M/16 MECENAS DA TEMPORADA 2010 dossier de apresentação SINOPSE Amor com Amor se Paga (Um acto teatral para Mário Viegas) é uma peça, ou melhor, é um conjunto de actos teatrais, que se assumem no seu todo como uma sentida homenagem ao co-fundador da Companhia Teatral do Chiado no ano em que esta comemora 20 anos de actividade artística. Juvenal Garcês assume-se como Mestre de Cerimónias deste espectáculo, acumulando a função de encenador e “aparador” de textos da autoria de Anton Tchékhov, August Strindberg, Henrik Ibsen e Karl Valentin. Sempre de uma forma cómica, o espectáculo aborda temas como o amor, a desilusão e a perda. É a transposição cénica da máxima de Mário Viegas: “A vida é uma anedota muito séria”. É o espectáculo que teria posto Mário Viegas a chorar a rir e a rir de tanto chorar. Mas sempre a rir. CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA M16 Dossier Apresentação 2 SOBRE A COMPANHIA Quando em 1989 os actores Mário Viegas e Juvenal Garcês põem em cena com assinalável êxito O Regresso de Bucha e Estica, espectáculo construído a partir da adaptação de vários textos de Stan Laurel, era dado um passo decisivo para a fundação da Companhia Teatral do Chiado [CTC] em 1990 (Dezembro) concretizando o desejo mútuo de pôr em prática uma sensibilidade estético-teatral comum, em grande medida contra a corrente prevalecente à época ao consagrar um repertório reabilitador do chamado teatro popular e convocatório de novos e de antigos públicos. E essa visão própria da arte teatral seria expressa indelevelmente nas suas encenações que, com excepções episódicas, conhecem dois ciclos: um até 1995 com a marca autoral de Mário Viegas e o actual, iniciado em 1996, com a assinatura de Juvenal Garcês. Sem constituir um espartilho programático, este acto inaugural prenunciaria a importância que o registo de comédia, no seu sentido mais lato, assumiria no repertório da Companhia: A Birra do Morto, farsa de Vicente Sanches em 1990, e primeiro espectáculo da CTC em nome próprio,as duas peças de Eduardo de Filippo em 1992, respectivamente Nápoles Milionária (comédia dramática) e A Arte da Comédia, com reincidência feliz de crítica e de público em 1994 com A Grande Magia, a peça do também italiano Peppino de Fillippo Um Suicídio Colectivo em 1992, com encenação de Filipe Crawford, a tripla abordagem à obra do dramaturgo inglês Peter Shaffer, a primeira em 1995 com a peça Uma Comédia às Escuras e a segunda com o díptico Um Ouvido Só Para Ele e Um Olho Para Toda a Gente em 2000, e na esteira do gosto pela encenação de dramaturgia anglo-saxónica O Mocho e a Gatinha de Bill Manhoff e Paris É Uma Miragem de John Godber, nos anos consecutivos de 2004 e 2005, confirmam um itinerário de comédia capaz de criar e manter uma corrente de público, apta, contudo, a outras propostas artísticas da Companhia. Explorando o sentido festivo e burlesco da farsa de Vicente Sanches, o cénico do Chiado encenaria outras três farsas, momentos de não menor exultação criativa: em 1996, As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos de Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer, cuja permanência em cena há mais de treze anos (consecutivos) a consagram como o maior êxito teatral português, em 2006 As Vampiras Lésbicas de Sodoma do consagrado actor e dramaturgo norte-americano Charles Busch, em cartaz há quatro anos, e em 2007 A Bíblia – Toda a Palavra de Deus (d’uma assentada) de Adam Long, Austin Tichenor e Reed Martin, confirmando todas elas, com salas esgotadas,a vitalidade do género. Dossier Apresentação 3 Mas o repertório da CTC, num trajecto de dezoito anos de actividade, inclui também encenações de tragi-comédias como Ensaio Geral, em 1997, do prolífico dramaturgo norte-americano Israel