Enquadramento Territorial de Pampilhosa da Serra (nível

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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
CONTRIBUTO DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E
DESENVOLVIMENTO DA UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E
TECNOLOGIAS PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
Equipa do Estudo
Coordenação:
José Oliveira
Zoran Roca
Equipa técnica:
Joana Chorincas
Leonor Gandra
Rossana Estanqueiro
Susana Caldinhas
Lisboa / Pampilhosa da Serra, Abril de 2005
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Índice
PREFÁCIO ....................................................................................................................................................... 3
SÍNTESE DO ESTUDO ................................................................................................................................... 4
PARTE I – ENQUADRAMENTO ....................................................................................................................
1. POSIÇÃO GEOGRÁFICA E GEOESTRATÉGICA ....................................................................................
1.1. Uma introdução às características do sítio .............................................................................................
1.2. Acessibilidades externas .........................................................................................................................
1.3. Dinâmicas recentes de investimento e uma perspectivação do próximo
Quadro Comunitário de Apoio ........................................................................................................................
2. NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO
CONTEXTO DO CONTINENTE ....................................................................................................................
11
12
12
13
18
22
PARTE II – DIAGNÓSTICO ........................................................................................................................... 29
1. O AMBIENTE NATURAL ........................................................................................................................... 30
1.1. Clima ....................................................................................................................................................... 30
1.1.1. Enquadramento climático regional ....................................................................................................... 30
1.1.2. Principais parâmetros meteorológicos ................................................................................................. 31
1.2. Geomorfologia, geologia, hidrogeologia e geotécnia .............................................................................. 47
1.2.1. Geomorfologia ...................................................................................................................................... 47
1.2.2. Geologia ............................................................................................................................................... 50
1.2.3. Hidrogeologia ....................................................................................................................................... 53
1.2.4. Geotécnia ............................................................................................................................................. 54
1.3. Solo e capacidade de uso do solo .......................................................................................................... 56
1.4. Uso actual do solo ................................................................................................................................... 59
1.5. Recursos hídricos ................................................................................................................................... 63
1.6. Indicadores gerais da qualidade do ambiente ........................................................................................ 65
1.7. Paisagem ................................................................................................................................................ 65
2. A QUALIDADE E A QUANTIDADE DE RECURSOS HUMANOS ............................................................. 71
3. A SITUAÇÃO ECONÓMICA ...................................................................................................................... 91
3.1. Poder de compra ..................................................................................................................................... 91
3.2. Estrutura empresarial .............................................................................................................................. 92
3.2.1. Repartição sectorial das empresas ...................................................................................................... 92
3.2.2. Estrutura dimensional das empresas ................................................................................................... 95
3.2.3. Volume de negócios ............................................................................................................................. 97
3.2.4. Exportação/importação ........................................................................................................................ 99
3.3. Estrutura do emprego: pessoas empregadas e pessoal ao serviço ....................................................... 99
3.4. Situação na profissão e grupos de profissões ...................................................................................... 105
3.5. Concentração e especialização produtiva ............................................................................................ 108
3.5.1. Quociente de localização ................................................................................................................... 108
3.5.2. Coeficiente de especialização ........................................................................................................... 111
4. MATRIZ DE PROBLEMAS E POTENCIALIDADES ................................................................................ 113
PARTE III – ACTORES E AGENTES .......................................................................................................... 116
1. INTRODUÇÃO METODOLÓGICA ........................................................................................................... 117
2. FOCUS-GROUP EM PAMPILHOSA DA SERRA (15 de Janeiro de 2005) ............................................. 127
PARTE IV – PLANO DE ACÇÃO ................................................................................................................. 132
ANEXOS ...................................................................................................................................................... 156
ANEXO 1 - NOTA METODOLÓGICA E LISTA DE INDICADORES UTILIZADOS NA MEDIÇÃO
DOS NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................... 157
ANEXO 2 - FORMULÁRIO DOS INQUÉRITOS APLICADOS AOS ACTORES E AGENTES .................... 165
ANEXO 3 - PROGRAMA DO FOCUS GROUP STAKEHOLDER ANALYSIS ............................................. 172
ANEXO 4 - ALGUNS QUADROS ESTATÍSTICOS DE SUPORTE AO DIAGNÓSTICO ............................. 174
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................ 189
ÍNDICE DE QUADROS ................................................................................................................................ 190
ÍNDICE DE FIGURAS .........................................................................................................................................
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
PREFÁCIO
O estudo que agora se disponibiliza para uso público é o culminar da investigação efectuada no
âmbito do projecto “PROSERRA - Expectativas dos Agentes e Dinâmicas de Desenvolvimento
do Concelho de Pampilhosa da Serra”.
Este projecto, enquadrado desde o seu arranque nas actividades regulares de investigação do
CEGED - Centro de Estudos de Geografia e Desenvolvimento da Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, surge na sequência de uma solicitação da Comissão Organizadora
do Congresso Pampilhosense, a que graciosamente a Universidade Lusófona deu todo o seu
apoio, numa atitude generosa de querer também ela ser contribuinte directo para o
desenvolvimento do concelho de Pampilhosa da Serra, em particular, e do País, em geral.
Para a elaboração deste estudo, que esperamos se possa constituir como um instrumento útil
para o planeamento do desenvolvimento local do território do concelho de Pampilhosa da Serra,
muito contribuíram os apoios recebidos por parte de muitas entidades, a quem desde já,
dirigimos os nossos agradecimentos:
Comissão Organizadora do 2º Congresso Pampilhosense
Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra
Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra
Juntas de Freguesia do Concelho de Pampilhosa da Serra
Santa Casa da Misericórdia do Concelho de Pampilhosa da Serra
Administração da Universidade Lusófona
A equipa do CEGED
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
SÍNTESE DO ESTUDO
Este estudo estrutura-se em torno de três grandes partes: uma, de caracterização e diagnóstico,
outra, onde se relata o processo e os resultados da mobilização de actores e agentes do
Concelho, por sua vez directamente contributiva para uma última parte onde se estruturam os
grandes eixos estratégicos, medidas e tipos de acções incluídas no instrumento que designámos
por Plano de Acção para o desenvolvimento do Concelho.
Em termos de posição geográfica, o concelho de Pampilhosa da Serra localiza-se no interior da
Região Centro de Portugal Continental, enquadrando-se no Pinhal Interior Norte (NUTS III),
distrito de Coimbra, e tendo na sua imediata vizinhança os concelhos Arganil, Covilhã, Fundão,
Oleiros, Sertã, Pedrógão Grande e Góis. O Concelho é composto por 10 freguesias: Cabril,
Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro,
Portela do Fojo, Unhais-o-Velho e Vidual.
Em termos das acessibilidades, apesar de assumir uma certa centralidade em termos de
posição relativa face ao contexto regional, o Concelho apresenta algumas fragilidades no tocante
a ligações viárias externas bem como internas. Dada a extensa área da superfície do concelho
(396 km2), a distância entre a sua sede e as diferentes freguesias é grande: as distâncias
máxima e mínima são de 31,7 km e 9,5 km respectivamente. A distância das freguesias do
concelho a Coimbra varia entre os 63 e os 110 km, o que corresponde a cerca de 1 hora de
viagem.
Num contexto mais alargado, Pampilhosa da Serra encontra-se a 104,3 km de Leiria, a 124 km
de Aveiro, do Porto dista 178,3 km e de Lisboa 241,4 km.
Para a contextualização do nível de desenvolvimento de Pampilhosa da Serra comparado com
o dos restantes concelhos do Continente, foram retidas onze dimensões analíticas, tendo-se
concluído que o Concelho faz parte de um “tipo” que apresenta as seguintes características:
Dimensão 1 - Estrutura do povoamento
Povoamento marcado por aglomerações de baixa dimensão demográfica com especial
relevância para a população isolada.
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Dimensão 2 - Dinâmicas demográficas
Dinâmicas demográficas e juventude da população mais negativas no contexto do
Continente
Dimensão 3 – Escolarização
Trata-se de concelhos que apresentam uma população mais envelhecida e, daí, uma
maior incidência do analfabetismo. No entanto, a população escolarizada, apresenta
graus de instrução mais favoráveis no contexto nacional.
Dimensão 4 – Emprego
Activos pouco qualificados.
Dimensão 5 - Actividades económicas
Concelhos predominantemente agrícolas e com uma estrutura agrária potenciadora do
assalariamento rural.
