3. (USS) “Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos “povos bárbaros”. c) a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justifica o reconhecimento da grandeza da alma dos portugueses. d) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e pelos riscos que elas comportavam. e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a confundir a América com as Índias. Fernando Pessoa, nos versos do poema, expõe os desafios e perigos que os portugueses enfrentariam direta e indiretamente na expansão marítima. 2. (Fuvest) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava: a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima. c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal. b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional. d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários. c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais. e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão. Resposta: B Os comerciantes (burgueses) viam na expansão uma oportunidade de incrementar seus rendimentos por meio da possibilidade de existir nas novas terras produtos que interessassem ao consumo europeu. Já a nobreza, como vassala do rei, seguiu para a expansão na obediência ao compromisso de fidelidade e por consequência vislumbrava títulos junto à coroa. A questão traz a perspectiva de que a Igreja Católica, como instituição, tinha interesses na expansão, o que não é exatamente preciso. Na realidade, quem tinha interesses era a Cristandade, entendida como o conjunto de cristãos do Reino de Portugal, estes sim, tinham interesses dirigidos pelo rei D. João I e sua prole, de expandir a fé cristã a todos os povos e lugares que não a conheciam, em um entendimento dessa dinastia de que cumpriam com a função da realeza e o direito divino de governarem se assim procedessem. d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias. e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha. 3. (PUC-SP) Atenção: América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX. Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se dizer que a) no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo conhecido. Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. b) nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América Portuguesa a relação foi racional, harmoniosa e humana, resultando num povo pacífico, e na América Hispânica foi violenta e conflituosa. c) no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de navegação lhes permitiu prever a descoberta. d) nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros séculos de colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação precoce da agricultura provocou maior aproximação. (Fernando Pessoa. Mar português. Obra poética, 1960. Adaptado.) b) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio financeiro aos familiares dos navegadores. 540 Anotações: O Tratado de Tordesilhas assinado por Portugal e Espanha dividiu os territórios conquistados e a conquistar, traçado por uma linha imaginária a 370 léguas da Ilha de Cabo Verde, onde caberia à Espanha as terras do lado ocidental e a Portugal, as do lado oriental. 1. (Unesp-2014) Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona a) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro séculos. Anotações: e) no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino. Anotações: A chegada dos portugueses ao Brasil foi precedida pela conquista de Ceuta, no norte da África, e pela fixação de feitorias no litoral atlântico africano. Os espanhóis, por sua vez, em sua primeira viagem (1492), acessaram o território americano. PVE17_1_HIS_A_01 geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes.” Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica: a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 540 20/09/2016 17:58:30 III. A América Portuguesa foi um exemplo de colônia de povoamento, que serviu para o envio dos excedentes populacionais da metrópole. Quais estão corretas? a) Apenas I. d) Apenas l e III. 1. C2:H9 (FALBE-2016) “Mas Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia, verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.” b) Apenas II. 4. C2:H8 (Unicamp-2013) Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um cientista que analisou o processo das descobertas marítimas do século XVI, classificando-o como um avanço científico ímpar. A descoberta do Novo Mundo foi marcante porque os trabalhos realizados para conhecer sua geografia tiveram incontestável influência no aperfeiçoamento dos mapas e nos métodos astronômicos para determinar a posição dos lugares. Humboldt constatou a importância das viagens imputando-lhes valor científico e histórico. (Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15.) A partir do texto, é possível afirmar que Colombo a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela valorização da razão, da aventura e do sucesso individual. b) demonstrava a persistência, durante o período da expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e fabulosa. (Adaptado de H. B. Domingues, “Viagens científicas: descobrimento e colonização no Brasil no século XIX”, em Alda Heizer e Antonio A. Passos Videira, Ciência, Civilização e Império nos trópicos. Rio de Janeiro: Acess Editora, 2001, p. 59. c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca incessante de novos mercados. d) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamento medieval a) Assinale a alternativa correta. b) O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da inferioridade da natureza americana, que justificava a exploração colonial e o trabalho compulsório. 2. C1:H4 (FAMERP-2015) Leia o texto para responder a próxima questão É o comércio que os interessa [aos europeus que vêm para a América, a partir do século XV], e daí o relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a América; e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não faltava objeto para atividades mercantis. [...] Os problemas de novo sistema de colonização, envolvendo a ocupação de territórios quase desertos e primitivos, terão feição variada, dependendo em cada caso das circunstâncias particulares com que se apresentam. A primeira delas será a natureza dos gêneros aproveitáveis que cada um daqueles territórios proporcionará. c) Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimentos e das viagens marítimas e reconhece suas contribuições para a expansão do conhecimento científico. d) Os conhecimentos anteriores às proposições de Galileu foram preservados nos mapas, métodos astronômicos e conhecimentos geográficos do mundo resultantes dos descobrimentos. e) Os descobrimentos tiveram grande repercussão no mundo contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e sociais com os quais se explica o processo da independência nas Américas. (Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1987.) É possível afirmar que a chegada dos europeus à América, a partir do século XV, deve ser analisada à luz a) das preocupações econômicas europeias e da reorganização das rotas marítimas, que provocou uma ampliação significativa dos empreendimentos mercantis. b) dos esforços europeus para imediato povoamento e ocupação dos novos territórios, a fim de permitir o início dos intercâmbios mercantis. c) das dificuldades demográficas que a Europa atravessava, com a redução abrupta da população e o aumento da oferta de trabalho. d) dos problemas sociais e políticos que as coroas europeias enfrentavam, devido ao crescimento do movimento operário e ao agravamento das disputas dinásticas. e) da abundância de especiarias e alimentos na Europa, que obrigava os países a se aventurarem em busca de novos mercados consumidores. 3. C3:H11 (UFRGS 2013) Leia o enunciado abaixo. A expansão portuguesa não pode nem deve ser vista como um processo acumulativo: foi marcado por continuidades e descontinuidades, e por quebras e transformações nos padrões das suas atividades, do Atlântico ao Índico, da Índia ao Atlântico Sul, do Brasil à África. PVE17_1_HIS_A_01 (BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (dir.). A expansão marítima portuguesa,1400-1800. Lisboa: Edições 70, 2010. p. 8.) A partir da leitura do enunciado, considere as seguintes afirmações. I. A reduzida capacidade demográfica da metrópole portuguesa não impediu a constante emigração com destino, principalmente, ao Brasil. II. O tráfico de escravos, iniciado pelos portugueses, não tardou a envolver, na América, os domínios coloniais de Espanha, Inglaterra, França e Holanda. e) Apenas II e III. c) Apenas l e ll. 5. C3:H11 (Enem-2014) Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. (J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. Adaptado.) Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de a) gosto pela aventura. d) interesse pela natureza. b) fascínio pelo fantástico. e) purgação dos pecados. c) temor do desconhecido. 6. C2:H7 (FGV-2014) Sobre as relações entre os reinos ibéricos e a expansão ultramarina, é correto afirmar que a: a) centralização do poder no reino português só ocorreu após a vitória contra os muçulmanos na Guerra de Reconquista, o que garantiu o estabelecimento de alianças diplomáticas com os demais reinos ibéricos, condição para sanar a crise do feudalismo por meio da expansão ultramarina. b) Guerra de Reconquista teve papel importante na organização do estado português, uma vez que reforçou o poder do rei como chefe político e militar, garantindo a centralização do poder, requisito para mobilizar recursos a fim de bancar a expansão marítima e comercial. c) canalização de recursos, organizada pelo estado português para a expansão ultramarina, só foi possível com a preciosa ajuda do capital dos demais reinos da Península Ibérica, na Guerra de Reconquista, interessados em expulsar o invasor muçulmano que havia fechado o rentável comércio no Mediterrâneo. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 541 541 20/09/2016 17:58:30 III. A América Portuguesa foi um exemplo de colônia de povoamento, que serviu para o envio dos excedentes populacionais da metrópole. Quais estão corretas? a) Apenas I. d) Apenas l e III. 1. C2:H9 (FALBE-2016) “Mas Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média acerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia, verdadeiramente obsessiva em seus escritos, de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.” b) Apenas II. 4. C2:H8 (Unicamp-2013) Alexandre von Humboldt (1769-1859) foi um cientista que analisou o processo das descobertas marítimas do século XVI, classificando-o como um avanço científico ímpar. A descoberta do Novo Mundo foi marcante porque os trabalhos realizados para conhecer sua geografia tiveram incontestável influência no aperfeiçoamento dos mapas e nos métodos astronômicos para determinar a posição dos lugares. Humboldt constatou a importância das viagens imputando-lhes valor científico e histórico. (Sergio Buarque de Holanda. Visão do Paraíso. São Paulo: Editora Nacional, 1985, p. 15.) A partir do texto, é possível afirmar que Colombo a) simbolizava o conquistador moderno, marcado pela valorização da razão, da aventura e do sucesso individual. b) demonstrava a persistência, durante o período da expansão marítima, de traços de uma mentalidade mística e fabulosa. (Adaptado de H. B. Domingues, “Viagens científicas: descobrimento e colonização no Brasil no século XIX”, em Alda Heizer e Antonio A. Passos Videira, Ciência, Civilização e Império nos trópicos. Rio de Janeiro: Acess Editora, 2001, p. 59. c) simbolizava o conquistador moderno, movido pela ganância financeira e pela busca incessante de novos mercados. d) demonstrava a persistência, em meio à conquista europeia do Atlântico, da lógica maniqueísta do pensamento medieval a) Assinale a alternativa correta. b) O tema dos descobrimentos relaciona-se ao estudo da inferioridade da natureza americana, que justificava a exploração colonial e o trabalho compulsório. 2. C1:H4 (FAMERP-2015) Leia o texto para responder a próxima questão É o comércio que os interessa [aos europeus que vêm para a América, a partir do século XV], e daí o relativo desprezo por este território primitivo e vazio que é a América; e inversamente, o prestígio do Oriente, onde não faltava objeto para atividades mercantis. [...] Os problemas de novo sistema de colonização, envolvendo a ocupação de territórios quase desertos e primitivos, terão feição variada, dependendo em cada caso das circunstâncias particulares com que se apresentam. A primeira delas será a natureza dos gêneros aproveitáveis que cada um daqueles territórios proporcionará. c) Humboldt retoma o marco histórico dos descobrimentos e das viagens marítimas e reconhece suas contribuições para a expansão do conhecimento científico. d) Os conhecimentos anteriores às proposições de Galileu foram preservados nos mapas, métodos astronômicos e conhecimentos geográficos do mundo resultantes dos descobrimentos. e) Os descobrimentos tiveram grande repercussão no mundo contemporâneo por estabelecer os parâmetros religiosos e sociais com os quais se explica o processo da independência nas Américas. (Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1987.) É possível afirmar que a chegada dos europeus à América, a partir do século XV, deve ser analisada à luz a) das preocupações econômicas europeias e da reorganização das rotas marítimas, que provocou uma ampliação significativa dos empreendimentos mercantis. b) dos esforços europeus para imediato povoamento e ocupação dos novos territórios, a fim de permitir o início dos intercâmbios mercantis. c) das dificuldades demográficas que a Europa atravessava, com a redução abrupta da população e o aumento da oferta de trabalho. d) dos problemas sociais e políticos que as coroas europeias enfrentavam, devido ao crescimento do movimento operário e ao agravamento das disputas dinásticas. e) da abundância de especiarias e alimentos na Europa, que obrigava os países a se aventurarem em busca de novos mercados consumidores. 3. C3:H11 (UFRGS 2013) Leia o enunciado abaixo. A expansão portuguesa não pode nem deve ser vista como um processo acumulativo: foi marcado por continuidades e descontinuidades, e por quebras e transformações nos padrões das suas atividades, do Atlântico ao Índico, da Índia ao Atlântico Sul, do Brasil à África. PVE17_1_HIS_A_01 (BETHENCOURT, Francisco; CURTO, Diogo Ramada (dir.). A expansão marítima portuguesa,1400-1800. Lisboa: Edições 70, 2010. p. 8.) A partir da leitura do enunciado, considere as seguintes afirmações. I. A reduzida capacidade demográfica da metrópole portuguesa não impediu a constante emigração com destino, principalmente, ao Brasil. II. O tráfico de escravos, iniciado pelos portugueses, não tardou a envolver, na América, os domínios coloniais de Espanha, Inglaterra, França e Holanda. e) Apenas II e III. c) Apenas l e ll. 5. C3:H11 (Enem-2014) Todo homem de bom juízo, depois que tiver realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando querem empreender suas viagens. (J. P. T. Histoire de plusieurs voyages aventureux. 1600. In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São Paulo: Cia. das Letras, 2009. Adaptado.) Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da época moderna, expressa um sentimento de a) gosto pela aventura. d) interesse pela natureza. b) fascínio pelo fantástico. e) purgação dos pecados. c) temor do desconhecido. 6. C2:H7 (FGV-2014) Sobre as relações entre os reinos ibéricos e a expansão ultramarina, é correto afirmar que a: a) centralização do poder no reino português só ocorreu após a vitória contra os muçulmanos na Guerra de Reconquista, o que garantiu o estabelecimento de alianças diplomáticas com os demais reinos ibéricos, condição para sanar a crise do feudalismo por meio da expansão ultramarina. b) Guerra de Reconquista teve papel importante na organização do estado português, uma vez que reforçou o poder do rei como chefe político e militar, garantindo a centralização do poder, requisito para mobilizar recursos a fim de bancar a expansão marítima e comercial. c) canalização de recursos, organizada pelo estado português para a expansão ultramarina, só foi possível com a preciosa ajuda do capital dos demais reinos da Península Ibérica, na Guerra de Reconquista, interessados em expulsar o invasor muçulmano que havia fechado o rentável comércio no Mediterrâneo. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 541 541 20/09/2016 17:58:30 c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares garantiam relações comerciais lucrativas. 3. (UFSCar) [...] Pré-História do Brasil compreende a existência de uma crescente variedade linguística, cultural e étnica, que acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas constituídas por poucas pessoas [...] que chegaram à região até alcançar muitos milhões de habitantes na época da chegada da frota de Cabral. [...] não houve apenas um processo histórico, mas numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades e descontinuidades, tantas quanto as etnias que se formaram constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60 ou 70 mil longos anos de ocupação humana das Américas. d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica. e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários administrativos. Resposta: C As atividades comerciais praticadas no Oriente durante as décadas iniciais do século XVI eram muito mais lucrativas para os portugueses, pois no Brasil recém-descoberto não foram encontrados nem ouro, nem metais preciosos, ao contrário dos espanhóis. Por isso o interesse em ocupar e colonizar a colônia só ocorreu a partir da década de 1540. (Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noeli. “Pré-História do Brasil”, 2002.) Considerando o texto, é correto afirmar que a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa e, da perspectiva linguística, étnica e cultural, se constituíram como sociedades distintas. b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil anos e dela descendem as populações indígenas brasileiras atuais. 1. (FGV) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que: c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil sustenta-se na ideia da construção de uma experiência evolutiva e linear. a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga. d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas brasileiras como uma trajetória fundada na ideia de crescente progresso cultural. b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas caças. c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos. d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos sedentários. e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente dos recursos que o mar oferecia. Anotações: Os sambaquis são elevações formadas por areia, conchas e moluscos. Em tupi a palavra significa amontoado de conchas. Os povos dos sambaquis eram coletores marinhos, que se alimentavam de moluscos e peixes e viveram no litoral entre 8 mil e 2 mil anos atrás. e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram numerosas e estavam em um estágio evolutivo igual ao da Pré-História europeia. Anotações: As pesquisas arqueológicas no Brasil apontam para diversas formações de nichos culturais em nosso território ao longo de milhares de anos. Cada um com sua tradição. Muitas desapareceram séculos antes de os portugueses chegarem ao Brasil; outras permaneceram e foram estudadas, primeiro por jesuítas, depois por arqueólogos e antropólogos. 2. (UFES) Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras, II. tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos aldeamentos jesuítas; III. exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no interior do Brasil; IV. ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná. Em relação às proposições acima, está correto o que se afirma a) apenas em I, II e III. b) apenas em II, III e IV. c) apenas em I, III e IV. d) apenas em I, II e IV. e) em todas elas. Anotações: Os tupiniquins são um grupo indígena da mesma ramificação da família dos tupi-guarani. Foram tupiniquins os primeiros índios a ter contato com europeus, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500. Eram inimigos tradicionais de outro grupo tupi, os tupinambás, e aliaram-se aos portugueses durante o Período Colonial contra os franceses. 1. C3:H15 (Fuvest-2015) A colonização, apesar de toda violência e dis- rupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje. (FAUSTO Carlos. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.) Com base no trecho, é correto afirmar que a) o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas. b) várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana. c) a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940. d) a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu. e) não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural. 548 PVE17_1_HIS_A_02 possuíam as seguintes características no período colonial: I. viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada pelas florestas e matas; HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 548 20/09/2016 17:58:36 1. (Enem) Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terra floresta”, não é um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede. 1. (UFMG) “As águas são muitas e infindas. E em tal maneira [a terra] é grandiosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem. Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza esta pousada para a navegação [...], isso bastava. Mas, ainda, disposição para nela cumprir-se – e fazer – o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber o acrescentamento da nossa Santa Fé!” (Carta de Pero Vaz de Caminha, 1.º de maio de 1500.) Com base nesse trecho da Carta de Caminha, o descobrimento do Brasil pode ser relacionado: a) à procura de produtos para o comércio no Continente Europeu. (ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007. Adaptado.) De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que: a) a floresta não possui organismos decompositores. b) o potencial econômico da floresta deve ser explorado. c) o homem branco convive harmonicamente com urihi. d) as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital. e) Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais. Resposta: E Os Yanomamis consideram a floresta um organismo vivo capaz de se desenvolver através de processos de trocas. Esse processo é chamado de Wixia, porém, com a intervenção do homem branco, a destruição e o desmatamento da floresta poderiam comprometer até mesmo seu sustento e suas vidas. 2. (Unimontes) O período compreendido entre 1500 e 1530 é denominado, pela historiografia tradicional, de “período pré-colonial”. Entre as características dessa época, é incorreto elencar: a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil. b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral. c) à divisão do cristianismo pela Reforma Religiosa. d) à procura do caminho marítimo para as Índias. Anotações: A leitura desse importante documento histórico, a Carta de Pero Vaz de Caminha, narrando ao rei de Portugal suas impressões sobre a nova terra, mostra que não apenas os motivos econômicos incentivavam os portugueses, mas também a ideia de levar o cristianismo a outros povos (anunciar o Evangelho). 2. (Unicamp) O termo ‘feitor’ foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas ocupações. Na época da expansão marítima portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil tinham feitores na direção dos entrepostos com função mercantil, militar, diplomática. No Brasil, porém, o sistema de feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo ‘feitor’ muito associado à administração de empresas agrícolas. (VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 222. Adaptado.) a) Indique características do sistema de feitorias empreendido por Portugal. d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão. As feitorias constituíam entrepostos comerciais no litoral de áreas coloniais ou de contatos dos portugueses para captação e armazenamento de produtos obtidos através de trocas com os nativos. Resposta: D A fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão só ocorreram após esse período inicial, também chamado de período de reconhecimento. São Vicente, a primeira vila da colônia, foi fundada em 1532, e a escravidão foi implementada com a lavoura e a manufatura canavieira no decorrer do século XVI. b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrícolas? c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil. b) ao ideal de expansão religiosa do cristianismo. 3. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chama- do período pré-colonial (1500-1530), foi marcado pelo(a): a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil. b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano. Uma observação atenta ao texto traria dados ao estudante sobre a distribuição das feitorias, bem como a atuação dos feitores na administração mercantil, militar e diplomática. No Brasil, os feitores associaram-se à administração de empresas agrícolas, nas quais a cana-de-açúcar era o principal produto e eram responsáveis pela organização da produção, do trabalho, castigo e punição de escravos, pela caça ao escravo fugido e pela defesa em geral da unidade produtiva. c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente. d) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os indígenas. Resposta: A Durante o Período Pré-Colonial, as principais características foram: ausência de povoamento, envio de expedições exploradoras e guarda-costas, exploração do pau-brasil. 1. C2:H8 (UERN-2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a imple- mentar uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trindade, 2010.) 554 PVE17_1_HIS_A_03 e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 554 20/09/2016 17:58:39 d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia. 3. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos. Resposta: E Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas foram amistosos, principalmente porque não havia a intenção de conquistar e colonizar a terra. Com o início da ocupação da terra, o conflito se caracterizou na medida em que os indígenas, apesar de não terem a noção de propriedade privada, sentiram suas terras e vida ameaçadas pelos portugueses. PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Editor, 2005. Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se a) a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo. 1. (FALBE-2016) “Para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho com um machado acima do pé, até que lhe chegam à veia, e como lhe chegam corre este óleo em fio, e lança tanta quantidade cada árvore que há algumas que dão duas botijas cheias, que tem cada uma quatro camadas. Este óleo [de copaíba] tem muito bom cheiro, e é excelente para curar feridas frescas, e as que levam pontos da primeira curam, soldam se as queimam com ele, e as estocadas ou feridas que não levam ponto se curam com ele, sem outras mezinhas; com o qual se cria a carne até encourar, e não deixa criar nenhuma corrupção nem matéria. Para frialdades, dores de barriga e pontadas de frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algumas pessoas querem afirmar que até no vidro míngua; e quem se untar com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudicial.” (Enem-2010) Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical. b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social. c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território. d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais. e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. Anotações: As tribos Tupi-guaranis, que ocuparam grande parte do território brasileiro, conforme descreve o texto, possuíam as características básicas dos nativos do Brasil, vivendo principalmente da agricultura rudimentar – que tinha como complemento a caça e pesca – praticada de forma nômade ou seminômade. A guerra teve certa importância para as tribos, porém, diferentemente de outros povos, não era a atividade que garantia poder ou controle sobre outros povos. A prática da antropofagia era comum e tinha caráter ritualístico, religioso, uma vez que acreditavam que a ingestão da carne de inimigos mortos lhes fortaleceriam. Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Edusp, 1987, p. 202-203. O texto, escrito por um viajante português ao Brasil em 1587, indica a percepção de características dos nativos, como a) o conhecimento de árvores e de ervas e o desenvolvimento de práticas medicinais e da cerâmica. b) a submissão aos conhecimentos científicos dos portugueses e a capacidade de observação da natureza. c) os cuidados com a diversidade da flora e da fauna e a limitação dos recursos hídricos disponíveis. d) o caráter religioso das práticas médicas e a dificuldade de reconhecer o avanço das doenças. Anotações: No trecho do Tratado descritivo do Brasil, redigido na segunda metade do século XVI, o português Gabriel Soares de Souza descreve a extração do óleo de copaíba (árvore natural da Amazônia) além das diversas utilidades medicinais, as propriedades do “óleo santíssimo”, o autor destaca que os índios armazenavam o óleo de copaíba em “todas as vasilhas”, revelando o desenvolvimento de práticas ceramistas entre os índios brasileiros. 2. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que: a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano. b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura. PVE17_1_HIS_A_04 c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani. 1. C3:H14 (Enem-2013) Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”. (AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: <www.outraspalavras.net>. Acesso em: 7 dez. 2012.) d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os sambaquis. Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal: a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas. e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e nações. b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no assunto. Anotações: c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos. Várias eram as tribos de indígenas espalhadas pelo território, com diferenças linguísticas e culturais sem, portanto, constituírem uma identidade homogênea. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 561 561 20/09/2016 17:58:43 2. (UEL) Com o fim do domínio gentílico sobre a terra, os parentes mais O senhor coincide com o cidadão. Pelo contrário, o escravo é, por natureza, incapaz de deliberar, participa da razão sem a possuir. O segundo critério articula-se com o primeiro. Certos trabalhos que implicam apenas o uso da força são, por essência, servis, e são esses os que se adequam aos indivíduos que foram definidos como escravos pela sua incapacidade de raciocinar. próximos do pater apropriaram-se das terras mais ricas, passando a ser conhecidos como eupátridas (os bem nascidos). O restante da terra foi dividido entre os georgoi (agricultores); os mais prejudicados por esta divisão foram os thetas (marginais), excluídos da partilha. Os novos grupos sociais, a propriedade privada da terra e o surgimento dos demos marcaram o advento da pólis (cidade-Estado) grega. Sobre a pólis grega, é correto afirmar: a) Em razão da abundância de terras na pólis, os excedentes populacionais balcânicos continuaram a lutar por terras em torno da acrópole. (ARISTÓTELES. Política.) Baseado nos critérios de Aristóteles é correto afirmar: a) Na Grécia Antiga, a escravidão e a política estavam vinculadas contraditoriamente, pois a existência de uma justificava a outra, ou seja, para que os homens livres pudessem se dedicar exclusivamente à política, o trabalho, que garantia sua subsistência, deveria ser feito pelos escravos. b) O poder ampliado do pater na administração da família e da casa enfraqueceu o individualismo, pois beneficiou igualmente filhos e parentes distantes na partilha dos bens. b) A condição de escravo, em qualquer época, implica o reconhecimento, pelo indivíduo escravizado, da perda de sua condição humana e de sua inferioridade em relação ao senhor, o que o leva a aceitar mais facilmente tal situação, que passa a ser vista como inevitável. c) Os georgoi produziram grandes riquezas em suas terras devido às boas colheitas e, com isso, despertaram a cobiça dos eupátridas. d) Com a pólis, o urbano constituiu-se como a base da sociedade e seu elemento de união, e a cidade-Estado passou a ser liderada por um conselho de eupátridas. c) A escravidão no mundo antigo greco-romano recaía sobre os povos de tradição guerreira, que, por serem portadores de grande força física e de culturas primitivas, eram considerados mais capazes de realizar trabalhos que exigiam apenas o uso da força. e) Os demiurgos tornaram-se o grupo social dominante em cada pólis, compartilhando o poder político com os eupátridas. Resposta: D No desenvolvimento político, Atenas, inicialmente, organizou-se por meio dos eupátridas, aristocracia proprietária de terras e escravos, reunidos em um Conselho que escolhia os Magistrados, denominados Arcontes (em número de nove, eleitos por um período de um ano), que cuidavam das funções religiosas, do comando do exército, do preparo das leis e do cuidado com sua execução. d) A escravidão na Antiguidade Clássica adotava critérios étnicos e culturais, o que fazia com que somente povos considerados bárbaros, incultos, incapazes de usar a razão fossem escravizados nas guerras. Portanto, os povos vistos como civilizados ficavam isentos de tal condição. e) Os escravos antigos assemelhavam-se aos modernos, principalmente no que dizia respeito à destinação dos produtos de seu trabalho, já que, em ambas as situações, o trabalho escravo vinculava-se à produção de alimentos que garantiam a subsistência dos homens livres. 3. (Unicamp) A característica mais notável da Grécia Antiga, a razão profunda de todas as suas grandezas e de todas as suas fraquezas, é ter sido repartida numa infinidade de cidades que formavam um número correspondente de Estados. As condições geográficas da Grécia contribuíram fortemente para dar-lhe sua feição histórica. Recortada pelo embate entre a montanha e o mar, há uma fragmentação física e política das diferentes sociedades. (Adaptado de Gustave Glotz, A cidade grega. São Paulo: Difel, 1980, p. 1.) a) Segundo o texto, qual a organização política mais relevante da Grécia Antiga? Indique suas principais características. Resposta: A organização política se dava em torno da cidade-Estado, a qual possuía independência diante das demais cidades-Estado gregas, pois cada pólis se regulava autonomamente, conforme a deliberação de seus cidadãos e as instituições políticas por ele criadas. Nelas, não existia separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. As decisões políticas das cidades-Estado eram discutidas entre os considerados cidadãos, geralmente homens, proprietários de terras e escravizados. b) Relacione a economia da Grécia Antiga com as condições geográficas indicadas no texto. A agricultura era restrita aos poucos vales férteis, pois a Grécia possui um clima árido e relevo montanhoso. Nas áreas litorâneas, os gregos exploraram a navegação e ao se comunicarem com outras ilhas, expandiram o comércio marítimo. Anotações: Aristóteles busca uma base racional para justificar a escravidão, apresentando a condição de escravo oposta ao cidadão. Nesse contexto, a cidadania não estava ligada à posição social e sim ao vínculo com a pólis (nascido na pólis, filhos de pais nascidos na pólis). Isso colocava a condição de que o estrangeiro não poderia adquirir status de cidadão, ficando, portanto, alijado da vida política. O escravizado não possuía direitos políticos, tendo apenas uma participação na vida econômica da pólis devido à dedicação à subsistência dos cidadãos. 2. (UEM-2012) Tomando como base o texto a seguir e o contexto his- tórico a que ele se refere, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os sistemas de governo na Grécia Antiga. “Entre os Estados, em geral, se dá o nome de realeza ao que tem por finalidade o interesse coletivo; e o governo de um pequeno número de homens, ou de muitos, contando que não o seja de um apenas, denomina-se aristocracia – ou porque a autoridade está nas mãos de várias pessoas de bem, ou porque essas pessoas dela se utilizam para o maior bem do Estado. Por fim, quando a multidão governa no sentido do interesse coletivo, denomina-se esse governo de República, que é um nome comum a todos os governos.” (ARISTÓTELES. Política: texto integral. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 90.) (1) Ao longo da sua existência, a cidade-Estado de Atenas experimentou formas de governo como a monarquia e a democracia. (2) A principal característica do período Homérico (XII-VIII a.C.) era o predomínio de uma anarquia “homérica” em que cada cidade-Estado procurava subjugar a outra. PVE17_1_HIS_B_01 1. (UFPA-2012) Aristóteles propunha dois critérios para diferenciar senhores e escravos: O primeiro critério é de ordem política: o homem é, por natureza, um animal político, um ser cívico; por conseguinte, só o homem livre é totalmente homem, porque só ele está apto para a vida política. (3) Ainda que os gregos tivessem produzido grandes filósofos, os textos destes não foram assimilados pelos governantes da época, pois só foram valorizados durante o Renascimento Italiano do século XV. (4) Assim como em nossos dias, a democracia praticada na Grécia Antiga garantia a liberdade política a todos os homens que habitavam os territórios gregos. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 573 573 20/09/2016 17:59:18 (5) Nas cidades-Estado onde a nobreza guerreira monopolizava as instituições, consolidou-se o regime aristocrático em que uma minoria deliberava pelo povo. Soma ( 17) 01 + 16 2. Anotações: (VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992. Adaptado.) A cidade-estado de Atenas, conforme o contexto social e político, organizou suas instituições políticas conforme diferentes regimes de governo, como a monarquia e a democracia. No caso de Esparta, o regime aristocrático foi predominante. Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. 3. (UEPA-2014) Hermes, na Grécia Antiga, era o deus mensageiro, patrono de pesos e medidas, pastores, oradores, poetas, atletas, comerciantes, viajantes e inventores. O culto a Hermes surgiu no Período Arcaico da historia grega, entre 700 a.C. e 500 a.C., e ocorreu numa época em que os antigos Genos foram extintos e ascendeu socialmente uma aristocracia rural concentradora de terras. Em função disso, a população sem acesso a terras tendeu a um grande movimento de dispersão por novos territórios fora da península helênica, o que resultou na expansão das relações comerciais gregas para áreas costeiras do Mar Negro e do Mar Mediterrâneo. Com base nesses dados, é correto afirmar que: a) o surgimento de uma hierarquização entre os deuses refletia a emergência da sociedade de classes na Grécia Antiga. b) a reverência ao deus Hermes derivou do sincretismo religioso promovido pelo estabelecimento de gregos em terras estrangeiras. c) o culto ao deus Hermes representou uma forma de enfrentamento simbólico dos antigos camponeses à espoliação de suas terras. d) a crença nos poderes de Hermes como deus mensageiro e protetor do comércio tem relação com a expansão dos horizontes comerciais e territoriais gregos. e) a reverência a Hermes na Grécia Arcaica resultou de um sincretismo original com o deus romano Mercúrio, patrono do lucro e do comércio. Anotações: A crença em Hermes, o deus mensageiro, está ligada à expansão grega devido, sobretudo, à falta de terras e ao aumento demográfico. Ao conquistarem novos territórios, os gregos também dominaram rotas comerciais e assim expandiram também o comércio. C3:H12 (Enem-2015) O que implica o sistema da polis é uma extraordinária proeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político. b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade. d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra. e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias. 3. C3:H12 (Enem-2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. (COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 2000.) A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à a) adoção do sufrágio universal masculino. b) extensão da cidadania aos homens livres. c) afirmação de instituições democráticas. d) implantação de direitos sociais. e) tripartição dos poderes políticos. 4. C2:H9 (FGV-2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a outros inanimados; o capitão de um navio usa um leme sem vida, mas um homem vivo como observador; pois o trabalhador num ofício é, do ponto de vista do ofício, um de seus instrumentos. Assim, qualquer parte da propriedade pode ser considerada um instrumento destinado a tornar o homem capaz de viver; e sua propriedade é a reunião desse tipo de instrumentos, incluindo os escravos; e um escravo, sendo uma criatura viva, como qualquer outro servo, é uma ferramenta equivalente às outras. Ele é em si uma ferramenta para manejar ferramentas. (Aristóteles (século IV a.C.). Política) A escravidão era comum na Grécia Antiga. Em Atenas, Corinto e Mileto, quase toda a vida econômica dependia do trabalho escravo. Era frequente encontrar o escravo trabalhando na agricultura, nas oficinas de artesanato, em serviços domésticos e nas minas. O modo como os gregos encaravam a escravidão ficou registrado em textos de filósofos da época, como o de Aristóteles, do qual podemos depreender que o escravo era visto como um a) ser vivo e humano, antes de tudo. b) instrumento de trabalho vivo e uma propriedade. c) cidadão com direitos, por ser uma criatura viva. d) servo para qualquer trabalho, que não podia ser vendido. e) trabalhador assalariado, explorado como ferramenta viva de trabalho. 574 (Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado) Nas pólis, é correto a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra 5. C1:H1 (PUC-SP-2014) “Por natureza, na maior parte dos casos, há o que comanda e o que é comandado. O homem livre comanda o escravo. [...] Estabelecemos que o escravo é útil para as necessidades da vida.” (ARISTÓTELES. Política (IV a.C.) apud REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo:Saraiva, 2012. p. 33.) O texto, escrito no século IV a.C., indica que, no mundo grego antigo, a: a) democracia envolvia todos os moradores das cidades e do campo, sem fazer distinções de raça ou condição social. b) escravidão era considerada natural e sua instituição permitiu a participação dos cidadãos na vida política. PVE17_1_HIS_B_01 1. C1:H1 (UFSCar) Os instrumentos são de vários tipos; alguns são vivos, entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estado ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 574 20/09/2016 17:59:19 Com base nesse excerto, considere as afirmativas a seguir sobre os valores ressaltados no poema e sobre características da cidade-Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.: 1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo ideal militar expresso no poema, motivo pelo qual juntaram esforços na Liga de Delos. b) Apresente a concepção de homem associada a cada um desses dois estilos arquitetônicos. A arquitetura na Grécia Antiga está associada a um ideal humanístico de valorização do homem, que contrasta com a concepção cristã de valorização da divindade – o teocentrismo. No templo grego, os espaços, as colunas denotam vigor do engenho humano, aproximado dos deuses. No templo cristão, o engenho humano é posto a serviço da divindade e fixa a insignificância dos seres humanos perante a divindade. Um aspecto relevante a ser observado é que a arte grega era individualista e engrandecia o seu criador, enquanto que a arte gótica da catedral era anônima. 2. O poema expressa os valores esperados dos soldados espartanos: a coragem, o espírito de combate e a cooperação com o coletivo. 3. Para sustentar o exército, o Estado espartano formou a Liga do Peloponeso e distribuiu as terras conquistadas entre as cidades-Estado aliadas. 4. Esparta Manteve uma elite militar, formada pela educação rígida de suas crianças, que eram controladas pelo Estado e separadas de suas famílias. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 1. (UPE-2015) Sobre o surgimento da arte cênica, todos falam em Grécia, mas o teatro aparece exclusivamente, em Atenas, nas últimas décadas do século VI a.C. Nenhuma das versões sobre o advento do teatro, na verdade, é conclusiva ou informa qual o momento exato em que se deu o fenômeno da arte dramática. b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. (HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 24.) d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. Sobre a temática abordada no texto, assinale a alternativa correta. a) O marco inicial do teatro é a Paixão de Osíris, encenada em Abydos, no Egito, no ano de 2600 a.C. Resposta: B A afirmativa [1] é incorreta porque, comparativamente, Esparta acentuava mais o ideal militar como estilo de vida, enquanto Atenas priorizava o ideal filosófico – cultural. A afirmativa [3] é incorreta porque a Liga do Peloponeso foi formada durante a Guerra do Peloponeso, quando Esparta liderou um levante de cidades-Estado contra Atenas, a fim de retirar-lhe a supremacia que exercia. b) A arte teatral surge ainda na Pré-história, em forma de dança ou canto, com o objetivo de evocar a chuva, a caça ou outras atividades básicas. c) O auge da produção teatral grega se deu no século V a.C., em Atenas. d) Os grandes nomes da dramaturgia grega foram Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Plauto. 3. (Vunesp) Observe as duas figuras: e) O teatro, desde seu surgimento em Atenas, sempre foi uma arte elitista, sem muito apelo popular. Anotações: As encenações teatrais se concentravam em Atenas, no início eram realizados em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho, das festas e do teatro), e atinge seu auge ao mesmo tempo que a própria cidade de Atenas, no século V a.C. Partenon Catedral de Estrasburgo Os templos apresentados (o Partenon da Grécia clássica e a catedral gótica de Estrasburgo da Idade Média) veiculam princípios religiosos da Grécia antiga e do cristianismo, respectivamente. a) Indique uma diferença entre a concepção religiosa grega da Antiguidade e a cristã. Resposta: Existem várias diferenças, entre as quais podemos destacar: a religião grega na Antiguidade era politeísta; a cristã, é monoteísta. A religião grega antiga não acreditava na vida eterna, que é o principal aspecto da religiosidade cristã, que atrela a isso uma ética de conduta humana específica. Enquanto os gregos tinham uma relação mercantil com seus deuses, o Deus cristão é gratuidade. PVE17_1_HIS_B_02 2. (UFSC-2013) A educação em Esparta: Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente necessário. O resto da educação visava acostumá-los à obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer o combate. Do mesmo modo, quando cresciam, eles recebiam um treinamento mais severo: raspavam a cabeça, andavam descalços, brincavam nus a maior parte do tempo. Tais eram seus hábitos. (PLUTARCO. A vida de Licurgo. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga.4. ed. São Paulo: Contexto, 1998. p. 109.) Sobre o papel da educação e da escrita nas sociedades antigas, é correto afirmar que: (1) o Egito Antigo, extremamente dependente do rio Nilo e de seu regime de cheias, fez da agricultura sua principal atividade econômica. Esta característica impediu o desenvolvimento da escrita naquela sociedade. (2) a escrita cuneiforme, criada pelos assírios na antiga Mesopotâmia, tinha por função estabelecer acordos comerciais com os etíopes. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 579 579 20/09/2016 17:59:38 (3) conforme o trecho citado, podemos perceber que a educação tem estreita relação com as características sociais. O militarismo de Esparta influenciou a educação de suas crianças. (4) a educação que uma criança recebia na antiguidade dependia da posição social e do gênero. As mulheres atenienses, por exemplo, recebiam uma educação familiar que lhes qualificava para as atividades domésticas e os cuidados com os filhos. (5) na China, o confucionismo valorizava uma educação pautada no respeito às tradições, ressaltando valores como moderação e harmonia. Soma ( 28 ) 04 + 08 + 16 Anotações: Na Antiguidade, é clara a estreita relação entre a escrita e as interações sociais. No caso de Esparta, conforme aponta o documento, somente o essencial era ensinado, uma vez que o intuito era formar um cidadão-soldado. Os papéis sociais, na Grécia Antiga, para cada um dos sexos eram bastante claros: o homem se preparava para a guerra e a mulher para a manutenção da prole. Conhecida pelos chineses como “ensinamentos dos sábios”, o confucionismo compilou e organizou antigas tradições da sabedoria chinesa. A respeito dessa guerra retratada no filme considere as afirmativas. I. O conflito entre persas e as cidades-Estado da Península do Peloponeso envolviam a política expansionista dos espartanos liderados por Temístocles. II. Leônidas liderou os soldados espartanos na sua resistência aos persas no desfiladeiro das Termópilas. III. O exército grego foi liderado pelo imperador Marco Antônio na sua luta contra o rei Xerxes. IV. Apesar da autonomia de cada uma das cidades-Estado gregas, elas se uniram na luta contra os persas em várias guerras no século V a.C.. V. A vitória dos 300 de Esparta se deveu às condições estratégicas do Estreito de Termópolis, que deram a Leônidas uma vantagem de 1 para 20. Assinale a alternativa correta. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III estão incorretas. e) Somente as afirmativas IV e V estão incorretas. 2. C1:H2 (Unisinos-2012) “O que me parece ser tipicamente grego é a 3. (PUCRS-2015) No No contexto das chamadas Guerras Médicas, no século V a. C., configurou-se um período de hegemonia de Atenas sobre o mundo grego, em substituição à Esparta. Um dos fatores condicionantes dessa hegemonia foi a) o protagonismo ateniense nas principais vitórias contra os persas, obtidas, em terra, na Lacônia e na Ásia Menor. b) a formação da Liga do Peloponeso, liderada por Atenas e composta pelas principais cidades agrícolas fornecedoras de escravos. c) a diminuição drástica do número de metecos e escravos em Atenas devido à guerra, o que obrigou parte da elite a aplicar recursos no comércio e na manufatura. d) a permanência, após a guerra, do exército espartano na própria cidade, para defender a aristocracia das sublevações dos hilotas e periecos. e) a queda da ditadura de Péricles em virtude do final da guerra, o que consolidou a democracia e ampliou a influência política de Atenas. Anotações: Enquanto o exército espartano preocupava-se em conter os ataques dos piriecos e hilotas, Atenas conseguiu consolidar sua influência por toda a Grécia, e assumir a liderança, através de seus generais, da Liga de Delos. atitude crítica com relação ao registro dos acontecimentos, isto é, o desenvolvimento de métodos críticos que nos permitem distinguir entre fatos e fantasias.” (MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: Edusc, 2004, p. 55). É comum afirmar-se que a história, como narrativa dos acontecimentos, teria nascido com os gregos antigos. Embora ela não fosse ainda uma ciência, dava os primeiros passos para contar as coisas que aconteceram com os homens por meio de razões humanas, e não mágicas. Dois autores que se destacaram na tarefa de narrar o mundo, na Grécia Clássica, são a) Heródoto e Tucídides. d) Homero e Hesíodo. b) Heródoto e Homero. e) Heródoto e Cícero. c) Tucídides e Homero. 3. C1:H1 (ESPM-2013) [...] A batalha de Maratona foi longa e cheia de peripécias. Os bárbaros conseguiram desbaratar as fileiras do centro do exército ateniense, pondo em fuga os remanescentes; mas as duas alas compostas de atenienses e plateus atacaram as forças adversárias que haviam rompido o centro do exército, impondo-lhes uma derrota irreparável. Vendo-as fugir lançaram-se em sua perseguição, matando e esquartejando quantos encontraram pela frente, até a beira mar, onde se apoderaram de alguns dos navios inimigos. (Heródoto. História) Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o nome da guerra em que ocorreu a batalha de Maratona bem como os bárbaros, mencionados no texto: a) Guerra do Peloponeso – troianos. blockbuster esperando uma aula de história, mas no filme 300, o épico estrelado por Rodrigo Santoro, que relata o confronto entre gregos e persas no ano 480 a.C., abusa do direito à licença poética. O ator brasileiro interpreta Xerxes, o Grande Rei dos persas, e a maneira como o personagem é retratado andou enfurecendo o governo do Irã, país que é herdeiro direto da antiga Pérsia. A fúria tem certa razão de ser: do figurino às motivações políticas, o Xerxes do brasileiro não tem quase nada a ver com a sua contraparte histórica. (Disponível em: <ceticismo.net/comportamento/300-de-esparta-%E2%80%93-aguerra-filme-x-historia>. Acesso em: 03 maio 2015.) b) Guerras Médicas – troianos. c) Guerra do Peloponeso – persas. d) Guerras Médicas – persas. e) Guerras Púnicas – cartagineses. 4. C1:H4 (UPE-2012) Desde Homero, a poesia greco-romana traçou um padrão de qualidade, que se configura entre as grandes produções literárias do Ocidente. Sobre a produção poética do mundo clássico, analise as seguintes afirmações: I. A poesia de Homero, exemplo de epopeia, serve como fonte para os primórdios da formação do povo grego. II. A Odisseia pode ser interpretada, em especial à passagem do canto das sereias, como a afirmação do poder das elites, personificadas na figura do herói Ulisses. 580 PVE17_1_HIS_B_02 1. C3:H14 (UNISC-2015) Nem o sujeito mais pedante vai assistir a um HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 580 20/09/2016 17:59:38 a divisão dos domínios romanos em três grandes regiões: a África e a Sicília ficaram por conta de Otávio; Marco Antônio com a Gália e a Cisalpina; e Lépido comandaria a Península Ibérica e a Gália Narbonesa. 