Ocorrência dos nevoeiros em Londrina/PR no período de 1986

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DEISY SUSANA SOARES
A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA/PR
NO PERÍODO DE 1986 A 2005
ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.
LONDRINA
2007
1
DEISY SUSANA SOARES
A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA-PR
NO PERÍODO DE 1986 A 2005
ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.
Monografia
apresentada
ao
Curso
de
Bacharelado em Geografia da Universidade
Estadual de Londrina, como requisito ao titulo
de bacharel em Geografia.
Orientadora: Profª Drª Deise Fabiana Ely.
Londrina
2007
2
DEISY SUSANA SOARES
A OCORRÊNCIA DOS NEVOEIROS EM LONDRINA-PR
NO PERÍODO DE 1986 A 2005
ESTUDO GENÉTICO A PARTIR DA ANÁLISE RÍTMICA EPISÓDICA.
Monografia
apresentada
ao
Curso
de
Bacharelado em Geografia da Universidade
Estadual de Londrina, como requisito ao título
de bacharel em Geografia.
COMISSÃO EXAMINADORA
Londrina,___ de ______________de 2007.
3
DEDICATÓRIA
A Deus, por ter me carregado e
sustentado
nos momentos e
caminhos mais difíceis.
4
AGRADECIMENTOS
A todos os amigos que direta e indiretamente contribuíram para a conclusão
deste trabalho. Não fosse a participação de indivíduos e instituições na origem
e evolução deste processo esta não se concretizaria.
As orientações da Prfª Drª Deise Fabiana Ely que encorajaram e que muito
contribuiu para a elaboração deste trabalho que foi enriquecido pelas
contribuições do Profº Dr. Oswaldo Coelho. E inúmeras pessoas que
colaboraram para atingir os objetivos propostos; a elas nosso agradecimento
pelo inestimável apoio e solidariedade.
A minha mãe Nilza, meus irmãos, ao Emerson, Aline e Edwylson meu terno
agradecimento pelo estímulo e companheirismo, que de forma particular
incentivaram, deram força e choramos juntos.
5
RESUMO
A presente monografia discute a ocorrência, freqüência e gênese dos
nevoeiros registrados na cidade de Londrina / Pr a partir da análise rítmica
episódica, considerando o período de registro de 1986 a 2005. Objetivou-se
analisar as características climáticas de Londrina por meio da bibliografia
disponível, a apresentação da variabilidade das temperaturas médias e dos
totais pluviométrico numa escala mensal e anual, bem como a quantificação
das ocorrências dos nevoeiros em Londrina, a análise dos fatores
condicionantes para a ocorrência dos mesmos, associada à identificação das
massas de ar geradoras dos respectivos fenômenos. A aplicação da
metodologia da análise rítmica episódica ao estudo dos nevoeiros, em
Londrina/Pr, possibilitou constatar a sua maior freqüência aos meses que
compreendem o outono e o inverno e destacar a ocorrência dos mesmos à
atuação da frente polar Atlântica e à instabilidade tropical.
Palavras-chave: Nevoeiro. Análise rítmica. Gênese.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura
1:
Localização
da
área
urbana
do
município
de
Londrina/PR..............................................................................................
Figura
2:
Massas
de
ar
que
atingem
a
América
26
do
sul..............................................................................................................
46
Figura 3: Trajetos das massas de ar que atingem os estados de
Paraná e São Paulo..................................................................................
54
Figura 4: Painel temporo-espacial da temperatura média mensal em
Londrina no período de 1974 a 2005........................................................
60
Figura 5: Painel temporo-espacial do total pluviométrico mensal em
Londrina no período de 1974 a 2005........................................................
62
Figura 6: Ocorrência e intensidade dos nevoeiros ocorridos nas
estações de outono e inverno em Londrina/PR, no período de 1986 a
2005..........................................................................................................
67
Figura 7: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1994...............................................
69
Figura 8: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1995...............................................
74
Figura 9: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1996...............................................
77
Figura 10: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1997...............................................
80
Figura 11: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1998...............................................
85
Figura 12: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 1999...............................................
91
Figura 13: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2000...............................................
95
Figura 14: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2001...............................................
98
Figura 15: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2002...............................................
103
7
Figura 16: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2003...............................................
106
Figura 17: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2004...............................................
110
Figura 18: Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros em
Londrina/PR no outono e inverno de 2005...............................................
116
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Situação demográfica de Londrina......................................
33
Tabela 2: Redução da cobertura florestal no estado do Paraná 1895
a 1980..................................................................................................
55
Tabela 3: freqüência da ocorrência de nevoeiros em Londrina/PR no
período de 1986 a 2005.......................................................................
64
Tabela 4: intensidades dos nevoeiros ocorridos em cada mês em
Londrina/PR no período de 1986 a 2005.............................................
64
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................
1-
10
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ACERCA DOS MECANISMOS
METEOROLÓGICOS DE FORMAÇÃO DOS NEVOEIROS...............................
12
1.1 Metodologia.......................................................................................
19
2 - ÁREA DE ESTUDO.......................................................................................
25
2.1
O
Processo
de
Ocupação
e
a
Formação
de
Londrina...................................................................................................
30
3 - O CLIMA DE LONDRINA E A OCORRÊNCIA DE NEVOEIROS.................
41
3.1
Detalhamento
das
Características
Climáticas
de
Londrina/Pr..............................................................................................................................
56
3.2 Freqüência e Ocorrências dos Nevoeiros em Londrina/PR no
Período de 1986 a 2005..........................................................................
63
3.3 Caracterização da Gênese dos Nevoeiros Ocorridos em
Londrina/PR no Período de 1994 a 2005...............................................
68
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................
119
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................
123
ANEXOS..............................................................................................................
126
10
INTRODUÇÃO
O interesse no conhecimento da dinâmica dos nevoeiros em
Londrina / PR constitui a idéia principal do presente trabalho, considerando que
a freqüência e a ocorrência desse fenômeno motivaram os seus colonizadores
a denominá-la de “pequena Londres”.
Inicialmente, tinha-se como objetivo pesquisar se a ocorrência
e a freqüência do referido fenômeno vinha sofrendo alterações em função do
crescimento da cidade, das transformações no uso do solo urbano e de seu
entorno. Além de que tal temática também é alvo de discussão nos recentes
debates acerca das variações climáticas nas diversas escalas dos espaços
urbanos.
Entretanto,
Londrina
não
dispõe
de
dados
climáticos
sistematizados para períodos anteriores à década de 1970, fato que
impossibilitou a comparação entre diferentes períodos e a possibilidade de
verificação de mudanças na ocorrência e freqüência dos nevoeiros na cidade.
Conforme consulta aos arquivos de dados meteorológicos junto
ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), localizado em Londrina, foi
contatado que os episódios de nevoeiros passaram a ser registrados, por esse
instituto, somente a partir de 1986. Diante disso, definiu-se como recorte
temporal a ser analisado nessa pesquisa o período de 1986 a 2005 com o
objetivo de análise da ocorrência e freqüência dos nevoeiros em Londrina / Pr.
E para a identificação da gênese dos respectivos nevoeiros foram utilizadas
cartas sinóticas disponibilizadas no “site” do Ministério da Marinha, arquivadas
11
desde 1994 pela professora e pelos alunos do Grupo de Estudos em
Climatologia Geográfica (GEOCLIMA), da Universidade Estadual de Londrina
no Laboratório (UEL).
Ao discutir a ocorrência, freqüência e gênese dos nevoeiros
registrados na cidade de Londrina / PR, entende-se que tal temática é de
relevante interesse para o planejamento urbano, uma vez que em locais onde o
fenômeno ocorre com muita freqüência não é aconselhada a edificação de
aeroportos, autódromos, estádios etc.
Os nevoeiros ainda podem representar sérios riscos à saúde e
à vida, principalmente nas áreas industriais devido aos resíduos tóxicos
atmosféricos que se configuram como núcleos higroscópicos. Na agricultura os
nevoeiros podem ser nocivos, pois a sua presença assegura alta umidade
relativa do ar, condição necessária para o desenvolvimento de certas
patogêneses.
Por outro lado, a correta exploração do conteúdo de um
nevoeiro pode trazer benefícios às atividades humanas, como a coleta de água
líquida advinda do fenômeno.
Diante das importâncias salientadas desenvolveu-se a temática
geral em três capítulos: no primeiro foi elaborada a fundamentação teórica e a
metodologia do trabalho; o segundo capítulo aborda a apresentação detalhada
da geografia da área de estudo; no terceiro consta a análise episódica do
nevoeiro, bem como a discussão sobre a gênese dos nevoeiros registrados no
outono e inverno em Londrina / PR, no período de 1994 a 2005 e a análise
sintética dessas informações é apresentada nas considerações finais.
12
1.
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
ACERCA
DOS
MECANISMOS
METEOROLÓGICOS DE FORMAÇÃO DOS NEVOEIROS
A proposta de pesquisa ora apresentada se justifica pela
carência de estudos sobre a ocorrência de nevoeiros em Londrina-PR, mesmo
considerando que a ocorrência do “fog”, ou regionalmente conhecido como
nevoeiro, permitiu, no passado, as comparações de Londrina à capital dos
colonizadores (a pequena Londres).
O presente trabalho discute a ocorrência, freqüência e gênese
dos nevoeiros na cidade de Londrina, pois se entende que tal temática é
relevante para o planejamento urbano, uma vez que em locais em que o
fenômeno ocorre com muita freqüência não é aconselhada a construção de
aeroportos, autódromos, estádios etc.
Nesse sentido os nevoeiros podem trazer transtorno às
pessoas que freqüentam esses locais e ao transporte aéreo, pois os aeroportos
cancelam vôos quando há ocorrência do fenômeno, além de ser considerado
causador de acidentes quando encobrem rodovias e os trajetos marítimos.
Em áreas industriais, a sua formação pode representar sérios
riscos a saúde, ou a vida, pelo fato de que podem estar contaminados com
resíduos tóxicos. Na agricultura os nevoeiros podem ser nocivos na medida em
que sua presença assegura condições de umidade elevada muito favorável ao
desenvolvimento de certos patógenos. Por isso se torna importante conhecer o
seu processo de formação.
13
Segundo
Sonnemaker
(1994,
p.
67),
nevoeiros
são
“Aglomerados de gotículas d’ água em suspensão na atmosfera; é uma nuvem
stratus junto à superfície”.
Para Tubelis; Nascimento (1984, p.183), “o nevoeiro é um
conjunto visível de partículas microscópicas de água líquida em suspensão na
atmosfera junto ao solo, capaz de reduzir a visibilidade horizontal”. Esse
fenômeno ocorre quando há muita umidade na atmosfera e as temperaturas
estão baixas, não atingindo o ponto de saturação para chover.
Segundo Sonnemaker (1994, p. 67), “É um fenômeno que
restringe a visibilidade para menos de 1.000m. É formado quando o vapor d’
água se condensa”.
Tubelis; Nascimento (1984, p. 183) afirmam, ainda, que os
nevoeiros se formam quando a massa de ar sobre um lugar se torna saturada
de vapor d’água, da mesma maneira que as nuvens. E isso pode ocorrer por:
“Resfriamento do ar - fazendo com que a temperatura do ar diminua até atingir
o ponto de orvalho”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)
Nevoeiros de resfriamento ocorrem devido ao resfriamento do
ar à superfície, em áreas oceânicas ou terrestres. O resfriamento pode ser
produzido por contato com o solo resfriado durante a noite, por contato do ar
quente e úmido em movimento com uma superfície (solo ou mar) mais fria,
sobre a qual se desloca e por ascensão adiabática do ar que se desloca,
subindo por um terreno elevado.
14
Também podem ocorrer por “acréscimo de vapor d’água ao ar,
evaporação das superfícies líquidas, de solo molhado, chuva caindo através do
ar”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)
Este acréscimo de vapor d’água ocorre devido ao aumento de
evaporação, que tende a elevar a umidade relativa e provocar a saturação do
ar à superfície e a condensação do vapor d’ água, com a conseqüente
formação de nevoeiro. O aumento da evaporação pode se dar por evaporação
de uma chuva quente em ar mais frio e evaporação de uma superfície líquida
mais quente em ar mais frio. Se a evaporação for suficiente para aumentar a
umidade relativa até tornar o ar saturado e houver núcleos de condensação na
atmosfera, ocorrerá a condensação do vapor d’água existente no ar e a
conseqüente formação do nevoeiro.
O autor ainda ressalta que a possibilidade de formação de
nevoeiros aumenta quando o ponto de orvalho coincide com a temperatura do
ar e quando a umidade do ar atinge valores entre 97% e 100%.
As condições atmosféricas mais propícias para a formação de
nevoeiros, segundo o autor citado, são aquelas em que os ventos são fracos, a
umidade relativa do ar é alta e quando há abundância de núcleos de
condensação na atmosfera. E, devido aos requisitos de temperaturas mais
baixas para a sua ocorrência, os mesmos são registrados com maior
freqüência no inverno.
Para Sonnemaker (1994, p. 67) existem dois tipos de
nevoeiros: os de massas de ar e os frontais.
15
Os nevoeiros de massa de ar “formam-se como resultado do
resfriamento do ar úmido, até a umidade relativa tornar-se elevada e a
temperatura do ar atingir o Ponto de Orvalho”. (SONNEMAKER, 1994, p. 67)
Os nevoeiros de massa de ar possuem duas gêneses:
A primeira, para Varejão-Silva (2006), está relacionada à perda
de radiação devido ao arrefecimento noturno do solo por emissão solar ou
energia radiante. O ar em contato com o solo perde calor por condução,
tornando-se, assim, mais frio que a camada da atmosfera que está próxima à
superfície, ou seja, a temperatura do ar aumenta conforme a distância do solo,
causando uma inversão térmica a certa altura e abaixo deste nível de inversão
térmica a camada atmosférica é estável. Se o resfriamento ultrapassar a
temperatura do ponto de orvalho ocorrerá à condensação de vapor.
O autor ainda ressalta que nevoeiros deste tipo ocorrem em
noites com poucas nuvens altas ou sem nuvens, o que facilita o resfriamento
do solo por irradiação. A presença de ventos fracos pode ampliar a espessura
da camada resfriada e conseqüentemente, dos nevoeiros.
Em áreas com grande poluição atmosférica é comum a
antecipação da formação de nevoeiros e o retardamento da dissipação, devido
à presença dos resíduos sólidos que aumentam a quantidade de substâncias
dissolvidas nas gotas que se concentram na camada atmosférica rente ao solo.
Em regiões de encostas o ar se resfria em contato com o solo e
tende a escoar e acumular nos vales, aumentando a probabilidade de
ocorrência de nevoeiro de radiação.
Sonnemaker (1994, p.68) complementa a explicação do
processo de formação dos nevoeiros de radiação ou de superfície escrevendo
16
que as condições mais favoráveis para a sua formação são: “céu claro, ventos
fracos, radiação terrestre, umidade relativa elevada. Não se formam sobre o
mar; às vezes formam–se em porções isoladas (bancos de nevoeiros)”.
(SONNEMAKER, 1994, p. 68)
A outra explicação para a origem dos nevoeiros de massa de
ar, também conhecidos como os de “advecção - é o deslocamento do ar quente
e úmido sobre uma superfície de terra ou água mais fria”. (SONNEMAKER,
1994, p. 68)
Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma
superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo calor para a
superfície que se arrefece de baixo para cima propiciando a formação de uma
camada estável justaposta à superfície. Em condições de vento fraco a
diferença entre a temperatura do ar e da superfície tende a diminuir e o
resfriamento atinge apenas uma camada atmosférica pouco espessa. Havendo
vento mais forte a mistura turbulenta do ar impossibilita o equilíbrio térmico,
mas aumenta a espessura da camada resfriada. Assim que a temperatura
dessa camada torna-se inferior a do ponto de orvalho inicial o fenômeno
ocorrerá. (VAREJÃO-SILVA, 2006)
Tipos de nevoeiros de advecção:
1- “Nevoeiro de vapor – o ar frio ao se deslocar sobre uma
superfície líquida mais aquecida. Formam-se sobre o mar, rios, pântanos.
Parece fumaça, elevando-se da superfície líquida” (SONNEMAKER, 1994, p.
68). O nevoeiro de vapor é resultado do movimento do ar muito frio sobre uma
superfície de águas mais quentes (de temperatura superior à do ar). Formamse quando a evaporação da superfície líquida aquecida produz vapor d’água
17
que se junta ao ar frio, o qual se torna saturado e provoca a condensação. O
nevoeiro de vapor eleva-se sobre a superfície do mar, sendo, por isso, também
denominado de fumaça do mar (“sea smoke”).
Como sabemos, a água tem um grau de calor específico maior
que o do ar. Por isso, é freqüente a ocorrência do nevoeiro de vapor no
inverno, quando o ar extremamente frio vindo da região dos pólos escoa sobre
mares mais quentes. E pelo fato das águas do mar estar mais quentes que o
ar, a evaporação é tão intensa que o vapor desprende-se da água, saturando o
ar frio e formando o nevoeiro.
2Nevoeiros marítimos – ar quente que se move do
continente para o mar frio; é de grande espessura devido à
umidade do ar marítimo.
3Nevoeiros orográficos (ou de encostas) - movimento do
ar úmido que se resfria por expansão quando se move para
cima de uma superfície terrestre em declive. Este resfriamento
é dinâmico (adiabático). (SONNEMAKER, 1994, p. 68)
Os nevoeiros orográficos podem surgir quando o ar úmido e
estável se desloca ao longo de uma encosta e, adiabaticamente, expande-se e
conseqüentemente, resfria-se. Se o aclive for suficientemente extenso, o ar
ascendente se tornará saturado em determinada altura, deste ponto até o topo
da elevação haverá a formação do nevoeiro. (VAREJÃO-SILVA, 2006)
4Nevoeiros de brisa marítima – ar mais aquecido do mar
desloca-se sobre o litoral mais frio: somente ocorre em altas
altitudes.
5Nevoeiro glacial – ocorre nas regiões árticas, com
temperaturas abaixo de -30°C; formado pela sublimação do
vapor d’água. (SONNEMAKER, 1994, p. 68)
E por fim, os nevoeiros frontais associados ao desenvolvimento
de uma onda frontal, lembrando que uma frente é a superfície de contato entre
duas massas de ar, freqüentemente uma massa quente e outra fria. O ar
18
quente, sendo mais leve, subirá, resfriando-se adiabaticamente e provocando
condensação do vapor d’água nele existente e a precipitação. As gotas de
chuva, provenientes do ar quente superior, estão mais aquecidas que a
camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a precipitação do ar quente
invasor se evapora quando desce através do ar frio e o satura, formando o
nevoeiro.
Os nevoeiros frontais ocorrem freqüentemente, no inverno e,
em geral, estão associados com frentes quentes, ocasionalmente formam-se
em frentes frias ou estacionárias. Formam-se rapidamente e muitas vezes,
cobrem extensas áreas. Estes só se formam quando a temperatura da água,
que se precipita do ar quente, é maior do que a do ar frio sob a frente. Isso
significa que este tipo de nevoeiro ocorre apenas em conexão com frentes
bastante intensas. Os nevoeiros frontais podem ser:
a)
Nevoeiro pré-frontal – ocorre com as frentes quentes,
cobre extensas áreas. Forma-se na massa de ar frio sob a
superfície frontal quente, pela evaporação da chuva que cai
através do ar frio;
b)
Nevoeiro post-frontal – ocorre após a passagem frente
fria lenta. (SONNEMAKER, 1994, p. 68)
E a dissipação dos nevoeiros ocorre em função da
[...] radiação solar, que aquecendo a superfície, aquece o ar,
promovendo a evaporação das gotículas de água. Enquanto
este processo ocorre, o nevoeiro eleva-se da superfície dando
origem a uma nuvem stratus baixa. O tempo necessário para a
dissipação depende da espessura dos nevoeiros e da altura da
camada de inversão.
