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A DENGUE
Camyla Pego1
Valdirene Santos2
Valéria Lima3
RESUMO: A Dengue é uma virose cujo agente etiológico possui quatro sorotipos distintos:
DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Neste aspecto, este artigo traz algumas informações sobre a
Dengue, como é transmitida, sintomas, um pouco do surgimento. Além disto, será feito um
retrospecto sobre a Dengue no Brasil, no Estado de Rondônia e por fim Rolim de Moura.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que teve como fonte: sites, periódicos, revista
eletrônicas. A Dengue é transmitida, quando o mosquito da espécie Aedes Aegypi infectado
pelo vírus pica um ser humano e este passa a apresentar um quadro clínico que pode variar
desde a forma clássica benigna, até a forma hemorrágica, que se não for tratada
adequadamente pode levar ao choque e ao óbito. O diagnóstico precoce da doença é de difícil
determinação, pois seus primeiros sintomas muitas vezes se confundem com os de outras
doenças febris. Desta forma, o controle da Dengue deve se basear na investigação de casos,
confirmação laboratorial dos mesmos, vigilância das formas clínicas e combate ao vetor.
Quanto ao combate desta doença, consiste desde medidas simples até a criação de uma vacina
eficaz que previna a contaminação. Com este estudo percebe-se que há uma certa negligencia
tanto na cidade de Rolim de Moura quanto no Estado no combate e prevenção da Dengue,
além disto a falta de saneamento básico um melhor investimento da saúde pública faz com
que milhares de pessoas todos aos anos sofra com esta enfermidade.
PALAVRAS- CHAVES: Vírus .Diagnóstico. Dengue .
ABSTRACT: Dengue is a viral disease whose etiological agent has four distinct serotypes: DEN-1,
DEN-2, DEN-3 and DEN-4. In this respect, this article brings some information about dengue, as
transmitted, symptoms, rather than appearance. In addition, there will be a retrospective on dengue in
Brazil, in the State of Rondônia and finally Rolim de Moura. It is a literature that had as source:
websites, periodicals, electronic magazine. Dengue is transmitted when the mosquito Aedes species
aegypi infected bites a human virus and this starts to present a clinical picture that can range from
benign classical form until the hemorrhagic form, which if not treated properly can lead to shock and
death. Early diagnosis of the disease is difficult to determine, because its early symptoms are often
confused with other febrile diseases .. Thus, dengue control should be based on the investigation of
cases, laboratory confirmation thereof, surveillance of clinical forms and vector control. How to
combat this disease, consists from simple measures to creating an effective vaccine to prevent
contamination. With this study it is noticed that there is a certain neglects both the city of Rolim de
Moura as the state in combating and preventing Dengue withal the lack of basic sanitation a better
investment of public health causes thousands of people every year to suffers from this infirmity.
KEY WORDS: Virus. Diagnosis. Dengue.
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Academica do 2 Período de Farmácia pela FSP – Faculdade São Paulo.
Academica do 2 Período de Farmácia pela FSP – Faculdade São Paulo.
Academica do 2 Período de Farmácia pela FSP – Faculdade São Paulo.
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1 INTRODUÇÃO
Este artigo tem como propósito apresentar a situação e principais características
epidemiológicas da Dengue no Brasil, com enfoque no Estado de Rondônia especificamente
no município de Rolim de Moura.
O aumento de ocorrência da Dengue tem se constituído em um crescente objeto de
preocupação para a sociedade e, em especial, para as autoridades de saúde, em razão das
dificuldades enfrentadas para o controle das epidemias produzidas por esse vírus e pela
necessidade de ampliação da capacidade instalada dos serviços de saúde para atendimento aos
indivíduos acometidos com formas graves.
Desta forma, este artigo apontará algumas particularidades sobre a Dengue,
características, contágio, prevenção, abordando as peculiaridades encontradas no município
que é fonte deste estudo.
Vários fatores influenciam a disseminação da doença e entre as principais
estão: as alterações climáticas (aumento do aquecimento global), expansão da densidade
populacional, exportações de mercadorias contendo ovos do mosquito, bem como a facilidade
em realizar viagens para países endémicos.