2. (UPF) “A grande realização de Roma foi transcender a estreita orien- No ano de 40 a.C., uma nova divisão territorial determinou que Lépido dominasse a África, Otávio as terras ocidentais, e Marco Antônio, o Oriente. As terras da Península Itálica seriam dadas como território neutro. A partir de 38 a.C. as hostilidades entre os generais se salientam. Lépido foi afastado do poder e exilado de Roma. Marco Antônio, no Egito, envolvido amorosamente com Cleópatra, confabulava para atacar Otávio com todas as armas. Em 33 a.C., a guerra torna-se aberta. O início da constituição da civilização romana foi marcado pela pluralidade de povos, culturas e formas de governos. Essas características persistiram tanto no período de ascensão quanto no de declínio de Roma. Considerando a diversidade de influências que auxiliaram na constituição da civilização romana é incorreto afirmar que: a) Roma era inicialmente habitada por camponeses que, com o desenvolvimento da cidade, adotaram estilos arquitetônicos, técnicas de construção de estradas, engenharia hidráulica, metalúrgica, entre outros conhecimentos da civilização etrusca. tação política da cidade-Estado e criar um Estado universal que unificou diferentes nações do mundo mediterrâneo”. (PERRY, Marvin. História concisa da civilização ocidental, 2002.) b) os germanos impulsionaram o comércio romano de vinho e azeite no século VI a.C.. c) a república romana foi instaurada em fins do século VI a.C., quando os patrícios depuseram o monarca etrusco. d) Roma consolidou seu poder sobre o mundo mediterrâneo ao vencer os cartagineses na Guerras Púnicas. e) Roma consolidou seu poderio conquistando ou agregando povos e expandindo seu território. Cena da batalha que decidiu os rumos de Roma durante o Segundo Triunvirato. Em setembro de 31 a.C., em nome de Caio Otávio, o general Agripa comandou a frota romana contra as tropas de Marco Antônio, apoiado por barcos de guerra da rainha Cleópatra do Egito. A Batalha de Áccio, na Grécia, proporcionou o fim da oposição ao poderio crescente de Otávio. Durante a luta, Cleópatra decidiu fugir e Antônio depressa a seguiu. Cerca de um ano depois destes eventos, Otaviano invadiu o Egito e Antônio e Cleópatra suicidaram-se. Caio Otávio, em 31 a.C, tornou-se o primeiro imperador e levou Roma a conquistar a Macedônia, a Grécia, o Egito e o Oriente Médio, a Gália e a península Ibérica. Bastante luxo e novos costumes são integrados à classe dirigente em decorrência da conquista do Império Helenístico. Resposta: B Roma foi inicialmente habitada por camponeses – entre eles etruscos – que se organizavam segundo relações de parentesco, que se assumiram complexidade e se organizaram ao redor de famílias que destacavam um pater, que mais tarde assumiu a posição de rei. Em 509 a.C., o rei Tarquínio, o Soberbo, foi derrubado por uma conspiração de patrícios e uma república instaurou-se. A vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas foi determinante para a expansão romana e para o domínio sobre o Mar Mediterrâneo (mare nostrum). A dominação e expansão romana se basearam na dissipação de cultura e valores. A única alternativa incorreta é a B, já que os bárbaros germânicos não foram os responsáveis por impulsionar o comércio romano de azeite e vinho. 3. (UEPB-2013) A expansão territorial na Antiga Roma trouxe profundas modificações na sociedade estabelecida na Península Itálica. Entre elas, podemos destacar: a) o número de escravos aumentou significativamente e estes foram largamente utilizados na agricultura, na produção de alimentos e nas atividades urbanas. b) o fortalecimento da política agrícola com a expansão dos minifúndios. c) a democratização da sociedade com igualdade de direitos políticos entre patrícios e plebeus. 1. (FGV) “A partir de então, passou-se a eleger cônsules em número de dois, ao invés de um único rei, com o propósito de que, se um deles tivesse a intenção de agir mal, o outro, investido de igual autoridade, o coibisse.” d) a crise da mão de obra escrava, que ficou concentrada nos campos agrícolas, deixando carente o setor urbano de trabalhadores livres. (Flávio Eutrópio. Sumário da história romana. In: Historiadores latinos. NOVAK, G., M e outros (Orgs.), trad. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 259.) e) o grande êxodo urbano, devido a contatos com outros povos e as conquistas romanas. O trecho refere-se ao período da história de Roma conhecido como: a) Diarquia, instituída logo após a época imperial. b) Democracia, organizada após a revolta dos plebeus e dos escravos. c) Consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos. d) República, estabelecida pela aristocracia patrícia. Resposta: A Com a expansão territorial de Roma, novos territórios foram agregados e povos subjugados, o que incrementou a quantidade de escravos em Roma. Além disso, o crescimento territorial fez com que a concentração de terras aumentasse, e os pequenos lavradores, muitas vezes endividados, tornavam-se escravos, aumentando ainda mais o número destes. Resposta: D O consulado foi estabelecido na República, que veio substituir o período da monarquia romana. A República foi estabelecida pela aristocracia patrícia, visando a maior participação na vida política de Roma. 586 1. (UFPE-2010) A grandiosidade do Império Romano criava muitos pro- blemas administrativos e conflitos de poder, dificultando a ação dos seus governantes. Na arte, os romanos seguiram soluções práticas para facilitar sua vida urbana. A arquitetura romana, por exemplo, foi: PVE17_1_HIS_B_03 e) Pax romana, imposta pelos senadores como forma de limitar o poder dos patrícios. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 586 20/09/2016 17:59:59 0-0) marcada pela influência dos etruscos no uso do arco e da abóbada. 1-1) definida pelas influências grega e egípcia, o que resultou em construções grandiosas em homenagem aos deuses. 2-2) marcada pela utilização de pedras e tijolos, utilizados em grandes edifícios públicos. 3-3) suntuosa nas construções públicas, que eram de grande originalidade para a época. 4-4) baseada no uso exclusivo do arco, graças a influência dos mesopotâmicos. Anotações: 2. (PUCRS-2013) Durante o período monárquico (cerca de 750 a.C. a 509 a.C.), a organização social básica do mundo romano era a _________, comunidade formada por um grupo extenso de membros que se reconheciam como descendentes de um antepassado comum e onde se concentravam propriedades e fortunas. Os líderes de tais comunidades eram homens conhecidos como _________, chefes de família com direito de vida e morte sobre os demais membros. Não faziam parte dessas comunidades os _________, indivíduos originários de povos submetidos pela população nativa de Roma. Esses indivíduos eram súditos livres, proprietários e contribuintes, mas não podiam exercer funções públicas, exceto serviços militares. a) tribo – patrícios – servos b) tribo – monarcas – clientes c) gens – patrícios – plebeus e) gens – monarcas – plebeus Anotações: Durante a monarquia em Roma, a organização social se dava em torno da gens (clã). Com base na família, a união dos gens formou a monarquia. Nesse contexto, os patrícios possuíam direitos políticos, e os plebeus estavam excluídos da vida pública. 3. (Unesp) A escravatura [na Roma Antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista [...]. (LE ROUX, Patrick. Império Romano, 2010.) Sobre a escravidão na Roma Antiga, é correto afirmar que: a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça. b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo. c) atingiu o auge com a ocupação romana na Germânia e de territórios na Europa Central. d) diminuiu bastante após a implantação do império e foi abolida pelos imperadores cristãos. e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres. PVE17_1_HIS_B_03 A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à a) adoção do sufrágio universal masculino. b) extensão da cidadania aos homens livres. c) afirmação de instituições democráticas. d) implantação de direitos sociais. e) tripartição dos poderes políticos. 2. C1:H1 (Mackenzie-2015) “Os generais os enganam quando os exor- tam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra”. (Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v 4, p.150) Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas por Tibério Graco, político romano, em um discurso público. A respeito da iniciativa promovida tanto por ele, como por seu irmão Caio, durante o período da Republica romana (VI a.C. – I a.C.) podemos afirmar que a) reafirmou o poder da aristocracia romana, confirmando o direito a terras e indenização em caso de expropriação nos períodos de guerra. b) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição de terras seria a solução para atender às necessidades de uma plebe marginalizada. d) cúria – eupátridas – clientes C1:H1 (Enem-2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. (COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.) V, F, V, F, F. 0-0) Verdadeira. A arquitetura romana foi eclética, com influência etrusca acentuada. 1-1) Falsa. Foi forte a influência grega, as os egípcios não influenciaram significativamente. De fato, as construções grandiosas dos romanos tinham o objetivo de ressaltar a suntuosidade. 2-2) Verdadeira. Os edifícios mostravam o poder e a riqueza dos romanos, o valor das suas conquistas e da sua cultura. 3-3) Falsa. Havia suntuosidade, mas não originalidade. Os romanos foram práticos, imitando as soluções encontradas por outros povos. 4-4) Falsa. O uso das colunas com arcos somente se fez presente com a grande influência dos gregos, que eram um modelo cultural para os romanos. 1. Anotações Na Roma monárquica a escravidão já existia e ocorria por dívida. Entretanto, ela era pouco significativa, e só aumentou durante o período republicano devido à política expansionista-militar, quando parte dos povos dominados eram enviados como escravizados à Roma. Desde as Guerras Púnicas (contra Cartago, pela hegemonia no Mar Mediterrâneo), o escravismo tornou-se o modo de produção romano por excelência. c) defendiam uma maior participação política da classe de comerciantes para promover o desenvolvimento e expansão da economia romana. d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, sendo os generais do exército, os únicos capazes de assumir o governo em época de crise. e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da aristocracia romana, puderam promover uma reforma social que aplacou o clima de tensão vivido na época. 3. C2:H10 (PUCRS-2014) As relações sociopolíticas conflitivas entre patrícios e plebeus marcaram o período histórico da república, na Roma Antiga. Nesse contexto, a permissão de casamentos entre membros desses dois grupos sociais, a partir de 445 a.C., produziu a) o enfraquecimento do poder político dos patrícios, que contribuiu para a extinção do Senado. b) o aumento da população na península, que resultou na diminuição das guerras de conquista para recrutamento de escravos. c) o desaparecimento da instituição dos Tribunos da Plebe, em função da progressiva perda da identidade política plebeia. d) o surgimento de uma nova aristocracia, que passou a controlar o acesso aos cargos públicos mais elevados. e) a relativa decadência do latifúndio escravista, devido à ampliação do acesso às terras do ager publicus aos novos grupos familiares. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 587 587 20/09/2016 18:00:00 Os momentos finais de Roma O imperador romano Diocleciano (284-305), na tentativa de manter a unidade do Império, decretou o latim como língua oficial. O imperador Teodósio (379-395) tornou o cristianismo religião oficial do Estado Romano, pelo Edito de Tessalônica (391). Em 395, com a morte de Teodósio, desfez-se definitivamente a unidade do Império: a parte Oriental foi herdada por seu filho Arcadius, e a parte Ocidental, pelo filho Honorius. d) A desintegração do Império Romano teve como causa principal a divisão do império em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. e) O Império Romano do Ocidente teve uma duração maior do que a existência do Império do Oriente. O Oriente, em 1453, foi tomado pelos turcos otomanos. A parte Ocidental desapareceu em 476, com as invasões germânicas. Oficialmente, o ano 476 é a data de encerramento do Império Romano do Ocidente, com a deposição de Rômulo Augustulus, por Odoacro, chefe dos bárbaros hérulos. 3. (UFTM-2012) Imperador de Roma entre 253 e 260, Valeriano es- creveu: Não consideramos que os coloni [colonos] tenham a liberdade de abandonar a terra à qual estão presos por sua situação e nascimento. Se o fizerem, que sejam trazidos de volta, acorrentados e castigados. (Apud Gordon V. Childe. O que aconteceu na história, 1973.) 1. (UFG-2014) Leia o verbete a seguir. A determinação imperial ocorreu a) por ocasião da abolição da escravatura e consequente desorganização gerada pela mudança do regime de trabalho. vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta. b) em um momento de crise do Império, quando a situação de arrendatários e camponeses deteriorou-se. (FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. Adaptado.) O verbete “vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O sentido predominante no dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na cultura ocidental, de uma a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie. Resposta: C A letra A é incorreta, pois o fato de as cidades romanas terem se tornado centros comerciais não explica a crise do Império. A letra B é incorreta porque o imperador Constantino I foi quem garantiu a liberdade religiosa aos cristãos. A letra D é, na realidade, consequência da desintegração e não causa. A letra E é falsa, o Império do oriente teve maior duração até 1453, sob o nome de Império Bizantino. Sendo assim, a letra correta é a C, a crise pela falta de escravos devido à estagnação na expansão e as invasões bárbaras são as principais razões da crise. c) em função das invasões dos povos que viviam fora do Império, o que propiciou a fuga dos colonos. d) em represália às atitudes dos cristãos, que condenavam os trabalhos forçados e promoviam revoltas. e) por conta do início da expansão do Império, que exigiu um grande exército e causou o despovoamento dos campos. b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, se apropriou da herança cultural dos povos germânicos conquistadores, valorizando-a. c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana, reprimidos desde as invasões dos povos bárbaros. d) imagem construída por povos dominados pelo Império, que identificaram os vândalos como símbolo de resistência à expansão romana. Resposta: B Em meio à crise do escravismo, a partir do século III, o sistema de colonato torna-se a solução para o problema da falta de mão de obra e da retração da produção agrícola no Império Romano. Devido ao fim das conquistas, a quantidade de escravos que adentrava o Império diminuiu drasticamente, contribuindo para uma crise na produção de alimentos, o que deteriorou a situação econômica de proprietários de terra e arrendatários. Os escravos, bem como os trabalhadores livres, são substituídos gradativamente pelos colonos que, por um lado, tinham o status superior ao do escravo uma vez que não eram mais uma mercadoria, mas por outro lado, estavam presos à terra. e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos germânicos que disseminou uma imagem negativa em relação aos vândalos. Resposta: A O termo “bárbaro” é originário da civilização grega, e designava que os demais povos eram inferiores se comparados à cultura. Os romanos, ao herdarem muito da cultura grega, retomam a expressão “bárbaro”, e associam a todos os povos que não pertenciam ao Império Romano. Com isso, pretendiam da mesma forma que os gregos, inferiorizar outros povos, reforçando a dicotomia entre civilização e barbárie. 1. (Unicamp-2014) O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, podemos afirmar que: a) “Bárbaro” foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações. b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo. 2. (UFAC) Em relação ao colapso do Império Romano do Ocidente, assinale a alternativa verdadeira: a) A causa principal da dissolução do Império Romano ocorreu quando as cidades do ocidente romano tornaram-se centros econômicos do império em florescente processo de urbanização. b) O Império Romano entrou em colapso, a partir do século III, quando Constantino resolveu não mais conceder liberdade de culto aos cristãos. c) A desintegração do Império Romano, no século V, foi provocado pela crise do escravismo, pelo colapso econômico e pelas chamadas “invasões bárbaras”. 592 c) “Bárbaros” eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os vândalos, por exemplo. d) Gregos e romanos classificavam de “bárbaros” povos que viviam da caça e da coleta, como os persas, em oposição aos povos urbanos civilizados. Anotações: O termo “bárbaro” foi usado várias vezes, e em diferentes contextos ao longo da história, designando povos que eram de fora de determinada civilização. No contexto da Roma Antiga, eram bárbaros todos aqueles que não falavam latim. PVE17_1_HIS_B_04 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 592 20/09/2016 18:00:06 2. (UEM-2012) A crise do império romano iniciou-se no século III d.C. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). (1) A crise teve seu início com a derrota dos exércitos romanos nas guerras púnicas, contra os cartagineses. (2) O expansionismo militarista do império levou a um excedente de mão de obra escrava e barata. Esse excesso de mão de obra gerou um desequilíbrio social. (3) Com a crise, os campos foram abandonados e as cidades cresceram demasiadamente sem que houvesse uma estrutura urbanística adequada. (4) Um dos motivos da crise foi a pressão exercida nas fronteiras do império pelos povos chamados bárbaros, muitos incorporados ao próprio exército romano como mercenários. (5) Um dos aspectos da crise foi a fragmentação política que ocorreu no império romano naquele período. Soma ( 24 ) 08 + 16 Anotações: As Guerras Púnicas ocorreram durante o Período Republicano, com a vitória dos romanos, entre os séculos III a.C. e II a.C. Durante o império, a política expansionista foi freada, fato que, gradualmente, determinou a redução do número de escravos, afetando a produção e a organização social. Essa situação determinou um forte processo de ruralização, com a substituição da mão de obra escrava para o sistema de colonato. Além da crise do escravismo, as invasões bárbaras representaram um grande problema para o Império, com novas guerras, perdas territoriais e, principalmente, com a necessidade de incorporar novos povos à estrutura imperial. 3. (UEPA-2012) (http://parahistorico.blogsopt.com/2009/2adesao-independenciarebeliões.httm) A imagem nos remete à luta entre gladiadores. Um jogo importante na composição da política do “pão e circo” instituída no Império Romano. Na arena, escravos se enfrentavam até a morte para o deleite dos espectadores. Neste contexto, a violência se transforma em espetáculo público, e nele se observa: a) a capacidade de articulação dos gladiadores para as revoltas contra a ordem estabelecida, da qual a luta dos gladiadores era a principal representação pública. b) o vínculo entre a morte de um gladiador na arena e a ascensão dos mártires cristãos ao Panteão Romano, como ato de regeneração social. c) o sentimento de remissão dos gladiadores pelas culpas das mortes causadas em suas lutas nos espaços públicos e privados. d) a inserção dos escravos nas esferas públicas após a conquista de vitórias consecutivas nas arenas. e) a diversão das camadas sociais mais afetadas pela política expansionista de Roma e pelo crescimento do número de escravos nas cidades. PVE17_1_HIS_B_04 Anotações: As lutas de gladiadores, bem como corridas e encenações, fizeram parte do chamado “pão e circo”, no decorrer do Império Romano, tendo por objetivo acalmar a ira do povo que se ressentia com o inchaço da cidade devido à concentração populacional e a falta de empregos. Ao mesmo tempo, as constantes apresentações de lutas só eram possíveis graças ao grande fluxo de escravos, vindos das diversas frentes de batalhas decorrentes do expansionismo romano. 1. C2:H10 (FGV-2015) A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa. (Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p. 140.) O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar: a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações sociais dos guerreiros germânicos. b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana. c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI. d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a síntese social com os romanos. e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares. 2. C2: H9 (UEPA-2014) Além dos fervores e das delícias do calendário religioso, havia outros prazeres que nada tinham de sagrado e só eram encontrados na cidade; faziam parte das vantagens da vida urbana. Tais prazeres consistiam nos banhos públicos e nos espetáculos (teatros, corridas de carros no Circo, lutas de gladiadores ou de caçadores de feras na arena do anfiteatro, ou em terra grega, no teatro) […] Homens livres, escravos, mulheres, crianças, todo mundo tinha acesso aos espetáculos e aos banhos, inclusive os estrangeiros, vinha gente de longe para ver os gladiadores numa cidade. Por alguns cêntimos, os pobres passavam horas num ambiente luxuoso que constituía uma homenagem das autoridades. Além das complicadas instalações de banhos frios e quentes, os pobres encontravam passeios e campos de esporte. […] Nessa vida de praia artificial, o maior prazer era de estar na multidão, gritar, encontrar pessoas, escutar as conversas, saber de casos curiosos que seriam objetos de anedota e exibir-se. (ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.p.193-194, In BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. vol.1. São Paulo: Editora Moderna, 2010). A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o Estado romano propiciava: a) espaços públicos luxuosos destinados aos banhos frios e quentes, que tinham a finalidade de promover o lazer e estimular a comunicação e socialização entre as diversas camadas sociais de Roma. b) locais insalubres para as camadas populares se divertirem, nos quais encontravam os banhos públicos e espetáculos gratuitos como a luta de gladiadores, dentro da política do pão e circo. c) espaços privados de lazer para as camadas mais abastadas da sociedade romana, onde eram cultivadas rodas de conversação e espetáculos teatrais. d) divertimentos populares a todos os segmentos sociais, os quais eram realizados em espaços públicos e privados, sendo nestes últimos instaladas as famosas termas onde ocorriam os banhos quentes e frios. e) oportunidades para os segmentos sociais mais abastados se comunicarem com sujeitos vindos de outros lugares, especialmente da Grécia, objetivando a interação de costumes e valores. 3. C3:H13 (UFPR-2011) O cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura e difícil para HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 593 593 20/09/2016 18:00:07 2. (UFRGS) Foi fator decisivo para a sobrevivência dos povos do período Neolítico: a) a utilização de metais como cobre e bronze. 2. (Enem) b) o nomadismo típico dos povos caçadores e coletores. c) a Revolução Neolítica. d) a Revolução Urbana e a formação dos impérios teocráticos. e) a formação de religiões monoteístas. Resposta: C A Revolução Neolítica foi fator decisivo pelo fato de significar o surgimento da agricultura, rompendo com a dependência do homem sobre as forças naturais. Além do que a alternativa A é relativa ao Paleolítico e as outras são consequências da Revolução Neolítica. 3. (UFSM) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas. A pintura rupestre, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento socioeconômico. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. d) possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial. Resposta: D Essa área é denominada de “crescente fértil”. Às cheias dos rios impregnava-se vegetação nutritiva para o solo, e assim criavam-se condições favoráveis à agricultura. Pintura rupestre da Toca do Pajaú – PI. Internet: <www.betocelli.com>. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial. Anotações: As pinturas rupestres, encontradas em cavernas, são atributos de povos da Pré-História, caracterizados pelo nomadismo e pela ausência de produção – viviam da caça, pesca e coleta. 3. (UECE) O Crescente Fértil, expressão que identifica uma área da civilização antiga, refere-se às seguintes civilizações: a) China, Índia e Japão. b) Grécia, Roma e Egito. 1. (Fatec) O Iraque, recentemente em guerra com os EUA e Inglaterra, b) durante o governo de Nabucodonosor foram realizadas grandes construções públicas, merecendo destaque os “Jardins Suspensos da Babilônia”, considerados uma das maravilhas do Mundo Antigo. c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não conseguiu manter o império, que foi conquistado por Ciro, o Grande, da Pérsia. d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar a Caldeia, mudou a capital do império para a cidade de Ur. e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldeia e fundaram diversas cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia. Anotações: Apesar de não haver vestígios de sua existência em pesquisas arqueológicas, os Jardins Suspensos da Babilônia, de acordo com documentos gregos encontrados, eram compostos por cerca de seis terraços construídos como andares, dando a ideia de serem elevadiços – ou suspensos, como o próprio nome sugere. Os andares tinham cerca de 120 m², apoiados por gigantes colunas que chegavam a medir até 100 metros. 604 c) Irã, Palestina e Mesopotâmia. d) Fenícia, Cartago e Roma. Anotações: A região do Crescente Fértil compreende a região do Oriente Médio, habitada pelas primeiras civilizações da história, por causa da fertilidade do solo nos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. 1. C1:H1 (Unesp-2016) 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...] 133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água. [...] 135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai. [...] 138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir. (www.direitoshumanos.usp.br) PVE17_1_HIS_C_01 já foi palco de uma grande civilização na Antiguidade, a Mesopotâmia. Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil, é correto afirmar: a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que além de transformar a Babilônia num dos principais centros urbanos, elaborou o 1.º código de leis completo, assentado nas antigas tradições sumerianas. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 604 20/09/2016 18:00:22 1. (Vunesp) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram, acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque a) se opunham ao politeísmo dominante na época. b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio. c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado. d) construíram túmulos, em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a eternidade. e) os camponeses constituíam categoria social inferior. Anotações: Os egípcios criam na imortalidade da alma e em uma nova vida além-túmulo. 2. (PUCPR-2010) Na Antiguidade muitos povos consideravam que as doenças eram enviadas pelos deuses. No final do século VIII a.C., quando os assírios sitiaram a cidade de Jerusalém e ameaçaram invadi-la, uma epidemia virulenta acometeu o acampamento matando muitos soldados. Nessa ocasião, Ezequias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma bênção de Deus. Nesse contexto, marque a alternativa incorreta sobre a religião dos hebreus: a) Os hebreus consideravam Deus como soberano absoluto, fonte de todo o Universo e dono de uma vontade suprema. b) O Deus hebreu era transcendente, não se identificava com nenhuma força natural; estava acima da natureza. c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia exigências éticas ao seu povo. Ao contrário dos deuses do Oriente Próximo, Deus não era atraído pela luxúria ou impelido pelo mal. d) Deus para os hebreus era uno, soberano, transcendente e bom. e) Para os hebreus o poder de Deus vinha de um poder preexistente, habitava a natureza e fazia parte dela. A ilustração sintetiza a sociedade egípcia. A partir das informações que ela contém, é possível afirmar: I. Na base da sociedade, encontrava-se o rio Nilo, cujas águas podiam ser aproveitadas para o cultivo sem necessidade de técnicas específicas nem aprimoramento de organização social. II. O ecossistema do Nilo tinha como um dos elementos o sol, o qual está representado na figura de um deus, com disco solar sobre a cabeça, transmitindo a ideia de que ele ilumina e aquece o rio, a terra e os homens. III. As árvores frutíferas e as cenas de plantio e colheita ocupam o centro da pintura, indicando a importância tanto das águas do rio quanto da luz da divindade solar para o ecossistema. IV. A pintura é uma representação alegórica e não realista não indicando informação sobre a estrutura política e administrativa (o faraó e seus funcionários), por isso não serve como fonte para o estudo da história e sociedade egípcias. Está(ão) correta(s) A economia do Antigo Egito era baseada na agricultura que a) apenas I e II. por sua vez dependia das cheias do Rio Nilo, o que exigiu dos b) apenas II e III. egípcios o desenvolvimento de técnicas agrárias para um melhor aproveitamento das cheias. A pintura retratava a vida c) apenas III. cotidiana e suas crenças na vida após a morte. d) apenas III e IV. e) apenas IV. 1. C3:H15 (UFTM-2012) Em janeiro de 2011, os jornais noticiaram que os protestos contra o governo do Egito poderiam ter um efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga civilização egípcia. De acordo com as agências de notícias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo. Numa delas, indivíduos quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias, recentemente identificadas como avós do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores pareciam procurar apenas por ouro. Sarcófago do Faraó Tutankhamon, Museu do Cairo, Egito Anotações: Os hebreus, diferentemente dos demais povos do Oriente Antigo, eram monoteístas, acreditavam em um só Deus (Iiavé ou Javé), o criador supremo do Universo, descaracterizando-se a afirmação de que o poder de Deus vinha de um poder preexistente. 3. (UFSM-2011) PVE17_1_HIS_C_02 (www.twip.org) (Pintura mural no túmulo de Sennedjem, em Tebas (1306 - 1290 a.C.) In: ARRUDA; PILETTI. Toda a História. São Paulo: Ática, 2008. p. 21.) Sobre o material arqueológico proveniente do Antigo Egito, é correto afirmar que a) sua destruição afetaria a economia do Egito, mas não traria consequências sérias para a ciência e para a história, que já estudaram esse material. b) grande parte dele foi destruído pelos próprios egípcios ainda na Antiguidade, como estratégia para proteger os segredos de sua cultura dos invasores. c) foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em poder de países europeus. d) permitiu compreender a importância dos rituais fúnebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis. e) tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 613 613 20/09/2016 18:00:42 3. “Os egípcios acabariam por dar a essa cultura, conhecida desde - 2000, o nome de Kush termo que empregavam para caracterizar o reinado que se estabeleceu ao sul da Segunda Catarata após – 1700.” Marzolino/Shutterstock concentravam em si bastante prestígio e conseguiram estabelecer um governo rival ao do imperador. Assim, duas cortes conviveram, uma ao Norte e outra ao Sul, por 60 anos. (ZAYED, Abd Hamed; DEVISSRE, Jean.O Egito e suas Relações com o Mundo Africano. In: História Geral da África. São Paulo: Ática, 1981. v. 2.) A partir do que foi descrito, é possível afirmar que: a) o reino do Kush derrotou e subjulgou os egípcios. b) as relações entre Egito e Kush eram inexistentes. c) o conhecimento acerca do reino do Kush se deve, em parte, aos relatos egípcios. d) o Reino do Kush por ser afastado do Egito não possuiu relações com a cultura egípcia. Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Com o shogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, a classe dos samurais passou a ser uma casta. Assim, o título de “samurai” começou a ser passado de pai para filho. Resposta: C Além dos registros arqueológicos, o conhecimento sobre a Núbia ou reino do Kush se deu através dos registros egípcios, dada a proximidade territorial e de relações entre as duas civilizações. 1. (PUC) A atuação do Estado na vida econômica dos povos da Antiguidade Oriental, principalmente em relação à agricultura, foi bastante acentuada, sendo justificada por eles como: a) forma de garantir a produção de gêneros de primeira necessidade sem excedentes lucrativos. 1. Explique quem eram os samurais. Resposta: Os samurais eram soldados subvencionados pela aristocracia japonesa, liderados por um general (shogun), também responsável pela administração e pelas decisões políticas regionais. Os samurais seguiam um rígido código de ética, denominado Bushido, que tinha como princípios a lealdade, a disciplina e a coragem. b) necessária para assegurar as provisões para consumo do exército. c) decorrente da necessidade de controlar a produção em tempo de guerra. d) única maneira de garantir a distribuição equitativa da riqueza entre os súditos. 2. “As margens do Rio Amarelo Durante muito tempo, acreditou-se que as margens do rio Huang-Ho foram o berço de toda a civilização chinesa. Escavações arqueológicas mais recentes levaram os historiadores a concluírem que as margens do rio Huang-Ho foram apenas um dos centros de difusão de uma das várias culturas que originou a civilização chinesa. Em 1986, foram encontrados no sudoeste da China, na vila de Sanxingdui, objetos de bronze da mesma época da Dinastia Shang (aproximadamente 1500-1050 a.C.), mas com um estilo muito diferente do de objetos da mesma época encontrados no leste do país. Esses e outros achados são exemplos de que o processo de povoamento e o desenvolvimento cultural da China antiga foram muito mais complexos do que se imaginava.” e) responsabilidade atribuída aos governantes para zelarem pelo bem comum. A economia era baseada na agricultura, e a maior parte da população era ligada à terra, sob o controle do Estado. Um dos papéis do governante era o de zelar pelo bem comum de seus súditos, e o papel destes era trabalhar em prol do governante, que representava o Estado. 2. (UFES) Na Antiguidade Oriental, o modo de preparação asiático caracterizou-se fundamentalmente pelo(a) a) fracionamento da propriedade fundiária em partes entregues a nobres da Casa Real. (VIVELA, Túlio. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/ china-antiga-1-o-rio-amarelo-e-as-origens-da-civilizacao-chinesa.htm>. Publicado em: 21 nov. 2006. Acesso em: 7 maio 2015.) A partir do texto e possível concluir que: a) a civilização chinesa teve origem somente nas margens do Rio Amarelo, sendo considerada uma civilização hidráulica como o Egito e Mesopotâmia. b) concentração do controle da produção num partido político. b) apesar da complexidade da civilização chinesa, a sua origem teve um único núcleo civilizacional às margens do Rio Amarelo. d) emprego da força de trabalho escravo, com um comércio operoso, controlado por uma burguesia ativa e numerosa. c) apropriação formal da terra pelo Estado e efetiva pela comunidade camponesa, cujos membros deveriam pagar impostos e prestar serviços ao Estado. c) a civilização chinesa teve origem na conquista dos povos que habitavam as proximidades do Rio Amarelo. Resposta: D Pesquisas arqueológicas demonstraram que a interpretação da origem da civilização chinesa às margens do Rio Amarelo deve ser relativizada, uma vez que vestígios arqueológicos trazem indícios de outros núcleos populacionais em diferentes partes do território, demonstrando maior complexidade da ocupação da China na Antiguidade. 620 e) industrialização acentuada, calcada sobre uma farta e barata força de trabalho servil, amplamente dominada pela aristocracia fundiária. Anotações: No modo de Produção Asiático, a terra pertencia ao Estado, mas o dever de trabalhar nela cabia aos camponeses. Esse trabalho era considerado uma forma de tributo ao governante. PVE17_1_HIS_C_03 d) o Rio Amarelo não foi exclusivamente o local de origem da civilização chinesa, sendo encontrados vestígios arqueológicos em outras localidades. Anotações: HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 620 20/09/2016 18:01:02 3. (IFSC-2014) Costuma-se chamar de Antiguidade Oriental o conjunto das primeiras civilizações que surgiram, em especial os que se organizaram próximo a rios. Alguns autores chamam esses povos de teocracias do regadio. Sobre as sociedades antigas orientais, assinale a soma da(s) proposição(ões) correta(s). (1) Ao contrário de outras civilizações do período, os povos hindus não se beneficiaram de grandes áreas fertilizadas pelos rios. (2) Os fenícios foram um dos povos que mais desenvolveram o comércio marítimo e se tornaram os maiores navegadores do seu tempo. A expansão marítimo-comercial dos europeus, nos séculos XV e XVI, foi motivada pela necessidade de novos mercados, pela falta de metais preciosos, pelo interesse de diferentes grupos sociais, pela propagação da fé cristã e pela ambição material. Nesse cenário, os Continentes Asiático, Africano e Americano atraíram a atenção dos europeus para a exploração econômica. Considere as seguintes fontes de riqueza: I. Pecuária II. Café III. Escravos (3) Os povos das sociedades antigas orientais não conheceram a religião monoteísta, ou seja, que pregava a existência de apenas um deus. IV. Cana-de-açúcar O Continente Africano foi explorado nas fontes a) I e III. (4) Os povos da Antiguidade Oriental não conheciam a escrita. b) II e IV. (5) Os chineses tiveram na agricultura sua atividade principal, apesar de se tornarem especialistas na produção de artigos de bronze, porcelana e seda. Soma (18 ) 02 + 16 c) III e IV. Anotações: Uma característica comum de diversos povos da Antiguidade Oriental é que eles tiveram o seu desenvolvimento ligado a grandes rios, como o caso da China, que, apesar de outros ofícios, teve na agricultura sua principal atividade econômica. d) I e II. 3. C1:H4 (UFSC-2014) Para Edward Said (1935-2003) – intelectual, crítico literário e ativista político –, as regiões do mundo que chamamos de Ocidente e Oriente não são lugares “naturais”, mas invenções humanas. [...] Segundo Said, desde a Antiguidade o pensamento ocidental construiu a imagem negativa das sociedades que viviam fora da Europa. Mas foi principalmente com a expansão colonialista no século XIX que surgiram intelectuais, cientistas e artistas europeus interessados em estudar os povos do Oriente. (VAINFAS, Ronaldo et al. História. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 456. v. 3.) Sobre as relações da Europa com o Oriente, é correto afirmar que: (1) as relações entre Europa e Oriente ficaram ainda mais próximas na Baixa Idade Média, com o crescimento do comércio. 1. C3:H11 (UTFPR-2012) Leia o texto e assinale a alternativa correta. “A história de nossa civilização ocidental tem origem no Oriente, por volta de 3000 anos a.C. Certos povos já haviam descoberto a escrita e tinham chegado a um sistema complexo de vida. Desenvolviam diversas atividades organizadas de trabalho, no campo e nas cidades. Tinham uma forma definida de governos e leis (...) tinham, enfim, uma cultura. É o que chamamos civilizações.” (Hollanda, S. B. A história da civilização, São Paulo, 1975, p. 11.) a) As primeiras civilizações surgiram às margens dos grandes rios como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Rio Amarelo entre outros. (2) Marco Polo esteve no Oriente e produziu narrativas sobre suas viagens, registradas no Livro das Maravilhas. (3) no século XV, Vasco da Gama esteve na Índia e descreveu a região como tendo um Estado unificado política e culturalmente, fato que foi confirmado posteriormente pelos colonizadores portugueses. (4) a conquista de novos territórios pelos países industrializados no século XIX visou dominar áreas por eles consideradas “atrasadas”, para fins de exploração. b) A escrita foi inventada na China. (5) apesar de sua tradição industrial, a Inglaterra, ao dominar a Índia no século XIX, respeitou e valorizou a produção artesanal local de artigos têxteis. c) Na Índia surgiu o sistema de escravidão. ( d) A antiga Pérsia corresponde hoje ao território de Israel. e) A religião monoteísta é uma criação do antigo Egito. 2. C2:H6 (UEMG-2015) ) ao contrário da Índia, a China não foi alvo de interesse dos países europeus no século XIX. Soma ( ) 4. C1:H2 “Na África, quando morre um ancião é uma biblioteca que desaparece”. (Ahmadou Hampaté Bá). A respeito das características peculiares das civilizações africanas: a) comente a importância da cultura oral para os povos africanos. b) contextualize as relações de parentesco nas tribos africanas. 5. C2:H10 (UFSC-2012) Várias sociedades antigas se desenvolveram PVE17_1_HIS_C_03 ao longo de rios. Sobre elas, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). (1) As antigas China e Índia também são consideradas sociedades hidráulicas e se favoreceram, respectivamente, dos rios Amarelo e Indo. (2) A China Antiga foi rica em pensadores, como Sun Tzu, Confúcio e Lao-Tse. Uma obra conhecida até hoje e que foi produzida no seio desta sociedade é o tratado militar A arte da guerra. (<www.girafamania.com.br/listaestados/mapa-antigo.htm>. Acesso em: 26 jul. 2012.) HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 621 621 20/09/2016 18:01:02 1. Quais são os três principais reinos islamizados ao sul do Saara? Gana, Mali e Songai. 2. (Fuvest-2012) “Os indígenas foram também utilizados em determi- nados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo [...]. O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte etc. Mas na ‘preferência’ pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse ‘gênero de vida’; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa ‘mercadoria’. Esse talvez seja o segredo da melhor ‘adaptação’ do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.” (Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado). Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa: a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis. b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores. c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas. e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização. Anotações: A mão de obra escrava africana estava intimamente associada à lucratividade do tráfico negreiro transatlântico. O tráfico de escravos negros demandava uma estrutura intercontinental também associada ao comércio internacional de insumos agrícolas. 1. C1:H3 (Unicamp-2012) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe. (ARNAUT, Luiz; LOPES, Ana Mônica. História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30. Adaptado.) Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que: a) o princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano. b) os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo. c) a expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente. d) o islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX. 2. C2:H8 (FGV-2011) “Durante a Antiguidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente isolada do resto do mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à exploração de sua costa ocidental.” (José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História). Acerca da África, na época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que: a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de escravos mas não existia uma sociedade escravista. b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença europeia, transformou-se em trabalho escravo. c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos primitivos. d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração dos escravos muçulmanos. e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis. 3. C2:H7 (UFPE - adap.) No século XVI, a necessidade de garantir o abastecimento contínuo de força de trabalho escrava para a América produziu alianças políticas entre representantes dos interesses coloniais e reinos africanos. Sobre essa questão, analise as proposições seguintes. ( ) Essas alianças regularizaram as trocas de mercadorias, instalação de feitorias e de fortalezas. ( ) As trocas de mercadorias entre África e Brasil foram monopolizadas pelos comerciantes brasileiros desde o século XVI. 626 PVE17_1_HIS_C_04 ( ) O Estado português foi o único a estabelecer alianças políticas com reinos africanos durante os séculos XVI e XVII. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 626 20/09/2016 18:01:12 0 SAE DIGITAL S/A Acompanhe no mapa a seguir a ilustração dessa divisão: 600 km Oceano Pacífico Segundo o Tratado de Tordesilhas Oceano Atlântico 2. (PUCPR) Durante o período colonial brasileiro, os forais eram documentos que estabeleciam direitos e deveres aos donatários. Os principais deveres eram: a) respeitar o monopólio real sobre o pau-Brasil, as drogas e especiarias, pagar o dízimo sobre a renda e o quinto sobre o ouro. Olinda REPARTIÇÃO DO NOR TE b) explorar o interior, desenvolver a economia canavieira e escravizar os indígenas. SALVADOR Ilhéus c) cobrar impostos, exercer justiça e pagar o quinto sobre os metais. Porto Seguro REPARTIÇÃO DO SUL d) respeitar os direitos aduaneiros da metrópole, conceder sesmarias e fundar povoados. VITÓRIA RIO DE JANEIRO N e) aumentar a exploração do pau-Brasil, desenvolver as atividades mineradoras e catequizar os indígenas. Santos O L S Povoações Território atual do Brasil Divisão do Brasil em dois governos. Em 1578, a coroa portuguesa optou pela unificação dos governos-gerais, sob o comando de Lourenço da Veiga e com capital no Rio de Janeiro. Em virtude da União Ibérica, em 1621, o Brasil foi novamente dividido em dois governos-gerais. O estado do Brasil tinha sede em Salvador e o estado do Maranhão, em São Luís narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” (ARROYO, Leonardo. A Carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74. Adaptado.) Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi: a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas. Resposta: D Os donatários tinham comprometimento direto com a coroa portuguesa e estavam no Brasil para garantir lucros para o rei. Deste modo, deveriam cuidar que a metrópole, Portugal, recebesse as benesses do pacto colonial, como privilégios alfandegários. Também, deveriam desenvolver a ocupação humana dos espaços para afastar os invasores estrangeiros. Assim, poderiam conceder o direito de plantar em determinado pedaço de terra (sesmarias) e também criar povoados, nos quais atividades econômicas e uma burocracia se desenvolveriam. 3. (Mackenzie) O sistema de capitanias hereditárias, criado no Brasil em 1534, refletia a transição do feudalismo para o capitalismo, na medida em que apresentava como característica: a) A ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia voltada para o mercado interno. b) Uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder local descentralizado. 1. (Unicamp-2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha PVE17_2_HIS_A_05 Resposta: B Conforme a doutrina do mercantilismo, o Estado Nacional português desejava acumular metais preciosos, sendo o ouro bastante visado como riqueza a ser descoberta nas novas terras. c) Ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada. d) Embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma economia escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência medieval. e) Uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os trópicos. Resposta: D A agricultura foi a principal atividade econômica desenvolvida nas capitanias de São Vicente e de Pernambuco. O plantio da cana-de-açúcar, produto asiático, ocorria por meio da mão de obra indígena. Com a disponibilidade de escravizados africanos a partir do contato com tribos africanas que tinham prisioneiros e se dispuseram a trocá-los por fumo, rum e aguardente, preferiu-se estes, devido aos lucros com o tráfico. A produção do açúcar era voltada para a exportação. 1. (UFC) Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa pretendiam tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 567 567 20/09/2016 18:01:18 c) Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. Anotações: As capitanias hereditárias foi a primeira tentativa portuguesa para formar uma administração que pudesse garantir a ocupação da colônia e impedir a invasão de outros povos europeus. 2. (PUC-Campinas) A solução escolhida pelo governo português ao decidir-se pela colonização do Brasil, para garantir tanto a posse das terras brasileiras contra a ameaça estrangeira quanto à sua valorização, foi: a) a proibição de que a criação de gado fosse feita no sertão, fora da área canavieira. b) a doação de sesmarias para a instalação de engenhos de produção açucareira. c) o bandeirismo de apresamento para ataque das missões jesuíticas espanholas. d) o estabelecimento de feitorias no litoral e a realização do escambo de pau-brasil. e) o estímulo à emigração de portugueses para a região mineradora. Anotações: As capitanias hereditárias eram muito extensas, portanto, difícil para seus donos trabalharem a terra e vigiar esse imenso território sozinhos; era comum que elas fossem divididas em pedaços de terra menores, chamados sesmarias. Esses lotes eram distribuídos aos colonos portugueses para o cultivo. 3. (Fuvest) Comente os problemas do regime de capitanias hereditárias e sua relação com a criação do governo-geral em 1548. O regime de capitanias, usado inicialmente na ilha da Madeira, não funcionou no Brasil devido a vários fatores, como a grande extensão territorial, os ataques indígenas, a descentralização administrativa e a falta de recursos de alguns donatários. Em vista disso, a metrópole resolveu intervir no processo de colonização, centralizando a administração e participando efetivamente do processo colonizador. e) os donatários tinham a responsabilidade de arrecadar os principais tributos destinados à Coroa, entre eles 20% sobre os lucros obtidos com o pau-brasil. 2. C2:H9 (FESO-RJ) “O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários.” (Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.) As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção de: a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos. b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras. c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas. d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus. e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem. 3. C1:H4 (UFG-2013) Leia o fragmento a seguir. Que sejam trazidos duzentos carneiros de cargas, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata. (HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do Paraíso. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 97. Adaptado.) O fragmento apresentado, de 1609, destaca uma das medidas tomadas por D. Francisco de Sousa, governador-geral do Brasil, para intensificar a busca por metais e pedras preciosas no interior do território. Nesse documento, o imaginário colonial português se constitui pela influência: a) da notícia sobre as riquezas do território espanhol, que circulava na colônia portuguesa. b) do consumo interno de especiarias espanholas, que tornava a vida cotidiana na colônia mais aprazível. c) da quantidade de prata extraída em Minas Gerais, que aguçava o interesse da população litorânea. d) da carência dos transportes nas regiões auríferas, que obrigava os colonos a escravizar indígenas. e) da eficiência administrativa da Coroa Espanhola, que foi apropriada como modelo pelos portugueses. 1. C2:H9 (UEPB-2014) São aspectos que marcaram o Sistema de Capi- colonial na América portuguesa, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa. ( ) Com o objetivo de diminuir as dificuldades na administração das capitanias, D. João III implantou, na América portuguesa, um Governo-Geral que deveria ser capaz de restabelecer a autoridade da Corte portuguesa nos domínios coloniais, centralizar as decisões e a política colonial. b) o rei regulamentava a doação das Capitanias, os privilégios e deveres de cada donatário por meio da Carta de Doação, editada junto com o Foral. ( ) A Capitania de São Vicente foi escolhida pela Coroa Portuguesa para ser a sede do Governo, pois estava localizada em um ponto estratégico do território colonial português. Foi nesta Capitania que se implementaram as novas políticas administrativas da Coroa com a instalação do Governo-Geral. tanias Hereditárias, exceto: a) o sistema de Capitanias Hereditárias revelou-se um fracasso. Alguns donatários nem vieram ao Brasil, e poucas prosperaram como ocorreu com Pernambuco e São Vicente. c) seria montado com recursos públicos e não tinha a preocupação de garantir a soberania portuguesa sobre o território. d) o território pertencente a Portugal, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, foi dividido em 15 lotes perpendiculares à costa, com áreas desiguais. 568 ( ) Tomé de Souza foi o responsável por instalar o primeiro Governo- Geral. Trouxe com ele soldados, colonos, burocratas, jesuítas, e deu início à construção da primeira capital do Brasil: Rio de Janeiro. PVE17_2_HIS_A_05 4. C3:H14 (UDESC-2013) Analise as proposições sobre a administração HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 568 20/09/2016 18:01:19 A partir do texto acima, assinale a alternativa correta sobre a utilização da mão de obra dos indígenas nas grandes fazendas de açúcar: a) a escravização dos indígenas foi extinta no final do século XVI, razão pela qual os portugueses passaram a escravizar os africanos. e) com a cana-de-açúcar ocorreu efetivamente o processo de povoamento e de instalação da estrutura político-administrativa portuguesa no Brasil. b) as dificuldades para a escravização dos nativos e os lucros do tráfico negreiro levaram os portugueses a utilizar mão de obra dos africanos. c) a escravização dos indígenas ocorria no interior dos aldeamentos jesuíticos, onde, ao lado da catequese, aprendiam o trabalho dos engenhos. d) os jesuítas empreendiam uma intensa campanha contra a escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no final do século XVIII. A introdução da plantation açucareira representou o início efetivo e sistemático da colonização da América portuguesa; com o estabelecimento das primeiras vilas e da administração colonial, primeiramente com o advento das capitanias hereditárias e posteriormente com a implantação do sistema de governo geral. 