Relato sobre os Compositores do Renascimento Hallyson

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Relato sobre os Compositores do Renascimento
Hallyson Chrystiano Paschoaino de Oliveira
Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525 - 1594)
O Renascimento, assim como todos os períodos musicais, possuiu grandes
compositores, sendo eles famosos ou anônimos também. Mas certamente o de mais
notável importância tenha sido Palestrina.
Palestrina é reconhecido pela quantidade de obras realizadas em seu
período, sendo elas mais de 100 missas e 90 madrigais sabendo que isso se deve a
sua confortável situação financeira proporcionada por seu casamento com uma
viúva rica chamada Virginia Dormoli.
O tradicionalismo no caráter criativo do compositor foi uma de suas marcas
destacando a sua estreita relação com a contra-reforma, afirmação perceptível
quando relacionada à sua música, esta que foi considerada “ímpar” no respectivo
período devido ao seu aspecto sóbrio.
Esta é uma justificada razão ao valor de Palestrina, visto que apesar desta
convencional sensatez musical o compositor conseguiu se firmar como modelador
da polifonia renascentista, ou seja, as suas polifonias caracterizam a escola
renascentista, dado o seu perfil suave e sublime.
(http://www.lastfm.com.br/music/Giovanni+Pierluigi+da+Palestrina)
A mais famosa das obras de Palestrina é a missa “Missa do papa Marcelo”,
uma peça a 6 vozes. (GONÇALVES, 2008. p. 85)
Palestrina ocupou um cargo na igreja de São Pedro onde trabalhou e
produziu até a sua morte em 1594.
Reconhece-se o compositor como o mais destacado representante da
escola romana e um dos gênios da música universal. (GONÇALVES, 2008. p. 85)
John Dowland (1563 – 1626)
Dowland foi um importante alaudista e cantor inglês sendo considerado o
mais famoso de seu tempo.
Foi um artista de caráter muito sóbrio e consciente considerando que era
católico, mas escrevia também para ritos anglicanos. (MANN, 1987. p. 62)
Ao lado das publicações de suas canções e peças para alaúde, esta
versatilidade
do
compositor
certamente
contribuiu
também
para
o
seu
reconhecimento internacional tendo trabalhado em países como França, Itália,
Alemanha e Dinamarca.
Estima-se que o compositor tenha escrito mais de 70 peças para alaúde
solo, peças estas que se caracterizam pela complexidade de suas polifonias, talvez
a mais famosa seja “Semper Dowland semper dolens”, reconhecida principalmente
pela sua característica melancólica representando a índole do compositor.
Esta personalidade musical é percebida tanta em suas canções como nas
músicas instrumentais. John Dowland se descrevia como “o inglês infeliz”.
(http://www.lastfm.com.br/music/John+Dowland/+images/28097567)
John
Dowland
é
reconhecido
ainda
como
precursor
da
melodia
acompanhada devido à popularização de seus ayres.
Os ayres eram composições para vozes solistas acompanhadas por alaúdes
ou por outros instrumentos como a viola. Durante a execução todos os participantes
ficavam ao redor de uma mesa lendo apenas um exemplar comum, ou seja,
compartilhando a composição. (BENNETT, 1986. p. 28)
Um de seus ayres mais conhecidos é a peça “Flow my Tears” (Rolam
minhas lágrimas).
Claudio Monteverdi (1567 – 1643)
Monteverdi foi um compositor cuja analise de sua obra traz a tona uma
problemática relacionada às questões estilísticas e idiomáticas quando associadas a
classificações de compositores como pertencentes a um ou outro período musical.
Isto se deve ao fato de que existem compositores que simbolizam tamanho
dinamismo que suas obras parecem ser atemporais, pois não se enquadram de
maneira integral em nenhuma de duas determinadas escolas, ou sob outro ponto de
vista, se enquadram nas duas.
De outra forma, quer se concluir que há artistas capazes de estabelecer elos
entre duas escolas, estilos, vertentes, etc. Certamente Monteverdi se insere neste
aspecto.
http://musicantiga.com.sapo.pt/Musicantiga-Monteverdi.htm
Este valor se verifica através da afirmação de que Monteverdi não foi o
criador da Ópera, mas certamente um modelador e um grande reformista deste
complexo estilo de formação musical.
Compositores anteriores como Caccini e Peri, pioneiros da Camerata
Fiorentina tratavam a ópera como uma questão literária, onde o único interesse era
dizer as palavras do modo mais claro possível por um recitativo acompanhado por
poucos alaúdes fazendo toda a execução da obra.
Foi então que Monteverdi somou a estas características, uma orquestra de
40 instrumentistas utilizando esta nova sonoridade a favor de uma produção que
valorizasse a polifonia renascentista, mas que também elencasse outros elementos
musicais. Esta foi a principal inovação de Monteverdi.
Sua obra de maior conhecimento é a ópera “Orfeu”, considerada como a
primeira do gênero é muito encenada até os dias atuais e foi montada em abril de
2006 pelo grupo “Coral Paulistano”. (VIVAOCENTRO, 2006)
Referências:
BENNETT, Roy. Uma Breve História da Música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1986.
GONÇALVES, N. S. Enciclopédia do estudante: música: compositores, gêneros e
instrumentos do erudito ao popular. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2008.
LAST, FM. Palestrina. Disponível em:
<http://www.lastfm.com.br/music/Giovanni+Pierluigi+da+Palestrina> Acesso em: 15 mar.
2010.
LAST, FM. Dowland. Disponível em:
<http://www.lastfm.com.br/music/John+Dowland/+images/28097567> Acesso em: 15 mar.
2010.
MANN, William. James Galway´s Music in the Time. São Paulo: Martins Fontes Ed., 1987.
RÁDIO Música Antiga. Disponível em: <http://musicantiga.com.sapo.pt/MusicantigaMonteverdi.htm> Acesso em: 15 mar. 2010.
SADIE, Stanley. Dicionário Grove de música: edição concisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 1994.
VIVA, o Centro. Disponível em:
<http://www.vivaocentro.org.br/noticias/arquivo/260406_a_infonline.htm> Acesso em: 18
mar. 2010.
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