Para todos os nevoeiros formados, o aumento da velocidade
do vento provoca o seu espessamento até o ponto de
promover o seu transporte vertical, elevando-o do solo e
formando uma nuvem stratus. (TUBELIS; NASCIMENTO, 1984,
p.185)
19
Existem
muitas
preocupações
por
parte
dos
órgãos
gerenciadores dos meios de transportes aéreos, marítimos e rodoviários com a
ocorrência, freqüência e intensidade dos nevoeiros, pois muitas vezes eles
provocam a paralisação dessas atividades e acidentes graves ou, até mesmo,
fatais.
Por outro lado, a correta exploração do conteúdo de água
líquida de um nevoeiro pode trazer benefícios às atividades humanas, como
por exemplo, “no Chile, que se coleta cerca de 7000 litros de água por dia
através de 50 coletores de 48 m² de área de base”. (KENSKI, 2005, p. 45)
1.1 Metodologia
Para a quantificação e classificação genética dos nevoeiros
foram utilizados dados diários de umidade relativa do ar, radiação, temperatura,
ventos, precipitação, pressão atmosférica, visibilidade e o registro da
ocorrência
de
nevoeiros
produzidos
e
fornecidos
pela
estação
agrometeorológica do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), que vem
registrando a ocorrência e intensidade dos nevoeiros em Londrina-Pr nos
últimos 20 anos, ou seja, desde 1986. Como nosso trabalho foi iniciado no ano
de 2006 não foi possível acrescentar esse ano na análise, pois não teríamos os
dados do ano inteiro, portanto nossas análises abordam dados até o ano de
2005.
20
A metodologia para a quantificação das ocorrências e
freqüências dos nevoeiros em Londrina constitui uma adaptação da
metodologia desenvolvida por Lacativa (1983), considerando que a dinâmica
dos nevoeiros varia “com a estação do ano e com as características do relevo
do local”. (TUBELIS; NASCIMENTO, 1984, p.183)
Lacativa (1983) teve como um dos seus objetivos determinar os
setores regionais de ocorrência de geadas e sua gênese numa tentativa de
vincular a ocorrência desse fenômeno meteorológico com a geomorfologia no
estado de São Paulo, bem como a análise das massas de ar associadas à
formação das mesmas. A referida autora concluiu que as áreas com maior
ocorrência do fenômeno estão relacionadas à altitude, além dos fatores
meteorológicos condicionantes do mesmo.
A relação entre as mudanças do uso do solo no município de
Londrina com os dados meteorológicos foi estabelecida a partir da leitura do
trabalho de Ladeia (1992), cujo objetivo foi agrupar e sistematizar os dados
meteorológicos/ climáticos e traçar o padrão das características climáticas de
Londrina, procurando contrapor a relação do homem com a natureza por meio
da história e da apropriação do espaço realizada desde os pioneiros,
propiciando a análise da evolução das tendências do clima local. A autora
concluiu que o clima de Londrina apresenta um aumento gradativo das
temperaturas médias mínimas, gerando uma diminuição da freqüência de
ocorrências de geadas e a intensidade das precipitações e dos vendavais.
Segundo Ribeiro (1993), as técnicas estatísticas empregadas
na geografia também são comumente aplicadas à climatologia, que visa à
análise da variabilidade ou regularidade e irregularidade dos fenômenos
21
climáticos e são apresentados em tabelas ou representações cartográficas.
Para a elaboração das tabelas do presente trabalho foi necessário a
organização dos dados meteorológicos brutos obtidos no IAPAR de forma a
agrupá-los por mês e ano, posteriormente foi feita a tabulação das ocorrências
anuais dos nevoeiros e, em seguida, as mensais, visando à obtenção da
freqüência absoluta do fenômeno analisado, que constitui “o número de vezes
que determinado evento ocorre”. (GALVANI, 2005, p. 180)
Em seguida, foi calculada, conforme Galvani (2005, p.180), a
freqüência percentual (fp), entendida como o percentual de ocorrências dos
nevoeiros em cada mês (fa) em relação ao número total de ocorrências (NT),
calculada pela seguinte fórmula:
fp = fa . 100
NT
Para a elaboração do painel temporo-espacial foram utilizados
os dados mensais e diários de temperatura média e o total da precipitação. O
painel temporo-espacial nos permitiu analisar a variabilidade sazonal da
temperatura média e do total pluviométrico, alem de identificar os seus padrões
predominantes numa escala anual e mensal para o período de 1976 a 2005.
Sant’anna Neto (1990) destaca que a grande vantagem do painel temporoespacial é de representar concomitantemente a variação temporal dos
fenômenos climáticos num eixo espacial, tornando possível a visualização de
diferentes feições, dos elementos climáticos representados para uma
determinada série histórica, o que contribui para a análise sistemática do
espaço geográfico.
22
Para a manipulação dos dados meteorológicos brutos obtidos
no IAPAR foi utilizada a planilha eletrônica Excel a partir da qual foi feito o
cálculo das médias diárias da temperatura, após a transferência destes dados
para outra planilha, foi elaborada uma tabela para a construção do painel
temporo-espacial da temperatura média mensal de Londrina.
Para confecção do painel temporo-espacial da pluviosidade
foram calculados os totais mensais.
A identificação e classificação genética dos nevoeiros ocorridos
em Londrina somente foi possível para o período de 1986 a 2005, visto que o
IAPAR de Londrina possui banco de dados desse fenômeno somente a partir
do ano de 1986 e, para esta análise, foi utilizada a metodologia da análise
rítmica proposta por Monteiro (1971). Esse autor esclarece que o ritmo
climático pode ser mapeado pela “representação dos elementos fundamentais
do clima em unidades de tempo cronológicas pelo menos diárias, compatíveis
com a representação da circulação atmosférica que se sucedem e constituem o
fundamento do ritmo”. (MONTEIRO, 1971, p. 9)
A elaboração do gráfico de análise rítmica consiste na
montagem de um gráfico de representação simultânea dos elementos
climáticos numa escala diária e a representação gráfica dos diferentes
sistemas atmosféricos atuantes por meio da análise das cartas sinóticas1
obtidas junto ao “site” do ministério da Marinha e disponível no laboratório de
arranjos territoriais e climatologia geográfica (LATEC).
1
As cartas sinóticas constituem a representação das isóbaras e a localização de sistemas atmosféricos
específicos sobre um determinado lugar e horário, possibilitando a identificação das massas de ar
atuantes. Optou-se pela apresentação em anexo, de algumas cartas sinóticas para o conhecimento do
leitor, pois foram analisadas 254 cartas para a elaboração do presente trabalho. As cartas sinóticas dos
anos anteriores a 2000 foram mais difíceis de serem analisadas devido a sua qualidade (anexo 1), já as de
anos mais recentes apresentavam uma qualidade melhor (anexo 2).
23
Segundo Flores (1995), o gráfico de análise rítmica permite
uma visão de conjunto dos elementos atmosféricos geradores dos tipos de
tempo, dando uma idéia do ritmo climático, que auxilia no entendimento da
seqüência dos estados do tempo. Sua utilização está relacionada com o
caráter dinâmico necessário para a representação da idéia de ritmo climático.
Assim, os elementos do clima de Londrina, para o período em
questão, foram representados nos gráficos de análise rítmica em unidades
diárias de tempo, apresentando a circulação atmosférica regional, a variação
da pluviosidade, os dados diários de pressão atmosférica, umidade relativa do
ar, temperaturas máximas, médias e mínimas, direção e velocidade dos ventos,
nebulosidade, e a intensidade dos nevoeiros.
Para a análise da circulação atmosférica predominante em
Londrina foram utilizadas as cartas sinóticas de superfície de 12h00 TMG,
disponibilizadas no “site” do ministério da Marinha, bem como os trabalhos de
Monteiro (1963) Nimer (1989) e Baldo (2006) que apresentam a síntese dos
tipos de tempo associados aos centros de ação e as massas de ar na América
do sul e conseqüentemente no Brasil, no norte do Paraná e em Londrina.
Identificou-se que a maior ocorrência e freqüência dos
nevoeiros em Londrina aconteceram nas estações do outono e do inverno e
devido a essa concentração, esse período sazonal foi escolhido para o
detalhamento de nossa análise. Assim, foi feita a seleção dos dias a serem
analisados. Os critérios utilizados para a escolha foram o dia de ocorrência de
nevoeiro forte e o dia anterior, pois a análise seqüencial das cartas sinóticas
anteriores facilitou o reconhecimento do sistema atmosférico atuante; quando
uma seqüência de nevoeiros acontecia e entre eles era verificada a ocorrência
24
de um nevoeiro moderado ou forte, estes também constituíram parte da
análise.
Por meio desta análise seqüencial das cartas sinóticas foi
possível estabelecer a atuação dos principais sistemas atmosféricos em
Londrina e a sua participação na gênese dos nevoeiros, posteriormente estas
informações sinóticas foram plotadas no gráfico de análise rítmica que,
segundo Monteiro (1971), detalhado ao nível do tempo revela a gênese dos
fenômenos climáticos pela interação dos elementos e fatores de uma realidade
climática regional, capaz de oferecer condições válidas para a consideração
dos variados e diferentes problemas geográficos.
A leitura dos gráficos de análise rítmica foi feita observando-os
no sentido vertical, iniciando de baixo para cima, ou seja, primeiro eram
analisados os dados acerca dos nevoeiros, em seguida os sistemas
atmosféricos, a nebulosidade, a direção e a velocidade dos ventos, a
precipitação, temperaturas, umidade relativa do ar, e por fim, a pressão
atmosférica, sendo analisados todos os dias em que foi registrada a ocorrência
de nevoeiros.
25
2. A ÁREA DE ESTUDO
O município de Londrina (figura 1), que incorpora a área
estudada, está localizado no norte do Paraná, no terceiro planalto com altitudes
que variam de 610 a 450 metros acima do nível do mar, tendo como latitude
23º 20’ 10’’ sul e longitude 51º 09’ 15’’ oeste de Greenwich. (LADEIA, 1992,
p.11)
Localizado na porção meridional brasileira, o estado do Paraná,
segundo Machado (2005), possui uma pequena faixa, ao norte do estado, que
está acima do Trópico de Capricórnio e a faixa litorânea pertencendo ao clima
tropical, mas possui grande parte do seu território sob a influência do clima
subtropical.
26
Figura 1 – A área hachurada destaca a localização da área urbana do município de
Londrina – PR (ELY; CHAVES, 2002, p. 4).
De acordo com a classificação climática proposta por Köppen,
cuja sistemática é fundamentada nos regimes térmicos, pluviométricos e na
distribuição das associações vegetais, o tipo climático predominante na região
norte do Paraná é o “Cfa – mesotérmico úmido”, ou seja, “clima subtropical
úmido, com chuvas em todas as estações, podendo ocorrer seca no período de
inverno.” (CORRÊA, 1982, p. 12)
27
Enquanto que a classificação de Thornthwaite, que define o
clima segundo índices de umidade, eficiência térmica e variações estacionais
dos mesmos, insere Londrina num clima úmido mesotérmico com pequena
amplitude térmica anual, não chegando a apresentar deficiência hídrica no
período do inverno (CORRÊA, 1982, p. 12). Este tipo climático propicia a
formação de nevoeiros devido às estações úmidas que mantém a umidade
relativa do ar alta e a gradativa diminuição das temperaturas no decorrer do
outono e do inverno, condicionantes para que o fenômeno aconteça.
Sobre a caracterização climática do norte do Paraná, Maack
(1981) destaca que “[...] até a década de trinta, quando a mata pluvial e
subtropical ainda se apresentavam exuberantes, a região possuía um clima
com temperaturas amenas e distribuição uniforme das chuvas ao longo do
ano.” Após o processo de desmatamento para a introdução da cafeicultura
passaram a ser registrados episódios mais intensos de ocorrência de geadas, o
decréscimo dos totais pluviométricos e a concentração maior de chuvas.
(SAMPAIO, 1996)
Segundo Sampaio (1996) a média pluviométrica anual de
Londrina está em torno de 1600 mm, sendo que os meses mais chuvosos são
os de janeiro, seguido do mês de dezembro, enquanto o mês de agosto é o
mais seco.
A precipitação contribui para a elevação da umidade relativa do
ar que, ao se deslocar para uma superfície mais aquecida, contribui para a
formação do fenômeno estudado associado à perda radioativa e o resfriamento
da superfície.
28
Segundo as observações de temperatura efetivadas junto à
estação agrometeorológica do IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), o mês
de janeiro é o mais quente do ano em Londrina e o mês de julho é o mês mais
frio. Destaca-se que a ocorrência de nevoeiros pode ser observada tanto no
mês mais quente quanto no mais frio, pois o referido fenômeno tem condições
favoráveis para a sua formação desde que a superfície terrestre esteja com
temperatura diferente da atmosfera logo acima, ou seja, enquanto a superfície
terrestre está fria a temperatura do ar deve estar quente, ou ao contrário, para
que ocorra a inversão térmica e a formação de nevoeiros. Devido ao fato de
Londrina ter um verão chuvoso com altas taxas de umidade relativa do ar, o
referido fenômeno pode acontecer nas manhãs de verão quando as
temperaturas são mais amenas. Entretanto, as condições mais favoráveis para
a sua formação em Londrina são propiciadas pelo outono e pelo inverno, se as
taxas de umidade relativa do ar se mantiverem altas.
A partir da leitura de bibliografias que abordam o processo de
ocupação
do
norte
do
Paraná,
destaca-se
que
um
dos
principais
condicionantes para a organização territorial dessa região foi o relevo de
planalto e a disposição dos cursos hídricos, pois as cidades foram construídas
nos espigões e seus lotes partiam das estradas, que se localizavam nos topos
em direção ao fundo de vale, obedecendo ao sistema longitudinal, permitindo
que os lotes disponibilizassem de estradas e de fontes de água.
Segundo Machado (2005, p. 70), “devido ao contexto geológico
e geomorfológico, os rios paranaenses são predominantemente de planalto,
apresentando grande potencial hídrico”.
29
Os cursos d’água contribuem para a formação de nevoeiros em
suas proximidades, desde que haja um deslocamento de ar frio sobre suas
superfícies líquidas mais quentes. Ou, então, pela liberação de uma massa de
ar úmido e frio que, entrando em contato com uma superfície terrestre mais
quente forma uma inversão térmica propiciando a formação de nevoeiros,
principalmente no período noturno.
O município de Londrina localiza-se no Terceiro Planalto ou
Planalto de Guarapuava onde “os derrames de lavas basálticas atingem até
1.750 m de espessura e as altitudes declinam da Serra do Cadeado em direção
ao rio Paraná”. (MACHADO, 2005, p 72)
Segundo Stipp (2000), a região é constituída por rochas ígneas
básicas da formação Serra Geral, pertencentes ao grupo São Bento e possui
dois grandes grupos de solos, os latossolos nos espigões e o nitossolo nas
encostas. A cidade de Londrina teve sua ocupação ordenada sobre o tipo de
relevo mencionado
[...] denominado por Maack (1981) como terceiro Planalto ou
Planalto de “trapp” do Paraná ou de Guarapuava, o qual
compreende uma paisagem de espigões e chapadas dos
derrames basálticos. Segundo o autor, os vales dos rios Tibagi,
Ivaí, Piquirí e Iguaçu dividem o Terceiro Planalto em quatro
regiões geográficas naturais. Londrina pertence ao bloco norte,
denominado Planalto de Apucarana... É sobre as rochas da
Formação Serra Geral, ou seja, na área central da Bacia
Sedimentar do Paraná e sobre os latossolos e a terra roxa que
a área urbana do município de Londrina está assentada e,
devido às características de sua colonização, ocuparam
primeiro os espigões suavemente arredondados estendendose, hoje, até as margens dos fundos de vales. (ELY; CHAVES,
2002, p.11)
Segundo Maack (1981), o norte do Paraná era ocupado pela
mata pluvial tropical dos planaltos, mas com o rápido desenvolvimento das
30
atividades agrícolas e a urbanização, do início do século XX, propiciaram a
redução dos espaços da mata natural.
A vegetação original da área em estudo foi classificada por
Maack (1981) como regiões das matas de Araucária. Originalmente as matas
cobriam mais de ¾ da superfície do estado, ou seja, 168.482 km² dos 201.203
km² totais, conforme Machado (2005, p. 76). Com a intensificação da ocupação
a partir de 1930, grandes matas cederam lugar à agricultura e a pastagem.
O desmatamento pode gerar impactos diretos e indiretos ao
ambiente. Entre os impactos diretos está a perda da biodiversidade, a invasão
por espécies exóticas e a fragmentação da biota. Já os indiretos provocam a
diminuição da capacidade de armazenamento hídrico no subsolo e as raízes
auxiliam na infiltração e na retenção de águas no solo, pois sem elas o
assoreamento dos corpos hídricos e os processos erosivos são acelerados
Machado (2005, p.75). Além da diminuição da evapotranspiração e,
conseqüentemente, da manutenção por um período maior das taxas de
umidade relativa do ar na atmosfera.
2.1 O Processo de Ocupação e a Formação de Londrina.
As missões jesuítas tiveram importante papel na conquista e
ocupação no norte do Paraná, pois os padres chegaram até o rio Tibagi, onde
nas suas margens implantaram suas missões. O grande desenvolvimento das
missões no rio da Prata, no séc. XVII despertou ente os religiosos o interesse
31
de fundar um estado independente, o que gerou conflitos entre os espanhóis e
portugueses (MAACK, 1981, p.37). Com os bandeirantes vindos de São Paulo
a coroa portuguesa estabeleceu os limites claros de domínio das coroas
espanhola e portuguesa e dizimou o movimento jesuíta. O que deixou a área
num estado de esquecimento por quase dois séculos, sendo as aldeias
abandonadas ocupadas por índios do grupo Gê. (MENDONÇA, 1994, p. 73)
Em meadas do séc. XVII a população do estado estava toda
fixada no litoral em função da mineração e do tropeirismo e alguns núcleos ao
sul, devido à extração de erva-mate. A fundação da colônia militar de Jataí, em
1855, no norte do estado constituiu num importante fato para a ocupação das
terras a margem do rio Tibagi.
No século XX, o ciclo econômico que deu origem a formação
acumulativa do capital nacional foi à cafeicultura, que já estava se
desenvolvendo no estado de São Paulo e, em 1917, ultrapassou o rio
Paranapanema.
Com a primeira guerra Mundial, que foi uma conseqüência das
lutas de diferentes potências para a dominação do mercado, as nações
vitoriosas (Inglaterra) tentaram expandir as áreas do seu domínio. A convite do
então presidente Arthur Bernardes, um grupo de ingleses veio ao Brasil estudar
a situação financeira, econômica e comercial para a reformulação do sistema e
consolidação da dívida brasileira para com a Inglaterra. O referido grupo de
ingleses chegou ao Brasil em 1923 e em 1924, fundaram a Brazil Plantations
Syndicate Limited responsável pela produção de algodão nas terras obtidas no
norte do Paraná. (COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ-
32
CMNP, 1975, p. 42) Nessa época o norte do Paraná era praticamente uma
floresta, salvo as cidades de Cambará, Jacarezinho e Sertanópolis.
