Baixe aqui o Caderno de Ideias - Festival Internacional de Cinema

Propaganda
PERDIDOS
NA GALÁXIA
Perdidos na Galáxia é um excelente ponto de partida para
uma viagem ao infinito através da Ciência e da Astronomia.
A viagem de Egon pela galáxia é, além de uma maravilhosa
animação, uma formidável oportunidade para que nossos
alunos satisfaçam sua curiosidade a respeito do cosmos e de
tudo o que existe no universo.
Conhecer o que existe além dos limites de nosso planeta,
é um interesse comum a todos nós, principalmente
na infância. As enormes distâncias e dimensões,
o desconhecido mundo dos outros mundos nos
surpreende e fascina. Por isso, a enorme
quantidade de jogos e filmes a respeito do tema
parece nunca satisfazer nosso desejo de saber
mais. Mas neste caso, a realidade é muito
mais interessante que a fantasia.
Além disso, poucos filmes oferecem
tantas oportunidades de aproveitamento
pedagógico quanto Perdidos na Galáxia.
O tema equilibrio ambiental permeia toda
a história, trazendo inúmeras chances
de reflexão e realização de projetos
interdisciplinares.
Mas é como obra cinematográfica que o
filme fica ainda mais interessante. Ele é capaz
de estimular, intrigar, desafiar e solicitar uma
explicação racional para o que é mostrado na
tela.
Afinal, os personagens são de outro planeta? A
viagem realmente aconteceu? Só vendo para saber
ou discutindo muito para ter certeza.
A N T ES
DE
AS
TIR
S
I
S
CURIOSIDADES
1
2
Este filme agrada muito aos fãs de astronomia porque
traz imagens lindas do universo sideral, da via láctea e
dos planetas do sistema solar.
Perdidos na Galáxia é um dos primeiros filmes que
vem da Hungria, país conhecido por ter excelentes
trabalhos em animação. No entanto, poucas pessoas
têm a oportunidade de ver um filme húngaro, porque
pouquíssimas produções chegam de lá.
3
O filme é uma animação em 3 D e levou 6 anos para
ser concluído.
4
É o primeiro filme da Hungria feito inteiramente no
computador.
5
6
A trilha sonora é muito bonita e a música tocada no
violão se parece bastante com algumas composições
que ouvimos aqui no Brasil.
O filme é inteiramente sem diálogos, mas conseguimos
perceber claramente o que está acontecendo pelas
cenas mostradas e pelos sons que os personagens
emitem.
A HISTÓRIA
O QUE DEVE SER OBSERVADO
O astronauta amador Egon e seu parceiro Dönci, um gato
gordo e xereta, vivem juntos num planeta distante do Sistema
Solar. Certo dia, um objeto não identificado cai perto de sua
casa e, dentro dele, um luminoso disco traz imagens da Terra.
Curiosos sobre a nova civilização, os dois partem para uma
longa viagem em um foguetinho de sucata. Entre o calor do
sol e o gelo de Plutão, vários imprevistos acontecem durante
a travessia da Via Láctea. Quando eles finalmente pousam na
Terra, deparam-se com um planeta diferente do esperado –
Mas esta grande jornada está longe de terminar.
Quem aparece no filme.
Como são os personagens.
Onde ele é passado.
Por que tudo aconteceu.
Se isso poderia acontecer na vida real.
Como o filme foi feito.
ENSINO FUNDAMENTAL
2º CICLO ( 4º E 5º ANO)
tipos (jornais, revistas, enciclopédias, etc.), com ajuda;
•
Planejar o texto, redigir rascunhos, revisar e cuidar da
apresentação, com orientação;
•
Escuta ativa de diferentes textos produzidos na
comunicação direta ou mediada por telefone, rádio ou
televisão, atribuindo significado e identificando (com ajuda)
a intencionalidade explícita do produtor;
•
Compor textos coerentes com bases em trechos oriundos
de fontes diversas, que podem ser uma combinação de
produções escritas ou criadas oralmente;
•
Fazer resumos;
•
Manter um ponto de vista coerente ao longo de um debate
ou uma apresentação.
OBJETIVOS RELACIONADOS:
As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de
integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ministério da Educação.
No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos
relevantes e pertinentes:
Língua Portuguesa
•
Utilizar a linguagem oral com eficácia, sabendo adequála a intenções e situações comunicativas que requeiram
conversar num grupo, expressar sentimentos e opiniões,
defender pontos de vista, relatar acontecimentos, expor
sobre temas estudados;
•
Ser capaz de ouvir com atenção os professores e
colegas e intervir sem fugir do assunto tratado, formular e
responder a perguntas e manifestar-se, além de acolher
opiniões dos demais;
•
Fazer uma exposição oral com ajuda de um texto escrito,
adequar o discurso ao conhecimento prévio de quem o
ouve e a situações formais de comunicação;
•
Narrar fatos respeitando a temporalidade e registrando as
relações de causa e efeito;
•
Descrever cenários, objetos e personagens ;
•
Relatar experiências, sentimentos, ideias e opiniões de
forma clara e ordenada;
•
Participação em situações de intercâmbio oral que
requeiram: ouvir com atenção, intervir sem sair do assunto
tratado, formular e responder perguntas, explicar e ouvir
explicações, manifestar e acolher opiniões, adequar as
colocações às intervenções precedentes, propor temas;
•
Exposição oral com ajuda do professor, usando suporte
escrito, quando for o caso;
•
Busca de informações e consulta a fontes de diferentes
Geografia
•
Saber observar como a sua comunidade lida com as
diversas manifestações da natureza e compreender que
elas, muitas vezes, determinam a maneira pela qual o
espaço em que a criança vive é ocupado;
•
Conhecer e comparar a natureza da paisagem local com a
de outros lugares;
•
Adquirir uma atitude responsável em relação à
preservação de natureza;
•
Saber o papel das tecnologias, da comunicação e dos
transportes nas paisagens urbanas e rurais e na vida em
sociedade;
•
Entender algumas consequências das transformações da
natureza causadas pelo homem, no local e em paisagens
urbanas e rurais;
•
Saber empregar a observação, a descrição, o registro, a
comparação, a análise e a síntese no uso das informações
de fontes escritas e de imagens;
•
Valorizar o uso da tecnologia para preservar o ambiente e
melhorar a qualidade de vida.;
•
•
Ter uma atitude responsável com relação ao meio
ambiente, reivindicando o direito de todos à vida em um
espaço preservado e saudável;
•
Caracterizar causas e consequências da poluição da
água, do ar e do solo;
•
Caracterizar espaços do planeta possíveis de serem
ocupados pelo homem, considerando as condições de
qualidade de vida;
•
Identificar diferentes manifestações de energia — luz,
calor, eletricidade e som — e conhecer alguns processos
de transformação de energia ]na natureza e por meio de
recursos tecnológicos;
•
Caracterizar materiais recicláveis e processos de
tratamento de alguns materiais do lixo — matéria orgânica,
papel, plástico, etc.
Identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e
suas consequências em diferentes espaços e épocas;
História
•
Comparar acontecimentos no tempo, tendo como
referência anterioridade, posterioridade e simultaneidade;
•
Reconhecer algumas permanências e transformações
sociais, econômicas e culturais nas vivências cotidianas
das famílias, da escola e da coletividade, no tempo, no
mesmo espaço de convivência;
•
Estabelecer relações entre o presente e o passado;
•
Utilizar diferentes fontes de informação para leituras
críticas;
•
Valorizar as ações coletivas que repercutem na melhoria
das condições de vida das localidades.
Arte
•
Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos
variados em artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro),
experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los
nos trabalhos pessoais;
•
Observar as relações entre o homem e a realidade
com interesse e curiosidade, exercitando a discussão,
indagando, argumentando e apreciando arte de modo
sensível;
•
Buscar e saber organizar informações sobre a arte em
contato com artistas, documentos, acervos nos espaços
da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações,
diapositivos, vídeos, discos, cartazes) e acervos públicos
(museus, galerias, centros de cultura, bibliotecas,
fonotecas, videotecas, cinematecas), reconhecendo e
compreendendo a variedade dos produtos artísticos e
concepções estéticas presentes na história das diferentes
culturas e etnias.;
Ciências Naturais
•
Observar, registrar e comunicar algumas semelhanças
e diferenças entre diversos ambientes, identificando a
presença comum de água, seres vivos, ar, luz, calor, solo
e características específicas dos ambientes diferentes;
•
Formular perguntas e suposições sobre o assunto em
estudo;
•
Organizar e registrar informações por meio de desenhos,
quadros, esquemas, listas e pequenos textos, sob
orientação do professor;
•
Comunicar de modo oral, escrito e por meio de desenhos,
perguntas, suposições, dados e conclusões, respeitando
as diferentes opiniões e utilizando as informações obtidas
para justificar suas ideias;
•
Identificar e compreender as relações entre solo, água e
seres vivos nos fenômenos de escoamento da água, erosão
e fertilidade dos solos, nos ambientes urbano e rural;
Meio Ambiente
•
Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico,
as noções básicas relacionadas ao meio ambiente;
•
Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista
ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade
e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo
para garantir um meio ambiente saudável e a boa
qualidade de vida;
•
•
•
Perceber, em diversos fenômenos naturais,
encadeamentos e relações de causa-efeito que
condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo
(histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se
criticamente diante das condições ambientais de seu meio;
Compreender a necessidade e dominar alguns
procedimentos de conservação e manejo dos recursos
naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia a
dia;
Identificar-se como parte integrante da natureza,
percebendo os processos pessoais como elementos
fundamentais para uma atuação criativa, responsável e
respeitosa em relação ao meio ambiente.
ATIVIDADES
1
Faça perguntas para medir a compreensão:
– O que acharam do filme?
– O que mais gostaram?
– E o que não gostaram?
– Quem aparece no filme?
– Qual o personagem favorito? Por quê?
– Como acha que o filme foi feito?
2
Este é um filme de difícil interpretação. Algumas coisas
dependem da forma como o espectador percebe e do que
conclui, outras são mesmo difíceis de perceber. Assim, discuta
alguns pontos:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Egon e Dönci eram extraterrestres?
O local onde eles viviam era mais avançado ou mais
atrasado que o nosso?
O que nós temos, que eles não tem?
Como era a paisagem do planeta deles? E a qualidade de
vida?
Como eram os alimentos?
Como eles obtinham energia?
Porque o relógio deles rodava para trás e só tinha dia e
noite?
Nossa maneira de viver é melhor do que a deles?
O filme é passado no presente ou no futuro?
3
Toda vez que Egon tenta tirar uma foto, o gato o atrapalha.
