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Matriz de atividade individual*
Módulo: 03 unidade 5.2.2 –
Atividade indvidual - Fórum
Atividade: Situação de empresas
brasileiras transnacionais diante da
crise do dólar e do euro
Título: Internacionalização das empresas x Crise mundial
Aluno: Janine Zapata Paulino
Disciplina: Negócios Internacionais Turma: GRNGEAD_T0035_0213
Introdução
Com a globalização, processo proporcionado pelos crescentes
avanços tecnológicos ao longo dos anos, que vem se mostrando duradouro e
ágil em seu modo de difundir culturas e divulgar acontecimentos, facilitando a
forma de interação cultural, política, econômica e a comunicação entre as
nações, intensificando possibilidades, surgiram novas oportunidades
competitivas de exploração de mercados externos.
Nesse contexto, abordaremos a situação de empresas brasileiras
transnacionais, empresas industriais ou prestadoras de serviços, que estão
presentes em vários países, além do país de base e realizam um grande
volume de negócios no exterior.
A partir da leitura de textos sugeridos pela FGV online, analisaremos
as possibilidades de crescimento e de retração de empresas transnacionais
brasileiras no mercado internacional diante da crise do euro e do dólar, em
especial as que estão no continente Europeu e nas Américas. Pontuando as
perspectivas futuras para essas empresas.
Possibilidade de crescimento de empresas transnacionais brasileiras
Países desenvolvidos e em desenvolvimento cada vez mais acessam
produtos e serviços uns dos outros, seja por melhor custo, qualidade ou
ambos. Esse processo, chamado de internacionalização e impulsionado pela
globalização, vem ocasionando um crescente aumento de empresas
transnacionais, conforme apresentado no Raking das transnacionais, elaborado
pela Fundação Dom Cabral (FDC), que considera as receitas das subsidiárias,
os ativos e os funcionários no exterior.
As empresas apresentadas de acordo com a posição no ranking de
2011 da FDC, são:
1- JBS-Friboi (Alimentos) 2- Stefanini IT Solutions (Tecnologia da
Informação) 3- Gerdau (Siderurgia e Metalurgia) 4- Ibope (Pesquisa de
Mercado e Opinião) 5- Marfrig (Alimentos) 6- Metalfrio (Refrigeradores) 7Odebrecht (Construção) 8- Suzano (Celulose e Papel) 9- Sabó (Autopeças)
10- Vale (Mineração) 11- Magnesita (Produtos Refratários) 12- Tigre
(Material de Construção) 13- Lupatech (Equipamentos e Peças) 14Artecola (Produtos Químicos) 15- Votorantim (Cimento, Metalurgia, Celulose
e Papel) 16- Weg (Máquinas e Materiais Elétricos) 17- Brasil Foods
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(Alimentos) 18- Embraer (Aeronáutico) 19- Ci&T Software (Tecnologia da
Informação) 20- Marcopolo (Veículos Automotores e Carrocerias) 21Camargo Corrêa (Construção, Cimentos, Têxteis, Calçados) 22- TAM
(Transporte Aéreo) 23- Agrale (Veículos Automotores e Implementos) 24América Latina Logística (Logística) 25- Natura (Cosméticos e Higiene
Pessoal) 26- Azaléia (Calçados) 27- Petrobras (Petróleo e Gás Natural)
28- BRQ IT Services (Tecnologia da Informação) 29- Cia Providência
(Higiênicos e Descartáveis) 30- Alusa (Energia Elétrica) 31- Andrade
Gutierrez (Construção) 32- Minerva (Alimentos) 33- Bematech (Tecnologia
da Informação) 34- Ultrapar (Produtos Químicos e Distribuição de
Combustíveis) 35- DHB (Autopeças) 36- Eliane (Material de Construção e
Decoração) 37- Gol (Transporte Aéreo) 38- Politec (Tecnologia da
Informação) 39- Randon (Veículos Automotores e Autopeças) 40- Seculus
(Construção e Relógios) 41- Tegma (Logística) 42- Altus (Tecnologia da
Informação) 43- Oi (Telecomunicações) 44- Cemig (Energia Elétrica) 45M.Dias Branco (Alimentos) 46- Eletrobrás (Energia Elétrica)
Registros confirmam a importância da internaciolização como por
exemplo, o número de fusões e aquisições no Brasil, que de acordo com o
Ranking das Transnacionais Brasileiras de 2009, a FDC concluiu que o fluxo de
investimentos brasileiros direto no exterior, atingiu R$10,8 bilhões em
operações de fusões e aquisições em 2008. Um outro dado conforme
estimativa de Pereira, diz que um grupo de 100 grandes empresas
transnacionais arrecadou metade do comércio internacional, faturando em
1999 cerca de US$ 4,3 trilhões e empregando 13,3 milhões de pessoas, das
quais aproximadamente 6 milhões fora de seus países de origem.
Entretanto a crise em 2008, obrigou as empresas brasileiras listadas
no mercado internacional de capitais a repensarem suas estratégias. E apesar
do fluxo de capital do Brasil para o exterior ter sido negativo, a Fundação Dom
Cabral, apresentou em 2009, um balanço geral positivo no desempenho anual
das transnacionais, o que acabou compensando o impacto cambial do período
mantendo o otimismo dos empresários.
Algumas das empresas encontraram benefícios na crise, como o caso
da Marfrig, que aumentou suas vendas na Europa devido a necessidade do
Europeu de cozinhar mais em casa devido a crise. Quem vive também um bom
momento é a Embraer, que passou a vender mais jatos executivos, conforme
explica o portal da UOL " O bom desempenho se deve, em grande parte, à
crise internacional iniciada em 2008, que criou um ambiente favorável à compra
desses aviões em outros países, além do crescimento dos emergentes".