Dimensão 6 - Estruturas familiares
Estruturas familiares de mais baixa dimensão e onde são sobretudo relevantes os idosos
a viver isoladamente.
Dimensão 7 - Handicaps socio-culturais
Menor incidência da criminalidade. A maior representação da população portadora de
deficiência pode estar relacionada uma estrutura demográfica mais idosa.
Dimensão 8 – Rendimento
Baixos rendimentos mas uma situação favorável relativamente aos depósitos por
habitante.
Dimensão 9 - Protecção social
Pensões com valores abaixo da média do Continente e elevado peso dos pensionistas
em relação à população empregada.
Dimensão 10 - Condições habitacionais
Alojamentos com número de divisões superior às necessidades habitacionais das
famílias.
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Dimensão 11 - Grau de infraestruturação / equipamento
Problemas ao nível da oferta de serviços avançados de comunicações mas situação
muito favorável relativamente à oferta de serviços de saneamento e de equipamentos de
apoio à 3ª idade.
Na análise das questões relacionadas com o ambiente natural, destacam-se os aspectos que a
seguir se apresentam.
O concelho está incluindo em mais de 70% na bacia hidrográfica do rio Zêzere (afluente do
Tejo), sendo a área restante pertencente à bacia hidrográfica do rio Ceira (afluente do Mondego).
A precipitação nas zonas altas alcança valores na ordem dos 1600 mm. A temperatura média
anual está contida entre as isotérmicas 9º e 15º.
Predominam as grandes altitudes (desde os 275 aos 1190 metros), ocorrendo encostas
extensas e muito declivosas que assentam em formações predominantemente xistosas.
Esta área geográfica oferece cenários magníficos e de grandes contrastes. Os vales profundos
rasgados alternam com os grandes picos, umas vezes abruptos e rochosos, outras vezes
suaves e cobertos de um manto rasteiro de vegetação. Este contraste de paisagem permite
dividir o concelho em duas áreas geográficas distintas: alto e baixo concelho:
•
O alto concelho abrange principalmente as freguesias de Cabril, Fajão, Unhais-o-Velho e
Vidual, onde predominam os afloramentos rochosos, maioritariamente quartzíticos com
uma altitude média de 982 m.
•
O baixo concelho engloba as freguesias de Dornelas do Zêzere, Janeiro de Baixo,
Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro e Portela do Fojo; não apresenta grande
relevo e geologiocamente trata-se de uma área formada por xistos argilosos que dão
origem a serras e cumes arredondados, sem cristas nem picos; a altitude média é de
cerca de 700 m.
Podem individualizar-se no Concelho quatro unidades hidrogeológicas:
•
a zona W e NW, composta por xistos argilosos – área onde os caudais não excedem
1 l/s;
•
parte da zona meridional e parte do NE – área já com intercalações grauváquicas onde a
produtividade pode atingir 3 l/s;
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
•
cristas quartzíticas constituídas por quartzitos fracturados o que proporciona uma maior
facilidade de escoamento assim como de armazenamento, onde os caudais são da
ordem dos 2 a 3 l/s.
•
pequena área a leste do Concelho onde predominam formações grauváquicas, rochas
mais rígidas que reagiram às orogenias com jogos de falhas, fracturas e fissuras, cuja
abundância proporciona um maior armazenamento e produtividades, podendo atingir os
4 l/s.
De salientar a fraca aptidão aquífera do concelho uma vez que em norma, os caudais obtidos, e
nas zonas mais favoráveis não deverão exceder os 4 l/s. Trata-se assim de um concelho pobre
em águas subterrâneas.
As encostas estão predominantemente voltadas a Sul. As áreas planas são ocupadas
predominantemente por zonas de planos de água das albufeiras de Sta. Luzia, Alto do Ceira e
Cabril.
No Concelho predominam largamente os litossolos e solos litólicos. Em situações de acentuados
declives de formações graníticas e xistosas são predominantes os solos no geral delgados e
como tal com reduzida aptidão agrícola mas com boas potencialidades florestais.
Os 396 km2 do concelho são ocupados na sua quase totalidade, por áreas de vegetação
herbácea e arbustiva, a par de área florestal constituída essencialmente por pinheiros bravos e
eucaliptos.
Relativamente à estrutura fundiária, verifica-se no conjunto da região do pinhal uma situação
de desequilíbrio. Cerca de 72% das explorações têm menos de 2 hectares e ocupam 20% da
área total, enquanto que as explorações com mais de 20 ha correspondem apenas a 1,1% da
área total. Esta forte fragmentação da propriedade agro-florestal condiciona a tomada de
medidas de planeamento com vista a diminuir o risco de incêndio florestal. De facto, o Concelho
caracteriza-se por uma situação generalizada de alto risco, com especial evidência para as
freguesias de Fajão, Pessegueiro, Pampilhosa da Serra e Dornelas do Zêzere.
A paisagem serrana é tendencialmente seca, já que os terrenos xistosos pouco retêm, e
apresenta uma alternância de áreas muito inclinadas e vales abruptos e encaixados, e extensos
cabeços aplanados.
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A vegetação natural à base de carvalhos e de castanheiros é actualmente reduzida, já que
após uma fase de exploração intensiva e desordenada da floresta seguiu-se uma fase de
plantação mono-espécie sistemática dos baldios, por parte dos serviços florestais. No entanto, é
possível encontrar, nas orlas das parcelas de produção ou nas zonas mais húmidas, carvalhos
de porte majestoso, bem como os medievais e monumentais castanheiros.
Em termos sociodemográficos, Pampilhosa da Serra tem registado, ao longo de décadas, uma
regressão que, de 1991 para 2001, culmina globalmente numa perda de população da ordem
dos 10%. O fenómeno emigratório desde muito cedo afectou o Concelho, verificando-se
actualmente um acentuado duplo envelhecimento da população residente, isto é, um aumento da
população idosa, a par da diminuição do número de jovens.
No geral, os recursos humanos são pouco qualificados (a maior parte da população que sabe ler
e escrever tem um grau de instrução igual ou inferior ao 1º ciclo do ensino básico).
Qualquer uma das dimensões de caracterização dos recursos humanos constitui-se como uma
área de preocupação tendo em vista o futuro desenvolvimento do Concelho. De facto, a
evolução sociodemográfica negativa coloca sérios problemas do ponto de vista da
sustentabilidade dos recursos humanos do Concelho, tanto em termos quantitativos, como
qualitativos.
Na caracterização económica do concelho da Pampilhosa da Serra foi tida em consideração a
análise da evolução do índice de poder de compra concelhio, da estrutura empresarial (em
termos de sector de actividade, dimensão e volume de vendas), do emprego, grupos de
profissões dominantes, além do cálculo de medidas de especialização (como o coeficiente de
especialização e o quociente de localização) que permitem melhor caracterizar a estrutura
produtiva do Concelho, com um índice de poder de compra inferior ao registado na NUTS III do
Pinhal Interior Norte.
Em termos de estrutura empresarial, caracterizada pela relevância das micro e pequenas
empresas, o sector terciário é o predominante (83% das empresas do concelho). Na indústria
(que representa cerca de 9% do total de empresas do concelho), o sector da construção civil é o
mais representativo.
É também este o sector que predomina ao nível do volume de vendas (com cerca de 41% do
volume de negócio das empresas consideradas no seu conjunto).
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Entre 1991 e 2001 verificou-se um aumento de cerca de 15% das pessoas empregadas. Ao nível
do emprego é também o sector terciário que predomina. No sector secundário registou-se uma
diminuição acentuada do emprego, ao passo que no sector primário se observou um acréscimo
muito ligeiro. Os sub-sectores de actividade mais empregadores no concelho são a construção e
obras públicas, a agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados e a
saúde e acção social. O sector da silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços
também assume relevância ao nível do pessoal ao serviço. São aliás estas as actividades
económicas que apresentam quocientes de localização mais elevados.
Em termos de profissões, no total da população residente empregada predominam os
trabalhadores por conta de outrem e os seguintes grupos profissionais: agricultores e
trabalhadores qualificados da agricultura e pesca, operários, artífices e trabalhadores similares e
trabalhadores não qualificados.
