RÁDIO NA WEB Sua implantação é viável? PRADO

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RÁDIO NA WEB
Sua implantação é viável?
PRADO, Magaly
Graduação em Comunicação Social
Terminando este ano a especialização em Marketing e Comunicação
Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (São Paulo)
Iniciando mestrado como aluna especial do mestrado na ECA USP
Professora de Produção de Rádio (2º ano) e Direção de Rádio (4ºano) no curso
de Rádio e TV, da Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero
Palavras-chave: rádio na web, rádio na internet, rádio on line,
Rádio na web é o futuro da possibilidade de se fazer rádio com
liberdade de expressão de um conteúdo possível, diferente e contrário à
mesmice que assola as emissoras atuais. Se compararmos as rádios
tradicionais no espectro AM, FM ou OC, a limitação esbarra quando começa a
intenção financeira do proprietário da concessão. Na qual o que vale é o
retorno da audiência, por mais que seja desqualificada, e por tabela, a
aderência comercial. O popularesco impera como resultado a grosso modo.
Testemunhais e jabaculês dominam as estações convencionais a ponto de não
existir espaço para o real papel de uma emissora. Práticas execradas por quem
tem interesse em usar o veículo com outro propósito, o de informar e entreter
com inteligência e sensibilidade.
Portanto, na web, um veículo de comunicação pode surgir, se fixar e cumprir
seu papel: o de comunicar. Ainda mais considerando que na web, a audiência
é infinitamente maior, o intuito de alcançar público de todas as idades e
nacionalidades, é um desafio sem fronteiras. E não ficar preso a um público
local, regional, nacional e atingir ouvintes universais, talvez seja o canal mais
interessante a se estudar, trabalhar e fornecer a este público selecionado,
inquieto e cansado do pós-tudo que lhe é facilmente oferecido, algo a mais do
que simplesmente uma programação medíocre e “dejavu”. Rádio na web é o
lugar onde os radialistas antenados já estão se encontrando.
RÁDIO NA WEB
SÓ O QUE VOCÊ QUER
OUVIR E SABER
A nova tecnologia transforma o bit no portador e, ao mesmo tempo, no modificador da difusão dos meios de
comunicação . È preciso entender o novo rádio a partir da cultura do bit. Ele é a quintessência da física, obedece e
assume formas diferentes das transmissões que se conheciam até então. No bit não se pode tocar, ver nem ouvir, e
no entanto ,ele é o responsável pela mudança no conceito de transmissão. É inevitável, irrevogável, irrefreável a
mudança do elemento físico, portador da comunicação da molécula para o bit. Não há como lutar contra uma
transformação histórica, contra o processo que já foi ativado e não há volta. Ultrapassou-se o ponto de retorno.
Diante dessa nova realidade, o rádio caminha para ser inteiramente transmitido via internet. Toda a comunicação
mundial, mais cedo ou mais tarde, vai usar única e exclusivamente esta via.
(Héródoto BARBEIRO, Paulo Rodolfo deLIMA, Manual de Radiojornalismo, p.36)
OBJETIVOS
O objetivo é pesquisar todos os formatos de rádio na web existentes tanto no Brasil quanto no exterior. A
pesquisa vai ressaltar desde as rádios exclusivas de universidades e sua produção estudantil, passando pelas rádios
de propriedade de pessoas físicas, grupos com interesses comuns, ou de ONGs, até as rádios de empresas de
radiodifusão.
A pesquisa começa com a mais conhecida rádio na web brasileira, a rádio UOL, canal do portal UOL.
Um estudo de caso, no sentido não só de descrevê-la, mas também saber se ela dá certo como produto de
entretenimento. A intenção é pesquisar que tipo de webradio ela é. Explicar seu funcionamento, levantar suas
falhas, enumerar suas possibilidades musicais e informativas. Para que serve, e se atinge alguma finalidade. A idéia
é saber se é viável do ponto de vista da criação de hábito no internauta para que novas rádios na internet possam
existir a contento.
Este Projeto de Pesquisa tem como objetivo descrever o surgimento da Rádio UOL, mostrando sua
forma de apresentação e detectando diferenças entre as diversas rádios na web, que tornaram-se um meio de
comunicação não apenas para audição, mas, principalmente para interação e, traçando paralelos com as rádios
tradicionais do dial.
A internet é aquela que fornece uma série de ferramentas para as pessoas usarem na recuperação de
informações e comunicação individual, grupal e de massas, contudo, o diferencial mais significativo entre
as mídias tradicionais e as redes de computadores do tipo internet talvez esteja centrado na possibilidade
desta última produzir experiências interativas, criando novas configurações entre fontes, mensagens e
receptores dessas novas tecnologias digitais de comunicação. (DECEMBER, J. The Myths and Realities
of World Wide Web Publishing)
Temos como objetivo o desenvolvimento de pesquisa não totalmente conclusiva do estudo, por causa da
constante mudança tecnológica que vem surgindo, principalmente relativa à internet nos últimos dez anos, mas no
futuro, ao final deste trabalho de pesquisa, a idéia é apresentar uma literatura ainda inexistente no Brasil com relação
ao uso da rádio na web.
