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SOLUÇÕES
AEPTH9_12
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
PÁGS. 16-17
1.1. Portugal organizou expedições militares para Angola e Moçambique, pretendendo ocupar a vasta zona entre as duas
colónias, unindo-as, como ilustra o conhecido “mapa cor-de-rosa” (Doc. 1). Contudo, este projecto colidia com os interesses de Inglaterra, que pretendia constituir um império que
unisse o Cairo ao Cabo; por isso, a Inglaterra enviou ao Governo Português um ultimato, a 11 de Janeiro de 1890, exigindo ao Governo de Lisboa que mandasse retirar as tropas portuguesas, ameaçando o corte das relações diplomáticas, caso
Portugal não cedesse.
2.1. A Alemanha e a Inglaterra.
2.2. No início do século XX, na Europa, para além do reforço do colonialismo, assistiu-se também ao reforçar dos nacionalismos.
Tal como revela o documento, um dos focos de tensão da Europa derivava da luta pela supremacia europeia, travada entre
a Alemanha e a Inglaterra (e também a França), e da ambição
da França em recuperar a Alsácia e Lorena, ganha pela Alemanha na Guerra Franco-Prussiana (1870-71). A Itália, por sua
vez, reclamava os territórios a norte da Península Itálica e no
Império Austro-Húngaro e ambicionava ocupar novas terras
em África. Nos Balcãs, que constituía o principal foco de tensão, desejava-se a independência do Império Austro-Húngaro, mas a Sérvia, que era apoiada pela Rússia, opunha-se,
interessada em ter o acesso ao mar Mediterrâneo.
Estes focos de tensão conduziram à formação de duas alianças políticas: a Tríplice Aliança (1882) e a Tríplice Entente
(1907). Vivia-se cada vez mais um clima de paz armada, durante o qual os dois blocos corriam aos armamentos.
3.1. Aviões de guerra, carros blindados e canhões de longo alcance.
3.2. Favoreceu muito os Aliados, reforçando-os com soldados e
armamento. Fortalecidos, os Aliados poderam avançar – foi o
regresso à Guerra de Movimentos.
4.1. Polónia, Hungria, Checoslováquia, Jugoslávia, Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Aústria.
4.2. A maioria desses novos Estados adoptou politicamente as democracias parlamentares, sistemas políticos em que o principal órgão é o Parlamento, sendo o governo politicamente dependente dele.
5.1. Antes de 1914, os EUA tinham necessidade de capitais europeus,
ou seja, eram devedores. A Europa detinha, assim, a hegemonia mundial. Contudo, a guerra provocou, na Europa, a destruição de fábricas, de campos de cultivo, abalando as actividades económicas do “velho continente”, que se viu
obrigado a contrair empréstimos com a América. Neste país,
as actividades económicas não foram afectadas, sobretudo,
pelo facto de não ter sofrido no seu território os efeitos destruidores da guerra. Assim, em 1918, os EUA encontravam-se
credores da Europa, afimando-se como principal potência
económica do Mundo.
6. 1. Produção em massa; 2. Década de vinte; 3. Fordismo; 4. Monopólio; 5.Taylor
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PÁGS. 29-31
1.1. O Império Russo, no início do século XX, apresentava um considerável atraso em relação aos países da Europa Ocidental.
No campo politico, o czar Nicolau II governava o Império
Russo de forma autocrática.
Já no campo económico, como refere o Doc. 2, a principal actividade económica era a agricultura, que ocupava cerca de
75% da população activa. Contudo, esta actividade estava
pouco desenvolvida.
Por outro lado, só nos finais do século XIX é que a industrialização deu os primeiros passos na Rússia. Este sector apoiava-se, essencialmente, nos capitais e investimentos estrangeiros.
O atraso da Rússia era também visível nos transportes e meios
de comunicação e, por isso, o comércio era pouco dinâmico.
(o sector terciário ocupava só, segundo o Doc. 2, 9% da população activa).
A sociedade russa era hierarquizada. O clero e a nobreza eram
os grupos privilegiados. A burguesia representava uma minoria da sociedade. Os camponeses e os operários estavam na
base desta sociedade e viviam em condições miseráveis.
1.2. A participação na I Grande Guerra acarretou grandes despesas para o Império Russo. Para suportar esses custos (armas,
soldados, etc.), o Estado viu-se obrigado a subir os impostos,
o que provocou o agravamento das condições de vida dos
operários e dos camponeses.
2.1. O Doc. 4 refere-se ao envolvimento da Rússia na I Guerra
Mundial, que provocou o agravamento das dificuldades económicas do povo, bem como um elevado número de mortos
e feridos. Esta situação fez despoletar um profundo descontentamento social. As greves e as manifestações sucediam-se,
reivindicava-se o fim do regime czarista e da guerra. Estavam
criadas as condições para estalar a revolução. O Doc. 3 refere-se precisamente à revolução que acabou por ocorrer em Fevereiro de 1917.
2.2. O antigo regime foi derrubado, ou seja, era o fim do czarismo,
com a formação de um Governo Provisório, apoiado por liberais e socialistas moderados, instaurando-se assim um regime
liberal parlamentar, apoiado pela burguesia. Este Governo
Provisório convocou a Assembleia Constituinte, para promulgar as leis fundamentais que garantam ao País os direitos inalienáveis à justiça, à liberdade e à igualdade.
3.1. O acontecimento descrito no documento é a revolução bolchevique, ocorrida em Outubro de 1917. Motivos: a difícil situação económico-social do Império Russo, que o Governo
Provisório não conseguiu resolver, bem como a insistência
deste mesmo governo em manter a Rússia na Primeira Guerra
Mundial.
3.2. Segundo o Doc. 5, a consequência política imediata à revolução de Outubro de 1917 foi o derrube do Governo Provisório,
tendo o Poder do Estado passado para as mãos do Comité Militar Revolucionário. Depois desta fase de transição, o Conselho
de Comissários do Povo, liderado por Lenine, passou a deter o
poder executivo.
Ainda no ano da revolução realizaram-se eleições para a Assembleia Constituinte. Contudo, os bolcheviques, arrecadaram apenas 25% dos votos. Por isso, Lenine decidiu dissolver
a Assembleia Constituinte e confiar o poder legislativo ao
Congresso dos Sovietes. Os poderes executivo e legislativo
estavam concentrados nas mãos dos bolcheviques, a Rússia
transformava-se numa República Soviética.
4. Outubro, nobreza, burguesia, civil, 1920, bolchevique, França,
Inglaterra, EUA, vermelho.
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SOLUÇÕES
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
5.1. NEP (Nova Política Económica).
5.2. Segundo o Doc. 6, a ruína extrema em que a Rússia se encontrava, no final da guerra civil, agravada pelas más colheitas de
1920.
5.3. A NEP possibilitou privatizar alguns sectores secundários, embora os sectores fundamentais da economia russa se mantivessem nacionalizados. Assim, concedeu-se uma certa liberdade de
comércio, embora fosse sinónimo de capitalismo na época, era
útil, pois ajudaria a combater o desinteresse dos pequenos produtores que tinham agora possibilidade de vender os excedentes
e obter algum lucro. Também foi permitida a constituição de
pequenas unidades de produção agrícola e industrial e estimulou-se a entrada de capitais e técnicos estrangeiros.
6.1. A diversidade étnica. Outros motivos que levaram à formação
da URSS: a vastidão do território russo, bem como a diversidade religiosa e linguística.
6.2. Grande parte do território do Império Russo converteu-se, a
partir de 1922, numa união de repúblicas federadas, governadas pelo Partido Comunista. As repúblicas federadas dispunham de alguns poderes, ficando outros nas mãos do Partido
Comunista, que constituía o poder central.
6.3. As repúblicas federadas ganharam alguma autonomia e a sua
identidade cultural foi respeitada. Contudo, o russo continuou a ser a língua oficial de todo o território.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 1
5.1. Ford considerava que o pagamento de bons salários funcionaria como incentivo ao trabalho. Essa medida contribuiria
também para o desenvolvimento da indústria automóvel,
pois os seus trabalhadores teriam capacidade económica
para adquirir o seu próprio veículo.
5.2. Modelo que pretendia alcançar uma produção em grande escala, no menor período de tempo possível, através da divisão
do trabalho em tarefas simples e rápidas, executadas repetidamente pelos mesmos operários. O trabalho de produção
de uma peça era feito em cadeia, por um operário especializado numa fase desse trabalho (taylorismo). A produção era
estandardizada (produção em série); para incentivar o aumento de produtividade, como descreve o documento, atribuíam-se prémios de produção.
Grupo II
1.1. Politicamente, o Czar tinha poder ilimitado, ou seja, concentrava todos os poderes, enquanto que, nos países da Europa
Ocidental, os sistemas políticos eram mais liberais, já há muito
tempo.
No campo económico, a agricultura, a principal actividade
económica, que ocupava cerca de 75% da população activa,
era atrasada e insuficiente. A Coroa, a Igreja Ortodoxa e a nobreza detinham a esmagadora maioria das terras, mas eram os
camponeses que as cultivavam. Até 1861 mais de metade do
campesinato vivia na condição de servo. Mesmo após a abolição
da servidão, os camponeses eram sujeitos a péssimas condições
de trabalho e ao pagamento de pesados impostos aos proprietários das terras.
O sector secundário estava ainda muito pouco desenvolvido.
O atraso do Império Russo era também visível nos transportes
e meios de comunicação, por isso, o comércio era pouco dinâmico.
Ora, nos países da Europa Ocidental, a agricultura há muito
tempo que deixara de ter um peso tão exagerado na economia e o sector secundário estava bastante mais desenvolvido.
Quanto à sociedade russa, esta era hierarquizada, sendo o
clero e a nobreza os grupos privilegiados. A burguesia representava uma minoria da sociedade. Os camponeses, em 1900,
constituíam a grande maioria dos súbditos do Império Russo e
os operários estavam na base desta sociedade; viviam em condições deploráveis, já que as jornadas de trabalho eram longas
e os salários e as condições de habitação eram, em geral, miseráveis. Nos países da Europa Ocidental, a burguesia tinha já um
papel mais destacado e activo na sociedade e o número de
camponeses não era tão elevado, pelo contrário, o operariado
representava uma maior percentagem da população.
1.2. As más condições de vida e de trabalho do operariado russo
propiciaram a aceitação dos ideais socialistas que defendiam
uma sociedade mais igualitária, que servia melhor os interesses dos camponeses e do operariado.
2.1. Tal como descreve o Doc. 2, a 23 de Fevereiro de 1917, teve
início em Petrogrado uma grande revolta, insurreição, já que o
número de grevistas ascendia aos 90 000. Nos dias seguintes
milhares de cidadãos continuaram a sair para as ruas, pedindo o fim da autocracia e da guerra. O Czar julgava que conseguiria abafar esta revolta, porém, desta vez, uma parte do
exército apoiou os manifestantes, não sendo suprimida a insurreição. As consequências políticas foram imediatas: Nicolau II viu-se forçado a abdicar, foi constituído um Governo
Provisório, apoiado por liberais e socialistas moderados, e instaurou--se um regime liberal parlamentar.
Como o Governo Provisório não conseguiu resolver a situação difícil que atravessava o Império Russo e insistiu em
PÁGS. 32-35
Grupo I
1.1. Colonialismo – sistema de dominação política, económica e
cultural de um país (domínio da metrópole sobre as suas colónias).
1.2. Pelo facto de os conflitos provocados pela posse de territórios
africanos se terem tornado frequentes, o chanceler alemão
Bismarck decidiu convidar os países com interesses em África
(entre eles Portugal) para se reunirem numa Conferência em
Berlim, entre 1884-85. Estabeleceu-se então o princípio da
ocupação efectiva dos territórios, deixando de prevalecer o
direito histórico, ou seja, o direito de descoberta.
2.1. a) F. O assassinato do herdeiro ao trono austro-húngaro foi o
acontecimento que despoletou o início da Primeira Guerra
Mundial.
b) F. Este primeiro conflito mundial ocorreu entre 1914 e
1918.
c) V.
d) F. Portugal entrou na guerra em 1916, apoiando os Aliados.
e) V.
f) V.
3.1. Segundo o Tratado de Versalhes, a Alemanha tinha de pagar
pesadas indemnizações aos países ocupados durante a
guerra e restituir os territórios de Alsácia e Lorena à França,
perdendo igualmente todas as suas colónias. Teve ainda de
reduzir o seu armamento e os efectivos militares.
