História da Igreja Sec XII - Doutrina Católica - caspaz

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Eleição do papa Gelásio II.
Gelásio II (no século, Giovanni di Gaeta, papa;
? ca. 1058 - Cluny, 1119), sucessor de Pascoal
II, foi papa de 1118 a 1119. O imperador
Henrique V contrapôs a Gelásio II o antipapa
Gregório VIII.
Nasce S. Thomas Becket.
Thomas Becket (santo; Londres, 1118 Cantuária, 1170), depois de completar os
estudos em Paris e em Londres e depois em
Bolonha, foi nomeado arcediago em 1154, por
intercessão do arcebispo de Cantuária,
Teobaldo. Designado chanceler de Henrique II
no ano seguinte e ordenado sacerdote em
1161, o próprio rei confiou-lhe a sé primacial de
Cantuária em 1162, com a morte de Teobaldo.
Como bispo, foi ferrenho defensor das
prerrogativas do clero perante o Estado, a
ponto de renunciar à chancelaria e recusar-se a
aceitar os 16 artigos de Clarendon (1164), por
serem lesivos à liberdade da Igreja, impedindo,
com sua atitude firme, que as negociações com
o papa Alexandre III pudessem chegar a um
acordo. Tendo-se tornado inimigo do rei por
causa de sua postura, fugiu para a França
naquele mesmo ano, encontrando refúgio
primeiro na abadia de Pontigny, depois na
beneditina de Sens, e pôde voltar à Inglaterra
em 1170 por uma ardilosa intervenção do
próprio Henrique II, que mandou matá-lo em 22
de dezembro daquele ano na catedral de
Cantuária durante uma função religiosa. O
episódio de sua morte violenta teve tal
repercussão na Europa que sua figura foi objeto
de devoção especial, sendo canonizado pelo
papa Alexandre III poucos anos após a sua
morte (1173).
Eleição do papa Calisto II.
Calisto II (no século Guy de Borgonha, papa; ?
ca. 1060 - Roma, 1124), filho do conde de
Borgonha, nomeado arcebispo de Vienne, no
Delfinado, durante a querela das investiduras
voltou-se contra o imperador Henrique V e
presidiu o Concílio de Vienne (1112), que
excomungou o imperador. Foi eleito papa em
1119, após a morte de Gelásio II, embora não
pertencesse ao colégio cardinalício. Eliminado o
antipapa Gregório VIII, eleito por Henrique V, em
1120 Calisto II retomou as negociações para
chegar a um acordo com o imperador; a
concordata de Worms, em 1122, sancionou o
acordo que pôs fim à longa luta entre império e
papado. Calisto II restituiu poder e prestígio à
Igreja romana.
Hugo de Payns funda a Ordem dos
templários.
Em 1119, Hugo de Payns funda a Ordem
monástico-guerreira dos templários,
juntamente com sete companheiros, com
a finalidade de proteger dos ataques
muçulmanos os peregrinos que se
dirigiam à Terra Santa. Num primeiro
momento, os cavaleiros, que haviam
adotado a regra dos cônegos
agostinianos, adotaram o nome de "Christi
milites", depois, quando se estabeleceram
em sua sede no palácio do rei de
Jerusalém, perto das ruínas do Templo de
Salomão, foram tradicionalmente
denominados "militia Templi". Favorecidos
por S. Bernardo de Claraval, os templários
logo se tornaram numerosos e adotaram
uma nova regra, de inspiração
cisterciense, aprovada pelo Concílio de
Troyes em 1128. Vinculados aos três
votos monásticos de obediência, pobreza
e castidade, eram constituídos por
cavaleiros (os únicos que tinham o direito
de participar do capítulo, em que se elegia
o Grão-Mestre, autoridade soberana da
Ordem), escudeiros, servos e capelães. A
Ordem, à qual o papa Inocêncio II
concedera privilégios especiais (isenção
de taxas ou dízimos, direito de asilo,
inviolabilidade eclesiástica), tornou-se o
corpo escolhido dos exércitos cruzados,
recebeu acolhida entusiástica e grandes
doações (casas, terrenos, feudos) e
assumiu vastas proporções, adquirindo
posses em toda a Europa ocidental e
aumentando a própria riqueza graças a
atividades bancárias e financeiras. Em 13
de outubro de 1307, o Grão-Mestre da
Ordem, Jacques de Molay, foi preso em
Paris, juntamente com os maiores
dignitários e inúmeros membros da
Ordem, por determinação do rei Filipe, o
Belo, que iniciava assim um inquérito
pontifício. As principais acusações
movidas aos templários eram de ultraje ao
Crucifixo e apostasia, de idolatria (teriam
venerado um misterioso ídolo de nome
Baphomet) e de comportamento licencioso
e práticas contrárias à natureza. De início,
a maior parte dos prisioneiros, submetidos
a tortura, confessou, mas quando o
inquérito foi transferido para a autoridade
eclesiástica, muitos templários, subtraídos
ao controle do rei da França, se
retrataram. Depois de uma série de
pressões de Filipe, o Belo, perante o papa
Clemente V, em 1312, no Concílio de
Vienne, o pontífice suprimiu a Ordem,
transferindo seus bens para os
hospitalários. Os templários que haviam
confirmado as confissões perante os
comissários pontifícios foram libertados,
enquanto os que se retrataram foram
considerados relapsos (isto é, reincidentes
na heresia) e condenados à fogueira. O
Grão-Mestre Jacques de Molay subiu ao
patíbulo em 19 de março de 1314, depois
de ter recusado publicamente a confissão
feita sete anos antes e reivindicado a
absoluta santidade e ortodoxia da Ordem.