Horovitz e a visitação em diversas ocasiões à obra de Samuel Beckett, um dos precursores do chamado teatro moderno: em 1991 e 1993 com A Última Badana de Krapp, Enquanto Se Está à Espera de Godot, também em 1993, e em 1995 com os textos Vai e Vem e Acto Sem Palavras II, sob o título Duas Comédias Sem Palavras e respectivamente com encenações de Sandra Faleiro e Carlos Pisco, e em 2003 com a encenação solar de Oh Que Ricos Dias, peça com a qual se inaugura o Teatro-Estúdio Mário Viegas, resultado da reconstrução e requalificação arquitectónica e técnica da antiga Sala-Estúdio do Teatro São Luiz e justificada homenagem ao actor, encenador, tradutor e empresário teatral Mário Viegas, a quem a edilidade lisboeta reconhecidamente concedera a sua exploração artística em 1990 e cujo génio criativo e interpretativo foi por demais evidenciado nos espectáculos a solo: logo em 1991 com Mário Gin-Tónico Volta a Atacar, adaptação de textos inéditos de Mário-Henrique Leiria, do mesmo ano ainda Tótó, adaptação de textos inéditos de António de Curtis (Tótó), António dos Santos (Tóssan) e outros poetas de nome António, tais como: António Botto, António José Forte, António Nobre, António Aleixo e António Reis, em 1994 com o irreverente Europa Não! Portugal Nunca!!! e ainda no pretérito ano de 1993, também sob concepção sua, o espectáculo de poesia Aquela Nuvem e Outras, de Eugénio de Andrade; todos eles obtendo enorme êxito de público e de crítica, confirmando o seu inequívoco estatuto de ‘vedeta’. Pedra angular no repertório da Companhia é do mesmo modo o espaço concedido ao drama: em 1994 o espectáculo Ensaio de Um Sonho, baseado em textos de Ingmar Bergman e August Strindberg, constituiu-se como primeiro momento dedicado a este género teatral e o acolhimento auspicioso então obtido iria favorecer outras incursões, uma delas em 1996 com a peça Dá Raiva Olhar Para Trás, do dramaturgo e argumentista inglês John Osborne, em 1998 uma outra ainda que assinalará o regresso à obra de Israel Horovitz, a peça Fora de Jogo, constituída por duas peças em um acto: Pêra Doce e Jogo da Macaca. Nesse ano ainda e no subsequente ano de 1999 e confirmando a maturidade artística da Companhia dar-se-ia palco à grande dramaturgia nórdica através dos seus mais proeminentes autores: respectivamente com Hedda Gabler, do norueguês Henrik Ibsen, a que se retornaria em 2005 com A Casa da Boneca, e A Menina Júlia, do sueco August Strindberg. Por direito próprio inclui-se neste rol a estreia em 2005 da peça Antes de Começar, fábula de Almada Negreiros, o grande dramaturgo português do séc. XX. Se a primazia do repertório encenado tem sido inequivocamente dirigido ao público adulto, registe-se contudo três momentos de atenção ao público infanto-juvenil, todos eles a partir de dramaturgia de autores portugueses, cuja rememoração terá continuidade com a estreia já para a nova temporada do espectáculo Perguntem aos Vossos Gatos e aos Vossos Cães, adaptação do texto de Manuel António Pina: um primeiro em 1991 com O Cantinho de Maria, de Maria Vieira, e outros dois a partir de textos da autoria de José Jorge Letria, O Pirata Que Não Sabia Ler, com encenação de João Carracedo, em 1998, e Lendas do Mar, com encenação de Manuel Mendes, em 2004. Dossier Apresentação 4 Desde 1990 a Companhia tem desenvolvido, com pertinência do seu nome, uma actividade ‘teatral’ em sentido próprio, isto é: fazendo do trabalho performativo (tradução, adaptação, encenação e interpretação) a sugestão para um conjunto doutras iniciativas vivificadoras do teatro, como por exemplo Chá das Cinco no Chiado Com, em 1994, encontros de diálogo aberto e livre entre o público e vários actores de gerações diferentes - apresentados por Mário Viegas. Por duas vezes, 1992 