3.2. Assegurar a paz e a independência política dos Estados, promovendo ainda a cooperação económica, financeira, social e
cultural entre todas as nações.
4.1. O gráfico demonstra que os países europeus foram, ao nível
de feridos e das perdas humanas, profundamente afectados,
durante a I Guerra Mundial, o que prejudicou gravemente a
posição europeia no Mundo. Este factor, aliado às grandes
destruições nas fábricas, campos de cultivo, vias de comunicação e às elevadas dívidas contraídas para pagamentos de
despesas durante a guerra, ditou o fim da supremacia europeia no final do primeiro conflito mundial.
179
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
3.1.
3.2.
4.1.
4.2.
5.1. Direito à greve e à protecção na doença e na velhice; o horário semanal de trabalho foi fixado em 48 h; instituiu-se a igualdade entre filhos legítimos e ilegítimos.
5.2. A escolaridade tornou-se obrigatória e gratuita entre os 7 e os
12 anos, criando-se mais escolas primárias, como demonstra o
Doc. 4. Relativamente a outros níveis de ensino, criaram-se
mais jardins-de-infância, reformou-se o ensino técnico e foram
ainda criadas as Universidades de Lisboa e do Porto.
6.1. Um dos maiores problemas que afectou a Primeira República
foi, sem dúvida, a instabilidade política (Doc. 5). Os governos
não conseguiam obter maiorias absolutas nas eleições e, por
isso, não tinham maioria parlamentar para implementarem os
seus programas políticos. Assim, recorriam a governos de coligação, que rapidamente caíam.
Toda esta situação agravou o clima de descontentamento social, fazendo acreditar que só um governo forte, só uma ditadura poderia solucionar esta situação.
Neste contexto, a 28 de Maio de 1926, ocorreu uma revolta
em Braga, chefiada por Gomes da Costa (Doc. 6), levando à
queda da 1.ª República e à instauração de uma ditadura militar.
manter a Rússia na Primeira Guerra Mundial, os bolcheviques decidiram protagonizar uma segunda revolução. Assim, através de uma insurreição armada, os sovietes, liderados pelos bolcheviques, derrubaram o Governo Provisório
e assumiram o poder.
A participação russa na Primeira Guerra Mundial provocou o
agravamento das dificuldades económicas do povo russo, ou
seja, muitas destas pessoas não tinham nada para comer, nem
para vestir, nem para se aquecer. A participação na Primeira
Grande Guerra trouxe ainda o sangue, as mutilações, a morte.
A saída imediata do Império Russo da Primeira Guerra Mundial, a instauração de uma ditadura do proletariado, a nacionalização da economia e a imposição de uma sociedade sem
classes: o comunismo.
Sim.
Lenine, após a tomada do poder, tentou varrer o capitalismo
da Rússia, ou seja, terminar com o capitalismo e instaurar o
comunismo, de modo a que a sociedade russa fosse uma sociedade sem classes. Para concretizar este objectivo, tomou
várias medidas com o objectivo de abolir a propriedade privada: os meios de produção de riqueza (fábricas, campos,
bancos, minas, etc.) foram nacionalizados e ordenou a requisição das colheitas agrícolas pelo Estado.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
PÁGS. 63-64
1.1. A classe média influenciava a opinião pública, já que era vista
na sociedade como uma classe culta, instruída, informada; por
isso, suas opiniões e convicções deviam ser seguidas.
1.2. Nas primeiras décadas do século XX, nos países industrializados ocidentais, o sector secundário continuou a desenvolver-se, bem como o sector terciário, em especial os serviços. Este
progresso foi apenas interrompido pela I Guerra Mundial. Estas transformações económicas foram responsáveis pelo crescimento da classe média.
2.1. O Doc. 2 refere-se aos loucos anos 20.
2.2. Os loucos anos 20 caracterizaram-se essencialmente, pelo desejo tão intenso de viver, pela obsessão em gozar e aproveitar
ao máximo a vida. Assim, homens e mulheres frequentavam os
cabarés, onde bailavam ao ritmo do charleston, foxtrot, rumba
e do tango e escutavam jazz. Os cafés, restaurantes e outros
espaços públicos de convívio multiplicaram-se.
Durante a década de 20, a moda também sofreu alterações,
tornando-se mais prática e cómoda. As mulheres passaram a
usar o soutien, que substituiu o incómodo espartilho, as saias
tornaram-se mais curtas e o corte de cabelo da moda passou
a ser à garçonne. Os homens usavam peças de vestuário mais
desportivas.
Nesta década, cultivou-se o gosto pelos automóveis e aviões,
bem como pelo desporto.
Também mudaram alguns valores e comportamentos: o número de divórcios cresceu, já que os conceitos de amor e de
relacionamento modificaram-se.
2.3. As pessoas queriam esquecer o pesadelo que tinham vivido
durante a I Guerra Mundial, desejavam aproveitar intensivamente cada minuto da sua vida.
3.1. A cultura clássica e a cultura de massas divergem bastante
entre si. Enquanto a cultura clássica era difundida essencialmente pela escola, sendo desta forma oferecida a um pequeno
número de pessoas, a cultura de massas era difundida, sobretudo, pelos mass media (imprensa, rádio e cinema), sendo
consumida por um grande número de indivíduos.
3.2. O progresso dos meios de transporte e de comunicação que
se verificava, desde o século XIX, a expansão da classe média
que detinha um certo grau de instrução, a redução do horário
PÁGS. 45-46
1.1. Segundo o Doc. 1, no final do século XIX, a balança comercial
portuguesa era deficitária. de facto, de 1870 a 1900, a diferença entre o número de importações e o número de exportações foi-se acentuando (com claro predomínio para as importações). Portugal possuía, igualmente, uma elevada dívida
externa, contraída, sobretudo, para a construção de estradas
e linhas-férreas, pagando elevados juros aos países estrangeiros e, por outro lado, a agricultura mantinha-se pouco desenvolvida.
Toda esta situação se agudizou, na última década do século
XIX, devido à crise financeira que afectou a Europa e atingiu
com intensidade Portugal. O Estado português decidiu então
aumentar os impostos. Paralelamente, o país assistia ao aumento do desemprego e da inflação.
2.1. O Republicanismo é uma forma de governo em que o chefe
de Estado é um Presidente da República, eleito por um determinado período de tempo.
2.2. O ultimato inglês e o regicídio.
2.3. O partido republicano soube aproveitar todo o clima de instabilidade e crescente descontentamento que se fazia sentir relativamente ao regime monárquico, levando a cabo uma
campanha intensa contra a Monarquia, afixando cartazes, distribuindo propaganda e organizando comícios e manifestações.
3. a) F. Após o regicídio, subiu ao trono o príncipe D. Manuel II.
b) V.
c) F. No dia da Revolução Republicana, a marinha de guerra
bombardeou o Palácio das Necessidades, onde se encontrava a rainha e D. Manuel II.
d) V.
4.1. Assegurar o governo do país até à eleição do primeiro Presidente da República e a aprovação da Constituição Republicana. Para tal, teriam de ser organizadas eleições para a Assembleia Constituinte, cujos deputados seriam responsáveis
pela elaboração do novo documento constitucional.
180
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SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
4.
5.1.
de trabalho, que proporcionou o aumento dos tempos livres,
e o aumento do número de pessoas alfabetizadas.
Horizontais: 1 – Einstein; 2 – Zworkin; 3 – Egas Moniz.
Verticais: 1 – Niels Bohr; 2 – Max Planck; 3 – Relatividade.
Aproveitando o descontentamento social que se sentia no
país, o Partido Republicano desenvolveu uma campanha intensa contra a Monarquia. através de propaganda, organização de comícios e manifestações.
3.1. Portugal tinha uma elevada taxa de analfabetismo no início
da 1.ª República, como é possível verificar através do Doc. 3.
Com o objectivo de alterar esta realidade, os republicanos tomaram várias medidas, das quais se destacam, no caso do ensino primário, a criação de um maior número de escolas deste
nível de ensino e o facto da escolaridade se ter tornado obrigatória e gratuita entre os 7 e os 12 anos. Estas medidas surtiram efeito, já que, em 1930, a taxa de analfabetismo era de
61,8%, menos cerca de 9% do que no início da República.
4.1. As medidas tomadas pelos republicanos para superar o atraso
português não resultaram, pois, em 1917, o País não produzia
nem a metade do necessário para o seu consumo, ou seja, o sector agrícola encontrava-se ainda deficitário, estando dependente das importações de cereais. As poucas indústrias que existiam vegetavam, ou seja, o sector industrial estava ainda muito
atrasado em relação ao resto da Europa. Os salários mantinham-se baixíssimos mas, em contrapartida, o custo de vida era
exorbitante, provocando sérias dificuldades económicas.
4.2. A Igreja, reagindo contra as medidas anticlericais tomadas pelos republicanos, começou a fazer sentir a sua oposição, num
período em que detinha bastante influência sobre a população, particularmente nos meios rurais. Também o operariado
permanecia descontente. Apesar das medidas republicanas
em defesa dos seus direitos, os operários consideravam-nas insuficientes e a sua aplicação demasiado lenta.
Doc. 4 – Abstraccionismo
Doc. 5 – Fauvismo
Doc. 6 – Surrealismo
Doc. 7 – Futurismo
Doc. 8 – Cubismo
Doc. 9 – Expressionismo.
5.2. O Abstraccionismo caracteriza-se pela pintura não figurativa,
que não reproduz figuras nem retrata temas, e pelo desaparecimento do objecto sendo substituído por linhas e manchas
de cor, que se abstraem da realidade. Este tipo de pintura representa as emoções e os sentimentos do autor e desperta diferentes interpretações.
Já o Fauvismo caracteriza-se pela utilização de cores intensas,
fortes, puras, mesmo agressivas, em total liberdade. Neste
tipo de pintura, livre de sentimentos, a cor sobrepunha-se à
forma, ou seja, a forma poderia estar mal definida, contudo, a
cor era sempre intensa.
O Surrealismo caracteriza-se pela forte influência das teorias
psicanalíticas de Freud. Explora o mundo dos sonhos, da alucinação, do inconsciente e representa imagens estranhas, irreais, deformações monstruosas, fantasmagóricas, a par de figuras reais.
Não foi apenas na pintura que o Futurismo se manifestou,
mas também na arquitectura, escultura, música, literatura.
Esta corrente artística procurava captar o dinamismo da vida
moderna, rejeitava o passado e a tradição, exaltava a sociedade industrial. Pretendia ainda transmitir as sensações de
velocidade e de movimento, enaltecia a técnica, a máquina, o
ruído, os motores, a multidão e utilizava arabescos, elipses,
bem como imagens sequenciais, simultâneas, de um mesmo
objecto.
No Cubismo, a imagem natural das pessoas e dos objectos é
reduzida a formas geométricas, como o cubo, o cilindro, o
cone, a esfera.
O Expressionismo caracteriza-se pela expressão livre e subjectiva dos sentimentos e emoções do pintor, através da utilização de cores fortes, pinceladas largas e figuras distorcidas. As
pinturas expressionistas espelham o pessimismo da vida, a
angústia, a dor, a denúncia dos problemas sociais.
6. 1 – c; g; 2 – a; e; f; i; 3 – b; d; h.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 2
Grupo II
1.1. Durante a Primeira Guerra Mundial, enquanto os homens se
encontravam na frente de batalha, as mulheres assumiram
muitos postos de trabalho e sustentaram a família. As mulheres experimentaram a independência, pois auferiram o seu
próprio salário e era com ele que tinham que fazer face às
despesas diárias e ao sustento da família, o que até à eclosão
do primeiro conflito mundial estava totalmente a encargo
dos homens. Após a 1.ª Guerra, a mulher queria trabalhar, ser
mais activa, tornar-se mais independente, continuar o seu
processo de emancipação, que não passava apenas pelo ingresso no mundo do trabalho, mas também pela adopção de
novos comportamentos.
1.2. Os movimentos sufragistas lutavam, essencialmente, pelo direito de voto para as mulheres. Em Inglaterra, após o final do
primeiro conflito mundial, algumas mulheres com mais de 30
anos conseguiram o direito de voto, juntamente com os homens
acima dos 21 anos. À semelhança do que aconteceu em diversos países, também em Portugal se lutou por esta causa. Contudo, apenas em 1931, a legislação concedeu o direito de voto
às mulheres portuguesas, embora ainda com restrições.