Tendo por referência o processo de auscultação de actores e agentes, foi elaborado um Plano
de Acção para o desenvolvimento do Concelho. Em síntese, este Plano é constituído por seis
eixos estratégicos:
EIXO A – ACTIVIDADES ECONÓMICAS E PROMOÇÃO DO EMPREGO - Justifica-se a
adopção de um eixo estratégico de desenvolvimento que tenha em vista promover a atracção de
investimento e a melhoria do emprego, não só no sector industrial, como também naqueles que,
sendo tradicionais (agricultura e floresta), devem merecer alguma atenção do ponto de vista da
sua modernização e complementaridade com as actividades turísticas, entendidas como uma
oportunidade para um novo ciclo de desenvolvimento do Concelho.
EIXO B – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TERRITÓRIO - O ordenamento urbanístico e a oferta
de equipamentos, serviços e infraestruturas de qualidade é uma das condições necessárias,
tanto para o aumento da atracção de novas actividades ou pessoas (nomeadamente turistas e
visitantes), como para a promoção da qualidade de vida dos residentes (actuais e futuros).
EIXO C – CAPITAL HUMANO E SOCIAL - Propõem-se acções tendo em vista a criação de
condições para o rejuvenescimento ou revitalização dos recursos humanos, assim como para o
aumento da qualidade do capital humano e social, em geral. A valorização do património cultural
está também contemplada neste eixo estratégico.
EIXO D – AMBIENTE NATURAL E ENERGIA - A conservação, protecção e valorização do
ambiente e recursos naturais constitui-se como uma vertente essencial para a viabilização de
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
dois grandes objectivos: (i) a qualidade de vida das populações; (ii) a promoção do
desenvolvimento económico sustentável.
EIXO E – ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL - Neste âmbito, é proposta a criação de
organismos/estruturas de apoio ao desenvolvimento que consubstanciem, na prática, as
sinergias derivadas desse aumento dos níveis de cooperação. Enquadram-se também neste
eixo estratégico intervenções relacionadas com o funcionamento e eficiência dos serviços
públicos, numa lógica de melhoria dos níveis de governância.
EIXO F – APOIO TÉCNICO E COMUNICAÇÃO - Este eixo estratégico é de importância
transversal a todos os anteriores. Divide-se em dois grandes tipos de intervenções: (i)
esclarecimento e aprofundamento científico-técnico, por via da realização de estudos sectoriais
ou territorialmente integrados e que apoiem medidas concretas de políticas públicas, de algumas
das problemáticas consideradas essenciais para o desenvolvimento do Concelho; (ii) realização
de campanhas de informação ou de divulgação que contribuam para o reconhecimento de
Pampilhosa da Serra como um território de oportunidades e que ao mesmo tempo promovam o
“orgulho pampilhosense”.
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PARTE I - ENQUADRAMENTO
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
1. POSIÇÃO GEOGRÁFICA E GEOESTRATÉGICA
1.1. Uma introdução às características do sítio
O concelho de Pampilhosa da Serra, em termos de posição geográfica, localiza-se no interior da
Região Centro, enquadrando-se no Pinhal Interior Norte (NUTS III), distrito de Coimbra, e tendo
na sua imediata vizinhança a Norte o concelho de Arganil, a Este Covilhã e Fundão, a Sul
Oleiros, a Sudoeste Sertã e Pedrógão Grande e a Oeste o concelho de Góis (Fig. 1).
Figura 1 – Pampilhosa da Serra no contexto das NUTS III envolventes
Em termos de superfície, ocupa uma área de 396 km2, sendo o concelho de maior extensão no
contexto do distrito a que pertence, sendo composto por 10 freguesias: Cabril, Dornelas do
Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Portela do Fojo,
Unhais-o-Velho e Vidual (Fig. 2).
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 2 – Freguesias de Pampilhosa da Serra
Em termos hidrográficos o concelho é atravessado pelo rio Ceira a Norte, pelo rio Unhais e pelo
rio Zêzere a Sul e pela Ribeira de Pampilhosa que atravessa longitudinalmente o centro do
Concelho de Nordeste para Sudoeste. A par destes cursos de água, e apesar de menor
importância, existem ainda as ribeiras de Carvalho, Praçais e Pessegueiro.
A variação altimétrica do Concelho dá origem a duas grandes unidades orográficas distintas
entre si, nomeadamente: as áreas mais altas, com aproximadamente 982 m de altitude média,
abrangendo as freguesias de Cabril, Fajão Unhais-o-Velho e Vidual; e as áreas mais baixas, com
aproximadamente 700 m de altitude média, englobando as freguesias de Dornelas do Zêzere,
Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro e Portela do Fojo.
1.2. Acessibilidades externas
Pampilhosa da Serra, apesar de assumir uma certa centralidade em termos de posição relativa
face ao contexto regional e nacional, apresenta algumas fragilidades no que toca a ligações
viárias externas. Dada a extensão territorial do concelho, a distância entre a sua sede e as
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
diferentes freguesias é grande, sendo que as distâncias máxima e mínima são de 31,7 km e 9,5
km respectivamente.
Em consequência do relevo acidentado, a rede viária caracteriza-se pela existência de grande
número de estradas com traçado irregular. Para além da Estrada Nacional 112, o Concelho
conta com uma rede de Estradas Municipais que estabelem a ligação entre as suas principais
localidades e o exterior (Fig. 3).
Figura 3 – Rede viária
As ligações entre as freguesias e a sede do concelho fazem-se pelo modo rodoviário, sendo que
as freguesias de Dornelas do Zêzere, Unhais-o-Velho e Pessegueiro são as que se encontram
mais distantes desta (31,7 km, 22,7 km e 23,1 km respectivamente), enquanto Machio e Cabril
são as freguesias que lhe ficam mais próximas (9,5 km e 10,8 km, respectivamente).
Em termos de distância-tempo (Quadro 1), as freguesias de Pessegueiro, Machio, Portela do
Fojo e Fajão são as que se posicionam melhor relativamente à sede de distrito (Coimbra), já que
é possível aceder a esta em aproximadamente entre 1 hora ou 1 hora e 10 minutos. Pelo
contrário, Dornelas do Zêzere é a freguesia mais distante de Coimbra (110,2 km), mas também a
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mais próxima do Fundão, concelho que, em conjunto com a Covilhã e Belmonte, revela uma
vitalidade social e económica que convém salientar, mais não seja pela possibilidade de virem a
ser potenciados efeitos centrífugos sobre esta parte oriental do Concelho.
Quadro 1 – Distância-tempo das freguesias à sede de concelho (Pampilhosa da Serra)
e à sede de distrito (Coimbra)
Distância sede
concelho-freguesia
(km)
Distância-Tempo
(média: 65 km/h)
10,8
10 min.
Cabril
84,6
1h 21 min.
31,7
30 min.
Dornelas do Zêzere
110,2
1h 47 min.
16,1
15 min.
Fajão
72,6
1h 10 min.
16,6
16 min.
Janeiro de Baixo
95,1
1h 33 min.
9,5
9 min.
Machio
68,7
1h 07 min.
-
-
Pampilhosa da Serra
78,5
1h 16 min.
22,7
21 min.
Pessegueiro
63,3
1h 03 min.
15,2
15 min.
Portela do Fojo
71,5
1h 11 min.
23,1
22 min.
Unhais - o -Velho
101,6
1h 39 min.
16,2
15 min.
Vidual
80,6
1h 18 min.
Freguesias
Distância freguesia- Distância-Tempo
sede distrito (km) (média: 75 km/h)
Fonte: elaboração da equipa
No contexto regional, mais concretamente em relação aos concelhos envolventes (Quadro 2), a
Vila de Pampilhosa da Serra tem a particularidade de possuir na sua proximidade 7 concelhos
com os quais mantém distâncias relativamente idênticas às que se estabelecem com as suas
freguesias. De facto, a sede de concelho encontra-se a 22,2km (a 21 minutos aproximadamente)
de Oleiros, a 32,5 km (a 31 minutos) de Pedrógão Grande, a 37,1 km (34 minutos) de Góis e a
38,6 km de Arganil e de Sertã, sendo os concelhos de Fundão (62,4 km) e de Covilhã (71,3 km)
os mais distantes.
Esta particularidade, constituindo-se como uma vantagem para o potencial papel de charneira da
sede de Concelho no estabelecimento de relações entre e com os outros antes referidos, não
deixa também de ser um elemento sobre o qual importa reflectir, sobretudo tendo em conta
objectivos de consolidação do território municipal, no sentido de se evitarem fenómenos de
desarticulação espacial que releguem para outras esferas de influência as localidades que mais
afastadas se encontram da sua sede.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
15
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 2 - Distância-tempo entre Pampilhosa da Serra e sedes de concelho envolventes
Distância
(km)
Origem - Destino
Distância-tempo
(média 65 km/h)
Pampilhosa da Serra - Arganil
38,6
36 min.
