIRO CONSOLO
UNESP – São José do Rio Preto
[email protected]
A certificação nos cursos de licenciatura em língua estrangeira (LE), seja em
cursos de licenciatura única, seja em cursos de licenciatura dupla – estas em
português e em uma LE, representa, no contexto de formação docente no
Brasil, e para uma parcela significativa dos licenciandos, uma etapa de
formação pré-serviço na qual se oferecem conteúdos que favoreçam a o
desenvolvimento de competências do professor. O sucesso do exercício da
docência em língua estrangeira depende, em diversos aspectos, de uma
experiência bem sucedida nessas licenciaturas, e esse sucesso na formação
desses professores justifica uma certificação válida, como resultado de um
processo de educação para a profissionalização. Uma certificação que
comprova, com base em currículos que atendam, dentre as necessidades dessa
educação do professor, uma formação por meio da qual os licenciados
desenvolveram as competências necessárias e atingiram níveis de proficiência
linguística desejados para professores de LE no cenário escolar brasileiro.
Embora se possa também pensar em certificações de proficiência linguística
obtidas por meio de exames e testes – alguns deles internacionalmente
consagrados – em LE, a validade de toda e qualquer certificação depende de
um alinhamento entre experiências de aprendizagem e de uso da LE, bem
como de critérios e bons instrumentos de avaliação da proficiência do
professor. Embasado nesses pressupostos discuto, nesta apresentação, o
papel de critérios e instrumentos de avaliação de proficiência em inglês como
língua estrangeira que possam, por um lado, favorecer o processo de
formação docente, e por outro, colaborar para a validade das certificações de
professores.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 5: ÉTICA
Princípios para pesquisa e docência
"PORQUE GADO A GENTE MARCA, TANGE, FERRA, ENGORDA E MATA,
MAS COM GENTE É DIFERENTE”: DA ÉTICA EM PESQUISA COM SERES
HUMANOS
OTÁVIO GOES DE ANDRADE
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL/UEL)
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP/UEL)
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
[email protected]
Tratarei de questões éticas relacionadas à pesquisa com seres humanos,
retomando e contextualizando, para tanto, alguns fatos históricos e
documentos que foram basilares para a adoção de condutas éticas em
pesquisas com seres humanos em nível internacional, os quais culminaram,
em contexto brasileiro, na redação da resolução CNS nº 466, datada de 12 de
dezembro de 2012. É tal resolução que baliza o trabalho dos comitês de ética
em pesquisa com seres humanos no Brasil e, à luz dela, tecerei considerações
acerca da pesquisa no âmbito dos estudos da linguagem.
ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA E ÉTICA COMO DETERMINANTES
METODOLÓGICOS EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
SIMONE REIS
Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPGEL/UEL)
Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP/UEL)
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
[email protected]
Edificados em bases ontológicas e epistemológicas, os paradigmas de pesquisa
das ciências sociais demandam não apenas referenciais teóricos e
metodologias compatíveis com aqueles princípios filosóficos, mas também
coerência ética. A presente apresentação, a partir de metapesquisa utilizando
como dados o corpo de conhecimento produzido por egressos do Programa de
Pós-Graduação em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de
Londrina, descreve, analisa e problematiza considerações de cunho ético em
face das razões ontológicas, epistemológicas e metodológicas explicitadas em
suas teses e dissertações. O que se pretende argumentar é que escolhas de
caráter ético devem ser coerentes com a ontologia e epistemologia da
pesquisa a ser desenvolvida e que tais aspectos é que devem ser norteadores
de decisões metodológicas.
I Fórum da Profissionalização Docente
Mesa 5: ÉTICA
Princípios para pesquisa e docência
SUBSÍDIOS PARA A CRIAÇÃO DE UM CÓDIGO DE ÉTICA PARA A
PROFISSÃO DE ENSINAR LÍNGUAS
ELIZABETH MELLO
Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada (UnB)
[email protected]
A pesquisa na área de ensino de línguas no Brasil, ocupada com importantes
questões pedagógicas visíveis e invisíveis, tanto afetas a currículo, alunos e
professores, bem como com a educação profissional destes, no sentido de sua
preparação em diferentes contextos, esteve cega à necessidade de investigar
parâmetros para ética da profissão docente. Foi nessa grande lacuna que
inseri a minha pesquisa de mestrado cujos resultados dão suporte a posições
que defendo para a profissionalização docente do professor de línguas no
Brasil. A propósito da pesquisa, de natureza qualitativa, recorri tanto a fontes
documentais, como, por exemplo, códigos de ética de outras profissões,
quanto a dados de grupo focal, entrevista e questionários. Triangulados, os
resultados da análise me possibilitaram elaborar minuta de Código de Ética
para o profissional das áreas de ensino e aprendizagem de línguas filiada à
Linguística Aplicada. Ela se pauta em conceitos contemporâneos de ética e de
ética profissional. Após cotejar relações conceituais entre ética e formação
profissional, ética e cultura, ética e legislação, ética e pesquisa, defendo a
necessidade de um código de ética para os profissionais de línguas no Brasil.
Argumento que um código de ética reflete a conduta de uma organização, a
qual corresponde ao reflexo da conduta de seus profissionais. Essa conduta
não se limita ao mero cumprimento da legislação, sendo o resultado a soma
dos princípios morais de cada um de seus integrantes pactuados em um
futuro Conselho Federal de Professores de Línguas. Como contribuição da
pesquisa, ofereço esboço consistente de código de ética para professores de
línguas, que pode, agora, seguir sua trajetória de validação por parte dos
profissionais da área, autores, formadores de opinião e pesquisadores
comprometidos com o amadurecimento da profissão.
I Fórum da Profissionalização Docente
COMUNICAÇÕES
29 Set 16h15-18h15 Sala 103
PROBLEMATIZANDO QUESTÕES DE RAÇA EM UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORAS DE INGLÊS
MARIA EUGÊNIA SEBBA FERREIRA DE ANDRADE (IFG)
ROSANE ROCHA PESSOA (UFG)
A discussão apresentada neste estudo foi motivada por uma aula sobre
“Cabelo, Raça e Racismo”, ministrada no Curso de Formação Continuada de
Professoras/es de Inglês como Língua Estrangeira/Adicional, promovido pela
Universidade Federal de Goiás no ano de 2013. A partir dessa experiência, as
seguintes perguntas foram colocadas: a) como as participantes do curso
percebem a sua identidade racial a partir da descrição de seus próprios
cabelos? b) suas experiências com cabelo causaram/causam algum impacto
em suas vidas? c) O que elas pensam sobre trabalhar o tema em suas salas de
aula? Para que dialogar com essa experiência, trazemos reflexões sobre os
processos de formação de professoras/es de línguas e sobre a relação destes
com questões de raça/etnia (FERREIRA, 2006;2007; GOMES, 2003), bem
como algumas reflexões sobre a perspectiva crítica na educação linguística
(PENNYCOOK, 2001). A aula aconteceu no terceiro módulo do curso de
extensão (carga horária total: 120 horas), intitulado Critical English Learning
e focalizou o tema Hair, Race and Racism. O texto norteador da discussão foi
Straightening our Hairs, de bell hooks. Nossa análise aponta para o fato de que
questões identitárias ligadas ao cabelo e às múltiplas temáticas que
perpassam pelas diferenças devem ser motivo de debates nos cursos de
formação de professoras/es, já que, na maioria das vezes, passam
desapercebidas pela escola.
Palavras-chave: questões étnicas; educação linguística crítica; ensino de
língua inglesa.