2.1. A rádio assumiu-se como meio ou veículo de difusão de cultura,
já que transmitia os teatros radiofónicos e os novos géneros
musicais, como o jazz, constituindo assim um dos meios de
difusão da cultura de massas. Por outro lado, este meio de comunicação era também um meio ou veículo de difusão das
ideias, pois transmitia as notícias, informando as populações
e, na década de 30, foi mesmo um importante meio de propaganda política, sendo utilizado pelos regimes autoritários
para difundiram os seus ideais políticos.
3. a) V.
b) F. A Arte Nova manifestou-se na arquitectura, na pintura,
no mobiliário, na ourivesaria, nos vitrais, nos azulejos, na
decoração de interiores.
PÁGS. 65-67
Grupo I
1.1. Na última década do século XIX, uma grave crise financeira
afectou a Europa e atingiu com intensidade Portugal. Com o
intuito de fazer face aos seus compromissos, o Estado português decidiu aumentar os impostos.
Nesta caricatura, a monarquia está representada sobre o
corpo do Zé-povinho; o seu autor quis transmitir que foi sobre o povo que recaiu a obrigação de fazer face a essas dificuldades, através do aumento dos impostos.
2.1. O rei lia a imprensa republicana e acompanhava a movimentação dos militantes.
2.2. O Partido Republicano defendia a queda da Monarquia e a
instauração do regime republicano.
181
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
c) F. Nas pinturas cubistas, as figuras são decompostas em
planos geométricos que representam vários ângulos de visão do mesmo objecto.
d) V.
4.1. Modernismo.
4.2. O Futurismo (sensação de movimento; presença de fios eléctricos, enaltecendo assim a vida moderna, a sociedade industrial)
e o cubismo (presença de inúmeras formas geométricas).
4.3. Na arquitectura, desenvolveu-se a arquitectura funcional, embora tardiamente. Na literatura, destacaram-se Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro e Almeida Negreiros, responsáveis
pela revista Orpheu, fundada em 1915. Esta publicação ficou
marcada pelo seu espírito crítico e foi também uma “porta de
entrada” do Modernismo em Portugal. Raul Brandão, Aquilino
Ribeiro e, posteriormente, José Régio e Miguel Torga também
se destacaram na literatura modernista.
3.2. New Deal.
3.3. Financiamento de grandes obras públicas (estradas, escolas, entre outras), combatendo, desta forma, o desemprego, de modo
a voltar a subir os níveis de consumo, revitalizando assim as empresas e o sector agrícola que conseguiria escoar os seus produtos. Para controlar a produção agrícola, foram concedidas indemnizações aos agricultores para reduzirem as áreas de
cultivo; para controlar a produção industrial, foram estabelecidos limites para essa produção e controlados os preços de
venda. Foram ainda concedidos subsídios às empresas com dificuldades.
Estabeleceu-se o salário mínimo, concederam-se subsídios de
desemprego, de doença e de velhice e limitou-se o horário de
trabalho em 40 h semanais (para proporcionar também novos postos de trabalho).
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
PÁG. 74
PÁGS. 91-92
1.1. Culto do chefe.
1.2. O Duce (no caso italiano) devia ser visto como um guia e salvador da Nação, a quem todos deviam obedecer. A propaganda fascista italiana recorria a instrumentos que pretendiam exaltar a figura de Mussolini, como é o caso deste livro
para crianças que o compara ao Pai Eterno.
1.3. O totalitarismo – princípio que defende a primazia total do
Estado sobre o indivíduo, o que conduziu a um desprezo
pelas liberdades individuais; o nacionalismo – exaltação
dos valores nacionais, apelando ao regresso a um passado
histórico; o corporativismo – agrupamento de patrões e
operários em associações (as corporações) como forma de
mediar os interesses de ambos e ultrapassar os conflitos; a
existência de partido único (neste caso, o Partido Nacional
Fascista); o imperialismo – o desejo de alcançar o domínio
político sobre outros países.
2.1. Segundo o documento, o desemprego na Alemanha, entre
1928 e 1932, passou de 5% para 30% ou seja, aumentou drasticamente.
2.2. A crise de 1929. Este país foi também afectado pela crise,
tendo falido vários bancos, arrastando consigo as pequenas e
médias empresas que deles dependiam para subsistir, o que
causou o aumento galopante do desemprego e a subida da
inflação.
2.3. O Doc. 2 espelha o aumento drástico do desemprego na Alemanha, consequência da crise de 1929. Perante esta grave situação, a população deixou de acreditar no governo democrático, passando a apoiar os partidos extremistas, pois eram
estes que prometiam reverter a situação difícil em que viviam.
Deste modo, o partido socialista perdeu apoiantes, enquanto
o Partido Comunista auetnou ligeiramente o número de votos, apoiado por uma parte do proletariado. Mas, foi no partido nazi que muitos trabalhores confiavam para acabar com
o desemprego o que provocou um espectacular aumento da
votação nesta força política (0,8 para 13,8 milhões de votos).
3.1. O nazismo defendia a constituição de uma Grande Alemanha,
ou seja, um grande Reich, um grande império, que, para além
de ser constituído pelos territórios perdidos no final do primeiro conflito mundial, deveria estar ainda dotado de um espaço vital, ou seja, um conjunto de territórios, no Leste europeu, considerados fundamentais para colmatar as
necessidades dos Alemães, que Hitler julgava ter o direito de
conquistar aos povos por ele considerados “inferiores”. Esta
era a concepção de nacionalismo e imperialismo defendida
pelos nazis.
1.1. O optimismo sentido nos anos 20 viveu-se particularmente
nos EUA, onde a economia deu grandes sinais de prosperidade, saindo reforçada do primeiro conflito mundial. Por sua
vez, a Europa saíra bastante destruída desse conflito, nomeadamente na área industrial, recorrendo, por isso, a um grande
número de importações dos EUA. Contudo, ao longo dos
anos 20, o continente europeu começou a dar sinais de recuperação económica e a recorrer, por isso, cada vez menos aos
produtos americanos.
Mas os EUA mantinham níveis de produção agrícola e industrial elevados não estando atentos à diminuição do consumo
europeu, surgindo assim um grave problema de superprodução, acabando os produtos americanos por se acumularem
em stocks. Consequentemente, a economia americana entrou
num período de deflação, ou seja, baixa generalizada dos preços e uma queda nos lucros das empresas, que provocou,
uma redução dos salários dos trabalhadores ou mesmo o seu
despedimento.
2.1. A frase refere-se à mundialização que o crash de Wall Street e
a consequente crise americana de 1929 atingiram. De facto,
os efeitos desta crise fizeram-se sentir em todo o Mundo, pois
a retirada dos capitais americanos investidos na Europa deixou este continente com menor suporte financeiro, levando à
falência de muitos bancos e, consequentemente, de inúmeras empresas. Houve ainda uma retracção do comércio mundial, uma vez que muitos países adoptaram medidas proteccionistas, reduzindo drasticamente as importações,
afectando, deste modo, os países industrializados, que não
conseguiam escoar a sua produção para o exterior, e os países subdesenvolvidos, que não conseguiam exportar as matérias-primas, fonte principal da sua economia.
3.1. Segundo o documento, a partir de 1929, assistiu-se, a nível
mundial, à subida acentuada do número de desempregados,
em oposição a uma descida drástica dos níveis de produção
industrial (começando a surgir sinais de uma inversão desta situação a partir de 1933). De facto, com a mundialização da
crise, esta foi uma situação que ocorreu em grande parte dos
países. A crise americana levou os países a adoptarem medidas proteccionistas e a controlarem muito os níveis de produção. Toda esta situação económica conduziu a uma grave crise
social, provocada, em muito, pela falência das empresas o que
causou o aumento drástico do número de desempregados.
Por outro lado, a classe média viu diminuídos os seus rendimentos, declarando a falência das suas pequenas empresas.
182
© AREAL EDITORES
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
4.1.
4.2.
4.3.
5.1.
6.1.
6.2.
© AREAL EDITORES
6.3.
O nazismo defendia ainda o racismo, alegando a existência
de raças superiores (os Arianos) e inferiores (os Judeus). Esta
crença fez despoletar o anti-semitismo, notando-se já a segregação dos Judeus (Nenhum judeu pode ser cidadão).
O nazismo apoiava ainda a criação de um poder central forte,
em que o Estado deveria ter primazia sobre o indivíduo (totalitarismo), liderado pelo Führer que detinha um poder praticamente ilimitado e deveria ser admirado (culto do chefe) e protegido pelo sistema de partido único (Partido Nacional
Socialista).
O nazismo pretendia ainda a revogação do Tratado de Versalhes, pois Hitler considerava que este representava uma humilhação para a Alemanha, e a criação de um exército nacional,
fundamental para prosseguir os seus ideais expansionistas.
Presidente da República.
A atribuição, por parte do Presidente da República, da grã-cruz da Torre da Espada a Salazar que até então estava reservada a chefes do Governo, e ainda assim só após três anos de
funções.
Em 1928, quando Salazar foi convidado para ocupar o cargo
de Ministro das Finanças, a situação económica e financeira
portuguesa mantinha-se caótica. Contudo, através da política
de rigidez nas contas públicas e de um controlo das despesas
de todos os Ministérios, Salazar conseguiu, em apenas um
ano, alcançar um saldo positivo das finanças públicas portuguesas. Esse facto atribuiu-lhe um enorme prestígio, passando a ser visto como o Salvador da Nação, o que justificou a
sua nomeação, em 1932, para Presidente do Conselho de Ministros.
Estaline desenvolveu o culto da personalidade, apoiando-se
numa intensa propaganda. Deste modo, por toda a URSS, encontravam-se fotografias, estátuas, cartazes de Estaline, semelhantes ao representado no Doc. 6.
A França, à semelhança de muitos outros países, foi afectada
pela crise de 1929. No poder, nesse período, encontravam-se
governos de direita que se apressaram a tomar um conjunto
de medidas com o objectivo de travar os problemas económico-sociais que afectavam o país.
Porém, estas medidas não surtiram o efeito desejado, levando a que as pessoas se manifestassem nas ruas.
Perante a agitação social, e para que o fascismo não se instaurasse neste país, os partidos Comunista, Socialista e Radical
decidiram associar-se, formando assim a Frente Popular, que,
em 1936, venceu as eleições, formando de seguida governo.
A Frente Popular, no seu programa político, defendia os trabalhadores e pretendia tomar medidas para os proteger. Destaca-se a instituição do fundo nacional de desemprego, as reformas suficientes para os trabalhadores idosos, a redução da
semana de trabalho sem diminuição de salário e um plano de
grandes trabalhos públicos, o que permitiria reduzir o desemprego. Assim, este governo interveio activamente na economia francesa, decretando ainda a nacionalização de alguns
sectores.
Estas medidas de apoio aos trabalhadores não agradaram as
entidades empregadoras. Desta forma, a direita, apoiada pelos grandes industriais, lançou uma forte oposição ao governo em funções, o que levou à divisão desta coligação de
esquerda, acabando mesmo por se dissolver.
A direita voltou ao poder; porém, a França nunca deixou de
ser um país democrático.
TESTE DE AVALIAÇÃO 3
PÁGS. 93-95
Grupo I
1. Crise de superprodução – ocorre quando a produção é muito
superior à procura, levando à acumulação dos produtos em
stocks e, por isso, a uma redução dos preços e dos lucros das
empresas. De facto, os EUA, nos anos 20, mantiveram os níveis de produção agrícola e industrial elevados e, simultaneamente, conheceram uma diminuição do consumo (a Europa
começou a recorrer menos aos produtos americanos).
Crise Financeira – com o crash da Bolsa de Wall Street, milhares de accionistas ficaram totalmente arruinados, levando, à
falência de muitos bancos que não conseguiam reaver os empréstimos realizados, conduzindo também à falência de empresas que dependiam do crédito bancário.
2.1. No documento, é visível, ao centro, em destaque, uma figura
que representa Franklin Roosevelt, o grande responsável pelo
lançamento do New Deal em 1932, com a mão sobre um senhor, o que representa a concessão de subsídios de doença e
de velhice, uma das medidas sociais deste plano de recuperação económica. Do lado esquerdo da figura, são visíveis várias
pessoas a trabalhar na construção civil, nomeadamente, a
construir uma ponte, o que representa o financiamento de
grandes obras públicas (pontes, estradas, escolas, etc.), para
combater o desemprego, outra das medidas do New Deal. No
lado direito, podemos ver diversas pessoas a trabalhar numa
fábrica, o que representa a concessão de subsídios às empresas
com dificuldades, para que o emprego se mantivesse.