e 1995, a CTC empreendeu à realização de Feiras do Livro de Teatro, proporcionando a troca de centenas de publicações nacionais e estrangeiras indisponíveis nas livrarias. Registo também para a realização de exposições temáticas (Samuel Beckett, Laurel & Hardy [Bucha & Estica], Tóssan [quadros, desenhos e gravuras inéditos], etc.), sessões videográficas (obras inéditas em Portugal de Samuel Beckett, Eduardo De Filippo, Stan Laurel & Olivier Harddy e de diversas produções teatrais nacionais e internacionais), lançamento de livros e discos (O Libertino Passeia-se por Braga, de Luís Pacheco; Auto-Foto-Biografia Não Autorizada, de Mário Viegas e Múgica, de Amélia Muge) e uma significativa política de acolhimento, num total de vinte e três produções, contemplando teatro, poesia, música (sobressaindo as cincos edições da Festa do Jazz), dança contemporânea, clássica e flamenco e, inédito, uma estreia duma curta-metragem dum jovem realizador português, política essa que no mais confirma a abertura da Companhia e do seu espaço a outras vivências e sensibilidades criativas. Dossier Apresentação 5 FICHA TÉCNICA FICHA DO ESPECTÁCULO INTERPRETAÇÃO: Alexandra Sargento, Emanuel Arada, João Carracedo, Manuela Cassola, Maximilian Paul, Aritz Bengoa ENCENAÇÃO: Juvenal Garcês ESCOLHA DE FIGURINOS: Luciano Cavaco ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO: Aritz Bengoa CONTRA-REGRA: Aritz Bengoa PRODUÇÃO: Companhia Teatral do Chiado LOCAL: Teatro-Estúdio Mário Viegas CLASSIFICAÇÃO: M/16 Companhia Teatral do Chiado Teatro-Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro, 1200 – 330 Lisboa Tel.: 213 257 652 Fax: 213 257 656 E-mail: [email protected] Site: www.companhiateatraldochiado.pt FICHA DE APOIO E PATROCÍNIOS Mecenas da temporada 2010: Patrocinador Principal: Apoios e Patrocínios: Apoio Institucional: Dossier Apresentação 6 ENCENAção JUVENAL GARCÊS Nasceu na ilha da Madeira, a 31 de Maio de 1961. Iniciou-se no Teatro Experimental do Funchal e teve a sua estreia como profissional em 1980, na peça Baal, de Bertolt Brecht, encenada por João Lourenço. Até 1990, foi actor em múltiplos espectáculos. Destaque para três encenações de Xosé Blanco Gil em que participou: Gardel, El Dia Que Me Quieras, de Ignacio Cabrujas; A Celestina, de Fernando Rojas; e Ai Que Saltinhos Me Dá oCoração, com textos de Anton Tchekov. Foi também dirigido por Filipe La Féria, na Casa da Comédia, nomeadamente em A Marquesa de Sade, de Yukio Mishima, e Electra, de Marguerite Yourcenar. Voltou a representar Anton Tchekov, agora sob a direcção de Mário Viegas, no espectáculo Deus os Fez, Deus os Juntou. E, dirigido por Carlos Avilez, entrou ainda na peça Jedermann, de Hugo von Hofmannsthal. Depois de ter protagonizado a comédia itinerante O Regresso de Bucha e Estica (sobre textos de Stan Laurel e Oliver Hardy), associou-se ao actor e encenador Mário Viegas para fundar, em 1990, a Companhia Teatral do Chiado. Destacam-se, de 1990 a 1995, os papéis que desempenhou na C.T.C. em peças encenadas por Mário Viegas: A Birra do Morto, de Vicente Sanches; Nápoles Milionária e A Arte da Comédia, de Eduardo de Filippo; Enquanto se Está à Espera de Godot, de Samuel Beckett; O Ensaio de um Sonho, de August Strindberg e Ingmar Bergman; A Grande Magia, de Eduardo de Filippo; e Uma Comédia às Escuras, de Peter Shaffer. Com encenação de Filipe Crawford, participou também no espectáculo Um Suicídio Colectivo, da autoria de Peppino de Filippo. Após a morte de Mário Viegas, em 1996, assumiu a Direcção Artística da Companhia Teatral do Chiado e passou a ser o seu encenador principal. Estreou-se nesta função com a peça Dá Raiva Olhar Para Trás, de John Osborne. Desde aí dirigiu os seguintes espectáculos: As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos (Adam Long, Jess Borgeson, Daniel Singer),êxito de público há mais de 12 anos em cena; Ensaio Geral (duas peças de Israel Horovitz: Acrobatas e Linha); Fora de Jogo (duas peças de Israel Horovitz: Pêra Doce e Jogo da Macaca); Hedda Gabler, A Casa da Boneca e Rosmersholm (Outubro de 2007) de Henrik Ibsen; A Menina Júlia de August Strindberg; Um Ouvido Só Para Ele (onde regressou ao palco como actor) e Um Olho Para Toda a Gente, ambas de Peter Shaffer; Oh Que Ricos Dias, de Samuel Beckett, a peça que inaugurou, em 2003, a nova sala do Teatro-Estúdio Mário Viegas; O Mocho e a Gatinha, de Bill Manhoff; Paris É Uma Miragem, de John Godber; Antes de Começar, de Almada Negreiros; As Vampiras Lésbicas de Sodoma, de Charles Busch (em cena há três anos); A Bíblia – A Palavra de Deus d’uma assentada, de Adam Long, Reed Martin e Austin Tichenor e A Arte do Crime, um policial de Richard Harris. Dossier Apresentação 7 ELENCO JOÃO CARRACEDO Nasceu em Lisboa, a 21 de Agosto de 1968. Tem o Curso de Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema, concluído em 1995. Antes disso, concluíra, sob a direcção de Adolfo Gutkin, o Curso de Formação de Actores do IFICT, em 1992. Estreou-se como actor nesse mesmo ano, representando uma adaptação teatral do romance Os Possessos, de Dostoievski, encenada por Aldona Skiba-Lickel. E foi ainda em 1992 que passou a integrar o elenco da Companhia Teatral do Chiado, participando em vários espectáculos dirigidos por Mário Viegas: Nápoles Milionária, A Arte da Comédia e A Grande Magia, todos de Eduardo de Filippo; Enquanto Se Está À Espera de Godot, de Samuel Beckett; Uma Comédia às Escuras, de Peter Shaffer. Com encenação de Filipe Crawford, integrou o elenco da peça Um Suicídio Colectivo, de Peppino de Filippo. A partir de 1996 e já sob a direcção de Juvenal Garcês, representa As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos (actualmente em cena) e participa nas peças Um Ouvido Só Para Ele e Um Ouvido Para Toda a Gente, de Peter Shaffer, As Vampiras Lésbicas de Sodoma, de Adam Long, Reed Martim e Austin Tichenor. Em 1998, representa Gases, de René d’Obaldia, numa encenação de Joaquim Nicolau, e estreia-se como encenador na peça infantil O Pirata Que Não Sabia Ler, de José Jorge Letria, onde também participou como actor. Dossier Apresentação 8 EMANUEL ARADA Nasceu a 22 de Março 1978. Frequenta o 3.º ano do Curso de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema a que acrescem os workshops de Técnica da Máscara I, orientado por André Gago, e Técnica de Clown e de Bufão, orientado por João Ricardo; frequentou também o curso de História da Faculdade de Letras de Lisboa. Inicia a sua experiência como actor em 1998 na peça Tristão e Aspecto da Flor, de Francisco Luís Parreira, encenada pelo autor, por Paula Sousa e por Ana Paula Vinagre para o Teatro do Gil, onde também representou Quando eu Sonhava era assim…, a partir de textos de Almeida Garrett, (1999) e Hom’Eça, a partir de textos de Eça de Queiroz (2000), ambas também com adaptação e encenação de Paula Sousa e Ana Paula Vinagre. Em 2001 estreia-se como actor profissional e inicia uma colaboração regular no Espaço Teatroesfera onde participa em diversos espectáculos: O Sangue, a partir de O Sangue, de Camilo Castelo Branco, com adaptação e encenação de Fernando Gomes (2001), Kikapoo, de e encenada por Paula Sousa (2001), Cíntia Prometida, de e encenada por Paulo Oom (2002), A Saque, de Joe Orton, com encenação de Almeno Gonçalves (2002), Não Há 4 sem 3, a partir de A Senha de José Carretas e Teresa Faria, com encenação de Teresa Faria (2002), S.O.Eça, a partir de Eça de Queiroz, adaptação e encenação de Paula Sousa e Paulo Oom (2003), Anónimos, a partir de textos de José