Visão geral do linux. Característica que diferenciam

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Prof.: ADEMIR JUSTINO
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Visão Geral do LINUX
O Linux possui várias características que diferenciam dos outros sistemas operacionais e que o
aproximam do Unix, sendo um dos motivos da sua escolha em várias aplicações nas quais são
necessárias estabilidade e segurança.
Kernel
É o núcleo do sistema operacional, a parte mais próxima do nível físico (hardware), composta
de chamadas ao sistema, de acesso aos dispositivos de entrada e saída e de gerência dos
recursos da máquina.
Shell
Shell é o nome genérico de uma classe de programas que funcionam como interpretador de
comandos e linguagem de programação script (interpretada) no Unix. Os Shell mais populares
são bash, csh, tcsh, ksh e zsh.
O Shell é a interface entre o usuário e o Kernel. O usuário pode escolher qual dos Shells vai
utilizar. O Shell padrão do Linux é o bash. Veja figura 1.1.
Shell
Kernel
Hardware
Fig. 1.1
Ambiente gráfico no Linux
Os sistemas Unix mais antigos são baseados somente em caracteres, mas hoje praticamente
qualquer sistema Unix, incluindo o Linux, dispõe do X Window System (Sistema de janelas X),
cuja versão Atual é a X11R6.4. O X Window System define um ambiente gráfico básico do tipo
cliente-servidor.
Gerenciadores de Janelas
Um gerenciador de janelas consiste em um software, rodando sob o X Window System, que é
responsável pelas funções de ajuste de tamanho de uma janela, minimização, maximização
etc. Existem vários gerenciadores de janelas para o Unix, como KDE, GNOME, XFCE, Window
Maker, AfterStep e outros. A utilização do ambiente gráfico aumenta a produtividade do
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usuário, permitindo acesso e visualização de várias aplicações simultaneamente de uma forma
amigável.
Sistema de arquivos do LINUX
O Linux organiza suas informações em arquivos. Esses arquivos podem conter textos,
informações de programação, scripts de Shell ou qualquer outro tipo de informação.
No MS-DOS, os dispositivos de armazenamento como drives, HDs e CD-ROM são
representados por letras, por exemplo: A:, B:, C:, D:. No Linux, eles são representados por
diretórios cuja posição na hierarquia de diretórios é definida no momento de montagem, por
exemplo: /mnt/floppy, /mnt/CD-ROM.
No MS-DOS, os nomes de arquivos estão no formato chamado 8.3, por exemplo: arquivo.txt.
No Linux, podemos utilizar nomes de arquivos com até 255 caracteres e mais de um ponto, por
exemplo: arquivo.src.tar.gz.
O Linux, como qualquer sistema operacional Unix, diferencia letras maiúscula, minúsculas,
portanto, relatório, RELATÓRIO, Relatório são arquivos diferentes.
Não há extensões compulsórias como .COM e .EXE para programas, .BAT para arquivos de
lote, .BAK para backup ou outras. Arquivos executáveis são marcados com um caractere “*”
no final, arquivos de backup são marcados com “~” no final, arquivos de diretórios são
marcados com “/” no final, arquivos do tipo link simbólico (esse tipo não existe no MS-DOS)
são marcados com “@” no final, arquivos do tipo socket (esse tipo não existe no MS-DOS) são
marcados com “=” no final, arquivos do tipo pipe (esse tipo não existe no MS-DOS) são
marcados com “|” no final e arquivos/diretórios ocultos começam com “.”.
Tipos de arquivos do LINUX
No Linux, um arquivo pode se subdividir em um dos seguintes tipos:
Arquivos comuns
Arquivos de texto ASCII;
Arquivos de dados não ASCII;
Arquivos de texto de comando, também conhecidos como Shell scripts;
Arquivos binários executáveis, criados quando programas são compilados.
Diretórios
Os diretórios são arquivos que contêm os nomes de arquivos que estão armazenados ou
organizados como um grupo. O agrupamento é arbitrário; você pode escolher a combinação
desejada.
Links
Um link é um arquivo que faz uma referência a outro arquivo ou diretório dentro do sistema
de arquivos. Isso permite a um arquivo ou diretório estar em dois ou mais lugares ao mesmo
tempo, na sua localização original e no lugar referenciado pelo arquivo de link.
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Os arquivos de links podem ser de dois tipos: diretos (hard links) ou simbólicos (soft links). Os
links diretos criam novos nomes para um arquivo, associando dois ou mais nomes de arquivo a
um mesmo inode, e não podem ser visualizados. Os links simbólicos são arquivos que fazem
referência ao arquivo original, contendo o caminho completo da árvore de diretórios até este
e podem ser visualizados com o comando ls –F ou ls –l. Ambos os tipos de links são criados
pelo comando ln.
Device File (arquivos de dispositivos)
São arquivos utilizados para representar dispositivos de hardware do computador. No Unix e
no Linux tudo é um arquivo, um HD, um CD-ROM ou qualquer drive, até mesmo o Kernel do
Sistema Operacional em si, por exemplo: /dev/hda, /dev/hdc, /dev/fd0, /dev/lp1.
Sockets
São arquivos utilizados para comunicação entre processos, até mesmo para processos rodando
em diferentes máquinas conectadas a uma rede de computadores.
