roteamento e configuração de roteadores

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CURSO BÁSICO
ROTEAMENTO E
CONFIGURAÇÃO DE ROTEADORES
1
Parte 1 - O que é Roteamento?
A determinação do caminho, para o tráfego através de uma nuvem de rede, ocorre
na camada de rede (camada 3). A função de determinação do caminho permite que
um roteador avalie os caminhos disponíveis para um destino e estabeleça o
tratamento preferido de um pacote. Essas informações da rede podem ser
configuradas pelo administrador de rede ou coletadas através de processos
dinâmicos sendo executados na rede.
A camada de rede fornece o melhor esforço de entrega de pacotes fim a fim através
das redes interconectadas. A camada de rede usa a tabela de roteamento IP para
enviar pacotes da rede de origem à rede de destino. Ele pega o pacote que aceitou
em uma interface e o encaminha para uma outra interface ou porta que pareça o
melhor caminho para o destino do pacote
Para ser realmente prática, a
rede deve representar com
consistência
os
caminhos
disponíveis entre os roteadores.
Cada rede entre os roteadores
têm seu próprio endereço de
rede. Esses endereços devem
transmitir
informações
que
possam
ser
usadas
pelo
processo de roteamento para
passar os pacotes de uma
origem para um destino. Usando
esses endereços, a camada de rede pode fornecer uma conexão que interconecta
redes independentes.
A consistência dos endereços da camada 3 através de toda a rede também melhora
o uso da largura de banda, evitando broadcasts desnecessários. Os broadcasts
causam uma sobrecarga de processo desnecessária e o desperdício da capacidade
em qualquer dispositivo ou link que não precise receber os broadcasts.
O roteador usa o endereço de
rede para identificar a rede de
destino (LAN) de um pacote em uma
rede.
Para alguns protocolos da
camada de rede, essa relação é
estabelecida por um administrador
de rede que atribui endereços de
host de rede, de acordo com um
plano
de
endereçamento
de
internetwork predeterminado. Para
outros protocolos da camada de
rede, atribuir endereços de host é
parcialmente ou completamente
dinâmico.
2
Um
roteador
normalmente
retransmite um pacote de um enlace
de dados para outro, usando duas
funções básicas:
•
Determinação do melhor
caminho
•
Função de comutação.
O roteador usa a parte de rede do
endereço para fazer seleções de
caminho para passar o pacote para
o próximo roteador ao longo do
caminho.
A função de comutação permite que um roteador aceite um pacote em uma
interface e o encaminhe através de uma segunda interface.
A função de determinação de caminho permite que o roteador selecione a
interface mais apropriada para encaminhar um pacote.
A parte de nó do endereço é usada pelo roteador final (o roteador conectado à
rede de destino) para enviar o pacote ao host correto.
Protocolo de Roteamento e Protocolo Roteado
O protocolo roteado é qualquer protocolo de rede que fornece informações
suficientes no seu endereço de camada de rede para permitir que um pacote seja
encaminhado de um host para o outro com base no esquema de endereçamento.
O IP (Internet Protocol) é um exemplo de protocolo roteado.
Um protocolo de roteamento permite que os roteadores se comuniquem com os
outros roteadores para atualizar e manter tabelas. Exemplos de protocolos de
roteamento TCP/IP são:
• RIP (Routing Information Protocol)
• IGRP (Interior Gateway Routing Protocol)
• EIGRP (Enhanced Interior Gateway Routing Protocol)
• OSPF (Open Shortest Path First)
O conhecimento da rota estática é administrado manualmente por um
administrador de rede que a insere em uma configuração do roteador. O
administrador deve atualizar manualmente essa entrada de rota estática sempre que
uma atualização da alteração da topologia de rede for necessária.
O conhecimento da rota dinâmica funciona de forma diferente. Depois que o
administrador da rede inserir comandos de configuração para iniciar o roteamento
dinâmico, o conhecimento da rota será automaticamente atualizado por um processo
de roteamento sempre que novas informações forem recebidas da rede. As
alterações feitas no conhecimento dinâmico são trocadas entre os roteadores como
parte do processo de atualização.