Carretas, Teresa Faria, Manuel de Lima e Daniil Harms, com adaptação e encenação de Paula Sousa e Paulo Oom (2003), Galináceos, de Paula Sousa e Paulo Oom com encenação dos próprios, Nuvem Avariada de João Ricardo e Paula Sousa e encenação dos próprios (2005) e Nem tudo começa com um beijo, de Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira, com dramaturgia de Paulo Oom e encenação de João Ricardo (2006). Ainda em 2004, numa Co-Produção Trigo Limpo, Teatro ACERT e Teatroesfera integra o elenco do espectáculo Num Abril e Fechar d’Olhos, a partir de textos de Abril, com encenação de José Rui Martins. No mesmo ano, mas pela Actus, participa em três clássicos da dramaturgia portuguesa: Frei Luís de Sousa, de Almeda Garrett, Auto da Barca do Inferno e Auto da Índia, de Gil Vicente. Pela Associação Tenda participa no espectáculo Velho Ciumento, de Cervantes, numa encenação colectiva para apresentação na Feira da Luz (2005). No ano anterior, agora pelo Teatromosca, integra o elenco da peça Depois de Julieta, de Sharmman McDonald e encenação de Ruben Tiago. Fez parte ainda dos elencos das peças Blhac, sobre boas maneiras, com encenação de Pedro Saavedra, pela PROTO-Associação Teatro Observatório (2006), Expurga, a partir de Zowie, de Sergi Pompermayer, com adaptação e encenação de João Ricardo (2006), Hamlet, de William Shakespeare, numa tradução e encenação de André Gago (2007), Visões sobre Cemitério de Pianos, a partir de Cemitério de Pianos, de José Luís Peixoto, adaptação e encenação de Luís Castro (2007). Já em 2008 participa no espectáculo Polegarzinho, a partir de Pollicino, de Hans Werner Hen, com adaptação e encenação de Marcantónio del Carlo e estreou em Novembro, pela Companhia Teatral do Chiado, o drama policial A Arte do Crime, de Richard Harris, com encenação de Juvenal Garcês. A sua actividade como actor inclui ainda participações especiais para televisão: Inspector Max [1.ª e 2.ª séries] (respectivamente em 2004 e 2005, NBP para a TVI), telenovela Mundo Meu (2005, NBP para a TVI) e a série Conta-me como foi (2007, SP Filmes para a RTP); e teatro radiofónico, sob direcção de Francisco Luís Parreira: Otelo, de sua autoria (2006), Rafael Sanchez reconta “Era uma vez no Oeste”, de Eberhard Petschinka & Rafael Sanchez, (2007) e A Noite, de Harold Pinter, todas para a RDPAntena2. Estreia-se em cinema com a participação no filme 20,13 (Purgatório), de Joaquim Leitão (2006). Reparte ainda a sua actividade como actor em trabalhos de animação e dobragem. Dossier Apresentação 9 ALEXANDRA SARGENTO Nasceu a 28 de Outubro de 1975, em Almada. Foi actriz residente na Companhia de Teatro de Almada, entre 1998 e 2001. Terminou o Curso Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo (12º ano), do Chapitô, em 1996. Realizou uma especialização em técnicas de fogo, trapézio e animação de rua. Teve formação Teatral com Yolanda Alves, no Teatro de Papel, 1993-98; e com Luísa Cruz. Estagiou com Marcia Haufrecht (2009), com Peter Michael Dietz (bailarino e coreógrafo - 2008), com John Romão (actor e encenador; 2007), com Inês Nogueira (expressão teatral - 2001), com Etelvino Vázquez (encenador do Teatro del Norte, Espanha - 1992), com Theodoros Terzopoulos (encenador do Attis Theatre, Grécia - 1993), com Peter Michael Dietz (bailarino e coreógrafo - 1993), com Nola Rae (mimo - 1994) e com John Been (criador de espectáculos de rua - 1995). A sua primeira participação no teatro ocorreu em 1991, no Teatro de Papel, na peça O Aniversário da Infanta, de Oscar Wilde, em 1991/92. Em 1992/93 participou em Alazon, de Plauto, e em 1993/04, em Medeia, de Eurípides, todas sob a encenação de Y. Alves. Em 1993, entrou em Humanauta, com texto e encenação de João Garcia Miguel, da Olho; seguiu-se o Mestre