ENSINO CRÍTICO DE LÍNGUA INGLESA EM UM CURSO DE FORMAÇÃO
CONTINUADA: NOVE DOCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE
GOIÁS
CHARLENE S. M. MENESES DE PAULA (PG/FL/UFG)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. JOANA PLAZA PINTO
Nesta comunicação, mostro parte do trabalho realizado em agosto e setembro
de 2013, no módulo Critical English Learning do Curso de formação
continuada de professoras/es de inglês como língua estrangeira/adicional:
UFG. Apresento também a percepção de nove docentes de escolas públicas
sobre seu próprio processo de aprendizagem durante esse período. Para
contemplar os objetivos mencionados, uma pesquisa etnográfica
(BLOMMAERT; JIE, 2010) foi feita e os seguintes instrumentos, utilizados:
textos, questionários e avaliações escritos. O tema das aulas, previamente
escolhido por mim – requisito do curso –, foi educação antirracista. As leituras
utilizadas na análise dos dados gerados são: Ellsworth (1989); Ferreira (2006;
2007); hooks (2007; 2010); Pessoa; Urzêda-freitas (2012); Pennycook (2001);
Lather (1991). Os resultados apontam que o trabalho foi importante para o
processo de pensamento e aprendizagem críticos docente e que, talvez pelo
interesse no tópico, juntas/os, dentro e fora da sala de aula, professoras/es
produziram vozes que problematizavam construtos sociais legitimados no
mundo contemporâneo e reforçaram a necessidade de evitar a reprodução de
verdades dogmáticas que promovem injustiças. Entretanto, cabe ressaltar que
os objetivos do módulo eram conhecidos pelas/os docentes aprendizes e que,
assim sendo, é preciso refletir sobre a dinâmica das relações de poder nos
resultados da investigação.
Palavras-chave: Ensino Crítico; Língua Inglesa; Formação Continuada.
I Fórum da Profissionalização Docente
COMUNICAÇÕES
29 Set 16h15-18h15 Sala 103
COLABORAÇÃO, REFLEXÃO E CRÍTICA: TRIPÉ DE UMA EXPERIÊNCIA DE
FORMAÇÃO DOCENTE NO ÂMBITO DO PIBID
VIVIANE PIRES VIANA SILVESTRE (UEG /CÂMPUS INHUMAS/UFG)
ORIENTADORA: ROSANE ROCHA PESSOA
Este estudo, de natureza qualitativa-interpretativista, tem como tema central
a formação docente crítica. Trata-se de uma pesquisa de doutorado em
andamento e, nesta comunicação, almejo compartilhar a análise inicial do que
as práticas discursivas e educativas dos/as participantes de um subprojeto
PIBID/Inglês revelam sobre essa experiência de formação docente. O
subprojeto Pibid em foco, contexto deste estudo, foi desenvolvido no período
de agosto de 2012 a fevereiro de 2014 em parceria com uma escola pública de
tempo integral, situada no interior do estado de Goiás, e contou com a
participação de três licenciandos e quatro licenciandas de um curso de Letras
Português/Inglês de uma universidade pública, uma professora de inglês da
escola-parceira e uma docente do referido curso. Este trabalho está ancorado,
principalmente, nos estudos de Pennycook (2001; 2010; 2012), Mateus
(2005; 2007; 2009), Norton (2005), Menezes de Souza (2011), Jordão (2013)
e Monte Mór (2013). Os dados utilizados neste recorte são oriundos de três
dos principais instrumentos: relatórios parciais, narrativas e sessões
reflexivas. Os resultados parciais sugerem que essa experiência de formação
docente se sustentou no tripé “colaboração, reflexão e crítica” e dão indícios
de que contribuiu para uma ressignificação da relação universidade-escola e
da formação crítica dos/as docentes.
Palavras-chave: formação docente crítica; colaboração; PIBID.
ÉTICA BUROCRÁTICA EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
ALEX ALVES EGIDO (G. DE LETRAS ESTRANGEIRAS MODERNAS/UEL)
SIMONE REIS (PPGEL/UEL)
Pesquisadores têm levantado indagações em relação aos procedimentos éticos
que têm sido utilizados no decorrer de pesquisas em diversas áreas, tais
como: Educação, Linguística Aplicada, Ciências Sociais e dentre outras
(CELLANI, 2005; PADILHA ET AL., 2004; TOMANIK, 2008). Em consonância
com essa assertiva, este trabalho busca realizar um levantamento nas
Dissertações e Teses disponíveis na página do Programa de Pós- Graduação
em Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Londrina, a fim de
analisar se e como vem sendo abordada a questão ética nessas produções.
Adicionalmente, visa-se a contribuir para uma maior atenção a respeito do
tema por pesquisadores iniciantes e orientadores. O estudo documental
analisa os dados dedutivamente e indica resultados preliminares de
compromisso burocrático dos pesquisadores da linguagem com considerações
éticas, posto que, na maioria das produções que tais se fizeram presentes,
restringiram-se à anonimização de sujeitos e à obtenção de documento
exigido por legislação em vigor no Brasil.
Palavras-Chave: Ética; Estudos da Linguagem; Ética burocrática
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29 Set 16h15-18h15 Sala 104
PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES: UM
OLHAR PARA O PARFOR-INGLÊS
GABRIELA BALADELI BARBOZA (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM)
RAFAEL VITÓRIA ALVES (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO
A presente comunicação apresenta os resultados de um trabalho de iniciação
científica que tem como foco de investigação o Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica (PARFOR), licenciatura Letras-inglês, de uma
universidade pública paranaense. O seu objetivo principal é analisar a visão de
alunos-professores e formadores envolvidos no programa a respeito da
formação docente inicial de língua inglesa proposta no mencionado programa
/ projeto de curso. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo /
interpretativo, caracterizando-se também como um estudo de caso. O corpus
da investigação é composto de questionários endereçados aos acadêmicosprofessores (ingressantes no ano de 2012) e formadores participantes do
programa. Ao analisar a visão dos envolvidos sobre a formação docente
inicial de língua inglesa, esta pesquisa se juntará a outras investigações
realizadas sobre o PARFOR nas suas diversas licenciaturas (e.g. PAINI; COSTA;
VICENTINI, 2014; PRATES, 2012; ARAUJO et al., 2012, LIPPO; LIPPO, 2011;
PESSÔA, 201?, entre outros) no sentido de melhor compreender e contribuir
com o programa.
Palavras-chave: PARFOR; formação de professores; língua inglesa.
FORMAÇÃO CONTINUADA COM VISTAS ÀS NTIC: ESPAÇOS DE
CONSTRUÇÃO COLETIVA DE CONHECIMENTO
MARIANA FURIO DA COSTA (PG/CAPES/UEL)
ORIENTADORA: ELAINE FERNANDES MATEUS
A popularização de dispositivos tecnológicos, chamados Novas Tecnologias da
Informação e Comunicação (NTIC) permeia as relações dentro e fora da sala
de aula, acarretam mudanças sociais, na linguagem e na prática escolar.
Políticas educacionais públicas lidam com tais transformações no intuito de
envolver e assistir o professor. Programas de apoio como o LIFE – Laboratório
Interdisciplinar de Formação de Educadores – da CAPES, que articula a
formação de professores e inclusão das NTIC criando espaços de formação, faz
parte deste intento. O presente trabalho propõe-se a analisar o processo de
construção coletiva de conhecimento acerca das NTIC em contexto de
formação continuada do Projeto LIFE/UEL (Londrina/PR). Tendo como base a
Análise Crítica do Discurso – ACD (FAIRCLOUGH, 2003; GEE, 2011), a Teoria
da Argumentação (LIBERALI, 2013) e da Formação Reflexiva de Professores
(LIBERALI, 2006; 2008; 2009), pretende-se analisar dados coletados no
Projeto Life/UEL, ao longo de 2013, onde o recorte escolhido para este
trabalho consiste no grupo focal realizado ao final das atividades. Os dados
foram transcritos e analisados sob a luz da Análise Crítica do Discurso (GEE,
2011). Tal proposta integra o trabalho de dissertação em nível de Mestrado
desenvolvido na Área de Formação de Professores e NITC.
Palavras-chave: NTIC; Formação de professores; Formação reflexiva.
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29 Set 16h15-18h15 Sala 104
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E PERFIS DE PROFESSORES DE LÍNGUA
INGLESA: DESAFIOS PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA.
