atualização em diabetes tipo 2 e metas glicêmicas - Unimed-BH

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ATUALIZAÇÃO EM DIABETES TIPO 2 E METAS GLICÊMICAS
Setembro de 2016
 SUMÁRIO
1.
CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 3
2.
ASPECTOS RELEVANTES DA ENTREVISTA CLÍNICA E DO EXAME FÍSICO DO PACIENTE DIABÉTICO......... 3
3.
ESTABELECIMENTO DOS ALVOS GLICÊMICOS ......................................................................................... 4
4.
ABORDAGEM DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR ..................................................................... 6
4.1 Hipertensão arterial sistêmica....................................................................................................... 6
4.2
Lípides
4.3
Uso de Aspirina .............................................................................................................................. 8
5.
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS E PREVENÇÃO DE DM2 ................................................................... 8
6.
TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA O DM2 .............................................................................................. 9
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................. 11
 1. CONTEXTUALIZAÇÃO
O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) corresponde a cerca de 90% dos casos de diabetes. Sua
incidência vem aumentando rapidamente. Em 2015, a estimativa era de 382 milhões de pacientes
com essa doença no mundo. Estudos nacionais apontam para prevalência de DM2 de 7,6% na
população adulta no final da década de 1980. Essa prevalência aumenta com a idade, ocorrendo
em 2,7% da população entre 30 e 59 anos e 17,4% entre 60 e 69 anos de idade. Em 2013, segundo
a Sociedade Brasileira de Diabetes, foi estimado o total de 12 milhões de pacientes diabéticos na
população brasileira.
A elevada morbidade associada ao DM é responsável por significativos aumentos dos custos com a
assistência à saúde. Estima-se que no Brasil os custos diretos com o tratamento do DM atingem
cerca de 3,9 bilhões de dólares por ano. O DM também é responsável por redução significativa da
qualidade de vida dos pacientes e aumento de mortalidade, em especial por doenças
cardiovasculares.
 2. ASPECTOS RELEVANTES DA ENTREVISTA CLÍNICA E DO EXAME
FÍSICO DO PACIENTE DIABÉTICO
A avaliação clínica adequada a cada consulta é fundamental para a prevenção de complicações
crônicas e agudas associadas ao DM. A educação do paciente sobre sua doença, por meio de
informações fornecidas a cada consulta, permite que ele se apodere de conhecimentos sobre sua
enfermidade e compreenda a importância do controle, por meio das medidas farmacológicas e
não farmacológicas, como meio de reduzir complicações relacionadas ao DM.
Os principais pontos a serem avaliados junto ao paciente em cada consulta são:

Compreensão da necessidade do tratamento longo prazo, mesmo na ausência de sintomas;

verificação do uso correto das medicações, grau de adesão ao tratamento, assim como efeitos
colaterais ou outros aspectos que fazem o paciente modificar as orientações médicas;

para os usuários de insulina, perguntas sobre o armazenamento adequado do medicamento
e as técnicas de aplicação;

revisão dos hábitos alimentares e a prática de atividade física, mesmo que já sejam do
conhecimento do paciente;

questionário objetivo sobre possíveis episódios ou sintomas sugestivos de hipoglicemias;

discussão sobre metas terapêuticas do diabetes e das comorbidades associadas à doença,
como o controle da hipertensão arterial, das dislipidemias e nível desejável da hemoglobina
glicada fração A1c;

avaliação de sinais e sintomas associados a complicações micro e macrovasculares;
3

inspeção dos pés (todas as consultas) e avaliação de sensibilidade (anualmente se não
alterado);

calendário vacinal (influenza, pneumococos e hepatite B);

pesquisa de microalbuminúria (relação albumina/creatinina ao diagnóstico e anual se não
alterada);

avaliação do fundo de olho (ao diagnóstico e anual se não alterado);