Com o insucesso do algodão devido aos baixos preços obtidos
no mercado mundial, os ingleses redirecionaram os seus planos e fundaram a
Paraná Plantations Limited, sendo no Brasil conhecida como a Companhia de
Terras Norte do Paraná (CTNP) de colonização e loteamento de terras e de
produção de café, considerando que São Paulo orientava sua economia para o
desenvolvimento da indústria. A área adquirida pela companhia correspondia a
1/16 do estado do Paraná ou 1.318.941 hectares. (MENDONÇA, 1994, p.74)
A Companhia de Terras Norte do Paraná, com o intuito de
colonização do norte do estado, implantou uma estrutura fundiária baseada em
pequenas propriedades (entre 10 e 50 hectares) e realizou um planejamento
para a formação de cidades que obedeceriam a funções diferenciadas de
acordo com a sua localização. A implantação das cidades seguiu uma lógica
em que, a cada intervalo de 20 km de distância, foram fundadas cidades
menores, intercaladas a cada 100 km por cidades de funções centralizadoras
que, posteriormente, se tornaram grandes centros econômicos e populacionais.
(CMNP, 1975, p.75)
O plano de colonização também garantiu um eficiente sistema
urbano viário que teve na ferrovia um dos seus agentes mais importantes para
a colonização regional, pois se constituiu na base do escoamento da produção
cafeeira.
Londrina foi fundada no ano de 1929, sendo elevada à
condição de município no ano de 1934 e foi, inicialmente, projetada para
comportar 20.000 habitantes, mas este número foi rapidamente superado,
33
ainda nos seus primeiros 20 anos de existência, pois teve um crescimento
populacional rápido, atingindo, atualmente 447.065 habitantes segundo dados
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) do ano de 2000 e
conforme a tabela 1. Hoje, Londrina é considerada uma das maiores cidades
do sul do Brasil em importância econômica e em população.
Este crescimento populacional teve sua origem vinculada,
basicamente, pela ampla produção agrícola, principalmente da economia
cafeeira que gerou uma atração de capitais para a região de Londrina e que
serviu de base econômica até os anos de 1970.
. Tabela 1 - Situação Demográfica de Londrina
Anos
Rural
1936
Urbano
-
-
Total
16.351
1940
56.196
19.100
75.296
1950
37.182
34.230
71.412
1960
57.439
77.382
134.821
1970
64.573
163.528
288.101
1980
34.771
266.940
301.711
-
360.378
-
447.065
1991
2000
-
Fonte: Censo Demográfico do Paraná. (1936 – 2000).
34
Na década de quarenta, os ingleses, forçados pelas inúmeras
dificuldades criadas pelo governo de Getúlio Vargas e pela segunda Guerra
Mundial, venderam a empresa de colonização a um grupo de capitalistas
brasileiros que passaram a denominá-la de Companhia de Melhoramentos do
Norte do Paraná (CMNP).
Após a década de 50, quando a estrutura econômica brasileira,
passava por mudanças e que nos anos posteriores a 1955, foram ampliados
propiciando uma mudança nos planos de investimentos do Estado na
economia urbano-industrial, em detrimento da economia agrário-exportadora.
Isto se deu pela demanda do mercado mundial, que requeria a implantação de
indústrias multinacionais, e que foram instaladas no Brasil após o período do
Governo de Juscelino Kubitschek (1955-1960), quando foi realizada a
internacionalização da economia brasileira que facilitou a entrada de capital
estrangeiro no país.
O
Estado
brasileiro,
pressionado
pelas
empresas
multinacionais que necessitavam de mercado consumidor, redirecionou seus
investimentos, empréstimos e financiamentos para o setor agrícola de forma
que privilegiasse as culturas de fácil mecanização em detrimento das culturas
que não apresentavam uma mecanização facilitada, a exemplo do café. Com
isso, a cultura do café foi drasticamente reduzida em todas as áreas onde era
cultivado, assim como no norte do estado Paraná onde a erradicação foi
impulsionada pela ocorrência de fortes geadas, principalmente a que ficou
conhecida como "grande geada de 1974".
Após os anos de 1970, o percentual de população rural decaiu
rapidamente em decorrência do acelerado crescimento da população urbana.
35
Isto ocorreu em função de vários fatores, dentre eles, a passagem do cultivo de
café (com baixa mecanização e grande quantidade de mão-de-obra) para
culturas como a soja, o trigo, o milho e o algodão (que exigem uma intensa
mecanização em todo o período de desenvolvimento dos cultivos e,
conseqüentemente, dispensam o emprego de mão-de-obra abundante). Aliado
a forte concentração de terras, que foi ampliada nesta época, devido aos
intensos custos para mecanização do campo e que levou ao endividamento
dos produtores junto ao capital financeiro, provocando a perda de suas terras
e, ainda, principalmente pela necessidade de mão-de-obra no crescente setor
terciário e na nascente indústria londrinense. Houve, então, uma intensa
migração rural-urbana que culminou com o crescimento acelerado e a
complexificação do espaço urbano de Londrina.
Na década de 40, em Londrina, as estradas eram precárias, os
veículos precisavam ser acorrentados para conseguir transitar pelas principais
avenidas, tamanha era a quantidade de barro. Com o crescimento da cidade, a
expansão do cultivo do algodão, do café e da agropecuária, Londrina logo
ganhou a fama de Capital Mundial do Café e, com isso, o fluxo de pessoas e
negócios na cidade também se intensificou.
A rede Hoteleira de Londrina foi iniciada com o primeiro hotel
Planejado dentro da planta da futura cidade, o Hotel Luxemburgo, inaugurado
em maio de 1932, no mesmo dia da chegada dos trilhos. Assim como a
primeira estação rodoviária de Londrina foi construída em 1934. Depois, em
1935, ela foi mudada de lugar, em 1952, foi construído o terminal rodoviário
projetado pelo arquiteto Vilanova Artigas, considerado de arquitetura moderna.
Com o desenvolvimento da cidade e a maior concentração de pessoas, em 25
36
de Junho de 1988, foi inaugurado o Terminal Rodoviário “José Garcia Villar”,
projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
Londrina desde 1943 dispõe de aeroporto, mas nessa época
restringia-se a um campo de pouso. A primeira linha comercial regular teve
início em 1947. Na época, os aviões que operavam de pequeno porte e
transportavam os interessados na compra de terras.
Entre o final da década de 50 e início da década de 60, a
região Norte do Paraná se desenvolveu aceleradamente, devido ao avanço do
cultivo do café para o interior do país. Isso trouxe à Londrina, muitos
empresários de São Paulo que dispunham apenas do transporte aéreo para
chegar à cidade, pois as rodovias existentes que partiam da cidade eram
precárias.
Em 1958, o aeródromo alcançou a terceira posição em volume
de pessoas, superado apenas por Congonhas, em São Paulo, e Santos
Dumont, no Rio de Janeiro. Com a crise do café o movimento do tráfego de
passageiros caiu consideravelmente.
Desde o início Londrina se destacava no setor comercial, com
uma área central que congrega compras e serviços em que muitas pessoas se
dirigiam para o centro principalmente em busca de lazer. No início dos anos 50,
a Avenida Paraná passou a ter calçamento em paralelepípedo, além de ser o
local onde a verticalização da cidade se iniciou. (FRESCA, 2000)
A partir dos anos 50, uma nova configuração urbana passou a
se orientar em Londrina com o desenvolvimento de um processo de extensão e
verticalização da cidade. Um dos fatos que motivou a verticalização na cidade
foi a busca da concretização de uma imagem de modernidade e de metrópole,
37
a “capital do interior” e também da necessidade de satisfazer os consumidores
deste tipo de moradia.
Desse modo, a confiança dos investidores, era afirmada,
quando a cidade não parou mais de crescer, ocupando suas áreas periféricas.
Este crescimento provocou a modernização de sua arquitetura, desenvolvida a
partir de uma base nacionalista moderna advinda das correntes arquitetônicas
de São Paulo.
O processo de verticalização teve inicio primeiramente, no
centro da cidade voltada a servir a classe social de maior poder aquisitivo, já
que este tipo de moradia era considerado uma forma de status. Nos anos 60 a
partir da consolidação das praticas fordistas de consumo em massa, essa
situação mudou e a classe social que, anteriormente vivia nos residenciais
verticais do centro, mudou-se para áreas mais afastadas, dotadas de áreas de
lazer, segurança e estacionamento.
Os primeiros conjuntos habitacionais de Londrina, situados a
distâncias de 6 a 7 km do centro da cidade são da década de 60. Estes núcleos
habitacionais foram construídos pela Companhia de Habitação de Londrina
(COHAB), órgão criado em agosto de 1965 pelo então prefeito José Hosken de
Novaes voltados às camadas mais necessitadas da população. Futuramente,
esses conjuntos habitacionais transformaram-se em quase outra cidade, dentro
de Londrina. Os conjuntos habitacionais foram dispostos estrategicamente em
áreas distantes, do centro da cidade, visando à especulação imobiliária já que
havia no interior da área urbana cerca de 60% de lotes vazios. Além de criar
problemas de infra-estrutura, possibilitou-se a valorização imobiliária de "vazios
urbanos".
38
Durante os anos de 1970 Londrina foi administrada a partir de
políticas de caráter populistas apoiadas numa política habitacional do governo
federal que motivou a formação de conjuntos habitacionais populares que
serviriam para habitação das camadas da população de rendimentos mais
modestos. Isto gerou uma atração maior de população para a cidade de
Londrina, atraídas pela "oportunidade" de conquistar o "sonho da casa própria”.
Processo que motivou a formação de áreas residenciais de padrões muito
baixos, em situações precárias, que abrigaram esta população excedente,
constituídas principalmente por favelas e assentamentos urbanos.
O norte da cidade é uma das regiões com grande crescimento
que e conforme Silva (2002, p. 123) “Possui uma variedade grande de
equipamentos urbanos, comércio, serviços, linhas de ônibus, entre outros”.
Lentamente nessa região foram sendo implantando meios de consumo coletivo
motivados pelas reivindicações da população local. Para o abastecimento da
população residente na zona norte de Londrina vários estabelecimentos
comercias e prestadores de serviços foram ali instalados e que hoje são
considerados subcentros. Primeiramente, esses estabelecimentos eram de
propriedade dos moradores locais, mas com o melhoramento da implantação
de infra-estrutura, a região foi sendo valorizada e estabelecimentos que já
existiam no Centro Principal instalaram ali suas filiais.
A Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, ao colonizar
esta região e nela implantar a cidade de Londrina, preservou algumas áreas
florestais. Entre elas, a que margeia o Ribeirão Cambé, onde a Companhia de
Terras, através da Empresa Elétrica de Londrina, sua subsidiária, aproveitou o
potencial hidráulico do Ribeirão e instalou a primeira usina hidrelétrica para a
39
produção de energia elétrica para abastecer a cidade. Depois de 28 anos de
funcionamento ela foi desativada.
Em 1975, o então prefeito José Richa, gestionou junto a
Companhia e a obteve a como doação para o município. A área originalmente
doada, acrescida de outras provindas dos processos de loteamentos vizinhos e
de desapropriações feitas pelo município, resulta hoje num total de 85,47
hectares e constitui o Parque Arthur Thomas, cuja área está destinada ao
plantio de árvores frutíferas, recreação, horto florestal, mini-zoológico e
manutenção da área de floresta como reserva ecológica.
Outro Parque Ecológico de Londrina é o Dr. Daisaku Ikeda,
criado em 24 de novembro de 1999 e inaugurado em 14 de setembro de 2000,
localizado a aproximadamente 12 quilômetros do centro da cidade com uma
área total de 51,28 alqueires preserva um pouco da história de Londrina, pois
abriga a Usina Três Bocas, segunda hidrelétrica do município atualmente
desativada.
O município ainda abriga uma das últimas reservas naturais de
mata nativa do norte do Paraná, a mata dos Godoy. Pertenceu à Família
Godoy até 1989, quando foi transformada em Parque Estadual. Possui,
atualmente, 790 hectares e localiza-se no Patrimônio Regina, a 15 km do
centro de Londrina.
Na região central da cidade encontra-se o Bosque Municipal,
ocupando duas quadras com algumas espécies remanescentes da cobertura
vegetal
primitiva.
Essa
área
foi
doada
pela
Companhia
de
Terras
Melhoramentos Norte do Paraná e passou por varias reformas nos últimos
anos, mas ainda mantém as arvores de grande porte.
40
Uma das mais belas áreas de lazer de Londrina é o Lago
Igapó, cujo nome, na língua tupí, significa transvazamento de rios. O Lago foi
projetado em 1957, na gestão de Antonio F. Sobrinho, como uma solução para
o problema da drenagem do ribeirão Cambezinho, dificultada por uma
barragem natural de pedra.
O lago Igapó foi inaugurado em 10 de dezembro de 1959,
juntamente com a estação de saneamento da cidade. Após um período de
certo abandono, foi elaborado um projeto de revitalização do Lago, quando
foram construídos o Zerão (Área de Lazer Luigi Borguesi) e Centro Social
Urbano. Em 1996, o lago foi esvaziado, limpo e teve suas margens
revitalizadas, ganhando a ciclovia, o Teatro do Lago e Jardins.
41
3. O CLIMA DE LONDRINA E A OCORRÊNCIA DE NEVOEIROS.
Para Mendonça (1994, p.5) a revolução industrial trouxe novos
estudos relativos à qualidade de vida urbana, mas que só constituiu uma
discussão marcante na sociedade a partir da segunda guerra mundial, no
século XX. Somente em meados dos anos de 1960 e 1970 que vários
estudiosos se voltaram para a importância deste debate.
O fato é que ao longo de cinco milênios de organização urbana
na face da Terra, nunca foram assumidas as proporções de
expressão espacial e dinâmica funcional que caracterizam a
organização urbana a partir de meadas do século XX.
Seja pela implosão demográfica, seja pela explosão das
atividades, os espaços urbanos passaram a assumir a
responsabilidade do impacto máximo da atuação humana
sobre a organização na superfície terrestre e na deterioração
do meio ambiente. (MONTEIRO, 1976, p. 54)
No Brasil a urbanização se desenvolveu de forma rápida e
desordenada, se intensificando com o processo do êxodo rural após os anos
cinqüenta, o que gerou novas cidades ou a expansão da área de outras,
resultando em vários problemas no âmbito ambiental, político, social, estrutural,
entre outros.
No final do século XX os gestores de cidades dos países em
desenvolvimento passaram a ser cobrados, em função da aplicação de leis
ambientais em vigor, para a elaboração de estudos do ambiente urbano,
principalmente as cidades de médio e pequeno porte, que ainda estão em
franco processo de desenvolvimento e com áreas de expansão passiveis de
serem melhor planejadas; considerando que a cidade de Londrina no presente
42
estudo é entendido como de porte médio, mesmo se muitas características a
habilite a ser considerada como uma cidade grande. Do ponto de vista regional
ela pode ser considerada como grande uma vez que, “de 25ª mais habitada do
sul do Brasil, passou para a 3ª posição a partir de 1970 atrás apenas de Porto
Alegre e Curitiba” (LONDRINA, 1989, p. 9). Porém, do ponto de vista da nação
brasileira onde as áreas metropolitanas têm aproximadamente um milhão de
habitantes, Londrina, com seu quase meio milhão de habitantes, pode ser
considerada de porte mediano, pois “hoje para ser cidade média uma
aglomeração deve possuir população em torno de 100.000 habitantes”
(SANTOS, 1993 p.70) e a cidade a ser estudada, Londrina, se encaixa nessa
categoria.
Segundo
Ribeiro
(1993),
o
estudo
do
comportamento
atmosférico tem como orientação a compreensão de sua extensão, ou o seu
espaço, e de sua duração, ou seu tempo, em que o clima representa a união
de vários fenômenos que se fundem tanto no tempo quanto no espaço, com
diferentes tipos de tamanho e duração. Vários são os fatores geográficos que
influenciam no clima e estes elementos tem relação com a escala em que os
mesmos atuam.
Segundo Mendonça (1994) a escala do clima urbano, dentro
das grandezas climáticas, constitui-se em um aspecto polêmico entre
climatologistas, pois existe discordância das abrangências espaciais do
fenômeno. Ressalta ainda que a definição para a escala do clima urbano
dependerá dos fatores que os definem como a extensão da cidade
(megalópole, metrópole, grande, porte médio ou pequeno) e sua posição no
43
relevo, nestes casos o termo clima regional, local, meso e topoclima podem ser
relacionados ao ambiente urbano.
Em mesoclimatologia a configuração do terreno, o tipo de solo
e sua cobertura vegetal são consideradas como feições da
localidade, apenas as pequenas mudanças no tempo,
determinando o clima que predomina em determinado lugar, da
ordem de centenas de quilômetros quadrados e pode ser
chamado de clima local. (OLIVER & FAIRBRIDGE, 1987 apud
RIBEIRO, 1993, p. 290).
As variações do clima regional podem ser caracterizadas pelas
feições fisiográficas ou as antrópicas:
Das características fisiográficas responsáveis pela modificação
da circulação regional, destaca-se o papel do relevo, que cria
situações de barlavento e sotavento, o que influencia o fluxo da
circulação de superfície (...). Por outro lado, as diferenciações
altimétricas apresentam, em mesoescala, papel destacado na
distribuição da radiação líquida, na retenção de vapor de água
e armazenamento de calor sensível. A atuação conjunta
desses parâmetros é suficiente para provocar variações no
clima regional, gerando as feições dos climas locais. (RIBEIRO,
1993, p. 290)
No tocante a escala de ocorrência dos nevoeiros, destaca-se
que esses fenômenos podem ser do âmbito do clima local, ou mesoclima, até a
escala do microclima. E para o entendimento de sua gênese, faz-se necessário
o conhecimento da dinâmica atmosférica.
Assim, o clima da América do sul é comandado por várias
zonas de pressão que originam diversas massas de ar e que definem os tipos
de tempo na escala local.
Pela posição latitudinal, a América do Sul é atravessada pelas
principais "zonas” de pressões do globo, desde o sistema
equatorial da linha de convergência dos alísios (ou frente
intertropical-FIT) com os enclaves de doldrums, passando
pelas altas subtropicais, bem individualizadas em duas amplas
células semifixas e permanentes sobre o oceano, até a das
baixas subpolares. Graças a suas formas estreitas,
44
circundadas por grandes oceanos, os processos de
esfriamento e aquecimento, que se produzem sazonariamente,
não geram células de pressão de origem térmica destacadas.
O Brasil meridional estaria particularmente afeto às células
anticiclonais oceânicas, entretanto graças à particularidade de
forma e disposição das linhas de relevo, que fomentam as
trocas meridianas entre aquelas células, os demais centros de
ação do continente direta ou indiretamente em maior ou em
menor escala interferem na circulação atmosférica da região.