Outro forte objetivo é fazer com que se torne hábito do internauta navegar e ouvir rádio
concomitantemente. Ainda assim, avaliando e apresentando discussões e análises da validade da programação das
rádios na web, principalmente para que não imitem o modelos das rádios tradicionais de pouca qualidade.
Nossa pesquisa inicial pretende ser seqüencial, ampliando a temática para todas as formas de se ouvir
rádio na web, principalmente aquelas que são criadas exclusivamente na internet, como nos moldes de uma rádio
convencional, com locutores, spots etc.
PROBLEMA
Como conseguir que o ouvinte de rádio tradicional se habitue a ouvir rádio pela internet?
TEMÁTICAS E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
BARBEIRO e LIMA (2001) afirmam que com o advento da internet, os aparelhos de rádio e televisão,
como conhecemos hoje, vão desaparecer e passarão para o computador. “É nele que as atuais emissoras de rádio e
TV vão ser ouvidas e assistidas.”
No final da década de 90, quando o Brasil acordou para criar formas de ouvir músicas pela internet, houve
uma proliferação de sites que disponibilizavam este tipo de serviço aos usuários. Paralelamente, as rádios
convencionais, off line, passaram a perceber que se não tivessem um site na internet, estariam perdendo terreno
para as demais, porém, não bastava ter um site estático, era preciso disponibilizar o áudio da emissora ao vivo para
acompanhamento dos usuários. Muitas delas, ainda fazem mais, arquivam entrevistas, principais programas ou
programetes para que o internauta possa acessar em qualquer horário.
Se, por um lado, os canais de rádio na web, não são responsáveis de forma direta por maior receita
comercial, são indiretamente co-responsáveis, já que oferecem mais um atrativo, e de peso_ pois sabemos que a
palavra “música” é uma das mais procuradas em sites de busca em toda a história recente da internet_ ao internauta.
Com o crescente desenvolvimento dos programas para audição disponíveis e com o surgimento da banda
larga, o aumento da audiência é pura conseqüência. Por outro lado, com a internet popularizando-se a cada dia e
atingindo classes sociais antes relegadas a segundo plano, foram agregados aos diversos estilos musicais oferecidos
pelas rádios na web, aqueles mais populares como o pagode, o axé e a música sertaneja-romântica. O que atraiu
uma maior leva de usuários, sem dúvida nenhuma. Não se pode deixar de lado esse público, afinal, são eles que
fazem com que emissoras que unem essas tendências musicais como Band FM, Nativa ou Gazeta, de São Paulo,
figurem entre as mais ouvidas do dial tradicional.
Porém, verifica-se nas listagens da Rádio UOL, por exemplo, que muitos músicos e cantores não
constam no repertório disponível. Em março deste ano, Márion Strecker foi questionada sobre isso em um batepapo com os usuários e respondeu que “há gravadoras que não nos autorizam incluir suas gravações na Rádio
UOL.”
Com alguma simplicidade, cada pessoa ou entidade conectada na rede pode montar sua própria emissora.
Não há mais um núcleo central. Cada um vai ser operador, programador, ideólogo e editor-chefe do
conteúdo da rádio. A censura desaparece: nem o Estado, os anunciantes e a elite no poder podem impedir
a transmissão de uma programação, seja ela musical, jornalística, política, religiosa ou de qualquer outro
conteúdo. (BARBEIRO e LIMA 2001).
Criar gosto
Proporcionar prazer aos usuários é condição primordial para atraí-lo. E quem não gosta de ouvir boa
música, ou mesmo seu gênero predileto, ou ainda relembrar situações com um flash back? Possibilitar que o
internauta possa ouvir música enquanto navega por sites, ou mesmo enquanto trabalha, foi um achado que só tende
a crescer em qualidade e opções. Melhor ainda se pudéssemos criar gosto musical neste ouvinte-internauta.
Mostrar o que de melhor existe em música de qualidade, em diversos gêneros. Será que existe essa intenção por
trás daqueles que alimentam o conteúdo musical de rádios na web? Uma boa questão para ser estudada neste
trabalho.
Música paga
No artigo “Rádios virtuais oferecem acervo de 150 mil títulos” do site Anotícia
http://an.uol.com.br/2002/jun/11/0inf.htm, o autor levanta a questão da música paga, copiada de forma legal, ou
música gratuita e ilegal. E esclarece a possibilidade de ouvir música na web. “Quem usa a Web não precisa ficar
preso a essas duas opções polêmicas. Existem serviços online de qualidade, com farta opção de títulos, que
permitem ao internauta ouvir as músicas que quiser de graça, sem infringir nenhum direito autoral.”
A matéria refere-se exatamente as rádios disponíveis na web, que possibilitam audição de músicas da
preferência do internauta e não impostas por programadores das rádios tradicionais do dial.