pesquisa de hipotensão postural (neuropatia autonômica).
 3. ESTABELECIMENTO DOS ALVOS GLICÊMICOS
É consenso que a fração A1c da hemoglobina glicada (A1c) é o principal marcador do controle
glicêmico em longo prazo. Estudos demonstram associação entre níveis de A1c e complicações
microvasculares em pacientes portadores de DM. Essa associação não é linear, sendo observado
significativo incremento de incidência das complicações microvasculares quando a A1c ultrapassa
8,0%.
O United Kigdon Prospective Diabetes Study (UKPDS) confirmou que o controle glicêmico intensivo
é eficaz em reduzir a incidência de complicações microvasculares. Contudo, a publicação original
desse estudo não evidenciou redução dos eventos cardiovasculares ou da mortalidade. Por outro
lado, 10 anos após o fim do estudo, foi observada redução de 15% da mortalidade cardiovascular
no grupo tratado inicialmente com sulfonilureias e de 33% no grupo tratado inicialmente com
metformina. Recentemente, três grandes estudos (ACCORD, ADVANCE e VADT) avaliaram o efeito
do controle glicêmico com alvo de A1c < 6,5% sobre as complicações microvasculares, os eventos
cardiovasculares e a mortalidade de pacientes diabéticos com elevado risco. Apesar de observado
um benefício adicional na prevenção de complicações microvasculares, os estudos não mostraram
redução de eventos cardiovasculares no grupo de pacientes submetidos ao controle glicêmico
mais intensivo. De fato, foi observado no estudo ACCORD um aumento da mortalidade no grupo
de controle intensivo, que resultou em sua interrupção precoce. Apesar de análises sequenciais
dos dados, os autores não conseguiram identificar uma causa para o resultado encontrado.
Assim, sob a luz dessas evidências, foi proposta a necessidade de individualização das metas
glicêmicas de acordo com as características dos pacientes, como pode ser observado na proposta
da Associação Americana de Diabetes (ADA- 2016) (FIGURA 1).
4
FIGURA 1. Fatores relacionados à doença e ao paciente, utilizados para determinação da meta de A1c.
Fonte: adaptado de America Diabetes Association (2016).
A Americam Diabetes Association (ADA) determina as seguintes recomendações quanto à
regularidade de dosagem e meta de controle glicêmico para pacientes diabéticos:

A A1c deve ser dosada a cada seis meses para pacientes que atingiram a meta glicêmica
terapêutica;

a A1c deve ser dosada a cada três meses para pacientes em ajuste terapêutico até que a meta
seja atingida;

A1c < 7,0% é a meta adequada para a maioria dos pacientes;

metas mais rigorosas (A1c < 6,5%) podem ser estabelecidas para pacientes em início de
tratamento, com baixo risco de hipoglicemias e com mais expectativa de vida;

metas menos rigorosas (A1c < 8,0%) podem ser adequadas para pacientes com alto risco de
hipoglicemias ou histórico de hipoglicemia grave, com complicações micro e macrovasculares
avançadas, mais tempo de doença e idosos com menos expectativa de vida.
5
 4. ABORDAGEM DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR
A avaliação do risco cardiovascular é importante medida clínica nas consultas cotidianas em
algumas especialidades para a tomada adequada de decisões sobre medidas de prevenção de
eventos cardiovasculares.
4.1
Hipertensão arterial sistêmica
A hipertensão arterial sistêmica é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças
cardiovasculares. O tratamento anti-hipertensivo em pacientes diabéticos reduz a mortalidade
cardiovascular. Contudo, o nível ótimo de pressão arterial ainda é controverso em pacientes
diabéticos.
Recente metanálise mostrou que o tratamento anti-hipertensivo é acompanhado de redução da
mortalidade em pacientes diabéticos quando a hipertensão arterial sistólica (PAS) inicial é superior
a 150 mmHg, mas sem alteração significativa quando estiver entre 140 e 150 mmHg; e pode ser
potencialmente deletério quando os níveis forem inferiores a 140 mmHg.
As metas para o controle da pressão artéria (PA) em pacientes diabéticos são:

PA sistólica < 140 mmHg - PAS < 130 mmHg para pacientes jovens ou com microalbuminúria
ou fator de risco adicional à hipertensão;

PA diastólica< 90 mmHg – PAD < 80 mmHg pode ser apropriada para pacientes mais jovens ou
com microalbuminúria ou fatores de risco cardiovascular adicionais);

em pacientes idosos, PA < 130/70 mmHg não é recomendada;

no tratamento farmacológico da hipertensão arterial em pacientes diabéticos devem ser
sempre considerados os inibidores da enzima conversora da aldosterona ou os antagonistas
do receptor de angiotensina, exceto se contraindicado.
4.2
Lípides
O perfil lipídico é fator de risco importante para doenças cardiovasculares, em especial associado
ao diabetes. As atuais recomendações do tratamento das dislipidemias foi tema das Sessões
Clínicas em Rede da Unimed-BH.

Este tema já foi abordado nas sessões clínicas em rede e pode ser consultado em:
http://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/2016/04/estratificacao-de-risco-cardiovascular/.
6
Mudança de estilo de vida é fortemente recomendada para pacientes que apresentem valores de
HDLc e triglicérides fora da meta. Dois estudos nos quais a associação de estatina/fenofibrato e
estatina/niacina foi utilizada com o objetivo de reduzir o risco cardiovascular, não demonstraram
benefício na redução de desfechos cardiovasculares. O uso de fenofibrato não substitui a necessidade
de estatinas e pode ser considerado para pacientes com níveis plasmáticos de triglicérides acima de
204 mg/dL e em pacientes com triglicérides acima de 500 mg/dL, pelo risco de pancreatite.
O tratamento das dislipidemias com estatinas reduz a morbidade e mortalidade por doenças
cardiovasculares. Dependendo da dose e da estatina, elas são divididas em baixa, moderada e alta
intensidade de tratamento. Para pacientes diabéticos, sempre serão indicadas terapias com
estatina de moderada ou alta intensidade (QUADRO 1). A indicação do uso de estatinas em
pacientes diabéticos depende da idade e da presença de fatores de risco associados, conforme
demonstrado no QUADRO 2. A terapia medicamentosa deve ser sempre acompanhada de
orientações para modificação de hábitos de vida.
QUADRO 1. Intensidades do tratamento com estatinas
Terapia com estatina de
moderada intensidade
(redução de LDLc> 30% e < 50%)
Terapia com estatina de
alta intensidade
(redução de LDLc> 50%)
Atorvastatina10–20 mg
Atorvastatina 40–80 mg
Rosuvastatina 5–10 mg
Rosuvastatina 20–40 mg
Sinvastatina 20–40 mg
Pravastatina 40–80 mg
Lovastatina 40 mg
Fluvastatina XL 80 mg
Pitavastatina 2–4 mg
Fonte: adaptado de American Diabetes Association (2016).
.