Alguém conhece uma pessoa assim, ou já passou por isso,
estragando uma foto importante?
Proponha que os alunos usem seus celulares ou câmeras
para tirar fotos uns dos outros. No final monte uma exposição
das fotos que “deram errado” e peça que alunos escrevam
legendas explicando o que atrapalhou o resultado final.
4
Egon compara o que viu no disco com o mapa e quando olha
no telescópio vê a Via Láctea e o Sistema Solar. Procure
imagens na internet ou programe uma visita ao Planetário,
Museu de Astronomia para que seus alunos possam comparar
com as imagens do filme.
VIA LÁCTEA
Em noites límpidas e sem lua, longe das luzes artificiais das áreas
urbanas, pode-se ver claramente no céu uma faixa nebulosa
atravessando o hemisfério celeste de um horizonte a outro.
Chamamos a essa faixa Via Láctea, devido à sua aparência, que
lembrava aos povos antigos um caminho esbranquiçado como
leite. Sua parte mais brilhante fica na direção da constelação de
Sagitário, sendo melhor observável no Hemisfério Sul durante as
noites de inverno.
Em 1609, Galileo Galilei (1564-1642), ao apontar seu telescópio
para a Via Láctea, descobriu que ela consistia de uma multitude
de estrelas. No final do século XVIII, o astrônomo alemão William
Herschel (1738-1822), que já era famoso por ter descoberto o
planeta Urano, mapeou a Via Láctea usando seu telescópio de 1,2
m de diâmetro. Assumindo que todas as estrelas tinham a mesma
luminosidade, de forma que as suas diferenças de brilho refletiam
suas diferentes distâncias, Herschel contou o número de estrelas
que conseguia observar em diferentes direções e concluiu que a
Galáxia era um sistema achatado, sendo aproximadamente 5 vezes
maior na direção do plano galáctico do que na direção perpendicular
a ele. Como ele aparentemente enxergava o mesmo número de
estrelas em qualquer linha de visada ao longo do plano, conclui que
o Sol deveria estar aproximadamente no centro da Galáxia. Alguma
hipóteses estavam erradas, como veremos a seguir.
http://astro.if.ufrgs.br/vialac/vialac.htm
Video sobre via lactea, estrelas e outras galáxias
http://www.youtube.com/watch?v=SVjbBjS-SKc
5
Dönci encontra uma nave espacial caída perto da casa.
Pergunte o que sabem a respeito das viagens espaciais e
deste tipo de nave.
VIAGENS ESPACIAIS
Viagem espacial é o método de
transporte de veículos tripulados
e não-tripulados no (e através do)
espaço sideral. A viagem espacial
está associada às tecnologias
de propulsão de espaçonaves,
direção (astrodinâmica), construção
e lançamento de veículos com
este objetivo. A viagem espacial
é um componente necessário da
exploração espacial, mas também suporta atividades tais como
lançamento de satélites de telecomunicações e turismo espacial.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Viagem_espacial
6
Quando chega perto da nave, Dönci acha um disco dourado.
Comente com seus alunos, que este detalhe é baseado em
fatos reais. As naves costumam levar cenas e mensagens
do nosso planeta. Isso aconteceu no projeto das Voyagers
também. Apresente o texto abaixo e peça que façam um
trabalho em grupo recolhendo dados e fotos daquilo que
gostariam que seres de outros planetas soubessem sobre nós
e qual a mensagem deixariam para eles.
Mas ainda que silenciosas, as
Voyager realizarão a sua última
missão: levar um disco contendo
mensagens da Terra para os
confins da Via Láctea. Este disco,
de cobre folheado a ouro, possui
gravadas 115 imagens, saudações
em 55 idiomas, sons de trovões,
pássaros, músicas, etc. No disco
há instruções de como tocar o
disco, bem como a localização da Terra em ralação à 14 pulsares.
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm
7
Egon prepara a nave para a viagem. O que será que os
astronautas de verdade levam na bagagem. Como é o seu
traje espacial e como vivem no interior das naves? Proponha
uma pesquisa e ofereça alguns dados.
saborosos”, afirma.
A principal diferença em relação ao que se come na Terra,
explica, é a maneira de preparo deles --uma porção de ovo
mexido desidratado, por exemplo, precisa de água para se tornar
comestível. Todos os alimentos são colocados em embalagens
individuais e armazenados na caixa de mantimentos de cada
astronauta
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14409.shtml
8
A nave de Egon tem componentes muito antigos e às vezes parece
muito com um carro. Perguntem se acham possível construir uma
nave assim. Proponha um projeto para a construção de um foguete.
Como eles fariam?
http://ciencia.hsw.uol.com.br/trajes-espaciais.htm
Bagagem de astronauta tem bandeira e camisa da
seleção Publicidade da Folha Online
A bagagem que o astronauta Marcos Pontes, 43, levará em sua
primeira missão espacial tem diversos itens relacionados ao Brasil.
Entre eles, uma pequena bandeira, uma camisa de treino da
seleção, uma bola de plástico verde e amarela “em homenagem ao
ano do hexa” e uma réplica do chapéu panamá do aviador Alberto
Santos-Dumont.
Já na categoria “estrangeiros” entra uma camiseta com o rosto do
russo Yuri Gagarin, primeiro homem a deixar a Terra, em 1961. A
seleção de objetos pessoais --que só pode ter 1,5 kg-- também
inclui fotos da família, CDs, bloco de desenho, lapiseira, borracha e
um barbeador.
O brasileiro também levará à ISS (sigla em inglês para Estação
Espacial Internacional) outros 13,5 kg referentes a uma carga
institucional --oito experimentos científicos de instituições de
pesquisa selecionados pela AEB (Agência Espacial Brasileira).
9
De repente os instrumentos enlouquecem e Egon e Dönci flutuam
no interior da nave. O que acham que aconteceu? Fale sobre a
força da gravidade e proponha algumas experiências a respeito.
A FORÇA DE ATRAÇÃO DA GRAVIDADE
Comida
Os alimentos que serão consumidos pelos três astronautas na
ISS não serão transportados na Soyuz, pois já estão na estação
espacial. Eles foram levados até a ISS antes do início da “Missão
Centenário” pelo cargueiro russo Progress.
Ao falar sobre comida em seu site, Pontes derruba alguns mitos
sobre missões espaciais. “Os comprimidos e pastas são coisas
do passado. Os pratos atuais são bastante comuns e também
A terra atrai todos os corpos para sua superfície.
Quando deixamos um objeto cair, ele segue a orientação de todos
os outros, o chão. Mas por que isso acontece? Isso ocorre em razão
de uma força de atração existente no planeta Terra, chamado de
força da gravidade. Ela é responsável por todas as coisas estarem
na superfície, inclusive nós. Se a força da gravidade não existisse,
seria impossível viver na Terra, pois todos os objetos e seres vivos
estariam soltos no espaço.
A imagem a seguir representa pessoas que estão em um local que
reproduz acontecimentos sem a presença da força da gravidade.
Note que as duas mulheres estão flutuando em virtude da falta de
atração da gravidade.
Essa força invisível que atrai
todos os corpos para sua
superfície foi descoberta por
volta de 1660, pelo cientista
inglês Isaac Newton. Diz a
história que Newton estava
repousando à sombra de uma
macieira e, ao ser acertado
por uma maçã, resolveu
estudar a razão de os corpos
serem atraídos para a
superfície da Terra.
Em todos os planetas do sistema solar existem diferentes forças da
gravidade. Em alguns locais a força é menor que na Terra, como
na Lua. Nesses lugares, se você pular levará um tempo maior de
retorno à superfície em comparação ao planeta em que vivemos.
Você já deve ter observado a Lua encantando nossas noites. Ela é
atraída pela força de gravidade do nosso planeta, mas não atinge a
superfície terrestre, pois de alguma forma ela também atrai nosso
planeta. Portanto, a Terra atrai a Lua e a Lua atrai a Terra, por isso
ela realiza seu movimento em torno da Terra.
Podemos dizer, de forma imaginária, que a Lua está presa no
planeta Terra. Da mesma forma dizemos que o nosso planeta atrai
o sol e o sol atrai nosso planeta, por isso realizamos um movimento
em torno do sol, chamado de translação, que demora 365 dias e 6
horas, o que equivale a 1 ano.
Por Marcos Noe - Matemático - Equipe Brasil Escola
http://escolakids.uol.com.br/a-forca-de-atracao-da-gravidade.htm
10
Uma mangueira da nave se solta e Egon sai para consertála. Este tipo de problema acontece não só em filmes, mas na
realidade também. Mostre filmagens ou fotos e comente como
deve ter sido difícil este procedimento.
Numa audaciosa incursão fora da nave, astronautas
consertam o defeito que poderia impedir a volta do
Discovery à Terra
A tripulação da nave Discovery realizou na semana passada um
feito inédito na exploração do espaço pelo homem. Pela primeira
vez, um astronauta deixou uma nave para realizar consertos na
parte externa de sua fuselagem. Na quarta-feira, preso pelos pés
ao braço robótico da Estação Espacial Internacional, na qual o
Discovery se encontrava acoplado, o americano Stephen Robinson
retirou dois pedaços de 3 centímetros de comprimento do tecido
isolante que fica entre as placas de revestimento térmico da nave.
Os pedaços de tecido se soltaram durante o lançamento do ônibus
espacial, há duas semanas, e ficaram pendurados na fuselagem.
http://veja.abril.com.br/100805/p_098.html
Vídeo do reparo da nave:
http://www.nasa.gov/124300main_GAP.asx
11
Mostre a imagem de um dos monitores da nave de Egon.
Ela se refere às características e condições dos planetas,
mostrando o que está presente. Pergunte se as crianças
conseguem identificar o que cada desenho representa.
Em seguida proponha que tentem avaliar o local em que se
encontram a partir dos itens ali representados.
PERGUNTAS QUE NÃO SE CALAM
12
Ao chegarem à Terra, Egon e Dönci caem num deserto, com
uma temperatura altíssima, animais mortos e não encontram
água facilmente. O que pode ter acontecido? Fale sobre
Equilíbrio ambiental. Depois, distribua o texto abaixo para que
seus alunos leiam e escrevam um texto a respeito do tema.
O homem agride o seu meio em dimensões maiores
do que qualquer outro organismo
Provoca perturbações
Completa destruição de ecossistemas
atingindo a biosfera como um todo
Modificações climáticas
Desaparecimento de espécies
Uma gama de outros problemas
13
Uma nave aparece e Dönci é levado para o seu interior e
examinado. Pergunte se acham que isso é possível. Discuta o
assunto dos objetos espaciais não identificados e das teorias e
grupos que acreditam na existência de discos voadores pilotados
por seres extraterrestres provenientes de outras galáxias.