Falamos das rádios online, serviços que - ao contrário de seus similares do mundo das FMs e AMs - não
obrigam o ouvinte a escutar uma programação definida por outros. Quem escolhe o repertório é você
mesmo: basta clicar no título de uma faixa para tocá-la no micro. (ANotícia)
A reportagem também levanta questões importantes como a qualidade técnica da música que se ouve e o
fato de ter que estar conectado à internet para ouvi-las.
Mais fáceis de usar e mais rápidas do que o download de arquivos de MP3, as rádios online tocam as
músicas enquanto os dados estão sendo baixados da rede - não é preciso copiar o arquivo inteiro para o
computador antes de reproduzi-lo. Isso, é claro, implica em alguns problemas. A qualidade do áudio é
inferior à de MP3 (embora pouco perceptível, para quem tem caixas acústicas simples no PC) e não é
possível salvar as músicas no computador: o sistema exige que o ouvinte esteja conectado o tempo todo à
Internet para funcionar, o que o torna caro para quem não tem conexão de banda larga (Speedy, TVA ou
Vírtua, que não são tarifados por tempo de uso).(ANotícia)
Como estar a frente de um computador é algo individualizado, em geral, o internauta ouve música e
recebe informações musicais sozinho. Porém, em ambientes de trabalho, esse internauta utiliza fone de ouvido,
obviamente para não atrapalhar seu vizinho de baia. Ocorre que, direto ao pé do ouvido, propagandas são muito
mais eficientes. Os anunciantes deveriam pensar melhor nisso e passar a divulgar seus produtos nas rádios da web,
que são mais propícias a grudar uma mensagem na cabeça dos usuários do que qualquer outra forma de rádio.
HIPÓTESES
As rádios na web que sobreviveram a fase pós-bolha, como é o caso da rádio UOL, por exemplo, que
está aí até hoje, tiveram que repensar sua estratégia de alavancar audiência. Atualmente estão firmes em seus
propósitos, o de levar entretenimento ao usuário.
Perfil do webouvinte
Vamos atrás dos números para traçar o perfil de quem ouve música na internet, mas já dá para imaginar
que trata-se de jovens na sua maioria. É um público mais apto a novidades tecnológicas. Basta fazer uma
comparação com o dial FM e o dial AM, apesar de saber que existem muitos jovens ligados no AM, a grande
maioria do ouvinte do AM é acima dos 40 anos de idade, já no FM é exatamente o contrário. Quebrar hábitos é
muito mais difícil do que se imagina. Não é à toa, que comunicadores como Eli Corrêa, Paulo Lopes ou Zé Bétio,
carregam seus ouvintes para qualquer emissora que vão há mais de 30 anos. No FM, dial mais recente, da década
de 80, acontece diferente, a música é mais forte que o apresentador dela. Porém, locutores como Roni Magrini, há
20 anos nos microfones das manhãs do FM, é tido como uma marca registrada da freqüência modulada. O que
pretendemos é trazer os estudos que darão conta que amanhã, determinadas rádios na web possuem público X,
com faixa etária Y, classe social tal etc. Porém, acreditamos que o foco também será a música em detrimento à
falação. E o mais importante: rádio na web proporciona liberdade de escolha, o que é fundamental para conquistar
internautas-ouvintes que sabem o que querem. Aí, conseguir fidelidade deste usuário, é o passo seguinte.
O acervo da Rádio UOL, segundo a diretora de conteúdo do site, Márion Strecker, inclui 75 mil faixas
“em quase todos os gêneros musicais, pelo menos os que têm relevância para o usuário nacional”, afirmou em
reportagem ao site http://an.uol.com.br/2002/jun/11/0inf.htm
Na reportagem “Rádios virtuais oferecem acervo de 150 mil títulos” do site ANotícia
http://an.uol.com.br/2002/jun/11/0inf.htm, o autor informa os dados do concorrente de maior peso, a Usina do
Som.
As rádios têm acervos de música, hoje, quase ilimitados. Somente a Usina do Som
(www.usinadosom.com.br), maior serviço do gênero no Brasil, dispõe de 150 mil títulos disponíveis, segundo o
site. ‘Quando montamos a Usina, em março de 2000, fizemos um verdadeiro mutirão para encodar (converter para
o formato digital) entre 300 e 500 discos em apenas duas semanas‘, conta o diretor de conteúdo do site, Pedro Só,
jornalista que foi editor-chefe da revista ShowBizz.
Hoje, a Usina do Som converte, para o formato digital, 2.400 músicas novas por mês. Esse volume levou
a empresa a terceirizar o serviço para a LabOne, empresa também do Grupo Abril. Cada música é passada para
quatro formatos: Wave e MP3 e as duas tecnologias mais usadas para transmitir áudio em tempo real - RealAudio
(para o RealPlayer) e WMA (para Windows Media Player).
Com tantas faixas disponíveis, o tamanho do acervo já coloca um desafio para o usuário: como encontrar
o que interessa no site? A Usina possui, hoje, um sistema de busca por palavra-chave que permite localizar músicas
pelo nome do artista, pelo álbum ou pelo título da obra.
