Bases de Dados • Objectivos: – aprender a usar efectivamente um Sistema de Gestão de Bases de Dados, através: • desenho da BDs <==> modelação (ER/EER/ODL) • criação e manipulação da BDs => programação em SQL • estrutura do SGBDs: ficheiros de indices, transacções, concorrência, recuperação,... • Ênfase: – Modelo relacional – Modelação: modelos ER, EER e ODL. – Implementação: SQL • Aulas práticas: desenvolvimento de uma BD – – – – modelação de uma BDs Implementação em SQL em MS-SQLserver ou Oracle Formulação de questões em SQL Interfaces à BDs (formulários ou relatórios em Access) Bases de Dados 1 BDs: Avaliação e Bibliografia • Avaliação: – trabalhos práticos (obrigatórios para obter frequência -- mínimo 40%): 4/5 valores – exame final: 16/15 valores (nota mínima: 6 valores) • Bibliografia: – Elmasri and Navathe, Fundamentals of Database Systems, 3rd. Ed., AddisonWesley, 1999. – J. Ullman and J. Widom, A first course in Database Systems, Prentice-Hall, 1997 – Korth and Silberschatz, Database Systems Concepts, 3rd. Ed.,McGraw-Hill, 1996 • Encomendar livros pela Internet: – www.bookpool.com – www.amazon.co.uk ou www.amazon.com Bases de Dados 2 Bases de Dados (definição) • Conjunto dados que se relacionam entre si • Dados: representam factos da vida real que podem ser guardados – – – – Contactos: nomes, endereços, telefones, ... Escola: alunos, professores, disciplinas, turmas, horário, ... Banco: cliente, conta, dependência, ... Clube vídeo: loja, filme, fornecedor, empregado, sócio, ... • Vantagens: – organização de grandes volumes de informação – uso de programas que facilitam a definição, criação, e manipulação da BDs, i.e. Sistemas de Gestão de Bases de Dados (SGBDs): Oracle, Sybase, DB2, SQL-server (Access), Adabas, Ingres, ... • Sistema de BDs = BDs + SGDBs Bases de Dados 3 Exemplo de BDs Filme( título, ano, duração, tipo) Actor( nome, endereço,) Participa( nomeA,títuloF) nome Actor endereço Harrison Ford 789 Palm Dr, Beverly Hills Judy Foster 300 Stars Av., Beverly Hills Participa Filme título A Testemunha O Silêncio dos Inocentes ano 1987 1992 duração tipo 120 côr 130 côr nome Harrison Ford Judy Foster títuloF A Testemunha O Silêncio dos Inocentes Har rison Ford Guerra das Estrelas • Quais os filmes em que Harrison Ford participou? Ordene os filmes por ano de estreia. Bases de Dados 4 Exemplo de BDs Alunos codAluno nomeAluno 95001 Catarina 96005 Carlos curso CC MAT Disciplinas codDisc BD AL nomeDisc Bases de Dados Analise de Dados creditos depart. 4 CC 4 MA Funcionamento codDisc sem anoLic anoLec prof BD 1 3 1999 F. Silva IA 2 3 1999 M. Filgueiras Classificações codAluno codDisc nota 95001 BD 14 96005 BD 14 • Listar as disciplinas frequentadas e classificações obtidas pelo aluno Carlos. Bases de Dados 5 Desenvolvimento de BDs • Consultar e actualizar informação da BDs – Em que filmes participou o actor Harrison Ford? – Quantos filmes foram produzidos em 1992? • Definir utilizadores da BDs e permissões de acesso (administração) • Desenvolver ecrãs gráficos para operações mais comuns – bancos: ecrãs específicos para os caixas no atendimento a clientes • Criar relatórios específicos – extracto de conta • Tornar parte da BDs acessível via Internet? – Cada vez mais importante: compra de livros pela Internet, ... Bases de Dados 6 Características de uma abordagem de BDs • Independência dos dados – o catálogo do sistema tem a descrição da BDs (meta-dados): • estrutura de cada ficheiro usado para a BDs • tipo e formato de cada item de dados • restrições várias sobe os dados – permite que o software do SGBDs seja independente da BD em vista. • Separação entre dados e programas (abstração) – num sistema tradicional de ficheiros, a estrutura do ficheiro de dados está inserida nos programas que manipulam esses ficheiros • dificuldades em alterar a organização dos dados – numa BDs, a estrutura dos ficheiros está no catálogo do SGBDs e portanto separada dos programas de acesso • conduz a independência dados/programa (propriedade: abstracção dos dados) Bases de Dados 7 Características de uma abordagem de BDs (cont.) • Suporte de visões múltiplas dos dados – permite fornecer diferentes perspectivas (ou visões) dos dados para diferentes utilizadores. – Visão: • pode ser um subconjunto da BDs ou • pode conter dados virtuais que são derivados de ficheiros da BDs mas que não são explicitamente guardados. • Exemplo: performance dos alunos de um curso (ordem alfabética de aluno). Performance nomeAluno Catarina Catarina Pedro Pedro Bases de Dados nomeDisc nota sem anoLec EDA 12 1 98/99 SO 13 2 98/99 SO 14 2 98/99 IG 15 2 98/99 8 Características de uma abordagem de BDs (cont.) • Partilha de dados – acesso multi-utilizador à BDs => SGBDs tem de controlar concorrência para garantir consistência e correcção nas actualizações da BDs – exemplo: • vários agentes de viagens a tentarem