ELIANE PROVATE QUEIROZ MARTINS (NRE /LONDRINA)
REDES SOCIAIS: POSSIBILIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DE
PRÁTICAS ARGUMENTATIVAS
LEILA TUPINAMBÁ SILVA (PROFLETRAS /UNIMONTES)
ORIENTADORA: PROF.ª DR.ª FÁBIA MAGALI SANTOS VIEIRA
O potencial das novas tecnologias como instrumento eficaz para a melhoria do
aprendizado do aluno tem sido amplamente discutido nas diferentes
instâncias que compreendem a educação brasileira. É quase consenso entre
educadores e pesquisadores que aparatos tecnológicos ampliam o tempo de
aprendizagem, modificam a relação de professores e alunos com os objetos do
saber, desenvolvem a autonomia do educando, colocando-o como coresponsável e sujeito ativo do processo de aprender. No entanto, longe de ser
vista como redentora, por ser, teoricamente, mais participativa e ampliar os
momentos de interação, a tecnologia por si só não gera mudanças de forma
automática, pois, muitas vezes, não traz consigo uma modificação do modelo
de educação, mas apenas uma extensão de um modelo tradicional (MORAN,
20110). Tal constatação nos leva à discussão sobre a formação tecnológica do
professor de língua inglesa. Assim, o presente trabalho tem por objetivo
apresentar o resultado do levantamento de diferentes perfis de professores e
sua relação com a tecnologia (SANCHO, 2001), a fim de identificar desafios a
serem considerados ao se planejar cursos de formação de professores. Além
dos perfis, são apresentados desafios estruturais e pedagógicos que
influenciam a implementação eficaz de um currículo tecnológico na educação
básica.
As redes sociais na internet se configuram como recurso do qual educadores
podem se apropriar, descobrindo e explorando maneiras produtivas de
utilizá-las dentro do processo ensino-aprendizagem. Esta pesquisa, ainda em
andamento, tem por objetivo elaborar uma proposta educacional de
intervenção para desenvolver habilidades relacionadas à argumentação,
utilizando redes sociais para promover análise crítica e interatividade. O
estudo, realizado à guisa da Análise Crítica do Discurso, será desenvolvido em
turma de 9º ano da rede municipal de Montes Claros/MG. Quanto à natureza,
a pesquisa é do tipo aplicada e a práxis consistirá em trabalho desenvolvido a
partir do desdobramento reflexão-ação-reflexão, envolvendo ampla pesquisa
bibliográfica e buscando desenvolver ações sistemáticas e pontuais, sob a
perspectiva de pesquisa-ação. A abordagem será ancorada em estudos
teóricos de Coscarelli (2005), Bakhtin (1997), bem como em apontamentos de
Silva (2002), sobre sala de aula interativa, Recuero (2009), em seu estudo
sobre redes sociais na internet, entre outros autores, também de fundamental
importância, como Schneuwly e Dolz (2004), Koch (1996) e Chauredeau
(2010), e suas contribuições sobre o texto argumentativo.
Palavras-chave: Tecnologia; Formação de professor; Língua inglesa.
Palavras-chave: redes sociais; interatividade; argumentação.
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29 Set 16h15-18h15 Sala 106
A INTERAÇÃO DE PROFESSORES E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
COM TEXTOS LITERÁRIOS: EXPERIÊNCIAS DE LEITURA COM TRÊS
CONTOS DA LITERATURA BRASILEIRA
HELAINE GIRALDELI BALLA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Esta pesquisa tem como tema o letramento literário e se propõe ao estudo das
relações existentes entre a interação texto-leitor e o letramento em literatura.
De caráter qualitativo, a pesquisa busca descrever e analisar, com base no
texto do leitor, os modos de interação de professores e alunos com textos
literários de ficção. Os leitores pesquisados fazem parte de uma mesma
comunidade escolar; os textos lidos são os contos Um espinho de marfim, de
Marina Colasanti; Primeira aventura de Alexandre de Graciliano Ramos; e
Muribeca, de Marcelino Freire. Como referencial teórico adotamos a
perspectiva do letramento ideológico proposto por Street (1984), os estudos
do letramento literário realizados por Paulino (2010) e pesquisas francesas
nas áreas de literatura e ensino, leitura subjetiva e texto do leitor
desenvolvidas por Picard (1986; 1989), Jouve (2002; 2012) e Langlade (2004;
2011). As análises já realizadas a partir do método indutivo revelam como
resultados preliminares: nos textos dos leitores produzidos pelos alunos
pesquisados há maior envolvimento subjetivo e pouco crítico, já por parte dos
professores o envolvimento subjetivo é menor, ficando evidente a tendência
de enxergar os contos lidos essencialmente como objetos de ensino.
Palavras-chave: letramento literário; texto do leitor; ensino de literatura.
LIVRO DIDÁTICO E PROVA BRASIL: INSTRUMENTOS DE LEITURA
ESCOLAR
LELIANE FOSSALUZA BASSIGA (PROFLETRAS /UEM)
ORIENTADOR(A): PROFª. DRª. APARECIDA DE FÁTIMA PERES
A leitura está presente em vários campos do conhecimento e na sociedade, é
por meio dela que se pode promover um maior desenvolvimento intelectual,
capacitando os leitores para o entendimento das informações presentes ou
pressupostas / subentendidas em um texto, tornando-os assim leitores
atuantes na sociedade. A escola revela-se, então, o ambiente adequado para
desenvolver as habilidades e competências leitoras dos indivíduos. Frente a
isso, este trabalho tem por objetivo analisar a presença dos descritores que
compõem a Matriz de Referência de Língua Portuguesa, ou seja, os critérios
que avaliam as competências de leitura dos alunos submetidos à Prova Brasil
(avaliação nacional que ocorre a cada dois anos, com os 5º e 9º anos, cujo foco
é a leitura e visa melhoria na qualidade do ensino), no livro didático do 5º ano
do Ensino Fundamental da rede municipal de Maringá. Com esta análise,
busca-se averiguar as semelhanças/diferenças entre as questões apresentadas
pelo livro didático Coleção Plural 5º ano e as expostas como modelo de
questões da Prova Brasil, disponível no caderno Plano de Desenvolvimento da
Educação – MEC (2011), já que ambas contemplam a leitura. Para o
embasamento teórico, pesquisou-se autores de referência na área da leitura
como Leffa (1996), Menegassi (1995), Geraldi (1997), Kleiman (2013), Solé
(1998). Verificou-se que os descritores estão presentes no livro didático
analisado, no entanto, as questões apresentam diferenças quanto a sua
organização.
Palavras-chave: leitura; livro didático; Prova Brasil.
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29 Set 16h15-18h15 Sala 106
A LITERATURA NA ESCOLA: UMA ANÁLISE DE PROJETOS DE DOCÊNCIA
DESENVOLVIDOS NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES
O PROJETO ACELERA E O ENSINO DE INGLÊS NO MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO: O PAPEL DO MATERIAL DIDÁTICO NO ENSINO
LOLITA CAMPANI BERETTA (UFRGS)
LUCIENE JULIANO SIMÕES (UFRGS)
ANA CECÍLIA TRINDADE REBELO (PIBID/UERJ)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. BIANCA WALSH
Este trabalho realiza uma análise de projetos de docência de língua
portuguesa e literatura desenvolvidos no âmbito da formação inicial de
professores. O corpus para análise foi constituído de trinta e oito projetos
elaborados nas disciplinas Ensino de Literatura Brasileira e Estágio Docente
de Português no Ensino Fundamental, oferecidas, respectivamente, na sexta e
na sétima etapas do curso de Licenciatura em Letras em uma Instituição de
Ensino Superior do estado do Rio Grande do Sul. Parte-se das concepções de
linguagem e literatura presentes na obra do círculo de Bakhtin, dos estudos
sociológicos de Candido (2000, 2006), Bourdieu (1992) e Escarpit (1970,
1978) sobre a esfera literária e do panorama de discussões sobre educação
linguística e letramento, (BAGNO; RANGEL, 2005; BRITTO, 2007), letramento
literário (PAULINO; COSSON, 2009; COSSON, 2011) e projetos educacionais
(HERNÁNDEZ, 1998; SIMÕES et al., 2012) para a elaboração de princípios
considerados importantes no planejamento e na execução da docência em
língua portuguesa e literatura. A análise dos projetos busca compreender de
que modo os projetos de professores em formação respondem a essas
discussões, que se fazem presentes na bibliografia comum das disciplinas,
com a leitura dos Referenciais Curriculares da Secretaria da Educação do Rio
Grande do Sul (2009).