(MONTEIRO, 1963, p. 117)
As
principais
características
da
circulação
e
dinâmica
atmosférica do continente sul-americano são os sete centros de ações que dão
origem e controlam a movimentação das massas de ar, ou sistemas
atmosféricos, definidores de diferentes tipos climáticos. Os centros de ação que
influenciam na América do sul segundo Monteiro (1963, p. 118) são:
Anticiclone do atlântico: de ação direta sobre a costa leste do
Brasil; Anticiclone do Pacífico: de pouca influência no interior do continente; o
Anticiclone dos Açores: de influência remota, interfere apenas quando impelido
pela Frente polar do hemisfério boreal, no nordeste do continente; o Anticiclone
migratório polar: atraído pelo gradiente térmico dirigido para o Equador, com
propagação facilitada para o norte através do litoral e do corredor formado
pelas planícies de interior e sobre o planalto brasileiro, migra constantemente,
e quando se depara com a cordilheira dos Andes, bifurca-se em duas vertentes
uma atlântica e outra pacífica. Este último anticiclone tem grande ação no clima
do continente, principalmente no sul.
Depressão do Chaco: notável centro de ação negativa,
diretamente ligado à dinâmica ondulatória da Frente Polar Atlântica, é
fundamental na atração dos sistemas intertropicais do sul.
Depressão do mar de Weddel: de pouca influência, só quando
reforçada pelo eixo da frente polar.
45
E os Centros Equatoriais: formados pela convergência das
frentes intertropicais, especialmente sobre os oceanos, entre os anticiclones
oceânicos dos dois hemisférios e o cinto de doldrums, localizados no interior da
planície amazônica, pela divergência de alísios.
Segundo Monteiro (1963), a região sul do Brasil é o campo de
atuação das massas de ar da vertente atlântica da América do Sul guiada pelos
sistemas de circulação do hemisfério Sul, orientada pelo relevo, resultando em
três grandes perturbações que atravessam a região conforme a figura 2.
46
Figura 2: Massas de ar que atingem a América do Sul.
Fonte: BOIN. 2000.
Com base em Monteiro (1963), Nimer (1989) e Baldo(2006), os
sistemas atmosféricos atuantes no sul do Brasil e no norte do Paraná são os
descritos a seguir:
47
RFPA – Repercussão da frente polar atlântica: é um
“prenúncio” da entrada de uma frente polar antártica. O céu fica parcial ou
totalmente encoberto, há um aumento na umidade relativa do ar e um leve
declínio na temperatura quando se registra pluviosidade, seu valor, é
relativamente baixo.
FPA – Frente polar atlântica: é um dos sistemas frontais mais
importantes que se deslocam sobre o Brasil, pois é responsável pela geração
de pluviosidade e mudança de temperatura no Centro-Sul e, principalmente, na
região sul. Sua atuação sempre resulta numa queda significativa da
temperatura do ar, aumentando a nebulosidade e a umidade relativa do ar e,
conseqüentemente, na geração de precipitação pluviométrica.
O desenvolvimento da FPA está associado à Frente polar.
Essa ultima, no continente-sul americano, compreende dois ramos (Atlântico e
Pacifico), dotada de grande mobilidade, flutua latitudinalmente com intensidade
diferente no decorrer do ano, mas interferindo, indubitavelmente, na circulação
intertropical.
A FPA, graças às condições geográficas da vertente atlântica
da América do Sul, é caracteristicamente móvel. Seu eixo principal pode ser
localizado, medianamente, pela latitude do Rio da Prata. Sua potencialidade de
avanço na zona intertropical é dada pelas suas condições de frontogênese,
intimamente relacionada à Frente Polar Pacífica.
Quando a frontogênese na Frente polar pacífica é acentuada
(graças à oposição que a massa Pp encontra no seu avanço para o norte pela
posição mais próxima da fonte da massa Tropical Pacífica (TP)) o
desenvolvimento ciclogenético que daí decorre contribui para reforçar o
48
acumulo de ar frio na vertente do Atlântico. Isto se dá através de sucessivas
oclusões, que extravasam o ar polar sobre os Andes Meridionais para a
Patagônia. Este reforço acentua as condições de frontogênese da FPA. Ao se
iniciarem as primeiras ondulações no eixo desta frente (começo da
ciclogênese), há uma definição dinâmica da depressão do Chaco que
desencadeia uma onda de calor do NW, reforçando as condições de
frontogênese na FPA. Assim dinamizada, a FPA inicia seu avanço para o norte,
podendo continuar, ao mesmo tempo, a evolução do seu sistema de ciclones.
Nesta evolução, o contraste térmico (continente - oceano) do litoral, bem como
o sistema orográfico, tem decidida influência. Como a canalização do ar frio é
mais facilitada no corredor de planícies interiores do que na borda litorânea do
Planalto Brasileiro, a disposição do eixo da FPA é geralmente, orientada WNWESSE.
Durante o inverno os avanços da FPA são mais vigorosos. No
verão a energia frontal é, geralmente, fraca. Dificilmente se aproxima do
Trópico de Capricórnio, avançando, em geral, até o Rio Grande do Sul. No
outono, as condições de frontogênese ainda são fracas, mas, devido ao forte
gradiente térmico, desenvolve acentuada ciclogênese (ondas frontais), quando
os sistemas intertropicais, sendo bastante ativos, fazem-na regredir.
FPAE - Frente Polar Atlântica Estacionária: como o próprio
nome diz, este sistema estaciona por três ou mais dias na região sul do Brasil
ou no norte do Paraná, provocando chuva leve e contínua, o céu fica
totalmente nublado, registra-se queda na temperatura, mas a umidade relativa
do ar fica elevada.
49
A FPA pode se desdobrar em dois eixos complementares (eixo
principal e Reflexo) na latitude do Trópico de Capricórnio:
FPR (Rec.FPA) - Frente Polar Reflexa ou Recuo da Frente
Polar Atlântica: denota a separação entre o ar polar já modificado sobre a
parte subtropical da vertente atlântica, proveniente de um avanço anterior
(polar Velha) e o ar tropical marítimo. Este ramo induzido se mantém sempre
mais ligado ao litoral (onde a mudança de direção da linha da costa e o sistema
orográfico fomentam a frontogênese mais ativas do que no interior). Sendo um
reflexo do eixo principal da FPA (esse passou e agora o tempo é controlado por
um eixo secundário da FPA, que nem sempre está representado nas cartas
sinóticas, mas é identificado pelas condições do tempo atmosférico registradas
na área estudada) sua existência acusa um marcado contraste com as
condições daquele. Quando o eixo principal entra em frontogênese, o eixo
reflexo (secundário) entra em frontólise, recua em sua direção ou mesmo se
apaga (dissipa) no inverno. Quando, ao contrário, o eixo principal está em
frontólise, o eixo reflexo (secundário) entra em frontogênese acentuada e
adquire maior dinamismo, oscilando entre sua posição normal na latitude do
Trópico até o Espírito Santo - verão.
FPAD - Frente Polar Atlântica em dissipação: é uma sombra
da FPA, depois de sua passagem sobre a área de estudo. O céu se mantém
quase todo encoberto, a umidade relativa do ar se mantém elevada, a
temperatura começa a elevar gradativamente e são registrados baixos valores
pluviométricos.
PA - Polar Atlântica: possui maior atividade no outono e
inverno e tem sua origem associada ao anticiclone Polar atlântico. As
50
características do tempo sob a atuação desse sistema são: rápido declínio da
temperatura e, conseqüentemente, maiores amplitudes térmicas, umidade
relativa do ar muito baixa, céu limpo e claro, pressão atmosférica em elevação,
tempo ensolarado e, dependendo das condições atmosféricas, pode-se
registrar a ocorrência de geadas.
PT - Polar Atlântica Topicalizada ou polar velha: a atuação
desta na área em estudo é percebida quando um sistema Polar, depois de
deslocar-se pelo continente, vai perdendo suas características originais, ou
seja, é uma PA modificada, alterada profundamente devido à permanência em
latitudes mais baixas. A temperatura e a umidade começam a elevar-se
gradativamente. Geralmente a PT encontra-se entre uma frente em frontólise
nas latitudes baixas e uma frontogênese nas proximidades do rio da Prata.
TA - Tropical Atlântica: é originária do anticiclone semifixo do
Atlântico Sul que atua constantemente nas regiões Leste, Sul e Centro-Oeste
do Brasil. Devido ao seu sentido de circulação anti-horário, penetra para o
interior. Sua propriedade de origem é a de uma massa quente e úmida com
tendência à estabilidade, promovendo temperaturas que variam entre 20 e 30°
C, ventos fracos a moderados de direção leste e sudoeste, céu claro ou
parcialmente encoberto.
TAC - Tropical Atlântica Continentalizada: é a TA, porém
modificada.
Durante
transformando
e
seu
perdendo
deslocamento
suas
pelo
continente
características
originais.
ela
Os
vai
se
ventos
predominantes nesta situação sinótica são de direção norte e nordeste, há
queda significativa nos valores de umidade relativa do ar, a temperatura se
eleva e o tempo sempre fica estável e com céu claro.
51
TC - Tropical Continental: tem sua origem vinculada à
depressão do Chaco ou resultante de anticiclone que precede a FPA, com
atuação bem definida no verão. Constituída de uma circulação ciclônica na
superfície, de forte convergência. Entretanto, a baixa umidade relativa do ar
associada à forte subsidência da alta superior, dificultando a formação de
nuvens de convecção e trovoadas, sendo responsável, portanto, por tempo
quente e seco. Os ventos predominantes são de oeste e noroeste. O tempo
fica quente e abafado, a pressão permanece baixa, não ocorrem chuvas e a
temperatura fica acima de 30°C. Sua atuação contínua é responsável pelos
veranicos, ou seja, 15 dias consecutivos ou mais sem chuva, muito comuns na
primavera e no verão na área de estudo.
EC - Equatorial Continental: tem sua fonte de origem na
planície amazônica, tende a avançar para o interior do continente sulamericano nos sentidos NW, SE e para ESSE, de acordo com a posição da
FPA. Esse sistema se forma sobre o continente aquecido, onde dominam os
ventos fracos, sobretudo no verão. Sua repercussão na área de estudo gera
alta umidade relativa do ar, temperatura do ar acima de 30° C, queda na
pressão atmosférica, ventos de direção norte, noroeste e oeste e instabilidade
atmosférica.
IT - Instabilidade Tropical, Linhas de Instabilidade ou
Calhas Induzidas: geralmente esse sistema atmosférico antecede a entrada
de uma FPA. Este sistema é responsável pela formação de tempo instável,
aumento na nebulosidade e na umidade relativa do ar, gerando um curto
período de chuvas fortes, concentradas no tempo e no espaço.
52
ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul: é um
importante fenômeno na escala intrazonal que ocorre, principalmente, durante
o verão na América do Sul. Esse sistema atmosférico pode ser identificado na
interpretação de composições de imagens de satélite com o uma larga e
extensa banda de nebulosidade de orientação noroeste/sudeste, estendendose desde o sul da região Amazônica até a região central do oceano Atlântico
Sul. Geralmente estaciona sobre a região Sudeste, sobre o Brasil Central, o
Norte do Paraná e sobre o Sul da Bahia, permanecendo sobre essas regiões
por mais de quatro dias.
Zavatini (1983), em seu estudo sobre ritmo o pluvial do eixo
Araçatuba – Presidente - Prudente – Londrina, identificou a forte influência da
frente polar atlântica na região sul do Brasil.
O referido autor destaca que o norte do estado do Paraná,
onde localiza-se Londrina, no período de dezembro a janeiro é influenciado
pelo ângulo de incidência da radiação solar que alcança a latitude máxima de
22° 30’ sul, ou seja, incide perpendicularmente sobre o norte do Paraná.
Segundo Maack (1981, p.90) essa variação no ângulo de
incidência das radiações tem influência direta na pressão atmosférica do
estado, com afastamento do sol do Trópico de Capricórnio rumo ao Equador,
as pressões baixas das massas de ar tropicais se localizarão sobre o estado.
De abril a setembro o anticiclone do Atlântico sul desloca-se com orientação
para o norte, provocando a infiltração de massas de ar frio e da frente polar.
Mendonça (1994, p. 102) destaca que o estado possui uma
distribuição pluvial anual com chuvas concentradas de setembro a abril com
tendência ao regime tropical na porção norte e noroeste, sendo que “o período
53
de maior aquecimento do estado vai de dezembro a janeiro e fevereiro (com
temperaturas máximas atingindo os 40°C), coincidindo com o solstício de
verão, enquanto o mais frio vai de junho (solstício de inverno, com
temperaturas mínimas negativas) a agosto”.
A direção predominante dos ventos retrata a influência do
direcionamento dos sistemas atmosféricos de origem atlântica na formação dos
tipos climáticos do norte do Paraná. Entre os meses de abril e setembro a
orientação dos ventos é de sudeste para oeste mostrando importante
participação do sistema polar atlântico, do equatorial continental e do tropical
continental, conforme Mendonça (1994).
Para Zavatini (1983) a região norte do Paraná se configura
numa localidade que apresenta consideráveis dificuldades quando se quer
precisar a classificação de seu tipo climático, o que o levou a classificá-la como
uma área de transição climática em que, ao seu norte e oeste, atuam
principalmente os sistemas intertropicais (clima Cwa) e os extratropicais ao sul
(clima Cfa). E, como Londrina está localizada exatamente neste limite sul da
faixa transicional, também foi considerada por Monteiro (1968) como
pertencendo ao grupo dos climas controlados por massas tropicais e polares
(figura 3).
54
Figura 3: Trajetos das massas de ar que atingem os estados do Paraná e
São Paulo.
Fonte: BOIM. 2000.
A região norte do Paraná, conforme relatado no capítulo
anterior passou por um rápido processo de ocupação e de transformação das
atividades econômicas que promoveu a retirada da vegetação natural. Mas,
como é sabido, a vegetação exerce influência fundamental na caracterização
climática de um local e o desmatamento causa profundas alterações.
[...] em tais circunstâncias a alteração no balanço de radiação
gera maiores amplitudes térmicas e também redução da
umidade do ar, já que o ciclo hidrológico sofre bruscas
transformações. A elevação da velocidade dos ventos é outra
conseqüência direta do desmatamento no aspecto climático,
pois, sem as barreiras naturais formadas pelos conjuntos de
árvores o ar movimenta-se quase que livremente, restando
somente ao relevo e as cidades a ação freadora.
(MENDONÇA, 1994, p.104)
55
Maack (1981) observou as alterações climáticas no norte do
Paraná baseado no acelerado e intenso desmatamento regional ocorrido nas
décadas de 50 e 60. Verificou também que, com o desmatamento, ocorre uma
elevação no índice de precipitação, ou seja, o regime pluvial tende a ser mais
concentrado e intenso, tendendo a aridificação climática.
Conforme os dados da tabela 2 verificam-se uma redução de
mais de 60% da cobertura natural do estado nos anos de colonização e
ocupação regional.
Tabela 2 - Redução da cobertura florestal no estado do Paraná 1895-1980.
ANO
1895
1930
1937
1950
1955
1960
1965
1980
ÁREAS COM MATAS NATIVAS
Absoluto (ha)
% S/ Estado
16.782.400
84,1
12.902.400
64,7
11.802.200
59,1
7.983.400
39,7
6.913.600
34,4
5.563.600
27,7
4.813.600
23,5
1.015.206
5,1
Fonte: MENDONÇA, 1994, p. 104.
56
3.1 Detalhamento das Características Climáticas de Londrina/Pr.
O sítio urbano de Londrina localiza-se num relevo de altitudes
moderadas que influencia na sua formação climática.
As modestas cotas altimétricas da área (média de 600 m)
minimizam a ocorrência de temperaturas muito baixas, fato
comum na porção leste-sudeste-sul do estado; e o efeito da
continentalidade se faz sentir na redução pluvio-higrométrica
da estação de inverno e acentua as amplitudes térmicas diárias
e sazonais, enquanto o efeito da maritimidade (a cidade se
localiza a aproximadamente 300 km – em linha reta - do
oceano Atlântico) impede que os extremos climáticos atinjam
níveis muito elevados. (MENDONÇA, 1994, p. 105)
Outro
fator
determinante
na
caracterização
climática
londrinense, abordada por Mendonça (1994), são as atividades agrícolas, que
têm em seu calendário agrícola regional duas safras anuais principais , ou seja,
o solo da área rural encontra-se pelo menos duas vezes ao ano desnudo para
a preparação da terra e para o plantio das culturas de inverno, entre março e
julho (ex. trigo) e dos cultivos de verão, entre agosto e setembro (ex. soja).
Londrina, que tem como principal tipo de solo a terra roxa estruturada, que nos
períodos de entressafra permanece com os solos desprotegidos de cobertura
vegetal e demonstram uma elevada inércia termal em relação à cidade, quando
se encontra seca ou úmida. Nas entressafras, o processo de calor sensível que
se desenvolve sobre eles intensifica o aquecimento atmosférico que,
posteriormente, é transportado pelos ventos para a cidade, que já estoca seu
calor devido às diferentes propriedades dos materiais que a constituem.
Mendonça (2000) ainda destaca que a topografia e a exposição
das vertentes interferem na configuração do clima local, concluindo que os
57
locais mais aquecidos coincidem com os mais elevados e que possuem
orientação predominante das vertentes de leste a norte e oeste e as áreas ao
sul, menos elevadas, são menos aquecidas. O referido autor constatou
também que, a partir da análise de imagens de satélite, a temperatura dos
solos na área rural de Londrina, na estação do verão e em condições de tempo
com céu limpo, encontra-se mais aquecida e com baixa inércia termal,
resultando em uma diferença térmica entre estas superfícies de 15°C.
Ladeia (1992), ao elaborar uma análise da evolução do clima
de Londrina no século XX, complementou o estudo desenvolvido por Maack
(1981) providenciando uma análise climática até 1991 e chegou à conclusão de
que a média térmica do período apresentou elevação de 0,3°C, atingindo 21°C;
a média das máximas caiu para 27°C e a média das mínimas subiu 0,1°C,
portanto para 15,5°C, sendo que a média pluviométrica no período de 1962 a
1991 foi de 1609,5mm.
O período analisado pela autora apresentou uma grande
irregularidade na distribuição das chuvas, com períodos de anos com muita
umidade alternada com períodos de anos secos, com tendências claras de
umidificação e aquecimento. Como exemplo dos anos de maior índice
pluviométrico, Ladeia identificou os anos de 1972 com 2.229,8 mm anuais e
1980 com 2.223,2 mm anuais. Ocorreram grandes precipitações mensais e
diárias em 1972, bem como grandes precipitações fora do período de chuvas,
como no outono e inverno, demonstrando que as referidas estações vêm se
umidificando.
Os períodos em que ocorreu redução pluviométrica constituem
os anos de 1967 (1090,8 mm), 1979 (1.213,7 mm), 1984 (1.204,5 mm) e 1985,
58
com 1.177,7mm anuais e que confirmam as idéias de Maack que, com o
desmatamento, o regime pluviométrico tende a ter um período mais
concentrado e intenso de chuvas e outra fase de queda da precipitação.
