ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A GESTANTE COM INFECÇÃO URINÁRIA: ESTUDO DE CASO. Jonathan Henrique Anjos de Almeida1, Karina Feital da Costa2, Mariana Ribeiro Lopes3, Thayssa Cristina da Silva Bello4, Vanessa Diniz do Nascimento5, Vinicius Rodrigues de Souza6. Introdução: Trata-se de um estudo de caso realizado na maternidade Oswaldo Nazareth na Praça XV - RJ, durante o ensino teórico-prático (ETP) da disciplina de Enfermagem na Saúde da Mulher 2. Este estudo aborda a temática da infecção urinária que é uma complicação de alta incidência durante a gestação e como é prestada uma assistência de enfermagem de forma adequada e humanizada, levando em consideração as mudanças ocorridas durante essa fase de transição e o estado emocional da gestante que facilitem o acompanhamento dos clientes. Objetivo: Descrever as ações a serem implementadas pelo enfermeiro na assistência de enfermagem a gestantes portadoras de infecção do trato urinário. Descrição metodológica: A pesquisa tem caráter descritivo de relato de caso. A obtenção de informações foi realizada através do método de coleta de dados através da entrevista para obtenção dos dados subjetivos, exame físico e a consulta ao prontuário, com o objetivo de buscar um maior conhecimento sobre o histórico da cliente para direcionar os cuidados a serem prestados. Durante a entrevista as perguntas realizadas eram: Se já tinha um quadro de ITU antes da gestação, se é a primeira gestação, se a ardor e urgência urinária, se a dor na relação sexual, se a um odor e coloração forte na urina; em relação ao pré-natal os questionamentos são: se foi realizado exame de urina no primeiro e no terceiro semestre, se a infecção no trato urinário foi detectada durante o pré-natal, caso tenha sido se houve um tratamento e 1 Acadêmico de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. Acadêmica de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. 3 Acadêmica de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. 4 Acadêmica de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. 5 Acadêmica de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. 6 Acadêmico de enfermagem da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa – Universidade Federal Fluminense. 2 379 qual foi, se foi prestado algum tipo de orientação. Com os problemas de enfermagem encontrados, a equipe de acadêmicos pôde listar as ações de saúde a serem adotadas no caso em questão. Resultados: As principais orientações que o profissional enfermeiro deve realizar à gestante com infecção urinária são: manter uma ingesta hídrica de no mínimo 2 litros por dia, isso aumenta a quantidade de urina e impede que as bactérias se fixem na parede da bexiga causando infecção; urinar freqüentemente (no mínimo a cada 2 horas), pois isso ajuda na limpeza da bexiga e uretra dificultando a infecção; urinar antes de dormir e após as relações sexuais para a diminuição da entrada de bactérias na bexiga. Também devem ser evitados irritantes urinários como chá, bebidas alcoólicas, café e refrigerantes do tipo cola; evitar banhos de espuma ou aditivos químicos na água para que não haja variação do pH vaginal; realizar higiene íntima e de períneo 2 vezes ao dia. Forçar a saída de toda a urina da bexiga evitando a estase urinária; urinar sentado e após urinar limpar a genitália de frente para trás evitando a contaminação por bactérias vindas do trato intestinal. Outros cuidados que devem ser salientados são: evitar o uso de roupas justas e calcinhas de material sintético, pois os mesmos alteram a transpiração da genitália e tornam a vulva mais aquecida e úmida favorecendo assim o desenvolvimento de bactérias; evitar o uso de qualquer tipo de creme, desodorante ou perfume que possa causar alergia e irritação formando feridas, pois as reações alérgicas favorecem a contaminação por bactérias (²). Um dos principais cuidados que se deve ter para a prevenção das complicações da ITU nas gestantes é a solicitação de urocultura de três em três meses a fim de descobrir a infecção urinária no início e tratá-la (²). Conclusão: A experiência do Ensino Teórico Prático de Saúde da Mulher II com gestantes da Maternidade Oswaldo Nazareth localizada na Praça XV – Rio de Janeiro permitiu constatar a importância da assistência de enfermagem, através da implementação de intervenções para reduzir o risco de infecções urinária e o acompanhamento adequado no pré natal.. O enfermeiro tem papel fundamental nessa prática, já que o mesmo é responsável pelo cuidado da paciente. Através da educação em saúde, promovemos a saúde durante a gestação e assim, minimizamos as intercorrências e os riscos para a gestação e o parto. 380 Descritores: enfermagem, gestação, infecção no trato urinário. Área temática: Processo de Cuidar Saúde da Mulher. Referências: 1 Duarte G et al. Infecção urinária na gravidez. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2008; 30(2): 93-100. 2 Berbel LAS, Gural NRG, Schirr F. Orientações de Enfermagem durante o pré-natal para a prevenção da infecção do trato urinário. Revista Eletrônica da Faculdade Evangélica do Paraná. 2011; 1(1): 13-22. 3 Feitosa DCA, Silva MG; Parada CMGL. Acurácia do exame de urina simples para diagnóstico de infecções do trato urinário em gestantes de baixo risco. Revista LatinoAmericana de Enfermagem. 2009; 17(4): 507-513. 381