Grupo II
1.1. Na sequência da I Guerra Mundia, a maioria dos países europeus foi sacudida por uma crise económica, que provocou o aumento do desemprego e a redução do nível de vida de vastos
sectores da sociedade. Consequentemente, a fome e a miséria
aumentam. Quando a situação de instabilidade económica parecia estar ultrapassada, a Europa foi afectada pela Crise de
1929, surgindo novamente os problemas económicos e sociais.
1.2. A vitória da revolução socialista na Rússia, que assustou, sobretudo, o sector burguês, que, por isso, passou a apoiar a extrema-direita, de forma a impedir o avanço do comunismo.
1.3. O fascismo italiano, o nazismo alemão e o Estado Novo português serviram-se dos mass media para fazer uma enorme propaganda política aos seus regimes e para promover o culto
do Chefe, pois sabiam que esta era uma forma bastante eficaz
de fazer chegar a sua doutrina às massas. Todos estes regimes
instauraram a censura aos meios de comunicação, o que lhes
permitia controlar tudo a que o grande público iria ter acesso,
evitando e controlando a oposição.
2. a) F. O fascismo defende o monopartidarismo, isto é, a existência de um partido único.
b) F. Em 1921, Benito Mussolini formou o Partido Nacional
Fascista.
c) F. Os camisas negras eram milícias armadas, defensores do
regime fascista, que perseguiam, de forma violenta, os militantes de esquerda e os grevistas (e todos os opositores ao
regime).
d) V.
e) V.
3.1. Oss grandes industriais apoiaram Hitler financeiramente,
dando-lhe condições para fazer uma enorme propaganda, o
que o ajudaria a ganhar popularidade e votos. Segundo o documento, os grandes industriais, com esta medida, pretendiam impedir o avanço do comunismo na Alemanha e viam
em Hitler a melhor forma de o conseguir.
183
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
3.2. Para além do apoio financeiro dado pelos grandes industriais, o Partido Nacional Socialista conseguiu ser o mais votado nas eleições de 1932, graças ao seu programa político,
que ia ao encontro dos anseios de uma vasta parte da sociedade alemã, à imensa propaganda nos meios de comunicação de massas, como os jornais e a rádio, às grandiosas manifestações e à violência das milícias armadas (as SA – Secções
de Assalto e as SS – Secções de Segurança), que assustavam
os opositores.
4.1. Segundo o documento, Hitler prometia acabar com a falta de
trabalho e a miséria dos seis milhões de desempregados alemães. O líder nazi conseguiu muitos votos com esta promessa, visto que o desemprego era um dos maiores problemas que afectava a sociedade alemã, após a crise de 1929.
4.2. A Juventude Hitleriana.
4.3. Para eliminar qualquer foco de oposição, o nazismo apoiava-se na violência, na repressão. Assim, este regime instituiu a
censura, criou a polícia política (Gestapo) e as milícias armadas (SA e SS), que perseguiam, prendiam e assassinavam os
opositores do regime, e ainda os campos de concentração,
para onde eram enviados os suspeitos de oposição ao regime
e as raças consideradas inferiores.
5. 1928 1929
1932
1931
1933
1934
1935
1936
Nomeação
de Salazar para
Ministro das
Finanças
Nomeação
de Salazar
para Presidente
do Conselho
de Ministros
Constituição
do Estado Novo
1.2. Seguidamente à invasão do País dos Sudetas pelos nazis, a
França e a Inglaterra, Estados democráticos, assinaram, ainda
no ano de 1938, o Pacto de Munique com a Alemanha, em
que os países democráticos reconheceram a anexação do
País dos Sudetas, em troca da promessa de Hitler de que não
invadiria o restante território checoslovaco. Contudo, Hitler
invadiu-o em Março de 1939, como demonstra o mapa. Face
ao desrespeito pelo Pacto de Munique, as democracias ocidentais perceberam as verdadeiras intenções de Hitler. Era
necessário tomar medidas para não deixar que o expansionismo nazi prosseguisse. Assim, França e Inglaterra acordaram que se Hitler tentasse invadir outro território declarariam
guerra à Alemanha. A 1 de Setembro de 1939, os nazis invadiram a Polónia. A França e a Inglaterra cumpriram o que haviam acordado e declararam guerra à Alemanha nazi. A II
Guerra Mundial iniciava-se.
1.3. Hitler pretendia constituir uma Grande Alemanha, que deveria integrar, não só os territórios perdidos aquando da desagregação do Império Alemão, mas também um conjunto de
territórios considerados fundamentais para colmatar as necessidades dos Alemães. Para conseguir cumprir este objectivo, Hitler invadiu territórios, que julgava ter o direito de conquistar aos povos por ele considerados “inferiores”.
1.4. A guerra-relâmpago constituiu a primeira fase do conflito, assim designada devido às rápidas e consecutivas vitórias alemãs, graças ao poderoso armamento que possuíam.
2.1. Estalinegrado, em 1942, foi cercada e bombardeada pelos alemães, situação que se arrastou por vários meses. Os soviéticos
conseguiram resistir e, com a chegada de reforços e a ajuda
das baixas temperaturas a que os germânicos não estavam habituados, obrigaram a Alemanha a render-se, em Janeiro de
1943. A URSS decidiu então empurrar, gradualmente, o inimigo para fora do seu território e, de seguida, iniciar o percurso de libertação até à Alemanha, chegando à capital germânica em Maio de 1945, provocando a rendição deste país.
3.1. O lançamento da bomba atómica sobre Nagasaki, à semelhança do que ocorreu em Hiroshima, provocou incontáveis
mortos e feridos. Quanto à cidade, tinha desaparecido, ou seja,
ficou arrasada e com as casas desmoronadas.
3.2. O lançamento das bombas atómicas provocou a rendição incondicional do Japão. Foi o fim do segundo conflito mundial.
4.1. Foi o propósito de denunciar, desta forma, a pilhagem da
França pelo ocupante, isto é, pela Alemanha nazi.
4.2. Com o intuito de denunciar a pilhagem da França por parte
dos nazis, que a ocupavam, o Movimento de Resistência Francesa decidiu publicar um jornal – Libération – em Julho de
1941. No ano seguinte, a sua acção virou-se para a acção militar. A sua função era muita objectiva: dificultar a presença nazi
no território francês através da sabotagem.
5.1. O holocausto foi a morte de cerca de 6 milhões de judeus durante a II Guerra Mundial, nos campos de concentração, onde
foram torturados e assassinados.
5.2. O holocausto deveu-se aos princípios da ideologia nazi. Esta
assentava no racismo, que defendia a existência de raças superiores, os arianos, e inferiores, os judeus. Baseados nesta
crença, os nazis desenvolveram um ódio pelos Judeus – antisemitismo –, que se concretizou, inicialmente, na segregação
e na discriminação e, posteriormente, na tentativa de extermínio desta raça. Durante a II Guerra Mundial, Hitler ordenou
a concretização do genocídio do povo Judeu, causando a
morte a cerca de 6 milhões de judeus neste período, como
demonstra o gráfico.
Criação da
Mocidade e
da Legião
Portuguesa
6.1. PIDE significa Política Internacional de Defesa do Estado e a
sua principal função era perseguir todos os opositores ao regime, exercendo uma forte vigilância sobre toda a sociedade.
6.2. O Estado Novo queria manter uma aparência de ordem e respeito natural pelos valores do regime e assim transmitir uma
ideia de união total da Nação; pelo que a acção da PIDE devia
ser discreta e silenciosa.
6.3. Através de uma forte propaganda (cartazes, panfletos, manuais da escola, entre outros exemplos), o regime transmitia a
imagem de Salazar como Salvador da Nação, guia incontestável, difundindo ainda valores como Deus, Pátria e Família, apelando assim à união da Nação em torno dos valores sociais
conservadores.
7.1. Segundo o documento, foi porque apenas esta [indústria pesada] pode reconstruir e promover o desenvolvimento futuro
de todos os ramos da indústria.
7.2. Com o objectivo de tornar impossível a restauração do capitalismo na URSS, Estaline pôs em prática uma política económica que assentava, essencialmente, em dois princípios: colectivização de todos os meios de produção e implementação
de uma economia planificada. A colectivização de todos os
meios de produção consistiu no fim da propriedade privada,
ou seja, as terras, minas, fábricas, meios de transporte e comércio foram nacionalizados.
A economia planificada consistia no controlo e planificação rigorosa da economia por parte do Estado, através da implementação de planos quinquenais (que tinham a duração de 5
anos), onde eram fixados os objectivos a atingir neste período, bem como os níveis de produção a alcançar pelas empresas.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
PÁGS. 108-109
1.1. Áustria (Março de 1938), País dos Sudetas (Outubro de
1938), Checoslováquia, ou seja, o restante território checoslovaco (Março de 1939) e Polónia (Setembro de 1939).
184
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SOLUÇÕES
SOLUÇÕES
PREPARAR OS TESTES
SOLUÇÕES
6.1. A figura representa a divisão da Alemanha em quatro zonas,
sendo cada uma delas entregue a um país vencedor, nomeadamente, à França, aos EUA, à URSS e à Inglaterra, que ficava
responsável pela sua administração.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
TESTE DE AVALIAÇÃO 4
1.1.
PÁG. 117
1.1. A hegemonia americana evidenciada no documento 1 deveu-se, em muito, ao facto dos EUA, vencedores na guerra,
não terem sofrido no seu território as destruições provocadas por esse conflito, o que favoreceu a sua afirmação económica e militar nesse período. Com uma indústria desenvolvida, os EUA abasteciam a Europa com os seus produtos
e com equipamentos militares, emprestando igualmente
ao “velho continente” avultadas importâncias em dinheiro.
Em 1945, os americanos asseguravam cerca de 60% da produção mundial e 2/3 do stock de ouro mundial.
1.2. O Plano Marshall pretendia auxiliar os países europeus, profundamente afectados pela guerra. A recuperação económica
da Europa era necessária ao bem-estar económico dos americanos, uma vez que a Europa era um importante mercado de
escoamento dos produtos do EUA; logo, era necessário garantir a manutenção desse mercado. Por outro lado, os EUA
temiam que a Europa não fosse capaz de lhes restituir os empréstimos concedidos durante a guerra. Um outro objectivo
central era travar o avanço do comunismo.
1.3. A Rússia recusou o auxílio americano; em resposta, lançou,
em 1949, o COMECON, que pretendia auxiliar economicamente o Bloco de Leste.
2.1. No final da II Guerra Mundial, os EUA e a URSS emergiram
como as duas principais potências mundiais. Contudo, estes
países defendiam ideais divergentes.
Este antagonismo levou à formação de duas alianças militares: do lado ocidental, a NATO; do lado leste, o Pacto de Varsóvia; as duas pretendiam preparar-se para um eventual ataque do opositor.
Este clima de tensão ficaria conhecido por “guerra fria”, pois,
apesar destas duas potências nunca se terem confrontado directamente, a tensão era constante, assistindo-se a uma corrida aos armamentos, fazendo o Mundo temer o pior.
3. 1. Varsóvia 2. Kruschev 3. Marshall 4. KOMINFORM 5. NATO
6. Truman
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E
V
V
4.1.
4.1. Ghandi optou pela via pacífica, do diálogo, para alcançar o
objectivo de libertação nacional, como demonstra o Doc. 3: A
não-violência é a maior força que a humanidade tem à sua disposição (…) A resistência passiva (…) é uma espada com múltiplas virtudes.
4.2. A Indonésia, que optou pelo recurso à violência como forma
de luta.
4.2.
185
PÁGS. 118-121
Grupo I
Durante os anos de 1933 a 1939, os países democráticos europeus, França e Inglaterra, não souberam entender e avaliar
devidamente as intenções da Alemanha, Itália e Japão, não se
insurgindo contra estes países nos momentos necessários,
preferindo subvalorizar as acções dos regimes autoritários e
acreditando infundadamente que a paz no Mundo estava garantida. Assim, ao longo deste período, estes regimes autoritários, com especial destaque para a Alemanha de Hitler, foram dando sinais óbvios do seu carácter imperialista e
expansionista, perante a passividade dos regimes democráticos. Em 1933, Hitler decidiu abandonar a Sociedade das Nações, mostrando, desta forma, que não pretendia cumprir os
princípios defendidos por este organismo; depois, o líder nazi
repudiou o Tratado de Versalhes, promovendo uma verdadeira corrida ao armamento e a formação de um exército nacional. Era evidente que Hitler pretendia avançar com o expansionismo. De seguida, foi a Itália que mostrou o seu
carácter imperialista quando decidiu conquistar a Etiópia. Por
sua vez, o Japão avançou com a conquista da Manchúria. Um
pouco depois, a Alemanha entrou na Áustria, e, depois, invadiu
a Checoslováquia. Foi nesse ano, em 1939, que os países democráticos se aperceberam que a única forma de controlar os
ataques do Eixo era a via violenta, ou seja, a guerra,
A invasão da Polónia por parte da Alemanha, descrita na notícia,
foi um acontecimento bastante importante, pois marcou o início da II Guerra Mundial. Assim, face ao desrespeito pelo Pacto
de Munique, as democracias ocidentais acordaram que se Hitler
tentasse invadir outro território declarariam guerra à Alemanha.