3. (PUC Minas) A implantação da lavoura canavieira no Brasil colonial, em meados do século XVI, deveu-se, dentre outros fatores a, exceto: a) condições geográficas favoráveis: clima quente e terras em abundância. e) os indígenas aceitaram o trabalho escravo e se acostumaram à vida com seus senhores, ao contrário dos negros africanos. Resposta: B Diversas razões fizeram com que os portugueses optassem pela mão de obra africana. A questão da resistência indígena, por não conhecerem o trabalho compulsivo, e a alta lucratividade do tráfico negreiro são algumas dessas razões. Anotações: b) experiência portuguesa bem-sucedida nas Ilhas Atlânticas. c) ampla aceitação do açúcar no mercado internacional. d) participação de capitais holandeses na distribuição do produto. e) baixíssimos custos na montagem do engenho açucareiro. Anotações: A lavoura canavieira requeria um alto investimento. Esse custo foi financiado pelos holandeses envolvidos no comércio açucareiro das ilhas lusitanas. 1. (Enem-2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. (CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.) Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. Anotações: Ainda no século XVI, o açúcar era considerado uma especiaria, devido ao alto valor que era vendido na Europa. Além da alta lucratividade, a escolha da cana-de-açúcar foi favorecida, dentre outros fatores, ao clima brasileiro e o prévio conhecimento das técnicas de cultivo, pois nesse período Portugal já possuía lavouras nas Ilhas Atlânticas. Assim o cultivo de cana foi a atividade que acabaria por impulsionar a colonização permanecendo como principal fonte econômica por mais de dois séculos. PVE17_2_HIS_A_06 2. (Fatec) As colônias eram uma das mais importantes fontes de rique- 1. C2:H9 (Fuvest-2014) O tráfico de escravos africanos para o Brasil a) teve início no final do século XVII, quando as primeiras jazidas de ouro foram descobertas nas Minas Gerais. b) foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e foi extinto, de vez, no início do século XIX. c) teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de forma regular, até a metade do século XIX. d) foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despeito da pressão contrária das regiões auríferas. e) dependeu, desde o seu início, diretamente do bom sucesso das capitanias hereditárias, e, por isso, esteve concentrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente, até o século XVIII. 2. C3:H15 (FALBE-2016) “Na sua condição de propriedade, o escravo é uma coisa, um bem objetivo. (...) Daí ter sido usual a prática de marcar o escravo com ferro em brasa como se ferra o gado. Os negros eram marcados já na África, antes do embarque, e o mesmo se fazia no Brasil, até no final da escravidão. (...) Seu comportamento e sua consciência teriam de transcender a condição de coisa possuída no relacionamento com o senhor e com os homens livres em geral. E transcendiam, antes de tudo, pelo ato criminoso. O primeiro ato humano do escravo é o crime, desde o atentado contra o senhor à fuga do cativeiro. Em contrapartida, ao reconhecer a responsabilidade penal dos escravos, a sociedade escravista os reconhecia como homens: além de incluí-los no direito das coisas, submetia-os à legislação penal.” (Jacob Gorender. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992, p. 62-63.) zas das quais as monarquias nacionais europeias lançavam mão para se consolidar como Estados fortes e centralizados. Sobre o Brasil Colônia é correto afirmar: a) na sociedade colonial brasileira, existiram relações feudais de produção, especialmente na submissão das populações nativas. O texto indica a) a ambiguidade no reconhecimento, pela sociedade colonial e imperial brasileira, da condição dos africanos escravizados, que se manifestava sobretudo diante de algumas formas de resistência à exploração. b) entre as atividades voltadas para exportação estava a pecuária, que abastecia as diferentes regiões brasileiras e a metrópole. b) a precocidade da legislação brasileira contra crimes hediondos e contra o desrespeito, pelos africanos escravizados, às obrigações e deveres de todo trabalhador rural. c) a administração colonial era descentralizada, cabendo às Câmaras Municipais governar o país. d) no séc. XVIII, a região das Minas Gerais iria sofrer um declínio populacional devido às restrições feitas por Portugal, que temia perder o controle da lavra e da fundição do ouro. c) o reconhecimento, pelos governantes brasileiros na colônia e no império, da necessidade de mediar e controlar as relações dos proprietários rurais com o amplo contingente de africanos escravizados. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 573 573 20/09/2016 18:01:30 em terras brasileiras, combater o embargo comercial hispânico, a participação dos flamencos na indústria açucareira e enfraquecer economicamente a Espanha, então, maior opositora do recém-formado Estado holandês. Anotações: O governo exercido pelo príncipe Maurício de Nassau foi bastante diferente do realizado por outros membros da Companhia das Índias. Entre as medidas, podemos citar a liberação de cultos religiosos, empréstimos aos senhores de engenho e a ajuda para que viessem ao Brasil muitos artistas e letrados europeus para retratar e estudar a região. 1. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas. c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território. d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas. e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo. Anotações: Com a invalidação do Tratado de Tordesilhas, a União Ibérica reforçou as ações coloniais que promoveram a interiorização do nosso território. Sob esse aspecto, destacamos a grande contribuição dada pelo bandeirantismo e o desenvolvimento da atividade pecuarista. Paralelamente, destacamos o processo de expulsão dos colonos franceses que tentaram invadir as terras brasileiras na região do Rio de Janeiro. 2. (UFPR) O quadro político-econômico fundamentado na empresa agrícola, na qual se baseou a colonização do Brasil, sofreu transformações com a união das coroas de Portugal e Espanha, em 1580. A Holanda, que promoveu guerra contra a Espanha, exerceu influência direta na colônia portuguesa na América: a) ocupando grande parte da região produtora de açúcar. b) destinando capitais para a atividade mineradora, visando a exploração das Minas Gerais. c) fazendo deslocar o eixo econômico do Centro-Oeste para o Leste. d) incentivando a indústria de pesca, única atividade rendosa na época. e) implantando a cultura cafeeira e modificando em base o sistema econômico. Anotações: Após a proibição, por parte da Espanha, de que a Holanda continuasse fazendo comércio com Portugal, houve a decisão de invasão do território brasileiro. No caso, Salvador e Pernambuco. 3. (PUCRS) O domínio holandês em Pernambuco no período de Maurício de Nassau (1637-1644) destacou-se devido às medidas tomadas inicialmente pelo administrador holandês, as quais, em um primeiro momento, agradaram à elite local. Entre tais medidas, pode-se destacar: a) a promoção das artes, com a vinda de importantes pintores holandeses que documentaram a região. b) a difusão do calvinismo, proibindo o culto e as manifestações de outras religiões, inclusive a católica. c) a urbanização de Recife, mandando derrubar todos os cajueiros da cidade para a abertura de largas avenidas. d) o incentivo ao plantio de cacaueiros, causando o declínio da cana-de-açúcar. e) intensificação do comércio com os franceses que ocupavam o Maranhão. 578 1. C2:H9 (UPE) A presença holandesa no Brasil colônia causa, até hoje, polêmicas entre historiadores. As controvérsias se localizam, sobretudo, em relação à atuação de Maurício de Nassau, que dirigiu os empreendimentos da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil. Nassau conseguiu destacar-se, mas terminou sendo demitido em 1643. Com relação ao seu governo, é correto afirmar que: a) procurou restabelecer a produção do açúcar, mas fracassou devido à falta de recursos. b) teve cuidados especiais com o Recife, onde fixou sua residência, melhorando suas condições. c) apesar do empenho, não conseguiu aumentar os domínios territoriais dos holandeses. d) reconstruiu a cidade de Olinda, onde pretendia se instalar. e) não conseguiu estabelecer boas relações com os grandes proprietários que tramavam, desde o início, sua expulsão. 2. C3:H15 (PUCRS-2013) A União Ibérica (1580-1640) provocou o acir- ramento de conflitos europeus, alguns dos quais foram transferidos para os territórios coloniais de Portugal e Espanha. A situação que não tem relação com os conflitos do contexto da União Ibérica é: a) Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. b) Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange. c) Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana. d) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-se aos franceses para invadir o Recife em 1595. e) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em estados do Nordeste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. 3. C3:H15 (UERN-2013) Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha contra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Domingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez executar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por alguns anos. (BARBEIRO, Heródoto. História. Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2004 (Coleção de Olho no Mundo do Trabalho). p. 220-221.) O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar, envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio Grande do Norte. Trata-se da(s): a) invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as terras divididas entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra através do Tratado de Madri. b) invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com o intuito de permitir um comércio e refino do açúcar pelos holandeses, diretamente em terras brasileiras. PVE17_2_HIS_A_07 União Ibérica (1580-1640), destacam-se: a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no Recôncavo Baiano. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 578 20/09/2016 18:01:32 SAE DIGITAL S/A 1. (Enem) Pau-brasil Cana-de-açúcar Pecuária (BETHEL, L. História da América. V. I. São Paulo: Edusp, 1997.) Mineração As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que a) Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas. Drogas do Sertão b) o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa. 1. (Cesgranrio) Apesar do predomínio da agro manufatura açucareira c) o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas. na economia colonial brasileira, a pecuária também foi importante. A esse respeito, podemos afirmar que: a) ocorreu uma grande absorção de mão de obra escrava negra. d) Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de Tordesilhas. b) a presença do indígena na extração das “drogas do sertão” foi essencial pelo conhecimento da geografia da região. d) foi responsável pelo processo de interiorização do Brasil Colonial. Pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777), os portugueses entregaram a Colônia de Sacramento à Espanha e ficaram definitivamente com a parte leste do RS, SC e PR. Este tratado cedeu Sacramento e os Sete Povos para a Espanha e ocorreu após violenta invasão argentina ao sul do Brasil,de acordo com o mapa, Portugal perdia a metade oeste do Rio Grande do Sul. e) possibilitou o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional. Resposta: D A necessidade de regiões para criação de gados e as invernadas provocaram, entre outros fatores, a exploração e consequente interiorização dos territórios da América portuguesa, além de incentivar o surgimento de mercado interno na Colônia. 2. (FGV) Entre os momentos definidores da penetração para além do limite do Tratado de Tordesilhas e a consequente expansão territorial do Brasil, no século XVII, estão o/os: a) Tratados de Utrecht e de Madrid. 2. (Fuvest) A maior parte das representações atuais do paulista do sécu- lo XVII, seja na pintura, seja na escultura, mostra-o como uma espécie de Pilgrim Father, em seu traje, com botas altas. Mas, na verdade, eles muito pouca coisa uasaram além do chapelão de abas largas, barbas, camisas e ceroulas. Caminhavam quase sempre descalços, em fila indiana, ao longo das trilhas do sertão e dos caminhos dos matagais, embora, muitas vezes, levassem várias armas. Sua vestimenta incluía, igualmente, gibões de algodão, que se mostraram úteis contra as flechas ameríndias... (A Idade do ouro do Brasil. C. R. Boxer) a) A que figura da Capitania de São Vicente corresponde essa descrição? b) A que se deve sua existência nessa região? Resposta: a) Ao bandeirante. b) Miséria na região, mestiçagem, lendas de El Dorado, trilhas indígenas. Anotações b) Tratados de Santo IIdefonso e de Utrecht. c) Tratado de Madrid e o ciclo da caça ao índio. d) ciclos de caça ao índio e de sertanismo por contrato. e) Tratado de Madrid e o ciclo de sertanismo por contrato. Anotações: O Tratado de Madrid foi firmado entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, com o objetivo de substituir o Tratado de Tordesilhas e definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas, e sobrepondo os limites anteriores. Consagrou o princípio do direito privado romano do “uti possidetis, ita possideatis” (quem possui de fato, deve possuir de direito), delineando os contornos aproximados do Brasil de hoje. O ciclo da caça ao indígena deve-se à interrupção do tráfico negreiro, provocando aumento no preço dos escravizados e a busca e venda de indígenas. 3. (PUCPR) “[...] sairão os missionários com todos os móveis, e efeitos, levando consigo os índios para aldear em outras terras da Espanha; e os referidos índios poderão levar também todos os seus bens móveis e semoventes, e as armas, pólvora e munições [...] se entregarão as povoações à Coroa de Portugal, com todas suas casas, igrejas e edifícios, e a propriedade e posse de terreno...”. “[...] como seria possível fazer a mudança de mais de trinta mil índios para o outro lado do Rio Uruguai sem causar-lhes danos irreparáveis; como transportar sem riscos mais de setecentas mil cabeças de gado? [...]”. (VERISSIMO, Érico. O Continente. São Paulo. Círculo do Livro.) 584 PVE17_2_HIS_A_08 c) por ser uma atividade complementar, a força de trabalho não se dedicava totalmente a ela. e) o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 584 20/09/2016 18:01:37 O texto refere-se ao: a) Tratado de Santo Ildefonso – com entrega para a Espanha das terras da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos. b) Contribuíram para a implantação de uma nova política colonizadora, aproximando índios e colonos. c) Iniciaram aproveitamento verdadeiro das terras agrícolas do oeste mudando a situação econômica da Colônia. b) Convênio de El Pardo – que anulava o Tratado de Madrid, em função da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras portuguesas e espanholas. d) Por razões políticas e econômicas, contribuíram para a mudança da capital do Vice-Reino do Rio de Janeiro para a Bahia. c) Tratado de Badajós – que restaurava, na prática, o que fora disposto no Tratado de Madrid. e) Respeitaram o Meridiano de Tordesilhas, evitando, assim, conflitos armados entre portugueses e espanhóis. d) Princípio Uti Possidetis: missionários e índios deveriam abandonar aquelas terras dado ao fato de as mesmas terem sido colonizadas efetivamente, antes, pelos portugueses. 4. C3:H11(FGV) Leia o texto sobre as origens de São Paulo. “A estratégia da penetração para o sertão, se foi amplamente aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na prática da conversão jesuítica. [...] Embora por razões opostas, tanto as incursões dos jesuítas, tímidas é verdade, não se embrenhando muito além do núcleo piratiningano, como as bandeiras e as entradas dos colonos tinham um mesmo objetivo: o índio”. e) Tratado de Madrid – que, no Sul, entregava a Colônia do Sacramento para a Espanha e destinava os Sete Povos para Portugal. Anotações: Diversos tratados foram realizados a fim de encerrar as disputas por esses dois territórios, e o que substituiu o Tratado de Tordesilhas foi o Tratado de Madrid, em 1750. A questão de divisas só se encerra em 1801, com o Tratado de Badajó, que ratifica determinações do Tratado de Madrid. (Amílcar Torrão Filho, A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga. Revista USP. São Paulo, n.º 63, 2004.) O fragmento apresenta parte das condições que originaram a) a guerra travada entre a Igreja Católica, a favor da escravização indígena, e os colonos paulistas, defensores do trabalho livre. b) o conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra indígena, presente no entorno de São Paulo. 1. C3:H13 (EsPECex/AMAN-2011) O conflito armado travado na se- gunda metade do século XVIII e que ficou conhecido como Guerras Guaraníticas, a) foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização. c) a leitura, com forte viés ideológico, que considerava desnecessária a exagerada violência dos jesuítas contra os povos indígenas. b) ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais. e) o fracasso das missões religiosas em São Paulo, pois coube apenas ao Estado português o controle direto dos indígenas. c) definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas luso brasileiras. d) o desvinculo econômico de São Paulo com o resto da colônia, diante da impossibilidade de exploração da mão de obra indígena. 5. C4:H18 (Unisa-SP) O movimento das Bandeiras e a criação extensiva do gado, no período colonial, contribuíram para o (a) a) declínio da exploração de metais preciosos. d) provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha. b) desenvolvimento da cana-de-açúcar. c) ampliação territorial do Brasil. d) manutenção do Tratado de Tordesilhas. e) abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas. 2. C1:H1 (Enem-2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. (Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991. Adaptado.) O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na: a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o território. c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. PVE17_2_HIS_A_08 3. C3:H11 (UNIVALI-SC) As expedições chamadas de Entradas e Ban- deiras tinham como objetivo a procura de riquezas minerais e/ou a caça ao índio para escravizá-lo e vendê-lo no litoral. O papel histórico das Entradas e Bandeiras pode ser assim resumido: a) Determinaram a ocupação efetiva do interior do Brasil e deram ao nosso país sua atual configuração geográfica. e) fixação do homem no litoral brasileiro. 6. C1:H5 (Enem-2010) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado. (Disponível em: <www.tribunadoplanalto.com.br>. Acesso em: 27 nov. 2008.) A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas. b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 585 585 20/09/2016 18:01:37 2. (Unesp) “Na época feudal o mundo terrestre era visto como palco da namento. Uma ínfima parte foi de suplícios. Ademais, foi a partir da Inquisição que se organizou o aparato de interrogatório, de presença de testemunhas oculares, do direito de defesa e todo um escopo de respeitabilidade aos direitos humanos que inexistia até aquela época. Os filmes e algumas obras historiográficas de cunho ideológico têm conferido um peso desproporcional à Inquisição, carregando-a de violência e opressão. Outro fato a ser explicado aos alunos é que como os reinos europeus eram católicos muitas vezes as autoridades seculares (os reis e juízes civis) se interessavam em investigar os hereges denunciados à Inquisição porque consideravam que o desregramento na fé católica também significava um descompromisso com o rei e com seu governo e em muitos casos os mesmos acusados de heresia também advogavam posições políticas contrárias à política dos reinos. De tal forma, muitos hereges julgados pelas autoridades civis sofreram suplícios, porém sem ligação com a Inquisição, e sim com o poder civil. luta entre as forças do Bem e as do Mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais da época: a belicosidade”. (FRANCO JÚNIOR, Hilário. O feudalismo, 1986. Adaptado.) A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada expressava-se, por exemplo, a) no ingresso de homens de todas as camadas sociais na cavalaria e na sua participação em torneios. b) no pacto que reunia senhores e servos e determinava as chamadas relações vassálicas. c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cristãs de reconquista de Jerusalém. d) no empenho demonstrado nas lutas contra muçulmanos, vikings e diferentes formas de heresias. e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos, ao islamismo. Resposta: D A preparação e a disposição ao combate estavam presentes desde cedo nos homens nobres. Originário da cultura germânica – que viam o fato de ser um bom guerreiro como a virtude mais importante –, combater invasores, defender donzelas e a igreja católica era algo que estava incrustado na mentalidade social da nobreza. As Cruzadas foram o maior exemplo desta belicosidade. 1. (Fuvest) “Empunhando Durandal, a cortante, O rei tirou-a da bainha, enxugou-lhe a lâmina, Depois cingiu-a em seu sobrinho Rolando E então o papa a benzeu. O rei disse-lhe docemente, rindo: Cinjo-te com ela, desejando Que Deus te dê coragem e ousadia, Força, vigor e grande bravura E grande vitória sobre os infiéis.” 3. Se, para o historiador, a Idade Média não pode ser reduzida a uma “Idade das Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser lembrada dessa maneira, como um período de práticas e instituições “bárbaras”. Com base na afirmação acima, indique e descreva a) duas contribuições relevantes da Idade Média. b) duas práticas ou instituições medievais lembradas negativamente. Resposta: a) A Idade Média legou importantes contribuições para a posterioridade: inovações como um novo modo de utilizar o moinho de vento e a invenção de um novo tipo de arado; o desenvolvimento expressivo da arquitetura; e o desenvolvimento no campo das ideias, a preservação e difusão da filosofia clássica e o modelo de universidade, vigente até hoje. b) A ideia de “Idade das Trevas” foi concebida no Renascimento, reforçada pelo Iluminismo e disseminada como uma verdade em relação à Idade Média, porém, trata-se de um equívoco, visto que neste período avanços intelectuais e tecnológicos ocorreram em profusão. Uma prática lembrada negativamente é a da servidão, muitas vezes analisada como uma relação de luta de classes, na qual havia submissão dos camponeses à exploração da nobreza. No entanto, apesar de o conflito existir, não podemos alocá-lo na concepção moderna marxista de exploração, visto que a relação entre servos e senhores era de benefícios e obrigações mútuas, muito diferente, portanto, das relações capitalistas de exploração. Outra instituição negativada pelo pensamento iluminista e amplamente distorcida ao longo da história, notadamente, em livros didáticos, é a inquisição católica. A inquisição era um tribunal de inquéritos a serviço da liderança religiosa local, o bispo, destinado a acompanhar se a fé católica era explicada e ensinada conforme as diretrizes disciplinares da doutrina. Visava, também, impedir que pessoas se utilizassem do título de católicas para professarem erros doutrinais. A Inquisição iniciava uma investigação, a qual era julgada por um tribunal de 3 juízes, e que somente sujeitava pessoas que se declaravam católicas, por sua livre vontade. Servia para, por exemplo, o bispo poder cobrar conduta moral adequada de padres e religiosos (se ensinavam adequadamente a fé segundo a ortodoxia e tinham uma vida que testemunhava sua adesão à igreja) e se fiéis exerciam a fé a que juravam servir. A inquisição era o único tribunal da Europa que absolvia um culpado quando ele se arrependia. A grande parte das punições consistiu em peregrinações e aprisio594 (La Chanson d’Aspremont) A que ritual medieval se refere o texto? Qual o significado desse ritual? Refere-se ao ritual em que um jovem nobre era armado cavaleiro, ritual de adubamento. Seu significado era vincular o nobre guerreiro a uma conduta ética baseada na honra, lealdade, proteção aos fracos e defesa do cristianismo. 2. (UEL) Entre os fatores internos e externos que contribuíram para a formação do sistema feudal encontram-se: a) as instituições germânicas, como o ‘comitatus’ e o direito oral. b) a utilização das moedas de prata republicana ou solidi imperiais e a assimilação do arianismo. c) a introdução pelos germanos da noção de Estado e a organização judicial caracterizada pelo ‘wergeld’. d) a prática constante do nicolaísmo e o enfraquecimento dos patrícios romanos. e) a aceitação da simonia e o aperfeiçoamento da lavra (arados melhores, mais cortantes e resistentes). Anotações: O comitatus dotou a sociedade de relações interpessoais, as quais eram nutridas entre o suserano e o vassalo por meio de uma ética em que a honra e a lealdade estabeleciam que os guerreiros seguissem seu chefe conforme a necessidade de guerra se fazia presente. O direito oral advinha da prática de julgar os crimes através dos costumes de cada feudo, pois não havia um Estado centralizado em que se dispusessem leis a serem seguidas. 3. (Cescem-SP) As corporações de ofício eram organizadas com o objetivo de: a) defender os interesses dos artesãos diante dos patrões. b) proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos. c) aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas. d) combater os senhores feudais. e) proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção. PVE17_2_HIS_B_05 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 594 20/09/2016 18:01:40 faziam a colheita do trigo, também entregue ao senhor. Eles próprios não podiam recolher o seu trigo, senão depois que o senhor tivesse tirado antecipadamente a sua parte. No começo do inverno, trabalhavam sobre a terra senhorial para prepará-la, passar o arado e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se uma espécie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”. Depois, uma certa quantidade de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do camponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha; no forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse o seu pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável. Anotações: Com o rápido crescimento do comércio e do artesanato nos burgos, a concorrência entre mercadores e artesãos aumentou bastante. Para regulamentar e proteger as diversas atividades, surgiram as corporações. 1. C3:H11 (PUCRS-2014) A ordem feudal europeia origina-se de um lento e diferenciado processo de integração, nos séculos V a IX, entre as estruturas sociais, políticas e culturais oriundas da tradição romana e dos povos ditos germânicos. Em algumas regiões, como a parte _________ do continente, predominou a herança romana; em outras, como na área ________, esta herança esteve praticamente ausente no período; já na zona compreendida pelo reino dos _________, verificou-se uma síntese mais equilibrada de influências históricas. a) setentrional balcânica Lombardos (LUCHAIRE, La Société française au temps de Philippe Auguste. Adaptado) O texto nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado. a) o servo pagava a talha quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao castelo, cuidava dos fossos e colhia o trigo. b) o servo trabalhava apenas de 24 de junho a 30 de novembro em muitas atividades: dos cuidados com os animais ao trabalho no campo. b) meridional escandinava Francos c) setentrional escandinava Lombardos d) setentrional escandinava Francos c) o servo trabalhava e recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos grãos e ao forneiro pelo pão assado. e) meridional balcânica Francos 2. d) o servo devia a seu senhor a corveia, a talha e as banalidades pelo uso das instalações senhoriais bem como presentes em datas festivas. C1:H1 (Enem-2015) e) o trabalho servil era recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos bolos, finas e gordas galinhas. 4. C2:H10 (UFRGS-2014) Sobre o sistema feudal na Idade Média, é correto afirmar que a) a economia é agrícola e pastoril, descentralizada e voltada para o mercado externo. b) a sociedade estrutura-se como uma pirâmide, cuja base é formada pelos servos; o meio, pela nobreza; e a parte superior, pelo clero. c) a burguesia é a classe social econômica e politicamente mais poderosa. d) a Igreja Católica consolida seu poder após o declínio do feudalismo. e) a suserania e a vassalagem constituem-se em relações políticas entre os servos e os membros do clero. 5. Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012. Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. PVE17_2_HIS_B_05 e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 3. C3:H11 (IFSP-2014) Em 24 de junho, dia de São João, os camponeses de Verson (na França) colhiam os frutos dos campos de seu senhor e os levavam ao castelo. Depois, cuidavam dos fossos e, em agosto, C1:H2 (Enem-2014) Sou uma pobre e velha mulher, Muito ignorante, que nem sabe ler. Mostraram-me na igreja da minha terra Um Paraíso com harpas pintado E o Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro me aterra. VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999. Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de a) refinar o gosto dos cristãos. b) incorporar ideais heréticos. c) educar os fiéis através do olhar. d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 6. C3:H14 (Mackenzie 2016) Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média, Leo Huberman afirma: “O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 595 595 20/09/2016 18:01:41 Em que medida o Império Bizantino pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano? Estabeleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII. Resposta: O Império Bizantino surgiu da subdivisão do Império Romano, representando sua antiga porção oriental, mantendo a estrutura política centralizada, a burocracia e a estrutura jurídica. Por tais motivos, fica evidente que ele era o herdeiro do Império Romano, já que a antiga porção ocidental do império estava toda subdividida em pequenos e voláteis reinos. As diferenças se baseiam na formação (o Império Romano surgiu ao longo de séculos) e na cultura – já que o Império Bizantino teve uma vida religiosa bastante agitada ao longo de sua existência. b) Maomé não obteve sucesso na tentativa de unificar a península arábica em nome do Islã. c) O profeta Maomé não obteve resistência para empreender a conquista de Meca. d) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos árabes do século VII. e) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus. 2. (UFES) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (ima- gens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a “revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma visível.” (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O império bizantino. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). 1. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa: a) Adornos de bronze e cobre. Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada “crise iconoclasta”. Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a): a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar. b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação. b) Aquedutos e esgotos. c) Telhados de beirais recurvos. d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas. e) Vias calçadas com artefatos de couro. cos, e até membros das famílias imperiais. As cúpulas arredondadas foram muito utilizadas nos templos religiosos cristãos, com destaque para a Catedral de Santa Sofia, em Constantinopla, atual Istambul. 2. (PUC-Campinas) O Império Bizantino , ao longo de sua história, apresentou um governo que se caracterizou por: a) proporcionar condições sociais que possibilitaram eliminar, desde suas origens, o problema da escravidão. e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso, de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses. Resposta: E A ação dos iconoclastas (indivíduos que não respeitam e destroem monumentos, obras de arte e símbolos) tinha um caráter tanto religioso quanto político. Além de tentar diminuir o poder da Igreja e dos mosteiros, a ação dos iconoclastas era uma forma de buscar uma aproximação com o judaísmo e o islamismo, religiões em que não há adoração de ícones. PVE17_2_HIS_B_06 3. (UPE) O islã é hoje uma religião, que, como o cristianismo, se estende Anotações: Os mosaicos geralmente representavam a imagem de Jesus e demais santos católi- c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual, valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz. d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira. Resposta: A Quando Maomé viveu no deserto trabalhando como comerciante em caravanas, entrou em contato com as religiões judaica e cristã (monoteístas). Ao criar o islamismo – também monoteísta – Maomé teve sucesso em unificar a Península Arábica, apesar das dificuldades que obteve em dominar Meca – a qual era um importante centro religioso e que era rica devido ao politeísmo. b) procurar eliminar suas origens romanas e por restringir o poder dos soberanos, que era bastante limitado. c) apresentar um caráter despótico associado à grande influência religiosa, dando-lhe uma feição teocrática. d) controlar, chegando a eliminar completamente, o poder da burocracia no Estado. Anotações: Os limites entre o poder religioso e o poder político se confundiram no Império Bizantino, além de determinar várias das decisões que influenciavam a economia e a sociedade, o imperador detinha o poder na escolha dos clérigos e em outras determinações da Igreja. por toda a superfície da Terra, sem distinção de raças nem de nações. Mas, diferentemente de outros credos, teve uma expansão muito rápida, e um século depois da morte do seu Profeta, Maomé, os fiéis do islã já se encontravam em grande parte do Antigo Continente, do Saara e dos Pireneus às planícies da Ásia Central e ao Índico. 3. (UECE) Na origem do chamado “Cisma do Oriente”, pode-se apontar (VERNET, Juan. As origens do Islã. São Paulo: Globo, 2004. p. 11. Adaptado.) b) significou o aparecimento de inúmeras seitas “reformadas”, que se desligaram da Igreja romana. Sobre a realidade apresentada no texto, assinale a alternativa correta. a) A principal influência que Maomé sofreu do judaísmo e do cristianismo foi a crença no monoteísmo. corretamente: a) as desavenças entre os membros da hierarquia católica e o Imperador bizantino diziam respeito à cobrança das indulgências e à corrupção dos bispos. c) no Império Bizantino, a Igreja era submetida ao Imperador e promovia um excessivo culto aos ídolos e às imagens. d) em Bizâncio, ao contrário do cristianismo ocidental, as imagens e os ídolos dos santos não eram objetos de adoração e culto. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 601 601 20/09/2016 18:01:55 Anotações: Ao longo do tempo, o cristianismo bizantino adotava práticas e concepções que se distanciavam das noções lançadas pelos clérigos de Roma. O poder do imperador influenciava os 3. C2:H7 (UEG-2011) Sobrevivendo à queda do Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino durou até 1453, quando foi conquistado pelos turcos otomanos. O principal elemento da identidade bizantina era a sua religião oficial, expressa pelo a) catolicismo romano, sob a liderança do papa. assuntos religiosos e empregava os ícones como um meio de reafirmação da sua autorida- b) islamismo, sob a liderança do califa de Bagdá. de entre a população. c) catolicismo ortodoxo, sob a liderança do patriarca. d) anglicanismo, sob a liderança do arcebispo de Canterbury. 4. C1:H1 (Unesp-2010) Observe a figura 1. C1:H4 (UPE-2014) A civilização bizantina foi muito mais original e criativa que, em geral, lhe creditam. Suas igrejas abobadadas desafiam em originalidade e ousadia os templos clássicos e as catedrais góticas, enquanto os mosaicos competem, como supremas obras de arte, ncom a escultura clássica e a pintura renascentista. (ANGOLD, Michael. Bizâncio: a ponte da Antiguidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002, p. 9. Adaptado.) Sobre o legado cultural bizantino, assinale a alternativa correta. a) Herdando elementos da cultura grega, os bizantinos desenvolveram estudos sobre a aritmética e a álgebra. b) Negando a tradição jurídica romana, o Império Bizantino pautou sua jurisdição no direito consuetudinário. c) A filosofia estoica influenciou o movimento iconoclasta, provocando o cisma cristão do Oriente no século XI. d) O catolicismo ortodoxo tornou-se a religião oficial do império após a denominada querela das investiduras. e) a catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 2. C1:H5 (ESPM-2012) Observe a imagem, leia o texto e responda: Madona e Filho, Berlinghiero, século XII. (www.literaria.net/RP/L2/RPL2.htm) O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da Civilização Bizantina, que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina resultou a) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente. b) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo primitivo. c) do “Cisma do Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo. d) da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental. e) do desenvolvimento comercial das cidades italianas. 5. C1:H5 (UPE) Na Idade Média, Bizâncio era um importante centro comercial e político. Merecem destaques seus feitos culturais, mostrando senso estético apurado e uso das riquezas existentes no Império. Na sua arquitetura, a igreja de Santa Sofia destacou-se pela a) sua afinação com o estilo gótico, com exploração dos vitrais e o uso de metais na construção dos altares. b) simplicidade das suas linhas geométricas, negando a grandiosidade como nas outras obras existentes em Bizâncio. c) grande riqueza da sua construção, com uso de mosaicos coloridos e colunas de mármores suntuosas. b) gregos – turcos seljúcidas. c) bizantinos – árabes muçulmanos. d) bizantinos – turcos otomanos. e) francos – hindus. 602 d) imitação que fazia dos templos gregos, com altares dedicados aos mitos mais conhecidos, revelando paganismo. e) consagração dos valores católicos medievais, em que a riqueza interior era importante em toda cultura existente. 6. C3:H15 (Fuvest-2011) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. (MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2007, p. 241.) Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos reinos francos e a rápida derrocada do império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o império britânico na Ásia. PVE17_2_HIS_B_06 Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia: a) gregos – persas. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 602 20/09/2016 18:01:57 A primeira está incorreta porque não havia harmonia na Europa em 1095 quando o papa Urbano II convocou os fiéis cristãos para lutar contra os muçulmanos infiéis. Havia, na época, crescimento demográfico e consequente saturação das estruturas medievais, o que exigia expansão territorial. A segunda está incorreta porque a intenção era poder peregrinar para as regiões sagradas, e não colonizá-las. A terceira está correta porque os infiéis muçulmanos foram considerados os grandes inimigos cristãos por ocuparem e profanar locais sagrados. A quarta está correta porque no total ocorreram oito cruzadas oficialmente organizadas pela igreja católica; enquanto outras não oficiais levaram até mesmo crianças (por serem puras) à guerra. A quinta está correta porque o caráter militar das Cruzadas ocorreu pelo apoio dos nobres à igreja. 1. (Fuvest-2011) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. (MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2007, p. 241.) Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos reinos francos e a rápida derrocada do império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o império britânico na Ásia. 2. (UFPI) As cruzadas influíram decisivamente na história da Europa na Baixa Idade Média. A mais significativa de suas consequências foi: a) a reunificação das Igrejas Católica e Ortodoxa, separadas em 1054 pelo Cisma do Oriente. b) um novo Cisma no cristianismo com o início da Reforma protestante no século XVI. d) resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque. e) forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário. c) a conquista dos lugares sagrados do cristianismo situados na Ásia Ocidental. O constante conflito com os cristãos permitiu aprimoramento de técnicas de combate por d) a “reabertura” do Mediterrâneo, que, possibilitando a reativação dos contratos entre Ocidente e Oriente, intensificou o renascimento comercial e urbano na Europa. e) o declínio do comércio, o desaparecimento da vida urbana e a descentralização política no ocidente da Europa. parte dos muçulmanos, os quais, por meio do Império Turco Otomano, dominaram inclusive o Império Romano do Oriente em 1453 com a Tomada de Constantinopla. 2. (Unifesp) O desaparecimento da servidão feudal, na Europa Ocidental, na Baixa Idade Média, foi a) iniciado com o aparecimento de um mercado urbano para a agricultura, que levou à troca da renda trabalho pela renda dinheiro e intensificado com as revoltas camponesas. Resposta: D Apesar de não alcançar seus objetivos religiosos de reconquista para os cristãos dos territórios localizados na Terra Santa, as Cruzadas possibilitaram que as rotas comerciais do Mediterrâneo fossem novamente utilizadas. Isso possibilitou o Renascimento Cultural e o fortalecimento das cidades, em decorrência de se localizar nesses espaços os locais de trocas de mercadorias. b) realizado violenta e inesperadamente durante a peste negra, quando os camponeses aproveitaram-se da situação para se revoltar em massa contra os senhores. c) proporcionado pela ação conjugada de dois fatores externos ao âmbito dos camponeses, as guerras entre os próprios nobres e destes com as cidades. 3. (Fatec) Dentre as causas da desagregação da ordem econômica feudal, é possível mencionar: a) a capitalização intensa realizada pelos artesãos medievais e a criação de grandes unidades industriais, que acabaram subvertendo a economia feudal. b) o desinteresse da nobreza e do clero pela manutenção do Feudalismo, pois esses setores se beneficiariam com o advento da sociedade baseada no lucro. c) o surgimento das corporações de ofício e a substituição do “justo preço”, que restringia as possibilidades de lucro, pelo preço de mercado. d) liderado pacificamente pela Igreja Católica, protetora dos camponeses, e concluído com a ajuda dos reis interessados em arruinar o poder dos senhores feudais. e) determinado pelo fluxo de dinheiro que os senhores feudais recebiam das cidades em troca da liberação dos camponeses, empregados no sistema de produção em domicílio. e) a substituição gradativa do trabalho escravo pelo trabalho assalariado dentro do feudo, o que criou condições para a constituição de um sistema de mercado dentro da própria unidade feudal. PVE17_2_HIS_B_07 Resposta: D A alternativa a mostra-se incorreta ao imputar a realidade da indústria ao cenário feudal em transição para o moderno, situação que é posterior. A alternativa b é incorreta pois relaciona o lucro ao feudalismo, sendo que nesse sistema a subsistência era o objetivo. A alternativa c não está correta, pois as corporações de ofício são típicas da Idade Média e na ordem feudal estabelecida. A alternativa e está errada, porque indica o trabalho escravo substituído pelo assalariado, situação que não corresponde, visto que eram as relações de dependência, promovidas pela servidão do colonato que foram substituídas, gradual e lentamente por relações assalariadas. A alternativa correta é a letra d, pois traz todas características que se relacionam à desagregação da ordem feudal. Anotações: A renda dinheiro tornou-se gradualmente dominante na Europa ocidental, por facilitar as trocas mercantis e venda dos produtos agrícolas. As revoltas camponesas acabaram rompendo os vínculos entre servos e senhores feudais, provocando a necessidade de trabalhadores assalariados para o campo. Sobre as revoltas camponesas e a transição do feudalismo ao capitalismo Dobbs afirma: “Segue-se daí que esse conflito básico deve ter existido entre os produtores diretos e seus suseranos feudais que extraíam seu tempo-trabalho excedente ou seu produto excedente por meio do direito feudal ou do poder feudal. Esse conflito, ao irromper em antagonismo aberto, expressou-se em revolta camponesa”. (Dobbs. M. Do feudalismo ao capitalismo in: Sweezy. Paul e outros. A transição do feudalismo para o capitalismo: Um debate. 5ª ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1977 p.210). d) o revivescimento do comércio e a consequente circulação monetária, que abalaram a autossuficiência da economia senhorial. Anotações: 3. (Enem-2011) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. (DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. Adaptado.) HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 607 607 20/09/2016 18:02:04 As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. na Itália, onde o sino muitas vezes é instalado não no corpo do monumento, mas numa torre especial: o campanário. (Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.) O historiador descreve o surgimento da cidade medieval, assinalando, como um dos seus aspectos fundamentais, a) o florescimento das atividades econômicas nos pontos de encontro de diversas rotas de comércio. b) a migração de camponeses e artesãos c) a expansão dos parques industriais e fabris. d) o aumento do número de castelos e feudos. b) a autonomia política conquistada por meio de um processo de luta contra o senhor feudal e a Igreja. e) a contenção das epidemias e doenças. Anotações: c) a onipresença de um poder religioso visível e controlador da existência cotidiana da população. O desenvolvimento comercial mudou a paisagem das cidades, transformando as muralhas, anteriormente utilizadas para defesa e proteção, em locais de troca comercial. A partir do século XIV, essas fortalezas passaram a servir como sistemas de controle comercial e fluxo de mercadorias. Ao redor surgiram cidades comerciais (burgos) e os moradores dessas cidades acabariam por formar uma nova classe social especializada no trato comercial que daria origem ao termo burguesia. d) a reorganização do espaço urbano com vistas a manter a tradicional estrutura militar da antiguidade. e) o deslocamento da população da cidade para as comunidades de religiosos nos mosteiros 4. 1. C2:H9 (Enem-2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades. (LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.) O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a) a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão do trabalho. c) importância organizacional das corporações de ofício. d) progressiva expansão da educação escolar. e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 2. C3:H14 (Uniceub-2014) O historiador Jacques Le Goff denominou o período entre os anos 1150 e 1250 de “Bela Idade Média”, caracterizado por um recuo da fome, pela fundação de universidades e de catedrais góticas, pela expansão do culto mariano, que valorizou a mulher medieval, pela crescente urbanização e mobilidade dos homens, etc. O autor adverte, no entanto, que esse período também conheceu “sombras”. Assinale a alternativa onde há acontecimentos que podemos considerar “sombras”, ou seja, negativos, no período acima mencionado. a) O emprego de novas técnicas no campo, que permitiram o aumento da produtividade e consequente liberação de mão de obra para as cidades. b) A proibição da usura e a perseguição dos usurários pela Igreja, o que só prejudicou o desenvolvimento das atividades capitalistas. c) A expansão das ordens mendicantes, que enganavam os camponeses com suas promessas de salvação divina. d) A organização das Cruzadas estimuladas pelo Papa, que permitiu e sacralizou a matança de islâmicos no Oriente. e) A chegada da Peste Negra que matou milhares de pessoas. 3. C1:H2 (Famerp-2016) Não é mais o templo que distingue a cidade medieval da cidade antiga, porque muitas vezes ou o templo foi reutilizado como igreja, ou então a igreja cristã foi construída sobre o local do templo. Com a igreja, um elemento fundamentalmente novo sobreveio. Os sinos aparecem e se instalam no século VII no Ocidente. Eles serão ponto de referência na cidade; em particular 608 C3:H15 (Enem-2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. (AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995. Adaptado.) No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. b) promover a atuação da sociedade civil na vida política. c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual. 5. C2:H10 (PUCRS-2014) Para responder à questão, considere as afir- mativas abaixo sobre o renascimento comercial, ocorrido na Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média. I. A explosão demográfica que se verifica na Europa a partir do século X, devido à queda na mortalidade e à elevação da natalidade, foi um dos fatores que favoreceram o aumento das atividades mercantis no período. II. O movimento religioso das Cruzadas, a partir do século XI, contribuiu para a consolidação do renascimento comercial europeu, afastando do Mar Mediterrâneo os árabes e as cidades autônomas do norte da Itália. III. As feiras ocorriam na confluência das principais rotas de comércio na Europa, e nelas os senhores feudais, em troca de proteção militar e judicial, costumavam cobrar a capitação – imposto por cabeça – de todos os participantes. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, apenas. d) II e III, apenas. b) II, apenas. e) I, II e III. c) I e III, apenas. 6. C1:H2 (UFTM-2012) [...] para satisfazer as faltas e necessidades dos da fortaleza, começaram a afluir diante da porta, junto da saída do castelo, negociantes, [...] mercadores de artigos custosos, em seguida taberneiros, depois hospedeiros para alimentação e albergue dos que mantinham negócios com o senhor [...]. Os habitantes de tal maneira se agarraram ao local que em breve aí nasceu uma cidade importante. (Jean Lelong, cronista do século XIII, apud Fernanda Espinosa. Antologia de textos históricos medievais, 1972) PVE17_2_HIS_B_07 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 608 20/09/2016 18:02:04 e) a aliança entre franceses e flamengos e o fim da hegemonia inglesa sobre o comércio europeu 3. (FEI-SP) Os problemas das heranças feudais, que haviam confundido destinos e províncias, tornaram inevitável a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra. A eclosão desse conflito: a) Deu-se no primeiro quartel do século XI, a partir de problemas na sucessão do trono francês sobre o qual a Inglaterra tinha fortes interesses. Resposta: A A Guerra possibilitou a formação da monarquia nacional francesa e que as disputas sucessórias em regiões continentais pertencentes à França não fossem mais alvo de reis ingleses. b) Teve como causa principal a disputa pela região de Flandres que, feudatária da França, atraía fortes interesses econômicos da Inglaterra. 1. (Enem) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com c) Ocorreu na primeira metade do século XIV, a partir da disputa entre os dois países sobre inúmeros territórios flamengos e italianos. efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.” (Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971. Com adaptações). O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. d) Foi provocada pelas disputas políticas entre a Rosa Vermelha (de Lancaster) e a Rosa Branca (de York). e) Aconteceu devido a interesses manufatureiros da França sobre Flandes, região feudatária da Inglaterra. Resposta: A Guerra dos Cem anos ocorreu devido aos interesses ingleses em territórios franceses, notadamente, região de Flandres, que abrangia importantes centros comerciais e de manufaturas têxteis. b) a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico. c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis. d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. Anotações: A partir de uma leitura cerrada do texto, percebemos que o cronista italiano, Agnolo di Tura, estabelece uma relação direta do acontecimento catastrófico que foi a Peste Negra com o “fim do mundo”, dando o testemunho da enorme quantidade de pessoas que morreram em decorrência dela. Desse modo, a letra A está correta, enquanto a letra D está errada por sugerir que a queda demográfica na Europa se deu no período anterior ao da Peste. A impressão terrível que se tinha da Peste se dava, em grande parte, por causa do número elevado de mortos acometidos por ela (sendo assim, a alternativa C está incorreta). Não havia como combater a Peste com o conhecimento médico disponível naquela época, nem se fosse amplamente fomentado pela Igreja, e, sendo o número de mortos muito elevado, os cadáveres não tinham um funeral individual, mas eram enterrados em valas comuns; isto não implicou no principal drama dos sobreviventes. Seu drama principal era não saber quantas vidas mais a Peste arrastaria. (Isso invalida as alternativas B e E). 2. (ACAFE) Entre as causas da decadência do feudalismo, é correto mencionar: I. o Renascimento Comercial e Urbano; II. o aparecimento de uma nova classe social: a burguesia; III. a Guerra dos Cem Anos, envolvendo França e Inglaterra; IV. a união do rei e dos senhores de terras, visando à centralização política. As alternativas corretas são: a) I e IV. b) I, II e III. c) I e II. d) II, III e IV. PVE17_2_HIS_B_08 e) II e III. Anotações: A centralização política do período final da Idade Média deve-se mais a uma imposição dos reis do que a uma união, principalmente pelo fato de se retirar parte do poder dos senhores feudais. 1. C3:H15 (Vunesp) [Na Idade Média], chamava-se ‘lepra’ a muitas doenças. Toda erupção pustulenta, a escarlatina, por exemplo, qualquer afecção cutânea passava por lepra. Ora, havia, com relação à lepra, um terror sagrado: os homens daquele tempo estavam persuadidos de que no corpo reflete-se a podridão da alma. O leproso era, só por sua aparência corporal, um pecador. Desagradara a Deus e seu pecado purgava através dos poros. (Georges Duby. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998.) O texto mostra a associação entre doença e religião na Idade Média. Isso ocorre porque os homens do período a) abandonaram o conhecimento científico, acumulado na Antiguidade, sobre saúde e doença; daí a época medieval ser apropriadamente chamada de “era das trevas”. b) recusavam-se a admitir que as condições de higiene então existentes fossem inadequadas e preferiam criar explicações astrológicas para os males que os afligiam. c) estigmatizavam os portadores de doenças e os isolavam, ao contrário do que ocorre hoje, quando todos os doentes são aceitos no convívio social e recebem tratamento adequado. d) eram marcados pelo imaginário cristão, que apresentava o mundo como um espaço de conflito ininterrupto entre forças divinas e forças demoníacas. e) rejeitavam a medicina, pois a associavam a práticas mágicas e a curandeirismo, preferindo recorrer a exorcistas a aceitar os tratamentos prescritos nos hospitais. 