Pipes
São arquivos também utilizados para a intercomunicação entre processos e residem também
sob o diretório /dev.
Mapeamento de arquivos para discos
Existem vários sistemas de arquivos Unix (Minix, ext2, ext3, JFS, XFS, ReiserFS, UFS, FFS, entre
outros). O ext2 (sistema de arquivos estendido 2) é um sistema de arquivos padrão utilizado
pelo Linux. O Linux é capaz de utilizar vários sistemas de arquivos além do EXT2, EXT3 (ext2
melhorado com recuperação rápida de dados em caso de perda de energia-journalling), MSDOS, VFAT, NTFS e o ISO9660 (para CD-ROM).
Bloco de
BOOT
Superbloco
Tabela de INODES
Blocos de dados
Fig. 1.2
O bloco 0 é o bloco que contém o boot do sistema operacional;
O SuperBloco, contém informações sobre o sistema de arquivos, a eventual destruição do
superbloco torna ilegível todos os arquivos do sistema;
Tabela do INODES, são os elementos essenciais do sistema de arquivos do Linux. Quando você
cria um arquivo, um inode é alocado para ele. Cada inode tem 64 bytes e contém as seguintes
informações sobre um arquivo:
UID (identificação do usuário dono do arquivo) e GID (identificação do grupo dono do
arquivo);
Tipo do arquivo (arquivo comum, diretório, link, dispositivo etc., ou 0, se o inode não
estiver sendo utilizado);
As permissões do arquivo;
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Data e hora da criação, acesso e última modificação do arquivo;
Data e hora da modificação do inode;
Número de links para o arquivo;
Tamanho do arquivo;
Localização dos blocos onde está armazenado o arquivo.
Bloco de dados, todos os arquivos e diretórios são armazenados aqui.
Estrutura de diretórios no LINUX
Porque estudar primeiro a organização dos arquivos? Conhecendo os arquivos, fica mais fácil
entender o que as aplicações e ferramentas devem fazer e o que já existe à disposição destes
programas.
Os diretórios mais importantes do LINUX:
/
/boot
/proc
/dev
/tmp
/etc
/etc/X11
/etc/rc.d
/lib
/lib/modules
/mnt
/mnt/floppy
/mnt/cdrom
/opt
/root
/home
/home/maria
/bin
/sbin
O diretório Raiz;
Kernel do Sistema;
Sistema de arquivos virtual de informações do Kernel e processos;
Arquivos de dispositivos de hardware;
Arquivos temporários;
Arquivos de configuração do sistema;
Configuração do X window System;
Scripts de inicialização do sistema;
Bibliotecas compartilhadas essenciais e módulos do Kernel;
Módulos do Kernel;
Ponto de montagem temporária de sistemas de arquvos;
Ponto de montagem do disquete;
Ponto de montagem do CD-ROM;
Pacotes de software opcionais;
Diretório do superusuário root
Diretório dos usuários
Diretório do usuário maria;
Comandos essenciais do sistema;
Comandos essenciais de administração do sistema;
/usr
/usr/bin
/usr/sbin
/usr/games
/usr/include
/usr/lib
/usr/src
/usr/X11R6
/usr/X11R6/bin
/usr/X11R6/lib
/usr/X11R6/include
/usr/local
/usr/local/bin
/usr/local/sbin
Hierarquia secundária;
Comando não essenciais do sistema;
Comandos não essenciais de administração do sistema;
Jogos e programas educacionais;
Arquivos de cabeçalho incluídos por programas C;
Bibliotecas compartilhadas;
Código-Fonte;
X Window versão 11 lançamento 6;
Programas do X Window;
Bibliotecas compartilhadas do X Window;
Arquivos de cabeçalho incluídos por programas C;
Hierarquia local;
Comando locais do sistema;
Comandos locais de administração do sistema;
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/usr/local/games
/usr/local/lib
/usr/local/share
/usr/local/src
/usr/share
/usr/share/terminfo
/usr/share/zoneinfo
/usr/share/dict
/usr/share/doc
/usr/share/games
/usr/share/info
/usr/share/locale
/usr/share/man
/usr/share/nls
/usr/share/misc
Jogos locais;
Bibliotecas locais;
Hierarquia local independente da arquitetura;
Código-Fonte local;
Dados independentes da arquitetura;
Diretórios do banco de dados terminfo;
Informação de fuso horário;
Listas de palavras;
Documentação do sistema;
Dados estáticos para /usr/games;
Diretório de informação primária do sistema GNU;
Informação regional;
Manuais on-line;
Suporte de linguagem nativa;
Dados independentes da arquitetura de hardware;
/var
/var/cache
/var/games
/var/lock
/var/log
/var/run
/var/tmp
/var/yp
/var/spool
/var/spool/cron
/var/spool/at
/var/spool/lpd
Dados variáveis;
Cache de dados das aplicações;
Dados variáveis dos jogos;
Arquivos de travamento (lock);
Arquivos de log;
Dados variáveis run-time;
Arquivos temporários;
NIS;
Dados de spool das aplicações;
Spool do cron;
Spool do at;
Spool das filas de impressão.
“Fim “
Digitação: ADEMIR JUSTINO
Fonte de Pesquisa:
LINUX “Guia do Administrador do Sistema”
Autor: Rubem E. Ferreira
Editora: NOVATEC
Goiana-PE 25/01/2009
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