Ubu, de Alfred Jarry, do Chapitô, com encenação de José Wallenstein (1994). No ano seguinte participou em TAC, poemas de Alexandre O’Neill, também do Chapitô, com encenação de Nuno Carinhas. Em 1996 actuou n’A Casa de Bernarda Alba, de Federico García Lorca, pela Companhia das Calendas, com encenação de Y. Alves; n’O Mosquito ZZZ, deOrlando Neves, e na peça Morte, de Woody Allen, ambas pelo Teatro de Papel e com encenação de Y. Alves. Ainda no mesmo ano participou em Avestruz...Truz...Truz, inspirado num texto de Mrozeck, pelo Chapitô, uma criação da própria em parceria com Marta Mateus, com encenação de Miguel Guilherme; e no espectáculo de rua As 1001 Noites, de Els Comediants. Em 1997, fez O Carteiro de Pablo Neruda, de Carlos Porto/Antonio Skármeta, da CTA, com encenação de J. Benite, e 3, 2, 1,...0; Dramaturgia de Alexandra Sargento, com coreografia de Cláudia Dias. Pela CTA, participou nas Aventuras de Guinhol, com dramaturgia e encenação de Teresa Gafeira (1998); no Memorial do Convento, de Carlos Porto/José Saramago, e encenação de Joaquim Benite (1999); n’O Corcunda por Amor/O Noivado no Dafundo, de Almeida Garrett, e encenação de Vítor Gonçalves (1999/2000). Pela Companhia de Teatro de Almada participou, em 2001, nas peças Mãe Coragem, de Bertolt Brecht., com encenação de Joaquim Benite, e O Barbeiro de Sevilha, uma adaptação da ópera de Rossini, com encenação de Teresa Gafeira. Em 2002, entrou em Salomé, de Oscar Wilde, Ninho de Víboras, com encenação de Karas; em Ecos, poesia de Herberto Helder, com encenação da própria; e iniciou a peça Falar Verdade a Mentir, de Almeida Garret, no Teatro o sonho, que esteve em cena até 2006. Nos anos de 2003/2004, participou nas peças Kvetch, de Steven Berkoff, Ninho de Víboras, com encenação de Eduardo Condorcet; e Inimigos, de Nigel Williams, Inimpetos, com encenação de Pedro Barão. Actuou ainda em Hamlet Da Silva, com encenação de Eduardo Condorcet, e no Auto Da Barca Do Inferno, de Gil Vicente, pelo Teatro o Sonho, ambas nos anos de 2005/2006; em Lídia – Mulher Bomba, com encenação de Cláudio da Silva, Encontros Imediatos do Festival Alkantara (2006); em Feliz Aniversário, de Harold Pinter, com encenação de Karas (2007,2008); em Tontos, de Maria João Garcia e Vítor de Andrade, com encenação de Maria João Garcia (2008); em Apenas jardim, de Hugo Amaro e Alexandra Sargento, no Teatro da Trindade, com encenação de Hugo Amaro (2008); em Concerto para 3 Irmãs, na Casa de teatro de Sintra, com encenação de João de Mello Alvim (2008); em Terra de Fuga, de Eduardo Condorcet, Ninho de Viboras, no Teatro Da Trindade, com encenação de Eduardo Condorcet (2008); e em Não se paga. Não se paga, de Dário Fo, da Casa de Teatro de Sintra, com encenação de João de Mello Alvim (2009). Ingressou na Companhia Teatral do Chiado com a peça A Dama de Copas e o Rei de Cuba, de Timochenco Whebi, sob encenação de Juvenal Garcês, no ano de 2009, Dossier Apresentação 10 Contactos Morada: Companhia Teatral do Chiado Teatro-Estúdio Mário Viegas Largo do Picadeiro 1200 – 330 Lisboa Produção Telefone: (351) 213 257 641 . (351) 213 461 306 Fax: (351) 213 257 656 Bilheteira e Informações Telefone: (351) 213 257 652 . (351) 707 234 234 (Ticketline) Fax: (351) 213 257 656 Horário de Bilheteira Segunda a Sexta das 14h às 20h Sábados, Domingos e Feriados das 17h às 20h Horário de Páscoa Dia 10 e 11 deAbril, das 17 às 20h; Dia 12 de Abril – ENCERRADA Dossier Apresentação 11 autores Anton Tchekhov Importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno. Nasceu em Taganrog, no sul da Rússia, em Janeiro de 1860. Terminou os estudos de Medicina em 1884 e começou a exercer nos arredores de Moscovo. Para ajudar financeiramente a família, faz pequenos trabalhos jornalísticos