3
ROTA PADRÃO - uma entrada na tabela de roteamento que direciona pacotes para
o próximo salto quando esse salto não está listado explicitamente na tabela de
roteamento. Você pode definir rotas padrão como parte da configuração estática.
O roteamento dinâmico depende de
duas funções básicas do roteador:
• Manutenção de uma tabela de
roteamento
• Distribuição
oportuna
do
conhecimento, na forma de
atualizações de roteamento, a
outros roteadores
O roteamento dinâmico depende
de um protocolo de roteamento para
compartilhar o conhecimento entre os
roteadores. Um protocolo de roteamento define o conjunto de regras usado por um
roteador quando ele se comunica com os roteadores vizinhos. Por exemplo, um
protocolo de roteamento descreve:
• Como enviar atualizações
• Que conhecimento está contido nessas atualizações
• Quando enviar esse conhecimento
• Como localizar os destinatários das atualizações
Quando um algoritmo de
roteamento atualiza uma tabela de
roteamento, seu principal objetivo é
determinar as melhores informações
para incluir na tabela. Cada algoritmo
de roteamento interpreta à sua
maneira o que é melhor. O algoritmo
gera um número, chamado valor
métrico, para cada caminho através
da rede. Geralmente, quanto menor
o número da métrica, melhor é o
caminho.
Você pode calcular a métrica
com
base
em
uma
única
característica do caminho; você pode calcular métricas mais complexas combinando
várias características. As métricas mais comumente usadas pelos roteadores são as
seguintes:
• Largura de banda -- a capacidade de dados de um link;
• Atraso -- o tempo de envio de um pacote no link, da origem até o destino,
• Carga -- a quantidade de atividade em um recurso de rede,
• Confiabilidade -- Associada à taxa de erros de cada link da rede,
• Contador de saltos -- o número de roteadores até o destino.
4
Tipos de algoritmos de roteamento:
•
Vetor de distância (distance vector)
•
Link state (estado do link).
Roteamento de vetores de distância (distance vectors) determina a direção
(vetor) e a distância de todos os links na rede.
A abordagem do link state (também chamado de shortest path first) recria a
topologia exata da rede inteira (ou de pelo menos da parte onde o roteador está
situado).
Modalidades de Roteamento:
a) Roteamento Vetor de Distância (Distance Vector)
Os algoritmos de roteamento baseados em vetor de distância (distance vector)
passam cópias periódicas de uma tabela de roteamento, de roteador para roteador.
Essas atualizações regulares entre roteadores comunicam alterações de topologia.
Cada roteador recebe uma tabela de roteamento dos seus roteadores vizinhos
conectados diretamente.
Cada
uma
das
entradas da outra rede na
tabela de roteamento tem
um vetor de distância
(distance
vector)
acumulado para mostrar a
distância que essa rede
se encontra em uma certa
direção.
Quando a topologia
em uma rede de protocolo
de vetor de distância
(distance
vector)
é
alterada, devem ocorrer
atualizações na tabela de
roteamento.
As atualizações das alterações na topologia prosseguem passo a passo, de
roteador para roteador. Os algoritmos de vetor de distância (distance vector)
solicitam que cada roteador envie toda a sua tabela de roteamento para cada um
dos vizinhos adjacentes. As tabelas de roteamento incluem informações sobre o
custo total do caminho (definido pela sua métrica) e o endereço lógico do primeiro
roteador no caminho para cada rede contida na tabela.
5
b) Roteamento Estado do Enlace (Link State)
O segundo algoritmo básico usado para roteamento é o algoritmo de link state.
Os algoritmos de roteamento baseados em link state, também conhecidos como
algoritmos SPF (shortest path first - primeiro caminho mais curto), mantêm um banco
de dados complexo de informações sobre a topologia. Enquanto o algoritmo de vetor
de distância (distance vector) tem informações não específicas sobre redes distantes
e nenhum conhecimento sobre roteadores distantes, um algoritmo de roteamento de
link state mantém conhecimento completo sobre roteadores distantes e de como
estão interconectados.