A Polónia foi invadida a 1 de Setembro de 1939. A França e a Inglaterra cumpriram o que haviam acordado e declararam
guerra à Alemanha nazi – a II Guerra Mundial iniciava-se.
Enquanto a guerra se processava na Europa, o Japão fazia planos para invadir alguns territórios da Ásia, continuando assim
a sua política expansionista. Contudo, estas intenções chocavam com os interesses dos EUA no Pacífico, que optaram por
tentar travar os objectivos japoneses através de embargos comerciais. A reacção do Japão aos embargos não tardou: em
Dezembro de 1941, aviões japoneses atacaram a base naval
americana de Pearl Harbor.
O ataque japonês a Pearl Harbor provocou a destruição de
navios, aviões, etc., para além de ter causado a morte a cerca
de 2000 americanos. Por outro lado, este acontecimento levou os EUA a declararem guerra ao Japão. Os EUA entravam
assim na II Guerra Mundial.
No após-guerra, a Alemanha foi dividida em quatro zonas.
Desta forma, as forças das três potências, ou seja, os EUA, a
URSS e a Inglaterra, ocuparam cada uma a sua zona dentro da
Alemanha. (…) A França foi igualmente convidada a tomar a
seu cargo uma zona de ocupação. Também a Europa, após a II
Guerra Mundial, foi dividida em duas grandes áreas de influência: a soviética (situada no Oriente Europeu, ficava sob a
tutela da URSS); a ocidental (situada no Ocidente Europeu, ficava sob a tutela dos países democráticos, tendo os EUA uma
grande influência sobre esta área). A Alemanha foi ainda obrigada a restituir os territórios que tinha anexado.
No após-guerra, tendo em conta o que tinham sofrido durante o conflito, os Judeus receberam uma parcela de terra na
Palestina (Médio Oriente), formando assim o Estado de Israel,
em 1948, o que causou alterações no mapa político do Médio
Oriente.
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
4.3. Segundo o documento, as restantes decisões saídas da Conferência de Ialta foram o julgamento e a punição de todos os
criminosos de guerra, ou seja, dos principais responsáveis nazis, o que acabou por acontecer, em 1946, no Tribunal de Nuremberga. Por outro lado, os Aliados exigiram a reparação de
todas as destruições causadas pela Alemanha, e pretendiam
ainda extinguir o Partido Nazi, as leis e as instituições nazis. Por
fim, decidiram estabelecer uma organização internacional destinada a preservar a paz e a segurança – a ONU.
5.1. Em 1945, aquando da realização da Conferência de S. Francisco.
5.2. A ONU pretende preservar as gerações futuras do flagelo da
guerra, ou seja, garantir a paz e a segurança mundial. Por outro lado, este organismo deseja defender os direitos fundamentais do Homem, apelando à igualdade entre os homens e
as mulheres, assim como entre as nações. Ainda é objectivo
desta organização favorecer o progresso social e criar melhores
condições de vida, proteger o direito à auto-determinação de
todos os povos e promover a cooperação internacional de ordem económica, social, intelectual ou humanitária.
5.3. A ONU tem conseguido cumprir este objectivo de forma parcial porque, apesar do Mundo não ter sofrido uma terceira
guerra mundial, não conseguiu evitar conflitos entre países
ou mesmo guerras civis.
1.
2.1.
2.2.
3.1.
3.2.
4.1.
4.2.
1.2.
2.1.
2.2.
Grupo II
1 – Final da II Guerra Mundial; 2 – Bloqueio de Berlim;
3 – Formação da NATO; 4 – Morte de Estaline; 5 – Formação
do Pacto de Varsóvia; 6 – Crise dos Mísseis de Cuba.
O Plano Marshall.
O Conselho de Assistência Mútua pretendia ajudar economicamente o Bloco de Leste, através da troca de experiências adquiridas no domínio económico, assistência técnica recíproca,
matérias-primas, géneros alimentícios.
O Bloco Ocidental, liderado pelos EUA, defensor de um regime liberal e de uma economia capitalista, e o Bloco de
Leste, liderado pela URSS e defensor do comunismo.
A formação dos dois blocos antagónicos gerou um clima de
tensão, prevendo-se que, a qualquer momento, um dos blocos poderia atacar o outro. Desta forma, foram criadas duas
organizações militares, com vista a preparar cada um dos blocos para um eventual ataque do opositor: o Bloco Ocidental
criou a NATO – Organização do Tratado Atlântico do Norte
(1949); o Bloco de Leste constituiu o Pacto de Varsóvia (1955).
O Princípio da auto-determinação dos povos, estabelecido na
Carta das Nações Unidas. A ONU pretendia, assim, que os Estados-membros da Organização reconhecessem e favorecessem a realização do direito dos povos disporem de si próprios,
ou seja, este organismo mundial pretendia que os membros
que ainda detivessem colónias procedessem à descolonização, dando condições a estes povos de escolherem livremente o sistema político, económico, social e cultural.
O enfraquecimento das potências europeias, devido às destruições da guerra e à crise económica que se seguiu ao conflito,
dificultou o controlo das colónias, dando uma maior liberdade
para a criação dos movimentos de auto-determinação, bem
como o apoio dos EUA e da URSS a esses movimentos.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
3.1.
3.2.
4.1.
5.
PÁGS. 139-140
6.1.
1.1. O documento demonstra que quase todas as famílias americanas tinham rádio nos anos 60; o telefone era outro aparelho que também já fazia parte do quotidiano dos americanos; em 1990, um pouco mais de 90% das famílias
americanas já dispunham deste meio de comunicação.
186
Contudo, foi a televisão que apresentou um crescimento mais
elevado na segunda metade do século XX. Em 1950, apenas
10% dos americanos tinham este aparelho, mas, em 1990,
quase 100% dos americanos já o tinham adquirido. Também
a televisão por cabo conheceu um aumento significativo: na
década de 70, poucos eram os americanos que a tinham; mas,
em 1990, cerca de 50% das famílias americanas dispunha de
televisão por cabo. Os gravadores de vídeo e os computadores conheceram também um aumento considerável. Assim,
em 40 anos, quase 60% da população americana adquiriu estes produtos electrónicos.
O grande consumo de produtos electrónicos por parte da população americana, na segunda metade do século XX, explica-se pela maneira de viver própria da sociedade americana – american way of life – caracterizada pela aquisição de
bens e serviços que, embora não essenciais, lhes proporcionavam maior qualidade de vida e bem-estar.
Forte sentido de unidade dos Japoneses e o respeito e rigor
que conferem ao seu posto de trabalho.
O auxílio económico (através da concessão de empréstimos e
do fornecimento de matérias-primas), bem como tecnológico
por parte dos americanos; existência de uma mão-de-obra
abundante, empreendedora e qualificada; espírito japonês de
trabalho, disciplina e rigor; boas relações de cooperação entre
o Estado (que protegia a indústria interna através de medidas
proteccionistas), as empresas e a complementaridade entre
grandes e pequenas empresas.
A formação da CECA é considerada o arranque da construção
europeia. Criado em 1951, pelo Tratado de Paris, este organismo era formado pela França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália e República Federal da Alemã. Estabelecia, entre
estes países, a livre circulação, sem taxas aduaneiras, do carvão e do aço.
A CECA alcançou, de facto, um grande êxito, promovendo a
cooperação económica nas áreas do carvão e do aço entre os
países que compunham o organismo, o que favoreceu as suas
indústrias. Face a esse sucesso, os seis países-membros decidiram levar mais longe a sua união, criando, em 1957, pelo Tratado de Roma, a Comunidade Económica Europeia (CEE).
Com a criação da CEE, estabelecia-se um Mercado Comum,
com a abolição das taxas aduaneiras, entre estes países, e
possibilitava-se a livre circulação de pessoas, mercadorias,
serviços e capitais.
A figura pretende retratar a sociedade de consumo que se desenvolveu, no após-guerra, inicialmente nos EUA, e depois
noutros países capitalistas ocidentais. O carro de compras, apetrechado de todos os acessórios, procura transmitir a ideia do
consumo desenfreado dos mais variados produtos, que não se
apresentavam como bens essenciais. O acesso fácil ao crédito,
o desejo incutido pela publicidade, entre outros aspectos, contribuíram, assim, para o surgimento da sociedade consumista.
a) V.
b) F. Os hippies contestaram os valores defendidos pela sociedade de consumo.
c) F. Os hippies defendiam o fim das desigualdades sociais e
da guerra.
d) F. Em Maio de 1968, em França, ocorreu uma das maiores e
mais importantes manifestações juvenis de sempre.
Em 1953, Nikita Kruschev sucedeu a Estaline. A governação
de Kruschev distanciou-se bastante da do seu antecessor. Assim, o novo líder soviético terminou com a repressão, que se
fez sentir ao longo da era estalinista, e pronunciou-se contra o
culto da personalidade.
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4.1. Publicidade.
4.2. Incentivar a compra dos mais variados produtos, ou seja, apelar ao consumo.
4.3. A adopção por parte dos países ocidentais, após a II Guerra
Mundial, de uma posição de Estado-Providência proporcionou
uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e, consequentemente, um aumento do poder de compra. Também o
crescimento económico que os países ocidentais conseguiram atingir gradualmente melhorou as condições de vida das
populações e, consequentemente, aumentou o poder de
compra, contribuindo para a formação da sociedade de
abundância e de consumo.
4.4. Muitas famílias ficaram endividadas com o recurso excessivo
ao crédito e, por outro lado, uma parte da população não
teve acesso às comodidades, e, por isso, as desigualdades sociais permaneciam na sociedade de consumo. Este tipo de sociedade provocou ainda o surgimento de problemas de ordem ambiental, como o esgotamento dos recursos naturais e
o aumento dos níveis de poluição.
5.1. Segundo a opinião do jovem, a unificação da Alemanha permitiu-lhe viver confortavelmente e financeiramente melhor do
que antes. Em contrapartida, a unificação provocou um esquecimento dos valores humanos que não se baseiam no dinheiro, como por exemplo, a solidariedade entre vizinhos.
5.2. Durante a governação de Gorbatchev deu-se a derrocada do
bloco de leste, já que as democracias populares encetaram
revoluções com o intuito de abandonarem o comunismo. À
semelhança das outras democracias populares, também na
RDA, graças à queda do muro de Berlim e à consequente reunificação da Alemanha, o comunismo terminou, instaurando-se uma democracia pluripartidária e uma economia de
mercado.
5.3. Marcou o fim do afastamento entre o Leste e o Ocidente e,
consequentemente, o fim da “guerra fria”.
6.1. O neocolonialismo originou o acentuado aumento da dívida
externa das ex-colónias que constituíam o Terceiro Mundo,
como representa o Doc. 6. As ex-colónias exportavam matérias-primas, vendidas a preços reduzidos, e importavam muitos produtos, principalmente das antigas metrópoles, para
colmatar as suas necessidades. Como a despesa com as importações era muito superior aos lucros obtidos com as exportações, a balança comercial destes países era sempre deficitária. Para conseguir pagar os produtos importados, o
Terceiro Mundo endividava-se, tornando-se dependente economicamente das antigas metrópoles. Muitas vezes não conseguia pagar esses empréstimos, o que contribuía para o
acentuado aumento da dívida externa destes países.
7.1. Pertencem ao “Norte”, o Canadá, os EUA, a Europa, o Japão, a
Austrália e a Nova Zelândia. Quanto ao “Sul”, dele fazem parte
os países da América Latina, África e a maioria dos países da
Ásia. Contudo, podemos verificar no Doc. 7, que o México, o
Brasil, o Chile, a África do Sul, a Arábia Saudita, a Índia, a
China, a Tailândia e a Indonésia são países emergentes, ou
seja, estão a conseguir progredir tanto a nível agrícola como
industrial, o que se traduz num aumento da riqueza.