e as primeiras tentativas literárias. Em 1887 ganhou o Prémio Pushkhin da Academia Russa e grande popularidade, com a sua segunda antologia de contos. É no final da sua curta vida – morreu aos quarenta e quatro anos - que escreve as peças que o consagram como grande dramaturgo: A Gaivota, Tio Vânia, As Três Irmãs e O Cerejal. Karl Valentin Karl Valentin é um autor alemão, do início do século XX, cujo nome verdadeiro era Valentin Ludwig Fey. Foi comediante, autor e produtor de filmes e teve grande influência na cultura alemã. Com um humor aguçado, viveu no pós-guerra e tratou o assunto com fina ironia. O humor de suas peças reside entre o Dadaísmo e o Expressionismo. Seu trabalho centrava-se ao redor de jogos de palavras. Bertold Brecht disse uma vez que foi Karl Valentin que o ensinou a escrever peças. Segundo Mark Stevens You’ll Laugh, You’ll Cry, Karl Valentin foi o Charles Chaplin dos dadaístas de Munique. August Strindberg Pintor, escritor e dramaturgo sueco, é autor, entre outros, de O Pelicano. Figura ao lado de Henrik Ibsen, Søren Kierkegaard e Hans Christian Andersen como o maior escritor escandinavo. É um dos pais do teatro moderno. Seus trabalhos são classificados como pertencentes os movimentos literários Naturalismo e Expressionismo.Frequentou a Universidade de Uppsala, que abandonou para trabalhar como jornalista e actor, até que ingressou na Biblioteca Real, em 1874, o que lhe permitiu assegurar o seu futuro económico. As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard e aí transparece uma personalidade amarga e torturada: O Livre Pensador, Hermion, O Professor Olof, A Viagem de Pedro Afortunado e A Mulher do Cavaleiro Bent. O fracasso do seu primeiro matrimónio deu à sua obra um tom misógino, que está patente, em especial, nos contos de Esposos e nos dramas de carácter naturalista Camaradas, O Pai e A Menina Júlia, a sua obra mais importante. Henrik Ibsen Ibsen nasceu em Skien, pequena cidade do sul da Noruega, no seio de uma família de profissionais da marinha mercante. Passou 6 anos da sua infância numa situação de grande pobreza devido aos negócios de seu pai não terem corrido de feição, o que o levou a empregar-se, ainda muito jovem, como aprendiz de farmácia em Grimstad. Permaneceu nestas funções até 1849, altura em que entrou para o Curso de Medicina da Universidade de Cristiânia (antigo nome de Oslo). Escrevera, entretanto, o drama em três actos Catilina, inspirado nos estudos que fizera da obra homónima de Cícero. O êxito obtido com esta peça desviou-o completamente do curso de medicina. Em Novembro de 1851, empregou-se como gerente do Teatro de Bergen. Em 1856, teatros noruegueses e suecos apresentaram o seu primeiro drama: O Banquete de Solhang. Em 1857, passou a desempenhar as funções de director do Teatro Norueguês em Cristiânia, tendo feito representar três peças suas, entre as quais A Comédia do Amor. Mas se as suas peças foram um êxito, o mesmo não se poderá dizer do modo como administrou o teatro que acabaria por ir à falência. Tendo tido dificuldade em se empregar, vai para o estrangeiro durante 10 anos, primeiramente para Roma e posteriormente para Dresda. Mandaria, no entanto, as peças que ia escrevendo para o seu país natal. Em 1891, volta à Noruega, fixando-se em Cristiânia. Entre as suas principais ideias poder-se-á referir a suprema importância que deu ao carácter individual da personalidade e a sua crença de que o maior mal que se pode cometer é o da negação do amor. Viu no desenvolvimento e florescimento psíquico do indivíduo a única esperança de uma sociedade realmente culta, tendo combatido contra o cristianismo convencional em nome de um Cristianismo mais genuíno e intenso. Dossier Apresentação 12 espectáculos mais emblemáticos Oh