O roteamento de link state usa:
•
LSAs (Link-State Advertisements - aviso de estado do link)
•
Um banco de dados topológico
•
O algoritmo SPF e a árvore SPF resultante
•
Uma tabela de roteamento de caminhos e portas para cada rede
1. Os roteadores trocam LSAs entre si. Cada roteador começa com redes
diretamente conectadas para as quais possui informações diretas.
2. Cada constrói um banco de dados topológico a aprtir de todos os LSAs da
internetwork.
3. O algoritmo SPF (Shortest Path First - primeiro caminho mais curto) calcula o
alcance da rede. O roteador constrói essa topologia lógica como uma
árvore, sendo ele próprio a raiz, constituída de todos os caminhos possíveis
para cada rede. Ele seleciona esses caminhos usando o SPF.
4. O roteador lista os melhores caminhos e as portas para essas redes de
destino na tabela de roteamento. E também mantém outros bancos de dados
de elementos de topologia e detalhes de status.
6
Os algoritmos de link state dependem do uso das mesmas atualizações de link state.
Sempre que uma topologia de link state é alterada, os roteadores que primeiro tomam
conhecimento da alteração enviam informações para outros roteadores ou para um roteador
designado, as quais todos os outros roteadores podem usar para atualizações. Isso envolve
o envio de informações comuns de roteamento a todos os roteadores na internetwork. Para
atingir a convergência, cada roteador faz o seguinte:
•
•
•
•
•
Controla os vizinhos: o nome
de cada vizinho, se o vizinho
está operante ou não, e o custo
do link para o vizinho.
Constrói um pacote LSA que
lista os nomes dos roteadores
vizinhos e custos de link,
incluindo
novos
vizinhos,
alterações nos custos de link e
links para os vizinhos que
tenham sido desativados.
Envia esse pacote LSA para
que todos os outros roteadores
o recebam.
Quando recebe um pacote
LSA, ele registra esse pacote
no banco de dados, para que possa atualizar o pacote LSA gerado mais
recentemente por cada roteador.
Completa um mapa de internetwork usando dados acumulados do pacote LSA e
depois calcula as rotas para todas as outras redes usando o algoritmo SPF.
Sempre que um pacote LSA provoca uma alteração no banco de dados de link state, o
algoritmo de link state (SPF) recalcula os melhores caminhos e atualiza a tabela de
roteamento. Então, cada roteador leva em conta a alteração na topologia quando determina
o caminho mais curto para usar no roteamento de pacotes.
7
A Figura mostra um exemplo de
roteamento LAN para LAN. Nesse
exemplo, o tráfego de pacotes da
origem Host 4 na rede Ethernet 1
precisa de um caminho para o destino
Host 5 na rede 2. Os hosts da LAN
dependem do roteador e de seu
endereçamento de rede consistente
para encontrar o melhor caminho.
Quando o roteador verifica as entradas
na tabela de roteamento, descobre que
o melhor caminho para o destino, rede
2, usa a porta de saída para 0, a
interface de uma token-ring LAN.
Embora o enquadramento de camada
inferior deva ser alterado à medida que
o roteador passa tráfego de pacotes da
Ethernet na rede 1 para o token-ring na rede 2, o endereçamento da camada 3 para a
origem e o destino permanece o mesmo. Na figura, os endereços de destino permanecem
rede 2, Host 5, independentemente dos diferentes encapsulamentos das camadas
inferiores.
A camada de rede deve se
relacionar a, e fazer interface com,
diversas camadas inferiores para o
tráfego de LAN para WAN. À medida
que uma internetwork cresce, o
caminho feito por um pacote pode
encontrar
diversos
pontos
de
retransmissão e uma variedade de
tipos de enlace de dados além das
LANs. Por exemplo, na Figura, ocorre
o seguinte:
1. Um pacote da estação de
trabalho superior no endereço
1.3 deve atravessar três
enlaces de dados para chegar
ao servidor de arquivos no
endereço 2.4, mostrado na
parte inferior.