Outro fator que é bastante expressivo na determinação do
clima local é aquele ligado às atividades urbanas, pois os processos de
urbanização de Londrina reduziram os espaços verdes, aumentaram a
concentração de edificações, asfaltos, associados à posição elevada no relevo
regional, intensa circulação de pessoas e veículos e a exposição norte das
vertentes passando a atestar as mais diferentes e expressivas temperaturas e
umidade relativa do ar. (MENDONÇA, 2000)
A figura 4 apresenta a variação das temperaturas médias
mensais registradas em Londrina no período de 1976 a 2005 e podemos
observar que o período do ano relacionado às estações de verão (janeiro,
fevereiro, março) e primavera (outubro, novembro, dezembro) apresenta
temperaturas quentes, com uma média variando de 20° C a 26° C; nestas
estações são encontradas elevadas médias de temperatura variando de 25° C
a 26° C, como em janeiro e fevereiro de 1984, dezembro de 1985, janeiro de
1998 e em março de 2002.
A análise da referida figura também permite a observação de
outro período do ano relacionado às estações de outono (abril, maio, junho) e
inverno (julho, agosto, setembro) com temperaturas mais baixas, com médias
variando de 14°C a 20°C, sendo que as temperaturas entre 14°C e 15°C foram
registradas em julho de 1990 e julho de 2000, confirmando as análises
59
apresentadas pelo IAPAR, citadas anteriormente, que o mês de janeiro é o
mais quente do ano e julho é o mais frio.
Figura 4: Painel temporo-espacial da temperatura média mensal em Londrina no período de 19762005
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
14-15
15-16
16-17
17-18
18-19
19-20
20-21
21-22
22-23
23-24
24-25
25-26
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
1982
1980
1978
1976
Jan
61
O painel temporo-espacial de pluviosidade total mensal de
Londrina do período de 1976 a 2005 (figura 5) permite observar que no período
de abril a setembro há uma diminuição da pluviosidade, entretanto existem
períodos secos em outros meses considerados chuvosos como, por exemplo,
em fevereiro de 1990, março de 1997, novembro de 1998, outubro de 2002. No
referido período foram registradas chuvas, (maio de 1983) com um total
pluviométrico ultrapassando os 300 mm e em junho de1997 a pluviosidade
chegou a 424,5mm, em maio de 1992 foi de 286,6 mm, em setembro de 1998
de 316,6 mm, em maio de 2002 registrou-se 315,7mm e em maio de 2004
chegando a 245,9mm. A partir destas análises pode-se confirmar o que Ladeia,
anteriormente, já apontou, ou seja, que Londrina convive com grande
irregularidade nas distribuições das chuvas, com períodos de anos com
elevadas precipitações, alterados com anos de grandes períodos de seca.
A análise da figura 5 permite a verificação de que o mês de
agosto é o mês mais seco do ano e os meses mais chuvosos são os de janeiro
e dezembro, corroborando com o que foi exposto anteriormente por Sampaio
(1996).
Figura 5: Painel temporo-espacial do total pluviométrico mensal em Londrina no período de 1974-2005
Dez
Nov
Out
Set
Ago
Jul
Jun
Mai
Abr
Mar
Fev
0-50
50-100
100-150
150-200
200-250
250-300
300-350
350-400
400-450
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
1982
1980
1978
1976
1974
Jan
63
3.2 Freqüência e Ocorrências dos Nevoeiros em Londrina/PR no Período
de 1986 a 2005.
Os dados meteorológicos analisados no presente trabalho
foram coletados na estação agrometeorológica do IAPAR que desenvolve suas
observações em três horários 12h00, 18h00 e 24h00 TMG (tempo médio de
Greenwich) e que correspondem às 09h00, 15h00 e 21h00 hora local, seguindo
recomendações da Organização Meteorológica Mundial (OMM). A estação está
a 575 m de altitude localizada a partir das seguintes coordenadas geográficas
latitude 23° 21’S e longitude 51°10’W.
O período de 1986 a 2005 foi escolhido para o estudo da
ocorrência de nevoeiros em Londrina pelo fato do IAPAR possuir banco de
dados digitalizados apenas deste período e como nosso trabalho foi iniciado no
ano de 2006 não seria possível acrescentar o ano, pois não teríamos os dados
do ano inteiro.
A tabela 3 apresenta a freqüência mensal e sazonal da
ocorrência de nevoeiros em Londrina-Pr, no período de estudado e possibilita
observar que o mês com maior ocorrência desse fenômeno é o de junho, com
98 episódios. Depois vem o mês de maio, registrando 15,72% da ocorrência de
nevoeiros, ou seja, 64 dias em que o fenômeno foi registrado no mês. O mês
de julho é o terceiro com 57 episódios, totalizando 14%, ou seja, em Londrina a
maior ocorrência do fenômeno se concentra no outono e inverno. Totalizando
uma freqüência absoluta de 305 episódios dos 407 nevoeiros ocorridos em
Londrina no período.
64
Tabela 3 - Freqüência da ocorrência de nevoeiros em Londrina/PR no
período de 1986 - 2005.
Primav. Inverno Outono Verão
E
MESES
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
NT
FA
22
24
29
23
64
98
57
30
33
11
2
14
407
FP (%)
5,41
5,90
7,13
5,65
15,72
24,08
14,00
7,37
8,11
2,70
0,49
3,44
100,00
Fonte: Dados climáticos da estação Agrometeorológica do Iapar – Londrina.
FA: Freqüência Absoluta FP: Freqüência Percentual
Tabela 4 - Intensidades dos nevoeiros ocorridos em cada mês em
Londrina/PR, no período de 1986-2005.
MESES FORTE MODERADO FRACO NNM
Janeiro
12
5
5
22
Fevereiro
17
2
5
24
Março
15
6
8
29
Abril
19
1
3
23
Maio
47
9
8
64
Junho
73
10
15
98
Julho
47
7
3
57
Agosto
19
7
4
30
Setembro
25
3
5
33
Outubro
10
0
1
11
Novembro
1
0
1
2
Dezembro
10
2
2
14
NT
296
52
60
407
Fonte: Dados climáticos da estação meteorológica do Iapar Londrina.
NNM: número total de nevoeiros por mês
NT: número total de dias com nevoeiro por intensidade.
65
Na tabela 4 são visualizadas as intensidades dos nevoeiros
ocorridos em Londrina, no período em questão. Observa-se que o fenômeno
ocorre em todos os meses do ano tanto nos meses mais quentes e frios como
nos úmidos e secos, pois existem condições atmosféricas para que eles
aconteçam, como foi discutido no primeiro capítulo.
Verifica-se também que, em Londrina, ocorrem nevoeiros de
intensidades fracas, moderadas e fortes, ou seja, são considerados nevoeiros
de fraca intensidade quando a visibilidade é de 500 à 1000m; nevoeiros de
média intensidade ou moderados são aqueles em que a visibilidade cai para
200 a 500m e os nevoeiros de forte intensidade são aqueles em que a
visibilidade cai para abaixo de 200m.
Em todo o período estudado a intensidade forte ocorre em
maior quantidade, mesmo na soma de cada mês ou na anual, enquanto que o
moderado soma 52 episódios e o fraco 60.
A figura 6 apresenta um detalhamento da ocorrência e
intensidade dos nevoeiros ocorridos nas estações de outono e inverno em
Londrina - PR, no período de 1986 a 2005 e pode-se observar os dias em que
o fenômeno ocorreu e sua intensidade, conforme as cores do preenchimento.
Nota-se que existem meses em que o fenômeno acontece
isolado e com freqüências variadas, como por exemplo, no dia 20 de maio de
1986 quando o fenômeno ocorreu uma única vez, esse foi o único nevoeiro
registrado no outono desse ano com intensidade forte. Também pode-se notar
um episódio isolado de fraca intensidade em 17 de abril de 1990 e outro único
episódio de média intensidade em 09 de maio de 1991.
66
Há meses em que acontece uma freqüência maior do
fenômeno, variando de forte a moderada intensidade, como em agosto de 1986
nos dias 1, 21, 22, 23, 24; em maio de 1992 nos dias 2, 5, 7, 8, 15, 16, 21, 22,
24, 30, 31 e em agosto de 2004 quando a freqüência do fenômeno se deu nos
dias 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12, 14, 15.
67
Inverno Outono
Meses
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Inverno Outono
Inverno Outono
Meses
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Inverno Outono
Figura 6: ocorrência e intensidade dos nevoeiros ocorridos nas estações de outono e inverno em Londrina/PR, no período de 1986 a 2005.
Meses
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Meses
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Legenda
Ano
Dias
1986
1987
1988
1989
2
20
13 19 20 29 30 3 4 20 22 4
3 4
13 20 22 29 9
8 9 10 11 13
30
1 21 22 23 24
21
6
6
Ano
Dias
1993
23 30
2
2 5 7 8 15 16 21 22 24 30 31 6 7 19
3 28 29 30
6 7 8
1 5 16 17 28 29 30
8
9 10
23
6 16 20
1 2 12 19
9 10 14
1996
16
1
16 19 22 23
16
5 6 11 22 24 3
27
2
1998
10
Ano
Dias
2001
2002
1994
8
5
8
1
1
5
1999
20
9 11 12 29
17
20
2000
17
13 16
6 12
27
16 22 23 30 2 7 19 26 27 28
20 23 24
8
2 22
6 10 11 12 13 14 20 29
17 31
6 7 9 20 21
2003
2004
2005
4
10 23 29
1 16 29
31
4 23 24 27
6 8 9 10 14 15 30 5 18
4 5 6 7 28 1 2 3 11 17 26 28
9 13 15 24 2 3 10 18
2 3 5 6 7 9 10 11 12 14 15
24 25 27
29
25
13
9
12 13 17
Nevoeiros de fraca intensidade
1995
10
20 28
12 14 16 24 25 29 6
16 19 20 21 22 23 24 26 2 9 11 22 23 24 9
11
9
23 24 25
15
20
1997
3 4 21
25
4 11 12 13 14 21 28 30
17 22
1991
3 28 30 17
14 25
25
15 16
9
10 24 29 9 14 17 19 25 26 27 7 19 22 25 26
15 16 18 19
2 3 14
31
20
10
8
1992
Ano
Dias
1990
Nevoeiros de média intensidade
29
1
1 18 19 26 27 29 30
2 9 11
Nevoeiros de forte intensidade
68
3.3 Caracterização da Gênese dos Nevoeiros Ocorridos em Londrina/PR
no Período de 1994 a 2005.
O entendimento da gênese dos nevoeiros ocorridos em
Londrina/PR no período de 1994 a 2005 foi efetivada por meio da interpretação
dos gráficos de analise rítmica, confeccionados para os episódios de nevoeiros
na estação de outono e inverno para cada ano.
Episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no outono e inverno de
1994 (figura 7).
- MAIO:
Sob a influência da massa equatorial continental foi registrada
a ocorrência de um nevoeiro moderado em Londrina no dia 12. Neste dia
predominavam ventos de noroeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu estava
totalmente encoberto com precipitações de 3,2 mm e umidade relativa do ar em
92,5%, com temperaturas médias de 18°C. Devido a essas condições
atmosféricas e conforme as referências de Sonnemaker (1994) e Varejão-Silva
(2006) esse nevoeiro tem sua origem ligada à advecção, pois se constata que
há o deslocamento do ar quente oriundo da massa de ar quente sobre a
superfície fria.
Figura nº 7 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1994.
740
Maio
Junho
Set
735
Pressão (mb)
730
725
720
715
710
Legenda
705
700
Umidade Relativa (%)
Vento
Velocidade (m/s)
0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
3-4
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
2
1
8
8
2
9 10 11 21 22 23 24
9 10 11 21 22 23 24
14 15
14 15
35
5-6
7-8
30
Sistemas Atmosféricos
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Temperatura (°C)
9 - 10
25
20
15
10
Sistemas Polares
5
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
0
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
2
8
9 10 11 21 22 23 24
14 15
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
2
8
9 10 11 21 22 23 24
14 15
E NWSW W W SE NE NE W NE NE NE W
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
NE SW S SE SE SE NE NW W NE
1 2 8 9 10 11 21 22 23 24
SW NE
14 15
90
Sistemas Frontais
80
Repercussão da Frente PA
Recuo da Frente PA
Frente PA em Dissipação
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Precipitação (mm)
Frente Polar Atlântica
70
60
50
40
30
20
10
0
Vento
Velocidade
Nevoeiros
Direção
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nebulosidade
Nevoeiro forte
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
2
8
9 10 11 21 22 23 24
14 15
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
2
8
9 10 11 21 22 23 24
14 15
11 12 13 14 15 16 23 24 25 26 27 28 29
1
2
8
9 10 11 21 22 23 24
14 15
Sistemas
Atmosféricos
NW
Direção
N
NE
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
70
No dia 14 foi registrado um nevoeiro moderado correlacionado
com a influência do recuo da frente polar atlântica e o predomínio dos ventos
de oeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, com
umidade relativa de 70,3% e temperatura média em 15,9°C. Segundo os
autores citados esse nevoeiro é de origem post-frontal, considerado como
aqueles nevoeiros que ocorrem após a passagem de uma frente fria lenta.
No dia 16 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência de uma instabilidade tropical, quando predominavam ventos de
sudeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava encoberto, com precipitação
de 5,5 mm, a umidade relativa do ar era de 80,5% e a temperatura média do ar
de 15,7°C. Conforme estas características esse nevoeiro é de gênese préfrontal, pois se formou na massa de ar fria sobre uma superfície frontal quente.
No dia 24 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade
correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Esse dia Londrina
estava sob o predomínio de ventos de nordeste com velocidade de 2,1 m/s,
houve registro de 5,5 mm de precipitação, a umidade relativa foi de 94,1% e
temperatura média com 17,2 °C; Portanto esse nevoeiro é de origem préfrontal, pois se formam devido ao deslocamento da frente polar atlântica que
aciona a energia do ar tropical, quente e úmido, proporcionando a formação
dos nevoeiros.
No dia seguinte (25) deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro
forte associado à influência da aproximação da frente polar atlântica, com
ventos predominantes de oeste e velocidade de 1,9 m/s, com altas
precipitações (84 mm) e umidade relativa de 79,9% e temperatura média do ar
de 20,7 °C. Sendo a origem do nevoeiro registrado frontal identificada como,
71
pois o ar quente, sendo mais leve, foi elevado e resfriou-se adiabaticamente e
provocou a condensação do vapor d’água nele existente e a precipitação. As
gotas de chuva, provenientes do ar quente superior, estão mais aquecidas que
a camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a precipitação do ar quente
invasor se evapora quando desce através do ar frio e o satura, formando o
nevoeiro.
No dia 29 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade devido à
influência da massa de ar polar atlântica. Neste dia ocorreram ventos
predominantes de oeste com velocidade de 1,5 m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, a umidade relativa do ar era 78,4% e a temperatura média de
19,5°C. Segundo os autores esse nevoeiro é caracterizado como de origem de
radiação.
- JUNHO:
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 2 correlacionado com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os ventos
tinham direção predominante de sudoeste e velocidade de 1,3 m/s, o céu
estava limpo, a umidade relativa do ar era de 83,2% e a temperatura média de
19,8°C. Estas características permitem dizer que esse nevoeiro é de gênese
post-frontal.
No dia 9 também foi registrado a ocorrência de um nevoeiro
forte também sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a
direção predominante dos ventos era de sudeste com velocidade de 1,6m/s, o
céu estava parcialmente encoberto, a com umidade relativa do ar em 80,6% e
a temperatura média de 15,8 °C. Diante desta situação sinótica e segundo os
autores citados esse nevoeiro é de origem post-frontal.
72
No dia 11 ocorreu um nevoeiro fraco, também sob a influência
do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de sudeste
com velocidade de 2,6 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa era de
78,1% e a temperatura média do ar de 16,8°C. Portanto, mais um nevoeiro de
origem post-frontal.
Sob a influência da frente polar atlântica, foi registrada a
ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 22. Neste dia
predominavam ventos de noroeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava
totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 88,9% e as temperaturas
médias de 17,2°C. Devido a essas condições atmosféricas e a revisão
bibliográfica esse nevoeiro é reconhecido como frontal.
No dia 23 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade
correlacionado com o recuo da frente polar atlântica que deflagrou ventos de
direção predominante de oeste e velocidade de 1,5m/s, o céu estava
encoberto, com umidade relativa de 88,4% e a temperatura média de 14,9 °C,
caracterizando um nevoeiro post-frontal.
Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 24,
quando Londrina estava sob a atuação da repercussão da frente polar
atlântica, com ventos de direção de nordeste e velocidade de 1,5 m/s, umidade
relativa do ar de 88% e a temperatura média de 17,1°C. Permitindo afirmar que
esse nevoeiro é de origem pré-frontal.
- SETEMBRO:
No dia 15 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção nordeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu
73
estava limpo, a umidade relativa do ar era de 94% e a temperatura média de
18,2°C, caracterizando um nevoeiro de origem frontal.
Episódios de nevoeiros ocorridos em Londrina-Pr no outono e inverno de 1995
(figura 8).
- ABRIL:
Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 10 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.
Nesse dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 2,0 m/s, o céu
estava parcialmente encoberto, com a umidade relativa do ar em 72,3% e as
temperaturas médias de 23°C; devido a essas condições atmosféricas e
conforme os dados bibliográficos esse nevoeiro é de advecção. O nevoeiro
ocorrido neste dia teve relação com a introdução de umidade do ar do dia
anterior , quando foi registrado o prenúncio da frente polar atlântica, mas no dia
10 essa estava se deslocando para o litoral do Rio Grande do Sul, não
atingindo Londrina. Desse modo, para que a FPA se deslocasse ela demandou
o ar tropical originário da depressão do Chaco e do anticiclone tropical atlântico
que foram os responsáveis pela introdução de umidade do ar em Londrina,
mantendo a temperatura média em 23° C e a formação do nevoeiro.
Figura nº 8 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de1995.
740,0
Julho
Abril
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
710,0
705,0
Legenda
Vento
Velocidade (m/s)
0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
Umidade Relativa (%)
700,0
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
9
10
8
9 19 20
9
10
8
9 19 20
9
10
8
9 19 20
9
10
8
9 19 20
3-4
35
5-6
7-8
30
Sistemas Atmosféricos
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Temperatura (°C)
9 - 10
25
20
15
10
Sistemas Polares
5
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
0
Sistemas Frontais
90
Repercussão da Frente PA
80
Recuo da Frente PA
70
Frente PA em Dissipação
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Precipitação (mm)
Frente Polar Atlântica
60
50
40
30
20
10
0
Nevoeiros
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Vento
Velocidade
Direção
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
NE NE
9 10
NW E NE NE
8 9 19 20
Nebulosidade
9
10
8
9 19 20
9
10
8
9 19 20
9
10
8
9 19 20
Sistemas
Atmosféricos
NW
Direção
N
NE
E
W
SW
S
Nevoeiros
SE
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
75
O mês de junho de 1995 foi desconsiderado para a análise,
pela falta de cartas sinóticas do período.
- JULHO:
No dia 9 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da massa polar atlântica, quando a direção predominante dos ventos
era de leste a velocidade de 3,2 m/s, o céu estava encoberto, houve registro de
precipitação de 2,7 mm, a umidade relativa do ar era de 96,1% e a temperatura
média de 14,1°C. Devido à atuação da massa polar atlântica em Londrina e
pelo fato do céu estar coberto gerou um nevoeiro de advecção. Este tipo de
nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma superfície fria (solo ou água).
Por condução o ar vai perdendo calor para a superfície que se arrefece de
baixo para cima, propiciando a formação de uma camada estável justaposta à
superfície.