Solidão
A base das rádios na web é a programação musical e não programas específicos de apresentadores
radialistas ou famosos, por isso, não se investe tanto nas pessoas e sim, na seleção musical. Mas não dá para saber
se isso pode mudar nos próximos tempos, o que sabemos é que no ambiente da internet, onde tudo é dinâmico e
mutável, tudo é possível. Pesquisas para aferir o gosto do público e descobrir o que ele quer ouvir, fora a música,
serão realizadas. E, obviamente, adaptações serão feitas em cima dos resultados das pesquisas. Será que o rádio na
web terá a mesma função de muitas emissoras tradicionais de amenizar a solidão dos ouvintes? Será que o locutor
que conversa com o ouvinte terá lugar nas rádios pela internet? Se no meio convencional ele é peça importante,
porque não seria também na web? Outra possibilidade de estudo interessante.
Para o rádio abre-se a oportunidade de se criar, teoricamente, tantas emissoras quantas forem as pessoas
conectadas na rede. Com isso, a informação, instrumento de poder monopolizador por alguns, vai se abrir
para todos. O poder terá que encontrar novas formas de se organizar_sejam elas quais forem_ e graças à
nova via será mais democrático. O espectro da radiodifusão, hoje na mão do Estado, perderá sua
importância. Para abrir uma rádio na internet não é preciso pedir licença a ninguém: está aberta a todos.
(BARBEIRO e LIMA 2001).
REFERENCIAL TEÓRICO
Tendo verificado que não existe literatura específica que trate do tema sobre rádio na web e até mesmo
sobre a rádio UOL ou o Universo Online, vamos utilizar entrevistas, depoimentos para teses de mestrado e artigos
colhidos na internet. Partindo para o universo dos negócios, estudos publicados por Beth Saad são úteis como visão
global de assuntos digitais. Autores como Pierre Levy, Nicholas Negroponte, Manuel Castels e Wilson Dizard
ajudam a dar parâmetros de entendimento sobre a questão da cibercultura e da sociedade digital. E, claro, Sebastião
Squirra, Eduardo Meredith e Gisela Ortriwano, sobre o rádio.
JUSTIFICATIVA
A justifica é centrada na crescente dedicação que o ambiente da internet dá ao entretenimento. O tema
rádio na web é instigante na medida em que pode ser acionado e, ao mesmo tempo, poder acompanhar qualquer
outra navegação por qualquer outro canal, ou seja, o internauta enquanto estuda, pesquisa, lê notícias etc, ouve uma
determinada rádio.
A escolha da Rádio UOL para iniciar, além de ser a mais acessada, foi por pura simpatia. Sua
navegabilidade é simples e sua página não é tão poluída visualmente como as demais concorrentes. O que
descansa os olhos, e isso é bem importante. Aliás, criar o hábito do internauta passar a ouvir rádio enquanto está
conectado à internet faz parte do levantamento da estratégia que o pesquisador procura entender com o estudo.
Confessamos que nunca desenvolvemos nenhum estudo tão abrangente nem desse tema e nem de
qualquer outro no âmbito da pesquisa científica, portanto, temos absoluta certeza que será preciso mais de uma
revisão detalhada até ficar perto de um cronograma final. Aproveitamos para pedir desculpas pelo presente projeto
de pesquisa, considerado por nós bem longe de estar redondo.
Constatamos porém que quando começamos a ler e pensar no assunto, muitos textos, e autores vieram a
mente, e descobrimos que se tivéssemos mais uns meses, ou pelo menos mais alguns dias para elaborar e entregar
a proposta da pesquisa, o texto sairia muito melhor embasado. Este começo de estudo só serviu para aguçar ainda
mais a vontade de aprofundamento da questão.
Aliás, o que vai de encontro a muitas das constatações que nos deparamos a respeito dessa mídia tão nova
e tão pouco estudada até então.
Porém profissional que estuda o rádio tradicional há 20 anos na área de rádio musical e jornalismo
cultural, especializado em crítica da atuação da radiodifusão paulistana: indagamos até que ponto a rádio na web
pode substituir a rádio tradicional no dial? Como fazê-lo melhor?
ESTRUTURA
Rádio na web, como alavancar ouvintes?
