Lordose Diafragmática e Mecanismos dA Respiração

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Lordose Diafragmática e Mecanismos dA Respiração
Quando o centro tendíneo é fixado, as fibras posteriores do diafragma
achatam-se e puxam os discos intervertebrais e bordos adjacentes às vértebras
lombares.
No nível lombar inferior, essa tração para cima é quase vertical; não há,
então, acentuação da lordose. No entanto, no nível lombar superior (L1-L2) e dorsal
inferior (T11-T12), as fibras do diafragma têm uma obliquidade mais marcante para
frente. Produzem então uma tração anterior bastante forte. Essa tração é ainda bem
mais eficiente porque, além das primeiras vértebras lombares receberem muitas
inserções diafragmáticas, as últimas costelas são flutuantes, portanto, muito móveis.
A região T11-T12-L1-L2 é ainda mais tracionada para frente pelo diafragma,
ao qual devemos juntar o psoas e psoas menor, pode ser denominada lordose
diafragmática. Essa região aparece como a mais apta à flexão posterior da coluna
inferior, visto que a região lombar está enraizada na bacia e a região dorsal é
bloqueada pelas costelas.
O músculo espinhal do tórax insere-se exatamente sobre essas quatro
vértebras.
SOUCHARD, também em Respiração (1989), diz: “A contração do diafragma
que, no esforço de endireitamento com carga, permite, graças a suas fibras
posteriores, atrair ânulo e núcleo para frente, por uma tensão prévia facilita o
desencadeamento da ação do espinhal do tórax. Parece, então, que o espinhal do
tórax está entre os espinhais mais ”à escuta” do diafragma.”
Mecanismo da Respiração:
Durante a inspiração, todos os diâmetros torácicos se aumentam em
decorrência dos músculos diafragmáticos. Essa contração não é simultânea, mas
propaga-se como uma onda de trás para frente e de cada lado em direção à
periferia.
As digitações do apêndice xifóide (parte inferior do osso esterno – acidente
anatômico) elevam o esterno e, por meio dele, os seis primeiros pares de costelas
que estão a ele unidas também se elevam. Estas pivoteam sobre a dobradiça
posterior das duas articulações num movimento que denominamos braço de
“bomba”. Trata-se de um movimento para cima e para frente que alarga o diâmetro
póstero-anterior da caixa torácica. Nesse movimento, pelos músculos intervertebrais,
as seis primeiras costelas puxam para cima as seis últimas que também giram num
movimento de braço de bomba. Pela orientação das apófises transversas esse
movimento se lateraliza e as extremidades anteriores das costelas de números 7, 8,
9 e 10 afastam-se. Temos os pilares posteriores como ponto fixo de alavanca para
esse movimento.
A expiração é a ação de relaxamento do sistema inspiratório. Se o
relaxamento diafragmático não impõe nenhum problema, o mesmo não ocorre com
os músculos suspensores da caixa torácica e cintura escapular. A expiração passiva
é decorrente da distorção das cartilagens costais. Como essas cartilagens se torcem
durante a inspiração pela elevação das costelas superiores, depois restituem essa
torção durante a expiração. Dois pequenos músculos tônicos participam desse
movimento das cartilagens: Os transversos do tórax. Eles se fixam na face posterior
do apêndice xifóide e enviam quatro pequenos feixes para cima, de um lado e de
outro, vão inserir-se nas cartilagens das costelas de números 3, 4, 5 e 6. Eles sofrem
pressão durante a inspiração e restituem essa tensão durante a expiração.
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