De acordo com dados históricos, os primeiros registos de uma doença com sintomas
similares ao da Dengue estão descritos na enciclopédia chinesa de sintomas, doenças e
remédios, como pontua NUNES (2011).
Ainda segundo a autora a doença foi chamada de “água envenenada” e associada a
insetos voadores. Ocorreram surtos nas Antilhas Francesa em 1635 e no Panamá em 1699,
onde há fortes indícios de tratar-se de casos de Dengue.
A primeira epidemia de Dengue aconteceu no século XVIII na Ásia, África e América
do Norte, segundo o NCID - National Center for Infectious Diseases) em português (Centro
Nacional de Doenças Infecciosas) é um órgão pesquisador da Dengue nos Estados Unidos.
Este órgão entende que a ocorrência quase simultânea de eventos nos três continentes
é um indicador de que o vírus e seu mosquito vetor têm uma ampla distribuição nos trópicos
há mais de 200 anos. Durante todo esse tempo, a febre da Dengue foi considerada benigna,
uma doença não fatal para os visitantes dos trópicos.
A doença ocorria a intervalos de 10 a 40 anos, pois o mosquito só era transportado
entre populações de navios mercantes. No entanto, depois da II Guerra Mundial, intensificouse a Dengue na Ásia, expandindo-se para o Pacífico e para as Américas.
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Outro fator que propiciou a expansão da Dengue foi a guerra que trouxe mudanças na
ecologia associada ao movimento das tropas, o que consequentemente proporcionou a difusão
do Aedes Aegypti entre os centros populacionais provocando grandes epidemias.
A epidemia da Dengue foi circunscrita no Continente Americano durante os anos 50,
60 e 70, aquando da realização da campanha para erradicação do Aedes Aegypti com o
objetivo de combater a febre-amarela, o que erradicou efetivamente a doença da América
Central e do Sul. Porém, essa campanha foi descontinuada, originando nova infestação do
mosquito nas áreas em que ocorreu a erradicação.
Quanto a tipo mais grave da doença a hemorrágica O primeiro registo de uma
epidemia ocorreu em Manila, nas Filipinas, entre 1953-1954, seguido por Bangkok, Tailândia
e Malásia em 1958, e Singapura e Vietnam em 1960.
Saltando para o século XXI, percebe-se que as frequentes epidemias transformaram-se
num caso problemático, com a ocorrência em todas as regiões tropicais e subtropicais do
planeta e com a possibilidade de disseminação para regiões isentas de infecção. Assim a
Dengue constitui um sério problema para a saúde pública mundial
A expansão geográfica da Dengue e o aumento da incidência de casos têm sido
frequentemente relacionados a fatores climáticos, como o aquecimento global e os fenômenos
El niño e La niña, que influenciam na intensidade das chuvas e produzem alterações na
biodiversidade dos países em desenvolvimento, nas regiões tropicais e subtropicais,
facilitando a permanência do seu principal transmissor.
A atual preocupação é consequência da crescente globalização, o que possibilita a
interação e aproximação de vários países permitindo a propagação mais rápida de doenças.
Estes fatores em conjunto afetam a disseminação dos vetores para áreas onde antes não
existiam, e consequentemente aumentam a dispersão desta doença causando um grave
impacto na saúde pública mundial.
1 A DENGUE: DO CONTATO AOS SINTOMAS
2.1 CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA
A Dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos
diferentes de vírus do Dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente
em áreas tropicais e subtropicais.
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A Dengue é principalmente uma doença dos trópicos e os vírus que a causam são
mantidos em um ciclo que envolve humanos e o Aedes Egypti.
É uma doença de incidência variável, dependendo da atividade epidêmica. Ela é
caracterizada como Dengue e Dengue hemorrágica, que segundo ANDRADE (2009) esta
última com 5% de casos fatais. Embora não deixe sequelas, se não tratada em tempo pode
trazer complicações sérias para o organismo. Seu agente etiológico é o flavivírus e o mosquito
que a transporta, chamado mosquito vetor, é o Aedes Egypti.
O mosquito AedesAaegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva,
cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas, com um uma boca alongada como
uma agulha. Ele se alimenta em humanos e é durante essa atividade de alimentação que o
mosquito inocula no corpo o vírus da Dengue.
Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol
forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há
suspeitas de que alguns ataquem também durante a noite.
COSTA (2009) Pontua que nas Américas, o Aedes Aegypti é o único transmissor desse
vírus com importância epidemiológica. Essa espécie de mosquito é originária da África subsaariana, onde se domesticou e se adaptou ao ambiente urbano, tornando-se antropofílico, e
suas larvas foram encontradas em depósitos artificiais. Esse processo adaptativo vem
permitindo a sua rápida difusão espacial utilizando os mais diversos meios de transporte e o
seu explosivo crescimento nas áreas urbanas.
NUNES (2011) destaca que há quatro tipos sorológicos (1, 2, 3 e 4) do vírus, da
família Flaviviridae, do gene flavivírus, que podem causar a Dengue comum e hemorrágica.
Se uma pessoa for atacada por um desses quatro tipos, ela não fica imune aos demais, o que
significa que pode se contaminar de quatro maneiras diferentes durante sua vida.
2.2 SINTOMAS
A Dengue é caracterizada por um aparecimento súbito de febre alta, acompanhada de
fortes dores de cabeça e dores musculares e nas juntas, náusea, vômito e erupções. Essas
erupções podem aparecer em 3 a 4 dias depois da febre.
Uma pessoa pode ao longo de sua vida sofrer a Dengue quatro vezes, pois cada
sorotipo produz imunidade específica. O tempo de latência, necessário para o surgimento dos
sintomas, é em geral de 5 a 6 dias.
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Os Sintomas da Dengue Clássica: febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor
atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, perda do paladar e apetite, manchas
e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores,
náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo, muitas dores nos ossos
e articulações.
Quanto a Dengue hemorrágica são os mesmos sintomas da Dengue comum. A
diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta: Dores
abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes. pele pálida, fria e úmida, sangramento
pelo nariz, boca e gengivas, manchas vermelhas na pele, sonolência, agitação e confusão
mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória, perda de
consciência.
Na Dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais
de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas.
Quando a pessoa adquire um tipo da doença fica imune, No entanto, esta imunidade
pode trazer malefícios. Como salienta COSTA (2009, p.5).
Apesar de tornar-se imune ao soro tipo viral ao qual foi exposto, após um certo
período, as pessoas tornam-se mais sensíveis aos outros sorotipos, podendo então
depois de ter uma Dengue Clássica, um tipo mais grave da doença.
Neste caso, quando uma pessoa é infectada pela doença deve-se redobrar o cuidado e
alerta para evitar o contágio por uma forma mais grave da doença, que pode trazer transtornos
maiores.
2.3 DIAGNÓSTICO
A infecção é diagnosticada por teste sanguíneo, que detecta a presença do vírus ou de
anticorpos. A doença pode durar até 10 dias, mas a completa recuperação pode levar de 2 a 4
semanas.
ANDRADE (2009) destaca que a Divisão de Doenças Infecciosas do NCID também
relaciona com a Dengue as manifestações de dores musculares e articulares, leucopenia (baixa
do número de leucócitos – os glóbulos brancos de defesa do sangue), trombocitopenia (baixa
do número de plaquetas – células responsáveis pela coagulação do sangue) e manifestações
hemorrágicas, produzindo até mesmo (ocasionalmente) choques hemorrágicos.
2.4 TRATAMENTO
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Não existe tratamento específico para combater o vírus. Sua função é combater a
desidratação e aliviar os sintomas. São seguidos os seguintes procedimentos de acordo com o
MINISTÉRIO DE SAÚDE (2002):
1) HIDRATAÇÃO ORAL
No primeiro dia: Administrar por via oral 80 mL/kg de peso corpóreo (um adulto de
70 kg deve receber: 80mL x 70mL = 5.600 mL ou 5,6 litros). Atenção: 1/3 desse volume deve
ser de soro caseiro 2)
Para combater a febre alta e as dores. a) Dipirona: É o analgésico/antipirético de
escolha. Nas crianças usar 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Nos adultos, 20 a 40 gotas ou 1
comprimido de 500 mg de 6/6 horas.
b) Paracetamol: Em crianças 1 gota/kg de peso de 6/6 horas. Em adultos 1 comprimido
de 500 ou 750 mg de 6/6 horas. Respeitar as doses máximas porque o Paracetamol em doses
mais altas tem toxicidade hepática.