O que pensar sobre os
discos voadores? Eles
existem? Se existem,
o que são? De onde
vêm? Por que vêm à
Terra? E por que não se
mostram abertamente
a todos nós? Essas
são apenas algumas
das indagações mais
comuns que vemos
em nossas vidas de
ufólogos, pessoas
obstinadas que, pelas
mais variadas razões,
não descansam
enquanto não
esclarecerem o mistério
do Fenômeno UFO.
Tais perguntas nos são feitas pela sociedade, pela população,
que quer respostas e esclarecimentos. Mas onde estão tais
respostas? Elas existem? São conclusivas? Hoje, 58 anos após a
observação de Kenneth Arnold, nos EUA, que deflagrou a chamada
Era Moderna da Ufologia, ainda não temos todas as respostas
que gostaríamos, mas temos várias que podemos, certamente,
apresentar à população de maneira inequívoca
De fato, algumas certezas já temos até de sobra, que nos permitem
fazer afirmações ousadas e impactantes. Uma delas, claro, é a
de que os discos voadores de fato existem. Quanto a isso não
há mais dúvidas, e os que duvidam apenas não conhecem as
informações existentes. Há literalmente milhões de registros dessas
naves nos arquivos das forças armadas de quase duas centenas
de países, até mesmo no Brasil. Nossa Aeronáutica, de maneira
absolutamente inédita e surpreendente, admitiu aos ufólogos da
Revista UFO, em seu histórico encontro de 20 de maio passado,
que desde 1954 registra sistematicamente objetos voadores não
identificados em nosso espaço aéreo, mantendo tais casos em
arquivos específicos e confidenciais, que os ufólogos agora tentam
abrir para a população através de sua campanha Ufos: Liberdade
de Informação Já.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/junho/dia-mundial-dodisco-voador.php
14
Ao caminhar a procura de água eles veem oásis, coisas irreais.
O nome deste fenômeno é miragem. Como será que ocorre?
Explique aos seus alunos e peça que se imaginem em uma situação
semelhante e a descrevam em um texto.
MIRAGENS NO DESERTO
Por: Maria Ramos
Bom, mas para entender porque o desvio da luz forma as miragens, é
preciso que você entenda, antes de tudo, como é a nossa visão. Nós só
podemos ver porque os objetos refletem ou emitem luz. É justamente
essa luz, que chega aos nossos olhos, que é enviada por meio de sinais
elétricos ao cérebro. Interpretando os sinais, o cérebro dá forma aos
objetos e assim nós enxergamos as coisas.
O problema (se é que podemos considerar isso um problema) é que o
nosso cérebro entende que os raios de luz se propagam sempre em
linha reta. Isso até seria verdade, se os raios nunca sofressem nenhum
desvio pelo caminho. O desvio da luz pode ocorrer quando os raios
atravessam meios com diferentes densidades, como da água para o ar,
ou ainda de um ar mais frio para um ar mais quente, ou passam através
de lentes.
Você pode observar facilmente o fenômeno da refração colocando
um lápis dentro de um copo com água. Deixando-o parcialmente
mergulhado, você vai notar que o lápis parece que está quebrado, o que
obviamente não é verdade. Um outro caso de refração é de um pescador
que avista um peixe no mar e o vê mais próximo da superfície do que ele
está. Nesses dois exemplos, nós vemos os objetos em posição diferente
da que eles realmente se encontram. Isso ocorre porque não vemos a
luz dobrar-se; vemos apenas os efeitos dessa dobra.
Um lago rodeado de palmeiras no meio do deserto. Isso é o que se
chama de oásis. Ou melhor, seria um oásis, se não fosse apenas uma
miragem. É sempre assim que acontece nos desenhos animados: o
viajante cansado e com sede corre em direção àquele oásis tropical
e somente quando está prestes a mergulhar é que o lago, junto com
todas as palmeiras, desaparece. É verdade que esse tipo de miragem
é apenas ficção, mas as miragens realmente existem e podem fazer
parecer que há água onde não tem. Ao contrário do que acreditam
muitas pessoas, as miragens não são uma alucinação provocada pelo
forte calor.
Elas são um fenômeno óptico real que ocorre na atmosfera e que pode
inclusive ser fotografado.
Você também não precisa estar num deserto para ver uma miragem.
Elas acontecem com uma certa frequência, por exemplo, em grandes
rodovias em dias de calor intenso. De longe, você vê a imagem de
um veículo que parece refletido no asfalto da estrada, dando a nítida
impressão de que o asfalto está molhado e que o veículo foi refletido
por uma poça d’água. Mas, conforme você se aproxima, percebe que a
rodovia está completamente seca.
Mas agora voltemos às miragens! Você já reparou que na praia, em dias
muito ensolarados, você vê as coisas que estão a uma certa distância
meio “trêmulas”? O fenômeno físico que leva essas imagens parecerem
trêmulas é o mesmo que leva à formação das miragens no deserto ou
nas estradas.
Devido ao calor intenso, forma-se uma camada de ar quente junto
ao solo. E esse ar é menos denso do que o ar da camada situada
imediatamente acima, mais frio. Como os raios de luz se propagam mais
rápido no ar quente, eles encurvam-se para cima. Mas, como o nosso
cérebro interpreta que a luz percorreu um caminho retilíneo, o que nós
vemos é a imagem do objeto, que pode ser uma palmeira, por exemplo,
invertida, como se estivesse refletida em poças de água sobre a estrada,
ou um lago no deserto. A água é ilusória, mas a palmeira e sua imagem
são reais (veja a figura abaixo). Esse tipo de miragem é chamado de
miragem inferior.
Desvio da luz
O termo miragem tem origem na expressão francesa se mirer que
significa mirar-se, ver-se no espelho. As miragens se formam a partir de
um fenômeno chamado pelos físicos de refração – que nada mais é do
que o desvio dos raios de luz.
Ilustração: Barbara Mello - http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?infoid=756&sid=9
15
Observando o sobrevivente percebemos que algumas coisas
que consideramos importantes, não tem o mesmo valor em outro
contexto. Peça que reflitam e comentem os seguintes fatos do filme:
•
•
•
•
Homem assoa o nariz com notas de dinheiro.
Homem oferece bebida alcoólica ao em vez de água.
Gato não consegue comer comida porque não tem como
abrir as embalagens.
Homem anda em um veículo sem pneus e movido por
ventoinha.
16
Fale sobre o gato de louça que o homem oferece para Dönci. Conte
as lendas a respeito da estátua do gatinho e peça que as crianças
reescrevam e ilustrem.
MANEKI- NEKO - As origens de Maneki-Neko
região central do Japão.
Atualmente conhecido em todo o mundo
como talismã da sorte e, particularmente,
como talismã que atrai fregueses para
casas comerciais, o Maneki-neko, o gatinho
sentado que tem a patinha levantada, tem
diferentes lendas a respeito de sua origem,
conforme região do Japão. Esta é uma das
versões do lado leste do Lago Biwa, na
Conta a lenda que quando o lorde guerreiro Ii Naotaka (1590~1659)
voltava do cerco e tomada do Castelo de Osaka, após ter comandado
3,2 mil homens e se destacado na Batalha de Tennoji, em março de
1615, surpreendido por uma chuva repentina, abrigou-se em baixo de
uma árvore próximo do Templo Gotokuji, em Setagaya.
Gotokuji, na época, era um templo decadente, com pouca frequência
de fiéis e, portanto, muito pobre. No templo, vivia um monge budista e
uma gata de nome Tama. Solitário, o monge conversava com a gatinha
lamentando quase sempre a situação de penúria do templo.
Salvo pelo gato: raio atingiu a árvore no local em que Naotaka estava
encostado
– A situação está cada vez pior. Hoje, nem temos arroz para comer. Bem
que você podia dar uma ajuda para melhorar nossa situação, em vez de
ficar dormindo o dia inteiro.
Esperando a chuva passar sob a árvore, Ii Naotaka olhou para o velho
templo e viu um gato sentado sobre suas patas traseiras e acenando
com a pata dianteira levantada. O samurai ficou encantado pela
habilidade do bichinho e foi em direção do templo para ver de perto a
façanha.
Quando Naotaka chegou junto ao templo, um raio fulminante atingiu a
árvore exatamente no local em que ele estava encostado. O guerreiro
imediatamente percebeu que aquele gesto do gato havia salvado sua
vida. Então, entrou no templo para rezar em agradecimento à graça
recebida.
Salvo pelo gato: raio atingiu
a árvore no local em que
Naotaka estava encostado
No salão principal, havia
várias goteiras, e todo o
templo estava em condição
lamentável. Naotaka fez
oferenda de todo o dinheiro
que carregava ao altar, comentando com o monge que a sabedoria
de Buda iria usar aquele dinheiro para reformar o templo. Após esse
episódio, Naotaka passou a frequentar o Gotokuji, e o local tornou-se,
então, o templo oficial da família de Ii Naotaka. Consequentemente,
tornou-se um local próspero e visitado por todas as pessoas do feudo.
Para homenagear o gesto de Tama, que tanta sorte trouxe ao templo e
salvou a vida de Naotaka, foi esculpido e colocado no local uma estátua
da gata com a mão levantada. As réplicas em miniaturas da estátua, que
eram distribuídas no Templo Gotokuji como lembrança, tornaram-se,
mais tarde, amuleto da sorte, com o nome de Maneki-Neko.
Outra versão
História também bastante conhecida, surgida nos meados da Era
Edo (1615~1868), conta que existiu, no bairro de Imado, em Edo
(hoje Tóquio), uma velha senhora que tinha um gato de estimação. A
velhinha estava em péssimas condições financeiras, porque, devido à
idade avançada, não conseguia arranjar um trabalho para garantir seu
sustento.
Numa determinada ocasião, a situação ficou tão crítica, que ela não tinha
mais como alimentar seu gatinho. Então, conversando com o bichinho,
disse:
– É com o coração partido que terei de abandonar você. Devido à
minha condição de extrema pobreza, não tenho como continuar lhe
alimentando.
Depois, com lágrimas nos olhos e barriga roncando, a velhinha foi
dormir. Em seu sonho, o gato apareceu e disse: – Molde minha imagem
em barro, que trará muita sorte a você.