2. C2:H10 (Mackenzie-2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de insegurança […] que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida futura, que a ninguém estava assegurada […]. Os riscos da danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo vencia a esperança. (Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.) O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 613 613 20/09/2016 18:02:09 testemunhos da presença humana por volta de 20 000 a.C. Durante um longo período, esses grupamentos humanos se caracterizavam por serem caçadores e coletores, pois somente em torno de 5 000 a.C. iniciou-se o processo de sedentarização e implantação da agricultura. A partir de 1 300 a.C., numa região próxima ao golfo do México, importantes transformações desembocaram na organização das Altas Culturas da Mesoamérica. Sobre essas culturas, assinale a afirmativa incorreta. a) Os olmecas foram os primeiros, na Mesoamérica, a erigir grandes complexos de construções, principalmente para fins religiosos. 1. (UGF – adap.) A civilização maia floresceu na região que hoje corresponde ao(s): a) Uruguai, Argentina e sul do Chile. b) Paraguai e Bolívia. c) Brasil e Venezuela. d) Norte de Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México. e) Andes peruanos. b) Na sociedade maia clássica, existiam dois grupos sociais claramente definidos: o povo comum dedicado principalmente à agricultura e uma elite dominante composta de guerreiros, sacerdotes e governantes. Resposta: D A civilização inca foi a única que se situava na América do Sul, mais precisamente no Peru. As civilizações Asteca e Maia ocuparam a região da Mesoamérica, ou América Central, que hoje corresponde à região norte da Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México, portanto a alternativa correta é a letra D. c) Um dos principais legados do período clássico das culturas da Mesoamérica foi o alto nível da urbanização com um grande número de cidades. d) A influência da cultura olmeca se limitou à região de Teotihuacán, a “metrópole dos deuses”. 2. (UFSM-RS) A população inca vivia em pequenas coletividades agropastoris, as aldeias. Essas aldeias eram de vários tamanhos e habitadas por famílias unidas por laços de parentesco ou aliança, formando um conjunto denominado. a) Kuraka. d) Halach Uinic. b) Ayllu. Resposta: B A população inca vivia em pequenas comunidades agropastoris, localizadas em aldeias, cada uma habitada por um grupo de familiar, era responsável pela unidade econômica, militar e religiosa o Ayllu. Anotações: A influência cultural olmeca se estendeu para além da região de Teotihuacán. De acordo com registros arqueológicos, foram encontrados artefatos, monumentos, desenhos etc., em Chiapas, Guerrero, Oaxaca, Vale do México até no atual El Salvador. Portanto, a cultura olmeca não ficou limitada a sua região de origem, o que torna a alternativa D incorreta. e) Batab. c) Calpulli. Texto para a próxima questão. 3. (UFSM – adap.) “Os guerreiros constituíam um dos grupos mais O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán Nos caminhos jazem dardos quebrados; os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, Mas os escudos não detêm a desolação... (KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996, p. 13.) (PINSKY, J. et al. História da América através de Textos. São Paulo: Contexto, 2007. Fragmento.) importantes na civilização asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de ter guerreiros entre os seus membros.” O texto faz referência à sociedade asteca, no século XV, a qual era: a) guerreira e sacerdotal, formada de uma elite política que governava com tirania a massa de trabalhadores escravos negros. 2. b) igualitária e guerreira, não conhecendo outra autoridade senão a sacerdotal, que também era guerreira. a) tragédia causada pela destruição da cultura desse povo. c) comunal, com estruturas complexas, sendo dirigida por um Estado que contava com um aparelho administrativo, judiciário e militar. b) tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior. d) hierarquizada e guerreira, visto que o Imperador era, ao mesmo tempo, o general do exército asteca e o sumo pontífice sacerdotal. d) dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados. e) igualitária, guerreira e sacerdotal: todo guerreiro era um sacerdote e todo sacerdote era um guerreiro. (Enem-2013) O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à) Resposta: D A questão pode ser resolvida por eliminação, as letras A e E podem ser excluídas, pois não havia escravos negros nas civilizações pré-colombianas e nem todo guerreiro asteca poderia ser sacerdote. A letra C descreve uma característica na formação do estado asteca próxima aos estados modernos europeus, o que é incorreto. A letra B propõe uma sociedade igualitária, o que não é verdadeiro, pois a sociedade era altamente hierarquizada. Portanto, resta somente a Letra D, que descreve corretamente a formação da sociedade asteca. 1. (IFMT-2014) A presença do homem na América remonta há cerca de 35 000 a.C. Na região que hoje corresponde ao México, existem 620 c) extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. e) profetização das consequências da colonização da América. Anotações: O Império Asteca estendia-se por uma superfície de mais de 200 mil quilômetros e população estimada em cinco a seis milhões de habitantes. Tenochtitlán era considerada uma das maiores cidades do mundo no século XVI, porém não conseguiram evitar os ataques e a dominação espanhola, que possuía uma tecnologia de guerra superior que utilizava ferro e armas de fogo. 3. (UFC-CE) Recentemente, Alejandro Toledo foi eleito presidente do Peru. Durante a campanha eleitoral, foi chamado de Pachacútec, numa alusão ao imperador inca que consolidou um império nos Andes centrais. Sobre a sociedade inca, é correto afirmar que. a) o fato de constituir uma das mais significativas sociedades pré-colombianas tem como base a negação da cultura dos povos dominados. b) a sua economia tinha por base a agricultura, com a distribuição de terras pelo Estado e a prática do sistema de regadio. c) o que a diferenciava das demais culturas pré-colombianas era a ideia de uma sociedade igualitária. PVE17_2_HIS_C_05 HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 620 20/09/2016 18:02:39 d) o comércio interno era significativo, tendo no guano um dos produtos mais valorizados. e) a sua cultura desapareceu com o processo da dominação espanhola. Anotações: A prática do sistema de regadio na agricultura refere-se ao aproveitamento do fluxo de água dos rios, para isso era importante a construção de complexas estruturas de irrigação para a manutenção das lavouras. armaram ataques noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias de varíola já estavam dizimando as tropas de México-Tenochtitlan, também não poupavam os índios de Tlaxcala ou de Texcoco, que apoiavam os espanhóis. (Adaptado de Carmen Bernand e Serge Gruzinski. História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p. 351.) a) Identifique uma estratégia utilizada por espanhóis e outra pelos indígenas durante as disputas pelo domínio do México. b) Explique por que houve acentuada queda demográfica entre as populações indígenas nas primeiras décadas após a conquista espanhola. 1. C1:H5 (UFSJ-2013) Observe as imagens: 4. C3:H13 (UFU-2016) Em 1519, a cidade do México-Tenochtitlán contava com cerca de mil habitantes, o que significa que, na época, era provavelmente a maior cidade do mundo, e que essa sociedade urbanizada com certeza dispunha de elites perfeitamente formadas para que pudesse funcionar de maneira eficaz. Compreende-se que, para administrar uma cidade de tal importância, os invasores não pudessem se abster dos saberes sofisticados, do prestígio e da influência da nobreza índia. Essa nobreza tinha uma formação notável. Antes da conquista espanhola, era formada em colégios de ensino superior, os calmecac, onde aprendia os saberes, os mitos, os rituais e as artes do mundo pré-colombiano. […] (GRUZINSKI, Serge. O renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 285-286. Adaptado.) (Disponível em: <ekso.tripod.com?hist1/3pré-col.htm>. Acesso em: 29 ago. 2012.) O conjunto arquitetônico acima demonstra a capacidade humana de criar e de desenvolver grandes civilizações. As imagens arquitetônicas são representações da cultura a) pré-colombiana. b) grega. c) romana. O texto discorre acerca das relações entre os conquistadores espanhóis e os indígenas durante o longo período de colonização da América. A respeito desse tema, faça o que se pede. a) Discuta como o impacto da presença de uma elite letrada nativa em terras americanas afetou a colonização espanhola. b) Considerando as diferenças culturais existentes entre os indígenas da América Espanhola e da América Portuguesa, caracterize as distintas estratégias usadas por colonizadores espanhóis e portugueses em relação aos nativos. 5. C2:H6 (UEMG) Observe a gravura abaixo: d) mesopotâmica. 2. C3:H11(Enem-2010) O Império Inca, que corresponde principalmente aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o centro administrativo, com uma sociedade fortemente estratificada e composta por imperadores, nobres, sacerdotes, funcionários do governo, artesãos, camponeses, escravos e soldados. A religião contava com vários deuses, e a base da economia era a agricultura, principalmente o cultivo da batata e do milho. A principal característica da sociedade inca era a a) ditadura teocrática, que igualava a todos. b) existência da igualdade social e da coletivização da terra. c) estrutura social desigual compensada pela coletivização de todos os bens. d) existência de mobilidade social, o que levou à composição da elite pelo mérito. e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a existência de uma aristocracia hereditária. PVE17_2_HIS_C_05 3. C3:H15 (Unicamp-2012) Durante a conquista espanhola no México, iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade tecnológica dos europeus era amplamente compensada pela superioridade numérica dos indígenas e muitos truques foram inventados para atrapalhar o deslocamento dos cavalos: os indígenas acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais espetavam paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em 1521, canoas “encouraçadas” resistiriam às armas de fogo. A tática indígena evoluiu e adaptou-se às práticas do adversário: os mexicas, contrariamente ao costume, (Códice asteca, 1521. Apud: FREIRE, Américo et al. História em curso. São Paulo: Editora do Brasil; Rio de Janeiro: FGV, 2004. p.55.) A contextualização histórica dessa gravura SÓ PERMITE AFIRMAR que a) um dos resultados da expansão marítimo-comercial européia foi o de ter colocado frente a frente povos culturalmente distintos, que se mostraram refratários a toda e qualquer miscigenação. b) os primeiros trinta anos da presença portuguesa na América caracterizaram-se pela resistência tenaz da população autóctone ao invasor europeu. c) a conquista da América pelos europeus levou ao desaparecimento quase total da população indígena, o que explica a adoção do escravo africano como mão de obra básica no processo de colonização. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 621 621 20/09/2016 18:02:41 cresceu e fomentou uma rebelião pela independência regional, a qual favoreceria os burgueses holandeses. Foram 12 anos de revoltas até o reconhecimento da independência dos holandeses. Como retaliação a estas revoltas, Felipe II havia impedido os portos espanhóis e portugueses de receberem navios holandeses e isso precipitou a invasão ao Nordeste brasileiro. 1. (Cesgranrio) A política econômica do Estado Absolutista, o Mercanti- lismo, reuniu práticas e doutrinas que, em suas diversas modalidades entre os séculos XVI e XVII, caracterizou-se por um(a): a) liberalismo econômico como forma de manutenção da aliança política do Rei com os segmentos burgueses. b) protecionismo alfandegário por meio de proibições das exportações que visava ao equilíbrio da balança comercial do Estado. 1. (UNIRIO) Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre as origens do Absolutismo no contexto da consolidação do Estado Moderno na Europa. a) Na Áustria, a criação do Império Austro-Húngaro permitiu a formação de uma Monarquia Absoluta apoiada pelos segmentos comerciais e mercantis que controlavam as rotas comerciais orientais mediterrâneas, fonte da riqueza imperial austríaca. c) intervencionismo estatal nas atividades comerciais lucrativas que proibiu a concessão de monopólios a grupos privados. d) expansão do poderio naval como garantia das comunicações marítimas entre as metrópoles e seus impérios coloniais. e) restrição dos privilégios senhoriais relacionados à participação da nobreza no comércio ultramarino e nas companhias comerciais do Estado, tais como a Companhia das Índias Orientais e das Índias Ocidentais. b) Na Espanha, o Absolutismo consolidou-se sob o reinado de Carlos V, da dinastia dos Habsburgos, como resultado do fortalecimento econômico da Coroa decorrente da expansão colonial ultramarina. Resposta: C O controle estatal sobre a atividade econômica era uma das principais características do mercantilismo. O rei absolutista intervinha diretamente na esfera econômica por meio de sua burocracia, que controlava todo o processo. Uma das reivindicações da classe burguesa moderna, em revoluções como as ocorridas na Inglaterra (1640) e na França (1789), visava justamente ao combate do controle da Coroa sobre a economia. c) Na França, o controle dos representantes do clero sobre os Estados Gerais determinou a formação de um Absolutismo Clerical que submeteu os monarcas franceses às autoridades eclesiásticas e o papado. d) Na Inglaterra, a vitória da dinastia dos Stuarts, ao final da Revolução Gloriosa (1688-89), enfraqueceu as práticas econômicas liberais e extinguiu a nobreza dos condados do interior, permitindo a instalação do Absolutismo no reino. 2. (UFRS) Considere as seguintes afirmações a respeito do mercan- tilismo: I. Por mercantilismo entende-se um conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas pelo Estado Absolutista. II. O estímulo à expansão marítima e colonial e o estabelecimento de monopólios caracterizam as políticas mercantilistas. e) Na Prússia, a criação do Estado Absoluto remonta ao fortalecimento do luteranismo, que agrupou os diversos reinos e principados prussianos em um único Estado centralizado política e economicamente. III. Portugal, Espanha, França, Holanda e Inglaterra são países nos quais a política mercantilista alcançou grande desenvolvimento. Quais estão corretas? a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. Carlos V, da dinastia dos Habsburgo, fortaleceu a coroa espanhola através de anexações territoriais, visto que durante seu governo os espanhóis passaram a explorar as Américas: ocuparam o litoral do México, em Vera Cruz, e dominaram os astecas; conquistaram os incas do Peru. Destas conquistas, afluíram navios carregados de prata e ouro que, segundo a doutrina econômica do mercantilismo, garantiam a projeção internacional do reino espanhol. 2. (UEL) A administração colonial hispânica estava centralizada de forma a permitir o controle da Coroa sobre seus territórios americanos. O órgão máximo da política administrativa colonizadora da Monarquia Espanhola era denominado a) Casa de Contratação. d) apenas II e III. e) I, II e III. Resposta: E Todas as alternativas estão corretas porque o mercantilismo estava, sim, associado às nações absolutistas do início da modernidade (I), que, por sua vez, haviam se lançado às circum-navegações e à colonização do “Novo Mundo” (II). Os países citados no terceiro item envolveram-se, cada qual ao seu modo, na atividade mercantilista. 3. (Vunesp) A solução dada à questão dinástica portuguesa, após o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir (1578) repercutiu na Europa e no ultramar. Considere a fase de união das Monarquias Ibéricas (1580-1640) e relacione as consequências no Brasil. PVE17_2_HIS_C_06 Resposta: A Holanda invadiu o Brasil, pois este quando passou a estar submetido à União Ibérica, tendo o rei espanhol como governante, rompeu as relações comerciais atreladas a empresa açucareira e que eram altamente lucrativas para ambos os países. O rompimento aconteceu devido aos espanhóis e holandeses serem inimigos. A Espanha tinha como rei Felipe II, da dinastia Habsburgo, que detinha o controle do sacro-império romano germânico. Deste modo, era de posse dos Habsburgo a Áustria e todos os Países Baixos, que abrangiam os atuais países da Bélgica, da Holanda e a parte norte da França, apesar do rei respeitar as tradições e interesses locais. Com o advento do protestantismo calvinista na Holanda no século XVI, um movimento de oposição ao rei católico espanhol Anotações: b) Audiência. c) Consulado. d) “Pueblo”. e) Conselho Real e Supremo das Índias. Anotações: O Conselho Real e Supremo das Índias era o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado na América espanhola pelos Chapetones. As Casas de Contratação eram responsáveis pelas negociações e pela arrecadação de impostos. Os Cabildos ou Câmaras Municipais, administrados pelos criollos, tinham como função a decretação de prisões, a criação de impostos e eram a principal fonte de poder colonial. 3. Explique o que foi a “Invencível armada”. Em 1588, almejando conquistar a Inglaterra, o governo espanhol organizou uma esquadra de 130 navios e 27 mil homens, denominada “Invencível armada”. Essa esquadra assegurava que os navios espanhóis carregados com riquezas das Américas, notadamente ouro e prata, chegassem até a Europa e também coibia investidas sobre territórios de posse da coroa espanhola. Dessa forma, a Invencível armada era um organismo de defesa bastante responsável pela soberania monárquica do reino da Espanha. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 625 625 20/09/2016 18:02:44 b) da transferência de parte das manufaturas metropolitanas para as colônias, onde a abundância de matérias-primas e de mão de obra barata gerava retornos financeiros elevados. Resposta: Para os incas estruturados, uma economia agrária e a monetária, os metais preciosos só tinham importância na confecção de adornos, já para os espanhóis estruturados na economia capitalista mercantilista e organizados num Estado Absolutista, a acumulação de metais preciosos representava a mais importante fonte de riqueza e poder, sobretudo do Estado. c) do metalismo, objetivando a descoberta e transferência de metais preciosos das colônias para a metrópole como forma de ampliar a riqueza nacional. d) da difusão, em várias partes das Américas, do trabalho escravo de origem africana, possibilitando a obtenção de lucros extraordinariamente elevados com o tráfico negreiro. 2. (UFG) O processo de emancipação das colônias espanholas na América, no início do século XIX, foi marcado por lutas prolongadas contra a Coroa. As independências na América do Sul espanhola foram uma decorrência da a) direção política da elite criolla, restringindo a participação popular aos campos de batalha. b) interferência da Inglaterra, apoiando o projeto político de uma confederação americana. c) abolição da escravidão, com a crescente utilização de ex-escravos nas tropas patriotas. d) participação norte-americana por meio do envio de soldados. e) aliança entre Napoleão e os Bourbons, quando a França invadiu a Espanha. Resposta: A O processo de independência das colônias espanholas não alterou significativamente a ordem social. As elites metropolitanas que controlavam a sociedade foram substituídas pelas elites locais, as quais mantiveram a população camponesa submetida às mesmas condições. 3. (PUC-Rio) A conquista e a colonização europeia na América, entre os séculos XVI e XVII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que: I. Nas áreas de colonização espanhola, explorou-se exclusivamente a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a mita e a encomenda. Anotações: A alternativa B está errada, pois esse processo de transferência de manufaturas para as colônias não ocorreu nesse momento histórico. A relação entre a metrópole e a colônia se dava através do pacto colonial, ou seja, a exploração de todas as riquezas da colônia por parte da metrópole (extração de metais preciosos da América para a Espanha, por exemplo). Além disso, pelas regras do pacto colonial, a colônia só poderia comercializar com sua metrópole, esta por sua vez vendia artigos manufaturados (tecidos, por exemplo) para a colônia. 2. (UFMG) “Quando, em 1556, os soberanos da Espanha proibiram o uso das palavras conquista e conquistadores em relação à América, elas desapareceram dos atos oficiais, mas ficaram nos fatos”. (Romano, Ruggiero. Revoluções. São Paulo. Ed. Três, 1974. v. 2. n.16.) Com respeito à colonização espanhola da América, indique: a) Dois aspectos relativos à imposição de novas estruturas políticas nas colônias. Divisão da América em vice-reinados e capitanias gerais e implantação de audiências e de Casas de Contratação. b) Duas estratégias adotadas na organização econômica das colônias. Estruturação das colônias no modelo de exploração. Expansão do catolicismo. II. Nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas áreas destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra de negros africanos e/ou de indígenas locais. III. Ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato. IV. Na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante de mão de obra de escravos africanos. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Resposta: C A afirmativa I está incorreta por dizer que a mão de obra utilizada nas áreas de colonização espanhola era exclusivamente ameríndia, o que não é correto, pois houve a utilização de mão de obra de africanos escravizados em algumas regiões, como no Vice-Reino de Nova Granada. PVE17_2_HIS_C_07 1. (PUC Minas) O sistema colonial da Idade Moderna encontra-se inserido no contexto da acumulação primitiva de capitais facilitada pela política mercantilista através, exceto: a) do pacto colonial, que garantia para a burguesia metropolitana a exclusividade sobre o comércio de importação e exportação dos produtos originários das colônias. 1. C3:H15 (UEG) Acerca do processo de colonização da América Espa- nhola, julgue a validade das sentenças a seguir. I. A encomienda era um mecanismo de tributação sobre os indígenas elaborado pela Coroa Espanhola que se constituía na obrigatoriedade de prestação de serviços aos colonizadores. II. A evangelização das populações indígenas foi um dos mais importantes instrumentos de consolidação da dominação espanhola, mesmo em face do consequente processo de miscigenação. III. A formação de uma sociedade elitista é uma das características da colonização espanhola, observada principalmente em relação à discriminação dos indivíduos mestiços e do elemento indígena. Assinale a alternativa correta: a) As sentenças I e II são verdadeiras. b) As sentenças II e III são verdadeiras. c) As sentenças I e III são verdadeiras. d) Todas as sentenças são verdadeiras. 2. C2:H8 (Cesgranrio-2010) A América é uma mulher... pelo menos assim ela aparece nas iconografias entre o século XVI e XVIII; o ventre opulento, o longo cabelo amarrado com conchas e plumas, as pernas musculosas, nus os seios. [...] A representação assim construída pelos europeus traduzia um discurso que tentava se impor como concepção social sobre o Novo Mundo: a América, como uma bela e perigosa mulher, tinha que ser vencida e domesticada para ser melhor explorada [...].” (PRIORE, Mary Del. Imagens da terra fêmea: a América e suas mulheres. In: VAINFAS, Ronaldo (org.) A América em tempo de conquista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.) HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 631 631 20/09/2016 18:02:47 indígenas na parte espanhola da América, que já eram acostumados a servidão e escravização por outros povos indígenas, apenas tiveram transferidas sua tutela. 2. (Fuvest-2010) Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na América. Entre elas, a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre as colônias. 3. (UECE-2010) O processo de colonização da América Espanhola foi intenso e violento. Os espanhóis utilizaram largamente de agressividade, superioridade técnica militar, assim como de diferentes formas de exploração do trabalho indígena, sendo a encomienda a mais comum. Sobre a encomienda assinale o correto. a) Constituía-se em forma de trabalho remunerado com algumas moedas de prata, proposta pelo rei da Espanha para a população indígena. b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da agricultura de exportação. c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa. d) a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade privada. b) Era o direito de capturar indígenas, dado pelo rei aos encomienderos que, em troca, deveriam proporcionar aos nativos educação cristã. c) Constituía-se em trabalho compulsório temporário no qual o indígena trabalhava por um período e depois podia livremente deixar de prestar serviços para a coroa espanhola. d) Era um acordo firmado entre espanhóis e líderes indígenas para fornecimento de mão de obra nas minas de prata. Resposta: B A encomienda legitimava o uso de indígenas como força de trabalho, porém requeria do encomendero a obrigação de sustentar o indígena em todas suas necessidades de alimentação, habitação, saúde e instrução educacional. 1. (PUC-Rio) A conquista e a colonização europeias na América, entre os séculos XVI e XVIII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que: I. nas áreas de colonização espanhola, explorou-se, exclusivamente, a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a “mita” e a “encomienda”. II. nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas regiões destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra escrava de negros africanos e/ou de indígenas locais. III. ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato. IV. na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante da mão de obra de escravos africanos. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, também, a dos indígenas. Anotações: As reformas de Carlos III Bourbon na Espanha e em suas colônias procuraram reorganizar as estruturas do Estado, modernizando a administração. Entre as iniciativas incluíam mudanças educacionais, novos códigos jurídicos, estímulos às manufaturas e à agricultura, e a expulsão dos jesuítas, tiveram repercussões negativas nas colônias, contrariando, entretanto, os novos princípios econômicos associados ao livre-comércio e à livre-iniciativa. As reformas bourbônicas, assim como as pombalinas, reforçaram os monopólios e protecionismos mercantilistas, agravando, ainda, os privilégios dos peninsulares (funcionários espanhóis) sobre os criollos (elites coloniais). 3. (Unicamp) Depois da conquista da América pelos espanhóis, ocorreu uma explosão populacional de gado, porcos, carneiros e cabras, os quais causaram grandes danos às plantações de milho indígenas, que não eram protegidas. As medidas tomadas pela população indígena eram, muitas vezes, ineficazes. Os conquistadores preferiam o gado. Bois e carneiros eram protegidos pela lei, pelos costumes e pelos sentimentos espanhóis. As leis que protegiam a pecuária na Península Ibérica foram exportadas para o México e permitiam que o gado pastasse em propriedade alheia. Os animais destruidores eram, afinal, propriedade dos vitoriosos; a agricultura, dos derrotados. (Adaptado de Kenneth Maxwell, “Morte e sobrevivência”. Folha de S. Paulo, 11/08/2002, Mais!, p. 8.) a) Segundo o texto, por que a agricultura indígena foi prejudicada após a conquista da América? De acordo com o texto, a agricultura indígena foi prejudicada devido à prioridade dada pelos colonizadores espanhóis às criações de gado, porcos, carneiros e cabras. O estímulo à pecuária através de leis e subsídios por parte do governo espanhol, sem levar em conta as culturas agrícolas locais, agravou os danos à economia dos indígenas. b) Indique dois outros efeitos da conquista da América sobre as populações indígenas. A conquista da América pelos espanhóis teve como principais consequências a destruição das civilizações pré-colombianas e a dizimação de parte das populações nativas pela submissão ao trabalho excessivo e exposição às doenças. Pode-se acrescentar, ainda, a marginalização dos indígenas em razão das formas de dominação econômica e política excludente implementada pelos colonos espanhóis. e) Todas as afirmativas estão corretas. Anotações: A afirmativa I está incorreta por dizer que a mão de obra utilizada nas áreas de colonização espanhola era exclusivamente ameríndia, o que não é correto, pois houve a utilização de PVE17_2_HIS_C_08 mão de obra de africanos escravizados em algumas regiões, como no vice-reino de Nova Granada. c) O que foi a “encomienda”, utilizada pela colonização espanhola na América? A “encomienda” se constituiu numa forma de exploração do trabalho, imposta pelos colonos espanhóis aos indígenas, configurada como uma relação servil de produção. Caracterizava-se por ser concessão dada pelo rei da Espanha a um colono que, em troca do direito de exploração do trabalho indígena, deveria catequizá-los na fé católica. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 637 637 20/09/2016 18:02:51 Além do trabalho forçado em lavouras, outro tipo de escravidão eram praticados como os “escravos de ganho”, que atuavam como vendedores ambulantes, barbeiros, transportadores de cargas e de pessoas, curandeiros, prostitutas, entre outras diversas ocupações, e os “escravos de aluguel”, alugados pelos proprietários a terceiros para desempenhar variadas tarefas. Nos primeiros anos da colonização portuguesa, o foco comercial português estava concentrado nas especiarias do oriente, a ocupação da América Portuguesa não foi efetiva e também não tinha intenções de povoamento e sim de exploração com caráter extrativista. 2. (Unesp-2014) Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos donatários, podemos citar a) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. Além do trabalho forçado nas lavouras, outros tipos de escravidão eram praticados, como os “escravos de ganho”, que atuavam como vendedores ambulantes; barbeiros; transportadores de cargas e de pessoas; curandeiros; prostitutas; entre outras diversas ocupações. E os “escravos de aluguel”, alugados pelos proprietários a terceiros, para desempenhar variadas tarefas. Interiorização do Brasil A pecuária, praticada no sertão nordestino, ao longo do rio São Francisco, conhecido como “rio dos currais”, foi uma importante contribuição para a interiorização do Brasil. Ela se desenvolveu a fim de atender às necessidades dos engenhos açucareiros, sendo o boi a força de tração nas moendas dos engenhos e no transporte da cana, na alimentação e no fornecimento de couro. b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento demográfico. c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho escravo. d) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos indígenas. e) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. Anotações: O sistema de capitanias hereditárias foi uma tentativa de incentivar o povoamento da colônia a partir da iniciativa particular. Aos donatários eram atribuídas as funções de fundar vilas e a cobrança de impostos, e dentre os seus direitos estavam a doação de sesmarias, a busca de metais preciosos, a escravização de índios e a aplicação da justiça. 3. (UFC-CE) Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa pretendiam tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. Destaca-se, ainda, a ação dos jesuítas junto aos indígenas, pois ao fundarem as missões no interior do território, auxiliaram na expansão da interiorização. Além disso, os padres incentivaram uma atividade, na região Amazônica, que contribuiu para a formação de novos povos, o extrativismo das drogas do sertão: cravo, cacau, guaraná, baunilha, produtos medicinais e aromáticos – as chamadas especiarias brasileiras. Além do trabalho dos jesuítas, expedições particulares surgiram a partir da capitania de São Vicente, orientadas para a captura de indígenas e para a sondagem de riquezas no interior. À essas experiências, deu-se o nome de Bandeiras, Em meados do século XVII, em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as Bandeiras abriram caminhos pelos sertão, em busca de ouro. Expedições fluviais de abastecimento das regiões de Mato Grosso e Goiás. Navegando pelo Rio Tietê, chamadas de Monções, também, inserem-se no contexto de interiorização, bem como a contratação de bandeirantes para combater índios rebeldes e destruir quilombos, atividade conhecida como sertanismo de contrato. Anotações: b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. c) Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro Anotações: As capitanias hereditárias foram a primeira tentativa portuguesa para se chegar a um formato de administração da colônia que pudesse garantir sua ocupação e impedir a invasão de outros povos europeus. 1. (UEPB-2014) Considerando a realidade da América Portuguesa nas b) a Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses. c) as expedições de Cristóvão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias. d) a atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento. e) a mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu. 174 1. C2:H9 (FGV-2015) A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). […] O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo. (Regina Célia Gonçalves, Fim do domínio holandês In: Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34) Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que PVE17_R1_HIS_A três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar: a) a expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 174 20/09/2016 18:02:57 Cultura A cultura medieval foi limitada pelos valores religiosos do cristianismo, os quais contavam com um desenvolvimento intelectual acentuado, refletido na criação de universidades que dotavam a igreja de pesquisadores, cientistas e teólogos do mais alto gabarito. Também se desenvolveram as artes associadas ao religioso, como a pintura e a escultura, a arquitetura das catedrais, com destaque ao estilo gótico, que refletia a mística cristã para além de um templo religioso, instruía a fé cristã por meio dos vitrais e do espaço direcionado à contemplação. Guerra dos Cem Anos Este conflito se desenvolveu por disputas envolvendo a Inglaterra e a França. Os dois reinos brigavam pelo trono da Inglaterra e por possessões territoriais na França. A guerra propiciou a gradual concentração de poder nas mãos do rei, que se submetia a centralização e a sistemas legais unificados a fim de proporcionar maior estratégia no conflito. Dessa forma, iniciou-se a transição para uma sociedade fundamentada, essencialmente, em relações capitalistas, nas quais o aparelhamento administrativo-financeiro do Estado, e a adoção de políticas “mercantilistas”, capitaneou maior mobilidade social e ascensão de novas classes sociais ligadas ao comércio, ao artesanato e à agricultura mercantil. Império Bizantino Após a queda do Império Romano do Ocidente permaneceu por mais mil anos o Império Romano do Oriente, também chamado Império Bizantino, cuja capital era Constantinopla. O imperador do Oriente acreditava ser o legítimo herdeiro da cultura e tradição romana, formando uma tradição cultural com algumas particularidades, como a observada durante o governo de Justiniano que reformulou o código de leis romano, criando o Código Justiniano. Outra questão era a religião. No Império Bizantino existia o cesaropapismo, ou seja, o poder político associado a liderança religiosa, tal prática levou a um conflito com a igreja católica ocidental, ocasionando o grande Cisma do Oriente. O Império Bizantino era uma mistura de culturas: persas, gregos, romanos, egípcios, judeus e muitas outras etnias compuseram a cultura bizantina. Entre a arte, podemos destacar a produção dos mosaicos, muito famosos no período, sempre com imagens religiosas. A capital do império, Constantinopla, sempre foi almejada por outros povos, como os turcos otomanos, islâmicos, que se interessavam em tomar Constantinopla por ser um grande centro comercial. Em 1453, o grande Império Otomano, vindo do Oriente, conquistou Constantinopla e deu-se o fim do Império Bizantino. Islã Enquanto a Europa vivenciava o desmantelamento do Império Romano, no Oriente Médio surgia uma nova religião, o islamismo. Ela surgiu a partir do profeta Maomé, numa região 180 de tribos nômades, entre beduínos, que sobreviviam da circulação de produtos. Eles tinham uma religião politeísta e cultuavam meteoritos como pedras enviadas pelos deuses. Uma dessas pedras chama-se Caaba e até hoje é encontrada na cidade de Meca. Nesta cidade, nasceu Maomé, em 570 d.C., e durante toda sua infância e adolescência circulou com as caravanas por todas as regiões do Oriente Médio. Segundo os escritos do Corão, livro sagrado do islamismo, Maomé teve a revelação do anjo Gabriel (630 d.C.) lhe dizendo para cultuar apenas uma única divindade, Alá. A partir dessa experiência mística, Maomé pregou o monoteísmo, mas não foi bem aceito. Com o tempo, conquistou adeptos e organizou um exército. utilizando-se da jihad (guerra justa de combate aos infiéis em favor da implantação da fé em Alá como único Deus), Maomé e seus seguidores começaram a implantar o islamismo em várias tribos e a religião muçulmana se expandiu rapidamente dominando todo o norte da África e Oriente Médio. Por meio de califados, unificou quase toda a região em torno da religião, chegando a entrar na Europa pela Península Ibérica (atual Portugal e Espanha), em 711. A conquista das regiões sagradas aos cristãos pelos muçulmanos ocasionou conflitos com o mundo católico, que organizou diversas cruzadas. Esse espírito “cruzadístico” também é perceptível no movimento de reconquista da Península Ibérica, que durou mais de 800 anos. 1. (UFPR-2015) Considere o texto a seguir: “O surgimento das moedas liga-se [...] a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do século VII a.C. [...]: o desenvolvimento da polis [...] e da vida política [...], a complexificação crescente das trocas comerciais [...] [e] a alfabetização.” (FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. p. 50.) A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia Antiga, assinale a alternativa que relaciona corretamente a pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. a) A polis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-Estado. Nas guerras realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias gregas, o que intensificou a circulação de moedas. b) A polis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em questão, essas duas cidades-Estado rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas. c) A pólis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do Mar Negro, causando intensa circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre. d) A pólis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais. e) A pólis era um tipo de cidade-Estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, ocasionando a fun- PVE17_R1_HIS_B feitas por cristãos abastados que se arriscavam para conhecer e venerar locais santos. Como se arrastaram por um longo tempo, engendraram outros elementos, tais como: incremento do comércio; de relações entre oriente e ocidente, seja pelo comércio ou pela cultura e o deslocamento da violência da sociedade cavaleiresca. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 180 20/09/2016 18:03:03 dação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas cidades-Estado uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento na atividade comercial grega e o uso de moedas. A formação das primeiras cidades-Estado surgiram durante o período arcaico, por volta de 800 a.C. Eram independentes, poliética e economicamente, como foi Atenas e Esparta. Anotações: Com o aumento da população por volta do século VII a.C., somado à concentração da posse de terras em algumas famílias, tornou-se necessário colonizar novas terras. Neste contexto, a circulação no Mediterrâneo cresceu, tanto de pessoas quanto de moeda, incrementando, assim, as trocas comerciais. 1. C2:H9 (UPE-2015) A Idade Média, quando se trata de dinheiro, repre- senta, na longa duração da história, uma fase de regressão. Nela, o dinheiro, é menos importante, está menos presente que no Império Romano, e, muito menos importante do que viria a ser a partir do século XVI, e especialmente do XVIII. 2. (FGV-2014) O anfiteatro era, para os romanos, parte de sua norma- lidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam os valores normais da sociedade. (LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: ensaio de Antropologia histórica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 10. Adaptado.) Sobre a temática e o período destacado no texto, assinale a alternativa correta. a) A economia medieval, em especial no período posterior ao século XIII, foi marcada por um caráter natural, com atividades baseadas em trocas de produtos. (Norberto Luiz Guarinello, A normalidade da violência em Roma In: <www2. uol.com.br/historiaviva/artigos/a_normalidade_da_violencia_em_roma.html>.) b) A Europa medieval, em decorrência do feudalismo, assistiu a um processo de desmonetarização completa da sua economia. Sobre as relações entre os cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que a) a violência durante a República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos povos bárbaros dentro das fronteiras romanas. c) Do século X mais ou menos até o fim do século XIV, quando o dinheiro recua, a circulação de moeda na Europa conhece um recesso para depois começar um lento retorno. d) A retração no fluxo de moedas no medievo não teve ligação direta com as crises financeiras do Império Romano tardio. b) a prática do cristianismo foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as ocorrências violentas podem ser consideradas exceções. c) o cristianismo sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a divinização dos imperadores. d) a ação cristã foi consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião restringiu-se aos seus principais líderes. e) a intensa violência praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período, apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana. Anotações: A alternativa correta apresenta a causa das perseguições sofridas pelos cristãos durante o Império Romano: o fato de o cristianismo negar-se a cultuar os imperadores como deuses. Além disso, os cristãos faziam parte de um grupo de pobres e escravos, o que dava um caráter subversivo à reunião dos crentes. 3. (UEPA-2015) Apesar das semelhanças quanto à língua e a religião entre os gregos das diversas polis, a Grécia do Período Clássico em diante era um mosaico de cidades autônomas em termos políticos e econômicos. A criação das cidades-Estado seguiu por caminhos diferentes em função da relação entre populações autóctones e povos estrangeiros. Particularmente, a história da fundação de Atenas e de Esparta teve clara relação com sua organização sociopolítica, pois: a) ocorreu em Atenas a partilha de poder administrativo entre jônios e demais estrangeiros, enquanto em Esparta se deu a dominação política dos dórios. b) o domínio jônico submeteu os povos autóctones na formação de Atenas, enquanto os dórios partilharam o governo de Esparta com os nativos lacedemônios. c) Atenas tornou-se centro cosmopolita do mundo antigo, dada a proeminência social dos estrangeiros, enquanto a elite dórica manteve-se predominante no governo de Esparta. PVE17_R1_HIS_B Anotações: d) a formação de Atenas esteve vinculada ao trabalho agrícola das populações camponesas, enquanto os guerreiros dóricos de Esparta constituíram uma sociedade militarizada. e) Atenas formou-se com a reunião de jônios e populações locais pré-helênicas, enquanto Esparta resultou da invasão dórica, marcada pela submissão dos habitantes autóctones. e) O grande comércio com o Oriente manterá no Ocidente certa circulação em ouro, sob a forma de moeda bizantina e muçulmana. 2. C1:H3 (Enem 2014) Texto l Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. (TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987. Adaptado.) Texto II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. (ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.) Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) prestígio social. b) acúmulo de riqueza. c) participação política. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco. 3. C3:H11 (PUCRS-2013) Durante o período monárquico (cerca de 750 a.C. a 509 a.C.), a organização social básica do mundo romano era a _________, comunidade formada por um grupo extenso de membros que se reconheciam como descendentes de um antepassado comum e onde se concentravam propriedades e fortunas. Os líderes de tais comunidades eram homens conhecidos como _________, HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 181 181 20/09/2016 18:03:03 submetidos eram civilizações urbanas, como astecas, maias, chibchas e incas. Desse modo, os espanhóis fundaram cidades no modelo europeu sobre as estruturas próximas de cidades que as civilizações ameríndias haviam erguido. 1. (UPE-2015) O período mais longo considerado a mais antiga era da Pré-História é chamado de Paleolítico. Ele iniciou-se há pelo menos 2,5 milhões de anos, como atestam os instrumentos simples de pedra encontrados no sítio de Hadar, Etiópia, e se estendeu até 10 000 anos aproximadamente. O modo de produção de sua população hominídea pode ser descrito como o de carniceiros, caçadores, coletores e pescadores. A colonização se processou por meio dos adelantados, pessoas incumbidas de conquistar territórios. Cada um destes exploraria uma área territorial segundo o sistema de capitulações, no qual áreas territoriais eram cedidas pela coroa espanhola em troca de tributos pelas riquezas exploradas. A partir da década de 1550 a Espanha assumiu a colonização efetiva, sistematizando a exploração da colônia. A partir daí, passaram a existir audiências e vice-reinados (divisões territoriais), encarregados de funções administrativas, além de tribunais. As cidades eram administradas pelos cabildos, câmaras municipais compostas por elementos das classes dominantes. Na metrópole permaneciam órgãos semelhantes aos da colônia, como a Casa de Contratação e o Real e Supremo Conselho das Índias, que controlavam a exploração e a administração colonial. Os vice-reis e capitães-gerais eram escolhidos pelo rei e cercavam-se de órgãos que legitimavam sua autoridade político-administrativa, como os cabildos (ou ayuntamientos). Todos os cargos do alto escalão administrativo da Coroa espanhola eram dominados por um grupo específico, de indivíduos nascidos na Espanha, chamados chapetones, os quais ocupavam com exclusividade estes cargos. Depois deles, projetava-se uma elite local que detinha o controle sobre as atividades comerciais e agro-exportadoras, os criollos. A relação comercial entre a Espanha e o Novo Mundo foi estruturada a partir da criação da Casa do Comércio; e a centralização do comércio a partir da cidade de Sevilha, na Espanha. A exploração do trabalho indígena nas colônias espanholas na América se deu por meio da mita, trabalhos forçados; pela peonaje, servidão por dívidas; e pela encomienda, que consistia no trabalho e no pagamento de tributos pelos indígenas, tutelados por um responsável indicado pela coroa, que tinha como dever a promoção de uma educação cristã. PVE17_R1_HIS_C Os espanhóis se dedicaram à intensiva exploração das minas na América espanhola, atividade que gerou desvalorização dos metais e aumento considerável nos preços das mercadorias, causando o fenômeno conhecido como Revolução dos Preços. A Espanha também obrigou-se a reduzir a circulação de metais preciosos como moeda por um tempo. Ao longo do século XVIII, a dinastia de Habsburgo foi sucedida pela dinastia francesa de Bourbon, no trono espanhol e ocorreram as reformas burbônicas. Essas estabeleceram uma nova gerência do patrimônio da coroa espanhola nas Américas: a fiscalização e a tributação das atividades na colônia passou a ser feita por um corpo de profissionais indicados pela coroa. Foram nomeados peninsulares (espanhóis) para os cargos mais altos e funções mais importantes dos aparatos administrativo e jurídico da colônia, antes ocupados pela elite criolla. Dessa forma, os criollos perderam o direito de tributação na colônia e, assim, afastavam-se parcialmente do círculo de enriquecimento e dos espaços centrais da administração e da justiça. O impacto disso entre os criollos foi a popularização de que as reformas burbônicas seriam uma tentativa de recolonização do rei Carlos III (1759-1788). Isso precipitou a organização de uma resistência criolla que acabou promovendo as guerras de independência coloniais. (GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História: uma abordagem ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 35. Adaptado.) Sobre o período descrito no texto, assinale a alternativa correta. a) Não havia a domesticação de plantas ou animais, com exceção dos cães e, talvez, cavalos, que surgiram só mais para o fim do período. b) Os grupos humanos se organizavam socialmente em tribos, dado o recente processo de sedentarização. c) A economia não se limitava às atividades predatórias, considerando uma larga experiência com a agricultura. d) O Homo sapiens sapiens não pertence a esse período, tendo surgido só no Neolítico. e) Os instrumentos de pedra confeccionados pelos hominídeos desse período já passavam por um processo manual de polimento. Anotações: No período citado, não havia uma organização em sociedades, havia pequenos grupos de caçadores e coletores. A organização e a sedentarização do homem só ocorreu no chamado Período Neolitico, com o domínio da agricultura, com a domesticação de animais e, com isso, o aumento dos grupos humanos. 2. (PUC-Rio-2014) O volume de entradas de escravos africanos no Novo Mundo, entre 1701 e 1810, para serem utilizados como trabalhadores nas plantações e minas das colônias foi muito grande. Nesse período, estima-se que cerca de 31% do volume de entradas destinaram-se ao Brasil; 23% ao Caribe francês (especialmente a Ilha de São Domingos); 22% ao Caribe britânico (sobretudo Jamaica e Barbados); 9% à América espanhola e 6% à América do Norte. Mas, no final do século XVIII e no início do XIX, alterações significativas foram observadas nessas regiões receptoras, em função das insurreições nas colônias e dos demais desdobramentos da Revolução na França que amplificaram a luta abolicionista em todas essas sociedades. a) Cite quais regiões acima se caracterizaram pela economia das plantações e quais se viram marcadas pela mineração no período tratado. a) Plantações: Brasil, Haiti e Santo Domingos, Jamaica e Barbados, América espanhola (Cuba, Porto Rico, Peru, Colômbia, Venezuela), América do Norte (Sul) Mineração: Brasil, América espanhola (Peru; Colômbia) b) No Haiti, uma sangrenta insurreição de escravos mesclou-se à luta pela independência. Cite duas consequências (uma interna e outra externa) desses acontecimentos. b) Consequências internas: a abolição, a independência, a fuga dos senhores de escravos para outras partes do Caribe (Cuba e Porto Rico) ou do continente (EUA/ Louisiana), permanentes guerras civis e desorganização da economia açucareira. Consequências externas: progressivo fim do tráfico em outros estados-nação, declínio drástico da exportação do açúcar haitiano para o mercado mundial, temor nas demais áreas escravistas da América do “fantasma do Haiti”- novas insurreições de escravos bem-sucedidas. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 187 187 20/09/2016 18:03:07 3. (Fatec) O primeiro exército organizado do mundo, com recrutamento obrigatório e que se tornou uma força permanente após o reinado de Tiglatfalasar III (745-728 a.C.), foi uma criação dos: a) egípcios d) sumérios b) caldeus e) acádios c) assírios Anotações: Os assírios construíram seu império na Antiguidade baseados principalmente na expansão militar e na forma violenta e cruel pela qual tratavam seus inimigos. d) descreve um modo de vida camponês em uma civilização que possui estado forte e centralizado. 3. C3:H11 (Fuvest-2015) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização Ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII, a) a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada. b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola, e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi. c) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola esteve mais generalizada na América portuguesa. mentou o início de uma expansão marítima, que é um marco no início da europeização do mundo. Entre os motivos que levaram os portugueses a buscarem a Expansão Marítima, podemos apontar a) a queda de Constantinopla para o Império Turco-otomano, em 1453, levando os países católicos a buscarem um novo caminho que os conduzissem à Terra Santa. b) o crescimento da circulação monetária e a consequente estabilização dos preços, na época, permitindo o acúmulo de que passou a ser investido nas empreitadas marítimas. c) o fortalecimento do poder dos monarcas europeus, que passaram a governar em caráter absolutista e centralizaram todas as decisões do Estado em suas mãos. d) a consolidação do sistema de manufaturas controladas pelas grandes corporações de ofício, que passaram a financiar a Expansão Marítima em busca de novos mercados consumidores. e) a necessidade da expansão comercial, que aumentaria os poderes do rei, manteria os privilégios da nobreza e elevaria os lucros da burguesia, pois o controle comercial do Mediterrâneo pertencia aos italianos. 2. C1:H4 (UERN-2012) “Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários à agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o trigo (para fazer o pão), a cevada (para fazer cerveja) e o linho (para fazer tecido). Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva (para fazer o vinho) e frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e, posteriormente, cavalos. Para a maioria da população, a carne era um alimento de luxo – os mais pobres só a consumiam em ocasiões especiais. As atividades agropastoris eram complementadas pela pesca (no Nilo, nos pântanos e nos canais) e, também, pela caça. Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte da colheita e do rebanho, como forma de tributo, aos moradores do palácio do faraó e aos sacerdotes dos templos. Nos períodos em que diminuíam os trabalhos no campo (época das cheias), eram, muitas vezes, convocados a trabalhar compulsoriamente em obras como, por exemplo, construção de palácios, templos, pirâmides etc.” (COTRIM, Gilberto. História global – Brasil e geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 51.) O Egito foi uma das primeiras civilizações que existiu, tendo sido responsável pelo desenvolvimento de várias técnicas, como nas áreas da medicina e da arquitetura, entre outras. A citação se refere ao modo de vida do camponês egípcio. A partir dela, pode-se afirmar que a) a vida do camponês egípcio demonstra que viviam em uma sociedade nômade. b) o Egito foi uma civilização sem, necessariamente, uma hierarquia social. c) a sociedade egípcia era extremamente desenvolvida, devido, principalmente, à produção de tecidos que eram amplamente comercializados. 188 d) não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena. e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil. 1. (ESPM-2015) Na América espanhola os cabildos ou ayuntamientos eram: a) tribunais judiciários que atuavam como ouvidorias, sendo seus membros nomeados pelo rei; b) formas de servidão indígena para o trabalho agrícola em vastas extensões de terra; c) formas de trabalho compulsório das comunidades indígenas na economia mineradora; d) as câmaras municipais formadas por elementos de projeção social responsáveis pela administração local; e) governadores, nomeados pelo rei, encarregados de representar o poder central nas colônias. 2. (UFES) Acerca das “Altas Culturas” pré-colombianas, não é correto afirmar que: a) os maias e os astecas situavam-se na região denominada Meso-América (México e América Central), ao passo que os incas ocupavam a Zona Andina; b) a economia era basicamente agrária, com destaque para a produção do milho, e se utilizavam técnicas de irrigação, a exemplo dos chinampas astecas e dos canais incas; c) a utilização da escrita pelos governantes representou um notável impulso à centralização do poder, como comprovam as listas reais incaicas, grafadas no dialeto andino “quipu”, e os tratados políticos maias e astecas; d) a estrutura social era do tipo classista, com a existência de uma elite composta por militares, sacerdotes e altos funcionários, que tributava as comunidades aldeãs, sob a forma de trabalho compulsório ou de produtos; e) a política e a religião se encontravam intimamente unidas, razão pela qual a monarquia se revestia de um caráter sagrado, a exemplo da eleição do Tlatoani asteca, realizada sob inspiração divina, e do título de Filho do Sol, atribuído ao soberano inca. 3. (UFG-2013) Leia o documento a seguir. A admiração que os cavalos causaram aos índios logo que os viram excede a todo encarecimento: porque, quase em todas as províncias da América, tomaram o cavalo e o cavaleiro como uma só pessoa. Em suma, não houve coisa de quantas da Europa se trouxeram que mais os admirasse e assombrasse. Ficavam como fora de si de estupor vendo um espanhol a cavalo com um peitoral de guizos. (BERNABÉ, Cobo. In: AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. No Tempo das Caravelas. Goiânia: Cegraf/UFG; São Paulo: Contexto, 1992. p. 129. Adaptado.) PVE17_R1_HIS_C 1. C2:H8 (Mackenzie-2015) Durante o século XV, a Europa experi- HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 188 20/09/2016 18:03:08 c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o Oriente, onde vitórias militares garantiam relações comerciais lucrativas. 3. (UFSCar) [...] Pré-História do Brasil compreende a existência de uma crescente variedade linguística, cultural e étnica, que acompanhou o crescimento demográfico das primeiras levas constituídas por poucas pessoas [...] que chegaram à região até alcançar muitos milhões de habitantes na época da chegada da frota de Cabral. [...] não houve apenas um processo histórico, mas numerosos, distintos entre si, com múltiplas continuidades e descontinuidades, tantas quanto as etnias que se formaram constituindo ao longo dos últimos 30, 40, 50, 60 ou 70 mil longos anos de ocupação humana das Américas. d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa sul-atlântica. e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando o recrutamento de funcionários administrativos. Resposta: C As atividades comerciais praticadas no Oriente durante as décadas iniciais do século XVI eram muito mais lucrativas para os portugueses, pois no Brasil recém-descoberto não foram encontrados nem ouro, nem metais preciosos, ao contrário dos espanhóis. Por isso o interesse em ocupar e colonizar a colônia só ocorreu a partir da década de 1540. (Pedro Paulo Funari e Francisco Silva Noeli. “Pré-História do Brasil”, 2002.) Considerando o texto, é correto afirmar que a) as populações indígenas brasileiras são de origem histórica diversa e, da perspectiva linguística, étnica e cultural, se constituíram como sociedades distintas. b) uma única leva imigratória humana chegou à América há 70 mil anos e dela descendem as populações indígenas brasileiras atuais. 1. (FGV) Sobre os povos dos sambaquis, é incorreto afirmar que: c) a concepção dos autores em relação à Pré-História do Brasil sustenta-se na ideia da construção de uma experiência evolutiva e linear. a) sendo nômades, ocuparam a faixa amazônica, deslocando-se durante milhares de anos, do Marajó a Piratininga. d) os autores descrevem o processo histórico das populações indígenas brasileiras como uma trajetória fundada na ideia de crescente progresso cultural. b) sedentários, viviam da coleta de recursos marítimos e de pequenas caças. c) as pesquisas arqueológicas demonstram que tais povos desenvolveram instrumentos de pedra polida e de ossos. d) na chegada dos primeiros invasores europeus, esses povos já se encontravam subjugados por outros grupos sedentários. e) esses povos viveram na faixa litorânea, entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, basicamente dos recursos que o mar oferecia. Anotações: Os sambaquis são elevações formadas por areia, conchas e moluscos. Em tupi a palavra significa amontoado de conchas. Os povos dos sambaquis eram coletores marinhos, que se alimentavam de moluscos e peixes e viveram no litoral entre 8 mil e 2 mil anos atrás. e) na época de Cabral, as populações indígenas brasileiras eram numerosas e estavam em um estágio evolutivo igual ao da Pré-História europeia. Anotações: As pesquisas arqueológicas no Brasil apontam para diversas formações de nichos culturais em nosso território ao longo de milhares de anos. Cada um com sua tradição. Muitas desapareceram séculos antes de os portugueses chegarem ao Brasil; outras permaneceram e foram estudadas, primeiro por jesuítas, depois por arqueólogos e antropólogos. 2. (UFES) Os Tupinikim, uma das maiores nações indígenas brasileiras, II. tiveram suas manifestações culturais, tradições e ritos cerceados, nas regiões onde foram encampados pelos aldeamentos jesuítas; III. exploravam latifúndios respeitados pela colonização branca e viviam pacificamente com os portugueses no interior do Brasil; IV. ocupavam parte do litoral brasileiro, na faixa compreendida entre o sul da Bahia e o Paraná. Em relação às proposições acima, está correto o que se afirma a) apenas em I, II e III. b) apenas em II, III e IV. c) apenas em I, III e IV. d) apenas em I, II e IV. e) em todas elas. Anotações: Os tupiniquins são um grupo indígena da mesma ramificação da família dos tupi-guarani. Foram tupiniquins os primeiros índios a ter contato com europeus, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, em 1500. Eram inimigos tradicionais de outro grupo tupi, os tupinambás, e aliaram-se aos portugueses durante o Período Colonial contra os franceses. 1. C3:H15 (Fuvest-2015) A colonização, apesar de toda violência e dis- rupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje. (FAUSTO Carlos. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.) Com base no trecho, é correto afirmar que a) o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas. b) várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana. c) a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940. d) a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu. e) não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural. 548 PVE17_1_HIS_A_02 possuíam as seguintes características no período colonial: I. viviam da pesca, da caça, da coleta de frutos e raízes proporcionada pelas florestas e matas; HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 548 20/09/2016 17:58:36 1. (Enem) Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do norte da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terra floresta”, não é um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, e sim uma entidade viva, animada por uma dinâmica de trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as plantas crescem. A floresta não está morta pois, se fosse assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, ficarão pobres e acabarão tendo fome e sede. 1. (UFMG) “As águas são muitas e infindas. E em tal maneira [a terra] é grandiosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem. Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza esta pousada para a navegação [...], isso bastava. Mas, ainda, disposição para nela cumprir-se – e fazer – o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber o acrescentamento da nossa Santa Fé!” (Carta de Pero Vaz de Caminha, 1.º de maio de 1500.) Com base nesse trecho da Carta de Caminha, o descobrimento do Brasil pode ser relacionado: a) à procura de produtos para o comércio no Continente Europeu. (ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007. Adaptado.) De acordo com o texto, os Yanomami acreditam que: a) a floresta não possui organismos decompositores. b) o potencial econômico da floresta deve ser explorado. c) o homem branco convive harmonicamente com urihi. d) as folhas e a água são menos importantes para a floresta que seu sopro vital. e) Wixia é a capacidade que tem a floresta de se sustentar por meio de processos vitais. Resposta: E Os Yanomamis consideram a floresta um organismo vivo capaz de se desenvolver através de processos de trocas. Esse processo é chamado de Wixia, porém, com a intervenção do homem branco, a destruição e o desmatamento da floresta poderiam comprometer até mesmo seu sustento e suas vidas. 2. (Unimontes) O período compreendido entre 1500 e 1530 é denominado, pela historiografia tradicional, de “período pré-colonial”. Entre as características dessa época, é incorreto elencar: a) a fundação de feitorias e a exploração do pau-brasil. b) o envio de expedições “guarda-costas” para a defesa do litoral. c) à divisão do cristianismo pela Reforma Religiosa. d) à procura do caminho marítimo para as Índias. Anotações: A leitura desse importante documento histórico, a Carta de Pero Vaz de Caminha, narrando ao rei de Portugal suas impressões sobre a nova terra, mostra que não apenas os motivos econômicos incentivavam os portugueses, mas também a ideia de levar o cristianismo a outros povos (anunciar o Evangelho). 2. (Unicamp) O termo ‘feitor’ foi utilizado em Portugal e no Brasil colonial para designar diversas ocupações. Na época da expansão marítima portuguesa, as feitorias espalhadas pela costa africana e, depois, pelas Índias e pelo Brasil tinham feitores na direção dos entrepostos com função mercantil, militar, diplomática. No Brasil, porém, o sistema de feitorias teve menor significado do que nas outras conquistas, ficando o termo ‘feitor’ muito associado à administração de empresas agrícolas. (VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. p. 222. Adaptado.) a) Indique características do sistema de feitorias empreendido por Portugal. d) a fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão. As feitorias constituíam entrepostos comerciais no litoral de áreas coloniais ou de contatos dos portugueses para captação e armazenamento de produtos obtidos através de trocas com os nativos. Resposta: D A fundação de vilas e cidades e a introdução da escravidão só ocorreram após esse período inicial, também chamado de período de reconhecimento. São Vicente, a primeira vila da colônia, foi fundada em 1532, e a escravidão foi implementada com a lavoura e a manufatura canavieira no decorrer do século XVI. b) Qual a produção agrícola predominante no Brasil entre os séculos XVI e XVII? Quais as funções desempenhadas pelo feitor nessas empresas agrícolas? c) a presença de franceses “contrabandeando” pau-brasil. b) ao ideal de expansão religiosa do cristianismo. 3. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chama- do período pré-colonial (1500-1530), foi marcado pelo(a): a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil. b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano. Uma observação atenta ao texto traria dados ao estudante sobre a distribuição das feitorias, bem como a atuação dos feitores na administração mercantil, militar e diplomática. No Brasil, os feitores associaram-se à administração de empresas agrícolas, nas quais a cana-de-açúcar era o principal produto e eram responsáveis pela organização da produção, do trabalho, castigo e punição de escravos, pela caça ao escravo fugido e pela defesa em geral da unidade produtiva. c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente. d) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os indígenas. Resposta: A Durante o Período Pré-Colonial, as principais características foram: ausência de povoamento, envio de expedições exploradoras e guarda-costas, exploração do pau-brasil. 1. C2:H8 (UERN-2015) A coroa portuguesa viu-se obrigada a imple- mentar uma política de colonização que assegurasse o domínio sobre a colônia, principalmente após a frustrante tentativa do sistema de Capitanias Hereditárias. A centralização administrativa (governos-gerais) e o sucesso da empresa açucareira contribuíram para assegurar a posse do Brasil, porém não afastaram a constante ameaça aos domínios coloniais portugueses na América. (Trindade, 2010.) 554 PVE17_1_HIS_A_03 e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 554 20/09/2016 17:58:39 d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união entre colonos, ex-escravas e nativas para acelerar o povoamento da colônia. 3. e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das relações de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos. Resposta: E Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas foram amistosos, principalmente porque não havia a intenção de conquistar e colonizar a terra. Com o início da ocupação da terra, o conflito se caracterizou na medida em que os indígenas, apesar de não terem a noção de propriedade privada, sentiram suas terras e vida ameaçadas pelos portugueses. PROUS. A. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Editor, 2005. Os povos indígenas citados possuíam tradições culturais específicas que os distinguiam de outras sociedades indígenas e dos colonizadores europeus. Entre as tradições tupi-guarani, destacava-se a) a organização em aldeias politicamente independentes, dirigidas por um chefe, eleito pelos indivíduos mais velhos da tribo. 1. (FALBE-2016) “Para se tirar este óleo das árvores lhes dão um talho com um machado acima do pé, até que lhe chegam à veia, e como lhe chegam corre este óleo em fio, e lança tanta quantidade cada árvore que há algumas que dão duas botijas cheias, que tem cada uma quatro camadas. Este óleo [de copaíba] tem muito bom cheiro, e é excelente para curar feridas frescas, e as que levam pontos da primeira curam, soldam se as queimam com ele, e as estocadas ou feridas que não levam ponto se curam com ele, sem outras mezinhas; com o qual se cria a carne até encourar, e não deixa criar nenhuma corrupção nem matéria. Para frialdades, dores de barriga e pontadas de frio é este óleo santíssimo, e é tão sutil que se vai de todas as vasilhas, se não são vidradas; e algumas pessoas querem afirmar que até no vidro míngua; e quem se untar com este óleo há de se guardar do ar, porque é prejudicial.” (Enem-2010) Os vestígios dos povos Tupi-guarani encontram-se desde as Missões e o rio da Prata, ao sul, até o Nordeste, com algumas ocorrências ainda mal conhecidas no sul da Amazônia. A leste, ocupavam toda a faixa litorânea, desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão. A oeste, aparecem (no rio da Prata) no Paraguai e nas terras baixas da Bolívia. Evitam as terras inundáveis do Pantanal e marcam sua presença discretamente nos cerrados do Brasil central. De fato, ocuparam, de preferência, as regiões de floresta tropical e subtropical. b) a ritualização da guerra entre as tribos e o caráter semissedentário de sua organização social. c) a conquista de terras mediante operações militares, o que permitiu seu domínio sobre vasto território. d) o caráter pastoril de sua economia, que prescindia da agricultura para investir na criação de animais. e) o desprezo pelos rituais antropofágicos praticados em outras sociedades indígenas. Anotações: As tribos Tupi-guaranis, que ocuparam grande parte do território brasileiro, conforme descreve o texto, possuíam as características básicas dos nativos do Brasil, vivendo principalmente da agricultura rudimentar – que tinha como complemento a caça e pesca – praticada de forma nômade ou seminômade. A guerra teve certa importância para as tribos, porém, diferentemente de outros povos, não era a atividade que garantia poder ou controle sobre outros povos. A prática da antropofagia era comum e tinha caráter ritualístico, religioso, uma vez que acreditavam que a ingestão da carne de inimigos mortos lhes fortaleceriam. Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Edusp, 1987, p. 202-203. O texto, escrito por um viajante português ao Brasil em 1587, indica a percepção de características dos nativos, como a) o conhecimento de árvores e de ervas e o desenvolvimento de práticas medicinais e da cerâmica. b) a submissão aos conhecimentos científicos dos portugueses e a capacidade de observação da natureza. c) os cuidados com a diversidade da flora e da fauna e a limitação dos recursos hídricos disponíveis. d) o caráter religioso das práticas médicas e a dificuldade de reconhecer o avanço das doenças. Anotações: No trecho do Tratado descritivo do Brasil, redigido na segunda metade do século XVI, o português Gabriel Soares de Souza descreve a extração do óleo de copaíba (árvore natural da Amazônia) além das diversas utilidades medicinais, as propriedades do “óleo santíssimo”, o autor destaca que os índios armazenavam o óleo de copaíba em “todas as vasilhas”, revelando o desenvolvimento de práticas ceramistas entre os índios brasileiros. 2. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que: a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano. b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura. PVE17_1_HIS_A_04 c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani. 1. C3:H14 (Enem-2013) Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos, falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”. (AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: <www.outraspalavras.net>. Acesso em: 7 dez. 2012.) d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os sambaquis. Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como objetivo principal: a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas. e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e nações. b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no assunto. Anotações: c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio ambiente e esses povos. Várias eram as tribos de indígenas espalhadas pelo território, com diferenças linguísticas e culturais sem, portanto, constituírem uma identidade homogênea. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 561 561 20/09/2016 17:58:43 2. (UEL) Com o fim do domínio gentílico sobre a terra, os parentes mais O senhor coincide com o cidadão. Pelo contrário, o escravo é, por natureza, incapaz de deliberar, participa da razão sem a possuir. O segundo critério articula-se com o primeiro. Certos trabalhos que implicam apenas o uso da força são, por essência, servis, e são esses os que se adequam aos indivíduos que foram definidos como escravos pela sua incapacidade de raciocinar. próximos do pater apropriaram-se das terras mais ricas, passando a ser conhecidos como eupátridas (os bem nascidos). O restante da terra foi dividido entre os georgoi (agricultores); os mais prejudicados por esta divisão foram os thetas (marginais), excluídos da partilha. Os novos grupos sociais, a propriedade privada da terra e o surgimento dos demos marcaram o advento da pólis (cidade-Estado) grega. Sobre a pólis grega, é correto afirmar: a) Em razão da abundância de terras na pólis, os excedentes populacionais balcânicos continuaram a lutar por terras em torno da acrópole. (ARISTÓTELES. Política.) Baseado nos critérios de Aristóteles é correto afirmar: a) Na Grécia Antiga, a escravidão e a política estavam vinculadas contraditoriamente, pois a existência de uma justificava a outra, ou seja, para que os homens livres pudessem se dedicar exclusivamente à política, o trabalho, que garantia sua subsistência, deveria ser feito pelos escravos. b) O poder ampliado do pater na administração da família e da casa enfraqueceu o individualismo, pois beneficiou igualmente filhos e parentes distantes na partilha dos bens. b) A condição de escravo, em qualquer época, implica o reconhecimento, pelo indivíduo escravizado, da perda de sua condição humana e de sua inferioridade em relação ao senhor, o que o leva a aceitar mais facilmente tal situação, que passa a ser vista como inevitável. c) Os georgoi produziram grandes riquezas em suas terras devido às boas colheitas e, com isso, despertaram a cobiça dos eupátridas. d) Com a pólis, o urbano constituiu-se como a base da sociedade e seu elemento de união, e a cidade-Estado passou a ser liderada por um conselho de eupátridas. c) A escravidão no mundo antigo greco-romano recaía sobre os povos de tradição guerreira, que, por serem portadores de grande força física e de culturas primitivas, eram considerados mais capazes de realizar trabalhos que exigiam apenas o uso da força. e) Os demiurgos tornaram-se o grupo social dominante em cada pólis, compartilhando o poder político com os eupátridas. Resposta: D No desenvolvimento político, Atenas, inicialmente, organizou-se por meio dos eupátridas, aristocracia proprietária de terras e escravos, reunidos em um Conselho que escolhia os Magistrados, denominados Arcontes (em número de nove, eleitos por um período de um ano), que cuidavam das funções religiosas, do comando do exército, do preparo das leis e do cuidado com sua execução. d) A escravidão na Antiguidade Clássica adotava critérios étnicos e culturais, o que fazia com que somente povos considerados bárbaros, incultos, incapazes de usar a razão fossem escravizados nas guerras. Portanto, os povos vistos como civilizados ficavam isentos de tal condição. e) Os escravos antigos assemelhavam-se aos modernos, principalmente no que dizia respeito à destinação dos produtos de seu trabalho, já que, em ambas as situações, o trabalho escravo vinculava-se à produção de alimentos que garantiam a subsistência dos homens livres. 3. (Unicamp) A característica mais notável da Grécia Antiga, a razão profunda de todas as suas grandezas e de todas as suas fraquezas, é ter sido repartida numa infinidade de cidades que formavam um número correspondente de Estados. As condições geográficas da Grécia contribuíram fortemente para dar-lhe sua feição histórica. Recortada pelo embate entre a montanha e o mar, há uma fragmentação física e política das diferentes sociedades. (Adaptado de Gustave Glotz, A cidade grega. São Paulo: Difel, 1980, p. 1.) a) Segundo o texto, qual a organização política mais relevante da Grécia Antiga? Indique suas principais características. Resposta: A organização política se dava em torno da cidade-Estado, a qual possuía independência diante das demais cidades-Estado gregas, pois cada pólis se regulava autonomamente, conforme a deliberação de seus cidadãos e as instituições políticas por ele criadas. Nelas, não existia separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. As decisões políticas das cidades-Estado eram discutidas entre os considerados cidadãos, geralmente homens, proprietários de terras e escravizados. b) Relacione a economia da Grécia Antiga com as condições geográficas indicadas no texto. A agricultura era restrita aos poucos vales férteis, pois a Grécia possui um clima árido e relevo montanhoso. Nas áreas litorâneas, os gregos exploraram a navegação e ao se comunicarem com outras ilhas, expandiram o comércio marítimo. Anotações: Aristóteles busca uma base racional para justificar a escravidão, apresentando a condição de escravo oposta ao cidadão. Nesse contexto, a cidadania não estava ligada à posição social e sim ao vínculo com a pólis (nascido na pólis, filhos de pais nascidos na pólis). Isso colocava a condição de que o estrangeiro não poderia adquirir status de cidadão, ficando, portanto, alijado da vida política. O escravizado não possuía direitos políticos, tendo apenas uma participação na vida econômica da pólis devido à dedicação à subsistência dos cidadãos. 2. (UEM-2012) Tomando como base o texto a seguir e o contexto his- tórico a que ele se refere, assinale a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os sistemas de governo na Grécia Antiga. “Entre os Estados, em geral, se dá o nome de realeza ao que tem por finalidade o interesse coletivo; e o governo de um pequeno número de homens, ou de muitos, contando que não o seja de um apenas, denomina-se aristocracia – ou porque a autoridade está nas mãos de várias pessoas de bem, ou porque essas pessoas dela se utilizam para o maior bem do Estado. Por fim, quando a multidão governa no sentido do interesse coletivo, denomina-se esse governo de República, que é um nome comum a todos os governos.” (ARISTÓTELES. Política: texto integral. São Paulo: Martin Claret, 2001, p. 90.) (1) Ao longo da sua existência, a cidade-Estado de Atenas experimentou formas de governo como a monarquia e a democracia. (2) A principal característica do período Homérico (XII-VIII a.C.) era o predomínio de uma anarquia “homérica” em que cada cidade-Estado procurava subjugar a outra. PVE17_1_HIS_B_01 1. (UFPA-2012) Aristóteles propunha dois critérios para diferenciar senhores e escravos: O primeiro critério é de ordem política: o homem é, por natureza, um animal político, um ser cívico; por conseguinte, só o homem livre é totalmente homem, porque só ele está apto para a vida política. (3) Ainda que os gregos tivessem produzido grandes filósofos, os textos destes não foram assimilados pelos governantes da época, pois só foram valorizados durante o Renascimento Italiano do século XV. (4) Assim como em nossos dias, a democracia praticada na Grécia Antiga garantia a liberdade política a todos os homens que habitavam os territórios gregos. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 573 573 20/09/2016 17:59:18 (5) Nas cidades-Estado onde a nobreza guerreira monopolizava as instituições, consolidou-se o regime aristocrático em que uma minoria deliberava pelo povo. Soma ( 17) 01 + 16 2. Anotações: (VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992. Adaptado.) A cidade-estado de Atenas, conforme o contexto social e político, organizou suas instituições políticas conforme diferentes regimes de governo, como a monarquia e a democracia. No caso de Esparta, o regime aristocrático foi predominante. Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. 3. (UEPA-2014) Hermes, na Grécia Antiga, era o deus mensageiro, patrono de pesos e medidas, pastores, oradores, poetas, atletas, comerciantes, viajantes e inventores. O culto a Hermes surgiu no Período Arcaico da historia grega, entre 700 a.C. e 500 a.C., e ocorreu numa época em que os antigos Genos foram extintos e ascendeu socialmente uma aristocracia rural concentradora de terras. Em função disso, a população sem acesso a terras tendeu a um grande movimento de dispersão por novos territórios fora da península helênica, o que resultou na expansão das relações comerciais gregas para áreas costeiras do Mar Negro e do Mar Mediterrâneo. Com base nesses dados, é correto afirmar que: a) o surgimento de uma hierarquização entre os deuses refletia a emergência da sociedade de classes na Grécia Antiga. b) a reverência ao deus Hermes derivou do sincretismo religioso promovido pelo estabelecimento de gregos em terras estrangeiras. c) o culto ao deus Hermes representou uma forma de enfrentamento simbólico dos antigos camponeses à espoliação de suas terras. d) a crença nos poderes de Hermes como deus mensageiro e protetor do comércio tem relação com a expansão dos horizontes comerciais e territoriais gregos. e) a reverência a Hermes na Grécia Arcaica resultou de um sincretismo original com o deus romano Mercúrio, patrono do lucro e do comércio. Anotações: A crença em Hermes, o deus mensageiro, está ligada à expansão grega devido, sobretudo, à falta de terras e ao aumento demográfico. Ao conquistarem novos territórios, os gregos também dominaram rotas comerciais e assim expandiram também o comércio. C3:H12 (Enem-2015) O que implica o sistema da polis é uma extraordinária proeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político. b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade. d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra. e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias. 3. C3:H12 (Enem-2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. (COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo. Martins Fontes, 2000.) A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à a) adoção do sufrágio universal masculino. b) extensão da cidadania aos homens livres. c) afirmação de instituições democráticas. d) implantação de direitos sociais. e) tripartição dos poderes políticos. 4. C2:H9 (FGV-2015) É a partir do século VIII a.C. que começamos a outros inanimados; o capitão de um navio usa um leme sem vida, mas um homem vivo como observador; pois o trabalhador num ofício é, do ponto de vista do ofício, um de seus instrumentos. Assim, qualquer parte da propriedade pode ser considerada um instrumento destinado a tornar o homem capaz de viver; e sua propriedade é a reunião desse tipo de instrumentos, incluindo os escravos; e um escravo, sendo uma criatura viva, como qualquer outro servo, é uma ferramenta equivalente às outras. Ele é em si uma ferramenta para manejar ferramentas. (Aristóteles (século IV a.C.). Política) A escravidão era comum na Grécia Antiga. Em Atenas, Corinto e Mileto, quase toda a vida econômica dependia do trabalho escravo. Era frequente encontrar o escravo trabalhando na agricultura, nas oficinas de artesanato, em serviços domésticos e nas minas. O modo como os gregos encaravam a escravidão ficou registrado em textos de filósofos da época, como o de Aristóteles, do qual podemos depreender que o escravo era visto como um a) ser vivo e humano, antes de tudo. b) instrumento de trabalho vivo e uma propriedade. c) cidadão com direitos, por ser uma criatura viva. d) servo para qualquer trabalho, que não podia ser vendido. e) trabalhador assalariado, explorado como ferramenta viva de trabalho. 574 (Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado) Nas pólis, é correto a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra 5. C1:H1 (PUC-SP-2014) “Por natureza, na maior parte dos casos, há o que comanda e o que é comandado. O homem livre comanda o escravo. [...] Estabelecemos que o escravo é útil para as necessidades da vida.” (ARISTÓTELES. Política (IV a.C.) apud REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo:Saraiva, 2012. p. 33.) O texto, escrito no século IV a.C., indica que, no mundo grego antigo, a: a) democracia envolvia todos os moradores das cidades e do campo, sem fazer distinções de raça ou condição social. b) escravidão era considerada natural e sua instituição permitiu a participação dos cidadãos na vida política. PVE17_1_HIS_B_01 1. C1:H1 (UFSCar) Os instrumentos são de vários tipos; alguns são vivos, entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estado ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 574 20/09/2016 17:59:19 Com base nesse excerto, considere as afirmativas a seguir sobre os valores ressaltados no poema e sobre características da cidade-Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.: 1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo ideal militar expresso no poema, motivo pelo qual juntaram esforços na Liga de Delos. b) Apresente a concepção de homem associada a cada um desses dois estilos arquitetônicos. A arquitetura na Grécia Antiga está associada a um ideal humanístico de valorização do homem, que contrasta com a concepção cristã de valorização da divindade – o teocentrismo. No templo grego, os espaços, as colunas denotam vigor do engenho humano, aproximado dos deuses. No templo cristão, o engenho humano é posto a serviço da divindade e fixa a insignificância dos seres humanos perante a divindade. Um aspecto relevante a ser observado é que a arte grega era individualista e engrandecia o seu criador, enquanto que a arte gótica da catedral era anônima. 2. O poema expressa os valores esperados dos soldados espartanos: a coragem, o espírito de combate e a cooperação com o coletivo. 3. Para sustentar o exército, o Estado espartano formou a Liga do Peloponeso e distribuiu as terras conquistadas entre as cidades-Estado aliadas. 4. Esparta Manteve uma elite militar, formada pela educação rígida de suas crianças, que eram controladas pelo Estado e separadas de suas famílias. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. 1. (UPE-2015) Sobre o surgimento da arte cênica, todos falam em Grécia, mas o teatro aparece exclusivamente, em Atenas, nas últimas décadas do século VI a.C. Nenhuma das versões sobre o advento do teatro, na verdade, é conclusiva ou informa qual o momento exato em que se deu o fenômeno da arte dramática. b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. (HELIODORA, Barbara. Caminhos do teatro ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 24.) d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. Sobre a temática abordada no texto, assinale a alternativa correta. a) O marco inicial do teatro é a Paixão de Osíris, encenada em Abydos, no Egito, no ano de 2600 a.C. Resposta: B A afirmativa [1] é incorreta porque, comparativamente, Esparta acentuava mais o ideal militar como estilo de vida, enquanto Atenas priorizava o ideal filosófico – cultural. A afirmativa [3] é incorreta porque a Liga do Peloponeso foi formada durante a Guerra do Peloponeso, quando Esparta liderou um levante de cidades-Estado contra Atenas, a fim de retirar-lhe a supremacia que exercia. b) A arte teatral surge ainda na Pré-história, em forma de dança ou canto, com o objetivo de evocar a chuva, a caça ou outras atividades básicas. c) O auge da produção teatral grega se deu no século V a.C., em Atenas. d) Os grandes nomes da dramaturgia grega foram Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Plauto. 3. (Vunesp) Observe as duas figuras: e) O teatro, desde seu surgimento em Atenas, sempre foi uma arte elitista, sem muito apelo popular. Anotações: As encenações teatrais se concentravam em Atenas, no início eram realizados em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho, das festas e do teatro), e atinge seu auge ao mesmo tempo que a própria cidade de Atenas, no século V a.C. Partenon Catedral de Estrasburgo Os templos apresentados (o Partenon da Grécia clássica e a catedral gótica de Estrasburgo da Idade Média) veiculam princípios religiosos da Grécia antiga e do cristianismo, respectivamente. a) Indique uma diferença entre a concepção religiosa grega da Antiguidade e a cristã. Resposta: Existem várias diferenças, entre as quais podemos destacar: a religião grega na Antiguidade era politeísta; a cristã, é monoteísta. A religião grega antiga não acreditava na vida eterna, que é o principal aspecto da religiosidade cristã, que atrela a isso uma ética de conduta humana específica. Enquanto os gregos tinham uma relação mercantil com seus deuses, o Deus cristão é gratuidade. PVE17_1_HIS_B_02 2. (UFSC-2013) A educação em Esparta: Ensinavam a ler e escrever apenas o estritamente necessário. O resto da educação visava acostumá-los à obediência, torná-los duros à adversidade e fazê-los vencer o combate. Do mesmo modo, quando cresciam, eles recebiam um treinamento mais severo: raspavam a cabeça, andavam descalços, brincavam nus a maior parte do tempo. Tais eram seus hábitos. (PLUTARCO. A vida de Licurgo. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga.4. ed. São Paulo: Contexto, 1998. p. 109.) Sobre o papel da educação e da escrita nas sociedades antigas, é correto afirmar que: (1) o Egito Antigo, extremamente dependente do rio Nilo e de seu regime de cheias, fez da agricultura sua principal atividade econômica. Esta característica impediu o desenvolvimento da escrita naquela sociedade. (2) a escrita cuneiforme, criada pelos assírios na antiga Mesopotâmia, tinha por função estabelecer acordos comerciais com os etíopes. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 579 579 20/09/2016 17:59:38 (3) conforme o trecho citado, podemos perceber que a educação tem estreita relação com as características sociais. O militarismo de Esparta influenciou a educação de suas crianças. (4) a educação que uma criança recebia na antiguidade dependia da posição social e do gênero. As mulheres atenienses, por exemplo, recebiam uma educação familiar que lhes qualificava para as atividades domésticas e os cuidados com os filhos. (5) na China, o confucionismo valorizava uma educação pautada no respeito às tradições, ressaltando valores como moderação e harmonia. Soma ( 28 ) 04 + 08 + 16 Anotações: Na Antiguidade, é clara a estreita relação entre a escrita e as interações sociais. No caso de Esparta, conforme aponta o documento, somente o essencial era ensinado, uma vez que o intuito era formar um cidadão-soldado. Os papéis sociais, na Grécia Antiga, para cada um dos sexos eram bastante claros: o homem se preparava para a guerra e a mulher para a manutenção da prole. Conhecida pelos chineses como “ensinamentos dos sábios”, o confucionismo compilou e organizou antigas tradições da sabedoria chinesa. A respeito dessa guerra retratada no filme considere as afirmativas. I. O conflito entre persas e as cidades-Estado da Península do Peloponeso envolviam a política expansionista dos espartanos liderados por Temístocles. II. Leônidas liderou os soldados espartanos na sua resistência aos persas no desfiladeiro das Termópilas. III. O exército grego foi liderado pelo imperador Marco Antônio na sua luta contra o rei Xerxes. IV. Apesar da autonomia de cada uma das cidades-Estado gregas, elas se uniram na luta contra os persas em várias guerras no século V a.C.. V. A vitória dos 300 de Esparta se deveu às condições estratégicas do Estreito de Termópolis, que deram a Leônidas uma vantagem de 1 para 20. Assinale a alternativa correta. a) Todas as afirmativas estão corretas. b) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas. c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III estão incorretas. e) Somente as afirmativas IV e V estão incorretas. 2. C1:H2 (Unisinos-2012) “O que me parece ser tipicamente grego é a 3. (PUCRS-2015) No No contexto das chamadas Guerras Médicas, no século V a. C., configurou-se um período de hegemonia de Atenas sobre o mundo grego, em substituição à Esparta. Um dos fatores condicionantes dessa hegemonia foi a) o protagonismo ateniense nas principais vitórias contra os persas, obtidas, em terra, na Lacônia e na Ásia Menor. b) a formação da Liga do Peloponeso, liderada por Atenas e composta pelas principais cidades agrícolas fornecedoras de escravos. c) a diminuição drástica do número de metecos e escravos em Atenas devido à guerra, o que obrigou parte da elite a aplicar recursos no comércio e na manufatura. d) a permanência, após a guerra, do exército espartano na própria cidade, para defender a aristocracia das sublevações dos hilotas e periecos. e) a queda da ditadura de Péricles em virtude do final da guerra, o que consolidou a democracia e ampliou a influência política de Atenas. Anotações: Enquanto o exército espartano preocupava-se em conter os ataques dos piriecos e hilotas, Atenas conseguiu consolidar sua influência por toda a Grécia, e assumir a liderança, através de seus generais, da Liga de Delos. atitude crítica com relação ao registro dos acontecimentos, isto é, o desenvolvimento de métodos críticos que nos permitem distinguir entre fatos e fantasias.” (MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: Edusc, 2004, p. 55). É comum afirmar-se que a história, como narrativa dos acontecimentos, teria nascido com os gregos antigos. Embora ela não fosse ainda uma ciência, dava os primeiros passos para contar as coisas que aconteceram com os homens por meio de razões humanas, e não mágicas. Dois autores que se destacaram na tarefa de narrar o mundo, na Grécia Clássica, são a) Heródoto e Tucídides. d) Homero e Hesíodo. b) Heródoto e Homero. e) Heródoto e Cícero. c) Tucídides e Homero. 3. C1:H1 (ESPM-2013) [...] A batalha de Maratona foi longa e cheia de peripécias. Os bárbaros conseguiram desbaratar as fileiras do centro do exército ateniense, pondo em fuga os remanescentes; mas as duas alas compostas de atenienses e plateus atacaram as forças adversárias que haviam rompido o centro do exército, impondo-lhes uma derrota irreparável. Vendo-as fugir lançaram-se em sua perseguição, matando e esquartejando quantos encontraram pela frente, até a beira mar, onde se apoderaram de alguns dos navios inimigos. (Heródoto. História) Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, o nome da guerra em que ocorreu a batalha de Maratona bem como os bárbaros, mencionados no texto: a) Guerra do Peloponeso – troianos. blockbuster esperando uma aula de história, mas no filme 300, o épico estrelado por Rodrigo Santoro, que relata o confronto entre gregos e persas no ano 480 a.C., abusa do direito à licença poética. O ator brasileiro interpreta Xerxes, o Grande Rei dos persas, e a maneira como o personagem é retratado andou enfurecendo o governo do Irã, país que é herdeiro direto da antiga Pérsia. A fúria tem certa razão de ser: do figurino às motivações políticas, o Xerxes do brasileiro não tem quase nada a ver com a sua contraparte histórica. (Disponível em: <ceticismo.net/comportamento/300-de-esparta-%E2%80%93-aguerra-filme-x-historia>. Acesso em: 03 maio 2015.) b) Guerras Médicas – troianos. c) Guerra do Peloponeso – persas. d) Guerras Médicas – persas. e) Guerras Púnicas – cartagineses. 4. C1:H4 (UPE-2012) Desde Homero, a poesia greco-romana traçou um padrão de qualidade, que se configura entre as grandes produções literárias do Ocidente. Sobre a produção poética do mundo clássico, analise as seguintes afirmações: I. A poesia de Homero, exemplo de epopeia, serve como fonte para os primórdios da formação do povo grego. II. A Odisseia pode ser interpretada, em especial à passagem do canto das sereias, como a afirmação do poder das elites, personificadas na figura do herói Ulisses. 580 PVE17_1_HIS_B_02 1. C3:H14 (UNISC-2015) Nem o sujeito mais pedante vai assistir a um HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 580 20/09/2016 17:59:38 a divisão dos domínios romanos em três grandes regiões: a África e a Sicília ficaram por conta de Otávio; Marco Antônio com a Gália e a Cisalpina; e Lépido comandaria a Península Ibérica e a Gália Narbonesa. 2. (UPF) “A grande realização de Roma foi transcender a estreita orien- No ano de 40 a.C., uma nova divisão territorial determinou que Lépido dominasse a África, Otávio as terras ocidentais, e Marco Antônio, o Oriente. As terras da Península Itálica seriam dadas como território neutro. A partir de 38 a.C. as hostilidades entre os generais se salientam. Lépido foi afastado do poder e exilado de Roma. Marco Antônio, no Egito, envolvido amorosamente com Cleópatra, confabulava para atacar Otávio com todas as armas. Em 33 a.C., a guerra torna-se aberta. O início da constituição da civilização romana foi marcado pela pluralidade de povos, culturas e formas de governos. Essas características persistiram tanto no período de ascensão quanto no de declínio de Roma. Considerando a diversidade de influências que auxiliaram na constituição da civilização romana é incorreto afirmar que: a) Roma era inicialmente habitada por camponeses que, com o desenvolvimento da cidade, adotaram estilos arquitetônicos, técnicas de construção de estradas, engenharia hidráulica, metalúrgica, entre outros conhecimentos da civilização etrusca. tação política da cidade-Estado e criar um Estado universal que unificou diferentes nações do mundo mediterrâneo”. (PERRY, Marvin. História concisa da civilização ocidental, 2002.) b) os germanos impulsionaram o comércio romano de vinho e azeite no século VI a.C.. c) a república romana foi instaurada em fins do século VI a.C., quando os patrícios depuseram o monarca etrusco. d) Roma consolidou seu poder sobre o mundo mediterrâneo ao vencer os cartagineses na Guerras Púnicas. e) Roma consolidou seu poderio conquistando ou agregando povos e expandindo seu território. Cena da batalha que decidiu os rumos de Roma durante o Segundo Triunvirato. Em setembro de 31 a.C., em nome de Caio Otávio, o general Agripa comandou a frota romana contra as tropas de Marco Antônio, apoiado por barcos de guerra da rainha Cleópatra do Egito. A Batalha de Áccio, na Grécia, proporcionou o fim da oposição ao poderio crescente de Otávio. Durante a luta, Cleópatra decidiu fugir e Antônio depressa a seguiu. Cerca de um ano depois destes eventos, Otaviano invadiu o Egito e Antônio e Cleópatra suicidaram-se. Caio Otávio, em 31 a.C, tornou-se o primeiro imperador e levou Roma a conquistar a Macedônia, a Grécia, o Egito e o Oriente Médio, a Gália e a península Ibérica. Bastante luxo e novos costumes são integrados à classe dirigente em decorrência da conquista do Império Helenístico. Resposta: B Roma foi inicialmente habitada por camponeses – entre eles etruscos – que se organizavam segundo relações de parentesco, que se assumiram complexidade e se organizaram ao redor de famílias que destacavam um pater, que mais tarde assumiu a posição de rei. Em 509 a.C., o rei Tarquínio, o Soberbo, foi derrubado por uma conspiração de patrícios e uma república instaurou-se. A vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas foi determinante para a expansão romana e para o domínio sobre o Mar Mediterrâneo (mare nostrum). A dominação e expansão romana se basearam na dissipação de cultura e valores. A única alternativa incorreta é a B, já que os bárbaros germânicos não foram os responsáveis por impulsionar o comércio romano de azeite e vinho. 3. (UEPB-2013) A expansão territorial na Antiga Roma trouxe profundas modificações na sociedade estabelecida na Península Itálica. Entre elas, podemos destacar: a) o número de escravos aumentou significativamente e estes foram largamente utilizados na agricultura, na produção de alimentos e nas atividades urbanas. b) o fortalecimento da política agrícola com a expansão dos minifúndios. c) a democratização da sociedade com igualdade de direitos políticos entre patrícios e plebeus. 1. (FGV) “A partir de então, passou-se a eleger cônsules em número de dois, ao invés de um único rei, com o propósito de que, se um deles tivesse a intenção de agir mal, o outro, investido de igual autoridade, o coibisse.” d) a crise da mão de obra escrava, que ficou concentrada nos campos agrícolas, deixando carente o setor urbano de trabalhadores livres. (Flávio Eutrópio. Sumário da história romana. In: Historiadores latinos. NOVAK, G., M e outros (Orgs.), trad. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 259.) e) o grande êxodo urbano, devido a contatos com outros povos e as conquistas romanas. O trecho refere-se ao período da história de Roma conhecido como: a) Diarquia, instituída logo após a época imperial. b) Democracia, organizada após a revolta dos plebeus e dos escravos. c) Consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos. d) República, estabelecida pela aristocracia patrícia. Resposta: A Com a expansão territorial de Roma, novos territórios foram agregados e povos subjugados, o que incrementou a quantidade de escravos em Roma. Além disso, o crescimento territorial fez com que a concentração de terras aumentasse, e os pequenos lavradores, muitas vezes endividados, tornavam-se escravos, aumentando ainda mais o número destes. Resposta: D O consulado foi estabelecido na República, que veio substituir o período da monarquia romana. A República foi estabelecida pela aristocracia patrícia, visando a maior participação na vida política de Roma. 586 1. (UFPE-2010) A grandiosidade do Império Romano criava muitos pro- blemas administrativos e conflitos de poder, dificultando a ação dos seus governantes. Na arte, os romanos seguiram soluções práticas para facilitar sua vida urbana. A arquitetura romana, por exemplo, foi: PVE17_1_HIS_B_03 e) Pax romana, imposta pelos senadores como forma de limitar o poder dos patrícios. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 586 20/09/2016 17:59:59 0-0) marcada pela influência dos etruscos no uso do arco e da abóbada. 1-1) definida pelas influências grega e egípcia, o que resultou em construções grandiosas em homenagem aos deuses. 2-2) marcada pela utilização de pedras e tijolos, utilizados em grandes edifícios públicos. 3-3) suntuosa nas construções públicas, que eram de grande originalidade para a época. 4-4) baseada no uso exclusivo do arco, graças a influência dos mesopotâmicos. Anotações: 2. (PUCRS-2013) Durante o período monárquico (cerca de 750 a.C. a 509 a.C.), a organização social básica do mundo romano era a _________, comunidade formada por um grupo extenso de membros que se reconheciam como descendentes de um antepassado comum e onde se concentravam propriedades e fortunas. Os líderes de tais comunidades eram homens conhecidos como _________, chefes de família com direito de vida e morte sobre os demais membros. Não faziam parte dessas comunidades os _________, indivíduos originários de povos submetidos pela população nativa de Roma. Esses indivíduos eram súditos livres, proprietários e contribuintes, mas não podiam exercer funções públicas, exceto serviços militares. a) tribo – patrícios – servos b) tribo – monarcas – clientes c) gens – patrícios – plebeus e) gens – monarcas – plebeus Anotações: Durante a monarquia em Roma, a organização social se dava em torno da gens (clã). Com base na família, a união dos gens formou a monarquia. Nesse contexto, os patrícios possuíam direitos políticos, e os plebeus estavam excluídos da vida pública. 3. (Unesp) A escravatura [na Roma Antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista [...]. (LE ROUX, Patrick. Império Romano, 2010.) Sobre a escravidão na Roma Antiga, é correto afirmar que: a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela raça. b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo. c) atingiu o auge com a ocupação romana na Germânia e de territórios na Europa Central. d) diminuiu bastante após a implantação do império e foi abolida pelos imperadores cristãos. e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se tornar livres. PVE17_1_HIS_B_03 A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à a) adoção do sufrágio universal masculino. b) extensão da cidadania aos homens livres. c) afirmação de instituições democráticas. d) implantação de direitos sociais. e) tripartição dos poderes políticos. 2. C1:H1 (Mackenzie-2015) “Os generais os enganam quando os exor- tam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra”. (Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v 4, p.150) Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas por Tibério Graco, político romano, em um discurso público. A respeito da iniciativa promovida tanto por ele, como por seu irmão Caio, durante o período da Republica romana (VI a.C. – I a.C.) podemos afirmar que a) reafirmou o poder da aristocracia romana, confirmando o direito a terras e indenização em caso de expropriação nos períodos de guerra. b) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição de terras seria a solução para atender às necessidades de uma plebe marginalizada. d) cúria – eupátridas – clientes C1:H1 (Enem-2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. (COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.) V, F, V, F, F. 0-0) Verdadeira. A arquitetura romana foi eclética, com influência etrusca acentuada. 1-1) Falsa. Foi forte a influência grega, as os egípcios não influenciaram significativamente. De fato, as construções grandiosas dos romanos tinham o objetivo de ressaltar a suntuosidade. 2-2) Verdadeira. Os edifícios mostravam o poder e a riqueza dos romanos, o valor das suas conquistas e da sua cultura. 3-3) Falsa. Havia suntuosidade, mas não originalidade. Os romanos foram práticos, imitando as soluções encontradas por outros povos. 4-4) Falsa. O uso das colunas com arcos somente se fez presente com a grande influência dos gregos, que eram um modelo cultural para os romanos. 1. Anotações Na Roma monárquica a escravidão já existia e ocorria por dívida. Entretanto, ela era pouco significativa, e só aumentou durante o período republicano devido à política expansionista-militar, quando parte dos povos dominados eram enviados como escravizados à Roma. Desde as Guerras Púnicas (contra Cartago, pela hegemonia no Mar Mediterrâneo), o escravismo tornou-se o modo de produção romano por excelência. c) defendiam uma maior participação política da classe de comerciantes para promover o desenvolvimento e expansão da economia romana. d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, sendo os generais do exército, os únicos capazes de assumir o governo em época de crise. e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da aristocracia romana, puderam promover uma reforma social que aplacou o clima de tensão vivido na época. 3. C2:H10 (PUCRS-2014) As relações sociopolíticas conflitivas entre patrícios e plebeus marcaram o período histórico da república, na Roma Antiga. Nesse contexto, a permissão de casamentos entre membros desses dois grupos sociais, a partir de 445 a.C., produziu a) o enfraquecimento do poder político dos patrícios, que contribuiu para a extinção do Senado. b) o aumento da população na península, que resultou na diminuição das guerras de conquista para recrutamento de escravos. c) o desaparecimento da instituição dos Tribunos da Plebe, em função da progressiva perda da identidade política plebeia. d) o surgimento de uma nova aristocracia, que passou a controlar o acesso aos cargos públicos mais elevados. e) a relativa decadência do latifúndio escravista, devido à ampliação do acesso às terras do ager publicus aos novos grupos familiares. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 587 587 20/09/2016 18:00:00 Os momentos finais de Roma O imperador romano Diocleciano (284-305), na tentativa de manter a unidade do Império, decretou o latim como língua oficial. O imperador Teodósio (379-395) tornou o cristianismo religião oficial do Estado Romano, pelo Edito de Tessalônica (391). Em 395, com a morte de Teodósio, desfez-se definitivamente a unidade do Império: a parte Oriental foi herdada por seu filho Arcadius, e a parte Ocidental, pelo filho Honorius. d) A desintegração do Império Romano teve como causa principal a divisão do império em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. e) O Império Romano do Ocidente teve uma duração maior do que a existência do Império do Oriente. O Oriente, em 1453, foi tomado pelos turcos otomanos. A parte Ocidental desapareceu em 476, com as invasões germânicas. Oficialmente, o ano 476 é a data de encerramento do Império Romano do Ocidente, com a deposição de Rômulo Augustulus, por Odoacro, chefe dos bárbaros hérulos. 3. (UFTM-2012) Imperador de Roma entre 253 e 260, Valeriano es- creveu: Não consideramos que os coloni [colonos] tenham a liberdade de abandonar a terra à qual estão presos por sua situação e nascimento. Se o fizerem, que sejam trazidos de volta, acorrentados e castigados. (Apud Gordon V. Childe. O que aconteceu na história, 1973.) 1. (UFG-2014) Leia o verbete a seguir. A determinação imperial ocorreu a) por ocasião da abolição da escravatura e consequente desorganização gerada pela mudança do regime de trabalho. vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta. b) em um momento de crise do Império, quando a situação de arrendatários e camponeses deteriorou-se. (FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. Adaptado.) O verbete “vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O sentido predominante no dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na cultura ocidental, de uma a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie. Resposta: C A letra A é incorreta, pois o fato de as cidades romanas terem se tornado centros comerciais não explica a crise do Império. A letra B é incorreta porque o imperador Constantino I foi quem garantiu a liberdade religiosa aos cristãos. A letra D é, na realidade, consequência da desintegração e não causa. A letra E é falsa, o Império do oriente teve maior duração até 1453, sob o nome de Império Bizantino. Sendo assim, a letra correta é a C, a crise pela falta de escravos devido à estagnação na expansão e as invasões bárbaras são as principais razões da crise. c) em função das invasões dos povos que viviam fora do Império, o que propiciou a fuga dos colonos. d) em represália às atitudes dos cristãos, que condenavam os trabalhos forçados e promoviam revoltas. e) por conta do início da expansão do Império, que exigiu um grande exército e causou o despovoamento dos campos. b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, se apropriou da herança cultural dos povos germânicos conquistadores, valorizando-a. c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana, reprimidos desde as invasões dos povos bárbaros. d) imagem construída por povos dominados pelo Império, que identificaram os vândalos como símbolo de resistência à expansão romana. Resposta: B Em meio à crise do escravismo, a partir do século III, o sistema de colonato torna-se a solução para o problema da falta de mão de obra e da retração da produção agrícola no Império Romano. Devido ao fim das conquistas, a quantidade de escravos que adentrava o Império diminuiu drasticamente, contribuindo para uma crise na produção de alimentos, o que deteriorou a situação econômica de proprietários de terra e arrendatários. Os escravos, bem como os trabalhadores livres, são substituídos gradativamente pelos colonos que, por um lado, tinham o status superior ao do escravo uma vez que não eram mais uma mercadoria, mas por outro lado, estavam presos à terra. e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos germânicos que disseminou uma imagem negativa em relação aos vândalos. Resposta: A O termo “bárbaro” é originário da civilização grega, e designava que os demais povos eram inferiores se comparados à cultura. Os romanos, ao herdarem muito da cultura grega, retomam a expressão “bárbaro”, e associam a todos os povos que não pertenciam ao Império Romano. Com isso, pretendiam da mesma forma que os gregos, inferiorizar outros povos, reforçando a dicotomia entre civilização e barbárie. 1. (Unicamp-2014) O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, podemos afirmar que: a) “Bárbaro” foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações. b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo. 2. (UFAC) Em relação ao colapso do Império Romano do Ocidente, assinale a alternativa verdadeira: a) A causa principal da dissolução do Império Romano ocorreu quando as cidades do ocidente romano tornaram-se centros econômicos do império em florescente processo de urbanização. b) O Império Romano entrou em colapso, a partir do século III, quando Constantino resolveu não mais conceder liberdade de culto aos cristãos. c) A desintegração do Império Romano, no século V, foi provocado pela crise do escravismo, pelo colapso econômico e pelas chamadas “invasões bárbaras”. 592 c) “Bárbaros” eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os vândalos, por exemplo. d) Gregos e romanos classificavam de “bárbaros” povos que viviam da caça e da coleta, como os persas, em oposição aos povos urbanos civilizados. Anotações: O termo “bárbaro” foi usado várias vezes, e em diferentes contextos ao longo da história, designando povos que eram de fora de determinada civilização. No contexto da Roma Antiga, eram bárbaros todos aqueles que não falavam latim. PVE17_1_HIS_B_04 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 592 20/09/2016 18:00:06 2. (UEM-2012) A crise do império romano iniciou-se no século III d.C. A esse respeito, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). (1) A crise teve seu início com a derrota dos exércitos romanos nas guerras púnicas, contra os cartagineses. (2) O expansionismo militarista do império levou a um excedente de mão de obra escrava e barata. Esse excesso de mão de obra gerou um desequilíbrio social. (3) Com a crise, os campos foram abandonados e as cidades cresceram demasiadamente sem que houvesse uma estrutura urbanística adequada. (4) Um dos motivos da crise foi a pressão exercida nas fronteiras do império pelos povos chamados bárbaros, muitos incorporados ao próprio exército romano como mercenários. (5) Um dos aspectos da crise foi a fragmentação política que ocorreu no império romano naquele período. Soma ( 24 ) 08 + 16 Anotações: As Guerras Púnicas ocorreram durante o Período Republicano, com a vitória dos romanos, entre os séculos III a.C. e II a.C. Durante o império, a política expansionista foi freada, fato que, gradualmente, determinou a redução do número de escravos, afetando a produção e a organização social. Essa situação determinou um forte processo de ruralização, com a substituição da mão de obra escrava para o sistema de colonato. Além da crise do escravismo, as invasões bárbaras representaram um grande problema para o Império, com novas guerras, perdas territoriais e, principalmente, com a necessidade de incorporar novos povos à estrutura imperial. 3. (UEPA-2012) (http://parahistorico.blogsopt.com/2009/2adesao-independenciarebeliões.httm) A imagem nos remete à luta entre gladiadores. Um jogo importante na composição da política do “pão e circo” instituída no Império Romano. Na arena, escravos se enfrentavam até a morte para o deleite dos espectadores. Neste contexto, a violência se transforma em espetáculo público, e nele se observa: a) a capacidade de articulação dos gladiadores para as revoltas contra a ordem estabelecida, da qual a luta dos gladiadores era a principal representação pública. b) o vínculo entre a morte de um gladiador na arena e a ascensão dos mártires cristãos ao Panteão Romano, como ato de regeneração social. c) o sentimento de remissão dos gladiadores pelas culpas das mortes causadas em suas lutas nos espaços públicos e privados. d) a inserção dos escravos nas esferas públicas após a conquista de vitórias consecutivas nas arenas. e) a diversão das camadas sociais mais afetadas pela política expansionista de Roma e pelo crescimento do número de escravos nas cidades. PVE17_1_HIS_B_04 Anotações: As lutas de gladiadores, bem como corridas e encenações, fizeram parte do chamado “pão e circo”, no decorrer do Império Romano, tendo por objetivo acalmar a ira do povo que se ressentia com o inchaço da cidade devido à concentração populacional e a falta de empregos. Ao mesmo tempo, as constantes apresentações de lutas só eram possíveis graças ao grande fluxo de escravos, vindos das diversas frentes de batalhas decorrentes do expansionismo romano. 1. C2:H10 (FGV-2015) A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu por toda a Europa. (Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento, 1982, p. 140.) O autor refere-se a três tipos de formações econômico-sociais nesse pequeno trecho. A esse respeito é correto afirmar: a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as formações sociais dos guerreiros germânicos. b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de intersecção com a sociedade romana. c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada a partir das invasões germânicas dos séculos IV a VI. d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relações servis que permitiram a síntese social com os romanos. e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares. 2. C2: H9 (UEPA-2014) Além dos fervores e das delícias do calendário religioso, havia outros prazeres que nada tinham de sagrado e só eram encontrados na cidade; faziam parte das vantagens da vida urbana. Tais prazeres consistiam nos banhos públicos e nos espetáculos (teatros, corridas de carros no Circo, lutas de gladiadores ou de caçadores de feras na arena do anfiteatro, ou em terra grega, no teatro) […] Homens livres, escravos, mulheres, crianças, todo mundo tinha acesso aos espetáculos e aos banhos, inclusive os estrangeiros, vinha gente de longe para ver os gladiadores numa cidade. Por alguns cêntimos, os pobres passavam horas num ambiente luxuoso que constituía uma homenagem das autoridades. Além das complicadas instalações de banhos frios e quentes, os pobres encontravam passeios e campos de esporte. […] Nessa vida de praia artificial, o maior prazer era de estar na multidão, gritar, encontrar pessoas, escutar as conversas, saber de casos curiosos que seriam objetos de anedota e exibir-se. (ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges. História da vida privada: do Império Romano ao ano mil. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.p.193-194, In BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. vol.1. São Paulo: Editora Moderna, 2010). A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o Estado romano propiciava: a) espaços públicos luxuosos destinados aos banhos frios e quentes, que tinham a finalidade de promover o lazer e estimular a comunicação e socialização entre as diversas camadas sociais de Roma. b) locais insalubres para as camadas populares se divertirem, nos quais encontravam os banhos públicos e espetáculos gratuitos como a luta de gladiadores, dentro da política do pão e circo. c) espaços privados de lazer para as camadas mais abastadas da sociedade romana, onde eram cultivadas rodas de conversação e espetáculos teatrais. d) divertimentos populares a todos os segmentos sociais, os quais eram realizados em espaços públicos e privados, sendo nestes últimos instaladas as famosas termas onde ocorriam os banhos quentes e frios. e) oportunidades para os segmentos sociais mais abastados se comunicarem com sujeitos vindos de outros lugares, especialmente da Grécia, objetivando a interação de costumes e valores. 3. C3:H13 (UFPR-2011) O cristianismo católico tornou-se religião oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição do famoso édito de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até este momento, a caminhada foi dura e difícil para HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 593 593 20/09/2016 18:00:07 2. (UFRGS) Foi fator decisivo para a sobrevivência dos povos do período Neolítico: a) a utilização de metais como cobre e bronze. 2. (Enem) b) o nomadismo típico dos povos caçadores e coletores. c) a Revolução Neolítica. d) a Revolução Urbana e a formação dos impérios teocráticos. e) a formação de religiões monoteístas. Resposta: C A Revolução Neolítica foi fator decisivo pelo fato de significar o surgimento da agricultura, rompendo com a dependência do homem sobre as forças naturais. Além do que a alternativa A é relativa ao Paleolítico e as outras são consequências da Revolução Neolítica. 3. (UFSM) A região da Mesopotâmia ocupa lugar central na história da humanidade. Na Antiguidade, foi berço da civilização sumeriana devido ao fato de a) ser ponto de confluência de rotas comerciais de povos de diversas culturas. A pintura rupestre, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. b) ter um subsolo rico em minérios, possibilitando o salto tecnológico da idade da pedra para a idade dos metais. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. c) apresentar um relevo peculiar e favorável ao isolamento necessário para o crescimento socioeconômico. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. d) possuir uma área agriculturável extensa, favorecida pelos rios Tigre e Eufrates. e) abrigar um sistema hidrográfico ideal para locomoção de pessoas e apropriado para desenvolvimento comercial. Resposta: D Essa área é denominada de “crescente fértil”. Às cheias dos rios impregnava-se vegetação nutritiva para o solo, e assim criavam-se condições favoráveis à agricultura. Pintura rupestre da Toca do Pajaú – PI. Internet: <www.betocelli.com>. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial. Anotações: As pinturas rupestres, encontradas em cavernas, são atributos de povos da Pré-História, caracterizados pelo nomadismo e pela ausência de produção – viviam da caça, pesca e coleta. 3. (UECE) O Crescente Fértil, expressão que identifica uma área da civilização antiga, refere-se às seguintes civilizações: a) China, Índia e Japão. b) Grécia, Roma e Egito. 1. (Fatec) O Iraque, recentemente em guerra com os EUA e Inglaterra, b) durante o governo de Nabucodonosor foram realizadas grandes construções públicas, merecendo destaque os “Jardins Suspensos da Babilônia”, considerados uma das maravilhas do Mundo Antigo. c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não conseguiu manter o império, que foi conquistado por Ciro, o Grande, da Pérsia. d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar a Caldeia, mudou a capital do império para a cidade de Ur. e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldeia e fundaram diversas cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia. Anotações: Apesar de não haver vestígios de sua existência em pesquisas arqueológicas, os Jardins Suspensos da Babilônia, de acordo com documentos gregos encontrados, eram compostos por cerca de seis terraços construídos como andares, dando a ideia de serem elevadiços – ou suspensos, como o próprio nome sugere. Os andares tinham cerca de 120 m², apoiados por gigantes colunas que chegavam a medir até 100 metros. 604 c) Irã, Palestina e Mesopotâmia. d) Fenícia, Cartago e Roma. Anotações: A região do Crescente Fértil compreende a região do Oriente Médio, habitada pelas primeiras civilizações da história, por causa da fertilidade do solo nos vales dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. 1. C1:H1 (Unesp-2016) 129. Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos. [...] 133. Se um homem for tomado como prisioneiro de guerra, e houver sustento em sua casa, mas mesmo assim sua esposa deixar a casa por outra, esta mulher deverá ser judicialmente condenada e atirada na água. [...] 135. Se um homem for feito prisioneiro de guerra e não houver quem sustente sua esposa, ela deverá ir para outra casa e criar seus filhos. Se mais tarde o marido retornar e voltar à casa, então a esposa deverá retornar ao marido, assim como as crianças devem seguir seu pai. [...] 138. Se um homem quiser se separar de sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir. (www.direitoshumanos.usp.br) PVE17_1_HIS_C_01 já foi palco de uma grande civilização na Antiguidade, a Mesopotâmia. Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil, é correto afirmar: a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que além de transformar a Babilônia num dos principais centros urbanos, elaborou o 1.º código de leis completo, assentado nas antigas tradições sumerianas. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 604 20/09/2016 18:00:22 1. (Vunesp) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram, acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque a) se opunham ao politeísmo dominante na época. b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio. c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado. d) construíram túmulos, em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a eternidade. e) os camponeses constituíam categoria social inferior. Anotações: Os egípcios criam na imortalidade da alma e em uma nova vida além-túmulo. 2. (PUCPR-2010) Na Antiguidade muitos povos consideravam que as doenças eram enviadas pelos deuses. No final do século VIII a.C., quando os assírios sitiaram a cidade de Jerusalém e ameaçaram invadi-la, uma epidemia virulenta acometeu o acampamento matando muitos soldados. Nessa ocasião, Ezequias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma bênção de Deus. Nesse contexto, marque a alternativa incorreta sobre a religião dos hebreus: a) Os hebreus consideravam Deus como soberano absoluto, fonte de todo o Universo e dono de uma vontade suprema. b) O Deus hebreu era transcendente, não se identificava com nenhuma força natural; estava acima da natureza. c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia exigências éticas ao seu povo. Ao contrário dos deuses do Oriente Próximo, Deus não era atraído pela luxúria ou impelido pelo mal. d) Deus para os hebreus era uno, soberano, transcendente e bom. e) Para os hebreus o poder de Deus vinha de um poder preexistente, habitava a natureza e fazia parte dela. A ilustração sintetiza a sociedade egípcia. A partir das informações que ela contém, é possível afirmar: I. Na base da sociedade, encontrava-se o rio Nilo, cujas águas podiam ser aproveitadas para o cultivo sem necessidade de técnicas específicas nem aprimoramento de organização social. II. O ecossistema do Nilo tinha como um dos elementos o sol, o qual está representado na figura de um deus, com disco solar sobre a cabeça, transmitindo a ideia de que ele ilumina e aquece o rio, a terra e os homens. III. As árvores frutíferas e as cenas de plantio e colheita ocupam o centro da pintura, indicando a importância tanto das águas do rio quanto da luz da divindade solar para o ecossistema. IV. A pintura é uma representação alegórica e não realista não indicando informação sobre a estrutura política e administrativa (o faraó e seus funcionários), por isso não serve como fonte para o estudo da história e sociedade egípcias. Está(ão) correta(s) A economia do Antigo Egito era baseada na agricultura que a) apenas I e II. por sua vez dependia das cheias do Rio Nilo, o que exigiu dos b) apenas II e III. egípcios o desenvolvimento de técnicas agrárias para um melhor aproveitamento das cheias. A pintura retratava a vida c) apenas III. cotidiana e suas crenças na vida após a morte. d) apenas III e IV. e) apenas IV. 1. C3:H15 (UFTM-2012) Em janeiro de 2011, os jornais noticiaram que os protestos contra o governo do Egito poderiam ter um efeito colateral muito sério: a destruição ou dano de várias relíquias, obras e sítios arqueológicos da antiga civilização egípcia. De acordo com as agências de notícias, houve várias tentativas de saquear o museu do Cairo. Numa delas, indivíduos quebraram pouco mais de uma dezena de estátuas e decapitaram duas múmias, recentemente identificadas como avós do faraó Tutankhamon. Alguns saqueadores pareciam procurar apenas por ouro. Sarcófago do Faraó Tutankhamon, Museu do Cairo, Egito Anotações: Os hebreus, diferentemente dos demais povos do Oriente Antigo, eram monoteístas, acreditavam em um só Deus (Iiavé ou Javé), o criador supremo do Universo, descaracterizando-se a afirmação de que o poder de Deus vinha de um poder preexistente. 3. (UFSM-2011) PVE17_1_HIS_C_02 (www.twip.org) (Pintura mural no túmulo de Sennedjem, em Tebas (1306 - 1290 a.C.) In: ARRUDA; PILETTI. Toda a História. São Paulo: Ática, 2008. p. 21.) Sobre o material arqueológico proveniente do Antigo Egito, é correto afirmar que a) sua destruição afetaria a economia do Egito, mas não traria consequências sérias para a ciência e para a história, que já estudaram esse material. b) grande parte dele foi destruído pelos próprios egípcios ainda na Antiguidade, como estratégia para proteger os segredos de sua cultura dos invasores. c) foi uma das causas dos protestos contra o governo, que pagou grandes somas para reaver objetos em poder de países europeus. d) permitiu compreender a importância dos rituais fúnebres, como atestam os sarcófagos do Vale dos Reis. e) tem grande valor artístico e confirmou o que já se sabia dos antigos egípcios por meio de documentos escritos. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 613 613 20/09/2016 18:00:42 3. “Os egípcios acabariam por dar a essa cultura, conhecida desde - 2000, o nome de Kush termo que empregavam para caracterizar o reinado que se estabeleceu ao sul da Segunda Catarata após – 1700.” Marzolino/Shutterstock concentravam em si bastante prestígio e conseguiram estabelecer um governo rival ao do imperador. Assim, duas cortes conviveram, uma ao Norte e outra ao Sul, por 60 anos. (ZAYED, Abd Hamed; DEVISSRE, Jean.O Egito e suas Relações com o Mundo Africano. In: História Geral da África. São Paulo: Ática, 1981. v. 2.) A partir do que foi descrito, é possível afirmar que: a) o reino do Kush derrotou e subjulgou os egípcios. b) as relações entre Egito e Kush eram inexistentes. c) o conhecimento acerca do reino do Kush se deve, em parte, aos relatos egípcios. d) o Reino do Kush por ser afastado do Egito não possuiu relações com a cultura egípcia. Inicialmente, os samurais eram apenas coletores de impostos e servidores civis do império. Com o shogunato dos Tokugawa, iniciado em 1603, a classe dos samurais passou a ser uma casta. Assim, o título de “samurai” começou a ser passado de pai para filho. Resposta: C Além dos registros arqueológicos, o conhecimento sobre a Núbia ou reino do Kush se deu através dos registros egípcios, dada a proximidade territorial e de relações entre as duas civilizações. 1. (PUC) A atuação do Estado na vida econômica dos povos da Antiguidade Oriental, principalmente em relação à agricultura, foi bastante acentuada, sendo justificada por eles como: a) forma de garantir a produção de gêneros de primeira necessidade sem excedentes lucrativos. 1. Explique quem eram os samurais. Resposta: Os samurais eram soldados subvencionados pela aristocracia japonesa, liderados por um general (shogun), também responsável pela administração e pelas decisões políticas regionais. Os samurais seguiam um rígido código de ética, denominado Bushido, que tinha como princípios a lealdade, a disciplina e a coragem. b) necessária para assegurar as provisões para consumo do exército. c) decorrente da necessidade de controlar a produção em tempo de guerra. d) única maneira de garantir a distribuição equitativa da riqueza entre os súditos. 2. “As margens do Rio Amarelo Durante muito tempo, acreditou-se que as margens do rio Huang-Ho foram o berço de toda a civilização chinesa. Escavações arqueológicas mais recentes levaram os historiadores a concluírem que as margens do rio Huang-Ho foram apenas um dos centros de difusão de uma das várias culturas que originou a civilização chinesa. Em 1986, foram encontrados no sudoeste da China, na vila de Sanxingdui, objetos de bronze da mesma época da Dinastia Shang (aproximadamente 1500-1050 a.C.), mas com um estilo muito diferente do de objetos da mesma época encontrados no leste do país. Esses e outros achados são exemplos de que o processo de povoamento e o desenvolvimento cultural da China antiga foram muito mais complexos do que se imaginava.” e) responsabilidade atribuída aos governantes para zelarem pelo bem comum. A economia era baseada na agricultura, e a maior parte da população era ligada à terra, sob o controle do Estado. Um dos papéis do governante era o de zelar pelo bem comum de seus súditos, e o papel destes era trabalhar em prol do governante, que representava o Estado. 2. (UFES) Na Antiguidade Oriental, o modo de preparação asiático caracterizou-se fundamentalmente pelo(a) a) fracionamento da propriedade fundiária em partes entregues a nobres da Casa Real. (VIVELA, Túlio. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/ china-antiga-1-o-rio-amarelo-e-as-origens-da-civilizacao-chinesa.htm>. Publicado em: 21 nov. 2006. Acesso em: 7 maio 2015.) A partir do texto e possível concluir que: a) a civilização chinesa teve origem somente nas margens do Rio Amarelo, sendo considerada uma civilização hidráulica como o Egito e Mesopotâmia. b) concentração do controle da produção num partido político. b) apesar da complexidade da civilização chinesa, a sua origem teve um único núcleo civilizacional às margens do Rio Amarelo. d) emprego da força de trabalho escravo, com um comércio operoso, controlado por uma burguesia ativa e numerosa. c) apropriação formal da terra pelo Estado e efetiva pela comunidade camponesa, cujos membros deveriam pagar impostos e prestar serviços ao Estado. c) a civilização chinesa teve origem na conquista dos povos que habitavam as proximidades do Rio Amarelo. Resposta: D Pesquisas arqueológicas demonstraram que a interpretação da origem da civilização chinesa às margens do Rio Amarelo deve ser relativizada, uma vez que vestígios arqueológicos trazem indícios de outros núcleos populacionais em diferentes partes do território, demonstrando maior complexidade da ocupação da China na Antiguidade. 620 e) industrialização acentuada, calcada sobre uma farta e barata força de trabalho servil, amplamente dominada pela aristocracia fundiária. Anotações: No modo de Produção Asiático, a terra pertencia ao Estado, mas o dever de trabalhar nela cabia aos camponeses. Esse trabalho era considerado uma forma de tributo ao governante. PVE17_1_HIS_C_03 d) o Rio Amarelo não foi exclusivamente o local de origem da civilização chinesa, sendo encontrados vestígios arqueológicos em outras localidades. Anotações: HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 620 20/09/2016 18:01:02 3. (IFSC-2014) Costuma-se chamar de Antiguidade Oriental o conjunto das primeiras civilizações que surgiram, em especial os que se organizaram próximo a rios. Alguns autores chamam esses povos de teocracias do regadio. Sobre as sociedades antigas orientais, assinale a soma da(s) proposição(ões) correta(s). (1) Ao contrário de outras civilizações do período, os povos hindus não se beneficiaram de grandes áreas fertilizadas pelos rios. (2) Os fenícios foram um dos povos que mais desenvolveram o comércio marítimo e se tornaram os maiores navegadores do seu tempo. A expansão marítimo-comercial dos europeus, nos séculos XV e XVI, foi motivada pela necessidade de novos mercados, pela falta de metais preciosos, pelo interesse de diferentes grupos sociais, pela propagação da fé cristã e pela ambição material. Nesse cenário, os Continentes Asiático, Africano e Americano atraíram a atenção dos europeus para a exploração econômica. Considere as seguintes fontes de riqueza: I. Pecuária II. Café III. Escravos (3) Os povos das sociedades antigas orientais não conheceram a religião monoteísta, ou seja, que pregava a existência de apenas um deus. IV. Cana-de-açúcar O Continente Africano foi explorado nas fontes a) I e III. (4) Os povos da Antiguidade Oriental não conheciam a escrita. b) II e IV. (5) Os chineses tiveram na agricultura sua atividade principal, apesar de se tornarem especialistas na produção de artigos de bronze, porcelana e seda. Soma (18 ) 02 + 16 c) III e IV. Anotações: Uma característica comum de diversos povos da Antiguidade Oriental é que eles tiveram o seu desenvolvimento ligado a grandes rios, como o caso da China, que, apesar de outros ofícios, teve na agricultura sua principal atividade econômica. d) I e II. 3. C1:H4 (UFSC-2014) Para Edward Said (1935-2003) – intelectual, crítico literário e ativista político –, as regiões do mundo que chamamos de Ocidente e Oriente não são lugares “naturais”, mas invenções humanas. [...] Segundo Said, desde a Antiguidade o pensamento ocidental construiu a imagem negativa das sociedades que viviam fora da Europa. Mas foi principalmente com a expansão colonialista no século XIX que surgiram intelectuais, cientistas e artistas europeus interessados em estudar os povos do Oriente. (VAINFAS, Ronaldo et al. História. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 456. v. 3.) Sobre as relações da Europa com o Oriente, é correto afirmar que: (1) as relações entre Europa e Oriente ficaram ainda mais próximas na Baixa Idade Média, com o crescimento do comércio. 1. C3:H11 (UTFPR-2012) Leia o texto e assinale a alternativa correta. “A história de nossa civilização ocidental tem origem no Oriente, por volta de 3000 anos a.C. Certos povos já haviam descoberto a escrita e tinham chegado a um sistema complexo de vida. Desenvolviam diversas atividades organizadas de trabalho, no campo e nas cidades. Tinham uma forma definida de governos e leis (...) tinham, enfim, uma cultura. É o que chamamos civilizações.” (Hollanda, S. B. A história da civilização, São Paulo, 1975, p. 11.) a) As primeiras civilizações surgiram às margens dos grandes rios como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Rio Amarelo entre outros. (2) Marco Polo esteve no Oriente e produziu narrativas sobre suas viagens, registradas no Livro das Maravilhas. (3) no século XV, Vasco da Gama esteve na Índia e descreveu a região como tendo um Estado unificado política e culturalmente, fato que foi confirmado posteriormente pelos colonizadores portugueses. (4) a conquista de novos territórios pelos países industrializados no século XIX visou dominar áreas por eles consideradas “atrasadas”, para fins de exploração. b) A escrita foi inventada na China. (5) apesar de sua tradição industrial, a Inglaterra, ao dominar a Índia no século XIX, respeitou e valorizou a produção artesanal local de artigos têxteis. c) Na Índia surgiu o sistema de escravidão. ( d) A antiga Pérsia corresponde hoje ao território de Israel. e) A religião monoteísta é uma criação do antigo Egito. 2. C2:H6 (UEMG-2015) ) ao contrário da Índia, a China não foi alvo de interesse dos países europeus no século XIX. Soma ( ) 4. C1:H2 “Na África, quando morre um ancião é uma biblioteca que desaparece”. (Ahmadou Hampaté Bá). A respeito das características peculiares das civilizações africanas: a) comente a importância da cultura oral para os povos africanos. b) contextualize as relações de parentesco nas tribos africanas. 5. C2:H10 (UFSC-2012) Várias sociedades antigas se desenvolveram PVE17_1_HIS_C_03 ao longo de rios. Sobre elas, assinale a(s) proposição(ões) correta(s). (1) As antigas China e Índia também são consideradas sociedades hidráulicas e se favoreceram, respectivamente, dos rios Amarelo e Indo. (2) A China Antiga foi rica em pensadores, como Sun Tzu, Confúcio e Lao-Tse. Uma obra conhecida até hoje e que foi produzida no seio desta sociedade é o tratado militar A arte da guerra. (<www.girafamania.com.br/listaestados/mapa-antigo.htm>. Acesso em: 26 jul. 2012.) HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 621 621 20/09/2016 18:01:02 1. Quais são os três principais reinos islamizados ao sul do Saara? Gana, Mali e Songai. 2. (Fuvest-2012) “Os indígenas foram também utilizados em determi- nados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo [...]. O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte etc. Mas na ‘preferência’ pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse ‘gênero de vida’; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa ‘mercadoria’. Esse talvez seja o segredo da melhor ‘adaptação’ do negro à lavoura... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.” (Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado). Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa: a) os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis. b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores. c) o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas. e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização. Anotações: A mão de obra escrava africana estava intimamente associada à lucratividade do tráfico negreiro transatlântico. O tráfico de escravos negros demandava uma estrutura intercontinental também associada ao comércio internacional de insumos agrícolas. 1. C1:H3 (Unicamp-2012) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe. (ARNAUT, Luiz; LOPES, Ana Mônica. História da África: uma introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30. Adaptado.) Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que: a) o princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano. b) os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo. c) a expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente. d) o islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX. 2. C2:H8 (FGV-2011) “Durante a Antiguidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente isolada do resto do mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no norte do continente, dando início à exploração de sua costa ocidental.” (José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História). Acerca da África, na época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que: a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o reino do Congo, e a exploração de escravos mas não existia uma sociedade escravista. b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho servil que, com a presença europeia, transformou-se em trabalho escravo. c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos primitivos. d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e economicamente viviam da exploração dos escravos muçulmanos. e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos portugueses e espanhóis. 3. C2:H7 (UFPE - adap.) No século XVI, a necessidade de garantir o abastecimento contínuo de força de trabalho escrava para a América produziu alianças políticas entre representantes dos interesses coloniais e reinos africanos. Sobre essa questão, analise as proposições seguintes. ( ) Essas alianças regularizaram as trocas de mercadorias, instalação de feitorias e de fortalezas. ( ) As trocas de mercadorias entre África e Brasil foram monopolizadas pelos comerciantes brasileiros desde o século XVI. 626 PVE17_1_HIS_C_04 ( ) O Estado português foi o único a estabelecer alianças políticas com reinos africanos durante os séculos XVI e XVII. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 626 20/09/2016 18:01:12 0 SAE DIGITAL S/A Acompanhe no mapa a seguir a ilustração dessa divisão: 600 km Oceano Pacífico Segundo o Tratado de Tordesilhas Oceano Atlântico 2. (PUCPR) Durante o período colonial brasileiro, os forais eram documentos que estabeleciam direitos e deveres aos donatários. Os principais deveres eram: a) respeitar o monopólio real sobre o pau-Brasil, as drogas e especiarias, pagar o dízimo sobre a renda e o quinto sobre o ouro. Olinda REPARTIÇÃO DO NOR TE b) explorar o interior, desenvolver a economia canavieira e escravizar os indígenas. SALVADOR Ilhéus c) cobrar impostos, exercer justiça e pagar o quinto sobre os metais. Porto Seguro REPARTIÇÃO DO SUL d) respeitar os direitos aduaneiros da metrópole, conceder sesmarias e fundar povoados. VITÓRIA RIO DE JANEIRO N e) aumentar a exploração do pau-Brasil, desenvolver as atividades mineradoras e catequizar os indígenas. Santos O L S Povoações Território atual do Brasil Divisão do Brasil em dois governos. Em 1578, a coroa portuguesa optou pela unificação dos governos-gerais, sob o comando de Lourenço da Veiga e com capital no Rio de Janeiro. Em virtude da União Ibérica, em 1621, o Brasil foi novamente dividido em dois governos-gerais. O estado do Brasil tinha sede em Salvador e o estado do Maranhão, em São Luís narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” (ARROYO, Leonardo. A Carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74. Adaptado.) Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi: a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas. Resposta: D Os donatários tinham comprometimento direto com a coroa portuguesa e estavam no Brasil para garantir lucros para o rei. Deste modo, deveriam cuidar que a metrópole, Portugal, recebesse as benesses do pacto colonial, como privilégios alfandegários. Também, deveriam desenvolver a ocupação humana dos espaços para afastar os invasores estrangeiros. Assim, poderiam conceder o direito de plantar em determinado pedaço de terra (sesmarias) e também criar povoados, nos quais atividades econômicas e uma burocracia se desenvolveriam. 3. (Mackenzie) O sistema de capitanias hereditárias, criado no Brasil em 1534, refletia a transição do feudalismo para o capitalismo, na medida em que apresentava como característica: a) A ausência do comércio internacional, aliada ao trabalho escravo e economia voltada para o mercado interno. b) Uma economia de subsistência, trabalho livre, convivendo com forte poder local descentralizado. 1. (Unicamp-2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha PVE17_2_HIS_A_05 Resposta: B Conforme a doutrina do mercantilismo, o Estado Nacional português desejava acumular metais preciosos, sendo o ouro bastante visado como riqueza a ser descoberta nas novas terras. c) Ao lado do trabalho servil, uma administração rigidamente centralizada. d) Embora com traços feudais na estrutura política e jurídica, desenvolveu uma economia escravista, exportadora, muito distante do modelo de subsistência medieval. e) Uma reprodução total do sistema feudal, transportada para os trópicos. Resposta: D A agricultura foi a principal atividade econômica desenvolvida nas capitanias de São Vicente e de Pernambuco. O plantio da cana-de-açúcar, produto asiático, ocorria por meio da mão de obra indígena. Com a disponibilidade de escravizados africanos a partir do contato com tribos africanas que tinham prisioneiros e se dispuseram a trocá-los por fumo, rum e aguardente, preferiu-se estes, devido aos lucros com o tráfico. A produção do açúcar era voltada para a exportação. 1. (UFC) Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa pretendiam tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 567 567 20/09/2016 18:01:18 c) Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. Anotações: As capitanias hereditárias foi a primeira tentativa portuguesa para formar uma administração que pudesse garantir a ocupação da colônia e impedir a invasão de outros povos europeus. 2. (PUC-Campinas) A solução escolhida pelo governo português ao decidir-se pela colonização do Brasil, para garantir tanto a posse das terras brasileiras contra a ameaça estrangeira quanto à sua valorização, foi: a) a proibição de que a criação de gado fosse feita no sertão, fora da área canavieira. b) a doação de sesmarias para a instalação de engenhos de produção açucareira. c) o bandeirismo de apresamento para ataque das missões jesuíticas espanholas. d) o estabelecimento de feitorias no litoral e a realização do escambo de pau-brasil. e) o estímulo à emigração de portugueses para a região mineradora. Anotações: As capitanias hereditárias eram muito extensas, portanto, difícil para seus donos trabalharem a terra e vigiar esse imenso território sozinhos; era comum que elas fossem divididas em pedaços de terra menores, chamados sesmarias. Esses lotes eram distribuídos aos colonos portugueses para o cultivo. 3. (Fuvest) Comente os problemas do regime de capitanias hereditárias e sua relação com a criação do governo-geral em 1548. O regime de capitanias, usado inicialmente na ilha da Madeira, não funcionou no Brasil devido a vários fatores, como a grande extensão territorial, os ataques indígenas, a descentralização administrativa e a falta de recursos de alguns donatários. Em vista disso, a metrópole resolveu intervir no processo de colonização, centralizando a administração e participando efetivamente do processo colonizador. e) os donatários tinham a responsabilidade de arrecadar os principais tributos destinados à Coroa, entre eles 20% sobre os lucros obtidos com o pau-brasil. 2. C2:H9 (FESO-RJ) “O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários.” (Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.) As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção de: a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos. b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras. c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas. d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus. e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem. 3. C1:H4 (UFG-2013) Leia o fragmento a seguir. Que sejam trazidos duzentos carneiros de cargas, daqueles que costumam trazer e carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata. (HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do Paraíso. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 97. Adaptado.) O fragmento apresentado, de 1609, destaca uma das medidas tomadas por D. Francisco de Sousa, governador-geral do Brasil, para intensificar a busca por metais e pedras preciosas no interior do território. Nesse documento, o imaginário colonial português se constitui pela influência: a) da notícia sobre as riquezas do território espanhol, que circulava na colônia portuguesa. b) do consumo interno de especiarias espanholas, que tornava a vida cotidiana na colônia mais aprazível. c) da quantidade de prata extraída em Minas Gerais, que aguçava o interesse da população litorânea. d) da carência dos transportes nas regiões auríferas, que obrigava os colonos a escravizar indígenas. e) da eficiência administrativa da Coroa Espanhola, que foi apropriada como modelo pelos portugueses. 1. C2:H9 (UEPB-2014) São aspectos que marcaram o Sistema de Capi- colonial na América portuguesa, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa. ( ) Com o objetivo de diminuir as dificuldades na administração das capitanias, D. João III implantou, na América portuguesa, um Governo-Geral que deveria ser capaz de restabelecer a autoridade da Corte portuguesa nos domínios coloniais, centralizar as decisões e a política colonial. b) o rei regulamentava a doação das Capitanias, os privilégios e deveres de cada donatário por meio da Carta de Doação, editada junto com o Foral. ( ) A Capitania de São Vicente foi escolhida pela Coroa Portuguesa para ser a sede do Governo, pois estava localizada em um ponto estratégico do território colonial português. Foi nesta Capitania que se implementaram as novas políticas administrativas da Coroa com a instalação do Governo-Geral. tanias Hereditárias, exceto: a) o sistema de Capitanias Hereditárias revelou-se um fracasso. Alguns donatários nem vieram ao Brasil, e poucas prosperaram como ocorreu com Pernambuco e São Vicente. c) seria montado com recursos públicos e não tinha a preocupação de garantir a soberania portuguesa sobre o território. d) o território pertencente a Portugal, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, foi dividido em 15 lotes perpendiculares à costa, com áreas desiguais. 568 ( ) Tomé de Souza foi o responsável por instalar o primeiro Governo- Geral. Trouxe com ele soldados, colonos, burocratas, jesuítas, e deu início à construção da primeira capital do Brasil: Rio de Janeiro. PVE17_2_HIS_A_05 4. C3:H14 (UDESC-2013) Analise as proposições sobre a administração HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 568 20/09/2016 18:01:19 A partir do texto acima, assinale a alternativa correta sobre a utilização da mão de obra dos indígenas nas grandes fazendas de açúcar: a) a escravização dos indígenas foi extinta no final do século XVI, razão pela qual os portugueses passaram a escravizar os africanos. e) com a cana-de-açúcar ocorreu efetivamente o processo de povoamento e de instalação da estrutura político-administrativa portuguesa no Brasil. b) as dificuldades para a escravização dos nativos e os lucros do tráfico negreiro levaram os portugueses a utilizar mão de obra dos africanos. c) a escravização dos indígenas ocorria no interior dos aldeamentos jesuíticos, onde, ao lado da catequese, aprendiam o trabalho dos engenhos. d) os jesuítas empreendiam uma intensa campanha contra a escravização dos indígenas, razão pela qual vieram para o Brasil no final do século XVIII. A introdução da plantation açucareira representou o início efetivo e sistemático da colonização da América portuguesa; com o estabelecimento das primeiras vilas e da administração colonial, primeiramente com o advento das capitanias hereditárias e posteriormente com a implantação do sistema de governo geral. 3. (PUC Minas) A implantação da lavoura canavieira no Brasil colonial, em meados do século XVI, deveu-se, dentre outros fatores a, exceto: a) condições geográficas favoráveis: clima quente e terras em abundância. e) os indígenas aceitaram o trabalho escravo e se acostumaram à vida com seus senhores, ao contrário dos negros africanos. Resposta: B Diversas razões fizeram com que os portugueses optassem pela mão de obra africana. A questão da resistência indígena, por não conhecerem o trabalho compulsivo, e a alta lucratividade do tráfico negreiro são algumas dessas razões. Anotações: b) experiência portuguesa bem-sucedida nas Ilhas Atlânticas. c) ampla aceitação do açúcar no mercado internacional. d) participação de capitais holandeses na distribuição do produto. e) baixíssimos custos na montagem do engenho açucareiro. Anotações: A lavoura canavieira requeria um alto investimento. Esse custo foi financiado pelos holandeses envolvidos no comércio açucareiro das ilhas lusitanas. 1. (Enem-2011) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras. (CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual, 1996.) Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. Anotações: Ainda no século XVI, o açúcar era considerado uma especiaria, devido ao alto valor que era vendido na Europa. Além da alta lucratividade, a escolha da cana-de-açúcar foi favorecida, dentre outros fatores, ao clima brasileiro e o prévio conhecimento das técnicas de cultivo, pois nesse período Portugal já possuía lavouras nas Ilhas Atlânticas. Assim o cultivo de cana foi a atividade que acabaria por impulsionar a colonização permanecendo como principal fonte econômica por mais de dois séculos. PVE17_2_HIS_A_06 2. (Fatec) As colônias eram uma das mais importantes fontes de rique- 1. C2:H9 (Fuvest-2014) O tráfico de escravos africanos para o Brasil a) teve início no final do século XVII, quando as primeiras jazidas de ouro foram descobertas nas Minas Gerais. b) foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e foi extinto, de vez, no início do século XIX. c) teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de forma regular, até a metade do século XIX. d) foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despeito da pressão contrária das regiões auríferas. e) dependeu, desde o seu início, diretamente do bom sucesso das capitanias hereditárias, e, por isso, esteve concentrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente, até o século XVIII. 2. C3:H15 (FALBE-2016) “Na sua condição de propriedade, o escravo é uma coisa, um bem objetivo. (...) Daí ter sido usual a prática de marcar o escravo com ferro em brasa como se ferra o gado. Os negros eram marcados já na África, antes do embarque, e o mesmo se fazia no Brasil, até no final da escravidão. (...) Seu comportamento e sua consciência teriam de transcender a condição de coisa possuída no relacionamento com o senhor e com os homens livres em geral. E transcendiam, antes de tudo, pelo ato criminoso. O primeiro ato humano do escravo é o crime, desde o atentado contra o senhor à fuga do cativeiro. Em contrapartida, ao reconhecer a responsabilidade penal dos escravos, a sociedade escravista os reconhecia como homens: além de incluí-los no direito das coisas, submetia-os à legislação penal.” (Jacob Gorender. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 1992, p. 62-63.) zas das quais as monarquias nacionais europeias lançavam mão para se consolidar como Estados fortes e centralizados. Sobre o Brasil Colônia é correto afirmar: a) na sociedade colonial brasileira, existiram relações feudais de produção, especialmente na submissão das populações nativas. O texto indica a) a ambiguidade no reconhecimento, pela sociedade colonial e imperial brasileira, da condição dos africanos escravizados, que se manifestava sobretudo diante de algumas formas de resistência à exploração. b) entre as atividades voltadas para exportação estava a pecuária, que abastecia as diferentes regiões brasileiras e a metrópole. b) a precocidade da legislação brasileira contra crimes hediondos e contra o desrespeito, pelos africanos escravizados, às obrigações e deveres de todo trabalhador rural. c) a administração colonial era descentralizada, cabendo às Câmaras Municipais governar o país. d) no séc. XVIII, a região das Minas Gerais iria sofrer um declínio populacional devido às restrições feitas por Portugal, que temia perder o controle da lavra e da fundição do ouro. c) o reconhecimento, pelos governantes brasileiros na colônia e no império, da necessidade de mediar e controlar as relações dos proprietários rurais com o amplo contingente de africanos escravizados. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 573 573 20/09/2016 18:01:30 em terras brasileiras, combater o embargo comercial hispânico, a participação dos flamencos na indústria açucareira e enfraquecer economicamente a Espanha, então, maior opositora do recém-formado Estado holandês. Anotações: O governo exercido pelo príncipe Maurício de Nassau foi bastante diferente do realizado por outros membros da Companhia das Índias. Entre as medidas, podemos citar a liberação de cultos religiosos, empréstimos aos senhores de engenho e a ajuda para que viessem ao Brasil muitos artistas e letrados europeus para retratar e estudar a região. 1. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas. c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais e a reordenação administrativa do território. d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena e a introdução das companhias de comércio monopolistas. e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o incremento do bandeirismo. Anotações: Com a invalidação do Tratado de Tordesilhas, a União Ibérica reforçou as ações coloniais que promoveram a interiorização do nosso território. Sob esse aspecto, destacamos a grande contribuição dada pelo bandeirantismo e o desenvolvimento da atividade pecuarista. Paralelamente, destacamos o processo de expulsão dos colonos franceses que tentaram invadir as terras brasileiras na região do Rio de Janeiro. 2. (UFPR) O quadro político-econômico fundamentado na empresa agrícola, na qual se baseou a colonização do Brasil, sofreu transformações com a união das coroas de Portugal e Espanha, em 1580. A Holanda, que promoveu guerra contra a Espanha, exerceu influência direta na colônia portuguesa na América: a) ocupando grande parte da região produtora de açúcar. b) destinando capitais para a atividade mineradora, visando a exploração das Minas Gerais. c) fazendo deslocar o eixo econômico do Centro-Oeste para o Leste. d) incentivando a indústria de pesca, única atividade rendosa na época. e) implantando a cultura cafeeira e modificando em base o sistema econômico. Anotações: Após a proibição, por parte da Espanha, de que a Holanda continuasse fazendo comércio com Portugal, houve a decisão de invasão do território brasileiro. No caso, Salvador e Pernambuco. 3. (PUCRS) O domínio holandês em Pernambuco no período de Maurício de Nassau (1637-1644) destacou-se devido às medidas tomadas inicialmente pelo administrador holandês, as quais, em um primeiro momento, agradaram à elite local. Entre tais medidas, pode-se destacar: a) a promoção das artes, com a vinda de importantes pintores holandeses que documentaram a região. b) a difusão do calvinismo, proibindo o culto e as manifestações de outras religiões, inclusive a católica. c) a urbanização de Recife, mandando derrubar todos os cajueiros da cidade para a abertura de largas avenidas. d) o incentivo ao plantio de cacaueiros, causando o declínio da cana-de-açúcar. e) intensificação do comércio com os franceses que ocupavam o Maranhão. 578 1. C2:H9 (UPE) A presença holandesa no Brasil colônia causa, até hoje, polêmicas entre historiadores. As controvérsias se localizam, sobretudo, em relação à atuação de Maurício de Nassau, que dirigiu os empreendimentos da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil. Nassau conseguiu destacar-se, mas terminou sendo demitido em 1643. Com relação ao seu governo, é correto afirmar que: a) procurou restabelecer a produção do açúcar, mas fracassou devido à falta de recursos. b) teve cuidados especiais com o Recife, onde fixou sua residência, melhorando suas condições. c) apesar do empenho, não conseguiu aumentar os domínios territoriais dos holandeses. d) reconstruiu a cidade de Olinda, onde pretendia se instalar. e) não conseguiu estabelecer boas relações com os grandes proprietários que tramavam, desde o início, sua expulsão. 