A defasagem entre série escolar e idade do aluno se coloca como um problema
a ser solucionado na rede pública de ensino. No município do Rio de Janeiro, a
Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Fundação Roberto
Marinho, se propõe a tentar corrigir essa defasagem através do projeto
Autonomia Carioca, aplicado em turmas conhecidas como Acelera.
Paralelamente, desde 2010, a SME trabalha com o programa “Rio Criança
Global”, em parceria com a LF Educacional, tendo por objetivo universalizar o
ensino de inglês na rede municipal de educação do Rio de Janeiro até 2016,
almejando possibilitar a comunicação efetiva dos estudantes durante a
realização das Olimpíadas 2016 na cidade. Pautado nas Orientações
Curriculares para o Ensino de Inglês no Ensino Fundamental e tendo como
base para os critérios de avaliação o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD)
em conjunto com a perspectiva de HUTCHINSON & WATERS (1987) sobre o
ensino de inglês, o presente trabalho analisa o livro Interaction ED1, material
de 6º ano adotado na turma Acelera 2, com o propósito de discutir como ele se
adequa ou não à realidade dos alunos, para posteriores sugestões de
adaptação do mesmo como forma de auxiliar o trabalho do professor.
Palavras-chave: letramento literário; ensino de língua e literatura; formação
inicial de professores.
Palavras-chave: material didático; ensino de inglês; políticas educacionais.
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30 Set 14h00-16h00 Sala 102
PONTOS E ENTREPONTOS: APONTAMENTOS CRONOLÓGICOS PARA UMA
NARRATIVA HISTÓRICA DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA- L1 EM
AMBIENTE ESCOLAR NO BRASIL
MARÍLIA CARVALHO BATISTA (UNB)
ORIENTADOR: JOSÉ CARLOS PAES DE ALMEIDA FILHO
Um dos principais objetivos do estudo histórico sobre o ensino da Língua
Portuguesa, aos professores dessa língua, é que a língua que se ensina é o
resultado de complexa evolução histórica, a qualquer momento que se ensina
uma língua, cumpre ter em mente as suas fases anteriores (SILVA NETO, 1987,
p.13). O saber sobre a história do ensinar a Língua Portuguesa como L1, por parte
dos professores, implica o aprofundar-se na percepção da formação e do
conhecimento da língua que se ensina. Diante desse fato, o estudo que faço, acerca
da história do ensino da Língua Portuguesa no Brasil (L1), justifica-se por estar
relacionada à formação do professor e verificação dos métodos que
acompanharam o ensino dessa língua. Esta pesquisa de natureza histórica (LE
GOFF, 1990, RÜSEN, 2010), teve como objetivos (1) favorecer a compreensão da
visão integradora do ensino de língua portuguesa como fruto de uma ordem posta
pelo Estado para a inclusão (ou exclusão) de fins econômicos e políticos e, não
educacionais, e (2) demonstrar que a história e a política são elementos
ideológicos que influenciam diretamente a construção da forma de ensino da
língua portuguesa que podem ou não incluir ou excluir o aluno. Esta pesquisa foi
realizada e orientada por dois eixos: o primeiro eixo foi o da pesquisa
bibliográfica e sobre a história do Brasil e documental sobre o ensino de Língua
Portuguesa e, o segundo eixo foi o da coleta das vozes de professores-formadores:
Cleonice Berardinelli; Evanildo Bechara, Maria Cecília M. Mollica, Afrânio G.
Barbosa e o Senador Cristovam Buarque. Os resultados apontaram que a forma de
ensino e os problemas de formação do professor acompanham a história do
ensino desde a chegada dos jesuítas no Brasil e que as políticas de ensino do
passado marcam o descompromisso com a Língua Portuguesa da atualidade.
Palavras-chave: História do Ensino da Língua Portuguesa; Formação de
Professores de Português Língua Materna; Políticas de Ensino de Línguas.
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOCENTE IN LOCO DE PROFESSORES
DE LÍNGUAS
HERMES TALLES DOS SANTOS (PG LINGUÍSTICA/UFSCAR E SESI-SP)
As reflexões teórico-práticas das ciências linguísticas nem sempre são
desenvolvidas no cotidiano escolar. Em 2013, visando ao desenvolvimento
profissional docente, a rede de ensino SESI-SP instituiu o cargo de Analista
Técnico Educacional (ATE) com intuito de auxiliar os docentes de acordo com
suas áreas de conhecimento. Desenvolvendo uma pesquisa participante de
cunho etnográfico, o ATE da área de linguagens acompanha os docentes
mensalmente em suas unidades escolares, objetivando auxiliar os docentes no
aprimoramento da concepção sociointeracionista de língua materna e
comunicativa de línguas estrangeiras, por meio de reflexões críticas pautadas
em suas próprias práticas de ensino. As intervenções do ATE junto aos
docentes procura aproximar teoria e prática, por meio de aplicação e reflexão
e de um trabalho colaborativo. Ao longo do ano acompanhado, observando
conhecimentos declarativo, procedimental e condicional dos docentes tem-se
notado práticas mais adequadas às concepções linguísticas orientadoras e
diminuição de noções de ensino tradicionais, além de maior credibilidade e
valorização de conhecimentos linguísticos para o processo de ensino e
aprendizagem de línguas.
Palavras-chave: Ensino e aprendizagem de línguas; Desenvolvimento
profissional docente; Linguística.
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30 Set 14h00-16h00 Sala 102
A HORA-ATIVIDADE CONCENTRADA DE PROFESSORES DE LÍNGUAS: UM
ESTUDO CRÍTICO DO DISCURSO
NILCEIA BUENO DE OLIVEIRA (SEED/PR)
A hora-atividade concentrada de professores de Língua Inglesa que consiste
no espaço-tempo dentro da escola pública utilizado para atividades
pedagógicas sem interação com alunos. A partir de julho de 2013 os
professores de escolas públicas passaram a ter 30% de sua carga-horária
destinada para a hora-atividade. A hora-atividade hoje faz parte do processo
de ensino-aprendizagem, pois nestes momentos os professores se reúnem
para rever suas práticas pedagógicas e direcionar o seu trabalho em sala de
aula. Portanto, um momento de extrema importância para a qualidade na
educação. Nesse sentido, a pesquisa visa conhecer as crenças dos professores
sobre a hora-atividade concentrada, pois com levantamento de tais crenças
será possível traçar rumos e significações para este espaço-tempo. Os dados
foram coletados através de entrevistas, pois acreditamos que o discurso sobre
e na prática da hora-atividade nos poderá fornecer pistas das ideologias, das
relações de poder, de seus valores, visto que se almeja entender a linguagem
dos professores durante esta prática social situada e constituída socialmente.
A pesquisa de cunho qualitativo está em fase de analise segundo os
pressupostos da Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001).
Palavras-chave: hora-atividade; crenças de professores; Análise Crítica do
Discurso.
MUDANÇAS EDUCATIVAS PERPASSAM PELO EDUCADOR: DESAFIOS DO
COTIDIANO
ROSANA PERES (PG /UEL)
ADRIANA APARECIDA DEGAN CUARELI
Este artigo tem como eixo temático uma reflexão acerca do processo histórico,
para pontuar questões relacionadas às teorias de formação dos professores e
a prática educativa, sob à ótica dos autores, Garcia, Nóvoa , Freire, entre
outros. Cabe ressaltar que, o que se pretende não é esgotar o assunto, mas
provocar uma reflexão sobre a temática: Como tem se efetivado a formação
dos professores? A Formação Docente deve propiciar situações que viabilizem
a reflexão e a tomada de consciência das limitações sociais, culturais e
ideológicas da profissão docente, considerando como horizonte um projeto
pessoal e coletivo. Nessa assertiva podemos perceber a configuração da
formação docente na qual se destaca o valor da prática como componente de
análise e reflexão. Portanto, antes de termos uma escola preparada com as
atualizações que o mundo moderno pede, devemos pensar a formação do
educador e prepará-lo para essas transformações, pois, a educação perpassa
pelo educador.
Palavras chave: Formação Docente; Reflexão; Mudanças.