No dia seguinte, ela resolveu fazer uma estatueta do gato, conforme
o sonho havia sugerido. Enquanto ela moldava o barro, o gato estava
“lavando a cara” com gestos exagerados e, achando engraçado, a
velhinha resolveu moldar o bichinho com a pata levantada. Nisso,
passou uma pessoa em frente de sua casa e, achando interessante, quis
comprar a estatueta. Como estava dias sem comer, a velhinha vendeu a
estatueta e comprou comida para ela e o gato. Assim, de barriga cheia,
resolveu fazer outra estatueta para deixar como talismã da sorte. Porém,
apareceu outra pessoa e comprou a segunda estatueta
Quanto mais a velhinha fazia estatuetas, mais aparecia gente para
comprá-las. Com isso, ela mudou de vida e nunca mais passou
necessidades. E a estatueta da sorte passou a ser conhecida como
Maneki-Neko.
17
Comente a respeito do final. Egon acorda em sua cama e o
desenho da nave ainda está na prancheta da oficina. Os objetos que
foram usados na construção ainda estão espalhados pelos cantos
e Dönci brinca alegremente com as borboletas, enquanto aparece o
nome da nave Voyage 3. Lembre que quando o Projeto Voyager foi
pesquisado ficamos sabendo que existem apenas duas naves, a 1 e
a 2. O que isso quer dizer? Peça que escrevam a respeito.
ENSINO FUNDAMENTAL
3º CICLO ( 6º E 7º ANO)
•
Considere possíveis efeitos de sentido produzidos
pela utilização de elementos não-verbais (processo de
produção de textos orais).
•
As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de
integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ministério da Educação.
No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos
relevantes e pertinentes:
Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se
criticamente diante deles.
•
Coordenar estratégias de leitura não-lineares utilizando
procedimentos adequados para resolver dúvidas na
compreensão e articulando informações textuais com
conhecimentos prévios;
Língua Portuguesa
•
Redigir textos na modalidade escrita nos gêneros previstos
para o ciclo, considerando as especificidades das
condições de produção;
•
Escrever textos coerentes e coesos, observando as
restrições impostas pelo gênero;
OBJETIVOS RELACIONADOS:
•
•
•
Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e
explicar a realidade, operando sobre as representações
construídas em várias áreas do conhecimento:
Sabendo como proceder para ter acesso, compreender
e fazer uso de informações contidas nos textos,
reconstruindo o modo pelo qual se organizam em sistemas
coerentes;
Sendo capaz de operar sobre o conteúdo representacional
dos textos, identificando aspectos relevantes, organizando
notas, elaborando roteiros, resumos, índices, esquemas
etc.;
•
Aumentando e aprofundando seus esquemas cognitivos
pela ampliação do léxico e de suas respectivas redes
semânticas.
•
Seja capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas
que reconheça nos textos que lê. (processo de leitura de
textos escritos);
•
Troque impressões com outros leitores a respeito dos
textos lidos, posicionando-se diante da crítica, tanto a
partir do próprio texto como de sua prática enquanto leitor.
(processo de leitura de textos escritos);
•
No processo de produção de textos orais, espera-se que o
aluno:
•
Planeje a fala pública usando a linguagem escrita em
função das exigências da situação e dos objetivos
estabelecidos.
Geografia
•
Explicar que a natureza do espaço, como território e lugar,
é dotada de uma historicidade em que o trabalho social
tem uma grande importância para a compreensão da
dinâmica de suas interações e transformações;
•
Desenvolver no aluno o espírito de pesquisa,
fundamentado na ideia de que, para compreender a
natureza do território, paisagens e lugares, é importante
valer-se do recurso das imagens e de vários documentos
que possam oferecer informações, ajudando-os a fazer
sua leitura para desvendar essa natureza;
•
Fortalecer o significado da cartografia como uma forma de
linguagem que dá identidade à Geografia, mostrando que
ela se apresenta como uma forma de leitura e de registro
da espacialidade dos fatos, do seu cotidiano e do mundo.
•
Criar condições para que o aluno possa começar, a partir
de sua localidade e do cotidiano do lugar, a construir sua
ideia do mundo, valorizando inclusive o imaginário que tem
dele;
História
•
Conhecer realidades históricas singulares, distinguindo
diferentes modos de convivência nelas existentes.
•
•
Refletir sobre as transformações tecnológicas e as
modificações que elas geram no modo de vida das
populações e nas relações de trabalho.
Localizar acontecimentos no tempo, dominando padrões
de medida e noções para distingui-los por critérios de
anterioridade, posterioridade e simultaneidade.
Arte
•
Experimentar e explorar as possibilidades de cada
linguagem artística;
•
Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo
uma atitude de busca pessoal e/ou coletiva, articulando
a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação,
a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções
artísticas;
•
Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e
procedimentos artísticos diversos em arte (Artes Visuais,
Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize nos
trabalhos pessoais, identifique-os e interprete-os na
apreciação e contextualize-os culturalmente;
•
Observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo,
investigando, indagando, com interesse e curiosidade,
exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e
apreciando arte de modo sensível;
Ciências Naturais
•
Reconhecer que a humanidade sempre se envolveu com o
conhecimento da natureza e que a Ciência, uma forma de
desenvolver este conhecimento, relaciona-se com outras
atividades humanas;
•
Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos
ambientes;
•
Elaborar, individualmente e em grupo, relatos orais
e outras formas de registros acerca do tema em
estudo, considerando informações obtidas por meio de
observação, experimentação, textos ou outras fontes;
•
Elaborar perguntas e hipóteses, selecionando e
organizando dados e ideias para resolver problemas;
•
Meio Ambiente
•
Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no
horizonte e seu papel na orientação espaço-temporal hoje
e no passado da humanidade;
Conhecer e compreender, de modo integrado e sistêmico,
as noções básicas relacionadas ao meio ambiente;
•
•
Caracterizar as condições e a diversidade de vida no
planetaTerra em diferentes espaços, particularmente nos
ecossistemas brasileiros;
Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade
que os levem a interações construtivas, justas e
ambientalmente sustentáveis;
•
•
Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental
relacionando informações sobre a interferência do ser
humano e a dinâmica das cadeias alimentares;
Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista
ambiental, de modo crítico, reconhecendo a necessidade
e as oportunidades de atuar de modo reativo e propositivo
para garantir um meio ambiente saudável e a boa
qualidade de vida;
•
Identificar diferentes tecnologias que permitem as
transformações de materiais e de energia necessárias a
atividades humanas essenciais hoje e no passado;
•
•
Compreender a alimentação humana, a obtenção e a
conservação dos alimentos, sua digestão no organismo e
o papel dos nutrientes na sua constituição e saúde.
Perceber, em diversos fenômenos naturais,
encadeamentos e relações de causa-efeito que
condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo
(histórico), utilizando essa percepção para posicionar-se
criticamente diante das condições ambientais de seu meio;
•
Compreender a necessidade e dominar alguns
procedimentos de conservação e manejo dos recursos
naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia a dia;
•
•
Identificar-se como parte integrante da natureza,
percebendo os processos pessoais como elementos
fundamentais para uma atuação criativa, responsável e
respeitosa em relação ao meio ambiente;
Compreender que os problemas ambientais interferem
na qualidade de vida das pessoas, tanto local quanto
globalmente.
ATIVIDADES
1
Língua Portuguesa - Arte
Faça perguntas para medir a compreensão:
– O que acharam do filme?
– O que mais gostaram?
– E o que não gostaram?
– Quem aparece no filme?
– Qual o personagem favorito? Por quê?
– Como acha que o filme foi feito?
2
Língua Portuguesa – História - Arte - Meio Ambiente
Este é um filme de difícil interpretação. Algumas coisas
dependem da forma como o espectador percebe e do que
conclui, outras são mesmo difíceis de perceber. Assim, discuta
alguns pontos:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Egon e Dönci eram extraterrestres?
O local onde eles viviam era mais avançado ou mais atrasado
que o nosso?
O que nós temos, que eles não tem?
Como era a paisagem do planeta deles? E a qualidade de vida?
Como eram os alimentos?
Como eles obtinham energia?
Porque o relógio deles rodava para trás e só tinha dia e noite?
Nossa maneira de viver é melhor do que a deles?
O filme é passado no presente ou no futuro?
3
Língua Portuguesa - Ciências Naturais – Arte
O filme é uma ficção científica. Fale a respeito deste tipo de filme e
pergunte quem já viu um e como foi.
FICÇÃO E CIÊNCIA
Filmes de ficção científica não pretendem ensinar ciência, mas têm
influenciado muitas gerações a optarem pela carreira científica. Isto
é confirmado, agora, através de pesquisas realizadas em várias
universidades, que apontam a influência da série “Jornada nas Estrelas”
(“StarTrek” - há mais de 30 anos na televisão e nove filmes no cinema),
na carreira dos estudantes. Navegando nessa onda, muitas escolas
passaram a usar vídeos de ficção científica como ferramenta no ensino
da ciência. A revista “Scientific American”, edição de janeiro último,
mostra o resultado de uma pesquisa da “Pardue University”, indicando
que os estudantes da universidade consideraram que os filmes de “Star
Trek” foram decisivos para promover o interesse deles pela ciência;
traz também Terence W. Cavanaugh, um pesquisador de métodos de
ensino da Flórida, mostrando como os vídeos da série “Jornada nas
Estrelas” provaram ser superiores aos filmes tradicionais de educação
como meio de ensinar ciência. Na busca de formas alternativas de
ensino, alguns setores da UFMG estão incluindo essa proposta em
suas aulas. No Departamento de Física, por exemplo, o grupo de
Astronomia do Observatório Astronômico da UFMG, na Serra da
Piedade (OAP), pretende incrementar o trabalho de ensino e extensão
que se faz ali todos os primeiros sábados do mês e o atendimento a
escolas de ensino fundamental e médio com filmes de ficção científica
e comentários da parte científica. Isso, após constatarem que boa parte
dos frequentadores do OAP teve seu interesse pelos assuntos científicos
despertado pelos filmes de ficção científica.
DRIBLANDO A CIÊNCIA
Alguns filmes de ficção científica criam mecanismos fantasiosos,
cuja aplicabilidade a ciência dificilmente admitiria. Pode-se dizer
que não chegam a comprometer a sua utilidade como ferramenta
de ensino, desde que a sua apresentação seja acompanhada por
profissionais capazes de indicar o que a ciência admite como possível
e o que é apenas ficção. É o que pensa o professor de Astronomia
do Departamento de Física/ICEx-UFMG, Renato Las Casas. No
curso de Astronomia Geral dado este semestre para estudantes de
licenciatura em Física, ele orientou o estudante Bruno Moreira de
Aguiar, 21 anos, no trabalho “A Física de Jornada nas Estrelas”, a ser
apresentado sábado próximo, na programação aberta ao público no
OAP da Serra da Piedade. “Sabemos que viagens interestelares como
aquelas realizadas pela nave Enterprise em “Jornada nas Estrelas” não
podem ser realizadas só com o conhecimento físico de hoje, devido às
grandes distâncias entre as estrelas e à impossibilidade de uma nave
atingir velocidades iguais ou maiores que a velocidade da luz”, explica
o professor, salientando que, para contornar essa situação, criaram-se,
entre outras, as ideias de “buraco de minhoca ou túneis no espaço” e
“dobra espacial”.
