CONHEÇA OS FUNGOS E BACTÉRIAS Fungo ou

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CONHEÇA OS FUNGOS E BACTÉRIAS
Fungo ou Cogumelo
O termo fungo, em sentido lato, designa os talófitos aclorofilados, isto é, as
bactérias ou esquizimicófitas, os fungos mucosos, mixomicetes ou
mixomicófitas e os fungos verdadeiros, eumicetes ou eumicófitas. A palavra
cogumelo, embora por vezes empregada as vezes como sinônimos de
fungos, se aplica mais comumente aos fungos verdadeiros ou, numa
acepção ainda mais restrita, aos representantes comestíveis ou venenosos
deste grupo.
Como características gerais, comuns aos três grupos, deve-se salientar que
são organismos simples, isto é, com o corpo formado tão-somente de um
talo uni- ou pluricelular, e heterotróficos, ou seja, incapazes de criar a
matéria orgânica a partir dos materiais inorgânicos. Dependem assim, para
sua nutrição direta ou indiretamente, de um modo geral, dos alimentos
elaborados pelas plantas verdes.
Quando o alimento é obtido pelo ataque a outro ser vivo, ocorrem o
chamado parasitismo; se retirado de resto animais ou vegetais, diz-se que
vivem em saprofitismo. As formas parasitas são exigentes quanto à
alimentação e meio ambiente, a maioria delas só se podendo multiplicar
sobre determinados tipos de seres vivos.
Bactérias
Entre elas figuram os menores organismos vivos conhecido. Apresenta-se
sob três formas principais, redonda (coco), alongada, em bastonete (bacilo)
e curvo (vibriões e espirilos). Muitas são dotadas de flagelos ou de uma
parede celular contrátil graças aos quais podem movimentar-se em líquidos
ou superfícies úmidas. Existem por toda parte, no solo, no ar, nos alimentos
e no corpo humano. Reproduzem-se por divisão celular, que pode ocorrer a
cada 20 minutos, em condições ótimas. Desta forma, em 24 horas, uma só
bactéria poderia dar origem a 1,8 x 100 bilhões de indivíduos.
Há bactérias que causam enfermidades nas plantas, nos animais e no
homem. Não obstante, a maioria delas é inofensiva e algumas são úteis,
por exemplo, na elaboração do vinagre, do queijo e nos processos de
putrefação.
Mixomicetes. Constituem um grupo peculiar de plantas, diferentes de todas
as outras por terem o corpo formado de uma simples massa de
protoplasma, mucilaginosa e capaz de se deslocar lentamente sobre o
substrato e de englobar partículas sólidas. Crescem sobre a madeira em
putrefação e outros objetos úmidos. Ao fim esta gelatinosa cessa de
deslocar-se e emite numerosos órgãos ou pequenas cápsulas, mais ou
menos arredondadas, cheias de esporos.
Fungos Verdadeiros
Os fungos verdadeiros constituem, pela diversidades das formas que
englobam, um conjunto bastante complexo e heterogêneo. Os cientistas
que se dedicaram ao seu estudo, denominados micológicos, reconhecem a
existência de três classes nesse grupo, a saber:
Ficomicetes: Têm o talo unicelular nas formas mais primitivas, e formados
de filamentos (chamados hifas) tubulares, multinucleados, não septados,
ramificados, nas mais adiantadas. Guardam analogia com as algas verdes
com respeito à estrutura e à reprodução. A esta classe pertencem os
mofos, como o mofo do pão e outros que atacam os tecidos em ambiente
úmido, e são saprófitos. Alguns são parasitas de plantas. Os mofos
produzem tal quantidade de esporos, que sempre existem deles no ar.
Como exemplo de ficomicetes, podemos citar Plasmodiophra brassicae,
causador da "hénia da couve", Rhizopus nigricans, o mofo preto do pão,
Saprolegnia, que é um genero ficomicetes aquáticos vivendo sobre detritos
de peixes, e Empusa muscae, que prolifera sobre as moscas, matando-as à
maneira de uma epidemia.
Ascomicetes. São providos de talo uni- ou pluricelular; nesse caso têm
filamentos ou hifas septados e geralmente uninucleados por célula. O
conjuntos das hifas (micélio) pode organizar-se em corpos
morfologicamente definidos, sob a forma delanugem.
Os ascomicetes podem ser parasitos e crescer sobre animais e vegetais,
causando-lhes variadas enfermidades; ou saprófitos nos solos ricos em
matéria orgânica, sobre frutos em decomposição, alimentos, tecidos, etc.
Alguns têm importância industrial na fabricação de queijo e nas
fermentações ligadas à produção de bebida alcoólicas, na produção de
antibióticos(como a penicilina), em panificação, enquanto outros são
comestíveis ou encerram alcalóides usados na medicina.
Basidiomicetes. Providos de talo pluricelular formados de hifas septados.
Seu micélio pode ter crescimento indefinido ou formar, nos tipos mais
evoluídos, corpos frutíferos carnosos de estrutura constante. A estrutura
reprodutora caracterítica do grupo é o basídio, que é a extremidade de um
esporo, ou basidiósporo.Compreende espécies causadoras de sérias
doenças em plantas cultivadas, como sejam as ferrugens e os carvões.