2. A estação de trabalho envia um pacote ao servidor de arquivos encapsulando-o
primeiro em um quadro token-ring endereçado ao roteador A.
3. Quando o roteador A recebe o quadro, ele remove o pacote do quadro token-ring,
encapsula esse pacote em um quadro Frame Relay e encaminha o quadro para o
roteador B.
4. O roteador B remove o pacote do quadro Frame Relay e encaminha esse pacote
para o servidor de arquivos em um quadro Ethernet recentemente criado.
5. Quando o servidor de arquivos no 2.4 recebe um quadro Ethernet, ele extrai e passa
o pacote para o processo da camada superior apropriado.
Os roteadores ativam o fluxo de pacotes de LAN para WAN mantendo os endereços
de destino e de origem fim a fim constantes, enquanto encapsulam o pacote em quadros de
enlace de dados, como apropriado, para o próximo salto no caminho.
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Encontrando o endereço MAC para um endereço IP conhecido
Address Resolution Protocol (ARP)
Para que os dispositivos se comuniquem, os dispositivos de envio precisam dos
endereços IP e MAC dos dispositivos de destino. Quando não se conhece o MAC, o
conjunto TCP/IP tem um protocolo, chamado ARP, que pode obter o endereço MAC
automaticamente. O ARP permite um computador localizar o MAC do computador,através
do endereço IP. Para isso, cada host deve manter em sua memória RAM uma tabela ARP,
que associa os endereços MAC e IP de todos os ouros computadores.
Se um host desejar enviar dados a outro host, deverá conhecer o endereço IP e MAC
de destino. Se não conseguir localizar um endereço MAC do destino na sua própria tabela
ARP, o host iniciará um processo chamado solicitação ARP. Uma solicitação ARP permite
que ele descubra o endereço MAC de destino.
Um host cria um pacote de solicitação ARP e o envia a todos os dispositivos na rede.
Para garantir que todos os dispositivos vejam a solicitação ARP, a origem usa um endereço
MAC de broadcast. O endereço de broadcast em um esquema de endereçamento MAC tem
todos os lugares preenchidos com F hexadecimal. Assim, um endereço MAC de broadcast
teria a forma FF-FF-FF-FF-FF-FF.
Como os pacotes de solicitação ARP trafegam em um modo de broadcast, todos os
dispositivos na rede local recebem os pacotes e os passam à camada de rede para que
sejam examinados. Se o endereço IP de um dispositivo coincidir com o endereço IP de
destino na solicitação ARP, esse dispositivo responde, enviando seu endereço MAC à
origem. Esse processo é conhecido como resposta ARP.
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Métodos para atribuição de um endereço IP
Endereçamento estático
Para atribuir endereços IP estaticamente, É necessário em cada dispositivo
configurar um endereço IP manualmente. Esse método exige que você mantenha
registros dos IP´s de cada máquina, para evitar endereços IP duplicados. Alguns
sistemas operacionais, como o Windows 95 e o Windows NT, enviam uma
solicitação ARP para verificar se existe algum endereço IP duplicado quando tentam
inicializar o TCP/IP. Se for descoberta uma duplicata, os sistemas operacionais não
vão inicializar o TCP/IP e vão gerar uma mensagem de erro.
Endereçamento dinâmico
Existem alguns métodos diferentes que você pode usar para atribuir endereços
IP dinamicamente. Alguns exemplos são:
•
Reverse Address Resolution Protocol (RARP)
O Reverse address resolution protocol (RARP) relaciona endereços MAC com
endereços IP. Essa relação permite que alguns dispositivos de rede encapsulem
os dados antes de emiti-los à rede. Um dispositivo de rede como uma estação de
trabalho sem disco, por exemplo, pode conhecer seu endereço MAC, mas não
seu endereço IP. Os dispositivos que usam RARP precisam de um servidor
RARP para responder às solicitações.