O problema da legitimidade das
acusações feitas aos templários é
bastante controvertido. A maior parte dos
historiadores, embora não exclua
totalmente a presença de certo número de
heréticos entre os templários, tende a
considerar as acusações
substancialmente falsas ou absurdas,
ressaltando que as confissões foram
obtidas sob tortura e enfatizando o
elevado número de retratações: Filipe IV
teria agido por ambição, com a finalidade
de apropriar-se das imensas riquezas da
Ordem, e Clemente V teria cedido por
fraqueza. Outros, ao contrário, destacando
que algumas confissões foram obtidas
espontaneamente, consideram que os
templários realmente praticaram ritos
secretos, marcados por uma ideologia
gnóstica, que penetrara na Ordem por
meio da influência de doutrinas cátaras ou
mediante o contato, ocorrido na Terra
Santa, com seitas ismaelitas (sobretudo
os fida'i). A obscuridade que circunda o
caso dos templários fez com que
numerosas sociedades secretas (dentre
as quais alguns ritos maçônicos, como o
da "estrita observância dos templários",
fundado em 1751 pelo barão von Hund) e
conventículos esotéricos se
autodenominassem herdeiros dos
templários ou até filiados a eles.
Estabelecimento da concordata de Worms,
que põe fim à querela das investiduras.
A concordata de Worms é o compromisso
firmado em setembro de 1122 pelo papa Calisto
II e o imperador Henrique V, mediante o qual se
regulamentou a questão da "querela das
investiduras" de acordo com as doutrinas já
formuladas pelo canonista Ivo de Chartres. Este
separava nitidamente os dois tipos de
investidura: a eclesiástica, que concedia a
função espiritual ao bispo eleito pelo clero local,
com a consignação do anel e do pastoral por
parte do papa ou de um enviado deste; e a
laica, feita com a espada e o cetro, em que o
imperador conferia ao bispo os poderes
condais, ou seja, um governo de caráter
temporal com os respectivos benefícios.
Henrique V fez com que, na Alemanha, a
investidura condal precedesse a consagração
episcopal e fosse feita em sua presença. Em
essência, com a concordata de Worms, na
função daqueles bispos que também eram
condes, o ofício espiritual - que só a Igreja
podia conceder mediante formas normais pouco a pouco separa-se do exercício de
direitos e poderes públicos que a autoridade
laica conferia mediante o título condal.
I Concílio Lateranense: confirmação da
concordata de Worms.
O I Concílio Lateranense (reconhecido como o
IX ecumênico) foi convocado pelo papa Calisto
II, em 1123, para ratificar a concordata de
Worms (1122), que pôs fim à querela das
investiduras. Ao contrário da maior parte dos
antigos concílios, não possuímos as atas
protocolares dos debates nem sequer as listas
dos participantes deste concílio. Fontes
isoladas e algumas crônicas confiáveis levam-
nos a concluir que deve ter contado com a
presença de cerca de 300 bispos. A aprovação
da concordata foi acompanhada pela
promulgação de 25 cânones, que reiteravam
deliberações canônicas anteriores ou se
inspiravam na reforma gregoriana (cânones
contra a simonia e a clerogamia). Durante o
concílio, em 27 de março, Conrado, bispo de
Constança, foi canonizado.