Um estudo de caso da rádio na web
A nova rádio terá que desenvolver uma grande e excelente quantidade de serviços se quiser que
internautas-ouvintes estejam conectados. O núcleo de produção da rádio para a internet vai ser maior ou
igual ao número que produz a divulgação sonora na rede. Com isso, o rádio perde sua velha vocação
auditiva, à medida que agrega arquivos, dados, textos e imagens na programação normal. O novo rádio
vai Ter que disponibilizar na rede as imagens dos seus apresentadores e entrevistados e até mesmo dos
anúncios veiculados. Então o rádio vai se transformar em uma televisão na web? PO r enquanto não,
porque sua linguagem continuará sendo auditiva e a imagem só ficará á disposição do internauta-ouvinte
se ele assim desejar. (BARBEIRO e LIMA 2001)
RESUMO
Desde o final do século passado no mundo e no começo deste no Brasil, as novas tecnologias de
comunicação ganharam mais um meio: rádio pela web. Trata-se de mais uma possibilidade de se ouvir música e
informação, só que através da internet. Vários formatos de rádio fora do dial convencional surgiram para atrair os
internautas. Desde a simples lista de músicas divididas em gêneros ou artistas, passando pela mera transmissão do
áudio de uma rádio no dial convencional, até rádio criadas especialmente para a internet, com programas e
locutores. Aparentemente, o mais comum deveria ser o fato das emissoras tradicionais colocarem o áudio ao vivo
para ouvintes também de fora do alcance da sintonia do dial. Porém, muitas delas ainda não possuem essa forma
de comunicação. Mas é notório que as facilidades que a digitalização proporciona na distribuição da programação
radiofônica pela web e o retorno positivo do público traz a necessidade de maior discussão a respeito da expansão
do conteúdo de rádio disponível a um número cada vez maior de ouvintes.
Hoje, até mesmo pequenas emissoras já preparam seu site e testam a disponibilização do áudio, bem
como conteúdo complementar sobre notícias de interesse do target da emissora. Uma rádio segmentada em rock,
inclui em suas páginas do site, históricos de bandas de rock, notícias atualizadas sobre a carreira e a vida pessoal dos
músicos, uma rádio popular, disponibiliza serviços de utilidade pública como lista de números de telefone úteis,
endereços de locais públicos etc.
Esse contexto provoca a reformulação do modo de fazer rádio hoje em dia. Não basta ter apresentadores,
noticiaristas e programação musical. O surgimento das rádios na web incita radialistas a pensarem de modo
abrangente, que inclua a versão na internet, ou será passado para trás perante as demais.
Este trabalho pretende pensar no assunto, já que a pesquisa será extensa e, portanto demandará tempo. A
idéia é tentar traçar um paralelo entre rádio tradicional e rádio na web. Tentar mostrar se uma rádio na web dá certo,
ou seja, rende comercialmente e atrai usuários.
Portanto, um começo de estudo de caso da rádio UOL, uma rádio unicamente na internet, que produz
além de listas de músicas de forma selecionada para diferentes gostos musicais, programas de famosos específicos
para o formato na internet.
Não vamos aqui, listar todas as rádios que estão na internet, apenas aquelas que são relevantes para
entender o processo e a época em que estão inseridas. Nem tão pouco, exemplificar com rádios no dial por não ser
o foco do trabalho, que pretende estudar a rádio no cerne da comunicação transmitida por computadores.
INTRODUÇÃO
Na introdução vamos contar a história do surgimento do UOL, em 1996, até a criação da rádio UOL.
Uma rádio pode vir a sem um bom negócio seja pequeno, seja em grande escala. Mas é preciso entender
que conteúdo e tecnologia caminham juntos e requerem, ambos, investimento. Uma rádio bem feita pode
ter um alcance mundial e isto requer algo maior: criatividade. (Caio Túlio COSTA, 2004)
Antes de começar a falar da Rádio UOL como negócio, é preciso entender a que se destina o portal UOL.
Vamos colher informações de Beth Saad, no livro “Estratégias para a Mídia Digital” (Senac, 2003), que discute
perspectivas gerenciais da mídia digital, como por exemplo, a que constata que o UOL, já nasceu com ênfase no
aspecto mercadológico. Nas palavras que a autora apurou com Caio Túlio Costa, ex-presidente do UOL (p.179):
“[...] para o UOL, conteúdo é algo abrangente que contém o conteúdo jornalístico..., arquivos..., conteúdo
interativo..., e conteúdo de entretenimento.”
Em 2000, 304 milhões de computadores estão conectados à rede no mundo, como consta nas páginas do
UOL História. Estima-se que a internet tenha mais de um bilhão de páginas indexáveis, e cerca de 22 milhões de
servidores diferentes. Outro dado bastante interessante: Napster conquista 20 milhões de usuários.
SEGMENTAÇÃO
Com a segmentação do rádio, emissoras além de focar em gostos específicos de determinadas classes
sociais ou por diferentes faixas etárias, focam principalmente em gêneros musicais. Caso do dial de São Paulo, por
exemplo, encontra-se a Tupi FM, com programação 100% sertaneja, ou a Transcontinental FM segmentada em
samba e pagode, isso para citar as duas FMs mais ouvidas do ranking de audiência. Na web, não seria diferente,
distribuídos pelos diversos canais, os gêneros podem ser segmentados dentro deles mesmo, como por exemplo,
dentro do rock, o heavy metal ou o classic rock. E o que é melhor, não precisa ficar testando a audiência em colocar
esse ou aquele estilo musical e torcer por agradar o ouvinte ou correr o risco de vê-lo debandar. Na web, tudo fica lá,
na forma de listas, e o internauta escolhe o que quer ouvir. E tem mais, o usuário ainda pode escolher uma série de
músicas e programar a “sua” própria rádio.