3. A DENGUE NO BRASIL
O Brasil por ter em boa parte do ano um clima quente e úmido torna-se propicio a
quase todos os anos a epidemias de Dengue. Quase todos os Estados brasileiros registram
casos da doença, desde a forma clássica e hemorrágica. Sendo assim nas Américas é o país
que mais registra casos da doença como destaca ANDRADE (2009) apud SIQUEIRA
JÚNIOR.(2005, p.51):
Atualmente, o Brasil é o país das Américas mais afetado em número de casos de
Dengue, sendo responsável por, aproximadamente, 70% dos casos notificados. A
circulação concomitante dos três sorotipos (DENV-1, DENV-2 e DENV-3) na
maioria dos estados tem aumentado o número de casos graves e a taxa de
hospitalização.
Segundo BARRETO (2008) há registros de caso de Dengue no Brasil desde 1846
ocorridas entre 1846 a 1853 nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Após esta epidemia,
foi realizado um trabalho envolvendo cerca de 2.500 guardas sanitários, mas não obtiveram
sucesso na erradicação o mosquito.
Na década de 20, o Rio de Janeiro foi novamente atingido por uma epidemia.
Somente na era Vargas, houve uma luta nacional pela erradicação do Aedes Aegypti. Todavia,
conforme ressalta COSTA (2002) somente em 1942 foi admitida a erradicação do mosquito
em caráter oficial, depois dos resultados dos trabalhos realizados em 1940 pelo serviço de
controle da Febre Amarela no Recife.
Assim, após a década de 50, surgem novas epidemias, atingindo em 1967, a cidade
de Belém no Estado do Pará, provavelmente levada por pneus contrabandeados. Em 1977 em
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Salvador na Bahia passa por um período de infestação do mosquito, chegando ao Rio de
Janeiro em 1977. Em 1981/2, a Dengue foi reintroduzida no Brasil
Com a 1ª epidemia documentada clinica e laboratorialmente, acontecendo em Boa
Vista, no estado de Roraima, com o sorotipo 1 e 4 do Dengue. A partir de então o Brasil vem
sofrendo anualmente com a epidemia de Dengue. Em 1986 acontece uma epidemia em vários
estados da federação como: Ceará, Alagoas, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e
Mato Grosso do Sul.
Em 1986 e 1987 acontece uma grande epidemia no Rio de Janeiro, atingindo mais
de um milhão de pessoas com o sorotipo 1. Em 1990 no Rio de Janeiro aconteceram 463
casos de Dengue hemorrágica, com 8(oito) óbitos, sendo que, outros casos de Dengue
hemorrágica surgiram também nos estados de Tocantins, Alagoas, Bahia e Ceará (SUCEN,
2006).
Em 1990 de acordo com GUIMARÃES (2001) ocorre um recrudescimento de
grandes proporções, consequente ao aumento da circulação do DEN-1 e da introdução do
DEN-2 no Rio de Janeiro, onde a incidência atinge 165,7 por 100 mil habitantes, naquele ano,
e, em 1991, 613,8 casos por 100 mil habitantes. É neste período que surgem os primeiros
registros de Dengue hemorrágico.
Nos anos 2000 a Dengue se alastrou pelo país causando surto m várias regiões do
pais. O ano de 2008 segundo Andrade apoud CATÃO (2010) registrará o número maior de
casos de Dengue ultrapassando 1998, além de casos mais graves com elevados números de
óbitos.
Desde esta época, os casos de Dengue tem tido autos e baixos, onde em alguns anos
há menor número outros anos maiores. O fato é que a doença ainda continua a preocupar tanto
a população como as autoridades de saúde.
3.1 A DENGUE EM RONDÔNIA
A situação do Estado de Rondônia não difere da realidade do país, pois tem na
maioria do ano o clima adequado para a procriação do mosquito transmissor da doença. Estes
fatores climáticos contribuem para que o Estado registrar milhares de casos da doença.
Segundo GUIMARÃES (2001), entre outros fatores, a temperatura e a pluviosidade
afetam a sobrevivência, a reprodução do vetor, as mudanças na sua distribuição e a densidade.