No dia 20 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos de nordeste e
velocidade de 2,3 m/s, foram registradas precipitações de 4,1 mm, umidade
relativa de 84,1% e temperatura média do ar de 15,4 °C, caracterizando um
nevoeiro frontal.
76
Leitura da figura 9, gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros
registrados em Londrina/PR no ano de 1996.
- ABRIL:
Sob a atuação da frente polar atlântica, no dia 16 foi registrado
um nevoeiro de forte intensidade em Londrina. O tempo meteorológico
apresentava ventos de nordeste com velocidade de 1,5m/s, precipitações de
7,4mm, umidade relativa do ar de 97,1% e temperatura média de 20,4°C,
gerando um nevoeiro frontal.
- MAIO:
No dia 16 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de noroeste
e velocidade de 1,0 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de
4,2mm, a umidade relativa do ar de 81,6% e a temperatura média de 18,3°C,
gerando um nevoeiro pré-frontal.
Sob a influência da frente polar atlântica, no dia 19 foi
registrado a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de noroeste com velocidade de 0,9 m/s, o céu estava
totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 80,2% e as temperaturas
médias de 17,7°C; devido a essas condições atmosféricas e conforme os
dados bibliográficos sua gênese é frontal.
Figura nº 9 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - Pr no outono e inverno de1996.
Junho
Maio
Abril
740,0
Julho
Pressão (mb)
735,0
730,0
725,0
720,0
715,0
710,0
705,0
Legenda
Vento
Velocidade (m/s)
0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
Umidade Relativa (%)
700,0
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
15 16
15 16 17 18 19
4
5
6
10 11 21 22 23 24
26 27
15 16
15 16 17 18 19
4
5
6
10 11 21 22 23 24
26 27
15 16
15 16 17 18 19
4
5
6
10 11 21 22 23 24
3-4
35
5-6
7-8
30
Sistemas Atmosféricos
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Temperatura (°C)
9 - 10
25
20
15
10
Sistemas Polares
5
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
0
26 27
Sistemas Frontais
90
Repercussão da Frente PA
80
Recuo da Frente PA
70
Frente PA em Dissipação
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Precipitação (mm)
Frente Polar Atlântica
60
50
40
30
20
10
0
Nevoeiros
15 16
15 16 17 18 19
NE NE
W NW E E NW
15 16
15 16 17 18 19
4
5
15 16
15 16 17 18 19
4
5
4
5
6
10 11 21 22 23 24
26 27
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
Vento
Velocidade
Direção
SE SE W SE NE E SW NE W
NE SW
6
10 11 21 22 23 24
26 27
6
10 11 21 22 23 24
26 27
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
E
W
SW
S
Sistemas
Atmosféricos
SE
15 16
15 16 17 18 19
4
5
6
10 11 21 22 23 24
26 27
15 16
15 16 17 18 19
4
5
6
10 11 21 22 23 24
26 27
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
78
- JUNHO:
No dia 5 foi registrado um nevoeiro de fraca intensidade em
Londrina, quando o tempo meteorológico estava sob a influência da
repercussão da frente polar atlântica, com ventos predominantes de sudeste
com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava totalmente encoberto, com
precipitações de 5,3mm, a umidade relativa do ar era de 87,7% e temperatura
média de 16,6 °C, propiciando a formação de um nevoeiro pré-frontal.
No dia 6 aconteceu um nevoeiro de forte intensidade quando
Londrina estava sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com
ventos de direção predominante de oeste e velocidade de 1,1 m/s, o céu
estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 69,2%, as
temperaturas médias eram de 16,5 °C, configurando um nevoeiro pré-frontal.
Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 11 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.
Neste dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,7 m/s, a
umidade relativa do ar estava em 63,3% e as temperaturas médias em 16,1°C,
gerando um nevoeiro de advecção. Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio
escoa sobre uma superfície fria (solo ou água) e, por condução, o ar vai
perdendo calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima
propiciando a formação de uma camada estável justaposta à superfície.
No dia 22 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da massa polar atlântica, os ventos eram de sudoeste com
velocidade de 1,8 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar de
86,6% e a temperatura média em 15°C, formando um nevoeiro de radiação.
79
No dia 24 também ocorreu um nevoeiro de forte intensidade,
mas agora Londrina estava sob a influência da massa polar atlântica, com
predomínio de ventos de oeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava
totalmente encoberto, a umidade relativa do ar em 89,3% e a temperatura
média em 16,2°C, o que propiciou a formação de um nevoeiro de radiação.
- JULHO:
A atuação da frente polar atlântica em Londrina, no dia 27,
propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com
ventos de sudoeste e velocidade de 2,3m/s, com precipitações de 2,8 mm,
umidade relativa do ar de 89,6% e temperatura média de 16,8°C, ocasionando
um nevoeiro frontal.
Episódios de nevoeiros registrados no outono e inverno de Londrina-Pr, no ano
de 1997 (figura 10).
- ABRIL:
No dia 1 ocorreu nevoeiro de forte intensidade em Londrina sob
a influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de oeste e
velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 28
mm, a umidade relativa do ar de 79,9% e a temperatura média de 20,5°C,
gerando um nevoeiro pré-frontal.
No dia 3 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção noroeste com velocidade de 1,9 m/s, o céu
estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 71,6%, as precipitações de
1,4mm e a temperatura média de 22,5°C, caracterizando um nevoeiro frontal.
Figura nº10 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1997.
Abril
Março
Maio
Junho
Julho
740,0
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
710,0
Legenda
705,0
700,0
Umidade Relativa (%)
Vento
Velocidade (m/s)
0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
SE
31
W
1
E NW SW N W
2 3 4 20 21
SE SE
24 25
E
2
E NE NE NE NE SE NE N NE NW N SW NE
3 4 10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
SE E NW W
2 21 22
1
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
31
1
2
3
4
20 21
24 25
2
3
4
10 11 12 13 14 20 21 27 28 29 30
1
2
21 22
35
7-8
9 - 10
Sistemas Atmosféricos
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Temperatura (°C)
30
Sistemas Polares
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
5
Polar Tropicalizada
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA em Dissipação
70
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Precipitação (mm)
Repercussão da Frente PA
60
50
40
30
20
10
Nevoeiros
0
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
Vento
Velocidade
Direção
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
E
W
SW
S
SE
Sistemas
Atmosféricos
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
81
Um nevoeiro de fraca intensidade foi registrado em Londrina no
dia 4 correlacionando com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os
ventos tinham direção predominante de sudoeste e velocidade de 1,3 m/s, o
céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 78,1% e a
temperatura média de 22,1°C. Estas características permitem dizer que esse
nevoeiro é de gênese post-frontal.
No dia 21 ocorreu um nevoeiro forte, também sob a influência
do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de oeste com
velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de
76,6% e temperatura média do ar de 20,2°C. Portanto, também é um nevoeiro
de origem post-frontal.
- MAIO:
No dia 25 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte,
também sob a influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção
predominante dos ventos era de sudeste com velocidade de 2,5m/s, o céu
estava encoberto, com umidade relativa do ar em 78%, as precipitações de
28,1mm e a temperatura média de 15,7 °C. Diante desta situação sinótica esse
nevoeiro é de origem post-frontal.
- JUNHO:
No dia 3 ocorreu nevoeiro de fraca intensidade sob a influência
de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de leste e velocidade
de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 10,5mm, a
umidade relativa do ar era de 93,8% e a temperatura média de 13,9°C, gerando
um nevoeiro pré-frontal.
82
No dia seguinte (04/06) ocorreu um nevoeiro de forte
intensidade, também sob a influência de uma instabilidade tropical, quando
predominava ventos de nordeste com velocidade de 2 m/s, o céu estava
encoberto, com precipitação de 21,3 mm, a umidade relativa do ar era de
98,8% e a temperatura média do ar de 13,9°C. Conforme estas características
esse nevoeiro é de gênese pré-frontal.
Sob a influência de uma nova instabilidade tropical, no dia 11
foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava
totalmente encoberto a umidade relativa do ar era de 93,2% e as temperaturas
médias de 11,4°C, devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro é préfrontal.
No dia seguinte 12 deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro
forte associado à aproximação da frente polar atlântica, com ventos
predominantes de nordeste e velocidade de 2,2 m/s, com precipitações de 34,8
mm, umidade relativa de 96,2% e temperatura média do ar de 15,2 °C. Tendo a
mesma origem do nevoeiro registrado no dia anterior, ou seja, frontal.
Sob a influência da frente polar atlântica em dissipação, no dia
13 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de sudeste com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 84,5% e as
temperaturas médias de 19,1°C; originando um nevoeiro de post-frontal.
Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 14,
quando Londrina estava sob a atuação da frente polar atlântica, com ventos de
direção nordeste e velocidade de 3,1 m/s, com precipitações de 53 mm,
83
umidade relativa do ar de 96,2% e a temperatura média de 16,2°C, permitindo
afirmar que esse nevoeiro é de origem frontal.
No dia 21 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro
forte sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a direção
predominante dos ventos era de nordeste com velocidade de 1,8m/s, o céu
estava encoberto, com precipitações de 14,3 mm, a umidade relativa do ar
estava em 72,1% e a temperatura média de 21,9 °C. Diante desta situação
sinótica esse nevoeiro é de origem post-frontal.
No dia 28 ocorreu um nevoeiro forte, também sob a influência
do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos ventos de norte com
velocidade de 2,5 m/s, o céu estava encoberto, com precipitações de 25 mm, a
umidade relativa era de 99,4% e a temperatura média do ar de 15,2°C,
caracterizando outro nevoeiro de origem post-frontal.
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 30 também correlacionando com o recuo da frente polar atlântica. Nesse
dia os ventos tinham direção predominante de nordeste e velocidade de 1,1
m/s, o céu estava encoberto, precipitações de 15,5 mm, a umidade relativa do
ar era de 96,6% e a temperatura média de 14,1°C. Estas características
também permitem dizer que esse nevoeiro é de gênese post-frontal.
- JULHO:
Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 2,
quando Londrina estava sob a atuação da instabilidade tropical, com ventos de
direção de leste e velocidade de 1,6 m/s, umidade relativa do ar de 77,6% e a
temperatura média de 17,3°C, permitindo afirmar que esse nevoeiro é de
origem pré-frontal.
84
No dia 22 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção oeste com velocidade de 2,1 m/s céu estava
encoberto, a umidade relativa do ar era de 83,7% e a temperatura média de
14,6°C, caracterizando um nevoeiro de origem frontal.
Análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina-Pr no
outono e inverno de 1998 (figura 11).
- ABRIL:
No dia 8 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, sob a influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos
de nordeste e velocidade de 1,2 m/s, foram registradas precipitações de 1,8
mm, a umidade relativa era de 85,4% e a temperatura média do ar de 19,7 °C,
caracterizando um nevoeiro frontal.
No dia 17 também ocorreu um nevoeiro forte mas agora havia
o sob a influência do recuo da frente polar atlântica, com o predomínio dos
ventos de noroeste com velocidade de 2,9 m/s, altas precipitações (47,9mm), o
céu estava encoberto, a umidade relativa era de 90% e a temperatura média do
ar de 20,7°C. Portanto esse nevoeiro é de origem post-frontal.
- MAIO:
No dia 5 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com a
influência do recuo da frente polar atlântica e o predomínio dos ventos de
sudoeste com velocidade de 1,4 m/s, precipitações de 0,7mm, o céu estava
encoberto, a umidade relativa era de 83,5 % e a temperatura média do ar de
16,9°C, propiciando a ocorrência de um nevoeiro post-frontal.
Figura nº 11 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiro registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 1998.
Abril
Junho
Maio
Agosto
Julho
Setembro
740,0
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
E NE SE
7 8 30
E E E W NE SE E
1 20 21 22 23 24 31
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
0
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
Vento
Velocidade
Direção NE NE
SE E NE NE W SE NE
1 9 10 11 12 19 20
N NE SE E NE SE SE NE E
4 5 6 7 8 9 19 20 21
N NW
7 8 16 17
E SW
4 5
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
7 8 16 17
4
5
7
8 30
1 20 21 22 23 24 31
1
9 10 11 12 19 20
4
5 6 7 8
9 19 20 21
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
Sistemas
Atmosféricos
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
86
- JUNHO:
No dia 8 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina
sob a influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de
nordeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa
do ar era baixa de 67% e a temperatura média do ar 16,8 °C, gerando um
nevoeiro pré-frontal.
- JULHO:
No dia 1 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, quando estava sob a influência da repercussão da frente polar
atlântica, com ventos predominantes de leste com velocidade de 1,6 m/s, o céu
estava totalmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 77,7% e a
temperatura média de 18,9 °C, propiciando a formação de um nevoeiro préfrontal.
No dia 20 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a
influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção predominante
dos ventos era de leste com velocidade de 1,7m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, a umidade relativa do ar era de 81,3% e a temperatura média de
17,7 °C. Diante desta situação sinótica identifica-se mais um nevoeiro de
origem post-frontal.
A atuação da instabilidade tropical, em Londrina, no dia 23
propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com
ventos de nordeste e velocidade de 2,1 m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, com umidade relativa do ar de 78,2 % e temperatura média de
18,6°C, ocasionando um nevoeiro pré-frontal.
87
No dia 24 ocorreu nevoeiro de forte intensidade, também sob a
influência de uma instabilidade tropical, com predomínio de ventos de sudeste
e velocidade de 2,2 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade
relativa do ar era de 79,8% e a temperatura média de 18,6°C, gerando um
nevoeiro pré-frontal.
- AGOSTO:
No dia 1 aconteceu um nevoeiro de forte intensidade, quando
Londrina estava sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com
ventos de direção predominante de sudeste e velocidade de 2,1 m/s, o céu
estava parcialmente limpo, a umidade relativa do ar era de 74,4 %, as
temperaturas médias eram de 18 °C, configurando um nevoeiro pré-frontal.
Sob a atuação da instabilidade tropical, no dia 10, foi registrado
um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que apresentava ventos de
nordeste com velocidade de 2 m/s, precipitações de 2,1mm, a umidade relativa
do ar em 90,8% e temperatura média de 17,7°C, ocasionando um nevoeiro préfrontal.
No dia 11 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da frente polar atlântica, com o predomínio de ventos de nordeste e
velocidade de 0,8 m/s, foi registrada precipitações de 1,1 mm, umidade relativa
em 94,6% e temperatura média do ar de 18,7 °C, caracterizando um nevoeiro
frontal.
No dia 12 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro
forte, sob a influência do recuo da frente polar atlântica quando a direção
predominante dos ventos era de oeste com velocidade de 1,1m/s, o céu estava
88
encoberto, precipitações de 6,5 mm, com umidade relativa do ar em 82,1% e a
temperatura média de 20,4 °C. Portanto tal nevoeiro possui origem post-frontal.
No dia 20 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência de uma instabilidade tropical, quando predominavam ventos de
nordeste em Londrina com velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, a
umidade relativa do ar era de 79,9% e a temperatura média do ar de 21°C.
Conforme estas características esse nevoeiro é de gênese pré-frontal.
- SETEMBRO:
No dia 05 em Londrina foi registrada a ocorrência de um
nevoeiro de forte intensidade sob a atuação do recuo da frente polar atlântica,
quando os ventos tinham direção de nordeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu
estava encoberto, houve precipitações de 9,1 mm, a umidade relativa do ar era
de 87,2% e a temperatura média de 18,4°C, caracterizando esse nevoeiro
como post-frontal.
No dia 6 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade
também correlacionado com o recuo da frente polar atlântica que deflagrou
ventos de direção predominante de sudeste com velocidade de 0,9 m/s, o céu
estava encoberto, com precipitações de 0,8 mm, a umidade relativa de 87,2% e
a temperatura média de 18,4 °C, caracterizando mais um nevoeiro post-frontal.
Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 7,
quando Londrina estava sob a atuação da instabilidade tropical , com ventos de
direção de leste e velocidade de 3,1 m/s, com precipitações de 15 mm, a
umidade relativa do ar de 97,4% e a temperatura média de 17,1°C. Permitindo
afirmar que esse nevoeiro é de origem pré-frontal.
89
No dia 9 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a
influência do recuo da frente polar atlântica com a direção predominante dos
ventos era de sudeste com velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, com
precipitações de 24 mm, a umidade relativa do ar era de 80,9 % e a
temperatura média de 18 °C, a partir desta situação sinótica identifica-se o
nevoeiro como post-frontal.
A atuação da instabilidade tropical em Londrina, no dia 20,
propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade quando os ventos
eram de nordeste com velocidade de 1,8 m/s, o céu estava encoberto, foram
registradas precipitações de 49 mm, a umidade relativa do ar era de 95,7 % e a
temperatura média de 16,3°C, ocasionando um nevoeiro pré-frontal.
No dia 21 ocorreu nevoeiro de forte intensidade, também sob a
influência de uma instabilidade tropical, os ventos eram de leste com
velocidade de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, houve 3,8 mm de precipitação,
a umidade relativa do ar estava em 75,3 % e a temperatura média em 17,7°C,
gerando um nevoeiro pré-frontal.
90
Análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina-Pr outono
e inverno de 1999 (figura 12).
- ABRIL:
No dia 13 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade
correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Esse dia Londrina
estava sob o predomínio de ventos de sudeste com velocidade de 1,1 m/s,
houve registro de 82 mm de precipitações, o céu estava encoberto, a umidade
relativa foi de 82,9 % e a temperatura média do ar de 21,4 °C. Portanto,
reconhece-se tal nevoeiro como de origem pré-frontal.
No dia 16 outro nevoeiro forte foi registrado em Londrina,
associado à influência da aproximação da frente polar atlântica, com ventos
predominantes de nordeste e velocidade de 2,7 m/s, com altas precipitações
(87 mm), o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 79,9% e a
temperatura média de 20,7 °C, observando que a origem do nevoeiro é frontal.
- MAIO:
No dia 6 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica, que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu
estava encoberto, as precipitações foram de 11,5 mm, a umidade relativa do ar
era de 97,4% e a temperatura média de 18°C, caracterizando um nevoeiro de
origem frontal.
Figura nº 12 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - Pr no outono e inverno de1999.
740,0
Junho
Maio
Abril
Julho
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
E SE NW SE NE
12 13 14 15 16
W NE E NE
5 6 11 12
E SE NW W SE NE SW
15 16 21 22 23 29 30
SE W
7 8
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
0
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Vento
Velocidade
Direção
Nevoeiro forte
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
SW
S
SE
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
12 13 14 15 16
5
6
11 12
15 16 21 22 23 29 30
7
8
Sistemas
Atmosféricos
E
W
12 13 14 15 16
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
92
Sob a influência da massa de ar tropical atlântica, no dia 12 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.
Nesse dia predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,4 m/s, o céu
estava encoberto, com a umidade relativa do ar em 78,8% e as temperaturas
médias de 17,9°C; devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro é de
advecção. Este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio escoa sobre uma
superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo calor para a
superfície que se arrefece de baixo para cima, propiciando a formação de uma
camada estável justaposta à superfície.
- JUNHO:
Foi registrado um nevoeiro de forte intensidade no dia 16,
quando Londrina estava sob a atuação da repercussão da frente polar
atlântica, com ventos de direção de sudeste e velocidade de 1,6 m/s, o céu
estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar em 87,7%, a
temperatura média de 14,5°C, situação sinótica que permite afirmar a origem
do nevoeiro é pré-frontal.