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30 Set 14h00-16h00 Sala 103
PIBID LETRAS-PORTUGUÊS/UEM: UMA PROPOSTA DE AÇÃO PARA O
LETRAMENTO LITERÁRIO NO EF2
MARGARIDA DA SILVEIRA CORSI (UEM)
LILIAN CRISTINA BUZATO RITTER (UEM)
Este trabalho apresenta proposta de pesquisa-ação do Subprojeto PIBID
Letras-Português da Universidade Estadual de Maringá, o qual estabelece um
diálogo entre a universidade e a escola pública, em que o estudante de LetrasPortuguês constrói uma formação reflexiva da carreira docente e de suas
condições de trabalho. A proposta oportuniza aos alunos do Curso de Letras
experiências metodológicas voltadas ao letramento literário em parceria com
professores das escolas, por meio de elaborações didáticas que visam
amenizar os problemas encontrados nas escolas selecionadas, contribuindo
para o letramento literário nos anos iniciais do EF2. Para tanto, pautados na
teoria sociointeracionista do discurso (BAKHTIN, 1992), na proposta de
leitura literária de Micheletti (2000) e na sequência básica de Cosson (2014),
realizamos as etapas a seguir: a) diagnóstico do contexto educacional; b)
investigação das preferências e dificuldades dos educandos em relação ao
letramento literário; c) seleção de textos literários direcionados ao EF2; d)
produção de oficinas de letramento literário. Essas ações estão ancoradas no
pressuposto de que ler é “inscrever-se na experiência do real e reconstruir-se
como cidadão” e que leitura é “um ato interativo e de compreensão de
mundo” (MICHELETTI, 2000, p.17), concebendo-se letramento literário
embasado no processo de construção literária de sentidos.
Palavras-chave: literatura; letramento; gêneros.
DESENVOLVIMENTO DO LETRAMENTO CRÍTICO
JOSIANE KIERAS (PROFLETRAS /UEL)
ORIENTADORA: DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Este projeto tem por objetivo, por meio de uma pesquisa-ação, promover o
desenvolvimento do letramento crítico, a partir da leitura e análise do
discurso midiático presente no gênero telenovela (Malhação, capítulo 91,
temporada de 2013, e a nova temporada, com início em julho de 2014). Para
isso, serão considerados, de acordo com Pinto (1989), três momentos alusivos
à pesquisa-ação: momento de investigação, de tematização e o de
programação/ação, divididos em várias fases. Considerando que o letramento
crítico tem como ponto de partida a análise crítica dos mais variados
discursos e linguagens, pretende-se apresentar uma proposta que promova o
desenvolvimento desse posicionamento crítico dos alunos. Serão analisadas
as variadas linguagens presentes em uma telenovela, e como essas linguagens
interferem de forma significativa no modo de pensar e agir de seus
interlocutores. Com a implementação de ações de ensino sistematizadas,
espera-se desenvolver a capacidade crítico-reflexiva e interpretativa do
estudante em diversificados eventos de letramento, incluindo situações
naturais e espontâneas de fala e de escrita.
Palavras-chave: Letramento crítico; Pesquisa-ação; Discurso.
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30 Set 14h00-16h00 Sala 103
SENSIBILIZAÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES PARA O ENSINO DA
LEITURA DE HIPERTEXTOS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
LETRAMENTO ESCOLAR: DA ORALIDADE LETRADA À PRODUÇÃO
ESCRITA
VALKÍRIA SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA.DRA. HELOISA BRITO DE ALBUQUERQUE COSTA
NEIDE ALVES GONÇALVES DA SILVA (PROFLETRAS/UEL)
ORIENTADORA: PROFª DRª ANA LÚCIA DE CAMPOS ALMEIDA
Este trabalho insere-se na área de formação de professores em contextos de
educação a distância no ensino da leitura em francês. Diante da nova relação
do homem com o tempo, o espaço e as tecnologias digitais de informação e
comunicação, adequação e inovação impuseram-se ao processo de ensinoaprendizagem. Neste sentido, a educação a distância apoiada em ambientes
virtuais de aprendizagem demanda metodologias de ensino, competências e
habilidades docentes adequadas e coerentes. Nosso objetivo de pesquisa é
identificar e refletir sobre quais habilidades e competências que futuros
professores devem desenvolver para o ensino da leitura de hipertextos em
francês língua estrangeira (FLE), sensibilizando-os para a docência online na
modalidade educação a distância, por meio de atividades desenvolvidas no
curso “Leitura e avaliação em francês” hospedado no ambiente virtual
Moodle. A metodologia de pesquisa adotada tem como corpus textos (fóruns,
questionários, relatos) e atividades produzidas pelos participantes da
pesquisa, coletados no Moodle. A fundamentação teórica apoia-se nos
conceitos sobre leitura (Koch, Pietraróia), hipertextos (Lévy), letramento
multimodal (Lacelle et Lebrun) e formação de professores (Freire, Silva) a fim
de sustentar nossas reflexões e análises dos dados obtidos contribuindo assim
para formação de professores em educação a distância, modalidade de ensino
em contínua expansão com crescente demanda de profissionais competentes
na área.
O presente trabalho está vinculado ao projeto de dissertação, cujo objetivo
principal é investigar de que modo a exposição a diversas práticas
significativas de letramento, que antecedem e acompanham a produção do
gênero Debate, pode contribuir para o desenvolvimento e aprimoramento da
capacidade de produzir o gênero Artigo de Opinião. Trata-se de uma
pesquisa-ação a ser realizada junto aos alunos do 8º Ano de uma instituição
de ensino da rede pública, na disciplina de língua portuguesa, sob a
responsabilidade da professora pesquisadora. Os referenciais teóricos estão
vinculados às reflexões sobre o letramento (KLEIMAN, 1995; SOARES, 1999);
sobre oralidade e escrita (MARCUSCHI, 2000); à importância dos gêneros
orais em sala de aula (DOLZ; SCHNEWLY, 2004) e aos estudos sobre o
interacionismo sociodiscursivo (BAKHTIN, 2003; BRONCKART, 2012). Com
este projeto, espera-se desenvolver o processo de letramento, objetivando
aprimorar nos alunos a competência linguístico-discursiva, tanto na
produção quanto na recepção de textos argumentativos orais e escritos, por
meio do desenvolvimento da oralidade letrada.
Palavras-chave: formação de professores; docência online; leitura.
Palavras-chave: Letramento; Gêneros discursivos; Produção oral e escrita.
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30 Set 16h00-18h00 Sala 103
REFLEXÕES SOBRE A INTRODUÇÃO DA LÍNGUA INGLESA NO ENSINO
FUNDAMENTAL I PÚBLICO
REFLEXÕES E INQUIETAÇÕES ACERCA DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
NOS ANOS INICIAIS
CHRISTIANE BATINGA AGRA (IFAL - UFAL/PPGLL/LET)
ORIENTADOR: PROF. DR. SERGIO IFA
GIULIANA CASTRO BROSSI (G. LETRAS PORTUGUÊS-INGLÊS/UEG)
Nesta comunicação objetivo apresentar um recorte de minha pesquisa de
mestrado que versa sobre a introdução da Língua Inglesa em uma turma do
Ensino Fundamental I de uma escola pública da periferia de Maceió (AL). Essa
pesquisa assume a visão sócio interacionista de língua de Bakhtin/Volochinov
([1929]/2010), que a considera um fenômeno social que só se materializa na
presença do outro. Assim sendo, avalio se a inserção da disciplina mais cedo
na vida escolar dos alunos além de alicerçar o seu desenvolvimento
linguístico irá contribuir para a sua formação global, fazendo-os utilizar o
novo idioma não de forma mecânica e descontextualizada, mas sim como um
instrumento que fará com que eles compreendam melhor o mundo onde
vivem, sendo capazes de transitar de uma maneira mais crítica e consciente
pelos fenômenos globais e locais de nossa sociedade contemporânea. Apoiome teoricamente para isso em Pennycook (2006), Rajagopalan (2006), Rojo
(2012), Menezes de Souza e Monte Mór (2006), Tonelli e Ramos (2007) e
Rocha (2012). Adoto para esse estudo a abordagem qualitativa de pesquisa e
os instrumentos de coleta de dados serão planos de aulas, relatos de aula,
atividades produzidas pelos alunos, além de entrevistas e rodas de conversa.