INTERATIVIDADE, CONCORRÊNCIA E DIVULGAÇÃO
Caminha-se para o fim da irradiação e sua substituição pela navegação na rede. A concorrência vai se
desenvolver entre as rádios individuais, do bairro, da cidade, do país, do continente ou do mundo. A nova
tecnologia iguala todas as emissoras, não importa onde estejam, uma vez que tecnicamente estão todas
igualmente preparadas. Caem as fronteiras nacionais e globaliza-se o rádio. Com o simples clicar do
mouse, é possível ouvir uma rádio de Nova York, Manila, Zagreb ou da Rocinha. É um mundo novo que
se escancara diante do ouvinte-internauta, sem barreiras, sem possibilidade se cerceamento. (BARBEIRO
e LIMA 2001)
Permitir a interatividade é a palavra de ordem. Na explicação de NORA Dominique Os conquistadores
do ciberespaço (1995): [...] tipo de relação que faz com que o comportamento de um sistema modifique o
comportamento do outro. Por extensão, um equipamento ou um programa é interativo quando seu utilizador lhe
pode modificar os comportamentos ou desenvolvimento.
Usina do Som é um dos sites de música mais conhecidos do Brasil (www.usinadosom.com.br). Artigo
“Música on-line”, de Fernando Badô, da Folha de S. Paulo (3.7.2003) ressalta que até há pouco tempo era gratuito,
mas passou a cobrar [ano passado] pela assinatura com planos que custam a partir de R$ 4,99 por mês.
Além de oferecer 17 rádios dedicadas a diferentes estilos musicais, o Usina do Som permite que o
internauta crie rádios personalizadas com seus artistas prediletos. A rádio UOL, oferece, aos assinantes do
provedor, 327 canais de músicas, divididos em 27 categorias. Além disso, há seis programas de rádio que
trazem as principais novidades do mundo da música. É possível ainda realizar buscas pelo nome da
música, do álbum ou do artista. (Fernando BADÔ, 2003)
Fernando Badô também cita o Radioteam, www.radioteam.ro, por ser um portal com links para ouvir 43
rádios da Romênia. E dá destaque para a Rádio 21, www.radio21.ro, que toca música eletrônica. Mas, o
interessante é o que ele ressaltou: “Para ouvir uma parada de sucessos automática, entre em
eigenradio.media.mit.edu. Computadores analisam a programação de várias rádios on-line e geram uma rádio, que
toca as músicas mais ouvidas pela rede.”
É UM BOM NEGÓCIO?
Algumas emissoras vão poder vender sua programação ao ouvinte-internauta, abrindo um novo setor de
negócios como fazem, hoje, os grandes portais. Parte da programação da rádio, assim como o acesso a
determinados programas ou arquivos, ficarão restritos aos que optarem por pagar pelo acesso a esses
serviços. Esse novo negócio será uma das fontes de faturamento das rádios via web. (BARBEIRO e
LIMA 20001).
Ao ser questionado para este projeto se a Rádio UOL é ou não um bom negócio, e se a rádio UOL é
comercializada como um canal separado, Ari Meneghini, gerente de parcerias do UOL, respondeu que “Existem
várias tentativas nesse sentido, mas como negócio em si nenhum se revelou um bom negócio feito separadamente.
Os grandes portais têm suas rádios porque necessitam dar conteúdo aos seus usuários. Por enquanto, a cobrança
em separado não é um bom negócio. A rádio UOL não é comercializada separadamente. A publicidade é a
mesma para todo o resto do portal.”
Para Caio Túlio Costa “uma rádio pode vir a sem um bom negócio seja pequeno, seja em grande escala.
Mas é preciso entender que conteúdo e tecnologia caminham juntos e requerem, ambos, investimento. Uma rádio
bem feita pode ter um alcance mundial e isto requer algo maior: criatividade. Os números só serão grandiosos se a
rádio alcançar escala e, para isso, a internet ainda é uma mídia muito cara porque exige muita “banda” (bandwith) e
isso ainda custa muito dinheiro.”
Porém, quando o assunto é como ganhar dinheiro com rádio na web, ou se é ou não fácil vender banners,
Caio Túlio Costa é taxativo: “Não se ganha dinheiro na internet só com publicidade (banners e outras formas). Esta
receita pode, no máximo, zerar o custo mensal. Mas a receita terá que vir de outras formas, como as assinaturas, a
comissão da venda de músicas e outras formas criativas. Não é fácil vender banners.” (ver anexo 7 revendas UOL
– O que vou vender para meu cliente? E Canais UOL – Rádio UOL)
Mas uma coisa é certa, pelo menos no primeiro momento a estratégia era o tráfego, como afirma Costa:
“Tráfego sempre foi estratégia enquanto estive por lá.”