No dia 22 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, que estava sob a influência da massa polar atlântica, gerando ventos
de direção predominante de oeste com velocidade de 1,1 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 82,9% e a temperatura
média de 14,2°C; propiciando a geração do nevoeiro de radiação pois o ar em
contato com o solo perde por condução calor tornando-se, assim, mais frio que
a camada da atmosfera que está próxima a superfície, ou seja, a temperatura
do ar aumenta conforme a distância do solo, causando uma inversão térmica e
a formação do nevoeiro.
93
No dia seguinte 23 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade,
sob a influência da massa polar atlântica que continuava atuando no tempo
atmosférico londrinense, os ventos eram de sudeste com velocidade de 1,2
m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 63%
e a temperatura média de 15,7°C, formando, novamente, um nevoeiro de
radiação.
A atuação do recuo da frente polar atlântica em Londrina no dia
30 propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado com
ventos de sudoeste e velocidade de 1,8m/s, o céu estava limpo, com
precipitações de 6,5 mm, umidade relativa do ar de 71,4% e temperatura média
de 14,4°C, ocasionando um nevoeiro post-frontal.
- JULHO:
Sob a influência da frente polar atlântica, no dia 8 foi registrada
a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Nesse dia predominavam
ventos de oeste com velocidade de 1,0 m/s, o céu estava totalmente encoberto,
a umidade relativa do ar era de 71,1% e as temperaturas médias de 16,3°C;
devido a essas condições atmosféricas sua gênese é identificada como sendo
um nevoeiro frontal.
94
Episódios dos nevoeiros registrados no outono e inverno em Londrina-Pr no
ano de 2000 (figura 13).
- JUNHO:
Sob a ocorrência massa de ar tropical atlântica, no dia 07 foi
registrado um nevoeiro forte em Londrina quando os ventos eram de nordeste
com velocidade de 1,7 m/s, o céu estava parcialmente encoberto e umidade
relativa do ar em 67,9%, com temperaturas médias de 18,8°C. Devido a essas
condições atmosféricas esse nevoeiro tem sua origem ligada à advecção, pois
o deslocamento do ar quente e úmido sobre uma superfície de terra ou água
mais fria onde, por condução o ar vai perdendo calor para a superfície que se
arrefece de baixo para cima propiciando a formação de uma camada estável
justaposta à superfície, assim que a temperatura dessa camada torna-se
inferior a do ponto de orvalho inicial o fenômeno acontece.
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 19 correlacionado com o recuo da frente polar atlântica. Nesse dia os
ventos tinham direção predominante de leste e velocidade de 1,9 m/s, o céu
estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 82,9% e a
temperatura média de 16,6°C. Estas características permitem dizer que esse
nevoeiro é de gênese post-frontal.
Figura nº 13 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2000.
Junho
Agosto
740,0
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
E NE N E N W N NE
6 7 18 19 25 26 27 28
SE E NE NE
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
6
7 18 19 25 26 27 28
16 17 30 31
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
0
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
NW
NE
E
SW
S
Direção
Nebulosidade
Direção
N
W
Vento
Velocidade
Sistemas
Atmosféricos
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
96
No dia 26 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado
sob a influência de uma instabilidade tropical, a direção predominante dos
ventos era de oeste com velocidade de 1,2 m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, a umidade relativa do ar era de 86,8% e a temperatura média de
18,9 °C. Diante desta situação sinótica esse nevoeiro é de origem pré-frontal,
pois a instabilidade tropical ocorre associada a uma frente, introduzindo
umidade no ar, provocando a condensação do vapor d’água nele existente e a
precipitação. As gotas de chuva, provenientes do ar quente superior, estão
mais aquecidas que a camada de ar frio superficial sob a frente; assim, a
precipitação do ar quente invasor se evapora quando desce através do ar frio e
o satura, formando o nevoeiro.
Já no dia 27 foi registrado um nevoeiro forte ainda
correlacionado com o domínio meteorológico da instabilidade tropical, com
ventos de direção norte e de velocidade de 2,0 m/s, o céu estava encoberto,
com precipitação de 20,8 mm, com umidade relativa do ar em 80,2% e a
temperatura média de 19,9°C, conforme os dados apresentados e a
confrontação com a bibliografia consultada esse nevoeiro é de origem préfrontal.
No dia 28 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade, mas
agora Londrina estava, sob a influência da massa tropical atlântica, com o
predomínio de ventos de nordeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava
limpo, a umidade relativa do ar era de 56,2% e a temperatura média do ar de
20,7°C, caracterizando um nevoeiro de advecção.
97
- AGOSTO:
No dia 17 Londrina esteve sob a influência de uma
instabilidade tropical que propiciou a formação de um nevoeiro de forte
intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção leste com velocidade de 3,6
m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 92% e a
temperatura média de 15,7°C, caracterizando um nevoeiro pré-frontal.
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 31 correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia os
ventos tinham direção predominante de nordeste e velocidade de 3,3 m/s, o
céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 96,8%, as precipitações
foram de 7mm e a temperatura média de 16,7°C, permitindo identificar esse
nevoeiro como pré-frontal.
Figura 14, gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados
em Londrina-Pr durante o outono e inverno de 2001.
- MAIO:
No dia 10 ocorreu nevoeiro de forte intensidade em Londrina
sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com predomínio de
ventos de oeste e velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, a umidade
relativa do ar em 79,7% e a temperatura média em 21,1°C, gerando um
nevoeiro pré-frontal.
Figura nº 14 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2001.
Junho
Maio
Agosto
Set
740,0
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
W NE E N W
9 10 22 23 28 29
NE W N E
5 6 7 8
E E SE E E W W E E
9 10 11 12 13 14 15 29 30
E NE E NE E
23 24 25 26 27
E NE
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
9 10 22 23 28 29
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 29 30
23 24 25 26 27
24 25
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
0
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
Vento
Velocidade
Direção SW
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
Sistemas
Atmosféricos
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
99
No dia 23 Londrina também esteve sob a influência da
repercussão da frente polar atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro
de forte intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção leste com
velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações foram de 9,0
mm, a umidade relativa do ar era de 86,4% e a temperatura média do ar era de
17,3°C, caracterizando mais um nevoeiro pré-frontal.
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 29 correlacionado com a ocorrência de uma instabilidade tropical. Nesse
dia os ventos tinham direção predominante de oeste e velocidade de 1,3 m/s, o
céu estava parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 83,3% e a
temperatura média de 19,8°C, permitindo identificar esse nevoeiro também
como pré-frontal.
- JUNHO:
No dia 6 ocorreu um nevoeiro forte sob a influência da massa
tropical atlântica com predomínio dos ventos de oeste e velocidade de 1,4 m/s,
o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de 80,8% e a temperatura
média do ar de 22,2°C, que gerou um nevoeiro de advecção.
No dia 8 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado
sob influência de uma instabilidade tropical, a direção predominante dos ventos
era de leste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto, a umidade
relativa do ar em 84,8% e a temperatura média de 19,1 °C, pelo fato das
instabilidades tropicais estarem associadas à aproximação de uma frente fria
identifica-se que esse nevoeiro é de origem pré-frontal pois a frente vem
introduzindo umidade no ar, provocando a condensação do vapor d’água nele
existente e a precipitação. As gotas de chuva, provenientes do ar quente
100
superior, estão mais aquecidas que a camada de ar frio superficial sob a frente;
assim, a precipitação do ar quente invasor se evapora quando desce através
do ar frio e o satura, formando o nevoeiro.
No dia 9 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade, também sob
a influência de mais uma instabilidade tropical, com o predomínio de ventos de
leste e velocidade de 1,8 m/s, o céu estava parcialmente encoberto, a umidade
relativa do ar era de 84,1% e a temperatura média de 19°C, propiciando a
formação de outro nevoeiro pré-frontal.
No dia seguinte (10/06) ocorreu um nevoeiro de forte
intensidade também sob a influência da instabilidade tropical, quando
predominavam ventos de leste com velocidade de 1,4 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 73,1% e a temperatura
média do ar de 18,4°C, propiciando a formação de outro nevoeiro pré-frontal.
Sob a influência da massa tropical atlântica, no dia 14 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro moderado em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de oeste com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar era de 74,7% e as
temperaturas médias de 18,8°C, que propiciaram a formação de um nevoeiro
de advecção.
No dia seguinte (15/06) deflagrou-se em Londrina outro
nevoeiro, mas dessa vez foi identificado como forte pelo Iapar e associado à
influência da repercussão da frente polar atlântica, quando os ventos eram de
oeste com velocidade de 1,1 m/s, a umidade relativa do ar era de 69,1% e a
temperatura média do ar de 19,7 °C, caracterizando um nevoeiro pré-frontal.
101
Sob a influência da massa polar atlântica, no dia 30 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de leste com velocidade de 1,8 m/s, o céu estava limpo,
a umidade relativa do ar era de 76,6% e as temperaturas médias de 15,3°C;
caracterizando um nevoeiro de radiação, pois o deslocamento do ar quente e
úmido sobre uma superfície de terra ou água mais fria onde, por condução o ar
vai perdendo calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima
propiciando a formação de uma camada estável justaposta à superfície, assim
que a temperatura dessa camada torna-se inferior a do ponto de orvalho inicial
o fenômeno acontece.
- AGOSTO:
No dia 24 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com o
recuo da frente polar atlântica, quando predominava ventos de nordeste com
velocidade de 2,3 m/s, o céu estava encoberto, as precipitações registradas
foram de 3,0 mm, com umidade relativa do ar de 94,5% e temperatura média
de 16,4°C, identificando o nevoeiro como post-frontal.
No dia 25 também ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, que estava sob a influência de uma instabilidade tropical, quando
predominava ventos de leste com velocidade de 1,7 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, com precipitação de 9,6 mm, a umidade relativa do ar
era de 88% e a temperatura média do ar de 17,6°C, propiciando a formação de
um nevoeiro pré-frontal.
No dia 27 foi registrado um nevoeiro de moderada intensidade
correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia Londrina
estava sob o predomínio de ventos de leste com velocidade de 1,5 m/s, a
102
umidade relativa do ar era de 85,5% e a temperatura média de 18,4 °C,
caracterizando mais um nevoeiro de origem pré-frontal.
- SETEMBRO:
No dia 25 deflagrou-se em Londrina outro nevoeiro forte
associado atuação da uma instabilidade tropical, com ventos predominantes de
nordeste e velocidade de 2,4 m/s, com precipitações de 1,0 mm, umidade
relativa do ar de 95,4% e temperatura média do ar de 19,7 °C, gerando outro
nevoeiro pré-frontal.
Episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no outono e inverno de
2002. (figura 15)
- MAIO:
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado no dia 1,
quando Londrina estava sob a atuação do recuo da frente polar atlântica, com
ventos de direção oeste e velocidade de 1,3 m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, a umidade relativa do ar era de 66,2 % e a temperatura média de
21,9°C, possibilitando a formação do nevoeiro post-frontal.
No dia 16 Londrina esteve sob a influência de uma
instabilidade tropical que propiciou a formação de um nevoeiro de forte
intensidade. Nesse dia os ventos eram de direção norte com velocidade de 2,4
m/s, o céu estava encoberto e foram registrados 5,0 mm de precipitações, a
umidade relativa do ar era de 97,2% e a temperatura média de 18,9°C,
caracterizando um nevoeiro de origem pré-frontal.
Figura nº 15 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2002.
Abril
Maio
Junho
Julho
740,0
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
700,0
30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
0 30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
30
W N N NE W
1 15 16 28 29
SE W
17 18
W SW NE W E W SW S N SE
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
30
1 15 16 28 29
17 18
8 9 10 11 12 13 14 15 23 24
5-6
7-8
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
0
30
Vento
Velocidade
Direção NW
Nevoeiro forte
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
Sistemas
Atmosféricos
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
104
Sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, no dia
29 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro de forte intensidade em Londrina.
Quando predominavam ventos de oeste com velocidade de 1,7 m/s, o céu
estava parcialmente encoberto, com a umidade relativa do ar em 71,7% e as
temperaturas médias em 17,5°C, devido a essas condições atmosféricas e
conforme os dados bibliográficos consultados, esse nevoeiro é de origem préfrontal.
- JUNHO:
No dia 18 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da frente polar atlântica, quando a direção predominante dos ventos
era de oeste com velocidades de 1,9 m/s, o céu estava parcialmente
encoberto, a umidade relativa do ar era de 68,4% e a temperatura média de
19,8°C, propiciando a formação de um nevoeiro frontal.
- JULHO:
No dia 9 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da massa polar atlântica, com o predomínio de ventos de sudoeste e
velocidade de 1,1 m/s, a umidade relativa do ar era de 65,7% e a temperatura
média de 11,6 °C, caracterizando um nevoeiro de radiação.
Sob a atuação do recuo da frente polar atlântica, no dia 13 foi
registrado um nevoeiro de forte intensidade em Londrina que apresentava
ventos de oeste com velocidade de 1,7m/s, o céu estava limpo, a umidade
relativa do ar era de 76,4% e a temperatura média de 13,5°C, gerando um
nevoeiro post-frontal.
No dia 15 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da massa polar atlântica, com predomínio de ventos de direção sul
105
com velocidade de 1,1 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de
63,6% e a temperatura média de 15,3°C, formando um nevoeiro de radiação.
Sob a influência da massa polar atlântica, no dia 24, também
foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina. Neste dia
predominavam ventos de sudeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava
limpo, a umidade relativa do ar era de 69,5% e as temperaturas médias de
18,9°C; devido a essas condições atmosféricas esse nevoeiro também é
caracterizado como de radiação.
Análise genética dos episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no
outono e inverno do ano de 2003. (figura 16)
- JUNHO:
No dia 4 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção sudoeste com velocidade de 1,8 m/s, o céu
estava encoberto, houve registro de precipitação de 12,5 mm, a umidade
relativa do ar era de 94,8% e a temperatura média de 18,2°C, caracterizando
um nevoeiro de origem frontal.
Figura nº 16 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2003.
Junho
740,0
Julho
Set
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
0
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
Nevoeiro forte
Vento
Velocidade
Direção
NESW NE NE NE
3 4 5 6 7
E NWNE N SW SE E
1 2 3 9 10 17 18
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
3
4
5
6 7
1
2
3 9 10 17 18
8
9
NE NE
8 9
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
Sistemas
Atmosféricos
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
107
Sob a influência da massa de ar polar atlântica, no dia 5 foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro de moderada intensidade em Londrina,
quando predominavam ventos de nordeste com velocidade de 1,5 m/s, o céu
estava encoberto, com as precipitações de 13,4 mm, a umidade relativa do ar
de 98,4% e as temperaturas médias de 17,3°C, devido a essas condições
atmosféricas e conforme os dados bibliográficos esse nevoeiro é de advecção,
pois o céu estava encoberto e este tipo de nevoeiro surge quando o ar frio
escoa sobre uma superfície fria (solo ou água). Por condução o ar vai perdendo
calor para a superfície que se arrefece de baixo para cima, propiciando a
formação de uma camada estável justaposta à superfície.
No dia 6 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência do recuo da frente polar atlântica, quando a direção predominante
dos ventos era de nordeste, a velocidade dos ventos de 1,4 m/s o céu estava
encoberto, houve registro de 3,4 mm de precipitações, a umidade relativa do ar
era de 86,7% e a temperatura média de 21,5°C, propiciando a formação de um
nevoeiro post-frontal.
No dia 7 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência de uma instabilidade tropical, os ventos predominantes em Londrina
eram de direção nordeste e velocidade de 1,0 m/s, a umidade relativa do ar era
de 81,3% e a temperatura média 21,3 °C, caracterizando um nevoeiro préfrontal.
- JULHO:
Sob a atuação da massa tropical atlântica, no dia 2 foi
registrado um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que apresentava
108
ventos de noroeste com velocidade de 1,5m/s, umidade relativa do ar de 66,6%
e temperatura média de 17,3°C, gerando um nevoeiro de advecção.
No dia seguinte (03/07) ocorreu nevoeiro de forte intensidade
também sob a influência da massa tropical atlântica, com predomínio de ventos
de nordeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do
ar de 70,9 % e a temperatura média de 16,7°C, portanto outro nevoeiro de
advecção.
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 10 correlacionado com a atuação da frente polar atlântica, que propiciou
ventos de direção sudoeste, com velocidade de 1,5 m/s, o céu estava
encoberto, precipitações de 14,8 mm, a umidade relativa do ar era de 97% e a
temperatura média de 16°C, gerando um nevoeiro frontal.
Outro nevoeiro de forte intensidade foi registrado no dia 18,
quando Londrina estava sob a atuação da massa polar atlântica, com ventos
de direção de sudeste e velocidade de 1,8 m/s, umidade relativa do ar de
83,8% e a temperatura média de 17°C, propiciando a formação do nevoeiro de
radiação.
- SETEMBRO:
No dia 9 Londrina esteve sob a influência da frente polar
atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade. Nesse
dia os ventos eram de direção nordeste, com velocidade de 1,5 m/s, o céu
estava encoberto, precipitações de 15,8mm, a umidade relativa do ar era de
91,4% e a temperatura média de 19,3°C, caracterizando um nevoeiro de
origem frontal.
109
Análise rítmica dos episódios de nevoeiros registrados em Londrina-Pr no
outono e inverno do ano de 2004 (figura 17).
- ABRIL:
No dia 4 foi registrado um nevoeiro forte correlacionado com a
influência da massa tropical atlântica e o predomínio dos ventos de sudoeste,
com velocidade de 1,3 m/s, o céu estava encoberto, com umidade relativa do
ar de 70,6 % e temperatura média de 23,3°C, gerando o nevoeiro de advecção.
- MAIO:
No dia 4 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina
sob a influência da frente polar atlântica, com predomínio de ventos de direção
norte e velocidade de 2,2 m/s, o céu estava encoberto, com precipitações de
7,8 mm, com a umidade relativa do ar de 83,6% e a temperatura média de 20,5
°C, ocasionando um nevoeiro frontal.
No dia 23 foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, que estava sob a influência de uma instabilidade tropical, com ventos
predominantes de sudeste e velocidade de 1,5 m/s, o céu estava totalmente
encoberto, as precipitações foram de 1,2 mm, a umidade relativa do ar era de
97,9% e a temperatura média de 16 °C, propiciando a formação de um
nevoeiro pré-frontal.
No dia seguinte (24/05) foi registrada a ocorrência de um
nevoeiro forte ainda sob a influência da instabilidade tropical, quando a direção
predominante dos ventos era de leste com velocidade de 1,5m/s, o céu
mantinha-se encoberto, com as precipitações de 13,6 mm, umidade relativa do
ar de 96,9% e a temperatura média de 16 °C, contribuindo para a formação de
mais um nevoeiro pré-frontal.
Figura nº 17 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2004.