Este estudo foca-se nas reflexões e cognições de uma professora e sua
experiência no ensino de língua inglesa (LI) nos anos iniciais. Assim sendo,
apresento os resultados do estudo de caso realizado com o objetivo de
mostrar como se configura o ensino de LI nos anos inicias em uma escola
pública municipal de uma cidade do interior de Goiás. Adotando uma
abordagem qualitativa de coleta e análise dos dados, esta pesquisa contou
com a participação de uma professora de LI, que norteia sua práxis por uma
perspectiva crítica de ensino de línguas. Os dados foram coletados no segundo
semestre de 2013 e no primeiro de 2014, por intermédio de questionários,
observação de aulas, análise de planejamentos anual e semanal, diários
reflexivos, entrevista e sessões reflexivas. A análise fundamentou-se em
estudos sobre a formação de professores/as reflexivos/as (PIMENTA, 2005;
ZEICHNER, 1992), a perspectiva crítica de ensino de línguas (PENNYCOOK,
1990; 2010; 2012; MENEZES DE SOUZA, 2011; PESSOA, 2014; BORELLI;
PESSOA, 2011) e o ensino de língua estrangeira para crianças (ROCHA, 2012).
Os resultados revelam crenças, expectativas e inquietações de uma
profissional engajada com o ensino de LI e comprova a importância da
formação continuada de professores/as de língua estrangeira.
Palavras-chave: ensino de inglês; ensino fundamental I; criticidade.
Palavras-chave: professor reflexivo; cognições; ensino crítico de línguas.
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30 Set 16h00-18h00 Sala 103
FORMAÇÃO CRÍTICA DOCENTE: UMA EXPERIÊNCIA COM SEIS
PROFESSORAS DE INGLÊS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E 1ª FASE DO ENSINO
FUNDAMENTAL
FLAVIANE MONTES MIRANDA LEMES (UFG)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. ROSANE ROCHA PESSOA
A abordagem comunicativa parece ainda ocupar um lugar privilegiado,
pelo menos no imaginário de grande parte de professoras/es de línguas
estrangeiras embora haja um movimento de interesse pelas pedagogias
críticas. Essas concebem o processo de ensino-aprendizagem como
político e compreendem a língua como um meio pelo qual o indivíduo
se constrói e é construído. Pautadas por essa concepção, investigamos
como a formação crítica de seis professoras de Educação Infantil e
Ensino Fundamental, 1ª fase, numa escola particular de classe média
alta na cidade de Goiânia, pode contribuir para uma visão crítica das/os
alunas/os acerca dos temas trabalhados nas aulas de língua inglesa,
com ênfase em questões relacionadas à raça/racismo e classe social.
Para o estudo proposto, a metodologia utilizada se baseia na pesquisa
colaborativa (IBIAPINA, 2008; PESSOA; BORELLI, 2011) e o referencial
teórico trata do ensino da língua inglesa para crianças (LEC) e da
formação de professoras/es de língua estrangeira, bem como acerca da
pedagogia crítica (PENNYCOOK, 2001; OKAZAKI, 2005; ROCHA, 2007;
2010). A análise dos dados nos leva a concluir que a colaboração,
construída também por meio de conflitos, é fator relevante no processo
de formação docente e que aulas de inglês para crianças numa
perspectiva crítica são necessárias.
Palavras-chave: formação de professores/as; língua inglesa para
crianças; pedagogia crítica.
AULAS DE CONVERSAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA: LÓCUS DE VIVÊNCIA E
EXPERIÊNCIA DA PRÁTICA DOCENTE DE FUTUROS PROFESSORES
LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
JOSIMAYRE NOVELLI CORADIM (UEM)
Esta comunicação apresenta e discute uma experiência de prática de ensino
desenvolvida por meio de aulas de conversação em língua inglesa (LI) por
acadêmicos de um curso de Letras de uma universidade pública paranaense.
Tal atividade é destinada a outros acadêmicos do mencionado contexto que
desejam aprimorar a habilidade oral em LI. Além do desenvolvimento da
proficiência linguística de todos os participantes, a referida atividade também
representa uma oportunidade para os alunos-monitores vivenciarem uma
forma de docência em LI desde o início do curso e em um contexto
diferenciado. Para a investigação do impacto dessa experiência na formação
acadêmica e profissional desses alunos-monitores, foram promovidas sessões
reflexivas com os envolvidos a fim de analisar como eles representam sua
vivência nas aulas de conversação. Os resultados obtidos discutem, sob o
ponto de vista dos participantes (monitores e professoras-orientadoras), os
aspectos positivos dessa atividade bem como suas lacunas. Eles também
evidenciam a perspectiva dos acadêmicos sobre essa experiência de
aprendizagem e as contribuições para sua formação e prática docente.
Palavras-chave: aulas de conversação; proficiência oral em língua inglesa;
formação docente inicial.
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REFLEXÕES SOBRE A FORMAÇÃO INICIAL E A HABILIDADE ESCRITA EM
LÍNGUA FRANCESA
ANA PAULA GUEDES (UEM)
Os componentes curriculares de língua e literatura do projeto pedagógico do
curso de Letras – Habilitação Português-Francês e Literaturas
Correspondentes da Universidade Estadual de Maringá não prioriza
determinada habilidade comunicativa. Pelo contrário, as ementas das
disciplinas objetivam o desenvolvimento linguístico, discursivo e cultural do
acadêmico ao longo dos cinco anos de formação em licenciatura. Porém, os
professores em formação declaram ter dificuldade na escrita em língua
estrangeira até a conclusão do curso. Em busca de uma explicação para esse
diagnóstico que aparentemente restringe o desenvolvimento pleno das quatro
habilidades comunicativas, discutimos sobre o processo de aprendizagem da
habilidade escrita em língua estrangeira e destacamos suas especificações
para o ensino de língua francesa. Para tal, resgatamos as discussões dos
campos da linguística textual e da abordagem enunciativa da linguagem
destacando a complexidade do desenvolvimento da escrita e sua importância
para a formação do professor de línguas.
Palavras-chave: formação de professores; francês; escrita.
A LÍNGUA INGLESA NA ATUALIDADE: CONCEPÇÕES DE ALUNOSPROFESSORES DE UM CURSO DE LETRAS
AMANDA SILVIA MARCHINI (UEM)
ORIENTADORA: LUCIANA CABRINI SIMÕES CALVO (UEM)
Esta comunicação apresenta os resultados de um trabalho de iniciação
científica que tem como foco as discussões recentes acerca da língua inglesa
como uma língua franca global (Crystal, 1997; Seidlhofer, 2001; Graddol,
2006; Gimenez, 2009; El Kadri, 2010; Gimenez; Calvo; El Kadri, 2011, dentre
outros). O objetivo principal da pesquisa é analisar as percepções e
concepções de alunos-professores sobre o estatuto atual do inglês no mundo.
O corpus da investigação é composto por questionários endereçados a
acadêmicos de um curso de licenciatura em Letras–habilitação em língua
inglesa, de uma universidade pública paranaense, que já atuam como
professores do referido idioma. Os resultados evidenciam as visões dos
participantes da pesquisa sobre inglês como língua franca e também
possibilitam uma compreensão de como a atuação e a vivência de alunosprofessores em diferentes contextos (prática da docência, aulas do curso de
licenciatura em Letras etc.) contribuem para a percepção que eles têm a
respeito da língua inglesa.
Palavras-chave: língua inglesa; língua franca; formação de professores.
