TÍTULO: SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA

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TÍTULO: SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA: ESTUDO DE CASO
CATEGORIA: EM ANDAMENTO
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE
SUBÁREA: FISIOTERAPIA
INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE JAGUARIÚNA
AUTOR(ES): KARIN JACKEL, FRANCIELY THAYANA ROZIN, LAURA ZITO CHIERICI
ORIENTADOR(ES): ERICA PASSOS BACIUK
1. RESUMO
A Síndrome do aprisionamento da Artéria poplítea (SAAP) é caracterizada
pela compressão extrínseca da artéria poplítea apresentando-se na forma anatômica
(congênita) e funcional (adquirida). Este estudo de caso tem como objetivo verificar
os resultados da intervenção fisioterapêutica sobre os principais sintomas da SAAP
congênita, assim como sua percepção sobre a Qualidade de vida.
Palavras Chave: doença vascular periférica, artéria poplítea, fisioterapia.
2. INTRODUÇÃO
A Síndrome do Aprisionamento da Artéria poplítea (SAAP) é caracterizada
pela compressão extrínseca da artéria poplítea apresentando-se na forma anatômica
(congênita) e funcional (adquirida) (BETTEGA et al, 2011). O diagnóstico, em ambos
os tipos, é confirmado pela detecção de oclusão ou estenose significativa da artéria
poplítea às manobras de dorsiflexão e hiperextensão ativa dos pés, utilizando-se
mapeamento dúplex, ressonância magnética ou arteriografia (ALMEIDA et al, 2003).
A claudicação intermitente (CI) é a principal característica de um portador de
SAAP, sendo caracterizada por dor muscular no membro inferior, desencadeada
pela atividade física e aliviada com o repouso (ALMEIDA et al, 2003).
Em decorrência de suas consequências a curto e longo prazo, a SAAP deve
ser tratada cirurgicamente independente de seu estágio, liberando a artéria
comprimida (ARAUJO et al, 2002).
Apesar de sua importância, são poucos os trabalhos relacionados à SAAP,
principalmente no que se refere à reabilitação durante o pós-operatório destes
pacientes.
3. OBJETIVOS
Verificar a percepção sobre sua qualidade de vida nos aspectos físico, social
e psicológico de uma paciente portadora de SAAP, antes e após a intervenção
fisioterapeutica;
Verificar e comparar a resposta sobre a capacidade física, edema, trofismo e
força muscular, equilíbrio, amplitude de movimento, condicionamento cardiovascular
e grau de claudicação, antes e após a intervenção fisioterapeutica;
4. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso, descritivo, com base de análise quantitativa
contando com a participação de uma voluntária do sexo feminino, 30 anos, branca,
diagnosticada com SAAP bilateral na forma congênita, do tipo V, mantendo
acompanhamento médico regular há sete anos, sendo selecionada através de seu
registro de fisioterapia realizado na Interclínicas.
A pesquisa está sendo desenvolvida nas dependências do Ambulatório de
fisioterapia da Faculdade de Jaguariúna. O referido projeto foi submetido à
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Jaguariúna.
5. DESENVOLVIMENTO
Após a concordância na participação, a voluntária respondeu ao questionário
de qualidade de vida WHOQOL-bref (FLECK et.al., 2000) e foi submetida à
avaliação físico-funcional inicial, composta por avaliação da força muscular,
cirtometria, perimetria e amplitudes de movimento dos membros inferiores. Após 15
minutos de repouso foram verificados sinais vitais de frequência cardíaca (FC) e
pressão arterial (PA). Na sequência foi aplicada ergometria submáxima, utilizando o
Protocolo de Bruce modificado, verificando nível de percepção do esforço (BORG,
1982) e o grau de claudicação (SILVA e NAHAS, 2002).
As sessões de fisioterapia são compostas por protocolo de exercício
intervalado, realizado em esteira, inicialmente com 70% da carga máxima atingida
no teste de esforço e aumento gradativo, totalizando seis estágios de esforço.
Alongamento
passivo
de
flexores,
extensores
de
quadril
e
dorsiflexores.
Fortalecimento para membros inferiores, totalizando 25 minutos. São verificados os
sinais vitais, no início, durante e no final de cada sessão. As avaliações e as
sessões de fisioterapia são acompanhadas por profissional especializado. Na última
sessão será realizada a reavaliação da voluntária.
6. RESULTADOS PRELIMINARES
A percepção inicial da voluntária sobre sua qualidade de vida no aspecto
físico foi de 39 pontos, social, 46 pontos, e psicológico, 56 pontos, expressando
valores médios no aspecto psicológico e insatisfação nos aspectos físico e social,
tendo em vista que a escala de pontos varia de 0 a 100.
Nas figuras 1 e 2 são apresentados os comportamentos da FC e PA, sistólica
e diastólica ao longo das sessões de fisioterapia. Observa-se o início de adaptação
funcional da FC, tanto inicial como máxima a partir da 12ª sessão. Não houveram
variações significativas até o momento na PA.
200
150
Fci
100
Fcmax
50
Fcrec
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Figura 1: comportamento da FC inicial, máxima e de recuperação em cada sessão de fisioterapia.
150
PASi
PADi
100
PAS max
50
PADmax
PASrec
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
PADrec
Figura 2: comportamento da PA, sistólica e diastólica, inicial, máxima e de recuperação em cada
sessão de fisioterapia.
7. FONTES CONSULTADAS
ALMEIDA, M. J; YOSHIDA, W.B; MELO, N.R. Síndrome do aprisionamento da
artéria poplítea. Artigo de revisão. J. Vasc. Bras., v.2, n.3, p.211-219, 2003.
ARAUJO, J.D; et.al. Aprisionamento de vasos poplíteos: diagnóstico e tratamento e
o conceito de aprisionamento funcional. J.Vasc. Bras, v.1, n.1, p.22-31, 2002.
BETTEGA M; et.al. Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea: relato de caso.
J Vasc.Bras.v.10, n.4, p.325-329, 2011.
BORG, A.V.G, Psychophysical bases of perfeived exertion. Medicine and science
in sports and exercise. v.14, n. 5, p. 377-381,1982.
FLECK, M. P.A ; et.al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado
de avaliação de qualidade de vida "WHOQOL/breve". Rev. Saúde Pública, v. 34, n.
2, p.178-183, 2000.
SILVA, D.K; NAHAS, M.V. Prescrição de exercícios físicos para pessoas com
doença vascular periférica. Rev. Bras. Cien e Mov. Brasília, v.10, n.1, p.55-61,
janeiro, 2002.
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