Pampilhosa da Serra - Covilhã
71,3
1h 09 min.
Pampilhosa da Serra - Fundão
62,4
59 min.
Pampilhosa da Serra - Oleiros
22,2
21 min.
Pampilhosa da Serra - Sertã
38,6
38 min.
Pampilhosa da Serra - Pedrógão Grande
32,5
31 min.
Pampilhosa da Serra - Góis
37,1
34 min.
Fonte: elaboração da equipa
Num contexto territorial mais alargado, Pampilhosa da Serra encontra-se a 104,3 km de Leiria, a
124 km de Aveiro, a 178,3 km do Porto e a 241,4 km de Lisboa. Ainda a este nível importa fazer
referência a outras ligações como com Castelo Branco, já que esta cidade se encontra a
66,7 km da Vila de Pampilhosa da Serra, distância esta inferior à que tem com a sede distrital de
Coimbra (Quadro 3).
Como se pode inferir, e quando se consideram os quantitativos de distância envolvidos, o
posicionamento regional e nacional do Concelho pode ser avaliado de um ponto de vista
positivo, sobretudo se, em acréscimo, se tiver em conta a proximidade, absoluta e relativa, ao
grande eixo viário estruturante do País constituído pela AE Norte, bem assim como, apesar de
noutro plano de relação interregional, ao IP 2. Para que esta proximidade seja efectiva e se
constitua como um factor decisivo de promoção do desenvolvimento local, torna-se necessária
uma melhoria substancial, tanto das ligações internas ao Concelho como daquelas que se fazem
com os dois grandes eixos viários antes referidos. Deve também ter-se em conta que a
dimensão destes investimentos tem de ser consentânea com dois objectivos aparentemente
antagónicos:
•
a melhoria das acessibilidades para obtenção de efeitos significativos sobre o
desenvolvimento local;
•
a necessidade de proteger dos efeitos negativos derivados da forte interacção territorial
vastas áreas do Concelho, tendo em conta a vantagem em serem promovidas algumas
actividades baseadas na qualidade ambiental, de que o turismo é uma das
componentes.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
16
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 3 - Ligações do concelho de Pampilhosa da Serra a nível nacional
Origem - Destino
Distância (km)
Distância-tempo*
Pampilhosa da Serra - Porto
178,3
2h 52 min.
Pampilhosa da Serra - Aveiro
124,2
2h 00 min.
Pampilhosa da Serra - Figueira da Foz
117,8
1h 54 min.
Pampilhosa da Serra - Cantanhede
101,9
1h 39 min.
Pampilhosa da Serra - Soure
85,7
1h 22 min.
Pampilhosa da Serra - Coimbra
78,5
1h 16 min.
Pampilhosa da Serra - Viseu
105,1
1h 43 min.
Pampilhosa da Serra - Mangualde
102,5
1h 39 min.
Pampilhosa da Serra - Covilhã
71,3
1h 09 min.
Pampilhosa da Serra - Castelo Branco
66,7
1h 01 min.
Pampilhosa da Serra - Nisa
93,9
1h 30 min.
Pampilhosa da Serra - Abrantes
88,9
1h 27 min.
Pampilhosa da Serra - Ferreira do Zêzere
72,4
1h 10 min.
Pampilhosa da Serra - Tomar
86,5
1h 24 min.
Pampilhosa da Serra - Leiria
104,3
1h 40 min.
Pampilhosa da Serra - Lisboa
241,4
2h 47 min.
* Considerando uma velocidade média de 120 km/h em Auto-estrada e Estradas Nacionais
e 65 km/h noutras estradas.
Fonte: elaboração da equipa
As ligações rodoviárias com o exterior fazem-se através de transporte público a cargo da
Rodoviária da Beira Litoral e Beira Interior e da Rede Expressos, existindo para o efeito 4
circuitos,
nomeadamente:
Pampilhosa
da
Serra – Castelo
Branco,
Pampilhosa
da
Serra - Coimbra, Pampilhosa da Serra – Lisboa e Pampilhosa da Serra – Fátima.
Dentro do Concelho presta serviço de transporte colectivo rodoviário de passageiros a
Rodoviária da Beira Interior que assegura as ligações entre Dornelas do Zêzere e a sede de
Concelho, servindo também alguns lugares das freguesias de Unhais-o-Velho, Vidual, Janeiro de
Baixo e Pampilhosa. Com carácter excepcional, durante o período lectivo, circulam ainda
carreiras que permitem as seguintes ligações: Padrões – Pampilhosa da Serra, abrangendo as
freguesias de Portela do Fojo e Machio; Meãs – Pampilhosa da Serra, com paragem nas
freguesias de Unhais-o-Velho, Vidual e Cabril; e ainda Orvalho – Pampilhosa da Serra.
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17
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
1.3. Dinâmicas recentes de investimento e uma perspectivação do próximo Quadro
Comunitário de Apoio
Através do financiamento de Projectos da região Centro, por meio do QCA III (3º Quadro
Comunitário de Apoio, 2000-2006), o concelho de Pampilhosa da Serra surge como território de
localização de projectos integrados em vários Programas Operacionais: Programa Operacional
da Região Centro (POC)1, Programa Operacional da Ciência, Tecnologia e Inovação (POCTI) e
Programa Operacional da Sociedade da Informação (POSI) (Quadro 4).
O POC, que para o período de programação de 2000-2006 é constituído por medidas
co-financiadas pelos diferentes fundos estruturais da União Europeia (Programa plurifundos à
semelhança do que para o período de programação anterior - 1990-1999 -, apenas acontecia
nas Regiões Autónomas), estrutura-se em torno de um conjunto de Eixos estratégicos de que
salientamos os do “apoio a investimentos de interesse municipal e intermunicipal”, o das “acções
integradas de base territorial” e o das “intervenções de Administração Central regionalmente
desconcentradas”, aqueles que, essencialmente, acolhem candidaturas promovidas pela
administração local.
No POC, Pampilhosa da Serra viu homologadas candidaturas no quadro das medidas relativas a
equipamentos e infra-estruturas locais, ambiente e recursos naturais, acessibilidades e
transportes, qualificação dos aglomerados urbanos e das estruturas de povoamento, apoio a
actividades económicas, actividades de desenvolvimento territorial e apoio à eficácia de políticas
públicas e, ainda, as relativas à acção integrada de base territorial do Pinhal interior (FEDER).
O POCTI enquadrado na promoção da cultura científica e tecnológica, integra o Projecto
intitulado “conhecer as condições climáticas do concelho da Pampilhosa da Serra”. No tocante
ao POSI, este insere-se no eixo prioritário “Portugal Digital”, ao nível das acessibilidades, tendo
por objectivo conceber o “Espaço Internet – Pampilhosa da Serra”.
O POC, que para o período de programação de 2000-2006 é constituído por medidas co-financiadas pelos
diferentes fundos estruturais da União Europeia (Programa plurifundos à semelhança do que para o período de
programação anterior - 1990-1999 -, apenas acontecia nas Regiões Autónomas), estrutura-se em torno de um
conjunto de Eixos estratégicos de que salientamos os do “apoio a investimentos de interesse municipal e
intermunicipal”, o das “acções integradas de base territorial” e o das “intervenções de Administração Central
regionalmente desconcentradas”, ou seja, aqueles que essencialmente acolhem candidaturas promovidas pela
administração local.