Como exemplo, vamos supor que a origem sabe seu próprio endereço MAC, mas
não consegue localizar seu endereço IP na sua tabela ARP. Para que o
dispositivo de destino recupere os dados, passe-os às camadas superiores do
modelo OSI e responda ao dispositivo de origem, a origem deve incluir os seus
endereços MAC e IP. Assim, a origem inicia um processo chamado solicitação
RARP, que a ajuda a detectar seu próprio endereço IP. O dispositivo cria um
pacote de solicitação RARP e o emite na rede. Para garantir que todos os
dispositivos vejam a solicitação RARP, ele usa um endereço IP de broadcast.
O formato do pacote RARP contém lugares para os endereços MAC de destino e
de origem. O campo de endereço IP de origem está vazio. O broadcast vai a
todos os dispositivos na rede; logo, o endereço IP de destino será definido para
todos os binários 1s. As estações de trabalho que executam RARP têm códigos
em ROM que as direcionam para iniciar o processo RARP e para localizar o
servidor RARP.
10
•
Dynamic Host Configuration Protocol (DHCP)
O Dynamic host configuration protocol (DHCP) foi proposto como um sucessor do
BOOTP. O DHCP permite que um host obtenha um endereço IP de forma rápida
e dinâmica. Tudo o que é necessário ao usar o DHCP é um conjunto definido de
endereços IP em um servidor DHCP. À medida que entram on-line, os hosts
entram em contato com o servidor DHCP e solicitam um endereço. O servidor
DHCP escolhe um endereço e o atribui a esse host. Com o DHCP, toda a
configuração do computador pode ser obtida em uma mensagem.
(por exemplo, juntamente com o endereço IP, o servidor também pode enviar
uma máscara de sub-rede).
Quando um cliente DHCP inicializa, entra no
estado de inicialização. Ele envia mensagens
de broadcast DHCPDISCOVER, que são
pacotes UDP com o número de porta definido
para a porta BOOTP. Após enviar os pacotes
DHCPDISCOVER, o cliente vai para o estado
de seleção e coleta respostas DHCPOFFER do
servidor DHCP. O cliente seleciona a primeira
resposta recebida e negocia o tempo de
lançamento (o intervalo de tempo em que o
endereço é mantido, sem ser renovado) com o
servidor
DHCP,
enviando
um
pacote
DHCPREQUEST. O servidor DHCP confirma a
solicitação de um cliente com um pacote
DHCPACK. O cliente agora pode entrar no
estado de ligação e começar a usar o
endereço.
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Gateway Padrão
Para que um dispositivo se comunique com outro em outra rede, ele deve ter
um gateway padrão. Um gateway padrão é o endereço IP da interface no roteador
que se conecta ao segmento de rede onde se localiza o host de origem. O endereço
IP do gateway padrão deve estar no mesmo segmento de rede do host de origem.
Se nenhum gateway padrão for definido, a comunicação será possível apenas
no segmento de rede lógica do dispositivo.
O computador que envia os
dados compara o endereço IP do
destino com a sua própria tabela
ARP. Se não encontrar nenhuma
coincidência, ele deverá ter um
endereço IP padrão para usar.
Sem um gateway padrão, o
computador de origem não tem
nenhum endereço MAC de
destino e a mensagem não pode
ser entregue.
Como o ARP envia dados às redes remotas
O ARP usa pacotes de broadcast para realizar a sua função. Os roteadores,
contudo, não encaminham pacotes de broadcast. Para que um dispositivo envie
dados ao endereço de um dispositivo que está em outro segmento de rede, o
dispositivo de origem envia os dados a um gateway padrão.
O gateway padrão é o
endereço IP da interface do
roteador que está conectada ao
mesmo segmento de rede físico
que o host de origem. O host de
origem compara o endereço IP
de destino com o seu próprio
endereço IP para determinar se
os dois endereços IP estão
localizados
no
mesmo
segmento.
Se o host receptor não
estiver no mesmo segmento, o
host de origem envia os dados
para o gateway padrão.