que ricos dias! Na famosa peça de Samuel Beckett, estreada em Nova Iorque em 1961, e que a Companhia apresentou em Portugal no ano de 2003, Winnie é uma mulher com cerca de cinquenta anos, que aparece enterrada até à cintura, falando num quase monólogo que tem por única testemunha o seu marido Willie. Mas que faz Winnie, além de falar? Quase nada. Esfrega os dentes, lima as unhas, pinta os lábios, põe e tira um chapéu. E reza. Mas no segundo acto, Winnie só pode falar: está agora enterrada até ao pescoço e, se no primeiro acto já não dispunha das pernas, neste já não dispõe das mãos. Enterrada viva, o seu pequeno mundo reduz-se ao pouco que consegue ver. E continua a falar. A Menina Júlia Considerada a obra-prima de August Strindberg, “A Menina Júlia...” relata-nos a atracção e o choque entre uma jovem aristocrata, filha de um conde, e o criado de seu pai. Na adaptação feita pela CTC, a acção desenrola-se na cozinha da casa senhorial, na noite de S. João. Júlia seduz Jean... Quando percebe a situação em que se coloca resolve fugir com Jean e, para conseguir dinheiro para a viagem, assalta o escritório do pai. Já de manhã, o conde regressa a casa e Júlia, aterrorizada com o que o futuro lhe reserva e induzida por Jean, resolve suicidar-se. Cristina, a cozinheira e noiva de Jean, assiste ao nascimento desta relação sempre com o olhar resignado de quem sabe pertencer a uma classe menos favorecida. Strindberg faz com que estas três personagens se movam, tendo sempre como pano de fundo a guerra dos sexos e a luta de classes. Um texto altamente político sob a capa de uma intriga aparentemente romântica. Dossier Apresentação 13 Hedda Gabler Hedda Gabler faz parte das obras de fase final de Henrik Ibsen, dramaturgo e poeta norueguês, principal representante da literatura escandinava no século XIX, que escreveu Hedda Gabler em 1890. Em 1998, a CTC, representou a peça que retrata Hedda, uma mulher fria, egoísta, perversa e manipuladora, que vive com pouco empenho o casamento, a promissora carreira do marido, a casa remodelada, a vida nova e a sombra da maternidade. A peça, encenada por Juvenal Garcês, combinou mistério e humor, diálogos e acção, realismo, tragédia e, sobretudo, muitas perguntas sem respostas. As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos Este espectáculo, escrito por Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer, é uma condensação de alta velocidade, género montanha-russa, das obras do grande dramaturgo inglês, William Shakespeare. Uma comédia / farsa hilariante que revisita as trinta e sete obras de Shakespeare: as tragédias, as comédias, as peças históricas e até os sonetos! Este enorme êxito teatral português, conforme toda a crítica o atesta, está em cena há mais de 13 anos. As Vampiras Lésbicas de Sodoma Com As Vampiras Lésbicas de Sodoma, a CTC orgulha-se de apresentar ao público português uma das mais originais figuras do showbizz da actualidade: o dramaturgo, actor, estrela de cinema, artista e romancista Charles Busch. «As Vampiras Lésbicas» é uma mistura de sangue, ódio, ciúme, inveja, paixão, êxtase, perfídia e luxúria, que começa nos tempos bíblicos até aos dias de hoje. Rita Lello, Simão Rubim, João Carrecedo, João Marta, Manuel Mendes e Pedro Luzindro fizeram parte do elenco da peça que esteve quase cinco anos em cena no Teatro-Estúdio Dossier Apresentação 14 destaques “Mário Viegas: Saudades e Brindes” In Expresso “Companhia Teatral do Chiado Celebra Mário Viegas nos 20 anos de Fundação” In Jornal de Notícias Dossier Apresentação 15 “Vinte anos de CTC – Actos de Amor e Liberdade” In Jornal das Letras “Rir como na Broadway – CTC faz 20 anos e dedica uma peça ao fundador: Mário Viegas” In SOL Dossier Apresentação 16 www.companhiateatraldochiado.pt