É óbvio que a credibilidade do portal UOL interfere no sucesso de audiência da Rádio UOL. Certamente,
as demais estações na web demoram muito mais tempo para se firmar e alavancar público. “Não sei o que seria
uma boa audiência. Mas a credibilidade do portal é fator sine qua non para o sucesso de qualquer produto”, ressalta
Caio Túlio Costa. (ver anexo 7 sobre liderança do UOL em pesquisa do Ibope de 3/6/2004)
No entanto, se não podemos considerar a Rádio UOL em separado, uma coisa é certa. O portal UOL já é
um sucesso financeiro, como afirmou Márion Strecker. “O UOL está no azul desde abril do ano passado [ou seja,
desde 2003].”
Segundo levantamento publicado em dezembro de 1998 pelo instituto americano Yankee Group,
existiam no Brasil 1,2 milhões de assinantes de provedores de acesso, o que representa 48% de todos os assinantes
da América Latina.
As agências de publicidade vão produzir anúncios locais, nacionais ou internacionais com a mesma
cobertura e alcance. Não há como impedir isso. Os mídias das rádios via internet vão Ter que vender o
conteúdo da programação local, nacional ou internacional, e não mais o alcance do veículo como hoje.
Tudo vai ser divulgado globalmente, não importa em que formato ou em que língua. (BARBEIRO e
LIMA 2001)
ESTÁGIO DOS WEBOUVINTES NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A idéia é criar a consciência de que é importante poder ouvir o que se gosta e saber o que acontece no
mundo da música.
Criar a necessidade de se ouvir música para se entreter e ler notícias para se informar.
Chamar a atenção dos usuários de internet com relação à rádio na web.
Chamadas na home do portal em que ela está hospedada com as novidades da página da rádio na web.
Com isso, provocar o interesse dos usuários em estar sempre a par de boas novas, assim, o internauta adquire
conhecimento, pois depois que ele entra na rádio na web, ele fica sabendo de outras informações e de outros canais
musicais, aí estabelece-se um processo de identificação entre o usuário e o canal musical do gênero que mais lhe
agrada.
O próximo passo é despertar o desejo deste usuário em querer novamente ouvir a rádio na web. Ele vai
lembrar que ouviu músicas gostosas, que lhe traziam recordações, e soube de fatos musicais que aumentaram seu
conhecimento.
Cria-se expectativa no usuário de que ele sempre terá novidades informativas e sensações de bem-estar
com as músicas.
A rádio na web será preferida deste usuário no momento em que ela lhe traz o que ele procura. É quando
ela se distingue das demais atendendo o gosto deste usuário, sempre criando novas táticas para segurá-lo.
Esse usuário decide tornar esta rádio na web uma de suas favoritas. As ações de divulgar campanhas
sociais ou mesmo de distribuição de prêmios, satisfazem o usuário, ele gosta de se sentir aliviado ao colaborar com
ações sociais, e gosta também de ganhar presente.
E quando o usuário é freqüentador, ele passa a interagir. Faz comentários, responde enquetes e preenche
cadastros. A partir daí, torna-se fiel e passa ele mesmo a divulgar no boca a boca a rádio na web que ele ouve.
O PORQUÊ DA RÁDIO UOL como ponto de partida do projeto de pesquisa
A escolha da rádio UOL, foi porque primeiro a idéia era lidar com uma rádio que só existisse na web, e
que não gerasse comparações com aquelas que existem originalmente no dial, e principalmente porque estar no
guarda-chuva do portal UOL, e sua conseqüente credibilidade. A facilidade de navegação também ganhou pontos
na hora da escolha. Trata-se de um site extremamente acessível de viajar.
A princípio, narizes foram torcidos, radialistas tradicionais não encaravam essas rádios da web como
rádios. Em diversos artigos no canal Pensata, da Folha Online, a pesquisadora, citava o surgimento das web radios
como meras listinhas de músicas como se os ouvintes dedicassem um tempo para escolher e gravar uma seleção
de músicas preferidas, como antigamente em uma fita K7.
Somente depois de se firmar, ganhar audiência e destaque na mídia, as rádios na web foram aos poucos
aceitas como uma nova forma de se ouvir música mais informação com locução ou não, e que podem ou não ser
chamadas de “rádios”. E não há como negar, o fato é que elas estão aí, funcionando como mais um serviço para
atrair internautas, cada vez mais exigentes e inquietos.
Se pararmos para observar, vamos nos deparar com outras rádios que nasceram da impossibilidade de
funcionamento no dial convencional, como a Musical FM na web, por ter tido sua freqüência vendida para grupos
de religiosos. Não é o caso deste projeto de estudo, porém, vale lembrar que paralelamente ao crescimento de
rádios na web, a opção de rádios no estilo do dial, como a Musical não somente se deram bem, como arrastam
fanáticos que se sentiram orfãos na ocasião do fechamento da emissora tradicional. Um estudo interessante que nos
aquieta poderá ser avaliado levando em consideração a fidelidade do ouvinte off line e on line da mesma rádio. O
que muda nessa relação ouvinte e radialista? Até que ponto a rádio na web é menos fria que o rádio em um espaço
físico, no qual o ouvinte pode chegar perto e esperar a saída de seu locutor predileto para pedir um autógrafo. É fato,
que muitos dos profissionais do rádio são encarados como verdadeiros artistas, nas rádios jovens, e endeusados
como aqueles que ajudam o povo, nas populares, por exemplo.