2. C3:H15 (PUCRS-2013) A União Ibérica (1580-1640) provocou o acir- ramento de conflitos europeus, alguns dos quais foram transferidos para os territórios coloniais de Portugal e Espanha. A situação que não tem relação com os conflitos do contexto da União Ibérica é: a) Os portugueses fundam a cidade de Rio Grande e a Colônia de Sacramento, utilizando-se da temporária nulidade dos limites territoriais estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. b) Os espanhóis não reconhecem a independência dos territórios holandeses que formaram as Províncias Unidas dos Países Baixos, sob a liderança da Casa de Orange. c) Os holandeses criam as Companhias de Comércio (Oriente e Ocidente), que lhes possibilitam recursos para as invasões no nordeste brasileiro e na costa africana. d) Os ingleses, que apoiavam a independência das Províncias Unidas dos Países Baixos, aliam-se aos franceses para invadir o Recife em 1595. e) Os franceses ocupam cidades brasileiras no Sudeste, como Santos e Rio de Janeiro, e em estados do Nordeste, como Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. 3. C3:H15 (UERN-2013) Os habitantes de Pernambuco iniciaram uma guerrilha contra os invasores. As ações estavam equilibradas até que Domingos Fernandes Calabar, nascido em Alagoas, passou para o lado dos invasores e os auxiliou. Aos poucos, toda a costa do Rio Grande do Norte e o campo de Santo Agostinho foram dominados. Em 1635, o governador Matias de Albuquerque ordenou a retirada para Alagoas, onde prendeu e fez executar Calabar. Os invasores conseguiram dominar ainda por alguns anos. (BARBEIRO, Heródoto. História. Volume único para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2004 (Coleção de Olho no Mundo do Trabalho). p. 220-221.) O episódio, descrito anteriormente, eclodiu no Brasil ainda no período colonial, no contexto do ciclo da cana-de-açúcar, envolvendo várias províncias do Nordeste, inclusive o Rio Grande do Norte. Trata-se da(s): a) invasões francesas, cujo objetivo era redistribuir as terras divididas entre Portugal, Espanha, França e Inglaterra através do Tratado de Madri. b) invasões holandesas ocorridas, entre outras razões, com o intuito de permitir um comércio e refino do açúcar pelos holandeses, diretamente em terras brasileiras. PVE17_2_HIS_A_07 União Ibérica (1580-1640), destacam-se: a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início da produção de tabaco no Recôncavo Baiano. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 578 20/09/2016 18:01:32 SAE DIGITAL S/A 1. (Enem) Pau-brasil Cana-de-açúcar Pecuária (BETHEL, L. História da América. V. I. São Paulo: Edusp, 1997.) Mineração As terras brasileiras foram divididas por meio de tratados entre Portugal e Espanha. De acordo com esses tratados, identificados no mapa, conclui-se que a) Portugal, pelo Tratado de Tordesilhas, detinha o controle da foz do rio Amazonas. Drogas do Sertão b) o Tratado de Tordesilhas utilizava os rios como limite físico da América portuguesa. 1. (Cesgranrio) Apesar do predomínio da agro manufatura açucareira c) o Tratado de Madri reconheceu a expansão portuguesa além da linha de Tordesilhas. na economia colonial brasileira, a pecuária também foi importante. A esse respeito, podemos afirmar que: a) ocorreu uma grande absorção de mão de obra escrava negra. d) Portugal, pelo Tratado de San Ildefonso, perdia territórios na América em relação ao de Tordesilhas. b) a presença do indígena na extração das “drogas do sertão” foi essencial pelo conhecimento da geografia da região. d) foi responsável pelo processo de interiorização do Brasil Colonial. Pelo Tratado de Santo Ildefonso (1777), os portugueses entregaram a Colônia de Sacramento à Espanha e ficaram definitivamente com a parte leste do RS, SC e PR. Este tratado cedeu Sacramento e os Sete Povos para a Espanha e ocorreu após violenta invasão argentina ao sul do Brasil,de acordo com o mapa, Portugal perdia a metade oeste do Rio Grande do Sul. e) possibilitou o surgimento de um mercado interno que se contrapunha às flutuações do comércio internacional. Resposta: D A necessidade de regiões para criação de gados e as invernadas provocaram, entre outros fatores, a exploração e consequente interiorização dos territórios da América portuguesa, além de incentivar o surgimento de mercado interno na Colônia. 2. (FGV) Entre os momentos definidores da penetração para além do limite do Tratado de Tordesilhas e a consequente expansão territorial do Brasil, no século XVII, estão o/os: a) Tratados de Utrecht e de Madrid. 2. (Fuvest) A maior parte das representações atuais do paulista do sécu- lo XVII, seja na pintura, seja na escultura, mostra-o como uma espécie de Pilgrim Father, em seu traje, com botas altas. Mas, na verdade, eles muito pouca coisa uasaram além do chapelão de abas largas, barbas, camisas e ceroulas. Caminhavam quase sempre descalços, em fila indiana, ao longo das trilhas do sertão e dos caminhos dos matagais, embora, muitas vezes, levassem várias armas. Sua vestimenta incluía, igualmente, gibões de algodão, que se mostraram úteis contra as flechas ameríndias... (A Idade do ouro do Brasil. C. R. Boxer) a) A que figura da Capitania de São Vicente corresponde essa descrição? b) A que se deve sua existência nessa região? Resposta: a) Ao bandeirante. b) Miséria na região, mestiçagem, lendas de El Dorado, trilhas indígenas. Anotações b) Tratados de Santo IIdefonso e de Utrecht. c) Tratado de Madrid e o ciclo da caça ao índio. d) ciclos de caça ao índio e de sertanismo por contrato. e) Tratado de Madrid e o ciclo de sertanismo por contrato. Anotações: O Tratado de Madrid foi firmado entre D. João V de Portugal e D. Fernando VI da Espanha, com o objetivo de substituir o Tratado de Tordesilhas e definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas, e sobrepondo os limites anteriores. Consagrou o princípio do direito privado romano do “uti possidetis, ita possideatis” (quem possui de fato, deve possuir de direito), delineando os contornos aproximados do Brasil de hoje. O ciclo da caça ao indígena deve-se à interrupção do tráfico negreiro, provocando aumento no preço dos escravizados e a busca e venda de indígenas. 3. (PUCPR) “[...] sairão os missionários com todos os móveis, e efeitos, levando consigo os índios para aldear em outras terras da Espanha; e os referidos índios poderão levar também todos os seus bens móveis e semoventes, e as armas, pólvora e munições [...] se entregarão as povoações à Coroa de Portugal, com todas suas casas, igrejas e edifícios, e a propriedade e posse de terreno...”. “[...] como seria possível fazer a mudança de mais de trinta mil índios para o outro lado do Rio Uruguai sem causar-lhes danos irreparáveis; como transportar sem riscos mais de setecentas mil cabeças de gado? [...]”. (VERISSIMO, Érico. O Continente. São Paulo. Círculo do Livro.) 584 PVE17_2_HIS_A_08 c) por ser uma atividade complementar, a força de trabalho não se dedicava totalmente a ela. e) o Tratado de Madri criou a divisão administrativa da América Portuguesa em Vice-Reinos Oriental e Ocidental. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 584 20/09/2016 18:01:37 O texto refere-se ao: a) Tratado de Santo Ildefonso – com entrega para a Espanha das terras da Colônia do Sacramento e dos Sete Povos. b) Contribuíram para a implantação de uma nova política colonizadora, aproximando índios e colonos. c) Iniciaram aproveitamento verdadeiro das terras agrícolas do oeste mudando a situação econômica da Colônia. b) Convênio de El Pardo – que anulava o Tratado de Madrid, em função da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras portuguesas e espanholas. d) Por razões políticas e econômicas, contribuíram para a mudança da capital do Vice-Reino do Rio de Janeiro para a Bahia. c) Tratado de Badajós – que restaurava, na prática, o que fora disposto no Tratado de Madrid. e) Respeitaram o Meridiano de Tordesilhas, evitando, assim, conflitos armados entre portugueses e espanhóis. d) Princípio Uti Possidetis: missionários e índios deveriam abandonar aquelas terras dado ao fato de as mesmas terem sido colonizadas efetivamente, antes, pelos portugueses. 4. C3:H11(FGV) Leia o texto sobre as origens de São Paulo. “A estratégia da penetração para o sertão, se foi amplamente aproveitada pelos colonos de São Paulo, nasce na prática da conversão jesuítica. [...] Embora por razões opostas, tanto as incursões dos jesuítas, tímidas é verdade, não se embrenhando muito além do núcleo piratiningano, como as bandeiras e as entradas dos colonos tinham um mesmo objetivo: o índio”. e) Tratado de Madrid – que, no Sul, entregava a Colônia do Sacramento para a Espanha e destinava os Sete Povos para Portugal. Anotações: Diversos tratados foram realizados a fim de encerrar as disputas por esses dois territórios, e o que substituiu o Tratado de Tordesilhas foi o Tratado de Madrid, em 1750. A questão de divisas só se encerra em 1801, com o Tratado de Badajó, que ratifica determinações do Tratado de Madrid. (Amílcar Torrão Filho, A cidade da conversão: a catequese jesuítica e a fundação de São Paulo de Piratininga. Revista USP. São Paulo, n.º 63, 2004.) O fragmento apresenta parte das condições que originaram a) a guerra travada entre a Igreja Católica, a favor da escravização indígena, e os colonos paulistas, defensores do trabalho livre. b) o conflito entre colonos e religiosos pelo controle da mão de obra indígena, presente no entorno de São Paulo. 1. C3:H13 (EsPECex/AMAN-2011) O conflito armado travado na se- gunda metade do século XVIII e que ficou conhecido como Guerras Guaraníticas, a) foi uma reação dos índios de Sete Povos das Missões, liderados por alguns jesuítas, à ocupação de suas terras e à possível escravização. c) a leitura, com forte viés ideológico, que considerava desnecessária a exagerada violência dos jesuítas contra os povos indígenas. b) ocorreu entre paulistas com o apoio de diversas tribos guaranis e os emboabas, pela hegemonia da extração do ouro das Minas Gerais. e) o fracasso das missões religiosas em São Paulo, pois coube apenas ao Estado português o controle direto dos indígenas. c) definiu a conquista da Colônia do Sacramento por tropas luso brasileiras. d) o desvinculo econômico de São Paulo com o resto da colônia, diante da impossibilidade de exploração da mão de obra indígena. 5. C4:H18 (Unisa-SP) O movimento das Bandeiras e a criação extensiva do gado, no período colonial, contribuíram para o (a) a) declínio da exploração de metais preciosos. d) provocou a assinatura do Tratado de Lisboa, pelo qual Portugal devolvia a área conhecida como Sete Povos das Missões à Espanha. b) desenvolvimento da cana-de-açúcar. c) ampliação territorial do Brasil. d) manutenção do Tratado de Tordesilhas. e) abriu caminho para a conquista e ocupação, por parte dos portugueses, da calha do rio Solimões – Amazonas. 2. C1:H1 (Enem-2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. (Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991. Adaptado.) O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na: a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o território. c) imposição da catequese para explorar o trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. PVE17_2_HIS_A_08 3. C3:H11 (UNIVALI-SC) As expedições chamadas de Entradas e Ban- deiras tinham como objetivo a procura de riquezas minerais e/ou a caça ao índio para escravizá-lo e vendê-lo no litoral. O papel histórico das Entradas e Bandeiras pode ser assim resumido: a) Determinaram a ocupação efetiva do interior do Brasil e deram ao nosso país sua atual configuração geográfica. e) fixação do homem no litoral brasileiro. 6. C1:H5 (Enem-2010) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de “tropa” que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado. (Disponível em: <www.tribunadoplanalto.com.br>. Acesso em: 27 nov. 2008.) A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas. b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 585 585 20/09/2016 18:01:37 2. (Unesp) “Na época feudal o mundo terrestre era visto como palco da namento. Uma ínfima parte foi de suplícios. Ademais, foi a partir da Inquisição que se organizou o aparato de interrogatório, de presença de testemunhas oculares, do direito de defesa e todo um escopo de respeitabilidade aos direitos humanos que inexistia até aquela época. Os filmes e algumas obras historiográficas de cunho ideológico têm conferido um peso desproporcional à Inquisição, carregando-a de violência e opressão. Outro fato a ser explicado aos alunos é que como os reinos europeus eram católicos muitas vezes as autoridades seculares (os reis e juízes civis) se interessavam em investigar os hereges denunciados à Inquisição porque consideravam que o desregramento na fé católica também significava um descompromisso com o rei e com seu governo e em muitos casos os mesmos acusados de heresia também advogavam posições políticas contrárias à política dos reinos. De tal forma, muitos hereges julgados pelas autoridades civis sofreram suplícios, porém sem ligação com a Inquisição, e sim com o poder civil. luta entre as forças do Bem e as do Mal, hordas de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais da época: a belicosidade”. (FRANCO JÚNIOR, Hilário. O feudalismo, 1986. Adaptado.) A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada expressava-se, por exemplo, a) no ingresso de homens de todas as camadas sociais na cavalaria e na sua participação em torneios. b) no pacto que reunia senhores e servos e determinava as chamadas relações vassálicas. c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cristãs de reconquista de Jerusalém. d) no empenho demonstrado nas lutas contra muçulmanos, vikings e diferentes formas de heresias. e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos, ao islamismo. Resposta: D A preparação e a disposição ao combate estavam presentes desde cedo nos homens nobres. Originário da cultura germânica – que viam o fato de ser um bom guerreiro como a virtude mais importante –, combater invasores, defender donzelas e a igreja católica era algo que estava incrustado na mentalidade social da nobreza. As Cruzadas foram o maior exemplo desta belicosidade. 1. (Fuvest) “Empunhando Durandal, a cortante, O rei tirou-a da bainha, enxugou-lhe a lâmina, Depois cingiu-a em seu sobrinho Rolando E então o papa a benzeu. O rei disse-lhe docemente, rindo: Cinjo-te com ela, desejando Que Deus te dê coragem e ousadia, Força, vigor e grande bravura E grande vitória sobre os infiéis.” 3. Se, para o historiador, a Idade Média não pode ser reduzida a uma “Idade das Trevas”, para o senso comum, ela continua a ser lembrada dessa maneira, como um período de práticas e instituições “bárbaras”. Com base na afirmação acima, indique e descreva a) duas contribuições relevantes da Idade Média. b) duas práticas ou instituições medievais lembradas negativamente. Resposta: a) A Idade Média legou importantes contribuições para a posterioridade: inovações como um novo modo de utilizar o moinho de vento e a invenção de um novo tipo de arado; o desenvolvimento expressivo da arquitetura; e o desenvolvimento no campo das ideias, a preservação e difusão da filosofia clássica e o modelo de universidade, vigente até hoje. b) A ideia de “Idade das Trevas” foi concebida no Renascimento, reforçada pelo Iluminismo e disseminada como uma verdade em relação à Idade Média, porém, trata-se de um equívoco, visto que neste período avanços intelectuais e tecnológicos ocorreram em profusão. Uma prática lembrada negativamente é a da servidão, muitas vezes analisada como uma relação de luta de classes, na qual havia submissão dos camponeses à exploração da nobreza. No entanto, apesar de o conflito existir, não podemos alocá-lo na concepção moderna marxista de exploração, visto que a relação entre servos e senhores era de benefícios e obrigações mútuas, muito diferente, portanto, das relações capitalistas de exploração. Outra instituição negativada pelo pensamento iluminista e amplamente distorcida ao longo da história, notadamente, em livros didáticos, é a inquisição católica. A inquisição era um tribunal de inquéritos a serviço da liderança religiosa local, o bispo, destinado a acompanhar se a fé católica era explicada e ensinada conforme as diretrizes disciplinares da doutrina. Visava, também, impedir que pessoas se utilizassem do título de católicas para professarem erros doutrinais. A Inquisição iniciava uma investigação, a qual era julgada por um tribunal de 3 juízes, e que somente sujeitava pessoas que se declaravam católicas, por sua livre vontade. Servia para, por exemplo, o bispo poder cobrar conduta moral adequada de padres e religiosos (se ensinavam adequadamente a fé segundo a ortodoxia e tinham uma vida que testemunhava sua adesão à igreja) e se fiéis exerciam a fé a que juravam servir. A inquisição era o único tribunal da Europa que absolvia um culpado quando ele se arrependia. A grande parte das punições consistiu em peregrinações e aprisio594 (La Chanson d’Aspremont) A que ritual medieval se refere o texto? Qual o significado desse ritual? Refere-se ao ritual em que um jovem nobre era armado cavaleiro, ritual de adubamento. Seu significado era vincular o nobre guerreiro a uma conduta ética baseada na honra, lealdade, proteção aos fracos e defesa do cristianismo. 2. (UEL) Entre os fatores internos e externos que contribuíram para a formação do sistema feudal encontram-se: a) as instituições germânicas, como o ‘comitatus’ e o direito oral. b) a utilização das moedas de prata republicana ou solidi imperiais e a assimilação do arianismo. c) a introdução pelos germanos da noção de Estado e a organização judicial caracterizada pelo ‘wergeld’. d) a prática constante do nicolaísmo e o enfraquecimento dos patrícios romanos. e) a aceitação da simonia e o aperfeiçoamento da lavra (arados melhores, mais cortantes e resistentes). Anotações: O comitatus dotou a sociedade de relações interpessoais, as quais eram nutridas entre o suserano e o vassalo por meio de uma ética em que a honra e a lealdade estabeleciam que os guerreiros seguissem seu chefe conforme a necessidade de guerra se fazia presente. O direito oral advinha da prática de julgar os crimes através dos costumes de cada feudo, pois não havia um Estado centralizado em que se dispusessem leis a serem seguidas. 3. (Cescem-SP) As corporações de ofício eram organizadas com o objetivo de: a) defender os interesses dos artesãos diante dos patrões. b) proporcionar formação profissional aos jovens fidalgos. c) aplicar os princípios religiosos às atividades cotidianas. d) combater os senhores feudais. e) proteger os ofícios contra a concorrência e controlar a produção. PVE17_2_HIS_B_05 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 594 20/09/2016 18:01:40 faziam a colheita do trigo, também entregue ao senhor. Eles próprios não podiam recolher o seu trigo, senão depois que o senhor tivesse tirado antecipadamente a sua parte. No começo do inverno, trabalhavam sobre a terra senhorial para prepará-la, passar o arado e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se uma espécie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”. Depois, uma certa quantidade de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do camponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha; no forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse o seu pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável. Anotações: Com o rápido crescimento do comércio e do artesanato nos burgos, a concorrência entre mercadores e artesãos aumentou bastante. Para regulamentar e proteger as diversas atividades, surgiram as corporações. 1. C3:H11 (PUCRS-2014) A ordem feudal europeia origina-se de um lento e diferenciado processo de integração, nos séculos V a IX, entre as estruturas sociais, políticas e culturais oriundas da tradição romana e dos povos ditos germânicos. Em algumas regiões, como a parte _________ do continente, predominou a herança romana; em outras, como na área ________, esta herança esteve praticamente ausente no período; já na zona compreendida pelo reino dos _________, verificou-se uma síntese mais equilibrada de influências históricas. a) setentrional balcânica Lombardos (LUCHAIRE, La Société française au temps de Philippe Auguste. Adaptado) O texto nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado. a) o servo pagava a talha quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao castelo, cuidava dos fossos e colhia o trigo. b) o servo trabalhava apenas de 24 de junho a 30 de novembro em muitas atividades: dos cuidados com os animais ao trabalho no campo. b) meridional escandinava Francos c) setentrional escandinava Lombardos d) setentrional escandinava Francos c) o servo trabalhava e recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos grãos e ao forneiro pelo pão assado. e) meridional balcânica Francos 2. d) o servo devia a seu senhor a corveia, a talha e as banalidades pelo uso das instalações senhoriais bem como presentes em datas festivas. C1:H1 (Enem-2015) e) o trabalho servil era recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos bolos, finas e gordas galinhas. 4. C2:H10 (UFRGS-2014) Sobre o sistema feudal na Idade Média, é correto afirmar que a) a economia é agrícola e pastoril, descentralizada e voltada para o mercado externo. b) a sociedade estrutura-se como uma pirâmide, cuja base é formada pelos servos; o meio, pela nobreza; e a parte superior, pelo clero. c) a burguesia é a classe social econômica e politicamente mais poderosa. d) a Igreja Católica consolida seu poder após o declínio do feudalismo. e) a suserania e a vassalagem constituem-se em relações políticas entre os servos e os membros do clero. 5. Disponível em: www.ac-grenoble.fr. Acesso em: 10 maio 2012. Os calendários são fontes históricas importantes, na medida em que expressam a concepção de tempo das sociedades. Essas imagens compõem um calendário medieval (1460-1475) e cada uma delas representa um mês, de janeiro a dezembro. Com base na análise do calendário, apreende-se uma concepção de tempo a) cíclica, marcada pelo mito arcaico do eterno retorno. b) humanista, identificada pelo controle das horas de atividade por parte do trabalhador. c) escatológica, associada a uma visão religiosa sobre o trabalho. d) natural, expressa pelo trabalho realizado de acordo com as estações do ano. PVE17_2_HIS_B_05 e) romântica, definida por uma visão bucólica da sociedade. 3. C3:H11 (IFSP-2014) Em 24 de junho, dia de São João, os camponeses de Verson (na França) colhiam os frutos dos campos de seu senhor e os levavam ao castelo. Depois, cuidavam dos fossos e, em agosto, C1:H2 (Enem-2014) Sou uma pobre e velha mulher, Muito ignorante, que nem sabe ler. Mostraram-me na igreja da minha terra Um Paraíso com harpas pintado E o Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-me de júbilo, o outro me aterra. VILLON. F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC. 1999. Os versos do poeta francês François Villon fazem referência às imagens presentes nos templos católicos medievais. Nesse contexto, as imagens eram usadas com o objetivo de a) refinar o gosto dos cristãos. b) incorporar ideais heréticos. c) educar os fiéis através do olhar. d) divulgar a genialidade dos artistas católicos. e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 6. C3:H14 (Mackenzie 2016) Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média, Leo Huberman afirma: “O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 595 595 20/09/2016 18:01:41 Em que medida o Império Bizantino pode ser considerado herdeiro e continuador do Império Romano? Estabeleça as diferenças entre esses dois impérios entre os séculos V e VII. Resposta: O Império Bizantino surgiu da subdivisão do Império Romano, representando sua antiga porção oriental, mantendo a estrutura política centralizada, a burocracia e a estrutura jurídica. Por tais motivos, fica evidente que ele era o herdeiro do Império Romano, já que a antiga porção ocidental do império estava toda subdividida em pequenos e voláteis reinos. As diferenças se baseiam na formação (o Império Romano surgiu ao longo de séculos) e na cultura – já que o Império Bizantino teve uma vida religiosa bastante agitada ao longo de sua existência. b) Maomé não obteve sucesso na tentativa de unificar a península arábica em nome do Islã. c) O profeta Maomé não obteve resistência para empreender a conquista de Meca. d) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos árabes do século VII. e) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus. 2. (UFES) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (ima- gens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a “revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma visível.” (Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O império bizantino. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27). 1. (Unesp) A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa: a) Adornos de bronze e cobre. Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada “crise iconoclasta”. Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a): a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar. b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação. b) Aquedutos e esgotos. c) Telhados de beirais recurvos. d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas. e) Vias calçadas com artefatos de couro. cos, e até membros das famílias imperiais. As cúpulas arredondadas foram muito utilizadas nos templos religiosos cristãos, com destaque para a Catedral de Santa Sofia, em Constantinopla, atual Istambul. 2. (PUC-Campinas) O Império Bizantino , ao longo de sua história, apresentou um governo que se caracterizou por: a) proporcionar condições sociais que possibilitaram eliminar, desde suas origens, o problema da escravidão. e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso, de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses. Resposta: E A ação dos iconoclastas (indivíduos que não respeitam e destroem monumentos, obras de arte e símbolos) tinha um caráter tanto religioso quanto político. Além de tentar diminuir o poder da Igreja e dos mosteiros, a ação dos iconoclastas era uma forma de buscar uma aproximação com o judaísmo e o islamismo, religiões em que não há adoração de ícones. PVE17_2_HIS_B_06 3. (UPE) O islã é hoje uma religião, que, como o cristianismo, se estende Anotações: Os mosaicos geralmente representavam a imagem de Jesus e demais santos católi- c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual, valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz. d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira. Resposta: A Quando Maomé viveu no deserto trabalhando como comerciante em caravanas, entrou em contato com as religiões judaica e cristã (monoteístas). Ao criar o islamismo – também monoteísta – Maomé teve sucesso em unificar a Península Arábica, apesar das dificuldades que obteve em dominar Meca – a qual era um importante centro religioso e que era rica devido ao politeísmo. b) procurar eliminar suas origens romanas e por restringir o poder dos soberanos, que era bastante limitado. c) apresentar um caráter despótico associado à grande influência religiosa, dando-lhe uma feição teocrática. d) controlar, chegando a eliminar completamente, o poder da burocracia no Estado. Anotações: Os limites entre o poder religioso e o poder político se confundiram no Império Bizantino, além de determinar várias das decisões que influenciavam a economia e a sociedade, o imperador detinha o poder na escolha dos clérigos e em outras determinações da Igreja. por toda a superfície da Terra, sem distinção de raças nem de nações. Mas, diferentemente de outros credos, teve uma expansão muito rápida, e um século depois da morte do seu Profeta, Maomé, os fiéis do islã já se encontravam em grande parte do Antigo Continente, do Saara e dos Pireneus às planícies da Ásia Central e ao Índico. 3. (UECE) Na origem do chamado “Cisma do Oriente”, pode-se apontar (VERNET, Juan. As origens do Islã. São Paulo: Globo, 2004. p. 11. Adaptado.) b) significou o aparecimento de inúmeras seitas “reformadas”, que se desligaram da Igreja romana. Sobre a realidade apresentada no texto, assinale a alternativa correta. a) A principal influência que Maomé sofreu do judaísmo e do cristianismo foi a crença no monoteísmo. corretamente: a) as desavenças entre os membros da hierarquia católica e o Imperador bizantino diziam respeito à cobrança das indulgências e à corrupção dos bispos. c) no Império Bizantino, a Igreja era submetida ao Imperador e promovia um excessivo culto aos ídolos e às imagens. d) em Bizâncio, ao contrário do cristianismo ocidental, as imagens e os ídolos dos santos não eram objetos de adoração e culto. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 601 601 20/09/2016 18:01:55 Anotações: Ao longo do tempo, o cristianismo bizantino adotava práticas e concepções que se distanciavam das noções lançadas pelos clérigos de Roma. O poder do imperador influenciava os 3. C2:H7 (UEG-2011) Sobrevivendo à queda do Império Romano do Ocidente, o Império Bizantino durou até 1453, quando foi conquistado pelos turcos otomanos. O principal elemento da identidade bizantina era a sua religião oficial, expressa pelo a) catolicismo romano, sob a liderança do papa. assuntos religiosos e empregava os ícones como um meio de reafirmação da sua autorida- b) islamismo, sob a liderança do califa de Bagdá. de entre a população. c) catolicismo ortodoxo, sob a liderança do patriarca. d) anglicanismo, sob a liderança do arcebispo de Canterbury. 4. C1:H1 (Unesp-2010) Observe a figura 1. C1:H4 (UPE-2014) A civilização bizantina foi muito mais original e criativa que, em geral, lhe creditam. Suas igrejas abobadadas desafiam em originalidade e ousadia os templos clássicos e as catedrais góticas, enquanto os mosaicos competem, como supremas obras de arte, ncom a escultura clássica e a pintura renascentista. (ANGOLD, Michael. Bizâncio: a ponte da Antiguidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002, p. 9. Adaptado.) Sobre o legado cultural bizantino, assinale a alternativa correta. a) Herdando elementos da cultura grega, os bizantinos desenvolveram estudos sobre a aritmética e a álgebra. b) Negando a tradição jurídica romana, o Império Bizantino pautou sua jurisdição no direito consuetudinário. c) A filosofia estoica influenciou o movimento iconoclasta, provocando o cisma cristão do Oriente no século XI. d) O catolicismo ortodoxo tornou-se a religião oficial do império após a denominada querela das investiduras. e) a catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 2. C1:H5 (ESPM-2012) Observe a imagem, leia o texto e responda: Madona e Filho, Berlinghiero, século XII. (www.literaria.net/RP/L2/RPL2.htm) O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da Civilização Bizantina, que abrangeu amplas regiões do continente europeu e asiático. A arte bizantina resultou a) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente. b) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo primitivo. c) do “Cisma do Oriente”, que rompeu com a unidade do cristianismo. d) da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental. e) do desenvolvimento comercial das cidades italianas. 5. C1:H5 (UPE) Na Idade Média, Bizâncio era um importante centro comercial e político. Merecem destaques seus feitos culturais, mostrando senso estético apurado e uso das riquezas existentes no Império. Na sua arquitetura, a igreja de Santa Sofia destacou-se pela a) sua afinação com o estilo gótico, com exploração dos vitrais e o uso de metais na construção dos altares. b) simplicidade das suas linhas geométricas, negando a grandiosidade como nas outras obras existentes em Bizâncio. c) grande riqueza da sua construção, com uso de mosaicos coloridos e colunas de mármores suntuosas. b) gregos – turcos seljúcidas. c) bizantinos – árabes muçulmanos. d) bizantinos – turcos otomanos. e) francos – hindus. 602 d) imitação que fazia dos templos gregos, com altares dedicados aos mitos mais conhecidos, revelando paganismo. e) consagração dos valores católicos medievais, em que a riqueza interior era importante em toda cultura existente. 6. C3:H15 (Fuvest-2011) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. (MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2007, p. 241.) Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos reinos francos e a rápida derrocada do império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o império britânico na Ásia. PVE17_2_HIS_B_06 Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia: a) gregos – persas. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 602 20/09/2016 18:01:57 A primeira está incorreta porque não havia harmonia na Europa em 1095 quando o papa Urbano II convocou os fiéis cristãos para lutar contra os muçulmanos infiéis. Havia, na época, crescimento demográfico e consequente saturação das estruturas medievais, o que exigia expansão territorial. A segunda está incorreta porque a intenção era poder peregrinar para as regiões sagradas, e não colonizá-las. A terceira está correta porque os infiéis muçulmanos foram considerados os grandes inimigos cristãos por ocuparem e profanar locais sagrados. A quarta está correta porque no total ocorreram oito cruzadas oficialmente organizadas pela igreja católica; enquanto outras não oficiais levaram até mesmo crianças (por serem puras) à guerra. A quinta está correta porque o caráter militar das Cruzadas ocorreu pelo apoio dos nobres à igreja. 1. (Fuvest-2011) Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso. (MAALOUF, Amin. As Cruzadas vistas pelos árabes. São Paulo: Brasiliense, 2007, p. 241.) Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a a) difusão do islamismo no interior dos reinos francos e a rápida derrocada do império fundado por Carlos Magno. b) maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente. c) imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o império britânico na Ásia. 2. (UFPI) As cruzadas influíram decisivamente na história da Europa na Baixa Idade Média. A mais significativa de suas consequências foi: a) a reunificação das Igrejas Católica e Ortodoxa, separadas em 1054 pelo Cisma do Oriente. b) um novo Cisma no cristianismo com o início da Reforma protestante no século XVI. d) resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque. e) forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário. c) a conquista dos lugares sagrados do cristianismo situados na Ásia Ocidental. O constante conflito com os cristãos permitiu aprimoramento de técnicas de combate por d) a “reabertura” do Mediterrâneo, que, possibilitando a reativação dos contratos entre Ocidente e Oriente, intensificou o renascimento comercial e urbano na Europa. e) o declínio do comércio, o desaparecimento da vida urbana e a descentralização política no ocidente da Europa. parte dos muçulmanos, os quais, por meio do Império Turco Otomano, dominaram inclusive o Império Romano do Oriente em 1453 com a Tomada de Constantinopla. 2. (Unifesp) O desaparecimento da servidão feudal, na Europa Ocidental, na Baixa Idade Média, foi a) iniciado com o aparecimento de um mercado urbano para a agricultura, que levou à troca da renda trabalho pela renda dinheiro e intensificado com as revoltas camponesas. Resposta: D Apesar de não alcançar seus objetivos religiosos de reconquista para os cristãos dos territórios localizados na Terra Santa, as Cruzadas possibilitaram que as rotas comerciais do Mediterrâneo fossem novamente utilizadas. Isso possibilitou o Renascimento Cultural e o fortalecimento das cidades, em decorrência de se localizar nesses espaços os locais de trocas de mercadorias. b) realizado violenta e inesperadamente durante a peste negra, quando os camponeses aproveitaram-se da situação para se revoltar em massa contra os senhores. c) proporcionado pela ação conjugada de dois fatores externos ao âmbito dos camponeses, as guerras entre os próprios nobres e destes com as cidades. 3. (Fatec) Dentre as causas da desagregação da ordem econômica feudal, é possível mencionar: a) a capitalização intensa realizada pelos artesãos medievais e a criação de grandes unidades industriais, que acabaram subvertendo a economia feudal. b) o desinteresse da nobreza e do clero pela manutenção do Feudalismo, pois esses setores se beneficiariam com o advento da sociedade baseada no lucro. c) o surgimento das corporações de ofício e a substituição do “justo preço”, que restringia as possibilidades de lucro, pelo preço de mercado. d) liderado pacificamente pela Igreja Católica, protetora dos camponeses, e concluído com a ajuda dos reis interessados em arruinar o poder dos senhores feudais. e) determinado pelo fluxo de dinheiro que os senhores feudais recebiam das cidades em troca da liberação dos camponeses, empregados no sistema de produção em domicílio. e) a substituição gradativa do trabalho escravo pelo trabalho assalariado dentro do feudo, o que criou condições para a constituição de um sistema de mercado dentro da própria unidade feudal. PVE17_2_HIS_B_07 Resposta: D A alternativa a mostra-se incorreta ao imputar a realidade da indústria ao cenário feudal em transição para o moderno, situação que é posterior. A alternativa b é incorreta pois relaciona o lucro ao feudalismo, sendo que nesse sistema a subsistência era o objetivo. A alternativa c não está correta, pois as corporações de ofício são típicas da Idade Média e na ordem feudal estabelecida. A alternativa e está errada, porque indica o trabalho escravo substituído pelo assalariado, situação que não corresponde, visto que eram as relações de dependência, promovidas pela servidão do colonato que foram substituídas, gradual e lentamente por relações assalariadas. A alternativa correta é a letra d, pois traz todas características que se relacionam à desagregação da ordem feudal. Anotações: A renda dinheiro tornou-se gradualmente dominante na Europa ocidental, por facilitar as trocas mercantis e venda dos produtos agrícolas. As revoltas camponesas acabaram rompendo os vínculos entre servos e senhores feudais, provocando a necessidade de trabalhadores assalariados para o campo. Sobre as revoltas camponesas e a transição do feudalismo ao capitalismo Dobbs afirma: “Segue-se daí que esse conflito básico deve ter existido entre os produtores diretos e seus suseranos feudais que extraíam seu tempo-trabalho excedente ou seu produto excedente por meio do direito feudal ou do poder feudal. Esse conflito, ao irromper em antagonismo aberto, expressou-se em revolta camponesa”. (Dobbs. M. Do feudalismo ao capitalismo in: Sweezy. Paul e outros. A transição do feudalismo para o capitalismo: Um debate. 5ª ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1977 p.210). d) o revivescimento do comércio e a consequente circulação monetária, que abalaram a autossuficiência da economia senhorial. Anotações: 3. (Enem-2011) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez de um profundo sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha. (DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. Adaptado.) HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 607 607 20/09/2016 18:02:04 As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. na Itália, onde o sino muitas vezes é instalado não no corpo do monumento, mas numa torre especial: o campanário. (Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998. Adaptado.) O historiador descreve o surgimento da cidade medieval, assinalando, como um dos seus aspectos fundamentais, a) o florescimento das atividades econômicas nos pontos de encontro de diversas rotas de comércio. b) a migração de camponeses e artesãos c) a expansão dos parques industriais e fabris. d) o aumento do número de castelos e feudos. b) a autonomia política conquistada por meio de um processo de luta contra o senhor feudal e a Igreja. e) a contenção das epidemias e doenças. Anotações: c) a onipresença de um poder religioso visível e controlador da existência cotidiana da população. O desenvolvimento comercial mudou a paisagem das cidades, transformando as muralhas, anteriormente utilizadas para defesa e proteção, em locais de troca comercial. A partir do século XIV, essas fortalezas passaram a servir como sistemas de controle comercial e fluxo de mercadorias. Ao redor surgiram cidades comerciais (burgos) e os moradores dessas cidades acabariam por formar uma nova classe social especializada no trato comercial que daria origem ao termo burguesia. d) a reorganização do espaço urbano com vistas a manter a tradicional estrutura militar da antiguidade. e) o deslocamento da população da cidade para as comunidades de religiosos nos mosteiros 4. 1. C2:H9 (Enem-2015) No início foram as cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente – nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento urbano ligado às funções comercial e industrial – digamos modestamente artesanal – que ele apareceu, como um desses homens de ofício que se instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou ensinar, e de preferência as duas coisas a um só tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma atividade de professor e erudito, em resumo, um intelectual – esse homem só aparecerá com as cidades. (LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José Olympio, 2010.) O surgimento da categoria mencionada no período em destaque no texto evidencia o(a) a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato. b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão do trabalho. c) importância organizacional das corporações de ofício. d) progressiva expansão da educação escolar. e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos. 2. C3:H14 (Uniceub-2014) O historiador Jacques Le Goff denominou o período entre os anos 1150 e 1250 de “Bela Idade Média”, caracterizado por um recuo da fome, pela fundação de universidades e de catedrais góticas, pela expansão do culto mariano, que valorizou a mulher medieval, pela crescente urbanização e mobilidade dos homens, etc. O autor adverte, no entanto, que esse período também conheceu “sombras”. Assinale a alternativa onde há acontecimentos que podemos considerar “sombras”, ou seja, negativos, no período acima mencionado. a) O emprego de novas técnicas no campo, que permitiram o aumento da produtividade e consequente liberação de mão de obra para as cidades. b) A proibição da usura e a perseguição dos usurários pela Igreja, o que só prejudicou o desenvolvimento das atividades capitalistas. c) A expansão das ordens mendicantes, que enganavam os camponeses com suas promessas de salvação divina. d) A organização das Cruzadas estimuladas pelo Papa, que permitiu e sacralizou a matança de islâmicos no Oriente. e) A chegada da Peste Negra que matou milhares de pessoas. 3. C1:H2 (Famerp-2016) Não é mais o templo que distingue a cidade medieval da cidade antiga, porque muitas vezes ou o templo foi reutilizado como igreja, ou então a igreja cristã foi construída sobre o local do templo. Com a igreja, um elemento fundamentalmente novo sobreveio. Os sinos aparecem e se instalam no século VII no Ocidente. Eles serão ponto de referência na cidade; em particular 608 C3:H15 (Enem-2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim. (AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995. Adaptado.) No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de a) refrear os movimentos religiosos contestatórios. b) promover a atuação da sociedade civil na vida política. c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum. d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística. e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual. 5. C2:H10 (PUCRS-2014) Para responder à questão, considere as afir- mativas abaixo sobre o renascimento comercial, ocorrido na Europa Ocidental durante a Baixa Idade Média. I. A explosão demográfica que se verifica na Europa a partir do século X, devido à queda na mortalidade e à elevação da natalidade, foi um dos fatores que favoreceram o aumento das atividades mercantis no período. II. O movimento religioso das Cruzadas, a partir do século XI, contribuiu para a consolidação do renascimento comercial europeu, afastando do Mar Mediterrâneo os árabes e as cidades autônomas do norte da Itália. III. As feiras ocorriam na confluência das principais rotas de comércio na Europa, e nelas os senhores feudais, em troca de proteção militar e judicial, costumavam cobrar a capitação – imposto por cabeça – de todos os participantes. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) a) I, apenas. d) II e III, apenas. b) II, apenas. e) I, II e III. c) I e III, apenas. 6. C1:H2 (UFTM-2012) [...] para satisfazer as faltas e necessidades dos da fortaleza, começaram a afluir diante da porta, junto da saída do castelo, negociantes, [...] mercadores de artigos custosos, em seguida taberneiros, depois hospedeiros para alimentação e albergue dos que mantinham negócios com o senhor [...]. Os habitantes de tal maneira se agarraram ao local que em breve aí nasceu uma cidade importante. (Jean Lelong, cronista do século XIII, apud Fernanda Espinosa. Antologia de textos históricos medievais, 1972) PVE17_2_HIS_B_07 HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 608 20/09/2016 18:02:04 e) a aliança entre franceses e flamengos e o fim da hegemonia inglesa sobre o comércio europeu 3. (FEI-SP) Os problemas das heranças feudais, que haviam confundido destinos e províncias, tornaram inevitável a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra. A eclosão desse conflito: a) Deu-se no primeiro quartel do século XI, a partir de problemas na sucessão do trono francês sobre o qual a Inglaterra tinha fortes interesses. Resposta: A A Guerra possibilitou a formação da monarquia nacional francesa e que as disputas sucessórias em regiões continentais pertencentes à França não fossem mais alvo de reis ingleses. b) Teve como causa principal a disputa pela região de Flandres que, feudatária da França, atraía fortes interesses econômicos da Inglaterra. 1. (Enem) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com c) Ocorreu na primeira metade do século XIV, a partir da disputa entre os dois países sobre inúmeros territórios flamengos e italianos. efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: “As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo.” (Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky. The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971. Com adaptações). O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra, que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. d) Foi provocada pelas disputas políticas entre a Rosa Vermelha (de Lancaster) e a Rosa Branca (de York). e) Aconteceu devido a interesses manufatureiros da França sobre Flandes, região feudatária da Inglaterra. Resposta: A Guerra dos Cem anos ocorreu devido aos interesses ingleses em territórios franceses, notadamente, região de Flandres, que abrangia importantes centros comerciais e de manufaturas têxteis. b) a Igreja buscou conter o medo da morte, disseminando o saber médico. c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e identificáveis. d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem enterrados. Anotações: A partir de uma leitura cerrada do texto, percebemos que o cronista italiano, Agnolo di Tura, estabelece uma relação direta do acontecimento catastrófico que foi a Peste Negra com o “fim do mundo”, dando o testemunho da enorme quantidade de pessoas que morreram em decorrência dela. Desse modo, a letra A está correta, enquanto a letra D está errada por sugerir que a queda demográfica na Europa se deu no período anterior ao da Peste. A impressão terrível que se tinha da Peste se dava, em grande parte, por causa do número elevado de mortos acometidos por ela (sendo assim, a alternativa C está incorreta). Não havia como combater a Peste com o conhecimento médico disponível naquela época, nem se fosse amplamente fomentado pela Igreja, e, sendo o número de mortos muito elevado, os cadáveres não tinham um funeral individual, mas eram enterrados em valas comuns; isto não implicou no principal drama dos sobreviventes. Seu drama principal era não saber quantas vidas mais a Peste arrastaria. (Isso invalida as alternativas B e E). 2. (ACAFE) Entre as causas da decadência do feudalismo, é correto mencionar: I. o Renascimento Comercial e Urbano; II. o aparecimento de uma nova classe social: a burguesia; III. a Guerra dos Cem Anos, envolvendo França e Inglaterra; IV. a união do rei e dos senhores de terras, visando à centralização política. As alternativas corretas são: a) I e IV. b) I, II e III. c) I e II. d) II, III e IV. PVE17_2_HIS_B_08 e) II e III. Anotações: A centralização política do período final da Idade Média deve-se mais a uma imposição dos reis do que a uma união, principalmente pelo fato de se retirar parte do poder dos senhores feudais. 1. C3:H15 (Vunesp) [Na Idade Média], chamava-se ‘lepra’ a muitas doenças. Toda erupção pustulenta, a escarlatina, por exemplo, qualquer afecção cutânea passava por lepra. Ora, havia, com relação à lepra, um terror sagrado: os homens daquele tempo estavam persuadidos de que no corpo reflete-se a podridão da alma. O leproso era, só por sua aparência corporal, um pecador. Desagradara a Deus e seu pecado purgava através dos poros. (Georges Duby. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos. São Paulo: Unesp, 1998.) O texto mostra a associação entre doença e religião na Idade Média. Isso ocorre porque os homens do período a) abandonaram o conhecimento científico, acumulado na Antiguidade, sobre saúde e doença; daí a época medieval ser apropriadamente chamada de “era das trevas”. b) recusavam-se a admitir que as condições de higiene então existentes fossem inadequadas e preferiam criar explicações astrológicas para os males que os afligiam. c) estigmatizavam os portadores de doenças e os isolavam, ao contrário do que ocorre hoje, quando todos os doentes são aceitos no convívio social e recebem tratamento adequado. d) eram marcados pelo imaginário cristão, que apresentava o mundo como um espaço de conflito ininterrupto entre forças divinas e forças demoníacas. e) rejeitavam a medicina, pois a associavam a práticas mágicas e a curandeirismo, preferindo recorrer a exorcistas a aceitar os tratamentos prescritos nos hospitais. 2. C2:H10 (Mackenzie-2014) Aquilo que dominava a mentalidade e a sensibilidade dos homens da Idade Média era o seu sentimento de insegurança […] que era, no fim das contas, a insegurança quanto à vida futura, que a ninguém estava assegurada […]. Os riscos da danação, com o concurso do Diabo, eram tão grandes, e as probabilidades de salvação, tão fracas que, forçosamente, o medo vencia a esperança. (Jacques Le Goff. A civilização do Ocidente medieval.) O mundo medieval configurou-se a partir do medo da insegurança, como retratado no texto acima. Encontre a alternativa que melhor condiz com o assunto. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 613 613 20/09/2016 18:02:09 testemunhos da presença humana por volta de 20 000 a.C. Durante um longo período, esses grupamentos humanos se caracterizavam por serem caçadores e coletores, pois somente em torno de 5 000 a.C. iniciou-se o processo de sedentarização e implantação da agricultura. A partir de 1 300 a.C., numa região próxima ao golfo do México, importantes transformações desembocaram na organização das Altas Culturas da Mesoamérica. Sobre essas culturas, assinale a afirmativa incorreta. a) Os olmecas foram os primeiros, na Mesoamérica, a erigir grandes complexos de construções, principalmente para fins religiosos. 1. (UGF – adap.) A civilização maia floresceu na região que hoje corresponde ao(s): a) Uruguai, Argentina e sul do Chile. b) Paraguai e Bolívia. c) Brasil e Venezuela. d) Norte de Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México. e) Andes peruanos. b) Na sociedade maia clássica, existiam dois grupos sociais claramente definidos: o povo comum dedicado principalmente à agricultura e uma elite dominante composta de guerreiros, sacerdotes e governantes. Resposta: D A civilização inca foi a única que se situava na América do Sul, mais precisamente no Peru. As civilizações Asteca e Maia ocuparam a região da Mesoamérica, ou América Central, que hoje corresponde à região norte da Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México, portanto a alternativa correta é a letra D. c) Um dos principais legados do período clássico das culturas da Mesoamérica foi o alto nível da urbanização com um grande número de cidades. d) A influência da cultura olmeca se limitou à região de Teotihuacán, a “metrópole dos deuses”. 2. (UFSM-RS) A população inca vivia em pequenas coletividades agropastoris, as aldeias. Essas aldeias eram de vários tamanhos e habitadas por famílias unidas por laços de parentesco ou aliança, formando um conjunto denominado. a) Kuraka. d) Halach Uinic. b) Ayllu. Resposta: B A população inca vivia em pequenas comunidades agropastoris, localizadas em aldeias, cada uma habitada por um grupo de familiar, era responsável pela unidade econômica, militar e religiosa o Ayllu. Anotações: A influência cultural olmeca se estendeu para além da região de Teotihuacán. De acordo com registros arqueológicos, foram encontrados artefatos, monumentos, desenhos etc., em Chiapas, Guerrero, Oaxaca, Vale do México até no atual El Salvador. Portanto, a cultura olmeca não ficou limitada a sua região de origem, o que torna a alternativa D incorreta. e) Batab. c) Calpulli. Texto para a próxima questão. 3. (UFSM – adap.) “Os guerreiros constituíam um dos grupos mais O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán Nos caminhos jazem dardos quebrados; os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, Mas os escudos não detêm a desolação... (KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996, p. 13.) (PINSKY, J. et al. História da América através de Textos. São Paulo: Contexto, 2007. Fragmento.) importantes na civilização asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de ter guerreiros entre os seus membros.” O texto faz referência à sociedade asteca, no século XV, a qual era: a) guerreira e sacerdotal, formada de uma elite política que governava com tirania a massa de trabalhadores escravos negros. 2. b) igualitária e guerreira, não conhecendo outra autoridade senão a sacerdotal, que também era guerreira. a) tragédia causada pela destruição da cultura desse povo. c) comunal, com estruturas complexas, sendo dirigida por um Estado que contava com um aparelho administrativo, judiciário e militar. b) tentativa frustrada de resistência a um poder considerado superior. d) hierarquizada e guerreira, visto que o Imperador era, ao mesmo tempo, o general do exército asteca e o sumo pontífice sacerdotal. d) dissolução da memória sobre os feitos de seus antepassados. e) igualitária, guerreira e sacerdotal: todo guerreiro era um sacerdote e todo sacerdote era um guerreiro. (Enem-2013) O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à) Resposta: D A questão pode ser resolvida por eliminação, as letras A e E podem ser excluídas, pois não havia escravos negros nas civilizações pré-colombianas e nem todo guerreiro asteca poderia ser sacerdote. A letra C descreve uma característica na formação do estado asteca próxima aos estados modernos europeus, o que é incorreto. A letra B propõe uma sociedade igualitária, o que não é verdadeiro, pois a sociedade era altamente hierarquizada. Portanto, resta somente a Letra D, que descreve corretamente a formação da sociedade asteca. 