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INFLUÊNCIA DAS CRENÇAS E EXPERIÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE NÃO PROFESSORA DE UMA ESTUDANTE DE LETRAS
BÁRBARA COTTA PADULA (PG/UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADOR: ANA MARIA FERREIRA BARCELOS
Esta pesquisa surgiu devido ao grande número de alunos do curso de Letras
de uma universidade federal da Zona da Mata Mineira que o iniciam sem a
certeza do que realmente querem estudar, assim como os que terminam o
curso e optam por começar outro, seguindo assim uma carreira distinta da
licenciatura em questão. Para BARCELOS (2006), crenças são “... uma forma
de pensamento, como construções da realidade, maneiras de ver e perceber o
mundo e seus fenômenos”. Segundo MICCOLI (2010), através da investigação
de experiências pode-se compreender partes importantes do processo de
ensino e aprendizagem. Dessa forma, este trabalho busca identificar quais
possíveis crenças e experiências vivenciadas pela participante que a fizeram
optar pela graduação em Letras, apesar de não querer seguir a carreira
docente, sem deixar de analisar se as experiências durante este curso
contribuíram para a construção de sua identidade de não professora. Para a
coleta de dados foi feita uma entrevista semiestruturada. Os resultados deste
trabalho apontam que a estudante em questão já tinha a identidade de não
professora formada antes de ingressar no curso de Letras, considerando suas
crenças sobre a profissão, no entanto as experiências nele vivenciadas
também influenciaram nessa identidade.
Palavras-chave: crenças; experiências; identidade.
IDENTIDADE DOCENTE: RACIONALIDADE TÉCNICA E EPISTEMOLOGIA
DA PRÁTICA
APARECIDA DE FATIMA PERES (UEM)
Esta comunicação pretende refletir sobre possíveis respostas à pergunta: Que
saberes identificam um professor? Este trabalho é fruto de pesquisa de
natureza qualitativa em contextos de formação de professores de Língua
Portuguesa. Para a discussão, contrasta-se a formação docente pautada no
paradigma da racionalidade técnica e a formação docente alicerçada no
paradigma da epistemologia da prática – lembrando que, no paradigma da
racionalidade técnica, priorizam-se os saberes teóricos no processo
formativo, fator que pode contribuir para a constituição de uma identidade
profissional em que os saberes teóricos são mais valorizados em relação aos
práticos; enquanto que, no paradigma da epistemologia da prática, acredita-se
que a formação docente se desenvolva pela articulação entre teoria e prática e
que a aprendizagem para o magistério deva constituir-se pelo processo açãoreflexão-ação. Nesta comunicação, o referencial teórico sobre saberes
docentes e sobre identidade profissional envolve, principalmente, as
considerações de Schön (1997) a respeito do professor como profissional
reflexivo, a base de conhecimentos proposta por Shulman (1987) e o conjunto
de saberes docentes defendido por Tardif (2002).
Palavras-chave: identidade docente; racionalidade técnica; epistemologia da
prática.
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A IDENTIDADE DOCENTE E O CURSO DE MESTRADO: REPRESENTAÇÕES
DE ALUNOS EGRESSOS
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO CONTINUADA
DÉBORAH CAROLINE CARDOSO PEREIRA RORRATO (UEL)
MARIA ILZA ZIRONDI (UEL)
Estudiosos têm discutido identidade em relação às crises da chamada
modernidade tardia e abordado seu desenvolvimento não a partir de uma
perspectiva biológica como algo fixo e único, mas como um construto social,
histórico e cultural em processo de figurar-se como algo incerto e instável
(Hall, 2005a; Mastrella-de-Andrade, 2013; Figueredo, 2013). Portanto, dentre
os diversos momentos da formação docente e, consequentemente, da
(re)construção identitária deste profissional, investigo as representações de
cinco alunos egressos de um curso de mestrado, a fim de discutir como eles
avaliam as mudanças decorrentes deste processo, de maneira a (re)formar
sua identidade profissional docente. Os dados foram gerados por meio de
questionários e entrevistas semi-estruturadas. Os pressupostos teóricometodológicos que dão suporte ao desenvolvimento do trabalho são a Análise
de Discurso Crítica, a teoria da Avaliatividade e a Linguística Sistêmico
Funcional. Os resultados preliminares indicam que as demandas da
identidade de pesquisador dialogam e modificam a identidade docente
durante este processo, e que este curso de formação continuada molda e
direciona os alunos egressos para o ensino superior.
Neste trabalho, apresentamos uma reflexão a respeito da formação
continuada e da importância da escola como lócus dessa formação, uma vez
que as ações formativas aparecem cada vez mais como propostas genéricas
que não levam em consideração contextos específicos e suas reais
necessidades. Nosso objetivo, portanto, é discutir aspectos relacionados às
dificuldades e impasses que envolvem a formação continuada de professores
e como o contexto escolar pode ser considerado como um campo propício a
essa formação. De cunho sociointeracionista (BRONCKART, 2006; 2008), este
trabalho compartilha da ideia de que os gêneros de textos como instrumentos
semióticos para mediar as operações psíquicas é que geram o
desenvolvimento humano. Partindo desse princípio apresentaremos aspectos
relacionados ao continuo e necessário processo de letramento do professor e
o trabalho do formador como atividade instrumentada que contribua para o
desenvolvimento docente.
Palavras-chave: Identidade Docente; Formação Continuada; Mestrado.
Palavras-chave: Formação continuada; Trabalho do formador;
Desenvolvimento docente.
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A AVALIAÇÃO NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE FRANCÊS LÍNGUA
ESTRANGEIRA COM OBJETIVOS ACADÊMICO-PROFISSIONAIS
EMILI BARCELLOS MARTINS SANTOS (PG/USP)
ORIENTADORA: PROFA. DRA. TOKIKO ISHIARA
Fenômenos como o da globalização impulsionaram o aumento da procura por
um ensino de línguas estrangeiras no qual o principal objetivo deixou de ser a
preparação dos aprendizes para a utilização da língua para fins culturais e
turísticos. No caso do francês língua estrangeira (FLE), a troca de informações
e o aprofundamento dos estudos de autores como Challe (2002), Mangiante;
Parpette (2004), Mourlhon-Dallies (2008) e Martins (2011) têm enriquecido
cada vez mais o debate e contribuído para a reflexão de professores que se
preparam ou já atuam com o ensino voltado para aprendizes motivados pelas
possibilidades de mobilidade internacional e pelas demandas do mercado de
trabalho. Assim como acontece no contexto escolar, a avaliação neste tipo de
ensino tem sido muitas vezes orientada em função de um conceito final e,
mais recentemente, da possibilidade de obtenção de um documento
certificativo que assume o papel de elemento de diferenciação no mercado de
trabalho. Esta pesquisa tem como objetivos discutir o papel da avaliação no
ensino-aprendizagem de francês língua estrangeira em formações com
objetivos acadêmico-profissionais por meio da apresentação e da análise de
dados obtidos em uma experiência de ensino-aprendizagem de FLE realizada
em 2013 em contexto universitário da área de Turismo.
Palavras-chave: Avaliação; Francês Língua Estrangeira; Objetivos específicos.
OS VALORES DE DEMOCRACIA PARTICIPATIVA NA EDUCAÇÃO
DEMOCRÁTICA: REFLEXÃO SOBRE A FORMAÇÃO DO DOCENTE DE
LÍNGUAS
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
ORIENTADORA: NILDICÉIA APARECIDA ROCHA
No contexto político, as teorias contemporâneas de democracia legam à ampla
participação popular um caráter relativamente negativo devido à
complexidade e burocracia presentes nas sociedades industrializadas
(PATEMAN, 1992). De maneira similar, essa mesma postura se repete no
cenário educacional, cuja abordagem ainda está pautada numa perspectiva
autoritária da gestão e do processo pedagógico, tolhendo trabalhos e ações
participativos de professores, funcionários, alunos, pais e comunidade no que
tange a assuntos escolares. Pretendendo refletir sobre a atuação docente no
Brasil, este trabalho se propõe a contemplar os valores de democracia
participativa que permeiam as propostas da educação democrática (DEWEY,
1959), considerando-se o impacto daqueles para a formação consciente e
reflexiva de professores de línguas. Para isso, almejamos realizar uma revisão
bibliográfica a fim de compreender a concepção e a abrangência referentes à
ideia de participação preconizada por estudiosos da democracia educacional –
tais como Dewey (1959), Mogilka (2003), Singer (1997) e Teixeira (1956) –,
retomando discussões sobre a relevância do engajamento docente para a
construção do processo e para a consolidação do ensino/aprendizagem de
línguas. Neste primeiro momento da pesquisa, observamos que a proposta de
educação democrática recupera ideais da doutrina clássica ao enfatizar a
importância da ampla participação popular na escola.