A FICÇÃO VAI ALÉM
Supondo-se dois pontos nas extremidades de uma folha de papel de
20 centímetros de comprimento, uma formiga, para ir de um ponto a
outro, obrigatoriamente teria que percorrer esses 20 centímetros. Se
você dobra essa folha e coloca esses pontos próximos um do outro,
essa formiga,ainda assim, porque só pode se movimentar no espaço
bidimensional que é a folha de papel, teria que andar os 20 centímetros.
Mas um mosquitinho, que é capaz de se mover no espaço tridimensional
(voando), poderia ir do ponto A ao ponto B, movimentando-se apenas
alguns milímetros. “A isso é dado o nome de buraco de minhoca na
ficção científica”, diz o professor Renato Las Casas, lembrando que, para
termos o equivalente para o espaço tridimensional precisaríamos de
uma quarta dimensão espacial, o que é conjecturado quando se discute
a possibilidade de túneis no espaço, até hoje não comprovado. Outra
solução que permitiria à Enterprise de “Jornada nas Estrelas” viajar a
velocidades maiores que a da luz é inspirada na relatividade espacial
e temporal, prevista na Teoria da Relatividade de Einstein. “De uma
forma mágica, a Enterprise comprimiria o espaço à sua frente e dilataria
o espaço atrás dela, criando uma onda espacial que impulsionaria
a nave junto com a luz de tal forma que nesse intervalo do espaço
(dentro da onda) a nave não estaria a velocidades maiores que a da
luz, ao contrário do que seria percebido por alguém fora dessa onda”.
Outro assunto que mexe muito com a imaginação e é apresentado na
série de ficção, é o tele transporte, que seria tirar um objeto de uma
determinada posição e levá-lo a outra sem passar pelas posições
intermediárias. “Atualmente, vários grupos de cientistas têm trabalhado
com essa possibilidade”, lembra o professor Las Casas, citando o grupo
da Universidade de Innsbruck (Áustria) que, cerca de seis meses atrás,
conseguiu fazer com que uma condição física de um fóton (partícula
de luz) desvanecesse de um ponto e reaparecesse instantaneamente
poucos metros adiante. Curioso é que em “Jornada nas Estrelas”, o tele
transporte utilizado para embarque e desembarque de pessoas e cargas
nos planetas foi a solução mais barata encontrada para substituir o uso
de naves na simulação dessas operações.
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm
O Filme da Série Star Trek protagonizado pela personagem V’Ger
(de Voyager onde as letras “oya” foram danificadas pelo tempo) faz
referência a uma suposta sonda Voyager 6, nunca lançada mas que é
uma reprodução das sondas Voyager 1 e Voyager 2. Esse filme narra a
história de uma civilização digital formada através da sonda Voyager 6
que busca incansavelmente o conhecimento e seu criador.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Voyager
4
Geografia – História
Ciências Naturais – Meio Ambiente
Egon é um inventor que aproveita todos os objetos para criar
outros. O que acham disso? Estabeleça uma comparação
com nosso hábito de descartar tudo e peça que imaginem
todos os objetos que jogamos fora. Em seguida, proponha que
imaginem o que pode ser reaproveitado e inventem um objeto.
Peça que desenhem e expliquem o projeto.
5
Ciências Naturais
O primeiro objeto que aparece no filme é uma luneta.
Perguntem se já viram alguma e se sabem para que serve.
Como será que a luneta é feita? Proponha uma pesquisa para
saber onde podemos encontrar uma luneta e forneça algumas
informações a respeito.
LUNETA
O telescópio refrator, também chamado
de Luneta ou luneta astronômica, é um
tipo de telescópio. É um aparelho de
refração, para a observação de objectos
distantes. Possui, como o microscópio,
duas lentes convergentes, a objetiva,
com grande distância focal e a ocular. Em
sumo, a objetiva forma a imagem sobre
seu foco e esta imagem vai servir como
objeto para a ocular que fornece a imagem final do sistema, que é virtual
e invertida.
Links que mostram filme de como fazer uma luneta:
http://www.youtube.com/watch?v=o5sdB6FF_uM
http://www.youtube.com/watch?v=8AH7CA7fnIk
6
Língua Portuguesa – Geografia
Ciências Naturais - Meio Ambiente
A casa de Egon é toda velha e quebrada, cheia de objetos antigos.
Já o exterior é maravilhoso, com a natureza exuberante e totalmente
preservada. Pergunte se os alunos sabem o motivo. Peça que façam
uma lista dos materiais que usamos para manter nossa casa bem
arrumada (tintas, material de limpeza, equipamentos novos etc.) e
pesquisem os danos ambientais que podem causar.
7
Geografia – História - Ciências Naturais - Arte
Egon compara o que viu no disco com o mapa e quando olha no
telescópio vê a Via Láctea e o Sistema Solar. Procure imagens na
internet ou programe uma visita ao Planetário, Museu de Astronomia
para que seus alunos possam comparar com as imagens do filme.
A NOSSA GALÁXIA VIA LÁCTEA
Esta imagem da nossa galáxia, a
Via Láctea, foi tirada com auxílio
do Diffuse Infrared Background
Experiment (DIRBE), do Cosmic
Background Explorer (COBE),
da NASA. Esta imagem inédita
mostra a Via Láctea numa
perspectiva lateral com o polo
norte galáctico em cima, o polo
sul em baixo e o centro galáctico no centro. A figura combina imagens
obtidas em vários comprimentos de onda próximo do infravermelho.
As estrelas da nossa galáxia são a fonte dominante de luz nestes
comprimentos de onda. Mesmo sendo o nosso sistema solar uma parte
da Via Láctea, esta vista parece ter sido obtida de longe porque grande
parte da luz vem da população de estrelas que estão mais próximas do
centro galáctico do que o nosso Sol. (Cortesia NASA)
Fonte: http://www.solarviews.com/portug/voyager.htm
Video sobre via lactea, estrelas e outras galáxias
http://www.youtube.com/watch?v=SVjbBjS-SKc
SISTEMA SOLAR
Netuno e Plutão. Inclui: os satélites dos planetas; numerosos cometas,
asteroides, e meteoroides; e o espaço interplanetário. O Sol é a fonte
mais rica de energia eletromagnética (principalmente sob a forma de
calor e luz) do sistema solar. A estrela conhecida mais próxima do Sol é
uma estrela anã vermelha chamada Próxima Centauri, à distância de 4.3
anos-luz. O sistema solar completo, em conjunto com as estrelas locais
visíveis numa noite clara, orbitam em volta do centro da nossa galáxia,
um disco em espiral com 200 bilhões de estrelas a que chamamos
Via Láctea. A Via Láctea tem duas pequenas galáxias orbitando na
proximidade, que são visíveis do hemisfério sul. Têm os nomes de
Grande Nuvem de Magalhães e Pequena Nuvem de Magalhães. A
galáxia grande mais próxima é a Galáxia de Andrômeda. É uma galáxia
em espiral, tal como a Via Láctea, mas é 4 vezes mais massiva e está a
2 milhões de anos-luz de distância. A nossa galáxia, uma de bilhões de
galáxias conhecidas, viaja pelo espaço intergaláctico.
Os planetas, a maior parte dos satélites dos planetas e os asteroides
giram em volta do Sol na mesma direção, em órbitas aproximadamente
circulares. Se olharmos de cima do pólo norte solar, os planetas orbitam
num sentido anti-horário. Os planetas orbitam o Sol num mesmo plano,
ou próximo, chamado a eclíptica. Plutão é um caso especial, porque
a sua órbita é a mais inclinada (18 graus) e a mais elíptica de todos os
planetas. Por isso, durante uma parte da sua órbita, Plutão está mais
perto do Sol do que Netuno. O eixo de rotação da maior parte dos
planetas é aproximadamente perpendicular à eclíptica. As exceções são
Urano e Plutão, que estão inclinados para um lado.
Composição do Sistema Solar
O Sol contém 99.85% de toda a matéria do Sistema Solar. Os planetas,
que se condensaram a partir do mesmo disco de matéria de onde se
formou o Sol, contêm apenas 0.135% da massa do sistema solar. Júpiter
contém mais do dobro da matéria de todos os outros planetas juntos.
Os satélites dos planetas, cometas, asteroides, meteoroides e o meio
interplanetário constituem os restantes 0.015.
Espaço Interplanetário
Quase todo o sistema solar, em volume, parece ser um vazio completo.
Longe de ser um nada absoluto, este “espaço” vácuo compõe o meio
interplanetário. Inclui diversas formas de energia e pelo menos dois
componentes materiais: poeira interplanetária e gás interplanetário. A
poeira interplanetária consiste de partículas sólidas microscópicas. O
gás interplanetário é um tênue fluxo de gás e de partículas carregadas,
principalmente prótons e elétrons -- plasma -- que flui do Sol, chamado o
vento solar.
Fonte: http://www.solarviews.com
O nosso sistema solar consiste de uma estrela média, a que chamamos
o Sol, os planetas Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano,
8
Geografia – História - Ciências Naturais
Dönci encontra uma nave espacial caída perto da casa.
Pergunte o que sabem a respeito das viagens espaciais e
deste tipo de nave.
VIAGENS ESPACIAIS
Até hoje o homem
só saiu da Terra para
dar pequenas voltas
em seu “quintal”. O
objeto mais distante
ao qual o homem
já chegou foi nosso
satélite Lua, embora
já consiga enviar, com
sucesso, naves não
tripuladas a outros
planetas do sistema
solar. Pela tecnologia atual, mandar uma nave a Próxima Centauro,
a vizinha imediata do Sol, nem pensar! Mesmo se conseguíssemos
vencer o problema da grande quantidade de combustível necessária,
essa nave gastaria centenas de anos para percorrer os 4,2 anos-luz
que nos separam dessa estrela. Viagens a velocidades bem mais altas,
desde que menores que a velocidade da luz, são, entretanto, permitidas
pela Física e, quem sabe, um dia desenvolveremos tecnologia com a
qual poderemos mandar naves a outras estrelas. O problema é que a
quantidade de combustível necessária para acelerar uma nave cresce
vertiginosamente com o aumento da velocidade requerida. À medida
que a velocidade da nave cresce, gastamos cada vez mais combustível
para acelerá-la cada vez menos. Um combustível do futuro, devido à
sua alta eficiência, talvez venha a ser o hidrogênio, que libera energia
ao ser transformado em átomos de hélio no processo de fusão nuclear.