Eleição do papa
Honório II.
Honório II (no século,
Lamberto
Scannabecchi, papa;
Fagnano, Ímola ? Roma, 1130),
eclesiástico de origem
modesta, ocupou as
mais elevadas funções
da hierarquia durante os
pontificados de Pascoal
II e de Calisto II.
Cardeal, bispo de Óstia,
signatário da concordata
de Worms entre a Igreja
e o império (1122),
membro influente do
nono concílio de Latrão
(1123), foi eleito papa
em 1124 graças ao
apoio da família
Frangipane, de Roma.
Em 1125, com a morte
do imperador Henrique
V, Honório II apoiou a
candidatura ao império
de Lotário de
Suplimburgo contra os
partidários de Conrado
de Hohenstaufen, dentre
os quais se destacava o
arcebispo de Milão,
Anselmo. Excomungado
por Honório em 1128,
Conrado foi obrigado a
se submeter. O
pontificado de Honório II
foi marcado pela
consolidação da
autoridade do papa
perante as Igrejas da
Inglaterra, na qual os
bispos tiveram de se
curvar à vontade da
cúria romana, e da
França, onde os
conflitos entre a coroa e
o episcopado
resolveram-se, por
determinação de
Honório II, em favor
deste último. O papa
teve mais dificuldade
para se impor no sul da
Itália e em Roma. No
Ducado da Puglia, por
exemplo, a sucessão de
Guilherme (m. 1127),
sobrinho de Robert
Guiscard, passou,
contra a vontade de
Honório II, a Rogério II,
futuro rei da Sicília; o
conflito posterior entre o
papa e Rogério foi
vencido por este último,
graças também à
malograda intervenção
armada do imperador
que Honório solicitara
em vão. Também em
Roma, os últimos meses
do pontificado de
Honório II foram
conturbados pelo
acirramento das lutas de
facção entre Frangipane
e Pierleoni, que levou o
papa a se refugiar no
convento de S. Gregorio
al Celio, onde morreu.
Eleição do papa Inocêncio II.
Inocêncio II (no século Gregório Papareschi,
papa; Roma ? - ? 1143), cardeal desde 1116,
sucedeu (1130) o papa Honório II, em
circunstâncias muito difíceis. Sua eleição
derivou efetivamente da reunião secreta de
apenas uma parte dos cardeais, a pertencente
à facção dos Frangipane, ao passo que a parte
adversária, da facção dos Pierleoni, opunha a
ele, no dia seguinte, o cardeal Piero Pierleoni,
com o nome de Anacleto II. Como os Pierleoni
eram mais poderosos em Roma, Inocêncio II
teve de fugir e refugiou-se na França, onde
conseguiu conquistar o rei da Inglaterra e o
imperador Lotário II. Este último deu-lhe apoio
direto, permitindo-lhe que voltasse a Roma,
depois de ter derrotado, em 1136, Rogério II de
Altavilla, que reconhecera Anacleto II e, por sua
vez, havia sido reconhecido como rei da Sicília
por este último. A morte de Anacleto II (1138) e
a renúncia de seu sucessor Vítor IV (1139)
permitiram-lhe ser por fim reconhecido como
único pontífice. O segundo Concílio
Lateranense, realizado em 1139, ratificou a sua
eleição; restava-lhe apenas vencer Rogério II,
mas, derrotado, teve de reconhecer-lhe o título
de rei da Sicília. As contínuas lutas políticoreligiosas impediram-no de continuar a obra de
reforma da Igreja iniciada por seus
predecessores.
Eleição do antipapa Anacleto II.
Anacleto II (no século Pietro Pierleoni, antipapa;
? - ? 1138), monge de Cluny, foi eleito cardeal
pelo papa Pascoal II. Com a morte de Honório II,
desencadeou-se uma luta entre as duas
poderosas famílias romanas dos Pierleoni e dos
Frangipane. Um grupo de 14 cardeais elegeu
(1130) Gregório de Sant'Angelo, apoiado pelos
Frangipane, que tomou o nome de Inocêncio II.
A nomeação foi impugnada por 24 cardeais que,
poucas horas depois, elegeram Pietro Pierleoni
com o nome de Anacleto. Inocêncio teve a ajuda
do imperador Lotário III e de são Bernardo;
Anacleto foi apoiado por Rogério II, duque da
Sicília, a quem prometeu a coroa real. O conflito
terminou com a morte de Anacleto.
