panfleto cancro 2013 - Agrupamento de Escolas de Fajões

Propaganda
Cancro é uma palavra para designar uma doença que
pode assumir variadas formas, e iniciar em diferentes
partes do corpo.
Quando e porque acontece isto?
Aquilo a que chamamos cancro é na realidade um
grupo de doenças que se caracteriza por uma divisão
celular anárquica e desordenada. Existem muitos
tipos de cancro, assim como existem muitas causas
que o iniciam.
A dificuldade em conhecer a causa pela qual uma
determinada pessoa desenvolveu um cancro aumenta
pelo facto de a indução do cancro requerer
normalmente anos ou décadas até ao aparecimento
das primeiras alterações celulares e dos primeiros
sintomas.
Onde posso ir procurar mais informação?
http://www.ligacontracancro.pt/
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/
linhas/contactos+de+apoio/linha+cancro.htm
http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/
http://www.laco.pt
Bibliografia
O Corpo humano – A célula, um pequeno prodígio”.
1987. Ediclube. Portugal.
Era uma vez o corpo humano – Volume 18 – A origem
da vida-II. 1991. Planeta-De Agostini, S.A.. Lisboa.
Passarge, E. 2004. Genética – texto e atlas. 2ª
edição. Artmed.
Como se combate o cancro?
Nem alarmista e hipocondríaco nem irresponsável!
Independentemente dos avanços na medicina e suas técnicas, o
mais importante é estar atento ao nosso corpo e sintomas
estranhos que ele possa apresentar.
O cuidado com o corpo é fundamental: alimentação equilibrada,
não consumir em demasia produtos que apresentem substâncias
cancerígenas (por exemplo, evitar fumar, beber álcool em
demasia), procurar ambientes saudáveis, em certas profissões
utilizar as medidas de segurança necessárias (carpinteiros,
construtores de infraestruturas, mineiros, etc.), ir regularmente ao
médico, etc.
Explica-me o que é o
cancro
Existem três métodos para tratar o cancro:
A cirurgia consiste na remoção da massa tumoral. É muito eficaz
na cura de tumores benignos ou malignos descobertos em
estágio inicial.
A radioterapia é cada vez mais precisa e consiste na aplicação
de radiação apenas sobre uma área onde o tumor se encontra
presente. Assim destroem-se as células tumorais através da
radiação.
A quimioterapia consiste na administração de substâncias
químicas (como o taxol), que atuam nas células de crescimento
rápido em todo o corpo. Destrói assim as células cancerosas,
mas também, por exemplo células normais de crescimento rápido
(como as dos folículos pilosos). É dos tratamentos que mais
efeitos secundários provoca, no entanto pode ser eficaz. Tende a
melhorar no sentido de ser cada vez mais dirigido às células
cancerosas apenas (sem afetar as restantes).
Há muitos núcleos de investigação que tentam descobrir a cura
total para os diferentes tipos de cancro. A cada dia fazem-se
progressos, tanto na descoberta de novos tratamentos, como nos
mecanismos que levam à compreensão da forma de ativação dos
tipos de cancro.
A verdade é que são inúmeros os testemunhos de cura e
esperança. Ter cancro não é uma sentença!
A “terapia” complementar a qualquer um destes métodos,
essencial para o sucesso, é a atitude: otimismo, força de
vencer a doença, motivação para ultrapassar!
PESES—Agrupamento de Fajões
Como se desenvolve?
Esta doença está relacionada com o mal funcionamento de
algumas células.
As células são unidades individualizadas que funcionam como
se fossem uma “fábrica”. Dentro delas decorrem inúmeras
reações químicas auxiliadas por enzimas (que são proteínas). A
maior parte da atividade celular tem lugar no citoplasma, uma
substância gelatinosa que contém os constituintes celulares (ou
organitos) e muitas substâncias. O citoplasma, rodeado pela
membrana celular, constitui a maior parte da massa celular. No
interior do citoplasma encontra-se o núcleo, o coordenador das
atividades celulares. O interior do núcleo contém uma rede de
fibras chamada cromatina, e esta, por sua vez, é constituída por
ADN (ácido desoxirribonucleico). Imagina o ADN como um
filamento comprido.
O ser humano, em cada célula do seu organismo (com exceção
dos óvulos e espermatozoides) tem 46 filamentos diferentes de
ADN. Apesar das diferenças serem pequenas, todos os
filamentos de ADN são interpretados e da mesma forma. De
cada filamento de ADN podem fazer-se muitas cópias de
pequenas frases-mensagem ao longo da tua vida. Essas frasemensagem são instruções que fazem a célula funcionar bem.