7.2. O que distingue o “Norte” do “Sul” é o desenvolvimento, que
se traduz na riqueza.
7.3. Ficou estabelecido que a Comunidade Europeia doava uma
importante quantia em dinheiro a alguns países do Sul e assegurava-lhes o direito de aceder livremente aos mercados europeus, nas áreas da agricultura e de produtos industriais.
8. a) V.
Por outro lado, Kruschev tentou acalmar o clima de tensão latente entre a URSS e os EUA. Kruschev considerava, assim,
que se deveria desenvolver a coexistência pacífica, que deveria assentar em cinco grandes princípios: respeito mútuo da integridade territorial e da soberania, não agressão, não ingerência
nos assuntos internos, igualdade e direitos recíprocos, coexistência pacífica e cooperação económica.
6.2. Em 1957, foi lançado o primeiro satélite artificial e, em 1961,
realizou-se o primeiro voo espacial.
7.1. O princípio governativo seguido por Gorbatchev descrito no
documento é o glasnost. Este líder soviético pretendeu que a
sua política se regesse pela transparência. Para isso, extinguiu
a censura, concedendo a liberdade de expressão, de informação, de crítica tanto à comunicação social, como aos cidadãos,
o que originou debates abertos. Foi também durante a era Gorbatchev que obras durante muito tempo proibidas passam a ser
largamente difundidas, enquanto as artes, o teatro e o cinema rivalizam em audácia. Os crimes de Estaline, o terror e os erros do
passado são abordados abertamente, ou seja, os problemas da
URSS eram agora revelados e discutidos de modo aberto.
7.2. O outro princípio governativo foi a Perestroika. De facto, durante a governação de Gorbatchev, assistiu-se a uma reestruturação em vários domínios. Ao nível político, ocorreu uma
democratização que ficou marcada pela menor intervenção
do Estado na administração, pela legalização dos partidos de
oposição, pela libertação dos presos políticos e pela realização de eleições livres para o Parlamento. No domínio económico, deu-se uma abertura, uma liberalização. Desta forma, a
economia planificada foi abandonada e a Rússia abriu-se aos
mercados internacionais.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 5
PÁGS. 141-143
1.1. Promover a investigação dos domínios inexplorados da ciência e do espaço, ou seja, fomentar os progressos científicos e
conquistar o espaço; eliminar as zonas de ignorância e de
preconceitos, isto é, suprimir as desigualdades étnicas e,
consequentemente, a discriminação que existia nos EUA.
Pretendia ainda eliminar a pobreza e, consequentemente,
as desigualdades sociais existentes entre pobres e ricos.
2.1. Estabelecer um Mercado Comum entre os Estados-membros
(com a abolição das taxas alfandegárias) e possibilitar a livre
circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais.
2.2. O Doc. 2 reflecte o sucesso da CEE. De facto, este organismo,
na década de 70, assumia um papel de relevo no comércio
mundial, registando os índices mais altos de importação e exportação, superando, nessa década, os EUA e o Japão, situação que se manteve até 1997. Deste modo, a CEE assumia-se
como o mais importante mercado mundial. Este sucesso levou outros países da Europa a aderirem a este projecto, a partir de 1973, como demonstra o quadro.
3.1. O Tratado de Maastricht, para além da união económica, estabeleceu a união política e monetária entre os países-membros do organismo, passando a CEE a designar-se União Europeia (UE).
Reforçava-se a união económica e projectava-se a união monetária, através da criação de uma moeda única, entre os países da UE (o EURO). O tratado determinava ainda a vontade
da UE em executar uma política externa e de segurança comum, que inclua a definição, a prazo, de uma política de defesa
comum. O organismo europeu pretendia ainda instituir uma
cidadania da União, isto é, uma cidadania europeia. Este Tratado constituiu ainda o Parlamento Europeu como um dos
órgãos mais relevantes da UE.
187
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HISTÓRIA 9
b) F. Faziam parte do “Movimento dos Não-Alinhados” todos
os países que não adoptaram o comunismo ou o capitalismo como regime político.
c) F. Actualmente, a paz no Mundo não está totalmente assegurada, devido à ameaça do terrorismo internacional.
d) V.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
PÁGS. 159-160
1.1. Segundo o documento, entre 1931 e 1940, registou-se um
fluxo de emigração considerável. Já nos 10 anos seguintes, o
número de pessoas que saiu de Portugal baixou consideravelmente. Entre 1951 e 1960, o número de portugueses que
abandonou o nosso país voltou a subir. Contudo, o gráfico
mostra-nos que foi na década de 60 que se verificou um surto
de emigração: entre 1961 e 1970, emigraram mais portugueses do que durante os 40 anos anteriores.
1.2. Na década de 60, quase metade da população portuguesa
continuava a dedicar-se à agricultura, que mantinha níveis de
produtividade muito baixos, fruto da estagnação verificada
neste sector. Os camponeses viviam, assim, em condições miseráveis. Desta forma, ansiavam por melhores condições de
vida, o que passava pela saída dos campos. A indústria, apesar
do crescimento conhecido na década de 50, ainda não estava
suficientemente desenvolvida ao ponto de absorver toda a
mão-de-obra que abandonava os campos. Assim, a solução
encontrada por muitas pessoas foi emigrar. Para este grande
fluxo emigratório dos anos 60, contribuíram também as saídas clandestinas dos opositores do regime que fugiam à repressão do Estado Novo, bem como de jovens que encaravam a emigração como a única hipótese de fugir à guerra
colonial.
2.2. Com o fim da II Guerra Mundial, a oposição ao regime autoritário português aumentou consideravelmente.
Em 1945, formou-se o MUD (Movimento de Unidade Democrática). Constituído por comunistas, republicanos, monárquicos, socialistas e católicos progressistas, era um movimento
de resistência ao regime. Este movimento apresentou a sua
candidatura às eleições de 1945; contudo, acabou por retirar-se, pois percebeu que as eleições não eram livres como havia
sido prometido.
Em 1949, a oposição apresentou um candidato, o General
Norton de Matos, às eleições para a Presidência da República.
Mas também este acabou por desistir, pois constatou que,
mais uma vez, as eleições não eram livres.
Em 1958, ocorreram novas eleições presidenciais. Desta vez, o
candidato da oposição foi o General Humberto Delgado que
conseguiu um expressivo apoio popular. Os resultados verdadeiros destas eleições davam uma clara e expressiva vitória a
Humberto Delgado, mas o Estado Novo, através de fraude,
conseguiu que Américo Tomás ganhasse as eleições e se tornasse Presidente da República.
3.1. Segundo o documento, Marcelo Caetano pretendia assegurar
a continuidade do governo do seu antecessor. Contudo, Marcelo Caetano assegurava que o Governo, sempre que fosse
oportuno, procederia às reformas necessárias, não ficando totalmente fixado a formas ou soluções que ele [Salazar] algum
dia haja adoptado. Caetano pretendia seguir a linha governativa de Salazar, mas renovando alguns aspectos que, porém,
nunca colocassem em causa o regime conservador, isto é,
pretendia implementar a renovação na continuidade.
3.2. Marcelo Caetano tomou uma série de medidas de carácter
liberal, como o abrandamento da acção da censura exercida
pela PIDE e o regresso ao país de alguns exilados políticos
4.1.
4.2.
5.1.
5.2.
6.
com a permissão do governo, que pareciam indiciar uma reforma profunda a nível político, no país. Contudo, em 1969,
o Estado Novo marcou eleições para a Assembleia Nacional.
Acreditou-se que estas seriam verdadeiramente democráticas e livres. Porém, as irregularidades e as fraudes verificadas em todos os actos eleitorais mantiveram-se, voltando
todos os deputados do partido do governo (agora designado de Acção Nacional Popular) a serem eleitos. A renovação prometida por Marcelo Caetano não passava de mais
uma encenação do Estado Novo.
A independência das colónias portuguesas em África.
Quando chegaram a Portugal, os “retornados” confrontaram-se com algumas dificuldades de emprego e de retoma das
suas vidas. Grande parte dos seus bens ficaram nas antigas
colónias, tendo muitos deles de recomeçar as suas vidas com
dificuldades e traumas causados pela guerra colonial.
A Assembleia Constituinte.
A Constituição de 1976 restabelecia a liberdade de opinião e
expressão: Todos têm direito de exprimir e divulgar o seu pensamento pela palavra, imagem ou qualquer outro meio. Garantia
também a liberdade de reunião: Os cidadãos têm direito de se
reunir sem necessidade de autorização. Com a nova Constituição, os Portugueses voltavam a ter liberdade de associação, já
que podiam constituir partidos políticos e pertencer a sindicatos.
Neste documento, era assegurado também um conjunto de
direitos a todos os cidadãos: É garantido o direito à greve; à
educação: É garantida a liberdade de aprender e de ensinar; à
justiça: Todos os cidadãos são iguais perante a lei. A Constituição assegurava também o direito à segurança, ao trabalho, à
assistência médica, à segurança social e à participação directa
e activa dos cidadãos na vida política do país.
A Constituição de 1976 estabeleceu, para além dos órgãos do
poder central, a existência do poder autárquico e consagrou a
autonomia regional dos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
O poder central deixou de acumular todas as funções: o poder
local passou a desempenhar um papel importante na resolução dos problemas das autarquias e o poder regional passou a
ser fundamental na administração dos territórios insulares.
TESTE DE AVALIAÇÃO 6
PÁGS. 161-163
1.1. Segundo o documento, podemos constatar que o saldo da
balança comercial portuguesa, entre 1926 e 1967, foi quase
sempre negativo. A excepção ocorreu nos primeiros anos da
década de 40, em que as exportações foram superiores às importações, apresentando a balança comercial portuguesa um
saldo positivo neste período.
1.2. Portugal apresentava níveis de produtividade baixos, nomeadamente, na agricultura, o que nos obrigava a importar muitos produtos para colmatar as necessidades do país. Mas, nos
primeiros anos da década de 40, o saldo da balança comercial
portuguesa foi positivo, pois os países beligerantes importaram matérias-primas e produtos industriais portugueses, já
que o nosso país se manteve à margem da 2.ª Guerra Mundial. Desta forma, as exportações aumentaram neste período,
ultrapassando as importações, o que se reflectiu na riqueza
acumulada nos cofres nacionais.
2.1. Com o fim da guerra na Europa, não tardaram as manifestações
pró-democráticas e pró-socialistas em todo o País. Para muita
gente, e em especial para os opositores do regime, o triunfo dos
regimes democráticos na Europa Ocidental teria como resultado drásticas mudanças adentro do “Estado Novo”, isto é, esperava-se uma abertura do salazarismo, que passasse, essencialmente, pela restituição das liberdades individuais e pela
188
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SOLUÇÕES
3.
4.1.
4.2.
5.1.
6.1.
6.2.
6.3.
7.1.
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7.2.
realização de eleições livres, senão mesmo o retorno, puro e simples, às antigas instituições parlamentares. Estas ideias depressa
se espalharam pelas principais cidades do país, levando a que
as realizações de Salazar e a sua permanência no poder fossem
postas em causa. Do estrangeiro, nomeadamente, da Grã-Bretanha como dos Estados Unidos, vinham igualmente pressões no
sentido de ocorrerem alterações no sistema político de Portugal.
Perante toda esta contestação interna e externa, Salazar decidiu dissolver a Assembleia Nacional, anunciando o Governo
eleições livres. Com esta medida, Salazar pretendia transparecer uma abertura no regime e, desta forma, acalmar a contestação que se fazia sentir.
Salazar argumentava que Portugal era um Estado multirracial,
isto é, agrupava muitas raças, porém, constituía um só povo, e
pluricontinental, ou seja, as províncias ultramarinas eram
parte integrante de Portugal, que se estendia por vários continentes.
Entre 1940 e 1945, a despesa do Estado Português com as colónias foi mínima. Entre 1946 e 1958, as despesas aumentaram. Entre 1959 e 1973, as despesas com as colónias dispararam acentuadamente: cerca de 23% do Orçamento do Estado
foi gasto com as colónias.
Foi a guerra colonial, que teve início em 1961 e durou até
1974. A manutenção do conflito, com três frentes (Angola,
Guiné e Moçambique), acarretou despesas elevadíssimas.