reservar um lugar num determinado voo. • O SGBDs tem de garantir que um determinado lugar só pode ser acedido para reserva por apenas um agente. Bases de Dados 9 Capacidades desejáveis para um bom SGBDs • Controlar redundância • Restrição de acesso não autorizado – passwords, diferentes níveis de acesso, acesso restricto a software com previlégios • Providenciar múltiplas Interfaces com utilizador • Garantir a satisfação de restrições de integridade • Providenciar Mecanismos de Backup e Recuperação Bases de Dados 10 Desenho/Modelação de Bases de Dados • Porquê a fase de modelação? – Acordar numa estrutura da BDs antes de enveredar por uma determinada implementação. – Simplifica eventuais correcções a fazer, facilita o entendimento dos dados por parte de não-especialistas, simplifica implementação, ... • Envolve determinar: – – – – Quais as entidades a modelar Como é que se relacionam as entidades Que restrições existem no domínio Como conseguir um bom modelo de dados Bases de Dados 11 Fases no Desenho de BDs Problema Requisitos/Análise 1ª. Fase: • entrevistas com potenciais utilizadores da BDs • compreender e documentar os seus requisitos • produzir um conjunto de requisitos o mais detalhado e completo possível Requisitos da BDs Desenho conceptual Esquema conceptual (modelo de Alto-Nível) Desenho lógico Bases de Dados 2ª. Fase: • definir um esquema conceptual da BDs que inclua descrição das entidades da BD, relacionamentos entre entidades e restrições • evitar detalhes de implementação Independente do SGBDs 12 Fases no Desenho de BDs (cont.) Desenho lógico (Mapeamento do Modelo de Dados) Esquema da BDs (especifico de SGBDs) Dependente do SGBDs 3ª. Fase: • implementação da BDs usando um SGBDs comercial Desenho físico Esquema interno Bases de Dados 4ª. Fase: • estruturas em memória e organização dos ficheiros da BDs • ficheiros de indices 13 Formalismos de modelação de BDs • Modelo E/R - Entidades/Relacionamentos: – mais próximo do relacional – pode ser enriquecido para integrar conceitos de objectos: modelo EER • Modelo ODL - Object-Definition Language – mais no espirito de modelos orientados a objectos • Ambos modelos podem ser traduzidos (semi-automaticamente) para esquemas relacionais. • ODL traduz-se mais naturalmente num esquema orientado-a-objectos Bases de Dados 14 Modelo Entidade-Relacionamento • Entidades: – objecto ou conceito do mundo real com uma existência independente – com existência física, e.g. carro, empregado, produto, aluno, etc. – com existência conceptual: uma empresa, uma profissão, um curso, etc. • Atributos: – propriedades que caracterizam (e estão associadas) uma entidade • atributos de Pessoa: nome, sexo, data nascimento, morada, etc. • Relacionamentos – representam interacções entre 2 ou mais entidades trabalha(empregado, departamento) Bases de Dados 15 Modelo ER: Atributos • Valores dos atributos = Informação da BD • Domínios de atributos – conj. de valores que podem ser atribuídos a um atributo de uma entidade. • Tipos de atributos: – atributo simples ou atómico: não é divisível. – atributo composto: divisível em atributos simples com significado independente • o atributo Endereço da entidade PESSOA pode ser decomposto em: Rua, Cidade e CódigoPostal. – atributo de valor único: têm apenas um valor para uma determinada entidade – atributo de valores-múltiplos: pode tomar 1 ou mais valores de um conjunto de valores para a mesma entidade. • entidade CARRO, atributo Cor-do-carro (vermelho, branco, cinza, …) • entidade PESSOA, atributo TítuloAcadémico ( licenciado, mestre, doutor,…) Bases de Dados 16 Modelo ER: Atributos (cont.) • Tipos de atributos: – atributo derivado: pode ser derivado de outro atributo. • Idade pode ser derivado de DataNascimento – atributo com valor nulo (NULL) • quando o atributo não é aplicável a uma determinada entidade. • Ex: o atributo TítulosAcadémicos só se aplica a pessoas com curso superior, sendo nulo para as restantes. • Interpretações para o valor NULL: – o atributo não se aplica; – o valor do atributo não é conhecido ou está em falta. Bases de Dados 17 Modelo ER: Entidade Tipo • Entidade Tipo: – determina o esquema para um conjunto de entidades que partilham a mesma estrutura (atributos). – caracteriza-se por um nome e uma lista de atributos. Esquema da entidade-tipo EMPREGADO: EMPREGADO(Nome, Idade, Salário) • Atributo chave de uma entidade-tipo: – é o atributo que identifica de forma únivoca cada entidade. • deve aparecer sublinhado. Ex: EMPRESA( Nome, Endereço, Presidente) PESSOA( Nome, NumBI, DataNasc, Endereço, …) – pode ser constituído por mais do que um atributo simples. Bases de Dados 18 Requisitos de uma BDs de uma Empresa • Uma empresa está dividida em departamentos. Cada departamento tem um nome, um número e um gerente. Inclui ainda a data em que o gerente começou a gerir o departamento. O