Uma nave espacial, cujos motores funcionassem a hidrogênio, só para
ser acelerada à metade da velocidade da luz, teria que ter mais de 80
vezes a sua massa em combustível. Uma nave viajando à metade da
velocidade da luz gastaria 120 mil anos só para ir e voltar ao centro de
nossa galáxia.
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm
VOYAGER
Voyager foi um programa de sondas
de espaço profundo que pesquisou os
confins do nosso sistema solar. Consistiu
de duas missões: Voyager 1 e Voyager 2.
A naves foram montadas sobre uma estrutura, cujo interior continha
três computadores. O primeiro controla a orientação da nave, ou
seja, mantém a antena principal sempre voltada para a Terra. Usase com referência o Sol e estrela Canopus. O segundo computador
controla os instrumentos e o terceiro e principal controla os outros dois
computadores. Este último tem também a capacidade de detectar falhas,
e tentar resolver o problema sem o auxílio dos comandos vindos da
Terra. Apenas em último caso, se a falha não for consertada, a sonda
envia um sinal para casa.
Como as Voyager estão muito longe do Sol, não é possível a utilização
de painéis solares para a geração de energia elétrica. Ao invés disto,
são utilizados três geradores nucleares (RTG’s), os quais utilizam o
decaimento radioativo natural do plutônio para aquecer duas placas
de metais diferentes. Com as placas aquecidas, uma corrente elétrica
é gerada e começa a fluir de uma placa a outra, alimentando os
instrumentos da nave. Cada gerador possui 39 kg e 51 cm de altura.
As Voyager são protegidas termicamente com “cobertores”, feitos com
uma espécie de polímero. Estes cobertores também protegem as naves
de correntes estáticas e de radiação.
Para correções na trajetória e para manter a orientação, cada nave
possui um tanque de hydrazina, do qual saem 16 canais. Toda vez que
houver a necessidade de modificar a velocidade da nave, um pequeno
jato desse gás é lançado por esses canais.
As Voyager foram lançadas pelo foguete Titan III – Centaur, o qual
possuía 50 metros de altura e pesava 635 toneladas, das quais cerca de
500 eram combustível. Essa quantidade de combustível foi necessária
para que as naves atingissem uma velocidade de cerca de 45 000
km/h. Tal velocidade é suficiente para que as Voyager chegassem até
Júpiter, mas não além disso. Para chegar à Saturno, foi utilizado um
recurso – a assistência gravitacional. Este recurso consiste em aproveitar
a gravidade e o movimento de revolução de Júpiter para impulsionar a
nave até o planeta Saturno. O mesmo método foi usado para impulsionar
a Voyager 2 de Saturno até Urano e de Urano até Netuno.
De nada adianta enviar sondas ao espaço se não pudermos manter
contato com elas. E é justamente esta a função do Deep Space Network
(DSN), um complexo de antenas que mantém comunicação com as
Voyager. O DSN possui antenas de 26, 34 e 70 metros de diâmetro,
localizadas na Califórnia (EUA), na Espanha e na Austrália, de tal
forma que possa se manter contato com as sondas 24 horas por dia. A
quantidade de dados enviados até hoje pelas duas Voyager equivalem
a 6000 de enciclopédias. Foram lançadas em 1977, para aproveitar uma
chance única: todos os planetas gasosos estariam de tal forma dispostos
que, uma nave viajando rumo aos confins do sistema solar poderia
cruzar com todos os quatro planetas sem ter que alterar sua trajetória
As Voyager estão hoje escapando do Sistema Solar, a uma velocidade
de 17 km/s (Voyager 1) e 15 km/s (Voyager 2). A Voyager 1 se encontra a
uma distância de 85,7 AU e a Voyager 2 está a uma distância de 68 AU
do Sol. Assim que a Voyager 2 passou por Netuno em 1989, a missão
ganhou um novo financiamento e começou assim a Missão Interestelar.
As naves ainda estão funcionado e alguns instrumentos estão ligados e
coletando informações sobre a heliosfera (“atmosfera” do Sol).
A Voyager 1 está se dirigindo para uma estrela, AC+79 3888, na
constelação de Camelopardus. A nave irá levar 40 000 anos para passar
a uma distância de 1.6 anos-luz da estrela. Já a Voyager 2, daqui a 296
000 anos irá passar a 4.3 anos-luz de distância da estrela Sírius, a mais
brilhante do céu. Mas quando isso acontecer, as naves não estarão mais
ligadas, uma vez que por volta do ano 2020 os geradores não serão
mais capazes de produzir energia elétrica para alimentar os instrumentos
das naves.
Fonte: http://www.observatorio.ufmg.br/pas09.htm
9
Língua Portuguesa – História - Arte
Dönci encontra um disco dourado junto à nave. Comente com
seus alunos, que este detalhe é baseado em fatos reais. As
naves costumam levar cenas e mensagens do nosso planeta.
Isso aconteceu no projeto das Voyagers também. Apresente
o texto abaixo e peça que façam um trabalho em grupo
recolhendo dados e fotos daquilo que gostariam que seres
de outros planetas soubessem sobre nós e qual a mensagem
deixariam para eles.
DISCO DE OURO DO PROGRAMA VOYAGER
como Disco de Ouro do Programa Voyager carregam consigo
informações de como decifrar as mensagens gravadas por
meios analógicos a fim de obter acesso às 115 fotos e a
uma variedade dos sons da Terra. As mensagens enviadas
pelas sondas Voyager no LP de ouro, mais que tentar
passar informações a alguma outra civilização, passam uma
mensagem à própria humanidade no sentido de reunir valores
importantes das diversas culturas mundiais num tempo em
que vigorava a Guerra Fria.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_Voyager
10
Língua Portuguesa - Ciências Naturais
Egon preparam a nave para a viagem. O que será que os
astronautas de verdade levam na bagagem. Como é o seu
traje espacial e como vivem no interior das naves? Proponha
uma pesquisa e ofereça alguns dados.
COMO FUNCIONAM OS TRAJES ESPACIAIS
por Craig Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Pense em como você se veste
ao sair em um dia frio de inverno:
coloca sua camiseta, calças,
suéter, talvez roupas íntimas
compridas, jaqueta, luvas,
chapéu ou gorro, cachecol e
botas. Você veste muitas roupas
para se proteger do frio. Agora
imagine o que teria que vestir
para se proteger no espaço
sideral! Os trajes espaciais devem
proporcionar o conforto e suporte
que a Terra ou a espaçonave
proporcionam, resolvendo
problemas como atmosfera, água
e proteção contra radiação.
Neste artigo, examinaremos os
problemas em andar no espaço
sideral e como os trajes espaciais são feitos para lidar com eles.
As sondas Voyager, contudo, carregam consigo um conjunto
ainda mais amplo de informações gravados num disco
fonográfico de 12 polegadas (similar aos LP de vinil, feitos
de cobre e folheados em ouro. Esses discos, conhecidos
O espaço sideral é um lugar extremamente hostil. Se você fosse sair
de uma espaçonave como a Estação Espacial Internacional ou em um
mundo com pouca ou nenhuma atmosfera, como a Lua ou Marte, e não
estivesse usando um traje espacial, algumas coisas aconteceriam:
Você ficaria inconsciente em 15 segundos devido à falta de oxigênio.
Seu sangue e fluidos corporais entrariam em “ebulição” e congelariam,
pois há pouca ou nenhuma pressão do ar.
Seus tecidos (pele, coração e outros órgãos internos) expandiriam
devido aos fluidos em ebulição.
Você enfrentaria alterações extremas na temperatura:
luz solar: 120ºC
sombra: -100°C
Você seria exposto a vários tipos de radiação, como raios cósmicos e
partículas carregadas emitidas do sol (vento solar).
Você poderia ser atingido por pequenas partículas de pó ou rocha que
se movem em altas velocidades (micro meteoroides) ou detritos de
satélites ou espaçonaves em órbita.
Então, para lhe proteger desses perigos, um traje espacial deve:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
possuir uma atmosfera pressurizada ;
fornecer oxigênio;
remover o dióxido de carbono;
manter uma temperatura confortável, não importando o trabalho árduo
ou movimento para dentro e fora de áreas iluminadas pelo sol;
protegê-lo de micro meteoroides;
protegê-lo da radiação até certo grau;
permitir que enxergue claramente;
permitir que você mova seu corpo facilmente dentro do traje espacial;
permitir que você fale com outros (controladores terrestres, outros
astronautas);
permitir que você se mova ao redor da parte externa da espaçonave.
TORNANDO O ESPAÇO UM LUGAR MAIS SEGURO
Ao criar um ambiente similar ao da Terra dentro do próprio traje, os trajes
espaciais permitem que os humanos andem no espaço com relativa
segurança. Os trajes espaciais proporcionam:
ATMOSFERA PRESSURIZADA
O traje espacial fornece pressão de ar para manter os fluidos em seu
corpo no estado líquido - em outras palavras, para evitar que seus
fluidos corporais entrem em ebulição. Como um pneu, o traje espacial
é essencialmente um balão inflado restringido por algum tecido
emborrachado, neste caso, fibras revestidas de Neoprene. A restrição
colocada na parte do “balão” do traje fornece pressão de ar sobre o
astronauta que o veste, como soprar um balão dentro de um tubo de
papelão.
A maioria dos trajes espaciais opera em pressões abaixo da pressão
atmosférica normal (14,7 lb/pol2 ou 1atm); a cabine da nave espacial
também opera em pressão atmosférica normal. O traje espacial usado
por astronautas de espaçonaves opera em 4 lb/pol2 ou 0,29 atm.
Portanto, a pressão da cabine, tanto da espaçonave quanto de uma
câmara pressurizada, deve ser reduzida antes que um astronauta se
vista para um passeio espacial. Um astronauta passeando pelo espaço
corre o risco de sofrer uma doença de descompressão devido às
alterações na pressão entre o traje espacial e a cabine da espaçonave.
OXIGÊNIO
Os trajes espaciais não podem usar ar normal (78% de nitrogênio,
21% de oxigênio e 1% de outros gases), pois a baixa pressão causaria
concentrações de oxigênio perigosamente baixas nos pulmões e
sangue, como em uma escalada ao Monte Everest. Portanto, a maioria
dos trajes espaciais fornece uma atmosfera de oxigênio puro para a
respiração. Os trajes espaciais obtêm o oxigênio da espaçonave através
de um cordão umbilical ou de um sistema de suporte à vida na mochila
que os astronautas usam.