Palavras-chave: educação democrática; democracia participativa; formação
docente.
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30 Set 16h00-18h00 Sala 104
"NÃO É O QUE ELES QUEREM"
VIVIANE DARC SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
MARGARETT ROSA. SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)
ORIENTADORA: HILDA S. COELHO
Pensando uma metodologia motivadora para o ensino de Inglês na escola
pública, um programa do governo federal para incentivo à docência na área
de Inglês, da Universidade Federal de Viçosa, teve como proposta, para o
primeiro semestre desse ano, trabalhar com filmes, músicas e cultura de
países que têm Inglês como língua materna. O objetivo era ensinar idioma de
maneira contextualizada, lúdica e descontraída (ALMEIDA FILHO, 2009).
Assim, com intuito de averiguar opinião dos aprendizes com relação à
temática, foi aplicado um questionário semiaberto. Este revelou que a maioria
dos alunos queria aprender a língua por meio de filmes. Levando em
consideração a abordagem de Duarte (1996) acerca da aprendizagem situada,
nossa intenção foi levar filmes e ensinar a língua de maneira contextualizada.
Desenvolvida a proposta, as sessões de filmes tiveram início imediatamente
em sala na escola preparada aos moldes de cinema, com direito a pipoca. No
decorrer do projeto, a proposta metodológica era conduzir uma breve
discussão acerca do tema do filme e partindo daí, ensinar o idioma de modo
situado. Todavia, infelizmente, nossa proposta não teve o resultado de
aprendizagem esperado. Os alunos queriam filmes apenas como
entretenimento sem a intenção de usá-los como instrumentos para aprender
Inglês.
Palavras-chave: inglês; filme; escola.
AS FACES QUE EMERGEM DO PNLD 2011 DE LÍNGUA ESTRANGEIRA:
SENTIDOS EM CONFLITO.
RENATO PAZOS VASQUEZ (CTUR/UFRRJ)
Este trabalho é parte dos resultados de uma tese de doutorado e tem por
objetivo analisar sentidos que emergem no Edital de Convocação do PNLD
2011, material que prescreve as especificações jurídicas e didáticas do
processo, de Língua Estrangeira Moderna (LEM) para verificar sentidos
relativos à visão de língua e trabalho docente. Para tal apóia-se em uma
perspectiva dialógica da linguagem (BAKHTIN, 2003) conjugada ao aporte da
Análise do Discurso de base enunciativa (MAINGUENEAU, 2009). A partir das
análises da seção do Edital destinada à descrição pedagógica da LEM, chega-se
a três enunciadores: enunciador-legitimador, em que sentidos valorativos são
agrupados para justificar a presença da LEM como disciplina do PNLD;
enunciador-especialista, que se subdivide em ideias conservadoras e
progressistas sobre o ensino de línguas estrangeiras, pois busca, ora reiterar
uma tradição de ensino de línguas, ora romper com ela; enunciadorempoderador do LD, que atribui valor de verdade absoluta ao material
didático, o que minimiza o papel do professor dentro do espaço escolar.
Conclui-se que a LEM luta para legitimar-se no espaço do PNLD ainda que
opere a partir de discussões de língua e de docência que busquem fugir do
tradicionalista, nem sempre com êxito.
Palavras-chave: Livro didático; PNLD; Língua Estrangeira.
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POSTERS
30 Set 16h00-18h00 Corredor Central
O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM NA CRIANÇA – A APRENDIZAGEM
DE UMA SEGUNDA LÍNGUA SOB A PERSPECTIVA NEUROLÓGICA
AMANDA DA SILVA COSTA FELIX (UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES/RJ)
Devido à necessidade de adaptação do homem em outras culturas, tanto por
motivos sócio-econômicos como profissionais, a preocupação pela aquisição
de uma segunda língua (SE) torna-se crescente, visando à eficácia na fluência
escrita e oral cada vez mais cedo. Com isso, faz-se necessário compreender
como tal processo de ensino-aprendizagem acontece para que ele possa
melhor ser desenvolvido. Segundo pesquisas, são notáveis as vantagens do
contato com a SE desde criança, o que promove melhores resultados no que
diz respeito à espontaneidade quando feito ainda nos primeiros anos de vida
do indivíduo. Tomando como base a literatura disponível sobre o tema, em
especial dos autores Ricardo Schutz, Robert Lent e Cláudia Davis, e tendo
como proposta teórica uma visão sócio-interacionista de aprendizagem, assim
como destacada por Mikhail Mikhailovich Bakhtin e Jean William Fritz Piaget,
explicada neurologicamente por Eric Heinz Lenneberg, procuramos descrever
o processo de ensino-aprendizagem da criança e destacar pontos relevantes
para que nele seja compreendida a segunda língua desde a primeira infância.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; segunda língua; crianças.
BLOG: DINAMIZANDO O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA
JARDEL COUTINHO DOS SANTOS
JULIANO DE FREITAS SANTOS OLIVEIRA
Novas tecnologias fizeram surgir um número grande de mudanças nas
atividades da vida moderna, inclusive no processo de ensino aprendizagem.
Partindo deste fato, este estudo procurou analisar o uso e o impacto de uma
ferramenta da internet, o Blog, no ensino de Inglês em uma escola pública. O
trabalho foi desenvolvido na região da Zona da Mata, em Minas Gerais. Como
bolsistas de um programa de iniciação à docência, auxiliamos uma professora
na realização do projeto denominado “The World Cup 2014”, envolvendo uma
turma do Ensino Fundamental (uma turma de 9º ano) e seis turmas do Ensino
Médio diurno (1º, 2º e 3º anos). Com o auxílio dos bolsistas, os estudantes da
escola fizeram pesquisas na internet, reuniram-se em grupos e, após o
período de pesquisa, realizamos a filmagem das apresentações que,
posteriormente, foram reunidas em um blog divulgado em toda escola. Neste
trabalho, apresentamos os resultados da atividade desenvolvida, bem como as
dificuldades encontradas para sua realização. Com isso, espera-se contribuir
com as pesquisas que destacam o papel da aprendizagem significativa
(DUARTE, 1996:37) e com os estudos que investigam o ensino de Inglês em
escolas públicas (COELHO, 2005; ZOLNIER, 2007; LIMA, 2011).
Palavras-chave:blog; tecnologia; ensino de língua inglesa.
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POSTERS
30 Set 16h00-18h00 Corredor Central
O ENFOQUE POR TAREFAS NA FORMAÇÃO PRÉ-SERVIÇO DE
PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
MARINA ROSA SEVERIAN (PG/UNESP/ARARAQUARA)
MONIQUE CARBONE CINTRA (PG/UNESP/ARARAQUARA)
Pretendendo refletir sobre a formação pré-serviço de professores (Almeida
Filho, 1997) de língua estrangeira (LE) no Brasil, esta pesquisa descritiva de
cunho qualitativo se propõe a pensar na contribuição que metodologias
alternativas, no caso o enfoque por tarefas, podem oferecer para a
complementação da formação de graduandos do curso de Letras. Nossa
discussão versa sobre o quão distante é a prática de ensino de LE nas
universidades, geralmente ainda inclinadas ao tradicionalismo – tendo como
base a experiência das autoras durante a formação pré-serviço – e o
referencial teórico adotado nas aulas, resultando numa lacuna entre o que se
ensina e o que se faz. A ideia de refletir sobre metodologias alternativas se
pauta, principalmente, na possibilidade de incitar a reflexão sobre a prática
docente dos alunos, sugerindo atividades baseadas em tarefas. Segundo
Candlin (1987), a tarefa envolve alunos e professores na escolha dos
procedimentos cognitivos e comunicativos que serão aplicados a um novo
conhecimento, na exploração e busca coletiva de objetivos previstos ou
emergentes em um contexto social. Este trabalho encontra-se em fase inicial e
retomará teorias e conceitos discutidos por Candlin (1987), Nunan (2004),
Ribeiro e Quiroga (2010), Cuesta (1995) e Almeida Filho (1997) a fim de
compreender melhor o cenário referente ao estudo do enfoque por tarefas
Palavras-chave: enfoque por tarefas; formação pré-serviço de professores;
língua estrangeira.
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