II Concílio Lateranense, convocado
para pôr fim ao cisma romano do
antipapa Anacleto II.
O II Concílio Lateranense (reconhecido
como o X ecumênico) foi convocado pelo
papa Inocêncio II em 1139 para pôr fim ao
cisma romano produzido pela dupla
eleição papal de 1130, em que alguns
cardeais opuseram ao papa legítimo,
Inocêncio II, o antipapa Anacleto II. Dele
participaram representantes provenientes
de todos os países da cristandade da
época. Dos 30 cânones do concílio, o de
n. 7 declarava nulo o matrimônio contraído
por clérigos; o cânon 23 excluía da Igreja,
como hereges, alguns sectários que
recusavam a Eucaristia, o batismo das
crianças, o sacerdócio e o matrimônio; o
cânon 28 confirmava o direito dos
capítulos das catedrais de eleger os
bispos, direito este que conferiu aos
capítulos uma notável autoridade ao longo
de toda a Baixa Idade Média. Durante o II
Lateranense foi canonizado o primeiro
abade de Fulda, Sturmi, discípulo de são
Bonifácio.
Compilação do "Decretum Gratiani".
Graciano (Chiusi ou Ficulle, fim do séc. XI - 1151
ou ca. 1158-59), monge camaldulense, lecionou
Direito no mosteiro dos santos Nábor e Félix de
Bolonha. É considerado o principal canonista da
Igreja: o seu "Decretum", coletânea de
fragmentos jurídicos de várias procedências e
tendências (precisamente "Concordia
discordantium canonum", 1139-42, Concórdia
dos cânones discordantes), constituiu o núcleo
do "Corpus iuris canonici".
Eleição do papa Celestino II.
Celestino II (no século Guido de Città de
Castello, papa; ? - Roma, 1144), sucessor de
Inocêncio II, foi papa de 1143 a 1144.
Eleição do papa Lúcio II.
Lúcio II (no século Gerardo Caccianemici,
papa; Bolonha ? - Roma, 1145), sucessor
de Celestino II, foi papa de 1144 a 1145.
Eugênio III anuncia a II Cruzada, pregada por
S. Bernardo.
Eugênio III (no século Bernardo dei Paganelli di
Montemagno; Pisa ? - Tívoli, 1153), abade do
monastério romano de santo Anastácio, foi
eleito papa em 1145, para suceder Lúcio II.
Naquele mesmo ano, anunciou a segunda
cruzada, pregada por são Bernardo, que
preparou durante sua permanência na França
em 1147-48, onde, entre outras coisas, realizou
o Concílio de Reims (março de 1148). As
agitações, provocadas pelo conflito entre
papado e Senado romano e pela pregação de
Arnaldo de Brescia, obrigaram Eugênio III a
deixar Roma várias vezes, tendo residido em
Viterbo e em outras cidades do Lácio. Só
retornou a Roma no fim de 1152.
A cruzada seguiu à risca a pregação de são
Bernardo de Claraval. Os reis Luís VII, da
França, e Conrado III, da Alemanha,
participaram da expedição militar. Esta,
contudo, não teve êxito, e Jerusalém voltou
(1187) às mãos dos turcos.
Nasce Sto. Alberto, bispo de Vercelli e
primeiro legislador dos carmelitas.
Alberto (santo), bispo de Vercelli e patriarca de
Jerusalém (Castrum Gualterii, diocese de
Parma, ca. 1149 - São João de Acre, 1214), era
cônego regular do convento de Santa Cruz, em
Mântua, onde foi eleito prior por volta de 1180.
Em 1184, foi bispo de Bobbio e, no ano
seguinte, de Vercelli. Exerceu intensa atividade
pastoral e também política, concluindo a paz
entre Milão e Pavia em 1194 e entre Parma e
Piacenza em 1199. Eleito patriarca de
Jerusalém pelos cônegos regulares do Santo
Sepulcro, aceitou o cargo, atendendo ao pedido
de Inocêncio III. Chegou à Palestina em 1206,
quando Jerusalém era dominada pelos
muçulmanos, e residiu em São João de Acre,
desenvolvendo intensa atividade diplomática
para garantir a paz entre os príncipes cruzados.
Entre 1207 e 1209, redigiu a regra dos eremitas
do monte Carmelo e por isso é venerado pelos
carmelitas como seu primeiro legislador. Foi
apunhalado por um clérigo destituído por ele.
Eleição do papa Anastácio IV.