departamento pode ter várias localizações. • Um departamento controla um determinado número de projectos. Cada projecto tem um nome, um número e uma localização única. • Para cada empregado, guardar o nome, o número do BI, endereç, salário, sexo e data de nascimento. Um empregado pertence a um departamento, mas pode trabalhar em vários projectos, que não são necessáriamente controlados pelo mesmo departamento. Tomar nota do número de horas por semana que um empregado trabalha num dado projecto. Tomar nota do supervisor directo de cada empregado. • Tomar nota do número de dependentes de cada empregado para efeitos de seguro. Para cada dependente, guardar o nome, sexo, data de nascimento e grau de parentesco para o empregado. Bases de Dados 19 Construção do modelo ER para a BD-Empresa • Identificar entidades-tipo e atributos: 1. DEPARTAMENTO( Nome, Num, {Local}, Gerente, GerData) atributos com valores múltiplos: Local 2. PROJECTO( Nome, Num, {Localização}, DepCtl) 3. EMPREGADO( Nome(P,U), NumBI, Sexo, Endereço,Salário,Dnasc, Dept, Super) 4. DEPENDENTE( Empregado, DNome, Sexo, Dnasc, GrauPar) Bases de Dados 20 Construção do modelo ER para a BD-Empresa Falta representar: – 1 empregado trabalha em N projectos – num. de horas que cada empregado trabalha em cada projecto Identificar entidades-tipo e atributos: • Podemos representar esta info como: – atributo-composto-multivalor da entidade Empregado TrabalhaEm( Projecto, Horas) – atributo-composto-multivalor da entidade Projecto: Trabalhadores( Empregado, Horas) Bases de Dados 21 Relacionamentos Falta representar (entre outros): “um Departamento tem um Director que o dirige; um Director é um empregado” Dirige( Departamento, Empregado) • O esquema Dirige traduz um relacionamento entre 2 entidades, Departamento e Empregado. • No modelo ER, uma entidade não pode referenciar directamente outra entidade; tal necessidade traduz-se na definição de um relacionamento. • Outros relacionamentos: TrabalhaPara(Empregado,Departamento) Controla(Departamento,Projecto) DependeDe(Dependente,Empregado) Supervisiona(Empregado,Empregado) TrabalhaEm(Empregado,Projecto,Horas) Bases de Dados 22 Esquema da BDs Com a definição dos relacionamentos, algunds dos atributos são redundantes pelo que não devem ser incluídos no esquema. O esquema consiste: • Entidades: DEPARTAMENTO( Nome, Num, {Local}, ) PROJECTO( Nome, Num, {Localização} ) EMPREGADO( Nome(P,U), NumBI, Sexo, Endereço,Salário,Dnasc) DEPENDENTE( DNome, Sexo, Dnasc, GrauPar) • Relacionamentos: trabalhaPara(Empregado,Departamento) dependeDe(Dependente,Empregado) • controla(Departamento,Projecto) dirige(Empregado,Departamento, GerData) supervisiona(Empregado,Empregado) trabalhaEm(Empregado,Projecto,Horas) Falta analisar o tipo de participação das entidades no relacionamentos. Bases de Dados 23 Relacionamentos (Grau e Atributos) • Grau de um relacionamento: – número de entidades no relacionamento. – Ex. de um relacionamento ternário: fornece(Fornecedor, Produto, Projecto) • Relacionamentos com atributos. Horas é um atributo do relacionamento trabalhaEm(Empregado, Projecto, Horas) Bases de Dados 24 Relacionamentos (Restrições) • Restrições nos relacionamentos: – permitem limitar as combinações possíveis entre entidades partic ipantes – Ex: um empregado trabalha para apenas um departamento. • Tipos de Restrições: – Cardinalidade dos Relacionamenos: • tipo de participação das entidades no relacionamento • 1 : N -- um para-muitos trabalhaPara(Empregado, Departamento) • M : N -- muitos-para -muitos trabalhaEm(Empregado, Projecto, Horas) • 1 : 1 -- um-para-muitos dirige(Empregado, Departamento) Bases de Dados 25 Restrições nos Relacionamentos (cont.) – Tipo de participação: • especifica se a existência de uma instância de entidade depende do seu relacionamento com outra entidade, via esse relacionamento. • Participação total (dependência existêncial) – quando todas as instâncias de uma entidade estão relacionadas com alguma instância de uma outra entidade participante no relacionamento. trabalhaPara(Empregado, Departamento) • Participação parcial – quando não se espera que todas as instâncias de uma entidade participem no relacionamento. dirige(Empregado, Departamento) Bases de Dados 26 Entidades Fracas • Entidade Fraca: – é identificada pelo seu relacionamento (relacionamento identific ador) com determinadas entidades (entidade identificadora) – tem sempre participação total (dependência existêncial) em relação ao relacionamento-identificador. – Possui uma chave-parcial, que é o conjunto de atributos que univocamente determinam a entidade fraca relacionada com a mesma entidade-identificadora. – Ex: dependenDe(Dependente, Empregado) Bases de Dados 27 Modelo ER para a BDs sobre uma Empresa • Entidades-tipo: DEPARTAMENTO( Nome, Num, {Local}, ) PROJECTO( Nome, Num, Local ) EMPREGADO( Nome(P,U), NumBI, Sexo, Endereço, Salário, Dnasc ) DEPENDENTE( DNome, Sexo, Dnasc, GrauPar ) • Relacionamentos: trabalhaPara(Empregado,Departamento) N:1 total/total dependeDe(Dependente,Empregado) N:1 total/parcial controla(Departamento,Projecto) 1:N parcial/total dirige(Empregado,Departamento, GerData) 1:1 parcial/parcial supervisiona(Empregado,Empregado) 1:N parcial/parcial M:N total/total Supervisor Supervisionado trabalhaEm(Empregado,Projecto,Horas) Bases de Dados 28 Diagramas ER • Ênfase na representação dos esquemas em vez de instâncias de entidades e relacionamentos. • Notação para os diagramas: Entidade-Tipo Entidade-Fraca Relacionamento Atributo Atributo-Chave Atributo-Multivalor Atributo-Derivado Atributo-Composto Relacionamentoidentificador Bases de Dados 29 Diagramas ER (cont.) E1 E1 R 1 E2 N R R E2 E (min,max) Participação-total de E2 em R 1:N Restrição-estrutural da participaçaõ de E em R • Uma entidade E participa num relacionamento R com restrição (min,max) em que 0 ² min ² max e max ³ 0, se para cada entidade e 5 E, e participa pelo menos min e no máximo max instâncias do relacionamento R. min = 0 -- participação parcial max > 0 -- participação total Bases de Dados 30 Exemplo Restrição-Estrutural • No diagrama: – um empregado trabalha para um departamento – Num departamento trabalham pelo menos 4 empregados Empregado (1,1) (4,N) trabalhaPara Departamento • Nomes para as entidades-tipo, atributos e relacionamentos deve ser feita com critério: – entidades - nomes singular – atributos - nomes – relacionamentos - nomes ou verbos de forma a facilitar a leitura da esquerda para a direita Bases de Dados 31 O Modelo EER (ER Extendido) • BDs recentes (Multimédia, GIS, CAD/CAM,…) requerem novos conceitos semânticos de modelação: – subclasse, superclasse, especialização e generalização, herança de atributos, etc. • Subclasses e Superclasses – uma subclasse corresponde a um sub-conjunto de entidades com alguma característica comum e pertencentes à mesma entidade-tipo – superclasse corresponde à entidade-tipo que aglutina os vários sub-conjuntos de entidades, i.e. subclasses. – Ex: superclasse subclasses Bases de Dados Secretárias Empregado Engenheiros Técnicos Directores 32 O Modelo EER (Relacionamento ISA) • O relacionamento ISA (ou superclasse/subclasse) caracteriza a ligação entre as subclasses e a respectiva superclasse Director isa Empregado Secretária isa Empregado Técnico isa Empregado – uma entidade membro de uma subclasse representa a mesma entidade-física de um membro da superclasse, apenas os “papeis” são diferentes. – Ex. A entidade Director de nome X é a mesma entidade X de Empregado; Bases de Dados 33 EER: Herança de Atributos • As subclasses herdam todos os atributos da sua superclasse • uma subclasse com todos os atributos que herda da superclasse, é uma entidade-tipo. • Porquê a divisão em subclasses? – Certos atributos aplicam-se a apenas algumas instâncias da superclasse – Alguns relacionamentos podem ter participação de apenas alguns membros de uma subclasse Bases de Dados 34 EER: Especialização • Especialização – é o processo de de definição do conjunto das subclasses de uma entidade-tipo (superclasse da especialização) – e.g. {Secretária, Engenheiro, Técnico} especializa Empregado com base no tipo de trabalho. – podemos ter várias especializações da mesma entidade-tipo com base em diferentes características. – Podemos associar atributos específicos (extra) a cada subclasse – estabelecer relacionamentos-tipo específicos entre uma subclasse e outras entidades-tipo ou outras subclasses Bases de Dados 35 Diagrama EER Nome • 3 especializações de Empregado Empregado NumBI d d EmpPrazo Director EmpEfectivo Escalão Secretária Técnico Engenheiro Salário Salário Efiliado dirige Qualificação EngTipo VelEscrita Sindicato Projecto Bases de Dados 36 EER: Generalização • Generalização: processo funcionalmente inverso da especialização. – eliminam-se as diferenças entre várias entidades-tipo, identificam-se as caracteristicas comuns que passarão a caracterizar uma nova superclasse da qual as entidades-tipo originais são subclasses especiais. Carro(Matricula, Nreg, Npass, VelMax, Preço) Camião(Matricula, Nreg, Neixos, Tonelagem, Preço) generalizando temos: Nreg Veículo Matricula Preço d Carro Camião Tonelagem Npass Bases de Dados VelMax Neixos 37 Tipos de Especialização/Generalização • Especialização definida-por-atributo – quando a divisão em subclasses se basei numa condição de membro – e.g. condição tipoTrabalho=“secretária” determina quais dos empregados vão pertencer à subclasse Secretária. • Especialização definida-por-utilizador – quando não existe a condição. • Especialização disjunta d – quando as subclasses são disjuntas, i.e. cada entidade pode ser membro de no máximo uma subclasse de especialização. • Especialização com sobreposição o – quando a