Pode ser acessado em: http://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/2016/04/atualizacao-tecnicadislipidemias/
7
QUADRO 2. Indicação de terapia farmacológica com estatina em pacientes diabéticos
Idade
< 40 anos
Entre 40 e 75
anos
>75 anos
Fatores de risco
Intensidade da terapia
com estatina
Nenhum
Nenhuma
Fatores de risco para DCV
Moderada ou alta
DCV presente
Alta
Nenhum
Moderada
Fatores de risco para DCV
Alta
DCV presente
Alta
Nenhum
Moderada
Fatores de risco para DCV
Moderada ou alta
DCV presente
Alta
DCV: doença cardiovascular aterosclerótica; fatores de risco para DCV: LDLc> 100 mg/dL, hipertensão arterial,
tabagismo, sobrepeso ou obesidade e história familiar de DCV precoce.
Fonte: adaptado de American Diabetes Association (2016).
4.3
Uso de Aspirina
Assim como para pacientes não diabéticos, o uso de aspirina está indicado para prevenção
secundária de doenças cardiovasculares. Existem dúvidas sobre a eficácia do uso da aspirina na
prevenção primária. Em pacientes com doença arterial aterosclerótica diagnosticada ou com
múltiplos fatores de risco associados, a aspirina pode ser indicada de acordo com o julgamento
clínico.
 5. MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS E PREVENÇÃO DE DM2
A orientação alimentar e a prática de atividades físicas aeróbicas contribuem de forma significativa
no controle glicêmico e na redução de risco cardiovascular associado ao DM2. Os Centros de
Promoção à Saúde da Unimed-BH disponibilizam equipe de nutricionistas treinados para a atenção
ao paciente diabético. Deve ser recomendada a prática de atividade física, somando 150 minutos
por semana, divididos em no mínimo duas vezes por semana e com moderada intensidade.
Estudos salientam que a as medidas não farmacológicas são eficazes em reduzir o risco de
desenvolvimento de DM2. Pacientes portadores de pré-diabetes podem se beneficiar do uso de
metformina, em especial aqueles com IMC acima de 35 kg/m2, com idade inferior a 60 anos e
mulheres com história prévia de diabetes gestacional.
8
 6. TERAPIA MEDICAMENTOSA PARA O DM2
A primeira linha de tratamento para o paciente portador de DM2 é a metformina. É recomendado
no início da terapia medicamentosa em associação a orientações para mudanças do estilo de vida,
ao diagnóstico. A adequação da dose deve ser a necessária para manutenção do bom controle
glicêmico, respeitando-se a tolerabilidade individual. Cerca de 10% dos pacientes podem não
tolerar o uso de metformina, em função de seus efeitos colaterais, principalmente os
gastrointestinais.
Outra classe medicamentosa pode e deve ser incorporada ao tratamento sempre que a A1c
ultrapassar a meta determinada para o paciente. É importante que a decisão clínica de progressão
com a terapia farmacológica seja realizada em tempo hábil para não permitir exposição ao
descontrole glicêmico de forma prolongada. Existem controvérsias sobre a melhor opção
terapêutica de segunda e terceira linhas para pacientes portadores de DM2.
O QUADRO 3 mostra a sequência terapêutica sugerida, dividida em terapêutica habitual, formada
por drogas de amplo uso e experiência em longo prazo, e as opções terapêuticas alternativas,
constituídas por novas drogas de custo elevado e sem custo-efetividade comprovado em estudos
randomizados. Em pacientes cujo controle com os hipoglicemiantes orais tradicionais seja difícil, a
terapia com insulina pode ser mais apropriada, mais eficaz e custo-efetiva do que a administração
dos novos hipoglicemiantes orais. A escolha da sequência terapêutica deve ser individualizada,
levando em consideração fatores como o custo da medicação, a potência, o risco de hipoglicemias
e a capacidade do paciente em seguir o tratamento proposto.
Em pacientes com A1c acima de 9,5% ou glicemia de jejum acima de 250 mg/dL ao diagnóstico
recomenda-se a terapia insulínica. No QUADRO 3 estão os medicamentos utilizados no tratamento
do DM2, com suas principais vantagens e desvantagens.
QUADRO 3. Terapia medicamentosa para o DM2
Intervenção
Impacto
esperado
na A1c (%)
Vantagens
Desvantagens
Primeira linha
Modificação de
hábitos de vida
1,0 a 2,0

Amplos benefícios

Experiência de longo
prazo
Efeito neutro sobre
peso
Baixo risco de
hipoglicemias
Redução do risco
cardiovascular

Metformina
1,0 a 2,0


Segunda linha terapêutica habitual
9

Insuficiente para controle
de longo prazo.