Há tendência de expansão das transnacionais brasilerias, conforme
cita o economista e professor da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda (Apud
Camargo),
“o fortalecimento das empresas brasileiras no exterior faz parte de um
movimento estrutural que já vem de algum tempo, impulsionado por
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fatores diversos: a premência da competitividade, o acesso mais fácil
aos mercados de capitais e a possibilidade de superar barreiras
tarifárias e gerar receitas em moeda estrangeira.”
A crise, de certa forma impulsionou o desenvolvimento das
transnacionais brasileiras, que apesar das dificuldades e lições vivenciadas no
momento de tensão proporcionado pela instabilidade do dólar e do euro,
aproveitaram oportunidades de fusões e aquisições e se reinventaram
proporcionando um bom momento econômico para o Brasil.
Possibilidade de retração de empresas transnacionais brasileiras
“Houve uma pequena retração em 2009, em razão da crise
econômica mundial, mas em 2010 as empresas brasileiras voltaram a investir,
aumentando ativos, receitas e funcionários no exterior”, avalia Lívia Barakat
professora do Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral
(Apud Camargo).
Superada a retração pós-crise, multinacionais brasileiras voltam a
investir no mercado mundial, o período da crise manteve as empresas
cautelosas, os investimentos das brasileiras lá fora aconteceram, mas em
menor escala e se concentraram principalmente em países da América do Sul.
Recentemente, várias multinacionais brasileiras realizaram
aquisições de empresas estrangeiras, inclusive muitas delas com operações
acima de 100 milhões, de acordo com Camargo. Empresas como Votorantim,
Gerdau, Vale do Rio Doce, Petrobras, Bradesco e Camargo Corrêa foram
algumas das empresas que ajudam a acelerar o processo de
internacionalização pós-crise, confirmando fusões, aquisições e expansão, com
a abertura de subsidiárias em outros países.
Questionados sobre o grande volume de investimento dedicado ao
mercado exterior, muitos dos empresários responderam que o custo de
produção nacional e a valorização da moeda contribuem com esse resultado,
como afirma Marco Stefanini (Apud Camargo), presidente da empresa de
tecnologia Stefanini IT Solutions, “produzir aqui tornou-se mais caro com a
valorização do real”. Mas apesar do entusiasmo e das grandes oportunidades
de aquisições de empresas abaixo de valor de mercado, na Europa e nos
Estados Unidos, os empresários analisam com cautela as chances de
investimento nesses países, “Mercados americanos e europeus não estão
bem, consequentemente as empresas daqueles países são moderadamente
atraentes”, diz Marco Stefanini (Apud Camargo).
Alguns especialistas reforçam esse pensamento de que é preciso
avaliar com calma, pois não é porque está barato que a empresa deve ser
comprada, já que a crise significa perda de competitividade. Por outro lado
também muito se discute, se a atual crise mundial não seria causada pela alta
concorrência provocada pela internacionalização de empresas emergentes
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com menores custos produtivos e qualidade de produção, sendo assim as
brasileiras estão corretas em se internacionalizarem, para não se perderem na
obsoletude e conquistas de mercado nacional por concorrentes multinacionais.
Conclusão
A internacionalização das empresas brasileiras, segue a tendência
mundial de concorrência, pela presença em diversos países. A crise vivenciada
pela Europa e Estados Unidos, em primeira instância gerou retração na
internacionalização das empresas brasileiras, que ficaram cautelosas e
reagiram repensando estratégias.
Superada a crise, por oportunidades de aquisições a baixo custo e ao
mesmo tempo pelo elevado custo de produção e encargos brasileiros. O
investimento atual, comprova o interesse de desenvolvimento das brasileiras
no exterior, ao mesmo tempo que nota-se cautela dos empresários, ao se
preocuparem com a diversificação das localidades de empresas subsidiárias,
mantendo dessa forma maiores possibilidades de compensação perante as
crises.
Referências Bibliográficas
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http://www.revistapib.com.br/noticias_visualizar.php?id=804. Acesso em: em: 06-052013
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http://www.kpmg.com.br/publicacoes/tax/Multinacionais_Brasileiras_08_portugues.pdf.
Acesso em: 06-05-2013
FGV Online: Multinacionais do Brasil no exterior. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/multinacionais-brasileiras/45604/
Acesso em: em: 06-05-2013
FGV Online: Ranking Transnacionais 2010. Disponível em:
http://www.fdc.org.br/pt/Documents/ranking_transnacionais_2010.pdf. Acesso em: em:
06-05-2013
FREITAS, Tatiana. Crise reduz expansão de multinacionais brasileiras. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,crise-reduz-expansao-de-multinacionaisbrasileiras,413653,0.htm. Acesso em: em: 06-05-2013
GOVERNO Federal. Internacionalização de empresas brasileiras. Disponível em:
http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1260377495.pdf. Acesso em: em: 06-05-2013
GUEDES, Ana Lúcia. Apostila do curso de Negócios Internacionais da Graduação
FGV Online. Rio de Janeiro: FGV Online, 2013.
LOBATO, David M. Apostila Estratégia de empresas. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2008.
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PEREIRA, Edson. Multinacionais no Brasil. Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/multinacionais-nobrasil/45629/. Acesso em: em: 06-05-2013
UOL, Portal econômia. Crise Impulsiona aviação executiva no Brasil. Disponível em:
http://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2013/05/06/crise-impulsiona-avanco-daaviacao-executiva-no-brasil.htm. Acesso em: em: 06-05-2013
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de
raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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