mesma entidade pode pertencer a mais do que uma subclasse, e.g. a superclasse Pessoa pode decompor-se em subclasses Empregado, Estudante , Licenciado (e.g. um assistente é um empregado da universidade, é licenciado e é aluno de doutoramento) Bases de Dados 38 Tipos de Especialização/Generalização (cont.) • Especialização Total (linhas duplas nos diagramas) – quando toda a entidade de uma superclasse tem de ser membro de alguma subclasse. – e.g. especialização {EmpEfectivo, EmpPrazo} de Empregado . Todos empregados estão numa das subclasses. • Especialização Parcial (linha simples nos diagramas) – permite que uma entidade não pertença a qualquer das subclasses. • Temos assim 4 tipos de especialização: – disjunta total; disjunta parcial; sobreposição total; sobreposiçaõ parcial – o tipo de especialização é determinado a partir do significado na vida real • A generalização de uma superclasse é habitualmente total – contém as entidades das subclasses de onde foi derivada. Bases de Dados 39 Desenho de BDs SGBD O-O ODL (object definition lang.) Relações Ideias (info a modelar) ER/EER (entidade/relacionamento) Conceptualização • SGBD Relacional Implementação A modelação visa definir a estrutura da BDs antes da sua implementação, de forma a permitir a sua compreensão por parte dos utilizadores. Bases de Dados 40 Modelo Relacional • Introduzido por Codd (1970) • Base de Dados = Conjunto de relações • Relação <==> Tabela Filme (Título, Ano, Duração, Tipo) Esquema atributos Filme tabela Título Ano Zorro 1998 Guerra das Estrelas 1977 Mighty Ducks Bases de Dados 1991 Duração Tipo 120 124 104 cor cor cor tuplo 41 Esquema Relacional de uma BDs Empregado(Pnome,Unome,EBI,Dnasc,Morada,Sexo,Salário,SuperBI,Ndep) Departamento(Dnome,Dnum, DirBI, DirData) Locais_Dep(Dnum,Dlocal) Projecto(Pnome,Pnum,Plocal) TrabalhaEm(EBI,Pnum,Horas) Dependente(EBI,Nome,Sexo,Dnasc,GrauParentesco) Bases de Dados 42 Modelo Relacional: conceitos • Domínio: – conjunto de valores de um dado tipo que caracterizam um atributo • Tuplos: – sequência ordenada de valores (ordem da sequência é importante) – tuplos de uma relação (ou tabela) não têm ordem – os valores das componentes de um tuplo são atómicos • no relacional não pode haver atributos compostos ou multivalor • Chave de uma relação R – identifica de forma única os tuplos de R – conjunto mínimo de atributos de R, t.q. não existem 2 tuplos distintos de R com valores iguais nesses atributos. – Uma relação pode ter várias chaves candidatas • chave primária; chaves alternativas Bases de Dados 43 Restrições Intrínsecas do Relacional • Integridade de entidade – os valores da chave-primária não podem ser nulos • Unicidade da chave – não podem existir 2 tuplos diferentes com valores iguais na chave • Chave externa – conjunto de atributos de uma relação que referenciam a chave de outra relação • Integridade referêncial – um tuplo de uma relação que se refira a uma outra relação, tem de se referir a um tuplo existente nessa relação • garante consistência entre tuplos de 2 relações • e.g. os tuplos correspondentes ao empregado-supervisor com EBI 3456789 e ao departamento número 5 têm de existir, dado o seguinte empregado: Empregado(João,Pinto,7654321,19975-03-04,R. das Fontainhas,M,250000,3456789,5) Bases de Dados 44 Interpretação de uma relação • Relações uniformizam a representação de factos sobre entidades e relacionamentos • Um esquema de uma relação deve ser visto como uma declaração • Esquema de BD relacional = conjunto de esquemas relacionais + conjunto de restrições de integridade • Operações no modelo relacional: – actualizações: inserir, remover e modificar – consultas: álgebra relacional Bases de Dados 45 Operação inserir • Permite inserir um ou mais tuplos numa tabela • pode violar qualquer dos 4 tipos de restrições: – – – – domínio: se um dos valores não pertencer ao domínio chave: o valor da chave do novo tuplo já existe num outro tuplo da tabela integridade de entidade: se o valor da chave do novo tuplo for null integridade referêncial: se o valor de uma chave externa referir um tuplo não existente. • Se uma das restrições for violada, opta-se por: – rejeitar a inserção (com aviso ao utilizador) – ou, tentar corrigir a razão para a rejeição ocorrer. Bases de Dados 46 Operação remover • remove tuplos de valores de uma tabela • pode violar apenas a integridade referêncial: – no caso de o tuplo a remover for referenciado por uma das chaves-externas de outro tuplo naBDs. • Requer uma condição sobre os atributos de forma a selecionar o tuplo ou tuplos a serem removidos – remover todos os empregados do departamento 10. • Caso ocorra violação, opta-se por: – rejeitar a operação, ou – procurar propagar a operação e remover todos os tuplos que referenciam o que está a ser removido, ou – alterar para null os valores dos atributos dos tuplos que referenciam o que está a ser removido • Operação modificar = remover+inserir (regras destas operações) Bases de Dados 47 Conversão do Modelo ER para o Modelo Relacional • Passo 1: entidade-tipo relação – atributos simples da entidade – atributos compostos – chave da entidade Sexo atributos da relação atributos individuais na relação chave da relação ... Pnome EBI Nome Empregado Empregado Bases de Dados Pnome Unome EBI Sexo Unome ... 