740,0
Abril
Julho
Junho
Maio
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
Umidade Relativa (%)
0
700,0
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
0
Vento
Velocidade
Direção
Nevoeiro forte
N SE
3 4
SW N SE SE E SE SWSWSW
3 4 22 23 24 25 26 27 31
E SE SE E NE NE NE E SW
1 2 3 10 11 16 17 27 28
NESW NENW W SE E N NENWSW E SE NE NE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Nebulosidade
NW
Direção
N
NE
SW
S
SE
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
3
4
3
4 22 23 24 25 26 27 31
1
2
3 10 11 16 17 27 28
1
2 3 4
5
6
7 8
9 10 11 12 13 14 15
Sistemas
Atmosféricos
E
W
3
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
111
No dia 27 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da massa polar atlântica, com ventos predominantes de sudoeste e
velocidade de 2,8 m/s, a umidade relativa do ar era de 74,1% e a temperatura
média do ar de 11,9 °C, caracterizando um nevoeiro de radiação.
- JUNHO:
A atuação do recuo da frente polar atlântica em Londrina no dia
primeiro propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade associado
sob ventos de leste e velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto, com
precipitações de 16,8mm, a umidade relativa do ar era de 88,4 % e a
temperatura média de 16,2°C, essa situação sinótica propiciou a formação de
um nevoeiro post-frontal.
No dia 2 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade, mas
agora Londrina estava sob a influência da frente polar atlântica, com ventos de
sudeste e velocidade de 0,9 m/s, o céu estava encoberto, houve precipitações
de 2,2mm, a umidade relativa do ar era de 96,5% e a temperatura média de
14,6°C, gerando um nevoeiro frontal.
No dia 3 aconteceu mais um nevoeiro de forte intensidade
quando, Londrina ainda estava sob a influência da frente polar atlântica, com
ventos de direção predominante de sudeste e velocidade de 0,8 m/s, o céu
estava encoberto, as precipitações foram de 14,4 mm, a umidade relativa do ar
era de 83,4 %, as temperaturas médias de 15,2 °C, configurando mais um
nevoeiro frontal.
Sob a atuação de uma nova frente polar atlântica no dia 11, em
Londrina, foi registrado um nevoeiro de forte intensidade, os ventos eram de
nordeste com velocidade de 2,1 m/s, precipitações de 14,8 mm, a umidade
112
relativa do ar de 96,7% e a temperatura média de 18,9 °C, gerando um
nevoeiro frontal.
No dia 17 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade sob a
influência da repercussão da frente polar atlântica em Londrina, quando a
direção predominante dos ventos era de nordeste, com velocidade de 1,7 m/s,
a umidade relativa do ar era de 71,9% e a temperatura média do ar de 17,8 °C,
caracterizando um nevoeiro pré-frontal.
No dia 28 também foi registrada a ocorrência de um nevoeiro
forte sob a influência da repercussão da frente polar atlântica em Londrina,
quando a direção predominante dos ventos era de sudoeste, com velocidade
de 1,0m/s, o céu estava encoberto, precipitações de 1,2 mm, a umidade
relativa do ar em 95,1% e a temperatura média em 17,1 °C. Portanto, um
nevoeiro de origem pré-frontal.
- JULHO:
No dia 2 ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com ventos
de sudoeste e velocidade de 1,4 m/s, o céu estava encoberto, a umidade
relativa do ar era de 75,8% e a temperatura média do ar de 19,5°C. Conforme
estas características esse nevoeiro é identificado como pré-frontal.
No dia seguinte (03/07) foi registrada a ocorrência de outro
nevoeiro de forte intensidade em Londrina, que estava sob a atuação da massa
tropical atlântica, com predomínio de ventos de nordeste e velocidade de 1,4
m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa do ar era de 76,6% e a temperatura
média de 19°C, podendo identificá-lo como um nevoeiro de advecção.
113
Um nevoeiro de forte intensidade foi registrado em Londrina no
dia 5 correlacionado com a repercussão da frente polar atlântica. Nesse dia os
ventos tinham direção predominante de oeste e velocidade de 1,2 m/s, o céu
estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 91,4% e a temperatura
média de 18,8°C. Estas características permitem dizer que esse nevoeiro é de
gênese pré-frontal.
No dia 6 ocorreu um nevoeiro forte sob a influência da frente
polar atlântica, com o predomínio dos ventos de sudeste e velocidade de 1,5
m/s, o céu estava encoberto, foram registradas precipitações de 17,5 mm a
umidade relativa do ar era de 88,6% e a temperatura média do ar de 18,2°C.
Portanto, esse também é um nevoeiro de origem frontal.
No dia 7 também foi registrado um nevoeiro forte sob a
influência da massa polar atlântica quando a direção predominante dos ventos
em Londrina era de leste, com velocidade de 1,1m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, a umidade relativa do ar em 85,4% e a temperatura
média em 19,2 °C, gerando um nevoeiro de radiação.
No dia 9 ocorreu outro nevoeiro de forte intensidade em
Londrina, que estava sob a influência da frente polar atlântica, com ventos
predominantes de nordeste e velocidade de 1,7 m/s, o céu estava encoberto,
as precipitações foram de 4,9 mm, a umidade relativa do ar de 85,6% e a
temperatura média de 17,5°C, gerando um nevoeiro frontal.
No dia seguinte (10/07) ocorreu mais um nevoeiro de forte
intensidade, também sob a influência da frente polar atlântica, quando
predominavam ventos de noroeste com velocidade de 1,6 m/s, o céu estava
encoberto, foram registradas precipitações de 17,5 mm, a umidade relativa do
114
ar era de 93,8% e a temperatura média de 15,9°C, caracterizando mais um
nevoeiro frontal.
Sob a influência de uma nova frente polar atlântica, foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 11. Neste dia
predominavam ventos de sudoeste com velocidade de 2,2 m/s, o céu estava
limpo, mas foram registradas precipitações de 6,5 mm, a umidade relativa do ar
era de 77,3% e as temperaturas médias de 12,1°C, propiciando outro nevoeiro
frontal.
No dia seguinte (12/07) deflagrou-se em Londrina outro
nevoeiro forte, associado à influência da massa polar atlântica, com ventos
predominantes de leste e velocidade de 3,0 m/s, com umidade relativa do ar de
76,6% e temperatura média de 14,9 °C, propiciando a formação de um
nevoeiro de radiação.
Sob a influência da repercussão da frente polar atlântica foi
registrada a ocorrência de um nevoeiro forte em Londrina no dia 14. Neste dia
predominavam ventos de nordeste, com velocidade de 1,9 m/s, o céu estava
parcialmente encoberto, as precipitações foram de 7,4mm, a umidade relativa
do ar era de 83,4% e as temperaturas médias de 19,8°C, ocasionando um
nevoeiro pré-frontal.
Outro nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 15,
quando Londrina estava sob a atuação de uma instabilidade tropical, com
ventos de direção nordeste e velocidade de 1,5 m/s, umidade relativa do ar de
73,9% e a temperatura média de 19,8°C, característica sinótica que permite
afirmar a origem pré-frontal do respectivo nevoeiro.
115
Caracterização
genética
dos
episódios
de
nevoeiros
registrados
em
Londrina/PR no outono e inverno de 2005 (figura 18).
- ABRIL:
Em Londrina, no dia 29, foi registrado um nevoeiro de forte
intensidade devido à atuação da massa tropical atlântica, com ventos
predominantes de leste e velocidade de 1,6 m/s, o céu estava encoberto,
houve precipitações de 4,8 mm, a umidade relativa do ar era de 90,7% e a
temperatura média de 16,7°C, gerando um nevoeiro de advecção.
- MAIO:
No dia 1 foi registrado um nevoeiro de forte intensidade
correlacionado com o recuo da frente polar atlântica, que deflagrou ventos de
direção predominante de sudeste e velocidade de 2,3 m/s, o céu estava limpo,
a umidade relativa do ar era de 63,5% e a temperatura média de 17,7 °C,
possibilitando a formação de um nevoeiro post-frontal.
- JUNHO:
Um nevoeiro de forte intensidade foi verificado no dia 1,
quando Londrina estava sob a atuação da massa de ar tropical atlântica, com
ventos de direção de leste e velocidade de 2,4 m/s, a umidade relativa do ar
era de 79,8% e a temperatura média de 19,7°C, ocasionando um nevoeiro de
advecção.
Figura nº18 - Gráfico de análise rítmica dos episódios dos nevoeiros registrados em Londrina - PR no outono e inverno de 2005.
740,0
Abril
Maio
Junho
Julho
735,0
Pressão (mb)
730,0
725,0
720,0
715,0
Legenda
710,0
705,0
Vento
Velocidade (m/s)
0,1 a 2
2,1 a 3
3,1 a 4
Acima de 4
Nebulosidade
(Décimos)
0-2
3-4
Umidade Relativa (%)
0
700,0
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
E E SW
28 29 30
SE SE
1 31
E W NW NESW NE NE NE NESW
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
E W E E E E
1 2 8 9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
28 29 30
1 31
1 17 18 19 25 26 27 28 29 30
1
2 8
9 10 11
100,0
95,0
90,0
85,0
80,0
75,0
70,0
65,0
60,0
55,0
5-6
7-8
35
9 - 10
30
Sistemas Tropicais
Tropical Atlântica
Equatorial Continental
Sistemas Polares
Temperatura (°C)
Sistemas Atmosféricos
25
20
15
10
Polar Atlântica (PA)
Polar Tropicalizada
5
0
Sistemas Frontais
Frente Polar Atlântica
Repercussão da Frente PA
90
Recuo da Frente PA
80
Frente PA Estacionária
Sistemas Individualizados
Linha de Instabilidade tropical
Nevoeiros
Precipitação (mm)
Frente PA em Dissipação
70
60
50
40
30
20
10
Sem ocorrência de nevoeiros
Nevoeiro fraco
Nevoeiro moderado
0
Vento
Velocidade
Direção
Nevoeiro forte
Nebulosidade
NW
Direção
N
Sistemas
NE
Atmosféricos
E
W
SW
S
SE
Nevoeiros
Fonte: Dados climáticos da estação agrometeorológica do IAPAR
117
No dia 18 foi registrada a ocorrência de um nevoeiro forte sob a
influência da repercussão da frente polar atlântica, quando os ventos
apresentavam direção predominante de noroeste, com velocidade de 2,1 m/s, o
céu estava encoberto, com precipitações de 14,8 mm, umidade relativa do ar
de 94,7 % e a temperatura média de 17,1 °C, originando um nevoeiro préfrontal.
A atuação da frente polar atlântica em Londrina no dia 19
propiciou a formação de outro nevoeiro de forte intensidade, com ventos de
nordeste e velocidade de 0,7 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa
do ar era de 89,2 %, as precipitações de 1,0mm e a temperatura média de
19,1°C, ocasionando um nevoeiro frontal.
No dia 26, ocorreu em Londrina um nevoeiro de forte
intensidade sob a influência da repercussão da frente polar atlântica, com
predomínio de ventos de nordeste e velocidade de 1,2 m/s, o céu estava limpo,
a umidade relativa do ar de 75,3% e a temperatura média de 17,2°C,
permitindo a geração de um nevoeiro pré-frontal.
No dia seguinte (27/06) foi registrado outro nevoeiro de forte
intensidade correlacionado com a atuação da massa tropical atlântica. Nesse
dia, Londrina estava sob o predomínio de ventos de nordeste, com velocidade
de 1,5 m/s, o céu estava encoberto, a umidade relativa do ar era de 68,2% e a
temperatura média de 17,9 °C, formando um nevoeiro de advecção.
No dia 29 foi deflagrado em Londrina outro nevoeiro forte
associado à influência da repercussão da frente polar atlântica, com ventos
predominantes de nordeste e velocidade de 1,7 m/s, com precipitações de
118
9,8mm, o céu estava encoberto, a umidade relativa em 97,9% e a temperatura
média do ar em 18 °C, originando um do nevoeiro pré-frontal.
No dia 30 Londrina esteve sob a influência do recuo da frente
polar atlântica que propiciou a formação de um nevoeiro de forte intensidade.
Nesse dia os ventos eram de direção sudoeste com velocidade de 1,0 m/s, o
céu estava parcialmente encoberto, as precipitações foram de 3,5 mm, a
umidade relativa do ar de 88% e a temperatura média de 20,3°C,
caracterizando um nevoeiro de origem post-frontal.
- JULHO:
Sob a influência da massa de ar polar atlântica, no dia 2
ocorreu um nevoeiro de forte intensidade em Londrina, quando predominavam
ventos de oeste, com velocidade de 1,9 m/s, céu limpo, com a umidade relativa
do ar em 78,9% e as temperaturas médias de 20,7°C, geraram um nevoeiro de
radiação.
Foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade no dia 9,
quando Londrina estava sob a atuação da massa polar atlântica, com ventos
de direção leste e velocidade de 5 m/s, o céu estava limpo, a umidade relativa
do ar em 62,8 % e a temperatura média de 14,9°C, permitindo a formação de
mais um nevoeiro de radiação.
Já no dia 11 foi registrado outro nevoeiro de forte intensidade
em Londrina, que estava sob a influência da massa polar atlântica, com a
direção predominante dos ventos de leste com velocidade de 2,4 m/s, com céu
limpo, a umidade relativa do ar era de 70,2% e a temperatura média de 17°C,
gerando novamente um nevoeiro de radiação.
119
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aplicação da referida metodologia ao estudo dos nevoeiros
ocorridos na cidade de Londrina, no período de 1986 a 2005, revelou-se
satisfatória para a análise da ocorrência e freqüência do fenômeno, bem como
para a identificação dos tipos de nevoeiros gerados no outono e inverno no
período de 1994 a 2005.
As análises da variabilidade pluviométrica em Londrina indicam
que a distribuição das chuvas é irregular, com períodos de altas precipitações
alternados com períodos secos, corroborando com as conclusões que Ladeia
havia chegado em 1992, também foram constatadas precipitações elevadas
em períodos historicamente mais secos, ou seja, no outono e inverno,
demonstrando a ocorrência da umidificação nessas estações, confirmando as
idéias de Maack de que o regime pluviométrico tende a ter um período mais
concentrado e intenso de chuvas e outro de queda da precipitação, efeitos
correlacionados ao processo de desmatamento pelo qual passou a região de
Londrina.
A partir do período e dos dados analisados identificou-se que
os nevoeiros ocorrem com maior freqüência no mês de junho, com 24,08% dos
episódios e o mês de novembro, quando a ocorrência dos nevoeiros é menor,
com 0,49% do total dos episódios. Foi verificado que os nevoeiros ocorreram
em todos os meses do ano, mas foi observada sua maior freqüência nos
meses que compreendem o outono e o inverno, relacionada às estações mais
120
frias, não excluindo as outras desde que as condições atmosféricas sejam
favoráveis à sua formação.
Constatou-se
que
em
Londrina
ocorrem
nevoeiros
de
intensidade forte, moderada e fraca, mas em todo o período estudado os de
forte intensidade ocorreram em maior quantidade, ou seja, foram registradas
296 ocorrências de nevoeiros de forte intensidade durante o período de 1986 a
2005; sendo que os moderados constituíram 52 episódios e os fracos 60.
A síntese dos dados atmosféricos correspondentes aos
episódios dos nevoeiros ocorridos em Londrina permitiu a verificação de que a
ocorrência desses episódios na cidade está ligada, primeiramente, à influência
da repercussão da frente polar Atlântica, associada, em geral, às temperaturas
médias variando de 14,5°C a 21,4°C, com umidade relativa do ar entre 69,1%
e 97,7%, quando os ventos tinham direção predominante de nordeste e
noroeste e a velocidade dos ventos variando entre 0,9m/s e 3,3m/s.
Já os nevoeiros ligados à atuação da massa polar Atlântica
foram estabelecidos em Londrina quando a temperatura média do ar variava
entre 11,6°C e 20,7°C, com os percentuais de umidade relativa do ar entre
62,8% a 98,4%, sendo que a direção dos ventos oscilava predominantemente
de sudeste e sudoeste e com velocidades variando entre 1,1m/s a 5m/s.
Os dados demonstraram que os nevoeiros instalados em
londrina, ligados à ocorrência da frente polar Atlântica, tiveram as temperaturas
médias variando entre 12,1°C e 22,5°C, a umidade relativa do ar entre 71,1% e
97,4%, com ventos de velocidade que oscilou entre 0,7m/s a 3,1 m/s.
A síntese dos dados atmosféricos associados à ocorrência dos
nevoeiros sob a influência da instabilidade tropical no período estudado esteve
121
associada às temperaturas médias que variaram de 11,4°C a 21,3°C, com
umidade relativa do ar entre 67% e 98,8% e velocidade dos ventos entre
0,9m/s e 3,6m/s.
Os nevoeiros ligados à atuação da massa tropical Atlântica
foram registrados quando as temperaturas médias variaram de 16,1°C a
23,3°C em Londrina, com umidade relativa do ar oscilando de 56,2% a 90,7%,
com ventos de direções variadas (norte, nordeste, noroeste, oeste, sudoeste e
leste) e a velocidade dos ventos entre 1,3m/s a 2,4m/s.
Também foram registrados nevoeiros sob a influência do recuo
da frente polar Atlântica em Londrina, quando as temperaturas médias estavam
entre 13,5°C e 22,1°C, a umidade relativa do ar entre 63,5% e 99,4%, sob
ventos de direções variadas, entretanto os nevoeiros ligados a essa gênese
não ocorreram quando os ventos tinham direção predominante de sul, mas
com velocidades entre 0,9m/s e 2,9m/s.
A partir da análise dos gráficos de análise rítmica observou-se
que a ocorrência do fenômeno esteve relacionada em maior número sob a
influência da frente polar Atlântica (21,42%), seguida da instabilidade tropical
(20%), da atuação do recuo da frente polar Atlântica (19,21%), da repercussão
da frente polar Atlântica, responsável pela formação de 15% dos nevoeiros
registrados em Londrina no período de 1994 a 2005, seguida da massa polar
Atlântica (12,85%), da massa tropical Atlântica (10%), da massa equatorial
continental e da frente polar Atlântica em dissipação, cada uma delas sendo
responsável por 0,71% dos nevoeiros registrados no respectivo período.
A análise da gênese meteorológica dos nevoeiros permitiu a
identificação de os nevoeiros que têm origem pré-frontal configuram 35% dos
122
episódios registrados em Londrina, no período estudado, estando associados à
influência da repercussão da frente polar Atlântica e da instabilidade tropical.
Os nevoeiros de origem frontal, sob a atuação da frente polar
Atlântica e os post-frontais, relacionados ao recuo da frente polar Atlântica e da
frente polar Atlântica em dissipação, congregam cada um 20% do total
analisado.
Já os nevoeiros de advecção, que ocorrem associados à
atuação das massas de ar tropical Atlântica, polar Atlântica e a equatorial
continental, constituem 12,14% dos fenômenos analisados.
Por último, os nevoeiros de radiação, que se instalam ligados à
massa polar Atlântica, representam 11,42% dos episódios.
Diante do exposto confirma-se que grande parte dos episódios
de nevoeiros registrados em Londrina /PR possui gênese ligada a atuação da
frente polar Atlântica e da instabilidade tropical.
123
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Dissertação (Mestrado em Geografia) – faculdade de filosofia, letras e ciências
humanas, universidade de São Paulo, São Paulo.
126
ANEXOS
127
Anexo 1- carta sinótica de anos anteriores a 2000 que foram difíceis de serem
analisadas devido a sua qualidade. Esta é de 16 de abril de 1996 às 12h00min
(HMG) horário no meridiano de Greenwich.
128
Anexo 2- cartas sinóticas mais recentes que apresentavam boa qualidade.
Esta é de 09 de julho de 2002 às 12h00min (HMG) horário no meridiano de
Greenwich.
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