A “Primavera Marcelista”, período inicial da governação de
Marcelo Caetano, ficou marcada por uma liberalização e abertura do regime. Apesar destas medidas, a verdade é que as
estruturas fundamentais do regime não se modificaram, o
que ficou claro nas eleições de 1969. A oposição percebeu então que a renovação prometida por Marcelo Caetano não
passava de mais uma encenação do Estado Novo. Aliás, o
maior problema que afectava o país – a guerra colonial –
mantinha-se.
Perante esta situação, o descontentamento avivou-se e generalizou-se. Face ao aumento da oposição ao regime, Marcelo
Caetano decidiu intensificar e endurecer a acção da polícia política e da censura, como demonstram os documentos 5 e 6.
Deste modo, a Censura, que então se chamava oficialmente
Exame Prévio, voltou a analisar detalhadamente o conteúdo
dos meios de comunicação; a acção da polícia política endureceu, a partir de final dos anos 60, quando o regime ditatorial estava a viver os seus últimos tempos. Neste período, as torturas infligidas pela PIDE/DGS aos presos aumentaram, como
demonstra o documento 6. Desta forma, a “Primavera Marcelista” fracassou.
A Junta de Salvação Nacional.
A Junta de Salvação Nacional deveria promover eleições gerais
para uma Assembleia Nacional Constituinte, para que fossem
eleitos os deputados que iriam elaborar a nova Constituição,
bem como governar Portugal até que se constituísse um governo provisório.
Foi abolida a censura, extinta a polícia política, a Mocidade e a
Legião Portuguesas e os presos políticos foram libertados; foi
concedida autorização de regresso aos exilados políticos e os
partidos políticos e sindicatos foram autorizados.
Guiné-Bissau, em 1974, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique, em 1975.
O MFA, ao contrário de Salazar e Marcelo Caetano, defendia
uma solução política e não militar para a resolução da guerra
colonial; entendia que a solução para o término do conflito
seria conceder a autonomia às colónias. Desta forma, em Julho de 1974, começaram as negociações com os movimentos
de libertação das colónias, iniciando-se assim o processo de
descolonização. Poucos meses depois surgiram os cinco novos países independentes.
8.1. A 1 de Janeiro de 1986, Portugal tornou-se membro da CEE. A
partir desta data, o dinheiro dos países ricos começa a chegar,
ou seja, Portugal passa a usufruir de diversas ajudas económicas com o objectivo de desenvolver e modernizar o país em
diversos sectores. Graças a esta ajuda, o crescimento económico ganha um grande impulso, criam-se infra-estruturas ao
mais variado nível, moderniza-se o sector industrial, cresce a formação profissional e surgem grandes planos, como o da barragem do Alqueva. Contudo, nem tudo foram vantagens, o sector agrícola e as pescas sofreram uma forte concorrência
estrangeira o que acarretou grandes problemas, nomeadamente o aumento do desemprego nestas duas actividades.
PROVA GLOBAL 1
PÁGS. 164-168
1. colonialismo, africano, matérias-primas, Berlim, efectiva.
2.1. Sim, “a profecia” descrita no documento concretizou-se.
2.1.1. De facto, a I Guerra Mundial criou condições excepcionalmente favoráveis à agitação. Assim, a participação russa
neste conflito resultou no agravamento das dificuldades económicas da população e, por isso, a agitação social era cada
vez maior, as greves e as manifestações sucediam-se, reivindicava-se o fim do regime czarista e da guerra. Em Fevereiro de
1917, deu-se uma insurreição, que levou Nicolau II a abdicar.
O czarismo terminava no Império Russo e dava lugar a um regime liberal parlamentar.
O governo liberal tomou algumas medidas positivas, mas manteve a Rússia na I Guerra Mundial, situação que rapidamente
fez renascer o descontentamento social. O governo era também contestado pelos bolcheviques, que no seu programa político defendiam a saída imediata do Império Russo da guerra e
prometiam o que os camponeses e operários tanto desejavam,
ou seja, a distribuição gratuita da terra e o acesso ao capital e
aos lucros. Rapidamente, o apoio aos bolcheviques foi crescendo entre a maioria da população. Estavam criadas as condições para que ocorresse a primeira revolução socialista vitoriosa do Mundo, o que aconteceu em Outubro de 1917.
3.1. A imagem ilustra os acontecimentos que ocorreram entre os
dias 4 e 5 de Outubro de 1910 e que culminaram com a implantação da República. Assim, no canto superior esquerdo,
vemos a marinha de guerra a bombardear o Palácio das Necessidades, onde se encontrava a rainha e D. Manuel II. Nos
cantos esquerdo e direito inferiores, observamos a concentração das tropas revoltosas na Rotunda (actual Praça do Marquês de Pombal). Estes acontecimentos possibilitaram a proclamação da República, representada ao centro da figura. Por
fim, no canto superior direito, é visível a fuga da família real
para Inglaterra.
4.1. A afirmação reflecte o pensamento desenvolvido, nas primeiras décadas do século XX, acerca da utilidade da ciência na
vida dos homens. Na época, considerava-se que a ciência deveria estar ao serviço da Humanidade, isto é, a ciência devia
contribuir para o Homem melhorar a sua vida, tornando-o assim mais feliz.
4.2. Nas primeiras décadas do século XX, ocorreram progressos
em diversos campos das ciências físicas:
• Física – Max Planck desenvolveu a Teoria dos Quantas ou
Teoria Quântica; Albert Einstein estabeleceu a Teoria da Relatividade; Niels Bohr e Rutherford estudaram a estrutura do
átomo, contribuindo para os avanços no campo da energia
nuclear.
189
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
5.
• Astronomia – Foi descoberto o planeta Plutão; Edwin Hubble definiu a teoria do Big-Bang.
• Física nuclear – Pierre e Marie Curie descobriram a radioactividade.
• Biologia – Zworkin inventou o microscópio electrónico, que
possibilitou descobrir e estudar as células.
• Medicina – desenvolvimento da bacteriologia e da bioquímica, que possibilitaram a descoberta de alguns vírus, até
este período mortais, como a malária, tuberculose, febre tifóide, e dos medicamentos para o seu tratamento, como os
antibióticos; produção da vacina BCG contra a tuberculose;
descoberta da insulina, da penicilina, das sulfamidas; descobriram-se os ácidos ADN e ARN que revolucionaram a genética; estudo das vitaminas (E. V. McCollin descobriu as vitaminas A e B) e das hormonas; Egas Moniz realizou a primeira
angiografia (radiografia) cerebral, que possibilitava diagnosticar tumores no cérebro.
– Os progressos nas ciências humanas:
• Psicanálise (Sigmund Freud criou a Psicanálise).
• Psicologia (Pavlov desenvolveu a teoria dos reflexos condicionados; Binet desenvolveu os primeiros testes de inteligência).
• Pedagogia (Piaget estudou o pensamento nas crianças,
debruçando-se sobre os diversos estádios de desenvolvimento da criança e do adolescente).
• História (passou a ser considerada uma ciência humana,
com método próprio, que estuda as actividades do Homem na sua globalidade).
• Arqueologia (importantes descobertas foram feitas sobre
a Pré-História e sobre as civilizações antigas).
• Filosofia (Heidegger defendeu o existencialismo).
• Na Sociologia (Max Weber), na Economia (Keynes), na Demografia, na Geografia e na Antropologia registaram-se
igualmente importantes avanços.
No teu texto deves referir:
• Arte Nova – essencialmente decorativa, caracteriza-se pelo
uso de linhas ondulantes, que sugeriam a ideia de movimento, pela utilização, sobretudo, de motivos inspirados na
Natureza (ex.: flores, animais, mulheres) e de múltiplos materiais: tecidos, vidros, pedras e madeiras preciosas.
• Expressionismo – caracteriza-se pela expressão livre e subjectiva dos sentimentos e emoções do pintor, através da utilização de cores fortes, pinceladas largas e figuras distorcidas. As pinturas expressionistas denunciam os problemas
sociais e, por isso, as telas transmitem um certo dramatismo.
• Fauvismo – caracteriza-se pela utilização de cores intensas,
fortes, puras, mesmo agressivas. Neste tipo de pintura, livre
de sentimentos, de angústia ou de crítica social, a cor sobrepunha-se à forma, isto é, a forma pode estar mal definida,
contudo, a cor é sempre intensa.
• Cubismo – a imagem natural das pessoas e dos objectos é
reduzida a formas geométricas, como o cubo, o cilindro, o
cone, a esfera. Assim, as figuras são decompostas em planos
geométricos que representam vários ângulos de visão do
mesmo objecto.
• Futurismo – procurava captar o dinamismo da vida moderna, rejeitava o passado e a tradição, exaltava a sociedade
industrial; pretendia ainda transmitir as sensações de velocidade e de movimento, enaltecia a técnica, a máquina, o
ruído, os motores, a multidão e utilizava arabescos, elipses,
bem como imagens sequenciais, simultâneas, de um
mesmo objecto.
6.1.
6.2.
7.1.
8.1.
190
• Abstraccionismo – caracteriza-se pelo abandono do compromisso de representar a realidade, que não reproduz figuras nem retrata temas; o objecto é substituído por linhas e
manchas de cor, que se abstraem da realidade. Este tipo de
pintura representa as emoções e os sentimentos do autor e
desperta diferentes interpretações.
• Surrealismo – caracteriza-se pela forte influência das teorias
psicanalíticas de Freud e, por isso, explora o mundo dos sonhos, da alucinação, do inconsciente; representa imagens
estranhas, irreais, deformações monstruosas, fantasmagóricas, a par de figuras reais.
No documento 4 está presente um dos princípios nazis – o racismo. Segundo os nazis, os Arianos constituíam a raça superior, já que eles foram os únicos fundadores de uma humanidade
superior. Se eles desaparecessem, uma profunda obscuridade
desceria sobre a terra; em alguns séculos, a civilização humana
desapareceria e o Mundo tornar-se-ia um deserto. Os Alemães,
segundo os nazis, eram os descendentes mais puros desta
raça. Já os Judeus eram considerados a raça mais inferior.
O documento 5 representa o anti-semitismo defendido pelo
nazismo. Baseados na crença de que os Judeus eram uma
raça inferior, os nazis desenvolveram um ódio por eles, tomando as medidas descritas no documento 5, bem como outras e, posteriormente, tentaram o extermínio deste povo.
A concepção de nacionalismo e de imperialismo do regime
nazi ia ao encontro do seu carácter racista. Hitler pretendia
edificar um grande “Reich”, império que, para além de ser
constituído pelos territórios perdidos aquando da desagregação do Império alemão, deveria estar ainda dotado de um espaço vital, ou seja, de um conjunto de territórios, no leste europeu, que Hitler julgava ter o direito de conquistar aos povos
por ele considerados inferiores.
De facto, a ditadura do proletariado que estava consagrada
na Constituição de 1936, acabou por degenerar na ditadura
de extrema-esquerda de Estaline. Vários motivos contribuíram para esta situação: a acumulação dos cargos de chefe do
governo e secretário-geral do Partido Comunista, bem como
os brilhantes êxitos económicos e sociais, que lhe foram atribuídos, inicialmente de maneira espontânea, mas depois cada vez
mais orquestrada, ou seja, através de uma forte propaganda,
que fez com que o povo o admirasse e também lhe permitisse isolar e desacreditar os opositores.
Esta ditadura totalitária apoiava-se ainda num brutal aparelho
repressivo. Deste modo, assistiu-se à mutilação das liberdades,
nomeadamente, a liberdade de expressão, de reunião, de imprensa. A polícia política encarregava-se de executar os traidores, ou como tal presumidos. Caso não fossem assassinados,
eram enviados para campos de trabalhos forçados.
O eclodir da II Guerra Mundial deveu-se ao expansionismo violento praticado pela Alemanha nazi. Desta forma, com o objectivo de constituir uma “Grande Alemanha”, Hitler começou
por anexar a Áustria, violando o compromisso feito. De seguida,
anexou o País dos Sudetas o que levou a França e a Inglaterra
a assinarem o Pacto de Munique, em Setembro de 1938, com a
Alemanha. Segundo este acordo, os países democráticos reconheciam a anexação do País dos Sudetas, em troca da promessa de Hitler de que não teria mais exigências territoriais a
fazer na Europa. Contudo, o líder nazi não cumpriu com a sua
palavra e, meses depois, invadiu o restante território checoslovaco. Face ao desrespeito pelo Pacto de Munique, as democracias ocidentais acordaram que se Hitler tentasse invadir outro território declarariam guerra à Alemanha. A 1 de Setembro
de 1939, a Alemanha invadiu o Estado livre e independente da
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SOLUÇÕES
8.2.