Anastácio IV (papa; ? - ? 1154), romano,
cardeal e bispo de Sabina (1126), durante o
cisma provocado no seio da Igreja pela eleição
de Inocêncio II, apoiado pela facção dos
Frangipane, em oposição a Anacleto II,
antipapa sustentado pelos Pierleoni, apoiou o
primeiro e foi nomeado vigário para a Itália
(1130-1131) quando Inocêncio estava na
França. Eleito papa apesar da avançada idade,
em 1153, como sucessor de Eugênio III, em
seu breve pontificado mostrou-se benevolente
para com o povo romano, então em agitação, e
tomou uma atitude conciliadora em relação a
Frederico Barba-Ruiva, a quem prometeu
coroar em troca da proteção.
Eleição do papa Adriano IV.
Adriano IV (no século Nicholas Breakspear,
papa; Langley, Hertfordshire, ca. 1100 - Anagni,
Frosinone, 1159), abade (1137) de Saint-Ruf
(Avignon), foi nomeado cardeal e arcebispo de
Albano pelo papa Eugênio III. Ao retornar
(1154) de uma missão na Escandinávia, foi
eleito papa (o único de nacionalidade inglesa da
história) poucos meses depois, como sucessor
de Anastácio IV. Para reprimir o espírito de
autonomia de Roma, lançou a interdição sobre
a cidade e a excomunhão sobre Arnaldo de
Brescia. Tendo-se encontrado com o imperador
Frederico Barba-Ruiva em Sutri, acompanhou-o
a Roma, onde Frederico, para cativar o
pontífice, ordenou a captura de Arnaldo, que foi
condenado à fogueira (1154). Em 18-6-1155,
Frederico foi coroado imperador pelo papa. Em
guerra contra Guilherme, denominado o Mau,
rei da Sicília, Adriano IV foi vencido, sitiado em
Benevento (1156) e obrigado a renunciar a
vários territórios. Quando, na dieta de
Roncaglia (1158), Frederico Barba-Ruiva
proclamou os direitos imperiais sobre Roma e
seus Estados, Adriano IV, apoiado pelo
imperador do Oriente, Manuel Comneno, aliouse às Comunas lombardas contra ele, mas
morreu antes de excomungá-lo.
Eleição do papa Alexandre III.
Alexandre III (no século Orlando Bandinelli; papa, Siena ? - Civita Castellana, Viterbo, 1181), cardeal em
1150, depois legado papal na dieta de Besançon em 1157, defendeu, contra o imperador Frederico
Barba-Ruiva, os direitos da Igreja em relação ao império. Eleito papa após a morte de Adriano IV (1159),
foi reconhecido pela França, Inglaterra, Espanha e boa parte da Itália, ao passo que a Alemanha e os
cardeais dissidentes italianos opuseram a ele Vítor IV (o cardeal Otávio de Monticelli), apoiado por
Barba-Ruiva. Alexandre, sentindo-se ameaçado, refugiou-se na França, onde presidiu o Concílio de
Tours (1163). Retornando à Itália, apoiou e dirigiu a luta das Comunas lombardas contra o imperador,
que, após a morte de Vítor IV, contrapôs a ele os antipapas Pascoal III e Calisto III. A ação de Alexandre,
entretanto, contribuía para fortalecer as Comunas lombardas que se uniam em uma liga, reconstruíam
Milão, fortaleciam Alexandria (que recebeu esse nome em homenagem ao papa) e finalmente venciam o
imperador em Legnano (1176). Depois dessa derrota, Barba-Ruiva reconheceu Alexandre prostrando-se
aos seus pés em Veneza (1177). Alguns anos mais tarde, no III Concílio Lateranense (1179), Alexandre,
entre outras coisas, estabeleceu que, para a eleição do papa, era necessária a maioria de dois terços
dos votantes. Alexandre também saiu em defesa de Thomas Becket, arcebispo de Cantuária, que fez
canonizar (1173
Morre Sta. Rosália.
Rosália (santa; ? - perto de Palermo, ca. 1160),
segundo a tradição, filha do duque Sinibaldo,
teria deixado ainda muito jovem a casa paterna
para dedicar-se, na solidão, à oração e à
penitência. Seu culto foi muito popular em
Palermo e em toda a Sicília depois de seus
despojos serem encontrados, em julho de 1614,
em uma caverna do monte Pellegrino, onde
Rosária teria vivido isolada até a morte; nesse
local, foi erigido um grande santuário à santa,
que se tornou padroeira de Palermo. Em 1630,
o papa Urbano VIII determinou a inserção do
nome de Rosália no Martirológio romano. No
aniversário da descoberta dos despojos de
Rosália (15 de julho), uma solene procissão
percorre as ruas de Palermo.