48 ER • Passo 2: entidade-fraca Relacional relação – Seja W uma entidade-fraca e E a entidade-identificadora de W: – Criar uma relação R em que: • atributos simples de W • chave-principal de E e chave-parcial de W EBI Empregado atributos de R chave-principal de R dependeDe Dependente Nome ... ... Chave-externa Dependente Bases de Dados EBI Nome Sexo ... 49 ER • Passo 3: Relacional relacionamento binário 1:1 R(E1,E2) – Sejam S e T as relações correspondentes às entidade E1 e E2, respectivamente. – Escolhes-se uma das relações, e.g. S (a que corresponde à entidade com participação total em R) e: • incluir como chave externa em S a chave-principal de T • incluir todos atributos simples do relacionamento R na relação S EBI Empregado dirige (0,1) Departamento Dnum (1,1) ... DirData Chave-externa Departamento Dnome Bases de Dados Dnum DirBI DirData 50 ER • Passo 4: Relacional relacionamento binário 1:N R(E1,E2) – Sejam S e T as relações correspondentes às entidade E1 e E2, respectivamente. – Escolhes-se a relação que corresponde à entidade participante do lado N em R, suponha-se que é S: • incluir como chave externa em S a chave-principal de T • incluir todos atributos simples do relacionamento R na relação S EBI Empregado Departamento trabalhaPara Dnum 1 N ... Chave-externa Empregado Bases de Dados Pnome ... EBI ... DNum 51 ER • Passo 4: Relacional relacionamento binário M:N R(E1,E2) – Criar uma nova relação S para representar o relacionamento R. • incluir como chave externa em S as chaves-principais das relações que representam as entidades E1 e E2 participantes em R • o conjunto das chaves-externas formará a chave-principal de S • incluir todos atributos simples do relacionamento R na relação S EBI Empregado Projecto trabalhaEm Pnum N M ... Horas trabalhaEm Bases de Dados EBI Pnum chaves-externas e chave-principal Horas 52 ER • Passo 5: Relacional relacionamento binário M:N R(E1,E2) – Criar uma nova relação S para representar o relacionamento R. • incluir como chave externa em S as chaves-principais das relações que representam as entidades E1 e E2 participantes em R • o conjunto das chaves-externas formará a chave-principal de S • incluir todos atributos simples do relacionamento R na relação S EBI Empregado Projecto trabalhaEm Pnum N M ... Horas Nota: os relacionamentos 1:1 e 1:N também podem ser transformados de acordo com o passo 5. Bases de Dados trabalhaEm EBI Pnum chaves-externas e chave-principal Horas 53 ER • Passo 6: Relacional atributos-multivalor – Para cada atributo A multivalor, cria-se uma nova relação S que • inclui o atributo de A mais a chave-principal, K, da relação que representa a entidade ou relacionamento que tem A como atributo multivalor. • A chave-principal de S será acombinação de A e K. Dnum Departamento Dlocal Ex: um departamento pode ter várias localizações. ... Locais_Dep Dnum Dlocal Nota: os passos de 1 a 6 seriam suficientes para converter o esquema-ER da pag. 28 no esquema-relacional da pag. 44 (BDs Empresa). Bases de Dados 54 ER • Passo 7: Relacional relacionamentos com aridade superior a 2 (mais de 2 entidades) – Para cada relacionamento R com aridade n>2, criar uma nova relação S: • incluir como chaves-externas em S, as chaves-principais das relações que representam as entidades participantes. • A chave-principal de S será o conjunto de todas as chaves-externas. • Incluir como atributos de S, todos os atributos do relacionamento R. Fnome Fornecedor fornecimento Projecto Qtd Pnum Produto Fornecimento Bases de Dados Fnome Pnome Pnum Pnome Qtd 55 Exercício de modelação Os STCP pretendem construir uma base de dados sobre os percursos dos seus autocarros. A base de dados deve guardar informação relativa aos autocarros, como sejam a matrícula, a data de entrada em serviço, o número de quilómetros, a data da próxima revisão e o tipo (marca/modelo) de autocarro. Cada tipo de autocarro tem uma marca, um modelo, um número de lugares sentados e um número de lugares de pé. A base de dados deve guardar também informação relativa aos percursos. Um percurso é identificado por um número (e.g. 78, 35) e tem uma distância total em quilómetros. Os percursos percorrem paragens. As paragens têm um número identificador, um nome, e uma localização decomposta em local, rua e número. Existem limitações aos percursos que um determinado tipo de autocarro pode fazer, inerentes às suas dimensões. Estas limitações devem ficar registadas