Ustilago maydis produz o carvão do milho. Puccinia graminis é a ferrugem
do trigo. Os basidiommicetes superiores se separam em dois grupos: de um
lado os himenomicetes, com membrana esporófora exposta, e de outro os
gasteromicetes, com membrana esporófora inclusa.
Entre os primeiros estão os mais importantes fungos comestíveis e
venenosos conhecido. Também aí figuram os fungos destruidores de
madeira. Psalliota campestris é o cogumelo de campo, ou cogumelo
cultivado (champignon do comércio). Entre os venenosos ou repugnantes
ao paladar podem ser citados Amanita phalloides, o mais tóxico de todos,
capaz de causar acidentes mortais, Russula emetica, de sabor picante, os
Dictyophora, de cheiro e gosto desagradáveis.
REPRODUÇÃO DOS FUNGOS
Os fungos apresentam reproduções assexuada ou sexuada.
A reprodução assexuada ocorre geralmente por meio de esporos. Os
esporos formam-se no fungo e depois caem ao solo, originando hifas.
Essas hifas vão dar origem a novos fungos.
A reprodução sexuada é mais complexa. Nesse caso, existem órgãos
sexuais masculinos e femininos, onde se formam gametas (células sexuais
masculinas e femininas).
Quando um gameta gameta masculino se une a um feminino, forma-se um
zigoto. O zigoto dá origem a esporos que produzem hifas masculinas e
femininas. Estas desenvolvem-se, transformando-se em novos fungos.
COMO VIVEM OS FUNGOS
Existem vários tipos de fungos. Existem também várias formas de relação
entre esses seres e o meio ambiente. Vejamos:
Parasitismo - Os fungos que apresentam este tipo de relação com o meio
vivem à custa de outro ser vivo, prejudicando-o. Certas doenças dos
vegetais, como a ferrugem do café, são provocadas por fungos parasitas.
Quando se desenvolvem sobre a pele dos animais e do homem, provocam
micose.
Mutualismo - Nesta relação, o fungo associa-se a uma alga, com benefícios
para ambos. A alga, que tem clorofila, faz fotossíntese, produzindo alimento
para ela e para o fungo. Este, por sua vez, absorve a água do solo,
necessária também para a alga viver.
A associação de um fungo com uma alga dá origem a um novo tipo de ser:
o líquen.
Saprofitismo - Essa relação ocorre quando o fungo vive sobre matéria
orgânica, provocando sua decomposição. Certos fungos, por exemplo,
causam o apodrecimento de frutas ou de restos de vegetais e animais.
As leveduras são fungos saprófitos empregados na fermentação de
bebidas alcoólicas.
OS FUNGOS E O MEIO AMBIENTE
A idéia mais comum que temos a respeito dos fungos é que eles crescem e
se desenvolvem em lugares úmidos ou sobre alimentos estragados. Por
causa disso, nunca pensamos nos fungos como seres vivos muito
importantes para nós ou para o meio ambiente.
Os fungos saprófitos, por exemplo, são muito importantes para o meio
ambiente, pois ao decompor a matéria orgânica, eles deixam no solo
substâncias fertilizantes úteis à vida das plantas.
Além disso, embora suas características sejam bem diferentes das dos
animais e vegetais, alguns fungos são comestíveis e outros são
fundamentais para a produção de alimentos.
Os fungos comestíveis são os cogumelos, também conhecidos como
champignons. Certamente você já os viu à venda em supermercados ou
nas feiras e talvez já os tenha experimentado. Esses fungos têm alto valor
nutritivo, pois apresentam altas taxas de proteínas. Mas não são todos os
cogumelos que podem ser comidos. Alguns são altamente venenosos.
Bebidas alcoólicas como vinho, a cerveja e a cachaça só são possíveis
graças a fungos, denominados leveduras. Esses fungos desenvolvem-se
nos caldos de uva, cana, cervada etc.,e alimentam-se do açucar contido
nesses caldos. Ao mesmo tempo, decompõem o açucar, transformando-o
em alcool.
Em cada caldo desenvolve-se um tipo de levedura, originando bebidas
diferentes. Da fermentação da cevada, por exemplo, origina-se a cerveja; a
fermentação da uva produz o vinho; e da fermentação da cana-de-açucar
resulta um caldo que depois é transformado em alcoól ou cachaça.
Alguns fungos são utilizados também na fermentação do leite do qual se
fazem queijos. E o pão - este alimento que faz parte de todas as nossas
refeições - é obtido a partir de fermento biológico, que nada mais é que um
fungo.
Atualmente, as novas técnicas agrícolas têm dado grande importância um
grupo de fungos denominados micorrizas, que vivem em associação com
raízes de plantas.
Os micorrizas fazem com que as plantas a que estão associados consigam
absorver melhor os nutrientes do solo, aumentando sua capacidade de
desenvolvimento.
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http://www.bionline.net/fungos0.htm(ETFSP- 1997 - T 242 col -ALUNOS:Alberto M. Ywane // Alecio T. Inomata //Fabiano R. Yamaguti)
BIBLIOGRAFIA
BARROS, Carlos. Os seres vivos.pag. 39 a 42 43a edição, ed. ática;
São Paulo,1992.
Enciclopédia Barsa. pag. 376 a 382 Vol. 6 1964-1977.
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