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Proxy ARP
O Proxy ARP é uma variação do protocolo ARP. Nesse caso, um dispositivo
intermediário (por exemplo, um roteador) envia uma resposta ARP em nome de um
nó de extremidade para o host que solicita. Os roteadores que executam o Proxy
ARP capturam os pacotes ARP. Eles respondem com seus endereços MAC às
solicitações cujo endereço IP não esteja no intervalo de endereços da sub-rede
local.
Na descrição anterior de como os dados são enviados a um host em uma subrede diferente, o gateway padrão é configurado. Se o host de origem não tiver um
gateway padrão configurado, ele enviará uma solicitação ARP. Todos os hosts do
segmento, inclusive o roteador, receberão a solicitação ARP. O roteador compara o
endereço IP de destino com o endereço IP de sub-rede para determinar se o
endereço IP de destino está na mesma sub-rede que o host de origem.
Se o endereço de sub-rede for o mesmo, o roteador descartará o pacote. A
razão pela qual o pacote é descartado é que o endereço IP de destino está no
mesmo segmento do endereço IP de origem.
Se o endereço de sub-rede for diferente, o roteador responderá com seu
próprio endereço MAC à interface que estiver diretamente conectada ao segmento
onde se localiza o host de origem. Esse é o Proxy ARP. Já que o endereço MAC
não está disponível para o host de destino, o roteador fornece o seu endereço MAC
a fim de obter o pacote. Então, o roteador pode encaminhar a solicitação ARP
(baseado no endereço IP de destino) à sub-rede apropriada para entrega.
13
Protocolos IGP e EGP
Os dois tipos de protocolos de roteamento são os Exterior Gateway Protocols (EGPs)
e os Interior Gateway Protocols (IGPs). Os Exterior Gateway Protocols roteiam os dados
entre sistemas autônomos. Um exemplo de EGP é o BGP (Border Gateway Protocol), o
principal protocolo de roteamento externo da Internet.
Os Interior Gateway Protocols roteiam dados em um sistema autônomo. Alguns
exemplos de IGPs são:
•
RIP
•
IGRP
•
EIGRP
•
OSPF
Sistema autônomo
Um sistema autônomo é constituído de roteadores, executados por um ou mais
operadores, que apresentam uma visão consistente de roteamento para o mundo externo. O
Centro de Informações da Rede (NIC, Network Information Center) atribui um sistema
autônomo exclusivo a empresas. Esse sistema autônomo é um número de 16 bits. Um
protocolo de roteamento como o IGRP da Cisco requer que você especifique esse número
atribuído de sistema autônomo exclusivo em sua configuração.
Protocolos de Roteamento
RIP – Routing Information Protocol
O método mais comum para transferir as informações de roteamento entre os
roteadores que estão localizados na mesma rede é o RIP. Esse Interior Gateway Protocol
calcula as distâncias para um destino. O RIP permite que os roteadores usem esse
protocolo para atualizar suas tabelas de roteamento em intervalos programáveis,
normalmente a cada trinta segundos. Entretanto, como ele está constantemente conectando
roteadores vizinhos, isso pode causar aumento de tráfego na rede.
O RIP permite que o roteador determine que caminho será usado para enviar dados
com base em um conceito conhecido como vetor de distância (distance vector). Sempre que
os dados trafegam em um roteador, e assim através de um número de rede, considera-se
que trafegaram um salto. Um caminho que tem um contador de saltos de quatro indica que
os dados que trafegam pelo caminho devem passar por quatro roteadores antes de alcançar
o destino final na rede.
Se existirem vários caminhos para um destino, o roteador, usando o RIP, seleciona o
caminho com o menor número de saltos. Entretanto, como o contador de saltos é a única
medida de roteamento usada pelo RIP para determinar melhores caminhos, ele não é
necessariamente o caminho mais rápido. Todavia, o RIP continua muito popular e é
amplamente implementado. Isso deve-se principalmente ao fato de ter sido um dos
primeiros protocolos de roteamento a ser desenvolvido.