9.1.
9.2.
10.1.
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11.1.
Polónia. Assim, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha, iniciando-se a II Guerra Mundial.
Com o fim do segundo conflito mundial, a Europa foi dividida
em duas grandes áreas de influência: a soviética (situada no
Oriente Europeu, que ficava sob a tutela da URSS); a ocidental
(situada no Ocidente Europeu, que ficava sob a tutela dos países democráticos, tendo os EUA uma grande influência sobre
esta área). A Alemanha foi dividida em quatro zonas: a URSS
ficou com a parte oriental, enquanto que a Inglaterra, a
França e os EUA dividiram entre si a parte ocidental. O país
causador do segundo conflito mundial foi ainda obrigado a
restituir os territórios que anexou.
No Médio Oriente, os Judeus receberam uma parcela de terra
na Palestina, formando assim o Estado de Israel, em 1948. O
fim da II Guerra Mundial representou também a vitória das
democracias.
A participação na Guerra do Vietname contribuiu para a crise
económica vivida pelos EUA, na década de 70, porque exigiu
o gasto de avultadas quantias.
A concorrência do Japão e de alguns países da Europa, os
avultados gastos em despesas públicas, no programa espacial
e a subida acentuada do preço dopetróleo.
Como demonstra a figura, Brejnev voltou a implementar o
culto à personalidade, tal como acontecia durante a era estalinista. Para além disso, retomou a utilização dos métodos repressivos anteriormente postos em prática por Estaline (vigilância constante, repressão, violência contra os opositores).
Economicamente, a era Brejnev ficou marcada pela aposta na
área espacial e pela produção industrial de armamento, mas
também pelos baixos níveis de produção agrícola e de bens
de consumo.
Durante o Estado Novo, as eleições não foram democráticas.
Em 1945, o anúncio de António de Oliveira Salazar de que
ocorreriam eleições livres, com a possibilidade de participação
de outros grupos políticos não passou de uma encenação. O recém-criado MUD pôde concorrer às eleições e durante a campanha eleitoral a censura à imprensa foi grandemente aliviada.
Contudo, a oposição depressa se deu conta de que a liberdade
concedida não permitia ir muito além de declarações na imprensa. Para além disso, a oposição não dispôs de tempo nem
de meios para se organizar convenientemente. O candidato
da oposição decidiu retirar-se. A União Nacional elegeu assim
todos os seus deputados.
Em 1949, foram convocadas eleições presidenciais. O candidato proposto pela oposição foi o general Norton de Matos.
Mais uma vez, não existiam quaisquer garantias de que houvesse liberdade de voto. Norton de Matos não conseguiu também a reforma dos cadernos eleitorais; acabou por retirar-se da
corrida alguns dias antes da votação, pois constatou que as
eleições, mais uma vez, não eram livres. Alguns dos seus
apoiantes foram perseguidos pela polícia política, tal como tinha acontecido quatro anos antes.
Em 1958, o Estado Novo realizou novas eleições presidenciais.
Desta vez, o candidato da oposição foi o General Humberto
Delgado, que conseguiu o apoio popular. Tal como no caso
de Eiras, também no resto do país o candidato da oposição ganhara as eleições de forma expressiva. Porém, os resultados
oficiais apurados seriam outros. Como demonstra o documento 12, através de fraude e com a intervenção da PIDE, o
Estado Novo, conseguiu que o seu candidato, o almirante
Américo Tomás, ganhasse as eleições e se tornasse Presidente
da República.
Em 1969, o Estado Novo marcou novamente eleições para a
Assembleia Nacional. Acreditou-se que estas seriam verdadeiramente democráticas e livres. Contudo, as irregularidades e
as fraudes verificadas em todos os actos eleitorais do regime
mantiveram-se. O resultado do sufrágio foi igual ao anterior:
todos os deputados do partido do governo (agora designado
de Acção Nacional Popular) foram eleitos.
12.1. Segundo o documento, a inflação aumentou consideravelmente, em Portugal, entre 1972 e 1979. Em 1972, a inflação
era um pouco inferior a 10%; já em 1979 rondava, aproximadamente, os 24%. O valor máximo da inflação verificou-se em
1974, quando atingiu, aproximadamente, os 28%. A partir
desta data teve algumas quebras; contudo manteve-se sempre bastante mais alta do que o valor registado em 1972.
12.2. O aumento considerável da inflação, em Portugal, entre 1972
e 1979 deveu-se, essencialmente, à crise económica mundial
dos anos 70, originada pela subida do preço do petróleo e do
valor do dólar, bem como à agitação revolucionária que se seguiu ao 25 de Abril de 1974.
12.3. O aumento considerável da inflação, em Portugal, entre 1972
e 1979, provocou a redução do poder de compra dos Portugueses, já que o escudo entrara num processo de desvalorização contínuo. Devido a esta grave situação económica, o desemprego não parava de aumentar.
PROVA GLOBAL 2
PÁGS. 169-173
1.1. A – Império Alemão; B – Império Austro-Húngaro;
C – Império Otomano; D – Império Russo.
1.2. A maioria dos países que surgiram após o desmembramento
desses impérios no período após-guerra adoptou democracias parlamentares: sistema político em que o principal órgão
é o Parlamento, constituído através de um processo eleitoral.
2.1. Não, os autores do documento ficaram desagradados com a
ocorrência da Revolução Bolchevique de 1917.
2.2. Os autores do documento consideravam os bolcheviques uns
assassinos, acusando-os de uma onda de sangue, de execuções
e de assassinatos.
2.3. Devido à oposição interna e externa que enfrentavam, os bolcheviques decidiram radicalizar as suas posições, imprimindo
um carácter ditatorial ao regime, de modo a assegurar o
triunfo do marxismo-leninismo na Rússia. Uma das medidas
tomadas, no contexto do “comunismo de guerra”, foi precisamente a perseguição, prisão, tortura ou assassinato dos opositores políticos.
3. a) 5; b) 3; c) 1; d) 2; e) 4.
4.1. Graças ao aumento do número de pessoas alfabetizadas, o
número de leitores da imprensa cresceu significativamente,
havendo a necessidade de aumentar a tiragem dos jornais
nas primeiras décadas do século XX.
4.2. Os policiais, as aventuras e os romances “cor-de-rosa”.
4.3. Por serem meios de comunicação de massas, a imprensa e a
rádio, nos anos 20, eram o principal veículo de informação da
sociedade, transmitindo as notícias e, desta forma, interferiam
na formação e padronização da opinião pública.
5. a) Nas Bolsas, são compradas e vendidas acções.
b) No final dos anos 20, a economia americana entrou num
período de deflação.
c) A 24 de Outubro de 1929 deu-se o crash na Bolsa de Nova
York.
d) Face ao clima de insegurança económica, deu-se uma retracção do comércio mundial.
191
PREPARAR OS TESTES
HISTÓRIA 9
6.1.
7.1.
7.2.
8.1.
9.1.
9.2. O documento 10 representa um dos factores responsáveis
pelo subdesenvolvimento verificado no Terceiro Mundo: um
elevado crescimento demográfico. Assim, como podemos
constatar através da análise do gráfico, a taxa de crescimento
anual nestes países disparou, desde, aproximadamente, 1915,
sendo, em 1975, muitíssimo superior à dos países desenvolvidos. Contudo, a produção de alimentos não acompanha este
aumento da população. Deste modo, como demonstra o documento 11, a produtividade agrícola no Terceiro Mundo é
muito inferior, comparativamente, com os países ocidentais
desenvolvidos. Estes países praticam uma economia de subsistência, que provoca a subnutrição e a fome nas populações, como se constata no documento 12.
Por outro lado, o subdesenvolvimento deve-se também à elevada taxa de analfabetismo, como retrata o documento 9, o
que dificulta o progresso destes países, visto que não há mão-de-obra qualificada para projectar, fomentar e coordenar o
desenvolvimento. A inexistência de um sistema de saúde básico e o neocolonialismo contribuem igualmente para o subdesenvolvimento no Terceiro Mundo.
10. Leste, democracias populares, Marechal Tito, socialismo de
auto-gestão.
11.1. A França.
11.2. A França era um país industrializado que lhes oferecia melhores salários, comparativamente, com os que auferiam em Portugal.
11.3. O surto emigratório da década de 60 trouxe consequências
positivas e negativas para Portugal. Positivamente, destaca-se
a entrada de capital em moeda estrangeira, enviado pelos
emigrantes, o que contribuiu para estabilizar a balança comercial. Negativamente, salienta-se a redução e o envelhecimento da população, já que eram os jovens que emigravam,
bem como a diminuição da produção agrícola, o que motivou
a importação de alimentos.
12.
e) Os EUA lançaram um plano de recuperação económica
americana que se designou New Deal.
f) Este plano de recuperação americano foi lançado pelo Presidente Roosevelt.
O Estado Novo era, de facto, um regime autoritário, repressivo e conservador, como comprovam estes documentos. No
documento 4, analisamos o relato de uma funcionária do Partido Comunista Português, que foi presa pela PIDE, e que descreve, de forma explícita, a forma cruel, violenta e torturante
como foi tratada: Enquanto não nos contares toda a actividade
partidária não podes dormir, não podes ir à casa de banho e se
sujares a sala terás de a limpar com a roupa que trazes vestida”.
Estas passagens do documento demonstram bem a forma repressora como a polícia politica, tratava todos os opositores
ao regime.
Por outro lado, o documento 6, uma notícia de jornal censurada, representa a vigilância, o controlo e a censura do Estado
Novo sobre tudo o que era publicado.
Finalmente, o documento 5 é um cartaz de propaganda salazarista. Salazar recorreu em muito à propaganda para defender os ideais do Estado Novo. Neste cartaz divulgado nas escolas, procurou transmitir os valores conservadores de Deus,
Pátria e Família como os mais importantes da Nação, revelando o carácter conservador do Estado Novo.
A colectivização total consistiu na nacionalização de todos os
meios de produção, ou seja, das terras, minas, fábricas, meios
de transporte e comércio. Desta forma, os meios de produção
que estavam na posse de privados passaram para as mãos do
Estado.
Segundo o documento, a colectivização total provocou gravíssimas consequências humanas, já que foi responsável pelo
desaparecimento de perto de cinco milhões de famílias, ou
seja, levou à morte de milhões de pessoas.
Apesar de os EUA e a URSS terem permanecido unidos do
lado dos Aliados até ao final da II Guerra Mundial, no final do
conflito ambas as potências procuraram alargar as suas áreas
de influência, aumentando o seu poder. É na procura dessa
hegemonia que se insere a política de blocos.
A caricatura procura transmitir a ideia da divisão do Mundo
sob o domínio de duas potências: do lado esquerdo, a figura
representa o domínio americano (verificável pelas cores da
bandeira cobrindo essa parte do globo), com o símbolo $, ou
seja, o símbolo de um regime liberal e capitalista. Do lado
oposto, sob as cores da bandeira da URSS, é visível a figura
que representa o bloco soviético, com o símbolo do comunismo, representando os ideais políticos e económicos defendidos por esse conjunto de países.
Na caricatura está bem patente que as figuras estão de costas
voltadas, mas olhando-se com uma atitude de provocação,
de suspeição mútua. Ora, foi isto mesmo que marcou a
“guerra--fria”. Um Mundo dividido sob um clima de tensão –
o equilíbrio do terror, onde ambas as potências se apetrechavam para um eventual ataque do inimigo.
O Terceiro Mundo é o conjunto de países da Ásia, África e
América Latina, que apresenta níveis de desenvolvimento
muito inferiores, comparativamente, com os países industrializados.
ÓRGÃOS DE SOBERANIA SEGUNDO
A CONSTITUIÇÃO DE 1976
Presidente
da
República
Mandatos de 5
anos.
Funções:
• nomear ou
demitir o
Primeiro-ministro;
• aprovar ou
vetar as leis
elaboradas
pela
Assembleia da
República;
• comandar as
Forças
Armadas.
Governo
O Primeiro-ministro
escolhe os
restantes
membros do
Governo:
Ministros e
Secretários de
Estado.
Assembleia
da
República
Mandatos de 4
anos.
Funções:
• fazer as leis;
• aprovar ou
reprovar o
Programa do
Governo;
• fiscalizar a
Funções:
actividade do
• executar as leis; Governo.
• dirigir a
Administração
Pública.
Órgãos eleitos pelos cidadãos eleitores
192
Tribunais
Os Juízes
julgam os
que não
cumprem as
leis.
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