Roteiro - CH_GEO_Terremotos_no_mundo

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Setor de Educação de Jovens e Adultos
ÁREA:
Ciências Humanas
PODCAST:
Terremotos no mundo
DURAÇÃO:
4min50seg.
─ Olá! Eu sou o professor Leandro, especialista em Geografia, da Fundação Bradesco.
─ E hoje vou falar sobre os terremotos e seus efeitos na sociedade.
─ Vamos lá?
─ Você já deve ter ouvido que no Brasil não há terremotos, não é verdade? Então vamos ouvir a
seguinte notícia retirada de um importante jornal paulista:
─ “Moradores de São Paulo sentiram um tremor de terra por volta das 21h dessa terça-feira. O
tremor foi sentido em todas as regiões da cidade e algumas áreas da grande São Paulo. Os telefones
do corpo de bombeiros estão congestionados devido ao elevado número de ligações efetuadas
pelos moradores assustados com o tremor. De acordo com os bombeiros, moradores de Barueri,
Itapecerica, Cotia e Osasco também sentiram os tremores”.
─ E agora, você ainda acha que não há terremotos em nosso país?
─ Na verdade, o senso comum que afirma que não há tremores de terra no Brasil surgiu porque
dificilmente os terremotos são sentidos ou causam grandes estragos no território brasileiro.
─ Agora você deve estar se perguntando por que no Brasil não há grandes destruições enquanto
que em outros países ocorrem devastações e mortes.
─ Para responder à essa questão, é preciso compreender o que está abaixo da superfície terrestre.
─ Nós vivemos sobre uma camada de rocha que varia entre 7 e 60 quilômetros de profundidade.
─ Essa camada é chamada de “crosta terrestre”.
─ Tudo que você conhece no planeta está acima dessa camada: as montanhas, as cidades, os
oceanos, etc.
─ A crosta terrestre é uma estrutura dividida em várias partes, como se fosse um quebra-cabeça.
─ A cada uma dessas partes, damos o nome de “placas tectônicas”.
─ As placas tectônicas estão sobre uma camada de magma, que basicamente é composta por rocha
derretida e possui uma consistência pastosa, assim como as lavas expelidas por um vulcão em
erupção.
─ Sendo assim, como não estão fixas, as placas, entre aspas, “boiam” sobre o magma e chocam-se
umas com as outras. É nesse choque, que ocorre no encontro das placas, que acontece o tremor de
terra ou terremoto.
Podcast Fundação Bradesco
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─ No momento do choque, há uma liberação de energia gigantesca. Essa energia é transportada por
meio de ondas e faz com que a terra trema.
─ Os terremotos mais fortes ocorrem nas áreas de contato entre as placas tectônicas, ou seja, onde
uma placa termina e a outra começa.
─ No Brasil, os tremores são menos sentidos porque o país localiza-se no centro da placa SulAmericana, ou seja, está distante da área de contato; sendo assim, recebe tremores com menores
intensidades.
─ Já em determinadas localidades do globo, há uma ocorrência constante de terremotos de grande
magnitude.
─ Um exemplo disso é o Círculo de Fogo do (Oceano) Pacífico, que é uma região de contato entre
placas tectônicas e sofre com terremotos fortíssimos, como exemplo, o ocorrido em 2011 no Japão.
─ Agora que já entendemos como funcionam os terremotos, precisamos entender como é calculada
a intensidade deles.
─ Você já deve ter ouvido falar em Escala Richter, não é?
─ Essa escala analisa a força com que ocorre o terremoto através de sensores que captam a
intensidade das ondas liberadas com o impacto ou deslizamento das placas.
─ A Escala Richter é mensurada em graus; os menores registrados estão entre 2,0 e 2,9, que,
normalmente, não são sentidos pelos seres humanos. Ocorrem cerca de mil pequenos terremotos
no mundo por dia.
─ Entre 3,0 e 3,9, o terremoto já é sentido pelas pessoas, porém não causa danos.
─ Entre 4,0 e 4,9, já há um tremor maior, que pode fazer com que móveis e objetos dentro de casa
se movam.
─ Entre 5,0 e 5,9, o terremoto já pode causar danos estruturais em edifícios mal construídos.
─ A partir de 6,0, o terremoto já pode destruir uma área de 180 quilômetros do epicentro.
─ Dos 6 graus adiante, a destruição já é bastante grande.
─ O máximo registrado, até hoje, estava na casa dos 9 graus e pode devastar milhares de
quilômetros a partir do seu epicentro.
─ Bom pessoal, eu vou ficando por aqui. Espero que vocês tenham aprendido bastante com esse
podcast!
─ Sou o professor Leandro, da Fundação Bradesco.
─ Tchau, tchau, até a próxima!
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