1
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
18
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 4 - Projectos co-financiados pelo QCA III no período 2000-2002
NOME EIXO PRIORITÁRIO
NOME MEDIDA
NOME PROJECTO
NOME SECTOR FEDER
2
ESTADO DO
PROJECTO
Promover a Cultura
Científica e Tecnológica
Promover a Cultura Científica e
Tecnológica
Conhecer as condições climáticas do
concelho de Pampilhosa da Serra
CIÊNCIA E
TECNOLOGIA
Homologado
6.210,03
Portugal Digital
Acessibilidades
Espaço Internet - Pampilhosa da
Serra
SOCIEDADE DE
INFORMAÇÃO
Homologado
181.213,55
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Equipamentos e Infra-estruturas
Locais
Estrada entre Esteiro e Janeiro de
Baixo/ramal para Brejo de Baixo
TRANSPORTES rodovia
Homologado
890.126,24
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Equipamentos e Infra-estruturas
Locais
Benef. e pavim. da EM - EN 112,
Sobral Magro, Lobatos e Sigmo
Samo
TRANSPORTES rodovia
Homologado
573.770,84
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Equipamentos e Infra-estruturas
Locais
Homologado
380.883,07
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Equipamentos e Infra-estruturas
Locais
Beneficiação da estrada Moradias,
Soirinho, Almas de Belide e Catraia
do Rolão
TRANSPORTES rodovia
Homologado
820.373,78
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Ambiente e Recursos Naturais
Requalificação ambiental em
Carregal do Zêzere
AMBIENTE - águas
residuais
Homologado
178.621,43
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Ambiente e Recursos Naturais
Rede de esgotos domésticos de
Meãs
AMBIENTE - águas
residuais
Homologado
298.129,94
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Acessibilidades
Beneficiação da ligação
intermunicipal - Sobral, Telhada,
Carrasqueira, Coelhal e Coelhosa
TRANSPORTES rodovia
Homologado
528.303,28
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Qualificação dos Aglomerados
Urbanos e das Estruturas de
Povoamento
Arranjo exterior da praça da antiga
escola
REVITALIZAÇÃO
URBANA
Homologado
300.914,63
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Qualificação dos Aglomerados
Urbanos e das Estruturas de
Povoamento
Requalificação urbana da rua de
Santo António
REVITALIZAÇÃO
URBANA
Homologado
520.292,63
Programa Operacional do Centro
Apoio aos Investimentos de
Interesse Municipal e
Intermunicipal
Apoio Actividades Económicas,
Actividades Desenvolv. Territorial
Apoio Eficácia Políticas Públicas
Homologado
33.170,06
Programa Operacional do Centro
Acções Integradas de Base Acção Integrada de Base Territorial
Territorial
do Pinhal Interior (FEDER)
Caminho municipal entre Ponte de
Fajão e Alto da Castanheira
TRANSPORTES rodovia
Concluído
453.899,72
Programa Operacional do Centro
Acções Integradas de Base Acção Integrada de Base Territorial
Territorial
do Pinhal Interior (FEDER)
Projecto turístico de Casal da Lapa
TURISMO
Concluído
433.600,20
EN 112 - Beneficiação entre Portela
do Vento e Pampilhosa da Serra
TRANSPORTES rodovia
Homologado
12.762.328,00
NOME PROGRAMA
Programa Operacional Ciência,
Tecnologia e Inovação (POCTI)
Programa Operacional Sociedade da
Informação (POSI)
APOIO AO
Terraplenagens e infra-estruturas da
Zona Industrial de Pampilhosa da
DESENVOLVIMENTO
Serra
REGIONAL
APOIO AO
3ª Feira de Artesanato e
DESENVOLVIMENTO
Gastronomia da Pampilhosa da Serra
REGIONAL
INVESTIMENTO
TOTAL
Programa Operacional do Centro
Intervenções da
Administração Central
Regionalmente
Desconcentradas
Acessibilidades e Transportes
Programa Operacional do Centro
Intervenções da
Administração Central
Regionalmente
Desconcentradas
Ambiente
Reabilitacão da Bacia Hidrográfica do AMBIENTE - protecção
Rio Zezere
ambiental
Homologado
153.155,95
Programa Operacional do Centro
Intervenções da
Administração Central
Regionalmente
Desconcentradas
Ambiente
Levanta/to da evol e monit do enc
AMBIENTE - protecção
erec amb das lixeiras da Região
ambiental
Centro e aval das metas p/ a PERSU
Homologado
172.636,30
Fonte: Relatório de Avaliação Intercalar do Programa Operacional da Região Centro
Relativamente aos domínios que beneficiaram com maior investimento total face às iniciativas
dos Programas supracitados, destacam-se sobretudo os projectos que se referem a
acessibilidades e transportes e a equipamentos e infra-estruturas locais. De facto, verifica-se que
do total de Projectos (17), três deles concentram os maiores volumes de investimento público
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
19
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
(beneficiação da EN 112, entre Portela do Vento e Pampilhosa da Serra, com um investimento
total de 12.762.328,00 €; estrada entre Esteiro e Janeiro de Baixo/ramal para Brejo de Baixo investimento total de 890.126,24 €; beneficiação da estrada Moradias, Soirinho, Almas de Belide
e Catraia do Rolão – investimento total de 820.373,78 €).
Os restantes Projectos beneficiaram de apoio financeiro mas com um peso contributivo inferior,
na ordem dos 33.170,06 €, no que se refere à organização e realização da 3ª Feira de
Artesanato e gastronomia da Pampilhosa da Serra, e dos 573.770,84 €, aplicados na
beneficiação e pavimentação da EM-EN 112 - Sobral Magro, Lobatos e Sigmo Samo.
Acrescente-se ainda que os Projectos em causa foram direccionados sobretudo para a melhoria
das acessibilidades e infra-estruturas (nomeadamente para a zona industrial da Pampilhosa da
Serra) e equipamentos locais, mas também para: a requalificação ambiental de Carregal do
Zêzere; rede de esgotos domésticos de Meãs; requalificação urbana; requalificação da bacia
hidrográfica do rio Zêzere; e promoção do turismo (o caso do Projecto turístico de Casal da
Lapa).
O facto de a apresentação deste estudo ocorrer em simultâneo com a definição das orientações
estratégicas e prioridades de intervenção do próximo período de programação dos fundos
estruturais (2007-2011), não permite, para já, o estabelecimento de uma matriz de referência que
possa objectivamente enquadrar um estudo prévio de perfil de futuras candidaturas. No entanto,
esta simultaneidade é tanto mais relevante quanto a Câmara Municipal da Pampilhosa pode
posicionar o instrumento de planeamento resultante da colaboração da Universidade Lusófona
com a Comissão Organizadora do 2º Congresso Pampilhosense num patamar de actuação que
alia opções estratégicas à programação de investimentos, e estes necessitam de um suporte de
financiamento.
Os elementos de referência disponíveis em matéria de domínios de intervenção do FEDER na
vertente da política de coesão, mostram-se favoráveis a um padrão de prioridades de
investimento que associe aqueles que se relacionam com a componente material, aos que
estruturam uma relação activa entre as componentes material e imaterial.
Em síntese, sabe-se que ao nível da administração central estão provisoriamente enunciados os
seguintes domínios gerais de intervenção FEDER:
•
Investigação e desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo;
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
20
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
•
Prevenção de riscos naturais e tecnológicos;
•
Apoios directos ao investimento nas pequenas e médias empresas (PME);
•
Sociedade de Informação;
•
Turismo e promoção do património natural e cultural;
•
Domínios tradicionais de abordagem sectorial/nacional (educação, saúde, transportes,
energia e ambiente).
Nos domínios de intervenção específica do FEDER encontram-se contempladas prioridades
estratégicas de que o Concelho poderá vir a ser beneficiário, designadamente:
•
Estratégias integradas dirigidas aos problemas económicos, ambientais e sociais nas
aglomerações urbanas (reabilitação do património físico, reconversão de zonas
industriais, preservação e valorização do património histórico e cultural);
•
Estratégias
de
diversificação
económica
das
zonas
rurais
(estímulo
ao
empreendedorismo e ao emprego local).
Os domínios de intervenção do Fundo de Coesão prolongam intervenções sobre os transportes,
o ambiente e o desenvolvimento sustentável, atribuindo prioridade a este último, na perspectiva
de uma abordagem integradora de investimento na qualificação dos recursos existentes.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
21
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
2. NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO
CONTEXTO DO CONTINENTE
Para melhor se compreender a realidade do concelho de Pampilhosa da Serra, numa
perspectiva da sua relativização face àquelas que são as realidades do Continente2,
entendeu-se pertinente proceder a uma análise que pusesse em confronto todos os concelhos
do Continente face a um modelo analítico suportado por um conjunto alargado de indicadores
que recobrissem as suas várias dimensões3 (Fig. 4).
