Cozinheiros - Companhia de Teatro de Almada

Propaganda
Cozinheiros
Teatro Municipal de Almada
9 e 10 de Outubro
21h30 e Dom às 16h, Sala Experimental
M/12
Ficha técnica
Texto e encenação: Nuno Pinto CUSTÓDIO
Intérpretes: Alexandre BARATA, Carlos PEREIRA, Pedro DIOGO, Ricardo
BRITO
Cenografia e Figurinos: Marta CARREIRAS
Desenho de Luz e Operação Técnica: Pedro FINO
Sonoplastia: Albrecht LOPES
Fotografia: António SUPICO
Duração: 70 minutos
Produção: ESTE – Estação Teatral
Sinopse
O ponto de partida foi um texto consagrado do início da segunda metade do
século XX, como motor de um espectáculo moderno para um público moderno.
O mundo como uma cozinha, onde os homens vão e vêm sem poderem ficar o
tempo suficiente. O mundo onde as amizades, os amores, as desinteligências
se apagam tão depressa quanto se acendem. A cozinha de um grande
restaurante como um manicómio ou como a sociedade onde “ter” está na razão
inversa de “ser”.
Fazendo um estudo de A Cozinha de Arnold Wesker, a ESTE experimenta de
uma forma conceptual um trabalho drástico ao nível da síntese ao mesmo
tempo em que explora o sentido da comunicação. Um espectáculo
eminentemente físico e gestual onde a verosimilhança se suporta na
capacidade de acreditar de quem faz e de quem vê.
Trabalha-se no sentido de descobrir "a peça que pediu para ser feita".
A companhia
A ESTE - Estação Teatral da Beira Interior - é uma companhia sedeada no Fundão
que tem como objectivo nuclear a produção de espectáculos através de uma vocação
artística e pedagógica que visa promover e fomentar a criação e formação de públicos.
Desse modo, a sua actividade está fortemente vocacionada para a centralização do
trabalho do actor, numa perspectiva de Teatro em Urgência, ou seja de uma actividade
pensada e preparada para acontecer em meios não-convencionais, com público nãoconvencional.
Esta vertente engloba, igualmente, uma forte natureza para a itinerância, fazendo com
que o teatro vá verdadeiramente ao encontra das pessoas. Agilidade, flexibilidade,
adaptação, polivalência e abrangência são, portanto, termos que caracterizam a
actividade desta unidade. Do ponto de vista artístico, as suas criações estarão
vocacionadas para o uso de ferramentas de trabalho que valorizem a expressão
corporal, colocando o gesto e a palavra num mesmo plano. O teatro gestual, a
pantomima, a Commedia dell´Arte, a Máscara, a improvisação, a criação colectiva, o
teatro de sugestão são, por assim dizer, campos privilegiados de actuação, sem
menosprezar o objecto texto ou a verbalidade, antes, na perspectiva da sua
valorização. Num país e numa região com poucos hábitos culturais e artísticos, a
ESTE trabalhará no sentido de tornar o teatro mais acessível, para que este se possa
tornar também uma realidade nos hábitos e no quotidiano das pessoas.
Em nenhuma altura estas intenções deverão ser confundidas com facilitismo, ligeireza
ou populismo. A forma desta companhia chegar às pessoas prende-se com a natureza
dos seus projectos, direccionados para situações que não requeiram meios demasiado
complexos, apostando-se em seguida numa prática dramatúrgica e de encenação
fortíssima, apoiada por um não menos valioso trabalho de actor. Actor esse que, com
todo o seu corpo, com todo o seu potencial artístico, técnico e cultural, se encarregará
de fazer do teatro uma realidade viva e gratificante no proporcionar de encontros com
uma comunidade. Também no encalço destes objectivos, que se prendem com a
natureza itinerante desta unidade, há a referir a criação de uma estrutura que possa
albergar aquilo que verdadeiramente se considera uma "estação de trabalho", ou seja,
um núcleo que permita desenvolver actividade nas vertentes artísticas e técnicas, bem
como na produção, formação e investigação teatral.
Download