Dispositivos móveis são o grande alvo das ameaças virtuais De

Propaganda
Dispositivos móveis são o grande alvo das ameaças virtuais
De acordo com o relatório trimestral sobre ameaças virtuais da McAfee, divulgado nesta
terça-feira, 07/06, foram identificados 6 milhões de vírus (malware) diferentes
registrados. O levantamento revela mudanças no cenário de ameaças – a identificação
da botnet Rustock resultou na redução do número de spam, o mais baixo desde 2007,
entretanto os vírus direcionados aos equipamentos móveis são os novos alvos dos
cibercriminosos.
“O relatório de ameaças indica que nos três primeiros meses deste ano há atuação
intensa em relação à atividade do cibercriminosos”, afirma Vincent Weafer, vicepresidente sênior do McAfee Labs. “Embora o último trimestre tenha mais uma vez
mostrado que o crescimento de spam desacelerou, isso não significa que os
cibercriminosos estejam em busca de novos caminhos. Identificamos o surgimento de
muitas ameaças, como o malware para Android e novas botnets, que tentam assumir a
posição da Rustock, o que deverá afetar consideravelmente essa atividade nos próximos
meses”, comenta Vincent.
Ameaças virtuais batem recorde no primeiro trimestre
Com mais de 6 milhões de amostras diferentes de malware, os três primeiros meses
deste ano foram recorde na história do malware. Em fevereiro foi registrado o maior
número de amostras, aproximadamente 2,75 milhões. Foi também o trimestre com
maior volume de programas antivírus falsos, que atingiram seu nível mais elevado, em
mais de um ano, em março chegando à marca de 350 mil amostras diferentes.
Ataques de malware a dispositivos Android
O malware deixou de afetar apenas os computadores. Como a popularidade dos
dispositivos com Android tornaram-se um novo alvo, neste primeiro trimestre, a
plataforma já ocupa o segundo ambiente mais popular para o malware móvel, atrás do
Symbian OS.
O white paper de segurança de aplicativos móveis do McAfee Labs discute como a
maioria dos dispositivos Android permite a “carga paralela” de aplicativos, que podem
ser obtidos em diversas lojas, dessa forma dificultando que empresas como o Google
possam verificar todos os aplicativos suspeitos.
Recentemente, o pesquisador Lompolo encontrou no Android Market uma série de
aplicativos para o Android que continham vírus, como cavalo de Troia, e, com a
proporção de downloads calculada de dezenas a centenas de milhares, o número de
usuários que podem ser afetados é significativo.
O McAfee Labs descobriu formas mais sofisticadas de malware móvel para Android,
como Android/DrdDream, Android/Drad, Android/StemySCR.A e AndroidBgyoulu,
que afetaram desde jogos até aplicativos e dados de SMS.
Os criminosos por trás do kit de ferramentas de crimeware Zeus também dirigiram
ataques à plataforma móvel, criando novas versões do malware móvel Zitmo para os
sistemas Symbian e Windows Mobile, a fim de roubar informações de contas bancárias
dos usuários.
A identificação das bonets Rustock e Zeus reduziu o nível de spam
A derrubada da botnet Rustock causou o fechamento das principais estruturas de
zumbis, levando à queda do volume de spams em todo o mundo. No último trimestre, o
número de spams caiu significativamente, para menos da metade do que era há apenas
um ano – aproximadamente 1,5 trilhão de mensagens por dia, ultrapassando o tráfego
legítimo de emails em uma proporção de apenas 3 para 1.
Embora o desenvolvimento da botnet Zeus tenha diminuído, o autor aparentemente
deslocou seus esforços para combinar o código-fonte da Zeus com a botnet SpyEye,
gerando ameaças de grande porte que afetaram transações bancárias e na Internet. Em
março de 2011, a botnet SpyEye mais recente conseguiu se aproveitar de mais de 150
módulos, tais como drives USB, mensagens instantâneas e certificados do Firefox.
O spam pode estar em seu nível mais baixo em anos, mas muitas botnets estão em
condição de preencher a lacuna deixada pelo declínio da Rustock e da Zeus. A
concorrência inclui Maazben, Bobaz, Lethic, Cutwail e Grum. Houve um aumento no
número de infecções por botnets no final do trimestre, provavelmente devido ao período
no qual os cibercriminosos desaceleram as atividades para dedicar-se à reconstrução de
botnets. Esse fato elevou o preço de envio de spam no mercado clandestino,
demonstrando assim que as leis da oferta e da procura também valem para o cibercrime.
Iscas populares
Muitas vezes, os cibercriminosos disfarçam os conteúdos mal-intencionados utilizando
“iscas” populares para enganar usuários desavisados. Mensagens de spam que
promovem produtos falsos ou verdadeiros foram as iscas mais utilizadas na maioria das
regiões do mundo. Na Rússia e na Coreia do Sul, o spam de remédios foi o mais
utilizado; na Austrália e na China, as notificações falsas de status de entrega ficaram
entre as mais utilizadas.
O trimestre também trouxe uma nova tendência entre os cavalos de Troia ‘bancários’,
malwares que roubam senhas e outros dados, e utilizam iscas populares em suas
campanhas de spam, como UPS, FedEx, USPS (Serviço Postal dos EUA) e IRS
(Receita Federal dos EUA).
O McAfee Labs identificou picos significativos de conteúdo mal-intencionado na Web
que coincidiram com eventos noticiosos, como o terremoto e o tsunami no Japão e
importantes eventos esportivos, com uma média de 8.600 novos sites mal-intencionados
por dia. Na mesma linha, entre os 100 principais resultados de cada um dos termos mais
pesquisados, quase 50% levavam a sites mal-intencionados e, em média, continham
mais de dois links mal-intencionados.
Fonte: Portal Uol(www.convergenciadigital.uol.com.br)
Download