Cenário recessivo pressiona preço dos metais

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Companhia Baiana de Pesquisa Mineral - Governo da Bahia -
Cenário recessivo pressiona preço dos metais
Notícias
Postado em: 15/07/2011 16:50
Commodities: Cotações recuam no segundo trimestre sob efeito do aperto chinês e piora na Europa
e EUA Terremoto no Japão, aperto monetário na China, dados macroeconômicos aquém das
expectativas nas economias desenvolvidas e especulação no mercado financeiro. A mistura desses
fatores resume o que provocou o declínio nos preços dos metais no segundo trimestre, período
marcado pela reversão na tendência desenhada pelas commodities nos primeiros meses do ano.
Segundo analistas consultados pelo Valor, o recuo dos metais, em geral, tem sido provocado pela
percepção dos agentes de que a economia global não registra o desempenho esperado. Além do
enfraquecimento da produção industrial japonesa diante do desastre natural, a continuidade da crise
na Europa e a fraca recuperação da economia americana fizeram com que as incertezas
começassem a permear a demanda futura pelas commodities metálicas. Agora são colocados em
questão a persistência do consumo emergente e as perspectivas para os países combalidos pela
crise financeira internacional - fatores que sustentavam a elevação dos preços dos metais no início
do ano. "Tem sido um período caótico. Os fundamentos não têm sido suficientes para elevar os
preços dos metais", afirmou o analista do Standard Bank, Leon Westgate. E as cotações
evidenciam essas relações. O preço do cobre, que em março estava no patamar de US$ 9,543 mil
por tonelada métrica - considerando o preço médio mensal -, em junho marcou US$ 9,057 mil por
tonelada métrica. O níquel, bastante volátil, saiu do nível de US$ 26,834 mil por tonelada métrica,
em março, para US$ 22,389 mil por tonelada métrica em junho. Para o cobre, a volatilidade está
bastante relacionada com a China. O aperto monetário chinês, no esforço de controlar a inflação do
país, reduziu a liquidez do mercado, o que fez com que o processo de estocagem que vinha sendo
verificado no país se enfraquecesse. "As pessoas minimizaram o movimento chinês. As empresas
no país agora enfrentam falta de liquidez para comprar o cobre. E elas terão que ir ao mercado em
algum momento", disse Westgate, sugerindo uma possível continuidade na queda nos preços do
metal, com a desestocagem na China. A queda do níquel, por sua vez, é fruto das expectativas de
aumento da produção mundial, ao mesmo tempo que, do lado da demanda, está relacionada com o
baque sofrido pela indústria automobilística japonesa. Já o desempenho do alumínio - que alcançou
seu pico em abril, em US$ 2,685 mil por tonelada métrica, para depois cair para US$ 2,583 mil por
tonelada métrica em junho - está relacionada com o preço da energia. Deste modo, acompanha o
movimento do petróleo: em junho o Brent recuou 0,5% na média mensal. As perspectivas para o
segundo semestre são variadas. "A tendência é de alguma estabilização. Pode haver uma pequena
alta para o cobre, com a oferta crítica de energia no Chile (grande produtor) e alguma estocagem na
China", afirmou consultor em mineração e ex-secretário nacional de Minas e Metalurgia, Luciano
Borges. "No curto prazo, vai continuar essa volatilidade, até os fundamentos se acertarem",
completou Westgate. Fonte: Valor Econômico
http://www.cbpm.ba.gov.br
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