Começa a construção da catedral de
Notre-Dame, em Paris.
O gótico nasce no norte da França, para
depois difundir-se por toda a Europa. A
catedral de Notre-Dame, em Paris, um dos
primeiros exemplos do novo estilo, contém
alguns elementos típicos da arquitetura
gótica: o predomínio de linhas de
construção vertical, que deixam amplos
espaços nas paredes decoradas com
vitrais, os arcos dobrados e os
contrafortes e a exuberância decorativa,
evidente no portal de entrada,
inteiramente coberto por esculturas.
Nasce em Caleruega, Velha Castela, na
Espanha, Domingos de Gusmão, fundador da
Ordem dos dominicanos.
Domingos de Gusmão (santo; Caleruega,
Burgos, 1170 - Bolonha, 1221), de família nobre,
foi primeiramente educado pelo tio materno;
depois completou os estudos em Palencia, perto
de Valladolid (1184-94). Ordenado sacerdote,
ingressou no capítulo dos cônegos regulares da
catedral de Osma, que seguiam a regra de santo
Agostinho.
Codificação mensural da Polifonia.
A escola de Notre-Dame realiza a codificação
da Polifonia, tendência praticada também por
outras escolas européias, como a escola de
São Marcial de Limouges, na França, e de
Santiago de Compostela, na Espanha. A
polifonia predominará sobre o canto gregoriano,
monódico, que decai progressivamente.
Nasce S. Silvestre, fundador da congregação
dos silvestrinos.
Silvestre Gozzolini ou Guzzolini (santo; Osimo,
ca. 1177 - Montefano, perto de Fabriano, 1267),
depois de abandonar o curso de Direito para
estudar teologia, ordenou-se sacerdote em sua
cidade natal, tornando-se em seguida cônego da
catedral. Retirando-se para a vida eremítica em
Montefano (1230), fundou em 1231 uma
congregação beneditina, mais tarde denominada
dos silvestrinos.
Convocação do III Concílio Lateranense:
regulamenta-se a eleição papal.
O III Concílio Lateranense (o XI ecumênico) foi
convocado por Alexandre III em 1179. Segundo
as listas que chegaram até nós, dele
participaram cerca de 300 bispos de todas as
províncias eclesiásticas. Dos 27 capítulos do
Concílio, os dois primeiros estabelecem que,
para a eleição de um papa, é necessária a
maioria de dois terços. Tal decisão era um
reflexo do cisma de 1159-1178, que se
encerrara havia pouco e durante o qual, além
do legítimo papa Alexandre III, haviam sido
eleitos também os antipapas Vítor IV ou V
(1159-64), Pascoal III (1164-68) e Calisto III
(1168-78). O Concílio também se pronunciou
sobre problemas disciplinares relativos à idade
permitida para a eleição para bispo e para os
diversos cargos eclesiásticos, além de
condenar os albigenses (cátaros que se
difundiram no sul da França).
Eleição do papa Lúcio III.
Lúcio III (no século Ubaldo Allucingoli, papa;
Lucca ? - Verona, 1185), sucessor de
Alexandre III, foi papa de 1181 a 1185.
Nasce Francisco de Assis.
Francisco de Assis (Assis, Perúgia, ca. 1181 1226), filho de Pietro di Bernardone, rico
mercador de tecidos, e da senhora Pica, foi
batizado com o nome de Giovanni, que o pai
logo mudou para Francesco (ou seja, francês),
em homenagem à França, terra natal da esposa
e destino de suas freqüentes viagens
comerciais. Dedicado primeiramente à atividade
do pai, teve uma adolescência despreocupada:
hábil negociante de tecidos e pródigo
esbanjador, foi um espírito aventureiro e ávido
de glória. Foi alfabetizado na escola paroquial
de São Jorge em Assis, aprendendo, além do
latim, alguns elementos de francês (sobretudo o
provençal). Em 1202, participou das lutas entre
Perúgia e Assis; aprisionado pelos perusinos,
foi libertado no ano seguinte.
Nasce Francisco de Assis.
Francisco de Assis (Assis, Perúgia, ca. 1181 1226), filho de Pietro di Bernardone, rico
mercador de tecidos, e ...
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