na base de dados. Existe um percurso especial para quando um autocarro mais o respectivo condutor são alugados, e este percurso não percorre paragens. Deve ser guardada também informação relativa aos condutores, como sejam o número de BI, o nome, a morada, a data de entrada em serviço e os percursos que cada condutor está habilitado a fazer (um condutor pode estar habilitado a fazer vários percursos). Na base de dados deve ficar registada também informação operacional diária, correspondente ao registo de saídas. Existem três turnos de saída, 6h, 14h e 22h. Um autocarro e um condutor fazem no máximo uma saída por dia, podendo não fazer nenhuma. A informação do registo de saída inclui a data, o turno, o condutor, o autocarro e o percurso atribuído. Bases de Dados 56 Exercício de modelação (cont.) • Desenhe um diagrama-ER ou EER para a base de dados descrita acima indicando as chaves das entidades, a cardinalidade dos relacionamentos e o tipo de participações. • Converta o diagrama da alínea anterior para o modelo relacional justificando os passos que efectua na conversão. • Diga se o seu modelo relacional consegue responder à questão ``Na data 24/12/00 no turno das 22h quantos autocarros fizeram o percurso 78?''. Justifique. Bases de Dados 57 EER Relacional • Passo 8: Converter cada especializaçao com m subclasses (S1,…,Sm) e superclasse (generalizada) C, onde os atributos de C sao (k,a1,…,an) em que k é a chave primária, para relaçoes usando uma das seguintes 4 opçoes: – 8a – Criar uma relaçao L para C com atributos atrib(L) = (k, a1,…,an) e cp(L) = k. Criar uma relaçao Li para cada subclasse Si, 1<=i<=m, com atributos atrib(Li)=(k) + (atributos de Si) e cp(Li) = k. – 8b - Criar uma relaçao Li para cada subclasse Si, 1<=i<=m, com atributos atrib(Li)=(atributos de Si) + (k,a1,…,an) e cp(Li) = k. – 8 c - Criar uma única relaçao L com atributos atrib(L) = (k, a1,…,an) + (atributos de S1) + … + (atributos de Sm) + (t) e cp(L) = k. Esta opçao é para uma especializaçao com subclasses disjuntas, e t é um atributo de tipo que indica a subclasse a que cada tuplo pertence, se alguma. – 8d - Criar uma única relaçao L com atributos atrib(L) = (k, a1,…,an) + (atributos de S1) + … + (atributos de Sm) + (t1, …, tm) e cp(L) = k. Esta opçao é para uma especializaçao com subclasses sobrepostas, e cada ti, 1<=i<=m, é um atributo booleano que indica se um tuplo pertence à subclasse Si. Bases de Dados 58 “Boas” relações: como? • o significado do esquema da relação deve ser simples de explicar – não combinar os atributos de várias entidades e relacionamentos numa única relação • evitar relações que permitam o aparecimento de anomalias de inserção: Emp_Dep(Enome, EBI, Dnasc, Morada, Dnum, Dnome, DirDep) • inserir um tuplo de um novo empregado, teremos de incluir valores sobre o departamento onde trabalha. Quando adicionamos info sobre o departamento, temos de ser consistentes com os valores adicionados sobre o mesmo departamento para outros empregados • evitar ter atributos numa relação cujo valor pode ser nulo, pois nem sempre se sabe qual a interpretação a aplicar. • conceber relações que possam ser combinadas por uma operação de junção com base numa condição de igualdade em atributos que são chavesprincipais ou chaves-externas (evita-se gerar tuplos que não deviam existir -spurious tuples) Bases de Dados 59 SQL - Structured Query Language l SQL é uma linguagem declarativa que permite: u definir a BDs (é uma DDL), u questionar e actualizar a BDs (é uma DML), u definir visões diferentes da BDs para diferentes utilizadores, u criar indices sobre ficheiros de forma a tornar o acesso mais rápido SQL1 - 1a versão ANSI definida em 1986. l SQL2 - (ou SQL92) 2a versão ANSI definida em 1992. l SQL3 - está para breve l Base de dados que servirá de exemplo: l Filme(titulo,ano,comp, tipo, nomeEstúdio, produtorC#) Actua(tituloFilme, anoFilme, nomeActor) Actor(nome,endereço, sexo, dataNasc) Executivo(nome, endereço, cert#, salário) Estúdio(nome, endereço, presC#) Bases de Dados 60 Resumo da sintaxe do SQL CREATE TABLE <nome_tabela> ( <nome_coluna> <tipo_valores> [<atributos_restrictivos>], ... [<restrições_tabela>, ...] ) DROP TABLE <nome_tabela> ALTER TABLE <nome_tabela> ADD <nome_coluna> <tipo_valores> INSERT INTO <nome_tabela>[(<nome_coluna>,...)] (VALUES (<valor_constante>,...,<valor_constante>) | <consulta_selecção>) DELETE FROM <nome_tabela> [WHERE <condição_selecção>] UPDATE <nome_tabela> SET <nome_coluna>=<valor_expressão>,... | [WHERE <condição_selecção>] CREATE VIEW <nome_visão>[(<nome_coluna>,...)] AS <consulta_seleção> DROP VIEW <nome_visão> Bases de Dados 61 Resumo da sintaxe do SQL (2) SELECT [DISTINCT] <lista_atributos> ( FROM (<nome_tabela> {<alias>} | <op_junção>) [WHERE <condição>] [GROUP BY <atributos_agrupamento> [HAVING <condição_agrupamento>] ] [ORDER BY <nome_coluna> [<ordem>], ...] <ordem> = (ASC | DESC) <lista_atributos> = (*|( <nome_coluna> | <função>(([DISTINCT]<nome_coluna]... | *) Bases de Dados 62 Restrições e Triggers em SQL • Elemento activo: (expressão ou comando) escrito uma vez, guardado na BDs, e espera-se que seja executado quando determinados eventos ocorrerem. • em SQL2 temos várias formas de indicar restrições associadas a relações que são testadas sempre que há modificações nessas relações: – – – – • restrições de chave restrições de integridade referencial restrições de domínio asserções genéricas em SQL3 podem também estabelecer-se triggers (gatilhos) – que são accionados com a ocorrência de determinados eventos (i.e. quando determinada condição for verdadeira). Bases de Dados 63 Restrições da relação: • Restringem os valores permitidos a determinados atributos da relação • São especificadas como parte da instrução CREATE TABLE • chaves: PRIMARY KEY CREATE TABLE Actor (nome CHAR(30) PRIMARY KEY, ...); CREATE TABLE Filme (título CHAR(50), ano NUMBER(4), ..., PRIMARY KEY (título, ano) ); • pode proibir-se a existência de valores nulos para atributos – através do uso de NOT NULL • quando são verificadas estas restrições? – Quando se altera a BDs, mas no caso da chave tal só se verifica na inserção ou actualizaçã. Bases de Dados 64 Restrições de Integridade referencial • Chaves externas: – obrigam a que os valores dados à chave externa façam sentido, i.e. existam em tuplos da tabela referenciada. • quando a chave externa possui um só atributo podemos usar: REFERENCES <tabela> (<atributo>) • exemplo: CREATE TABLE Participa ( filme CHAR(50), ano NUMBER(4), actor CHAR(30) salario DECIMAL(9,2), REFERENCES Actor(nome), FOREIGN KEY (filme, ano) REFERENCES Filem(titulo,ano) ); Bases de Dados 65 Manutenção de Integridade referencial • • a restrição de integridade referencial é verificada no fim de cada instrução SQL capaz de a violar, da seguinte forma: – são proibidas inserções (INSERT) e actualizações (UPDATE) na tabela referenciante que violem a integridade referencial. – As eliminações (DELETE) e actualizações (UPDATE) na tabela referenciada que violem a integridade referencial são tratadas de acordo com a acção indicada: • CASCADE - propaga as eliminações à tabela referenciante • SET NULL - coloca valores nulos nos atributos referenciantes • SET DEFAULT - coloca valores nulos nos atributos referenciantes • por omissão: proíbe essas actualizações ou eliminações exemplo: CREATE TABLE Estudio ( nome CHAR(30) PRIMARY KEY, morada VARCHAR(255), presidente INT REFERENCES Executivo(#cert) ON DELETE Set Null, ON UPDATE Cascade ); Bases de Dados 66 Restrições sobre atributos • • os valores permitidos para os atributos podem ser restringidos – através de restrições expressas na sua definição – através de restrições expressas num domínio usado na sua definição CHECK <condição> – a condição envolve o atributo cujos valores se quer restringir – mas pode conter qualquer coisa que pode seguir-se a WHERE numa interrogação SQL. – exemplos: sexo CHAR(1) CHECK (sexo IN (‘F’,’M’)), presidente INT CHECK (prsidente IN (SELECT #cert FROM Executivo)), • restrições de domínio CREATE DOMAIN sexoDom CHAR(1) CHECK (VALUE IN (‘F’, ‘M’) ); • Bases de Dados VALUE refere-se a um valor do domínio. 67 Asserções • Permitem verificar condições genéricas: qualquer expressão que pode aparecer a seguir a WHERE • declaração: CREATE ASSERTION <nome> CHECK (<condição>) • qualquer alteração à BDs que leve a condição a tomar o valor FALSO será rejeitada • a condição tem (obviamente) de dar um valor booleano • exemplos: CREATE ASSERTION PresidenteRico CHECK (NOT EXISTS ( SELECT * FROM Estúdio, Executivo WHERE presidente= #certificado AND salario< 10000000 – ninguém pode ser presidente de um estúdio a menos que tenha um salário de 10000000. CREATE ASSERTION SomaDuração CHECK (10000 >= ALL (SELECT SUM(Duração) FROM Filme GROUP BY Estúdio); – a duração total de todos os filmes de um dado estúdio não deve exceder 10000 minutos Bases de Dados 68 Triggers (gatilhos) em SQL3 • baseiam-se em regras do tipo evento-condição-acção (ECA) • a acção pode ser executada antes, depois ou em vez do evento que a dispara • exemplos: CREATE TRIGGER TriggerSalario AFTER UPDATE OF salario ON Executivo REFERENCING OLD as oldTuple, NEW as newTuple WHEN (oldTuple.salario > newTuple.salario) UPDATE Executivo SET salario = oldTuple.salario WHERE #certificado = newTuple.#certificado FOR EACH ROW Bases de Dados 69 Triggers (gatilhos) em SQL3 • • Execução da acção: – AFTER -- a condição WHEN é testada depois do evento disparo – BEFORE - a condição WHEN é testada antes do evento disparo – INSTEAD OF - a acção é executada se a condição WHEN se verifica e o evento disparo nunca é executado. Eventos disparo: – • UPDATE, INSERT, DELETE FOR EACH ROW – indica um gatilho de tuplo Bases de Dados 70