Relação entre vapor d` água integrado na atmosfera e salinidade no

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Relação entre vapor d’ água integrado na atmosfera e salinidade no
Oceano Atlântico
Guilherme F. Campano e Olga T. Sato
Objetivos
O objetivo deste trabalho é investigar se as
variáveis associadas com o processo de
interação entre a atmosfera e o oceano
apresentam
variações
interanuais
em
concordância com tendências observadas na
contribuição halina na anomalia da altura da
superfície do mar Sato e Polito(2008).
Variações em escalas interanuais relacionam
mudanças no ciclo hidrológico com a salinidade
no oceano.
Métodos/Procedimentos
O estudo compreende todo o oceano Atlântico
para o período de 2003 a 2010 com relação as
seguintes variáveis geofísicas de interação
oceano-atmosfera: temperatura da superfície
do mar (TSM), vapor d’ água
(VAP) na
atmosfera, velocidade do vento na superfície
do mar (VSM), taxa de precipitação (PRE) e
conteúdo de água líquida na atmosfera (NUV).
Estes dados são provenientes do sensor
Advanced Microwave Scanning Radiometer
(AMSR_E)
distribuídos
pelo
site
www.ssmi.com/amsr/. Foram determinadas a
média total do período, a média anual, o desvio
padrão e a anomalia em relação à média total
para cada ano. Foi determinada a correlação
estática entre as mesmas. Por fim, foram
gerados mapas da tendência em escala
interanual de cada uma delas, através de
regressão linear.
Resultados
A TSM apresentou em média valores entre
0ºC e 35ºC com desvio padrão de ±6ºC. Os
valores médios de VAP variaram entre 0 e 60
mm ( ±14 mm). A região oeste do Atlântico
Norte apresentou intensa anomalia em relação
à média de TSM e VAP o que é justificado
devido a processos termodinâmicos associados
pela Corrente do Golfo. A média do NUV variou
entre 0 e 0,2 mm ( ±0,12mm). A PRE teve sua
média variando entre 0 e 0,5 mm/h ( ±0.4
mm/h). A média de VSM foi de 3 a 10m/s
( ±2,5m/s).
A análise de correlação mostrou valores de
80% entre VAP e NUV em quase toda região
do Atlântico, com exceção da costa sudoeste
da África, a qual é praticamente nula; PRE e
NUV são similares ao caso anterior, porém a
correlação atinge valores de 90% em
praticamente todo Atlântico, exceto na costa
sudoeste da África onde é negativa; TSM e
VAP apresentaram forte correlação (70%) nas
regiões Norte e Sul Equatorial.
A tendência de VAP e TSM para a série
temporal de 8 anos, respectivamente, revelou
valores médios de ± 1.5 x 10 -3 mm/ano e ± 1.0
x 10 -2 ºC/ano.
Conclusões
Neste trabalho, utilizamos os dados medidos
por satélites para estudar suas médias,
variações e tendências. Vimos que todas as
variáveis apresentaram flutuações significativas
e correlacionadas com a dinâmica oceânica
esperada no decorrer do período de estudo.
Adicionalmente este trabalho fornece uma
explicação plausível para as anomalias halinas
positivas para as latitudes entre 38°S e 42°S,
observadas
por
Sato
e
Polito(2008),
relacionando tendências na salinidade com as
de vapor d’água integrado na atmosfera.
Referências Bibliográficas
Sato, O. T. and P. S. Polito, 2008:. Influence of
salinity on the interanual heat storage trends in
the Atlantic estimated from altimeters and Pilot
Research Moored Array in the Tropical Atlantic
data. J.Geophys. Res. 113(C02008).
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