Figura 4 - O “diamante do desenvolvimento” – 3 domínios e 11 dimensões de análise
do desenvolvimento territorial
Economia
Emprego
Actividades económicas
Rendimento
Protecção social
Escolarização
Escolari
zação
Condições habitacionais
Grau de infraestruturação / equipamento
Handicaps socio-culturais
Estrutura do povoamento
Estruturas familiares
Dinâmicas demográficas
Condições
sociais
População
Território
Sítio e Posição
O quadro seguinte dá conta das dimensões de desagregação desse modelo e dos indicadores
que, para cada uma delas, se considerou melhor ilustrarem, tendo em conta a disponibilidade de
informação estatística, as situações potencialmente alvo de tipificação.
Por questões de disponibilidade de informação estatística para alguns dos indicadores seleccionados, as Regiões
Autónomas da Madeira e dos Açores não foram incluídas nesta análise.
3 Consideram-se como dimensões: actividades económicas, condições habitacionais, condições sociais – estruturas
familiares, condições sociais – handicaps socioculturais, demografia – dinâmicas, demografia – escolarização,
emprego, estrutura do povoamento, grau de infraestruturação / equipamento, protecção social e rendimento. Em
anexo a este estudo apresenta-se a lista detalhada dos indicadores, respectivas formas de cálculo e fontes de
dados.
2
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
22
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 5 - Indicadores organizados de acordo com o modelo analítico subjacente ao enquadramento de
Pampilhosa da Serra no contexto nacional e regional
Dimensão
Estrutura do povoamento
Demografia - dinâmicas
Demografia - escolarização
Emprego
Actividades económicas
Condições sociais – Estruturas
familiares
Condições sociais – handicaps
socio-culturais
Rendimento
Protecção social
Condições habitacionais
Grau de infraestruturação /
equipamento
Indicador
% Pop. em lugares < 4999 hab.
% Pop. em lugares de 5000 a 9999 hab.
% Pop. em lugares de 10000 a 49999 hab.
% Pop. em lugares de mais de 49999 hab.
% Pop. isolada
% Pop. residente com 0-14 anos
Variação pop. entre 1991 e 2001 (%)
% Pop. com escolaridade menor ou = à obrigatória
Taxa de analfabetismo
Saída antecipada do sistema de ensino
Abandono escolar precoce
População com profissões altamente qualificadas (% de
empregados com profissão CNP 1 e 2)
Var. 1991-2001 da taxa de actividade das mulheres
Taxa de desemprego
% Desempregados de Longa Duração
SAU por exploração
% Pop. empregada na indústria
% população empregada na agricultura
% Pop. empregada nos serviços relac. Com actividade económica
% de idosos em famílias de 1 pessoa
% Famílias monoparentais
%famílias com 5 ou mais elementos
% Pop. c/ deficiência face à pop. Residente
Taxa de criminalidade
% Estrangeiros face à pop. Residente
Depósitos/hab. (Euros)
Crédito/hab. (Euros)
IRS per capita
IPC – Índice de Poder de Compra
% Beneficiários do RSI
Valor médio anual processado - todas as pensões (em €)
Total de pensionistas / Pop. empregada
% Pessoas em aloj. não clássicos face a aloj. Clássicos
% Aloj. Sobrelotados
População Servida com Estações de Tratamento de Águas
Residuais (%)
Recolha e Reciclagem de Resíduos Sólidos em 2001 (%)
% freguesias comTV Cabo
% freguesias com 3 redes telemóvel
% escolas básicas com acesso à internet
Taxa de cobertura dos equipamentos de apoio a idosos
Nota: Cf. Anexo 2 a este estudo.
Da aplicação de uma metodologia estatística de análise multivariada de dados (Anexo 1)
resultou a formação de 6 grupos ou tipos de concelhos sobre os quais se destacam os seguinte
elementos de classificação (Fig. 5):
Tipo 1 - Lisboa surge isolado num grupo que, por isso mesmo, tem as suas características
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
23
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
definidas pelos valores observados nesse Concelho; esta ocorrência não deixa de ser
relevante na constatação de que, de facto, e em termos gerais, o País ainda apresenta um
forte desequilíbrio entre aquela que é a realidade da capital e o seu restante território;
Tipo 2 - Num outro grupo juntam-se os concelhos onde o grau de urbanização, apesar de
não comparável com o verificado em Lisboa, assume contornos de modernidade e
desenvolvimento, tanto em termos demográficos, como económico como, ainda, na
qualidade dos serviços prestados aos residentes, pesem embora alguns problemas que tal
acarreta, nomeadamente ao nível da maior incidência da criminalidade e de algumas
debilidades na qualidade habitacional;
Tipo 3 - As situações que correspondem aos concelhos que apresentam vilas e cidades de
média dimensão, agrupam-se em torno de características que, ou estão dentro dos valores
médios do Continente, ou sobressaem pela positiva, com destaque para a menor incidência
do desemprego e de problemas sociais mais graves;
Tipo 4 - Os concelhos onde é dominante um maior dinamismo demográfico e uma maior
juventude dos residentes, mas onde pelo contrário se verificam graves debilidades ao nível
da escolarização e da qualificação de uma mão-de-obra sobretudo industrial, a que
acrescem problemas de qualidade urbana, formam um outro grupo;
Tipo 5 - Num outro grupo, onde se encontra Pampilhosa da Serra, e que poderemos
designar por “mundo rural tradicional”, juntam-se os concelhos rurais onde predomina um
povoamento sem a presença de grandes centros urbanos, com elevados níveis de
envelhecimento dos seus residentes e problemas no âmbito das qualificações dos activos;
no entanto, também nestes concelhos se verifica a ocorrência de algumas situações muito
positivas do ponto de vista social e da oferta de serviços e equipamentos fortemente
portadores de elevados padrões de qualidade de vida;
Tipo 6 - Por fim, surge um grupo de concelhos, aparentemente correspondentes a um
“mundo rural em crise” e onde são dominantes os aspectos mais negativos, tanto em termos
demográficos, como sociais como, ainda, económicos;
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
24
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 5 - Níveis de desenvolvimento dos concelhos do Continente
Fonte: elaboração própria
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
25
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Pampilhosa da Serra faz parte de um grupo de concelhos (tipo 5) que apresenta as seguintes
características:
•
Estrutura do povoamento - Povoamento marcado por aglomerações de baixa dimensão
demográfica com especial relevância para a população isolada.
•
Demografia / dinâmicas - Dinâmicas demográficas e juventude da população mais
negativas no contexto do Continente. A variação da população de 1991 para 2001
apresenta
nestes
concelhos
um
comportamento
francamente
desfavorável
comparativamente aos restantes.
•
Demografia / escolarização - População mais envelhecida e, daí, uma maior incidência
do analfabetismo. No entanto, a população escolarizada, apresenta graus de instrução
mais favoráveis no contexto nacional.
•
Emprego - Activos pouco qualificados. Apenas é relevante a muito menor representação
dos activos altamente qualificados.
•
Actividades económicas - Concelhos predominantemente agrícolas e com uma estrutura
agrária potenciadora do assalariamento rural. Mais emprego na agricultura e das
explorações agrícolas com maior dimensão. Menos emprego na indústria e nos serviços
relacionados com a actividade económica.
•
Condições sociais / Estruturas familiares - Estruturas familiares de mais baixa dimensão
e onde são sobretudo relevantes os idosos a viver isoladamente.
•
Condições sociais / handicaps socio-culturais - Menor incidência da criminalidade. A
maior representação da população portadora de deficiência pode estar relacionada uma
estrutura demográfica mais idosa.
•
Rendimento - Baixos rendimentos mas uma situação favorável relativamente aos
depósitos por habitante.
•
Protecção social - Pensões com valores abaixo da média do Continente e elevado peso
dos pensionistas em relação à população empregada.
•
Condições habitacionais - Dimensão dos alojamentos superior às necessidades
habitacionais das famílias.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
26
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
•
Grau de infraestruturação / equipamento - Problemas ao nível da oferta de serviços
avançados de comunicações mas situação muito favorável relativamente à oferta de
serviços de saneamento e de equipamentos de apoio à 3ª idade.
O quadro seguinte descreve e sintetiza as características do grupo de concelhos de que a
Pampilhosa da Serra faz parte relativamente a cada uma das dimensões analisadas.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
27
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 6 - Descrição e caracterização do grupo 5 - o mundo rural tradicional
Dimensão
Estrutura do povoamento
Demografia - dinâmicas
Demografia - escolarização
Emprego
Actividades económicas
Condições sociais –
Estruturas familiares
Condições sociais –
handicaps socio-culturais
Rendimento
Protecção social
Condições habitacionais
Grau de infraestruturação /
equipamento
Descrição
Sobrerepresentação da população a viver
em lugares com menos de 5000 habitantes e
daquela que vive em conjuntos habitacionais
isolados (não integrados em nenhum
aglomerado). Correlativamente, regista-se
uma subrepresentação da população a
residir em lugares com 10.000 a 49.999
habitantes.