Tanto a espaçonave quanto a Estação Espacial Internacional têm
misturas de ar normal que imitam nossa atmosfera. Portanto, para
entrar em um traje espacial de oxigênio puro, um astronauta que vai
caminhar no espaço deve respirar oxigênio puro por algum período
de tempo antes de se vestir. Essa pré-respiração elimina o nitrogênio
do sangue e tecidos do astronauta, minimizando o risco de doença da
descompressão.
DIÓXIDO DE CARBONO
O astronauta exala dióxido de carbono. No espaço, confinado do traje,
as concentrações de dióxido de carbono se acumulariam a níveis
mortais. Portanto, o dióxido de carbono em excesso deve ser removido
da atmosfera do traje espacial. Os trajes espaciais usam tambores de
hidróxido de lítio para remover o dióxido de carbono. Esses tambores
estão localizados na mochila de suporte à vida do traje espacial ou
na espaçonave, caso no qual são acessados através de um cordão
umbilical.
TEMPERATURA
Para lidar com os extremos de temperatura, a maioria dos trajes
espaciais são pesadamente isolados com camadas de tecido (Neoprene,
Gore-Tex, Dacron) e cobertos com camadas externas reflexivas (Mylar
ou tecido branco) para refletir a luz solar. O astronauta produz calor
de seu corpo, especialmente ao realizar atividades árduas. Se esse
calor não for removido, o suor produzido pelo astronauta irá embaçar o
capacete e fará com que o astronauta fique gravemente desidratado; o
astronauta Eugene Cernan perdeu vários quilos durante sua caminhada
espacial na Gemini 9. Para remover esse excesso de calor, os trajes
espaciais têm usado ventiladores/trocadores de calor para soprar o ar
frio, como nos programas Mercury e Gemini, ou roupas refrigeradas a
água, que são usadas do programa Apollo até hoje.
MICRO METEOROIDES
Para proteger os astronautas de colisões com micro meteoroides, os
trajes espaciais têm múltiplas camadas de tecidos resistentes, como o
Dacron ou Kevlar. Essas camadas também evitam que o traje rasgue
durante exposição a superfícies da espaçonave, planeta ou Lua.
astronautas praticam o passeio espacial em grandes tanques de água
na Terra. A flutuação de um traje espacial inflado na água simula a micro
gravidade.
RADIAÇÃO
Os trajes espaciais oferecem apenas proteção limitada da radiação.
Alguma proteção é oferecida pelas coberturas reflexivas de Mylar que
são embutidas, mas um traje espacial não ofereceria muita proteção
de uma fulguração solar. Então, os passeios espaciais são planejados
durante períodos de baixa atividade solar.
VISÃO CLARA
Os trajes espaciais têm capacetes feitos de plástico límpido ou
policarbonato resistente. A maioria dos capacetes tem coberturas para
refletir a luz solar e visores tonalizados para reduzir o brilho, de modo
bem parecido aos óculos de sol. Também, antes de uma caminhada
espacial, as placas faciais internas do capacete são borrifadas com um
composto antineblina. Finalmente, as coberturas de capacete de traje
espacial modernas têm faróis montados de modo que os astronautas
possam explorar ou trabalhar em áreas escuras.
MOBILIDADE DENTRO DO TRAJE ESPACIAL
O movimento dentro de um traje espacial é difícil. Imagine-se tentando
mover seus dedos em uma luva de borracha inflada de ar; isso não
dá muito certo. Para ajudar neste problema, os trajes espaciais são
equipados com juntas especiais ou estreitamentos no tecido para
ajudar os astronautas a flexionar suas mãos, braços, pernas, joelhos e
tornozelos.
COMUNICAÇÕES
Os trajes espaciais são equipados com transmissores/receptores
de rádio, de modo que os astronautas que passeiam pelo espaço
podem falar com os controladores de terra e/ou outros astronautas. Os
astronautas usam conjuntos com microfones e fones de ouvido. Os
transmissores/receptores estão localizados nas mochilas usadas pelos
astronautas.
MOBILIDADE NA ESPAÇONAVE
Na ausência de gravidade, é difícil se movimentar. Se você empurrar
alguma coisa, você voa na direção oposta (terceira lei do movimento de
Newton - para cada ação há uma reação igual e oposta). Os astronautas
da Gemini em passeio pelo espaço relataram grandes problemas em
simplesmente manter suas posições; quando tentavam girar uma chave
de boca, eles giravam na direção oposta. Portanto, as espaçonaves são
equipadas com estribos e suportes de mão para ajudar os astronautas
a trabalhar em micro gravidade. Além disso, antes da missão, os
http://ciencia.hsw.uol.com.br/trajes-espaciais.htm
11
Língua Portuguesa – Geografia
Ciências Naturais - Arte
O primeiro planeta que a nave se aproxima é muito perto do
sol e por isso eles não agüentam o calor e precisam partir.
A nave se afasta muito e vai para o planeta mais distante.
Conte aos seus alunos que esse planeta com o clima muito
quente se chama Mercúrio e forneça algumas informações.
Em seguida, exiba uma imagem do Sistema Solar e vá
comparando as informações do texto abaixo com o que foi
visto no filme.
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol, e tem uma órbita
invulgarmente excêntrica (apenas Plutão tem uma excentricidade
maior). É o planeta que orbita com maior velocidade (o ano
mercuriano tem apenas 88 dias) e é o segundo mais quente (logo
a seguir a Vênus). Pela sua proximidade à Terra, que permite a
sua observação a olho nu, é um dos 6 planetas conhecidos da
antiguidade. De fato, apesar de não emitir luz própria visível, reflete
a luz do Sol e é um dos objetos mais brilhantes do céu. No entanto,
é um planeta difícil de observar. Visto da Terra, nunca se afasta
muito do Sol e está a maior parte do tempo ofuscado por este.
Sem telescópio, só o conseguimos ver durante o pôr ou o nascer
do Sol. Por exemplo, quando Mercúrio se encontra perto da sua
maior elongação de oeste, pode ser visto pouco antes do nascer
do Sol como uma estrela da manhã que o precede. Além disso, o
fato de Mercúrio ter uma órbita mais próxima do Sol do que a da
Terra permite-nos observar um fenômeno astronômico interessante,
chamado Trânsito Solar, quando Mercúrio visto da Terra passa à
frente do Sol.
Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta
mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta
“gêmeo” da Terra nos coloca começam com o seu movimento de
rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora
243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso,
enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios
no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e
Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o
Sol nasce a este e põe-se a oeste.
No seu período de maior brilho, para um observador na Terra,
Vênus é o objeto mais luminoso no céu, apenas ultrapassado pelo
Sol e pela Lua. Apesar de, tal como Mercúrio, ser um planeta que
orbita entre a Terra e o Sol, está suficientemente afastado deste
para que o possamos observar sem que a luz Solar nos ofusque.
Vênus é o planeta mais quente do sistema solar devido a um
poderoso efeito de estufa.
A Terra, o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele que
conhecemos melhor, continua a ser o que nos intriga mais. Única
no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos
mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua
a surpreender-nos e a intrigar-nos. Terá sido a origem da vida na
Terra um evento único num Universo estéril, ou terá sido apenas o
passo seguinte, natural em todos os planetas pelo Universo fora que
reúnam condições semelhantes? A física poderá ajudar a responder
a esta pergunta. Com a física podemos descobrir os mecanismos
que estão em jogo na estabilidade e equilíbrio essenciais à vida:
o movimento da Terra no presente, no passado e no futuro, a
importância da Lua na estabilidade do eixo da Terra e, portanto,
na do seu clima, a natureza do Sol e o seu papel energético, a
composição química na atmosfera e no interior da Terra, entre
muitos mais segredos que nos ajudarão a definir o espectro de
condições em que a vida é possível.
Marte, depois da Terra, é o planeta mais fácil de estudar.
Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade
seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação
muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que
tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado
perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cujas
densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação
da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem
estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita, o
que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade.
A melhor altura para observar Marte é quando este se encontra na
sua oposição, isto é, quando a Terra está entre Marte e o Sol.
A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de
todos os outros corpos do sistema solar à exceção do Sol.
Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes
gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da
Terra e uma massa 318 vezes superior. Tal como Marte, a melhor
altura para observá-lo no céu é quando se encontra em oposição,
quando a Terra fica entre Júpiter e o Sol. Demora quase 12 anos a
completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente
rápido: 9h 50m 28s sendo o planeta com a rotação mais rápida do
sistema solar. No entanto, o astrônomo Gian Domenico Cassini
descobriu em 1690 que as regiões do equador do planeta rodam
ligeiramente mais devagar que as regiões polares. Junto aos pólos
o período de rotação é aproximadamente 9h 55m 41s. Este fato
sugere que Júpiter, ao contrário dos planetas terrestres que rodam
como um corpo rígido, é maioritariamente líquido no seu interior. O
que confirma também que a sua composição é muito diferente da
composição dos planetas terrestres.
Saturno é dos planetas mais bonitos e populares do sistema solar.
Apesar de todos os planetas jovens possuírem anéis, nenhum os
possuí como Saturno; tem uma órbita quase duas vezes maior
que Júpiter embora pelo seu grande tamanho (é o segundo maior
planeta do sistema solar) apareça no céu como uma estrela
brilhante. De fato, é bem visível no céu, sendo o planeta mais
longínquo conhecido na antiguidade. Demora quase 30 anos a
completar uma volta ao Sol e, tal como Júpiter, o seu período de
rotação interno é ligeiramente superior ao seu período equatorial.
Quando olhamos para Saturno as primeiras perguntas que nos vêm
à cabeça são: O que são aqueles anéis? De que são feitos? Porque
é que Saturno os tem? As respostas a estas perguntas têm sido
dadas ao longo dos últimos 3 séculos quer através das observações
dos astrônomos, quer, mais recentemente, através das missões que
visitaram o sistema saturniano e de simulações computacionais. No
entanto, ainda não se sabe bem porque é que Saturno ganhou anéis
compostos tão complexos. Para todos os efeitos, são sobretudo
evidência da riqueza dinâmica que pode ter origem na interação
gravídica, neste caso entre Saturno, as suas luas e os pequenos
corpos que constituem os anéis.
Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto na era moderna.