1. (IFMT-2014) A presença do homem na América remonta há cerca de 35 000 a.C. Na região que hoje corresponde ao México, existem 620 c) extermínio das populações indígenas pelo Exército espanhol. e) profetização das consequências da colonização da América. Anotações: O Império Asteca estendia-se por uma superfície de mais de 200 mil quilômetros e população estimada em cinco a seis milhões de habitantes. Tenochtitlán era considerada uma das maiores cidades do mundo no século XVI, porém não conseguiram evitar os ataques e a dominação espanhola, que possuía uma tecnologia de guerra superior que utilizava ferro e armas de fogo. 3. (UFC-CE) Recentemente, Alejandro Toledo foi eleito presidente do Peru. Durante a campanha eleitoral, foi chamado de Pachacútec, numa alusão ao imperador inca que consolidou um império nos Andes centrais. Sobre a sociedade inca, é correto afirmar que. a) o fato de constituir uma das mais significativas sociedades pré-colombianas tem como base a negação da cultura dos povos dominados. b) a sua economia tinha por base a agricultura, com a distribuição de terras pelo Estado e a prática do sistema de regadio. c) o que a diferenciava das demais culturas pré-colombianas era a ideia de uma sociedade igualitária. PVE17_2_HIS_C_05 HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 620 20/09/2016 18:02:39 d) o comércio interno era significativo, tendo no guano um dos produtos mais valorizados. e) a sua cultura desapareceu com o processo da dominação espanhola. Anotações: A prática do sistema de regadio na agricultura refere-se ao aproveitamento do fluxo de água dos rios, para isso era importante a construção de complexas estruturas de irrigação para a manutenção das lavouras. armaram ataques noturnos ou em terreno coberto. Por outro lado, se as epidemias de varíola já estavam dizimando as tropas de México-Tenochtitlan, também não poupavam os índios de Tlaxcala ou de Texcoco, que apoiavam os espanhóis. (Adaptado de Carmen Bernand e Serge Gruzinski. História do Novo Mundo. São Paulo: Edusp, 1997, p. 351.) a) Identifique uma estratégia utilizada por espanhóis e outra pelos indígenas durante as disputas pelo domínio do México. b) Explique por que houve acentuada queda demográfica entre as populações indígenas nas primeiras décadas após a conquista espanhola. 1. C1:H5 (UFSJ-2013) Observe as imagens: 4. C3:H13 (UFU-2016) Em 1519, a cidade do México-Tenochtitlán contava com cerca de mil habitantes, o que significa que, na época, era provavelmente a maior cidade do mundo, e que essa sociedade urbanizada com certeza dispunha de elites perfeitamente formadas para que pudesse funcionar de maneira eficaz. Compreende-se que, para administrar uma cidade de tal importância, os invasores não pudessem se abster dos saberes sofisticados, do prestígio e da influência da nobreza índia. Essa nobreza tinha uma formação notável. Antes da conquista espanhola, era formada em colégios de ensino superior, os calmecac, onde aprendia os saberes, os mitos, os rituais e as artes do mundo pré-colombiano. […] (GRUZINSKI, Serge. O renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 285-286. Adaptado.) (Disponível em: <ekso.tripod.com?hist1/3pré-col.htm>. Acesso em: 29 ago. 2012.) O conjunto arquitetônico acima demonstra a capacidade humana de criar e de desenvolver grandes civilizações. As imagens arquitetônicas são representações da cultura a) pré-colombiana. b) grega. c) romana. O texto discorre acerca das relações entre os conquistadores espanhóis e os indígenas durante o longo período de colonização da América. A respeito desse tema, faça o que se pede. a) Discuta como o impacto da presença de uma elite letrada nativa em terras americanas afetou a colonização espanhola. b) Considerando as diferenças culturais existentes entre os indígenas da América Espanhola e da América Portuguesa, caracterize as distintas estratégias usadas por colonizadores espanhóis e portugueses em relação aos nativos. 5. C2:H6 (UEMG) Observe a gravura abaixo: d) mesopotâmica. 2. C3:H11(Enem-2010) O Império Inca, que corresponde principalmente aos territórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o centro administrativo, com uma sociedade fortemente estratificada e composta por imperadores, nobres, sacerdotes, funcionários do governo, artesãos, camponeses, escravos e soldados. A religião contava com vários deuses, e a base da economia era a agricultura, principalmente o cultivo da batata e do milho. A principal característica da sociedade inca era a a) ditadura teocrática, que igualava a todos. b) existência da igualdade social e da coletivização da terra. c) estrutura social desigual compensada pela coletivização de todos os bens. d) existência de mobilidade social, o que levou à composição da elite pelo mérito. e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a existência de uma aristocracia hereditária. PVE17_2_HIS_C_05 3. C3:H15 (Unicamp-2012) Durante a conquista espanhola no México, iniciada em 1519 por Cortés, a superioridade tecnológica dos europeus era amplamente compensada pela superioridade numérica dos indígenas e muitos truques foram inventados para atrapalhar o deslocamento dos cavalos: os indígenas acostumaram-se a cavar fossas profundas nas quais espetavam paus em que as montarias eram empaladas. Mais tarde, em 1521, canoas “encouraçadas” resistiriam às armas de fogo. A tática indígena evoluiu e adaptou-se às práticas do adversário: os mexicas, contrariamente ao costume, (Códice asteca, 1521. Apud: FREIRE, Américo et al. História em curso. São Paulo: Editora do Brasil; Rio de Janeiro: FGV, 2004. p.55.) A contextualização histórica dessa gravura SÓ PERMITE AFIRMAR que a) um dos resultados da expansão marítimo-comercial européia foi o de ter colocado frente a frente povos culturalmente distintos, que se mostraram refratários a toda e qualquer miscigenação. b) os primeiros trinta anos da presença portuguesa na América caracterizaram-se pela resistência tenaz da população autóctone ao invasor europeu. c) a conquista da América pelos europeus levou ao desaparecimento quase total da população indígena, o que explica a adoção do escravo africano como mão de obra básica no processo de colonização. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 621 621 20/09/2016 18:02:41 cresceu e fomentou uma rebelião pela independência regional, a qual favoreceria os burgueses holandeses. Foram 12 anos de revoltas até o reconhecimento da independência dos holandeses. Como retaliação a estas revoltas, Felipe II havia impedido os portos espanhóis e portugueses de receberem navios holandeses e isso precipitou a invasão ao Nordeste brasileiro. 1. (Cesgranrio) A política econômica do Estado Absolutista, o Mercanti- lismo, reuniu práticas e doutrinas que, em suas diversas modalidades entre os séculos XVI e XVII, caracterizou-se por um(a): a) liberalismo econômico como forma de manutenção da aliança política do Rei com os segmentos burgueses. b) protecionismo alfandegário por meio de proibições das exportações que visava ao equilíbrio da balança comercial do Estado. 1. (UNIRIO) Assinale a opção que apresenta uma afirmativa correta sobre as origens do Absolutismo no contexto da consolidação do Estado Moderno na Europa. a) Na Áustria, a criação do Império Austro-Húngaro permitiu a formação de uma Monarquia Absoluta apoiada pelos segmentos comerciais e mercantis que controlavam as rotas comerciais orientais mediterrâneas, fonte da riqueza imperial austríaca. c) intervencionismo estatal nas atividades comerciais lucrativas que proibiu a concessão de monopólios a grupos privados. d) expansão do poderio naval como garantia das comunicações marítimas entre as metrópoles e seus impérios coloniais. e) restrição dos privilégios senhoriais relacionados à participação da nobreza no comércio ultramarino e nas companhias comerciais do Estado, tais como a Companhia das Índias Orientais e das Índias Ocidentais. b) Na Espanha, o Absolutismo consolidou-se sob o reinado de Carlos V, da dinastia dos Habsburgos, como resultado do fortalecimento econômico da Coroa decorrente da expansão colonial ultramarina. Resposta: C O controle estatal sobre a atividade econômica era uma das principais características do mercantilismo. O rei absolutista intervinha diretamente na esfera econômica por meio de sua burocracia, que controlava todo o processo. Uma das reivindicações da classe burguesa moderna, em revoluções como as ocorridas na Inglaterra (1640) e na França (1789), visava justamente ao combate do controle da Coroa sobre a economia. c) Na França, o controle dos representantes do clero sobre os Estados Gerais determinou a formação de um Absolutismo Clerical que submeteu os monarcas franceses às autoridades eclesiásticas e o papado. d) Na Inglaterra, a vitória da dinastia dos Stuarts, ao final da Revolução Gloriosa (1688-89), enfraqueceu as práticas econômicas liberais e extinguiu a nobreza dos condados do interior, permitindo a instalação do Absolutismo no reino. 2. (UFRS) Considere as seguintes afirmações a respeito do mercan- tilismo: I. Por mercantilismo entende-se um conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas pelo Estado Absolutista. II. O estímulo à expansão marítima e colonial e o estabelecimento de monopólios caracterizam as políticas mercantilistas. e) Na Prússia, a criação do Estado Absoluto remonta ao fortalecimento do luteranismo, que agrupou os diversos reinos e principados prussianos em um único Estado centralizado política e economicamente. III. Portugal, Espanha, França, Holanda e Inglaterra são países nos quais a política mercantilista alcançou grande desenvolvimento. Quais estão corretas? a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. Carlos V, da dinastia dos Habsburgo, fortaleceu a coroa espanhola através de anexações territoriais, visto que durante seu governo os espanhóis passaram a explorar as Américas: ocuparam o litoral do México, em Vera Cruz, e dominaram os astecas; conquistaram os incas do Peru. Destas conquistas, afluíram navios carregados de prata e ouro que, segundo a doutrina econômica do mercantilismo, garantiam a projeção internacional do reino espanhol. 2. (UEL) A administração colonial hispânica estava centralizada de forma a permitir o controle da Coroa sobre seus territórios americanos. O órgão máximo da política administrativa colonizadora da Monarquia Espanhola era denominado a) Casa de Contratação. d) apenas II e III. e) I, II e III. Resposta: E Todas as alternativas estão corretas porque o mercantilismo estava, sim, associado às nações absolutistas do início da modernidade (I), que, por sua vez, haviam se lançado às circum-navegações e à colonização do “Novo Mundo” (II). Os países citados no terceiro item envolveram-se, cada qual ao seu modo, na atividade mercantilista. 3. (Vunesp) A solução dada à questão dinástica portuguesa, após o desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer-Quibir (1578) repercutiu na Europa e no ultramar. Considere a fase de união das Monarquias Ibéricas (1580-1640) e relacione as consequências no Brasil. PVE17_2_HIS_C_06 Resposta: A Holanda invadiu o Brasil, pois este quando passou a estar submetido à União Ibérica, tendo o rei espanhol como governante, rompeu as relações comerciais atreladas a empresa açucareira e que eram altamente lucrativas para ambos os países. O rompimento aconteceu devido aos espanhóis e holandeses serem inimigos. A Espanha tinha como rei Felipe II, da dinastia Habsburgo, que detinha o controle do sacro-império romano germânico. Deste modo, era de posse dos Habsburgo a Áustria e todos os Países Baixos, que abrangiam os atuais países da Bélgica, da Holanda e a parte norte da França, apesar do rei respeitar as tradições e interesses locais. Com o advento do protestantismo calvinista na Holanda no século XVI, um movimento de oposição ao rei católico espanhol Anotações: b) Audiência. c) Consulado. d) “Pueblo”. e) Conselho Real e Supremo das Índias. Anotações: O Conselho Real e Supremo das Índias era o órgão controlador da colonização, centralizado na Espanha e representado na América espanhola pelos Chapetones. As Casas de Contratação eram responsáveis pelas negociações e pela arrecadação de impostos. Os Cabildos ou Câmaras Municipais, administrados pelos criollos, tinham como função a decretação de prisões, a criação de impostos e eram a principal fonte de poder colonial. 3. Explique o que foi a “Invencível armada”. Em 1588, almejando conquistar a Inglaterra, o governo espanhol organizou uma esquadra de 130 navios e 27 mil homens, denominada “Invencível armada”. Essa esquadra assegurava que os navios espanhóis carregados com riquezas das Américas, notadamente ouro e prata, chegassem até a Europa e também coibia investidas sobre territórios de posse da coroa espanhola. Dessa forma, a Invencível armada era um organismo de defesa bastante responsável pela soberania monárquica do reino da Espanha. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 625 625 20/09/2016 18:02:44 b) da transferência de parte das manufaturas metropolitanas para as colônias, onde a abundância de matérias-primas e de mão de obra barata gerava retornos financeiros elevados. Resposta: Para os incas estruturados, uma economia agrária e a monetária, os metais preciosos só tinham importância na confecção de adornos, já para os espanhóis estruturados na economia capitalista mercantilista e organizados num Estado Absolutista, a acumulação de metais preciosos representava a mais importante fonte de riqueza e poder, sobretudo do Estado. c) do metalismo, objetivando a descoberta e transferência de metais preciosos das colônias para a metrópole como forma de ampliar a riqueza nacional. d) da difusão, em várias partes das Américas, do trabalho escravo de origem africana, possibilitando a obtenção de lucros extraordinariamente elevados com o tráfico negreiro. 2. (UFG) O processo de emancipação das colônias espanholas na América, no início do século XIX, foi marcado por lutas prolongadas contra a Coroa. As independências na América do Sul espanhola foram uma decorrência da a) direção política da elite criolla, restringindo a participação popular aos campos de batalha. b) interferência da Inglaterra, apoiando o projeto político de uma confederação americana. c) abolição da escravidão, com a crescente utilização de ex-escravos nas tropas patriotas. d) participação norte-americana por meio do envio de soldados. e) aliança entre Napoleão e os Bourbons, quando a França invadiu a Espanha. Resposta: A O processo de independência das colônias espanholas não alterou significativamente a ordem social. As elites metropolitanas que controlavam a sociedade foram substituídas pelas elites locais, as quais mantiveram a população camponesa submetida às mesmas condições. 3. (PUC-Rio) A conquista e a colonização europeia na América, entre os séculos XVI e XVII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que: I. Nas áreas de colonização espanhola, explorou-se exclusivamente a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a mita e a encomenda. Anotações: A alternativa B está errada, pois esse processo de transferência de manufaturas para as colônias não ocorreu nesse momento histórico. A relação entre a metrópole e a colônia se dava através do pacto colonial, ou seja, a exploração de todas as riquezas da colônia por parte da metrópole (extração de metais preciosos da América para a Espanha, por exemplo). Além disso, pelas regras do pacto colonial, a colônia só poderia comercializar com sua metrópole, esta por sua vez vendia artigos manufaturados (tecidos, por exemplo) para a colônia. 2. (UFMG) “Quando, em 1556, os soberanos da Espanha proibiram o uso das palavras conquista e conquistadores em relação à América, elas desapareceram dos atos oficiais, mas ficaram nos fatos”. (Romano, Ruggiero. Revoluções. São Paulo. Ed. Três, 1974. v. 2. n.16.) Com respeito à colonização espanhola da América, indique: a) Dois aspectos relativos à imposição de novas estruturas políticas nas colônias. Divisão da América em vice-reinados e capitanias gerais e implantação de audiências e de Casas de Contratação. b) Duas estratégias adotadas na organização econômica das colônias. Estruturação das colônias no modelo de exploração. Expansão do catolicismo. II. Nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas áreas destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra de negros africanos e/ou de indígenas locais. III. Ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato. IV. Na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante de mão de obra de escravos africanos. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. Resposta: C A afirmativa I está incorreta por dizer que a mão de obra utilizada nas áreas de colonização espanhola era exclusivamente ameríndia, o que não é correto, pois houve a utilização de mão de obra de africanos escravizados em algumas regiões, como no Vice-Reino de Nova Granada. PVE17_2_HIS_C_07 1. (PUC Minas) O sistema colonial da Idade Moderna encontra-se inserido no contexto da acumulação primitiva de capitais facilitada pela política mercantilista através, exceto: a) do pacto colonial, que garantia para a burguesia metropolitana a exclusividade sobre o comércio de importação e exportação dos produtos originários das colônias. 1. C3:H15 (UEG) Acerca do processo de colonização da América Espa- nhola, julgue a validade das sentenças a seguir. I. A encomienda era um mecanismo de tributação sobre os indígenas elaborado pela Coroa Espanhola que se constituía na obrigatoriedade de prestação de serviços aos colonizadores. II. A evangelização das populações indígenas foi um dos mais importantes instrumentos de consolidação da dominação espanhola, mesmo em face do consequente processo de miscigenação. III. A formação de uma sociedade elitista é uma das características da colonização espanhola, observada principalmente em relação à discriminação dos indivíduos mestiços e do elemento indígena. Assinale a alternativa correta: a) As sentenças I e II são verdadeiras. b) As sentenças II e III são verdadeiras. c) As sentenças I e III são verdadeiras. d) Todas as sentenças são verdadeiras. 2. C2:H8 (Cesgranrio-2010) A América é uma mulher... pelo menos assim ela aparece nas iconografias entre o século XVI e XVIII; o ventre opulento, o longo cabelo amarrado com conchas e plumas, as pernas musculosas, nus os seios. [...] A representação assim construída pelos europeus traduzia um discurso que tentava se impor como concepção social sobre o Novo Mundo: a América, como uma bela e perigosa mulher, tinha que ser vencida e domesticada para ser melhor explorada [...].” (PRIORE, Mary Del. Imagens da terra fêmea: a América e suas mulheres. In: VAINFAS, Ronaldo (org.) A América em tempo de conquista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1992.) HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 631 631 20/09/2016 18:02:47 indígenas na parte espanhola da América, que já eram acostumados a servidão e escravização por outros povos indígenas, apenas tiveram transferidas sua tutela. 2. (Fuvest-2010) Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na América. Entre elas, a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre as colônias. 3. (UECE-2010) O processo de colonização da América Espanhola foi intenso e violento. Os espanhóis utilizaram largamente de agressividade, superioridade técnica militar, assim como de diferentes formas de exploração do trabalho indígena, sendo a encomienda a mais comum. Sobre a encomienda assinale o correto. a) Constituía-se em forma de trabalho remunerado com algumas moedas de prata, proposta pelo rei da Espanha para a população indígena. b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da agricultura de exportação. c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa. d) a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade privada. b) Era o direito de capturar indígenas, dado pelo rei aos encomienderos que, em troca, deveriam proporcionar aos nativos educação cristã. c) Constituía-se em trabalho compulsório temporário no qual o indígena trabalhava por um período e depois podia livremente deixar de prestar serviços para a coroa espanhola. d) Era um acordo firmado entre espanhóis e líderes indígenas para fornecimento de mão de obra nas minas de prata. Resposta: B A encomienda legitimava o uso de indígenas como força de trabalho, porém requeria do encomendero a obrigação de sustentar o indígena em todas suas necessidades de alimentação, habitação, saúde e instrução educacional. 1. (PUC-Rio) A conquista e a colonização europeias na América, entre os séculos XVI e XVIII, condicionaram a formação de sociedades coloniais diversas e particulares. Sobre tais sociedades podemos afirmar que: I. nas áreas de colonização espanhola, explorou-se, exclusivamente, a força de trabalho das populações ameríndias, sob a forma de relações servis, como a “mita” e a “encomienda”. II. nas áreas de colonização portuguesa, particularmente nas regiões destinadas ao fabrico do açúcar, foi empregada, em larga escala, a mão de obra escrava de negros africanos e/ou de indígenas locais. III. ao norte do litoral atlântico norte-americano, área de colonização inglesa, houve o estabelecimento de pequenas e médias propriedades, nas quais se utilizou tanto o trabalho livre quanto a servidão por contrato. IV. na região do Caribe, em áreas de colonização inglesa e francesa, assistiu-se à implantação da grande lavoura, voltada para a exportação e assentada no uso predominante da mão de obra de escravos africanos. Assinale a alternativa correta. a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. b) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, também, a dos indígenas. Anotações: As reformas de Carlos III Bourbon na Espanha e em suas colônias procuraram reorganizar as estruturas do Estado, modernizando a administração. Entre as iniciativas incluíam mudanças educacionais, novos códigos jurídicos, estímulos às manufaturas e à agricultura, e a expulsão dos jesuítas, tiveram repercussões negativas nas colônias, contrariando, entretanto, os novos princípios econômicos associados ao livre-comércio e à livre-iniciativa. As reformas bourbônicas, assim como as pombalinas, reforçaram os monopólios e protecionismos mercantilistas, agravando, ainda, os privilégios dos peninsulares (funcionários espanhóis) sobre os criollos (elites coloniais). 3. (Unicamp) Depois da conquista da América pelos espanhóis, ocorreu uma explosão populacional de gado, porcos, carneiros e cabras, os quais causaram grandes danos às plantações de milho indígenas, que não eram protegidas. As medidas tomadas pela população indígena eram, muitas vezes, ineficazes. Os conquistadores preferiam o gado. Bois e carneiros eram protegidos pela lei, pelos costumes e pelos sentimentos espanhóis. As leis que protegiam a pecuária na Península Ibérica foram exportadas para o México e permitiam que o gado pastasse em propriedade alheia. Os animais destruidores eram, afinal, propriedade dos vitoriosos; a agricultura, dos derrotados. (Adaptado de Kenneth Maxwell, “Morte e sobrevivência”. Folha de S. Paulo, 11/08/2002, Mais!, p. 8.) a) Segundo o texto, por que a agricultura indígena foi prejudicada após a conquista da América? De acordo com o texto, a agricultura indígena foi prejudicada devido à prioridade dada pelos colonizadores espanhóis às criações de gado, porcos, carneiros e cabras. O estímulo à pecuária através de leis e subsídios por parte do governo espanhol, sem levar em conta as culturas agrícolas locais, agravou os danos à economia dos indígenas. b) Indique dois outros efeitos da conquista da América sobre as populações indígenas. A conquista da América pelos espanhóis teve como principais consequências a destruição das civilizações pré-colombianas e a dizimação de parte das populações nativas pela submissão ao trabalho excessivo e exposição às doenças. Pode-se acrescentar, ainda, a marginalização dos indígenas em razão das formas de dominação econômica e política excludente implementada pelos colonos espanhóis. e) Todas as afirmativas estão corretas. Anotações: A afirmativa I está incorreta por dizer que a mão de obra utilizada nas áreas de colonização espanhola era exclusivamente ameríndia, o que não é correto, pois houve a utilização de PVE17_2_HIS_C_08 mão de obra de africanos escravizados em algumas regiões, como no vice-reino de Nova Granada. c) O que foi a “encomienda”, utilizada pela colonização espanhola na América? A “encomienda” se constituiu numa forma de exploração do trabalho, imposta pelos colonos espanhóis aos indígenas, configurada como uma relação servil de produção. Caracterizava-se por ser concessão dada pelo rei da Espanha a um colono que, em troca do direito de exploração do trabalho indígena, deveria catequizá-los na fé católica. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 637 637 20/09/2016 18:02:51 Além do trabalho forçado em lavouras, outro tipo de escravidão eram praticados como os “escravos de ganho”, que atuavam como vendedores ambulantes, barbeiros, transportadores de cargas e de pessoas, curandeiros, prostitutas, entre outras diversas ocupações, e os “escravos de aluguel”, alugados pelos proprietários a terceiros para desempenhar variadas tarefas. Nos primeiros anos da colonização portuguesa, o foco comercial português estava concentrado nas especiarias do oriente, a ocupação da América Portuguesa não foi efetiva e também não tinha intenções de povoamento e sim de exploração com caráter extrativista. 2. (Unesp-2014) Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos donatários, podemos citar a) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. Além do trabalho forçado nas lavouras, outros tipos de escravidão eram praticados, como os “escravos de ganho”, que atuavam como vendedores ambulantes; barbeiros; transportadores de cargas e de pessoas; curandeiros; prostitutas; entre outras diversas ocupações. E os “escravos de aluguel”, alugados pelos proprietários a terceiros, para desempenhar variadas tarefas. Interiorização do Brasil A pecuária, praticada no sertão nordestino, ao longo do rio São Francisco, conhecido como “rio dos currais”, foi uma importante contribuição para a interiorização do Brasil. Ela se desenvolveu a fim de atender às necessidades dos engenhos açucareiros, sendo o boi a força de tração nas moendas dos engenhos e no transporte da cana, na alimentação e no fornecimento de couro. b) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento demográfico. c) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho escravo. d) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos indígenas. e) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos. Anotações: O sistema de capitanias hereditárias foi uma tentativa de incentivar o povoamento da colônia a partir da iniciativa particular. Aos donatários eram atribuídas as funções de fundar vilas e a cobrança de impostos, e dentre os seus direitos estavam a doação de sesmarias, a busca de metais preciosos, a escravização de índios e a aplicação da justiça. 3. (UFC-CE) Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa pretendiam tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. a) Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. Destaca-se, ainda, a ação dos jesuítas junto aos indígenas, pois ao fundarem as missões no interior do território, auxiliaram na expansão da interiorização. Além disso, os padres incentivaram uma atividade, na região Amazônica, que contribuiu para a formação de novos povos, o extrativismo das drogas do sertão: cravo, cacau, guaraná, baunilha, produtos medicinais e aromáticos – as chamadas especiarias brasileiras. Além do trabalho dos jesuítas, expedições particulares surgiram a partir da capitania de São Vicente, orientadas para a captura de indígenas e para a sondagem de riquezas no interior. À essas experiências, deu-se o nome de Bandeiras, Em meados do século XVII, em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, as Bandeiras abriram caminhos pelos sertão, em busca de ouro. Expedições fluviais de abastecimento das regiões de Mato Grosso e Goiás. Navegando pelo Rio Tietê, chamadas de Monções, também, inserem-se no contexto de interiorização, bem como a contratação de bandeirantes para combater índios rebeldes e destruir quilombos, atividade conhecida como sertanismo de contrato. Anotações: b) Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. c) Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. d) Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. e) Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro Anotações: As capitanias hereditárias foram a primeira tentativa portuguesa para se chegar a um formato de administração da colônia que pudesse garantir sua ocupação e impedir a invasão de outros povos europeus. 1. (UEPB-2014) Considerando a realidade da América Portuguesa nas b) a Coroa Portuguesa proibiu o estanco do pau-brasil, já que a madeira era contrabandeada por franceses e ingleses. c) as expedições de Cristóvão Jackes, em 1516 e 1526 não tinham caráter militar, nem combateram estrangeiros. Tinham a função específica de reconhecer o território e implantar as feitorias. d) a atividade desenvolvida com autorização da Coroa Portuguesa foi a extração de pau-brasil, uma atividade nômade e predatória, que não tinha a finalidade de promover o povoamento. e) a mão de obra indígena foi pouco explorada e bastante valorizada pelos portugueses, que presenteavam os nativos com objetos de grande valor no mercado europeu. 174 1. C2:H9 (FGV-2015) A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). […] O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo. (Regina Célia Gonçalves, Fim do domínio holandês In: Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34) Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que PVE17_R1_HIS_A três primeiras décadas do século XVI, é correto afirmar: a) a expedição exploradora de Gaspar de Lemos, em 1501, implantou o sistema de Capitanias Hereditárias para garantir o desenvolvimento da cana de açúcar. HISTÓRIA A 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 174 20/09/2016 18:02:57 Cultura A cultura medieval foi limitada pelos valores religiosos do cristianismo, os quais contavam com um desenvolvimento intelectual acentuado, refletido na criação de universidades que dotavam a igreja de pesquisadores, cientistas e teólogos do mais alto gabarito. Também se desenvolveram as artes associadas ao religioso, como a pintura e a escultura, a arquitetura das catedrais, com destaque ao estilo gótico, que refletia a mística cristã para além de um templo religioso, instruía a fé cristã por meio dos vitrais e do espaço direcionado à contemplação. Guerra dos Cem Anos Este conflito se desenvolveu por disputas envolvendo a Inglaterra e a França. Os dois reinos brigavam pelo trono da Inglaterra e por possessões territoriais na França. A guerra propiciou a gradual concentração de poder nas mãos do rei, que se submetia a centralização e a sistemas legais unificados a fim de proporcionar maior estratégia no conflito. Dessa forma, iniciou-se a transição para uma sociedade fundamentada, essencialmente, em relações capitalistas, nas quais o aparelhamento administrativo-financeiro do Estado, e a adoção de políticas “mercantilistas”, capitaneou maior mobilidade social e ascensão de novas classes sociais ligadas ao comércio, ao artesanato e à agricultura mercantil. Império Bizantino Após a queda do Império Romano do Ocidente permaneceu por mais mil anos o Império Romano do Oriente, também chamado Império Bizantino, cuja capital era Constantinopla. O imperador do Oriente acreditava ser o legítimo herdeiro da cultura e tradição romana, formando uma tradição cultural com algumas particularidades, como a observada durante o governo de Justiniano que reformulou o código de leis romano, criando o Código Justiniano. Outra questão era a religião. No Império Bizantino existia o cesaropapismo, ou seja, o poder político associado a liderança religiosa, tal prática levou a um conflito com a igreja católica ocidental, ocasionando o grande Cisma do Oriente. O Império Bizantino era uma mistura de culturas: persas, gregos, romanos, egípcios, judeus e muitas outras etnias compuseram a cultura bizantina. Entre a arte, podemos destacar a produção dos mosaicos, muito famosos no período, sempre com imagens religiosas. A capital do império, Constantinopla, sempre foi almejada por outros povos, como os turcos otomanos, islâmicos, que se interessavam em tomar Constantinopla por ser um grande centro comercial. Em 1453, o grande Império Otomano, vindo do Oriente, conquistou Constantinopla e deu-se o fim do Império Bizantino. Islã Enquanto a Europa vivenciava o desmantelamento do Império Romano, no Oriente Médio surgia uma nova religião, o islamismo. Ela surgiu a partir do profeta Maomé, numa região 180 de tribos nômades, entre beduínos, que sobreviviam da circulação de produtos. Eles tinham uma religião politeísta e cultuavam meteoritos como pedras enviadas pelos deuses. Uma dessas pedras chama-se Caaba e até hoje é encontrada na cidade de Meca. Nesta cidade, nasceu Maomé, em 570 d.C., e durante toda sua infância e adolescência circulou com as caravanas por todas as regiões do Oriente Médio. Segundo os escritos do Corão, livro sagrado do islamismo, Maomé teve a revelação do anjo Gabriel (630 d.C.) lhe dizendo para cultuar apenas uma única divindade, Alá. A partir dessa experiência mística, Maomé pregou o monoteísmo, mas não foi bem aceito. Com o tempo, conquistou adeptos e organizou um exército. utilizando-se da jihad (guerra justa de combate aos infiéis em favor da implantação da fé em Alá como único Deus), Maomé e seus seguidores começaram a implantar o islamismo em várias tribos e a religião muçulmana se expandiu rapidamente dominando todo o norte da África e Oriente Médio. Por meio de califados, unificou quase toda a região em torno da religião, chegando a entrar na Europa pela Península Ibérica (atual Portugal e Espanha), em 711. A conquista das regiões sagradas aos cristãos pelos muçulmanos ocasionou conflitos com o mundo católico, que organizou diversas cruzadas. Esse espírito “cruzadístico” também é perceptível no movimento de reconquista da Península Ibérica, que durou mais de 800 anos. 1. (UFPR-2015) Considere o texto a seguir: “O surgimento das moedas liga-se [...] a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do século VII a.C. [...]: o desenvolvimento da polis [...] e da vida política [...], a complexificação crescente das trocas comerciais [...] [e] a alfabetização.” (FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. p. 50.) A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia Antiga, assinale a alternativa que relaciona corretamente a pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. a) A polis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-Estado. Nas guerras realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias gregas, o que intensificou a circulação de moedas. b) A polis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em questão, essas duas cidades-Estado rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas. c) A pólis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do Mar Negro, causando intensa circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre. d) A pólis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais. e) A pólis era um tipo de cidade-Estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, ocasionando a fun- PVE17_R1_HIS_B feitas por cristãos abastados que se arriscavam para conhecer e venerar locais santos. Como se arrastaram por um longo tempo, engendraram outros elementos, tais como: incremento do comércio; de relações entre oriente e ocidente, seja pelo comércio ou pela cultura e o deslocamento da violência da sociedade cavaleiresca. HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 180 20/09/2016 18:03:03 dação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas cidades-Estado uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento na atividade comercial grega e o uso de moedas. A formação das primeiras cidades-Estado surgiram durante o período arcaico, por volta de 800 a.C. Eram independentes, poliética e economicamente, como foi Atenas e Esparta. Anotações: Com o aumento da população por volta do século VII a.C., somado à concentração da posse de terras em algumas famílias, tornou-se necessário colonizar novas terras. Neste contexto, a circulação no Mediterrâneo cresceu, tanto de pessoas quanto de moeda, incrementando, assim, as trocas comerciais. 1. C2:H9 (UPE-2015) A Idade Média, quando se trata de dinheiro, repre- senta, na longa duração da história, uma fase de regressão. Nela, o dinheiro, é menos importante, está menos presente que no Império Romano, e, muito menos importante do que viria a ser a partir do século XVI, e especialmente do XVIII. 2. (FGV-2014) O anfiteatro era, para os romanos, parte de sua norma- lidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam os valores normais da sociedade. (LE GOFF, Jacques. A Idade Média e o dinheiro: ensaio de Antropologia histórica. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 10. Adaptado.) Sobre a temática e o período destacado no texto, assinale a alternativa correta. a) A economia medieval, em especial no período posterior ao século XIII, foi marcada por um caráter natural, com atividades baseadas em trocas de produtos. (Norberto Luiz Guarinello, A normalidade da violência em Roma In: <www2. uol.com.br/historiaviva/artigos/a_normalidade_da_violencia_em_roma.html>.) b) A Europa medieval, em decorrência do feudalismo, assistiu a um processo de desmonetarização completa da sua economia. Sobre as relações entre os cristãos e o Estado Romano, é correto afirmar que a) a violência durante a República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos povos bárbaros dentro das fronteiras romanas. c) Do século X mais ou menos até o fim do século XIV, quando o dinheiro recua, a circulação de moeda na Europa conhece um recesso para depois começar um lento retorno. d) A retração no fluxo de moedas no medievo não teve ligação direta com as crises financeiras do Império Romano tardio. b) a prática do cristianismo foi tolerada em Roma desde os primórdios dessa religião, e as ocorrências violentas podem ser consideradas exceções. c) o cristianismo sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a divinização dos imperadores. d) a ação cristã foi consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião restringiu-se aos seus principais líderes. e) a intensa violência praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período, apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana. Anotações: A alternativa correta apresenta a causa das perseguições sofridas pelos cristãos durante o Império Romano: o fato de o cristianismo negar-se a cultuar os imperadores como deuses. Além disso, os cristãos faziam parte de um grupo de pobres e escravos, o que dava um caráter subversivo à reunião dos crentes. 3. (UEPA-2015) Apesar das semelhanças quanto à língua e a religião entre os gregos das diversas polis, a Grécia do Período Clássico em diante era um mosaico de cidades autônomas em termos políticos e econômicos. A criação das cidades-Estado seguiu por caminhos diferentes em função da relação entre populações autóctones e povos estrangeiros. Particularmente, a história da fundação de Atenas e de Esparta teve clara relação com sua organização sociopolítica, pois: a) ocorreu em Atenas a partilha de poder administrativo entre jônios e demais estrangeiros, enquanto em Esparta se deu a dominação política dos dórios. b) o domínio jônico submeteu os povos autóctones na formação de Atenas, enquanto os dórios partilharam o governo de Esparta com os nativos lacedemônios. c) Atenas tornou-se centro cosmopolita do mundo antigo, dada a proeminência social dos estrangeiros, enquanto a elite dórica manteve-se predominante no governo de Esparta. PVE17_R1_HIS_B Anotações: d) a formação de Atenas esteve vinculada ao trabalho agrícola das populações camponesas, enquanto os guerreiros dóricos de Esparta constituíram uma sociedade militarizada. e) Atenas formou-se com a reunião de jônios e populações locais pré-helênicas, enquanto Esparta resultou da invasão dórica, marcada pela submissão dos habitantes autóctones. e) O grande comércio com o Oriente manterá no Ocidente certa circulação em ouro, sob a forma de moeda bizantina e muçulmana. 2. C1:H3 (Enem 2014) Texto l Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. (TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987. Adaptado.) Texto II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. (ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.) Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) prestígio social. b) acúmulo de riqueza. c) participação política. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco. 3. C3:H11 (PUCRS-2013) Durante o período monárquico (cerca de 750 a.C. a 509 a.C.), a organização social básica do mundo romano era a _________, comunidade formada por um grupo extenso de membros que se reconheciam como descendentes de um antepassado comum e onde se concentravam propriedades e fortunas. Os líderes de tais comunidades eram homens conhecidos como _________, HISTÓRIA B 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 181 181 20/09/2016 18:03:03 submetidos eram civilizações urbanas, como astecas, maias, chibchas e incas. Desse modo, os espanhóis fundaram cidades no modelo europeu sobre as estruturas próximas de cidades que as civilizações ameríndias haviam erguido. 1. (UPE-2015) O período mais longo considerado a mais antiga era da Pré-História é chamado de Paleolítico. Ele iniciou-se há pelo menos 2,5 milhões de anos, como atestam os instrumentos simples de pedra encontrados no sítio de Hadar, Etiópia, e se estendeu até 10 000 anos aproximadamente. O modo de produção de sua população hominídea pode ser descrito como o de carniceiros, caçadores, coletores e pescadores. A colonização se processou por meio dos adelantados, pessoas incumbidas de conquistar territórios. Cada um destes exploraria uma área territorial segundo o sistema de capitulações, no qual áreas territoriais eram cedidas pela coroa espanhola em troca de tributos pelas riquezas exploradas. A partir da década de 1550 a Espanha assumiu a colonização efetiva, sistematizando a exploração da colônia. A partir daí, passaram a existir audiências e vice-reinados (divisões territoriais), encarregados de funções administrativas, além de tribunais. As cidades eram administradas pelos cabildos, câmaras municipais compostas por elementos das classes dominantes. Na metrópole permaneciam órgãos semelhantes aos da colônia, como a Casa de Contratação e o Real e Supremo Conselho das Índias, que controlavam a exploração e a administração colonial. Os vice-reis e capitães-gerais eram escolhidos pelo rei e cercavam-se de órgãos que legitimavam sua autoridade político-administrativa, como os cabildos (ou ayuntamientos). Todos os cargos do alto escalão administrativo da Coroa espanhola eram dominados por um grupo específico, de indivíduos nascidos na Espanha, chamados chapetones, os quais ocupavam com exclusividade estes cargos. Depois deles, projetava-se uma elite local que detinha o controle sobre as atividades comerciais e agro-exportadoras, os criollos. A relação comercial entre a Espanha e o Novo Mundo foi estruturada a partir da criação da Casa do Comércio; e a centralização do comércio a partir da cidade de Sevilha, na Espanha. A exploração do trabalho indígena nas colônias espanholas na América se deu por meio da mita, trabalhos forçados; pela peonaje, servidão por dívidas; e pela encomienda, que consistia no trabalho e no pagamento de tributos pelos indígenas, tutelados por um responsável indicado pela coroa, que tinha como dever a promoção de uma educação cristã. PVE17_R1_HIS_C Os espanhóis se dedicaram à intensiva exploração das minas na América espanhola, atividade que gerou desvalorização dos metais e aumento considerável nos preços das mercadorias, causando o fenômeno conhecido como Revolução dos Preços. A Espanha também obrigou-se a reduzir a circulação de metais preciosos como moeda por um tempo. Ao longo do século XVIII, a dinastia de Habsburgo foi sucedida pela dinastia francesa de Bourbon, no trono espanhol e ocorreram as reformas burbônicas. Essas estabeleceram uma nova gerência do patrimônio da coroa espanhola nas Américas: a fiscalização e a tributação das atividades na colônia passou a ser feita por um corpo de profissionais indicados pela coroa. Foram nomeados peninsulares (espanhóis) para os cargos mais altos e funções mais importantes dos aparatos administrativo e jurídico da colônia, antes ocupados pela elite criolla. Dessa forma, os criollos perderam o direito de tributação na colônia e, assim, afastavam-se parcialmente do círculo de enriquecimento e dos espaços centrais da administração e da justiça. O impacto disso entre os criollos foi a popularização de que as reformas burbônicas seriam uma tentativa de recolonização do rei Carlos III (1759-1788). Isso precipitou a organização de uma resistência criolla que acabou promovendo as guerras de independência coloniais. (GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História: uma abordagem ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1999. p. 35. Adaptado.) Sobre o período descrito no texto, assinale a alternativa correta. a) Não havia a domesticação de plantas ou animais, com exceção dos cães e, talvez, cavalos, que surgiram só mais para o fim do período. b) Os grupos humanos se organizavam socialmente em tribos, dado o recente processo de sedentarização. c) A economia não se limitava às atividades predatórias, considerando uma larga experiência com a agricultura. d) O Homo sapiens sapiens não pertence a esse período, tendo surgido só no Neolítico. e) Os instrumentos de pedra confeccionados pelos hominídeos desse período já passavam por um processo manual de polimento. Anotações: No período citado, não havia uma organização em sociedades, havia pequenos grupos de caçadores e coletores. A organização e a sedentarização do homem só ocorreu no chamado Período Neolitico, com o domínio da agricultura, com a domesticação de animais e, com isso, o aumento dos grupos humanos. 2. (PUC-Rio-2014) O volume de entradas de escravos africanos no Novo Mundo, entre 1701 e 1810, para serem utilizados como trabalhadores nas plantações e minas das colônias foi muito grande. Nesse período, estima-se que cerca de 31% do volume de entradas destinaram-se ao Brasil; 23% ao Caribe francês (especialmente a Ilha de São Domingos); 22% ao Caribe britânico (sobretudo Jamaica e Barbados); 9% à América espanhola e 6% à América do Norte. Mas, no final do século XVIII e no início do XIX, alterações significativas foram observadas nessas regiões receptoras, em função das insurreições nas colônias e dos demais desdobramentos da Revolução na França que amplificaram a luta abolicionista em todas essas sociedades. a) Cite quais regiões acima se caracterizaram pela economia das plantações e quais se viram marcadas pela mineração no período tratado. a) Plantações: Brasil, Haiti e Santo Domingos, Jamaica e Barbados, América espanhola (Cuba, Porto Rico, Peru, Colômbia, Venezuela), América do Norte (Sul) Mineração: Brasil, América espanhola (Peru; Colômbia) b) No Haiti, uma sangrenta insurreição de escravos mesclou-se à luta pela independência. Cite duas consequências (uma interna e outra externa) desses acontecimentos. b) Consequências internas: a abolição, a independência, a fuga dos senhores de escravos para outras partes do Caribe (Cuba e Porto Rico) ou do continente (EUA/ Louisiana), permanentes guerras civis e desorganização da economia açucareira. Consequências externas: progressivo fim do tráfico em outros estados-nação, declínio drástico da exportação do açúcar haitiano para o mercado mundial, temor nas demais áreas escravistas da América do “fantasma do Haiti”- novas insurreições de escravos bem-sucedidas. HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 187 187 20/09/2016 18:03:07 3. (Fatec) O primeiro exército organizado do mundo, com recrutamento obrigatório e que se tornou uma força permanente após o reinado de Tiglatfalasar III (745-728 a.C.), foi uma criação dos: a) egípcios d) sumérios b) caldeus e) acádios c) assírios Anotações: Os assírios construíram seu império na Antiguidade baseados principalmente na expansão militar e na forma violenta e cruel pela qual tratavam seus inimigos. d) descreve um modo de vida camponês em uma civilização que possui estado forte e centralizado. 3. C3:H11 (Fuvest-2015) Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização Ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII, a) a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada. b) a liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola, e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi. c) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola esteve mais generalizada na América portuguesa. mentou o início de uma expansão marítima, que é um marco no início da europeização do mundo. Entre os motivos que levaram os portugueses a buscarem a Expansão Marítima, podemos apontar a) a queda de Constantinopla para o Império Turco-otomano, em 1453, levando os países católicos a buscarem um novo caminho que os conduzissem à Terra Santa. b) o crescimento da circulação monetária e a consequente estabilização dos preços, na época, permitindo o acúmulo de que passou a ser investido nas empreitadas marítimas. c) o fortalecimento do poder dos monarcas europeus, que passaram a governar em caráter absolutista e centralizaram todas as decisões do Estado em suas mãos. d) a consolidação do sistema de manufaturas controladas pelas grandes corporações de ofício, que passaram a financiar a Expansão Marítima em busca de novos mercados consumidores. e) a necessidade da expansão comercial, que aumentaria os poderes do rei, manteria os privilégios da nobreza e elevaria os lucros da burguesia, pois o controle comercial do Mediterrâneo pertencia aos italianos. 2. C1:H4 (UERN-2012) “Os camponeses (também chamados de felás) executavam inúmeros trabalhos necessários à agricultura e à criação de animais. Os principais produtos cultivados eram o trigo (para fazer o pão), a cevada (para fazer cerveja) e o linho (para fazer tecido). Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva (para fazer o vinho) e frutas variadas. Criavam animais como bois, asnos, carneiros, cabras, porcos e, posteriormente, cavalos. Para a maioria da população, a carne era um alimento de luxo – os mais pobres só a consumiam em ocasiões especiais. As atividades agropastoris eram complementadas pela pesca (no Nilo, nos pântanos e nos canais) e, também, pela caça. Os camponeses viviam em aldeias e eram obrigados a entregar parte da colheita e do rebanho, como forma de tributo, aos moradores do palácio do faraó e aos sacerdotes dos templos. Nos períodos em que diminuíam os trabalhos no campo (época das cheias), eram, muitas vezes, convocados a trabalhar compulsoriamente em obras como, por exemplo, construção de palácios, templos, pirâmides etc.” (COTRIM, Gilberto. História global – Brasil e geral. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 51.) O Egito foi uma das primeiras civilizações que existiu, tendo sido responsável pelo desenvolvimento de várias técnicas, como nas áreas da medicina e da arquitetura, entre outras. A citação se refere ao modo de vida do camponês egípcio. A partir dela, pode-se afirmar que a) a vida do camponês egípcio demonstra que viviam em uma sociedade nômade. b) o Egito foi uma civilização sem, necessariamente, uma hierarquia social. c) a sociedade egípcia era extremamente desenvolvida, devido, principalmente, à produção de tecidos que eram amplamente comercializados. 188 d) não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena. e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil. 1. (ESPM-2015) Na América espanhola os cabildos ou ayuntamientos eram: a) tribunais judiciários que atuavam como ouvidorias, sendo seus membros nomeados pelo rei; b) formas de servidão indígena para o trabalho agrícola em vastas extensões de terra; c) formas de trabalho compulsório das comunidades indígenas na economia mineradora; d) as câmaras municipais formadas por elementos de projeção social responsáveis pela administração local; e) governadores, nomeados pelo rei, encarregados de representar o poder central nas colônias. 2. (UFES) Acerca das “Altas Culturas” pré-colombianas, não é correto afirmar que: a) os maias e os astecas situavam-se na região denominada Meso-América (México e América Central), ao passo que os incas ocupavam a Zona Andina; b) a economia era basicamente agrária, com destaque para a produção do milho, e se utilizavam técnicas de irrigação, a exemplo dos chinampas astecas e dos canais incas; c) a utilização da escrita pelos governantes representou um notável impulso à centralização do poder, como comprovam as listas reais incaicas, grafadas no dialeto andino “quipu”, e os tratados políticos maias e astecas; d) a estrutura social era do tipo classista, com a existência de uma elite composta por militares, sacerdotes e altos funcionários, que tributava as comunidades aldeãs, sob a forma de trabalho compulsório ou de produtos; e) a política e a religião se encontravam intimamente unidas, razão pela qual a monarquia se revestia de um caráter sagrado, a exemplo da eleição do Tlatoani asteca, realizada sob inspiração divina, e do título de Filho do Sol, atribuído ao soberano inca. 3. (UFG-2013) Leia o documento a seguir. A admiração que os cavalos causaram aos índios logo que os viram excede a todo encarecimento: porque, quase em todas as províncias da América, tomaram o cavalo e o cavaleiro como uma só pessoa. Em suma, não houve coisa de quantas da Europa se trouxeram que mais os admirasse e assombrasse. Ficavam como fora de si de estupor vendo um espanhol a cavalo com um peitoral de guizos. (BERNABÉ, Cobo. In: AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. No Tempo das Caravelas. Goiânia: Cegraf/UFG; São Paulo: Contexto, 1992. p. 129. Adaptado.) PVE17_R1_HIS_C 1. C2:H8 (Mackenzie-2015) Durante o século XV, a Europa experi- HISTÓRIA C 52210_MIOLO_PVE17_1_HIS_LP.indb 188 20/09/2016 18:03:08