A variação da população de 1991 para 2001
apresenta nestes concelhos um
comportamento francamente desfavorável
comparativamente aos restantes. Do mesmo
modo, e com o mesmo significado, a
população mais jovem encontra-se subrepresentada neste grupo.
Subrepresentação da % de população com
um grau de instrução igual ou inferior à
escolaridade obrigatória, a par de um
comportamento mais negativo relativamente
à taxa de analfabetismo.
Apenas é relevante a menor representação
dos activos altamente qualificados.
Sobrerepresentação do emprego na
agricultura e das explorações agrícolas com
maior dimensão. Subrepresentação do
emprego na indústria e nos serviços
relacionados com a actividade económica.
Sobrerepresentação das famílias
constituídas por 1 pessoa idosa e
subrepresentação das famílias
monoparentais e com mais de 5 elementos.
Baixas taxas de criminalidade.
Sobrerepresentação da população portadora
de deficiência.
Sobrerepresentação do volume financeiro de
depósitos por habitante, mas
subrepresentação do IRS/capita e do Índice
de Poder de Compra.
Baixo valor médio das pensões e baixa taxa
de cobertura dos pensionistas pela
população empregada.
Subrepresentação dos alojamentos
sobrelotados.
Sobrerepresentação das taxas de cobertura
da população residente por ETAR e por
equipamentos de apoio a idosos, estando
subrepresentados os indicadores relativos à
cobertura por TV Cabo e redes de telemóvel.
Síntese
Povoamento marcado por aglomerações de
baixa dimensão demográfica com especial
relevância para a população isolada.
Dinâmicas demográficas e juventude da
população mais negativas no contexto do
Continente
Trata-se de concelhos que apresentam uma
população mais envelhecida e, daí, uma maior
incidência do analfabetismo. No entanto, a
população escolarizada, apresenta graus de
instrução mais favoráveis no contexto nacional.
Activos pouco qualificados.
Concelhos predominantemente agrícolas e com
uma estrutura agrária potenciadora do
assalariamento rural.
Estruturas familiares de mais baixa dimensão e
onde são sobretudo relevantes os idosos a viver
isoladamente.
Menor incidência da criminalidade. A maior
representação da população portadora de
deficiência pode estar relacionada uma estrutura
demográfica mais idosa.
Baixos rendimentos mas uma situação favorável
relativamente aos depósitos por habitante.
Pensões com valores abaixo da média do
Continente e elevado peso dos pensionistas em
relação à população empregada.
Dimensão dos alojamentos superior às
necessidades habitacionais das famílias.
Problemas ao nível da oferta de serviços
avançados de comunicações mas situação muito
favorável relativamente à oferta de serviços de
saneamento e de equipamentos de apoio à 3ª
idade.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
28
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
PARTE II - DIAGNÓSTICO
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
29
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
1. O AMBIENTE NATURAL
1.1. Clima
De acordo com Soeiro de Brito “o clima é o mais importante factor natural que contribui, de
maneira sistemática, para a formação das paisagens” (1994:50-51), afirmação que assume
carácter ainda mais marcante na realidade territorial do concelho de Pampilhosa da Serra.
Assim, a caracterização climática do concelho da Pampilhosa baseou-se nos valores médios
mensais das variáveis climáticas da estação da Covilhã (Quadro 7) que constam na publicação
“A Bacia Hidrográfica do rio Zêzere” (INMG, 1988), excepto no que diz respeito à precipitação em que se recorreu ao posto udométrico da Covilhã, período de 1951-1980 (INMG, 1991) - e ao
vento, cuja fonte de informação foi a estação climatológica do Fundão, período 1959-1967
(INMG, 1991). Estas são as estações mais próximas do concelho de Pampilhosa da Serra, onde
não existe nenhuma estação climatológica da rede de estações meteorológicas clássicas. Para
além dos dados das estações de Covilhã e Fundão utilizou-se ainda bibliografia da
especialidade, considerada relevante para a área em estudo.
Quadro 7 - Localização das estações climatológicas da Covilhã e Fundão
Estação Climatológica
Covilhã
Fundão
Latitude
40º 17’
40º 08’
Longitude
7º 31’
7º 30’
Fonte: INMG
Altitude (m)
738
495
Período de Observação
1951 - 1980
1959 - 1967
1.1.1. Enquadramento climático regional
A região em estudo caracteriza-se por uma forte continentalidade, fruto da sua posição interior,
ao abrigo das influências marítimas, e pela posição de altitude bastante destacada.
Pode considerar-se esta zona como fazendo parte da Província Montanhosa do Norte de
Portugal (segundo H. Lautensach e O. Ribeiro in RIBEIRO, 1995), a qual se caracteriza por
possuir Verão relativamente quente, Inverno frio e nevoso, precipitações anuais entre 1000 e
3000 mm (dependendo da localização), grande frequência de nevoeiros (excepto no Verão) e
humidade do ar relativamente reduzida, mesmo no pino do Verão. Caracteriza-se ainda pela
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
30
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ocorrência frequente de tempestades e, sobretudo, pela grande inconstância e violência no
desenrolar dos tipos de tempo.
Por outro lado, segundo S. Daveau (RIBEIRO, 1995), atendendo às características térmicas dos
períodos de Verão e Inverno, o regime térmico da região pode ser descrito como apresentando
um Verão moderado (temperatura máxima média do mês mais quente encontra-se entre 23ºC e
29ºC) e um Inverno frio ou fresco (temperatura mínima média do mês mais frio encontra-se entre
2ºC e 4ºC).
1.1.2. Principais parâmetros meteorológicos
a) Temperatura
A distribuição espacial da temperatura do ar numa região é principalmente condicionada pelos
factores fisiográficos, nomeadamente o relevo (altitude e exposição), a natureza do solo e do seu
revestimento, a proximidade de grandes superfícies de água e pelo regime de ventos.
No quadro 8 e figura 6 indicam-se os valores médios no mês e no ano, das temperaturas média
das máximas, média das mínimas, médias diárias do ar e amplitude térmica média diária,
observadas na estação em estudo. Todos estes valores correspondem às médias dos valores
das temperaturas máxima e mínima diárias observadas.
Quadro 8 - Valores de temperatura do ar na estação climatológica da Covilhã
Máxima
Mínima
Média
Amplitude
Jan
9,2
1,8
5,5
7,4
Fev
10,9
2,5
6,7
8,4
Mar
12,7
4,4
8,6
8,3
Abr
15,5
5,9
10,7
9,6
Mai
17,6
7,5
12,6
10,1
Jun
Jul
23,5
27,6
11,5
13,4
17,5
20,5
12,0
14,2
Fonte: INMG
Ago
28,0
13,8
20,9
14,2
Set
23,7
12,1
17,9
11,6
Out
17,7
8,5
13,1
9,2
Nov
12,6
5,0
8,8
7,6
Dez
9,7
2,5
6,1
7,2
A temperatura média do ar (12,4° C) e a amplitude térmica ( a = 15,4°C ) caracterizam o clima,
segundo o sistema de classificação clássico, como temperado ( 10 < T < 20o C ) e de
moderada amplitude térmica.
Relativamente à designada amplitude extrema das temperaturas (diferença entre a média das
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
31
Ano
17,4
7,7
12,4
9,7
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
máximas do mês mais quente - Agosto, 28,0° C - e a média das mínimas do mês mais frio Janeiro, 1,8° C), verifica-se que esta é acentuadamente elevada (26,2° C), revelando o efeito de
continentalidade.
A amplitude média da variação diurna da temperatura do ar (i.e., diferença das médias das
temperaturas máximas e mínimas diárias) depende da distância do local ao mar, da altitude e da
exposição aos ventos marítimos. Os seus valores no mês e no ano constam no quadro 8 e
encontram-se representados na figura 7.
Verifica-se que os valores médios no mês variam com regularidade ao longo do ano; os maiores
valores correspondem aos meses de Julho e Agosto e os menores a Dezembro e Janeiro. Os
valores mais altos nos meses de Verão resultam dos fenómenos intensos da radiação solar e da
radiação terrestre, com o aquecimento diurno e arrefecimento nocturno fortes devido à maior
frequência de massas de ar tropical continental cujo teor de vapor de água é muito pequeno.