Esses fatores climáticos têm mostrado associação com casos de Dengue. O padrão sazonal de
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incidência da doença coincide com o inverno amazônico, devido a maior ocorrência de chuva
e aumento de temperatura nesta estação.
Outro ponto a ser destacado é que no Estado de Rondônia, a situação epidemiológica
da Dengue alerta para a emergente necessidade de investimentos satisfatórios em ações que
possam combater essa epidemia.
Tais ações devem acontecer por meio de um modelo descentralizado, visando uma
abordagem multissetorial com maior impacto na 4,3 população. Além disso, torna-se
necessário aprimorar o sistema de notificações estadual, com o objetivo de reduzir a
subnotificação e possibilitar, dessa forma, a melhor.
Em Rondônia, conforme destaca a AGEVISA (Agência Estadual de Vigilância em
Saúde) (2014) 67% dos casos notificados este ano são do tipo 4. Além da chegada da nova
mutação da doença,. Considerando a incidência da doença para grupo de 100 mil habitantes,
12 dos 52 municípios de Rondônia estão em situação de risco, Ainda segundo ANVISA,
Porto Velho, a capital, tem 729 casos, seguida de Espigão do Oeste (641 casos) e Alvorada do
Oeste (515).
No interior do Estado de Rondônia, segundo dados da AGEVISA, este ano já foram
notificados 627 casos de Dengue em Rondônia. Os municípios que mais destacaram-se com
casos notificados que foram Vilhena com 254 casos, Ariquemes 77 e Cerejeiras 44.
Já na capital, segundo a SEMUSA (Secretária Municipal de Saúde) , não se teve
nenhum caso confirmado, entretanto nos bairros Nacional, São Cristovão, Cidade do Lobo,
Socialista, Jardim das Américas, JK, 3 Marias e Costa e Silva existem a suspeita de
contaminação.
Agentes sanitários e voluntários realizaram campanhas de prevenção contra a Dengue.
Apenas uma cidade do Estado não teve caso confirmado de Dengue até junho deste ano:
Cujubim, a 230 quilômetros de distância da capital.
Embora se tenha registrado estes casos há um apontamento que neste ano de 2014 os
casos de Dengue no Estado de Rondônia diminuíram conforme a Agevisa:
Os casos de Dengue em Rondônia reduziram 81,69%. O período de análise é o de
29 de dezembro de 2013 e 26 de abril de 2014 em comparação a 29 de dezembro de
2012 e 26 de abril de 2013. De acordo com), um total de 1,940 casos suspeitos da
doença foram registrados durante as 17 semanas, enquanto que no período anterior
foram registrados 10.598 casos. Nenhum óbito foi registrado.(AGEVISA, 2014)
Esta é uma vitória para o Estado que sempre registra um grande número da doença,
mas, todavia, Rondônia esta longe de manter o controle sobre as epidemias da doença, pois as
cidades do Estado carecem de saneamento básico, de uma saúde pública que realmente
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funcione. Além de faltar estratégias que funcione no que compete a limpeza da cidade e
eliminação do foco do mosquito Aedes Aegypti.
3.2 ROLIM DE MOURA
A cidade de Rolim de Moura que possui cerca de 55 807 mil habitantes, situada na
zona da mata, região cercada por matas e rios. Possui um clima quente e úmido boa parte do
ano se torna propício para registro de inúmeros casos de Dengue, todos os anos em
determinadas época os postos de saúde e de hospitais atendem diariamente vários casos.
A cidade sofre com a doença, e pois tem um agravante, não saneamento básico, o que
facilita a criação de mosquitos até mesmo nas fossas domésticas nos períodos chuvosos. A
saúde do município esta em estados precários, e ao longo dos anos campanhas simplórios vem
sendo feitas, com poucos resultados.
Além disto, a cidade é cortada por um rio que recebe lixos diariamente que serve
com ponto de proliferação do mosquito Aedes Aegypti, falta também conscientização dos
moradores sobre a importância da limpeza de seus quintais e manter a cidade limpa, que
contribui para proliferação de mosquitos e outros insetos.