A Voyager 2 confirmou que a sua atmosfera é maioritariamente
composta por hidrogênio (82.5%) e hélio (15.2%), e também 2.3%
de metano, 10 vezes mais do que a percentagem que se encontra
em Júpiter e Saturno. Curiosamente, Urano tem ainda uma maior
percentagem de elementos pesados. Conjectura-se que tanto Urano
como Netuno se tenham formado mais próximos do Sol do que
estão hoje atualmente, entre 4 e 10 U.A., tendo migrado para as
suas órbitas atuais devido às perturbações gravitacionais de Júpiter
e Saturno. Isto porque, nas posições atuais de Urano e Netuno, a
nébula solar não teria ao que tudo indica matéria suficiente para
dar origem a planetas tão massivos como estes num intervalo de
tempo tão “curto”. Então, Urano terá ganho elementos pesados na
sua posição inicial mas à medida que se foi afastando do Sol terá
deixado de ter disponíveis as grandes quantidades de hidrogênio
e hélio necessárias para chegar à composição média que hoje
encontramos em Júpiter e Saturno (tanto Urano como Netuno
são muito mais leves do que aqueles planetas). A sua superfície
parece homogênea e está a uma temperatura de -218ºC, ou 55K. A
temperaturas tão baixas, o planeta não tem nuvens de amônia nem
de água, que congelaram e caíram há muito para o seu interior. Tem
contudo nuvens de metano, dificilmente visíveis, uma vez que esta
molécula precisa de estar a uma pressão suficientemente alta para
condensar em gotículas.
Apesar de aparentemente semelhante a Urano, Netuno apresenta
diferenças consideráveis. Ambos têm aproximadamente o mesmo
diâmetro e a mesma composição química (80% de hidrogênio,
19% de hélio e 2% de metano), mas Netuno tem 18% mais massa.
E já sabemos como a massa de um planeta é determinante na
sua evolução. De fato, ao contrário de Urano, onde se encontram
poucos sinais de uma atmosfera dinâmica, a Voyager 2 mostrounos que Netuno tem uma atmosfera ativa, com padrões de nuvens
visíveis e até tempestades de longa duração semelhantes às
observadas em Júpiter, figura da direita - a grande mancha negra.
Tal como observamos em Urano, é a presença de metano na
atmosfera que confere a cor azulada ao planeta. As nuvens brancas
que se conseguem ver formam-se quando metano trazido das
regiões mais fundas da atmosfera condensa no topo, mais frio, e
forma cristais de gelo. Netuno tem 13 luas conhecidas, das quais 6
foram descobertas pela Voyager 2. Conhece-se pouco sobre estas
luas, além do fato de serem pequenas e provavelmente constituídas
por gelo.
Plutão foi descoberto em 1930. É o planeta menor do sistema solar
e o que tem a órbita de maior excentricidade, tão excêntrica que,
periodicamente, se encontra mais próximo do Sol do que Netuno,
figura da direita. Demora 248.60 anos a completar uma volta ao Sol,
e o plano da sua órbita faz um ângulo invulgarmente grande, de 17º,
com o plano da eclíptica.
Pouco se sabe sobre Plutão uma vez que, para além de ser o
planeta menor do sistema solar (é mesmo menor que a Lua) e o
mais longínquo, é o único que não foi visitado por nenhuma missão
espacial. No entanto sabemos que tem uma densidade média de
2000 kg/m3, semelhante à de Tritão, o que nos permite inferir que a
sua composição é a que esperamos nos objetos destas regiões do
sistema solar: uma mistura de rocha e gelos.
http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo6/topico9.
php
12
Língua Portuguesa - Ciências Naturais
Enquanto Egon dorme um robô comanda a nave. É o piloto
automático. Pergunte se sabem o que é e como imaginam
que funciona. Proponha uma pesquisa e ofereça algumas
informações.
PILOTO AUTOMÁTICO
Em 1931, o aviador americano Wiley Post voou com seu avião
monomotor Lockheed Vega (o “Winnie Mae”) ao redor do mundo
em 8 dias, 15 horas e 51 minutos, estabelecendo um novo recorde.
Post tinha um navegador chamado Harold Gatty para ajudá-lo a
permanecer alerta e combater a fadiga naquele voo histórico. Mas
quando Post se tornou a primeira pessoa a realizar um voo solo
ao redor do mundo em 1933 ele teve que fazer tudo sozinho. O
segredo do seu sucesso, ou pelos menos um de seus segredos,
foi um simples piloto automático, que dirigia o avião enquanto ele
descansava.
Atualmente, os pilotos automáticos são sofisticados sistemas que
realizam as mesmas tarefas que um piloto altamente treinado para algumas rotinas e procedimentos durante o voo, os pilotos
automáticos são até melhores que as mãos humanas. Eles não
apenas tornam os voos mais suaves como os tornam mais seguros
e eficientes.
Os pilotos automáticos, ou autopilotos, são dispositivos que
controlam naves espaciais, aeronaves, embarcações, mísseis e
veículos sem a constante intervenção humana. Como a maioria
das pessoas associa os pilotos automáticos às aeronaves, vamos
nos concentrar nos aviões neste artigo. Entretanto, os mesmos
princípios se aplicam aos pilotos automáticos que controlam
qualquer tipo de veículo.
http://viagem.hsw.uol.com.br/piloto-automatico2.htm
13
Língua Portuguesa – Geografia
História - Ciências Naturais
Egon está tomando banho e falta água na nave. Ele pesquisa
o próximo planeta e vê que nele há plantas, animais, água. O
nosso planeta parece ser o único do sistema solar onde há vida.
Pergunte o que acham disso. Qual seria o motivo? O que é preciso
para um ser vivo existir? Será que os outros também tiveram
seres vivos vivendo lá?
Apresente o vídeo e promova um debate após a exibição do filme.
Poeira das Estrelas: a origem da vida na Terra, disponível em:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM563074-7823POEIRA+DAS+ESTRELAS+A+ORIGEM+DA+VIDA+NA+TER
RA,00.html
14
Língua Portuguesa - Ciências Naturais - Arte
Ao se aproximarem da Terra eles dão voltas em torno da
Lua. Pergunte o que sabem a respeito da lua e proponha
uma pesquisa. O trabalho pode ser feito em grupo. Cada
grupo pesquisa uma resposta e posteriormente a turma
apresenta os resultados. Podem ser pesquisadas poesias,
músicas e imagens do nosso satélite e apresentados durante
a exposição. Outra ideia interessante é um concurso de fotos
tiradas pelos alunos.
A lua
O que é?
Porque está sempre mudando?
O que é a lua nova, cheia, crescente e minguante?
O que é um eclipse e como acontece?
Como a lua influencia nas marés e em outros fenômenos?
Aula gratuita sobre a lua:
http://www.mamutemidia.com.br/alua/default.asp
SATÉLITE DE FASES
A Lua é o único satélite natural da Terra. Quatro vezes menor do
que nosso planeta, ela também é iluminada pelo Sol, não tem
luz própria. Ao longo do ciclo lunar, a Lua vai adquirindo formas
diferentes para nós que a observamos daqui da Terra. Mas na
verdade sua forma não muda. O que muda é o quanto podemos ver
da face da Lua que está sendo iluminada pelo Sol.
A Lua demora cerca de 27 dias para dar a volta ao redor da Terra e
de seu próprio eixo. Por isso, é sempre o mesmo lado que fica de
frente para o nosso planeta, chamado de lado visível. A outra parte,
conhecida como lado oculto, alimentou lendas sobre monstros
fabulosos.
É o único lugar do espaço em que o homem já pisou. Doze
astronautas já aterrissaram por lá, desfazendo o mistério: cheia
de crateras, poeira e pedras, sem atmosfera nem água, a Lua não
abriga nenhuma forma de vida.
O ciclo lunar tem quatro fases principais: Lua Nova, Lua Quarto
Crescente, Lua Cheia e Lua Quarto Minguante.
Fonte: http://www.canalkids.com.br/cultura/ciencias/astronomia/lua.htm
15
Língua Portuguesa – Geografia
História - Ciências Naturais
A Lua é o único satélite natural da Terra, mas quando eles estão
se aproximando, aparecem muitos objetos circulando em volta
do nosso planeta. São satélites artificiais. O Que são? Para que
servem? Proponha uma pesquisa onde cada aluno anote, em
um dia, quantas vezes esteve em uma atividade monitorada por
satélite.
SATÉLITES ARTIFICIAIS
Definição em http://www.brasilescola.com/fisica/satelites-artificiais.htm
Satélite artificial é um veículo
espacial, tripulado ou não,
colocado em órbita de um
planeta, de um satélite ou do
Sol. É utilizado principalmente
na pesquisa científica e nas
telecomunicações em geral,
como na retransmissão de
sinais de rádio e de televisão
e na interligação de redes de computadores, como a Internet.Os
primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (04/10/57)
e o Sputnik II (03/11/57), lançados pelos soviéticos, e seguidos
pelo Explorer I (31/01/58), lançado pelos norte-americanos. Nas
telecomunicações, o satélite pioneiro foi o Telstar, lançado pelos
norte-americanos em 1962.Após o sucesso dessas experiências,
imediatamente, o homem colocou satélites artificiais em órbitas
de quatro outros astros do sistema solar: O próprio Sol (Luna I,
em 1959); a Lua (Luna X, em 1966); Marte (Marine IX, em 1971) e
Vênus (Venua IX, em 1975).
http://www.astromador.xpg.com.br/satelite.htm
16
Geografia – História - Ciências Naturais
Arte - Meio Ambiente
O oásis parece ser o que restou do nosso planeta. Há um único
sobrevivente, bastante estranho. Pergunte por que acham que ele
é assim. O homem consegue reproduzir as imagens do disco em
um velho computador. São muitos registros da nossa civilização,
imagens de lugares, arte, pessoas e fatos e ao final imagens
terríveis de guerra sofrimento. Aparecem pessoas tentando viver
de forma alternativa, usando bicicleta e outras formas de obter
energia mas depois o que se vê é fome, miséria, acúmulo de lixo,
incêndios, tsunamis, desmatamento, falta de água e destruição
total.Pergunte qual a mensagem que a nave pretendeu passar
naquele disco. Proponha um trabalho em grupo em que as
imagens de devastação mostradas sejam analisadas em relação
às causas e o que pode ser feito pelos homens para evitar que
ocorram.
17
Língua Portuguesa – Geografia – História
Ciências Naturais - Arte
Depois que o homem conserta a nave Egon e Dönci fazem a
viagem de volta e as imagens são passadas de trás para a frente,
assim como o relógio de Egon. Pergunte o que acham disso e
comente sobre as informações que pesquisaram a respeito de
tempo e espaço no cosmos. Isso explica algo a respeito da história
do filme? Peça que escrevam a respeito.
Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.
Download