CARACTERIZAÇÃO ISOTÓPICA ( 18O E 2H) DAS ÁGUAS

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CARACTERIZAÇÃO ISOTÓPICA ( 18O E
2H) DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E
SUBTERRÂNEAS DA VÁRZEA DA
NAZARÉ:
RESULTADOS PRELIMINARES
Carla Caroça
[email protected]
M. Rosário Carvalho
[email protected]
M. C. R. Silva
[email protected]
RECORDA-SE...
A composição isotópica (R) é expressa pela razão entre o
isótopo mais pesado (mais raro) e o mais leve (mais
abundante):
R=
18O
/
16O
ou R = 2H / 1H
O desvio da razão R em relação a um padrão, define a
notação “ ‰” (delta por mil) e é expresso por:
 = [(Ramostra – Rpadrão) / Rpadrão] x 1000
O padrão internacional actualmente utilizado para o
oxigénio (18O) e o hidrogénio (2H) é o Vienna Standard
Mean Ocean Water (V-SMOW).
Recorda-se...
Os valores de
18O
e de
2H
permitem determinar:
- A ocorrência de mistura de águas com:
- Águas de precipitação,
- Águas superficiais (lagos, rios),
- Águas de diferentes sistemas de aquíferos,
- Água do mar e/ou salmouras;
- O mecanismo de salinização da água subterrânea
associado a:
- Fenómenos de intrusão marinha e/ou salmouras,
- Dissolução de sais evaporíticos ao longo do fluxo
subterrâneo,
- Concentração por evaporação.
Ciclo Hidrológico...
Neve
Chuva
Chuva
Gelo
Empobrecimento
em δ18O e de δ2H
Agua do Oceano
Nula
Continente
Adaptado de Calderone, G., Guillou, C., Analysis of isotopic ratios for the detection of illegal
watering of beverages, ScienceDirect, Food Chemistry 106, Elsevier, 2008, p.1399-1405
Várzea da Nazaré
Várzea da Nazaré
Indica empobrecimento
em δ18O (‰)
Amostras enriquecidas
em δ18O e 2H (‰)
sugerem águas
resultantes de mistura
de águas locais e de
outras áreas.
Sugere mistura de
águas locais com
águas exteriores
Recta Meteórica Local:
δ2H = 8,5 x δ18O + 19,1
(Caroça, 2012)
Recta meteórica Global:
δ2H = 8 x δ18O + 10
(Craig, 1961),
Recta Meteórica para Portugal Continental: δ2H = (6,83±0,09) x δ18O + (4,86±4,31) (Gomes
& al, 2001)
Os valores de δ18O e δ2H das águas de precipitação
dependem:
• Temperatura,
• Intensidade da precipitação
• Nº de fenómenos de precipitação que a massa de ar
já originou,
• Interacção água-rocha,
• Lavagem de sedmentos da própria várzea
• Introdução de poluentes no sistema hídrico.
Enriquecimento em δ18O
que não é acompanhado
do mesmo modo com o
aumento da salinidade
Parece ter uma
fracção de mistura
com a água do mar
Salinidade resultante da
lavagem de sais de
sedimentos do aquífero ou
da introdução de poluentes
Enriquecimento em δ18O pode resultar da
interacção água-rocha
5 4
3
2
1
2
N
1
3
5
Contacto entre os aluviões da várzea e as margas e calcários de
Dagorda.
Amostra
Fácies Hidroquímica
1
Cloretada sódica
2
Cloretada sódica
3
Bicarbonatada sódica-magnésica
4
Cloretada sódica-magnésica
5
Bicarbonatada cálcica
4
Amostra
Fácies Hidroquímica
1
Cloretada sódica
2
Cloretada sódica
3
Bicarbonatada sódico-magnésica
4
Cloretada sódica-magnésica
5
Bicarbonatada cálcica
DL nº 306/2007 de 27 de Agosto:
50ppm – Nitrato
250ppm - Sulfato
Considerações finais
A composição isotópica das águas da Várzea da Nazaré
revelam:
•
misturas de águas
•
interacção água-rocha,
•
contaminação por nitrato,
•
contaminação por sulfato.
Agradecimentos
• Faculdade de Ciências da Faculdade de Lisboa
• Fundação Ciência e Tecnologia
• Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa / Centro de Geologia
• Administração de Recursos Hídricos - Centro
• Associação dos Agricultores de Alcobaça
• Junta de Freguesia de Valado de Frades
• Câmara Municipal de Nazaré
• Câmara Municipal de Alcobaça
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