Outro problema com o uso do RIP é que um destino pode estar localizado muito
distante para que os dados o alcancem. Com o RIP, o número máximo de saltos pelos quais
os dados podem trafegar é de quinze. Por isso, se a rede de destino estiver a mais de
quinze roteadores de distância, será considerada inalcançável.
14
Suas características-chave incluem o seguinte:
•
É um protocolo de roteamento de vetores de distância (distance vectors).
•
A única métrica é a contagem do número de saltos, usada para escolher caminhos.
•
Se o contador de saltos for maior que 15, o pacote será descartado.
•
Como padrão, as atualizações de roteamento são transmitidas a cada 30 segundos,
gerando muito tráfego na rede.
IGRP – Interior Gateway Routing Protocol
O IGRP é um protocolo de roteamento de vetor de distância (distance vector)
desenvolvido pela Cisco. O IGRP envia atualizações de roteamento em intervalos de 90
segundos, divulgando redes para um sistema autônomo específico. Algumas das
características-chave do projeto do IGRP enfatizam o seguinte:
•
Versatilidade que permite que ele manuseie automaticamente topologias indefinidas
e complexas
•
Flexibilidade para segmentos que possuam diferentes características de largura de
banda e de atraso
•
Escalabilidade para funcionar em redes muito extensas
O protocolo de roteamento IGRP usa, por padrão, duas métricas: largura de banda e atraso.
O IGRP pode ser configurado para usar uma combinação de variáveis para determinar
uma métrica composta. Essas variáveis incluem:
•
Largura de banda
•
Atraso
•
Carga
•
Confiabilidade
O IGRP foi desenvolvido especificamente para tratar problemas associados ao
roteamento em grandes redes de vários fabricantes, que estivessem além do escopo de
protocolos como o RIP.
Como o RIP, o IGRP é um
protocolo de vetor de distância
(distance vector); entretanto, ao
determinar o melhor caminho, ele
também leva em consideração
itens como largura de banda,
carga, atraso e confiabilidade. Os
administradores de rede podem
determinar a importância dada a
qualquer uma dessas métricas ou
permitir que o IGRP calcule
automaticamente
o
melhor
caminho.
Em suma:
- A velocidade é a consideração principal.
- A métrica composta seleciona o caminho.
15
EIGRP – Enhanced Interior Gateway Routing Protocol
O EIGRP é uma versão avançada do IGRP. Especificamente, o EIGRP fornece
eficiência operacional superior e une as vantagens dos protocolos de Link State com as dos
protocolos de vetor de distância (distance vector).
OSPF – Shortest Path First
OSPF significa "open shortest path first" ou "abrir o caminho mais curto primeiro". Uma
descrição melhor, entretanto, pode ser "determinação de um caminho ótimo", pois esse
Interior Gateway Protocol realmente usa vários critérios para determinar a melhor rota para
um destino. Esses critérios incluem as medidas de custo, que são subdivididas em itens
como a velocidade de rota, o tráfego, a confiabilidade e a segurança.
Diferente dos casos anteriores, este
protocolo é baseado no Link state ou
estado do enlace. Sua operação permite
manter as rotas atualizadas, detectando
automaticamente qualquer alteração da
configuração dos enlaces da rede.
Sempre que uma topologia de link
state é alterada, os roteadores que
primeiro
tomam
conhecimento
da
alteração enviam informações para
outros roteadores ou para um roteador
designado, as quais todos os outros
roteadores
podem
usar
para
atualizações. Isso envolve o envio de
informações comuns de roteamento a
todos os roteadores na internetwork.
Métricas Usadas pelo OSPF:
•
Contagem de Saltos
•
Largura de banda
•
Atraso
•
Confiabilidade
•
Carga
•
Custo
O roteamento OSPF, com base no link state, usa:
•
LSAs (Link-State Advertisements - aviso de estado do link)
•
Um banco de dados topológico
•
O algoritmo SPF e a árvore SPF resultante
•
Uma tabela de roteamento de caminhos e portas para cada rede
16
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