Efeitos gastrointestinais
Deficiência de vit. B12
Contraindicado em IRC,
hipóxia, insuficiência
hepática, acidose e
desidratação
Insulina
Sulfonilureias
1,5 a 3,5
1,0 a 2,0


Sem limite de dose
Efeito imediato

Experiência de longo
prazo
Redução de
complicações
microvasculares







Hipoglicemia
Ganho de peso
Injetável
Posologia
Risco de hipoglicemia
Ganho de peso








Ganho de peso
Edema
Insuficiência cardíaca
Fraturas
Angioedema/urticária e
outros efeitos
dermatológicos
imunomediados
Aumento da hospitalização
por insuficiência cardíaca
(?)8
Pancreatite aguda (?)
Efeitos gastrointestinais
Aumento da frequência
cardíaca
Injetável
Pancreatite aguda (?)
Infecções geniturinárias
Poliúria
Depleção de volume,
hipotensão e tonteira
Aumento do LDLc
Aumento transitório da
creatinina
Cetoacidose
Infecção urinária,
pielonefrite
Baixa potência
Efeitos gastrintestinais
Posologia



Risco de hipoglicemias
Ganho de peso
Posologia
Terapêuticas alternativas
Tiazolidinedionas

Baixo risco de
hipoglicemias

Baixo risco de
hipoglicemias
Bem tolerado
0,5 a 1,4

Inibidores da DPP4
0,5 a 0,8


Agonistas do GLP1
0,5 a 1,0



Antagonistas do
SGLT2
0,5 a 0,7





Inibidores da
alfaglucosidase
0,5 a 0,8


Glinidas
0,5 a 1,5

Baixo risco de
hipoglicemias
Redução do peso
Redução das incursões
pós-prandiais
Baixo risco de
hipoglicemias
Redução da PA
Redução do peso
Efetivo em todos os
estágios do DM2
Redução de eventos
cardiovasculares11
Baixo risco de
hipoglicemias
Controle da glicemia
pós-prandial
Controle da glicemia
pós-prandial
Flexibilidade de dose












Fonte: adaptado de American Diabetes Association (2016), McCulloch DK (2016), Clinical Guidelines Task Force (2012),
Zinman B, et al (2015).
10
 REFERÊNCIAS
1. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 20142015. São Paulo: AC Farmacêutica, 2015.
2. America Diabetes Association. Foundations of care and comprehensive medical evaluation.
Diabetes Care 2016; 39(Suppl. 1):S23–S35.
3. American Diabetes Association. Glycemic Targets. Diabetes Care. 2016; 39(Suppl. 1):
S39-S46.
4. American Diabetes Association. Cardiovascular disease and risk management. Diabetes
Care 2016; 39(Suppl. 1):S60-S71.
5. Brunström M, Carlberg B. Effect of antihypertensive treatment at different blood pressure
levels in patients with diabetes mellitus: systematic review and meta-analyses. BMJ. 2016;
352:i717.
6. American Diabetes Association. Prevention or Delay of Type 2 Diabetes. Diabetes care
2016; 39(Suppl. 1):S36-S38.
7. Li L. Dipeptidyl peptidase-4 inhibitors and risk of heart failure in type 2 diabetes: systematic
review and meta-analysis of randomized and observational studies. BMJ. 2016; 352:i610.
8. American Diabetes Association. Approaches to Glycemic Treatment. Diabetes Care. 2016;
39(Suppl. 1):S52-S59.
9. McCulloch DK. Initial manegement of bood glucose in adults with typ 2 diabetes mellitus.
Last literature review feb. 2016. Disponível em: www.uptodate.com.
10. Clinical Guidelines Task Force. Global guideline for type 2 diabetes. International Diabetes
Federation, 2012. Disponível em: www.idf.org/sites/default/files/IDF%20T2DM%20Guideline.pdf.
11. Zinman B, Wanner C, Lachin JM, Fitchett D, Bluhmki E, Hantel S, et al.; EMPA-REG OUTCOME
Investigators. Empagliflozin, cardiovascular outcomes, and mortality in type 2 diabetes. N Engl J
Med. 2015; 373:2117-2128.
11
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