Quando ocorre um erro na elaboração dessas frase-mensagem
a célula pode: ou corrigir o erro a tempo; ou ser incapaz de
corrigir o erro.
Uma das funções da célula é dividir-se. Uma célula de uma
parte do corpo a dada altura da sua existência recebe a ordem
“divide-te” (há células que são exceções). Esta ordem vem do
seu ADN. Imagina que a ordem tem um erro e a mensagem é
“divide-te sem parar muitas vezes”. O que acontece é que essa
célula vai dar origem a outras iguais, com o mesmo tipo de erro
e vai dividir-se sem parar formando uma massa tumoral – este é
o início do cancro.
O que pode causar um cancro?
Fatores genéticos
No decorrer da década de 80 estabeleceu-se a relação de,
aproximadamente, uma dúzia de genes (porções de ADN) com os
cancros da bexiga, pulmão, mama, sangue e cólon encontrados
nos seres humanos. O que acontece é que, nestas células, genes
normais se convertem em genes causadores de cancro
(oncogenes; do grego onkos, que significa massa).
A natureza da doença
Os cancros nos seres humanos são diversos e são classificados
segundo o seu local de origem:
- Carcinomas – são originados nos revestimentos dos órgãos e
superfícies do corpo
- Sarcomas – originam-se no tecido conjuntivo do corpo
- Leucemias – desenvolvem-se no sangue e na medula óssea
- Linfomas – procedem do sistema linfático.
Vírus
Os vírus contêm genes idênticos aos genes humanos no seu
material genético. Estes oncogenes virais (v-onc) são suscetíveis
de ser aceites como parte do ADN original das células humanas
que funcionam como hospedeiras do vírus que as infecta. Após
esta infeção o oncogene transportado pelo vírus é incorporado no
ADN da célula humana e passa a funcionar como “mensagem-erro”
que obriga a célula a dividir-se sem parar. Felizmente os tumores
induzidos por vírus são raros no Homem. Contam-se como cancros
induzidos por vírus no ser Humano:
- o cancro do colo do útero, que é induzido pelo VPH – vírus do
papiloma humano (ou HPV);
- e o carcinoma do fígado que se pode desenvolver após infeção
pelo vírus da Hepatite.
Os tumores dividem-se em dois tipos:
- Benignos – permanecem no local de origem sem se dispersar;
- Malignos – têm a capacidade de enviar células invasoras para
lugares do corpo afastados da zona de origem. Estas células
invasoras (metastáticas ) migram na corrente sanguínea ou
linfática até um novo local do corpo, e podem originar um tumor
secundário (a metástase). No entanto muitas são destruídas no
processo (felizmente).
As células tumorais podem libertar substâncias químicas
denominadas “fatores de angiogénese tumoral” (FAT), a qual
provoca a proliferação dos capilares sanguíneos em volta do
tumor, fazendo-o crescer mais rápido.
Agentes carcinogénicas existentes no ambiente
Certas substâncias funcionam como carcinogénicos, ou seja,
podem transformar uma célula normal numa célula cancerosa. O
que estas substâncias fazem, no fundo, é interferir com a forma
como o ADN é interpretado. Eles interrompem a estrutura ou
função de um gene normal, transformando-o em oncogene.
Exemplos: substâncias presentes no tabaco, pesticidas, certos
componentes de tintas para cabelo, etc.
Radiações
Uma pessoa exposta a radiação poderá desenvolver cancros de
pele ou uma das formas de leucemia. Entre as fontes de radiação
figuram os raios X, a chuva radioativa procedente de explosões
atómicas, substâncias radioativas, raios UV (proveniente do sol).
Também as radiações geram alterações na forma como a célula
faz pequenas cópias do ADN.
Quem pode desenvolver cancro?
O cancro é mais comum em pessoas de idade (as células
“velhinhas” podem mais facilmente começar a falhar ao nível do
seu funcionamento). No entanto também as pessoas jovens,
inclusive crianças, podem desenvolver esta doença.
Se uma pessoa que conhecemos tem cancro o que devemos
fazer?
Qualquer pessoa que esteja doente merece o nosso respeito. Está
antes de mais debilitada e a recuperar. Há formas de cancro que
debilitam muito, por isso qualquer carinho ou mimo que a pessoa
deseje devemos respeitar.
Se uma pessoa pedir para estar sossegada e em silêncio
devemos acatar esse desejo.
O apoio que a pessoa desejar é aquele que devemos dar, nem
mais, nem menos!
Download