A rádio na web é um advento novo e pouco estudado. Merece dedicação entre os cientistas da
comunicação. Os primeiros questionamentos que nos propomos aqui, esperamos, que contribua para as próximas
discussões a respeito do tema.
ATUALIZAÇÃO
Uma das principais preocupações dos diretores de conteúdo da internet é , ou deveria ser, a freqüência das
atualizações de seus sites. Portanto, novidades como a inclusão de mais e mais canais de gêneros musicais são
fundamentais para não somente prender o internauta, bem como fazê-lo voltar a acessar o site, na esperança de
sempre encontrar algo novo que ele possa querer ouvir. A inter-relação com o usuário que gosta de música precisa
ser dinâmica, agregando informações atuais sobre música sempre que possível.
HISTÓRIA
Não teremos a pretensão de incluir no final do projeto toda a história da rádio na eb. Impossível traçar uma
História da rádio na web em tão pouco tempo (dois anos). Poderia parecer algo superficial, por estar incompleto e
inconsistente, portanto, vamos optar em apenas pontuar ao longo do projeto para situar e contextualizar
determinadas situações. O projeto pretende contar sua história desde o surgimento até os dias de hoje, mas apenas
os momentos mais importantes. Referências bibliográficas vão aparecer no que diz respeito a web, ou ao UOL
como portal, já que não existe publicação específica sobre a rádio UOL e nem tão pouco sobre as rádios na web.
Porém, acreditamos que até o final da pesquisa, encontraremos material bibliográfico a contento. Quando
conveniente, aparecerão em notas de rodapé, proporcionando interessados a aprofundar conhecimentos. Trata-se
de um projeto de trabalho que, felizmente, começa deixando aquele gostinho de quero mais...
Nesse sentido, esperamos que a avaliação deste projeto de pesquisa leve em consideração o intuito do
início de um possível trabalho sobre a possibilidade de se criar uma rádio na web para os alunos da Cásper Líbero.
Até porque, o objeto de estudo é interessante demais para ficar restrito a algumas poucas páginas como este
presente projeto.
REFLEXÃO CRÍTICA E CONCLUSÃO
Por fim, perguntei ao Caio Túlio Costa qual seria sua reflexão crítica a respeito da rádio UOL? “Acho que
errei muito ao não privilegiar a questão tecnológica. Estava mais preocupado com conteúdo. Errei também no
modelo comercial.”
A declaração de Caio Túlio Costa provoca ainda mais a vontade de ir fundo em um trabalho que possa
esmiuçar como deve ser uma rádio na web. Certamente, não vamos parar por aqui, agora que despertou tanta
curiosidade. É assunto ideal para desenvolvimento de pesquisa para ser publicada. Por enquanto, na tentativa de
conseguir aprovação dos pareceristas, já intriga o fato do ex-presidente do UOL assumir que errou no modelo
comercial. Qual seria então o modelo certo? Um ponto a ser estudado no futuro, com certeza.
Uma pena que o tempo dedicado a elaboração deste projeto tenha sido tão restrito e, particularmente,
deixado para a última hora, como fazem, em geral, os jornalistas.
[...] A velha transmissão, em breve, vai ficar tão arcaica como as ondas curtas que propagavam as rádios
nacionais e internacionais. Até mesmo a transmissão via satélite vai sucumbir. Uma rede de rádio vai se
constituir com todas as emissoras conectadas via web e não mais por satélite... (BARBEIRO e LIMA)
BIBLIOGRAFIA
Bibliografia Principal:
SAAD, Beth. Estratégias para a Mídia Digital – Internet, Informação e Comunicação, Editora Senac, 1ª
edição, 2003, São Paulo
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência.Editora 34, São Paulo, Brasil.
BARBEIRO, Heródoto e LIMA, Paulo Rodolfo, Manual de Radiojornalismo – Produção, Ética e
Internet, Editora Campus, 1ª edição, 2001, Rio de Janeiro,
Bibliografia complementar:
SEVERINO, Antonio Joaquim, Metodologia do Trabalho Científico, Cortez Editora, 22ª edição,2002.
São Paulo, Brasil
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Editora Paz e Terra, 6a edição,1999.São Paulo, Brasil.
DECEMBER, J. The Myths and Realities of World Wide Web Publishing CMC Magazine. May, 1997.
Disponível em: http://www.december.com/cmc/mag/1997/may/december.html.
FREITAS, Hélio Alberto de Oliveira, Nem tudo é notícia: o grupo Folha na internet, dissertação ,
Universidade Metodista de São Paulo, 1999. São Bernardo do Campo
NORA, Dominique. Os conquistadores do ciberespaço. Lisboa, Terramar, 1995
WOLTON Dominique, Internet e depois?, Uma teoria crítica das novas mídias. Editora Sulina, 2003, Porto
Alegre, RS, Brasil.
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