Contudo nem tudo é ruim, neste ano de 2014 devido as grandes chuvas a prefeitura
de Rolim de Moura buscou parceria com o Governo do Estado e o Ministério da Saúde para
combater o mosquito transmissor da Dengue. Buscando o empréstimo de dois carros da
FUNASA (Fundação Nacional de Saúde) de Ji-Paraná, equipados com máquinas de fumacê
pesado, para eliminar os vetores e baixar o índice de infestação geral da cidade.
De acordo com a Secretária Municipal do Município (SEMUSA), as autoridades
fizeram trabalho de campanha, conscientização e alerta da população sobre os possíveis casos
de epidemias na cidade, onde medidas foram tomadas para impedir o proliferamento e
reprodução do mosquito causador da doença.
Todavia, não há garantias que estas medidas trarão resultados, é preciso melhorar a
saúde como um todo, investir em saneamento básico, e na conscientização da população sobre
a importância de adotar medidas preventivas contra o mosquito.
4. A NEGLIGENCIA QUE GERA EPIDEMIAS
A combinação de vários fatores estruturais e conjunturais favorece a expansão e a
manutenção da circulação do vírus e seus vetores. A inadequada infra-estrutura básica urbana
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(habitação deficiente, reservatórios de água inadequados, limpeza de lixo insuficiente, etc.),
decorrente sobretudo da migração rural-urbana nas últimas décadas e da ausência de políticas
públicas, dificulta o controle vetorial.
Aliado estes fatores mencionados, a falta de uma vacina eficaz e segura, a força de
morbidade do agente infeccioso e a alta competência vetorial do Aedes Aegypti, vetor bem
adaptado ao ambiente urbano densamente povoado, com deficiências e estilos de vida da
população que geram habitats ideais para este mosquito, tornam a prevenção da Dengue uma
formidável tarefa quase impossível de ser atingida com os atuais meios disponíveis para sua
prevenção.
As medidas de controle atuais têm por objetivo eliminar esse mosquito em suas
diferentes fases; porém, de modo geral, a efetividade dessas intervenções tem sido muito
baixa, não conseguindo conter a disseminação do vírus e as epidemias se sucedem, em
grandes e, mais recentemente, também em pequenos centros urbanos (Dias, 2006). Temos
também de considerar que, além da baixa efetividade das ações de controle, há altos custos e
implicações desfavoráveis, associadas ao uso de inseticidas .
O componente de saneamento visa reduzir os criadouros potenciais do mosquito
mediante: aporte adequado de água para evitar o seu armazenamento em recipientes que
servirão para oviposição; proteção (cobertura) de recipientes úteis; reciclagem ou destruição
de recipientes inservíveis; e tratamento ou eliminação de criadouros naturais.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Dengue é hoje, um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, onde 2(dois)
bilhões estão sob o risco de serem infectadas. No Brasil, as condições ambientais favoráveis,
como as altas temperatura e umidade, aliada a deterioração da infra-estrutura de saúde
pública, dificulta as ações de combate à Dengue e principalmente de combate ao Aedes
Aegypti.
Este por sua vez, está extremamente adaptado ao ambiente urbano, onde encontra
todas as condições para o seu desenvolvimento e proliferação. A fêmea do Aedes Aegypti é
hematófaga, antropofílica e transmite o vírus da Dengue quando pica um ser humano
susceptível. Além desta predileção por sangue humano, os recipientes retentores de água
largamente utilizados pela população, servem como criadouros potenciais para o crescimento
das larvas do mosquito.
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Além destas dificuldades envolvendo o combate à Dengue, a notificação dos casos,
por parte das autoridades de saúde, nem sempre é correta, uma vez que os primeiros sintomas
desta enfermidade são facilmente confundidos com os de outras doenças febris de etiologia
viral.
A cidade de Rolim de Moura é vítima da falta de uma política de saúde pública que
realmente funcione, pois não há saneamento básico, a saúde encontra-se me situação precária,
o que dificulta um trabalho que efetivo de combate a doença.
Por fim, não é errado afirmar que se não houver investimento no saneamento básico,
um trabalho efetivo de combate ao foco da doença, e uma vacina que funcione e seja
acessível a Dengue continuará a ser uma doença que causa transformo e até mortes em todo o
Brasil.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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12
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