Porém, nem o Verão é muito quente ( T < 22,0o C ) nem o Inverno muito frio ( Min > 0 o C ) não
obstante as temperaturas máximas e mínimas absolutas atinjam os 38° C e - 7,8° C, em Julho e
Dezembro, respectivamente.
Note-se, no entanto, que a frequência do número de dias com temperatura Min < 0°C (5,5%) é
bastante menor que a frequência de número de dias com Max > 25,0° C (18,3%).
Figura 6 - Temperatura média do ar (°C). Estação climatológicas da Covilhã
Covilhã
T (ºC) 25
20
15
10
5
Covilhã
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Meses
Fonte: INMG
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
32
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 7 - Temperatura média máxima e mínima do ar (ºC). Estação climatológica da Covilhã
T (ºC) 30.0
25.0
20.0
15.0
10.0
Máxima
5.0
Mínima
0.0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Meses
Fonte: INMG
Atendendo-se aos desvios das temperaturas médias mensais em relação ao valor médio anual
pode repartir-se o ano por dois períodos de igual duração para a estação considerada, conforme
se pode observar no quadro 9.
Quadro 9 - Meses com desvios relativamente à temperatura média anual nas estações em estudo
Estação
Temperatura
Média Anual
Covilhã
12,4º C
Meses com desvios relativamente à Temperatura Média Anual
Desvio Positivo
Desvio Negativo
Maio a Outubro
Novembro a Abril
Fonte: INMG
b) Precipitação
Em Portugal a precipitação é um fenómeno descontínuo a aleatório, havendo uma forte
irregularidade interanual das chuvas em todo o território (não existe regularidade estatística).
Do ponto de vista da precipitação, o ano pode dividir-se em duas estações, separadas por
períodos de transição. A estação seca ocorre durante os meses de Julho e Agosto, e a estação
húmida nos meses de Novembro a Março.
No entanto, verifica-se que estas estações estão longe de ser internamente regulares,
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
33
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
notando-se súbitas alternâncias dos períodos secos e chuvosos.
Assim, é importante salientar que os valores obtidos nas “normais climatológicas”, onde se
consideram as médias dos registos de períodos de tempo de 20/30 anos, escondem, pela sua
natureza, esta forte irregularidade, a qual se reveste da maior importância, dado que é um factor
característico da frequência e ritmo anual da precipitação em Portugal.
A
pluviosidade
média
anual
(1662,1 mm)
caracteriza
o
clima
como
chuvoso
(1 000 mm < P < 2 000 mm) ocorrendo a maior precipitação em Janeiro e a menor em Agosto,
que correspondem a 16,5% a e 0,9%, respectivamente, da precipitação total anual.
O quadro 10 e a figura 8 contêm os valores médios da precipitação no mês e no ano para a
estação em estudo.
Quadro 10 - Precipitação (mm) - estação climatológica da Covilhã
Estação
Covilhã
mm
%
Jan
274,9
16,5
Fev
244,9
14,7
Mar
198,1
11,9
Abr
113,5
6,8
Mai
Jun
105,4 46,0
6,3
2,8
Fonte: INMG
Jul
14,7
0,9
Ago
14,5
0,9
Set
52,7
3,2
Out
155,7
9,4
Nov
217,1
13,1
Dez
224,6
13,5
Ano
1662,1
100,0
Figura 8 - Precipitação (mm) - estação climatológica da Covilhã
P (mm) 250
200
Covilhã
150
100
50
0
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
Meses
Fonte: INMG
Os maiores valores da precipitação mensal são devidos à passagem frequente, nos meses de
Inverno, de perturbações da superfície frontal polar sobre a bacia do Zêzere, provocando fortes
movimentos verticais do ar. Massas de ar tropical e polar marítimo muito húmido, transportadas
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
34
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
por ventos de oeste, invadem com frequência a bacia nestes meses e dão precipitação
orográfica persistente nas serras que a delimitam, nomeadamente na Estrela, Açor, Sicó, Aire,
Gardunha, Alvelos e nas elevações de Vila de Rei. As massas de ar polar marítimo, muitas
vezes instáveis, dão origem a aguaceiros fortes, devido a fenómenos de convecção durante o
dia, ou à acção do relevo nos movimentos ascendentes do ar.
A ocorrência dos valores mínimos da precipitação em Julho ou Agosto resulta da invasão da
bacia do Zêzere por massas de ar tropical continental, muito seco, transportadas na circulação
conjunta da crista de altas pressões associada ao anticiclone dos Açores que se mantém quase
estacionária e da depressão de origem térmica que se forma sobre a Península Ibérica nos
meses de Verão.
Para averiguar o número de dias em que a precipitação é superior a 0,1 mm, 1,0 mm e 10,0 mm
recorreu-se aos dados recolhidos na estação do Fundão, uma vez que a estação udométrica da
Covilhã, não possui dados relativos ao número de dias por ano em que a precipitação é maior do
que 1,0 mm.
Verifica-se que o número médio de dias do mês em que há precipitação P ≥ 0,1 mm (Quadro 11)
varia ao longo do ano. Enquanto que em Janeiro, chove, em média, em cerca de 50% dos dias
(15 dias), constata-se que em Julho e Agosto, não chove em mais de 2 dias por mês.
Quadro 11 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥0.1 mm
Estação
Fundão
Jan
15
Fev
14
Mar
13
Abr
10
Mai
9
Jun
Jul
6
2
Fonte: INMG
Ago
2
Set
5
Out
11
Nov
12
Dez
13
Ano
112
Em relação ao número de dias em que a precipitação é superior a 1,0 mm, verifica-se igualmente
uma distribuição irregular ao longo do ano (Quadro 12).
Quadro 12 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥1.0 mm
Estação
Fundão
Jan
12
Fev
11
Mar
10
Abr
7
Mai
7
Jun
Jul
5
1
Fonte: INMG
Ago
2
Set
4
Out
8
Nov
9
Dez
10
Ano
84
O número de dias do mês em que há precipitação P ≥ 10,0 mm (Quadro 13) também tem um
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
35
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
máximo entre Novembro e Fevereiro, correspondendo os menores valores a Julho e Agosto. Por
ano, ocorrem em média 30 dias em que a precipitação diária ultrapassa os 10 mm.
Refira-se que os valores diários da precipitação superiores a 10,0 mm correspondem em regra à
passagem de sistemas frontais muito activos ou à existência de uma depressão barotrópica (fria)
nas proximidades do território do Continente.
Quadro 13 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥10,0 mm
Estação
Fundão
Jan
4
Fev
5
Mar
3
Abr
2
Mai
2
Jun
Jul
1
0
Fonte: INMG
Ago
0
Set
1
Out
3
Nov
4
Dez
4
Ano
30
Assim, com base nos valores de precipitação existentes, verifica-se que chove, em média, em
112 dias do ano, ou seja, em cerca de 30% dos dias. Por outro lado, em 112 dias de chuva há,
em média, 30 dias de chuvas fortes (a precipitação ultrapassa os 10 mm), 28 dias de chuva fraca
(0,1<R<1,0) e 54 dias de chuvas moderadas (1,0<R<10,0) (Figura 9).
Figura 9 - Número de dias/ano sem precipitação, número de dias/ano com precipitação fraca,
número de dias/ano com precipitação moderada e número de dias/ano com precipitação abundante
Covilhã
8%
Período Seco (R=0)
15%
Chuva Fraca (0,1<R<1,0)
Chuva Moderada (1,0<R<10,0)
Chuva Abundante (R>10,0)
8%
69%
Fonte: INMG
O quadro 14 contém os valores médios do número de dias do mês e do ano com precipitação de
neve e granizo ou saraiva na estação em estudo.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
36
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 14 - Valores médios (número de dias), de ocorrência de neve, granizo ou saraiva
Covilhã
Neve
Granizo ou Saraiva
Jan
1,8
0,6
Fev
1,5
0,5
Mar
0,7
0,2
Abr
0,1
0,1
Mai
Jun
0,0
0,0
0,0
0,1
Fonte: INMG
Jul
0,0
0,0
Ago
0,0
0,0
Set
0,0
0,0
Out
0,1
0,0
Nov
0,2
0,0
Dez
0,8
0,0
Ano
5,2
1,5
Na região em estudo o número médio de dias no ano com precipitação de neve é de 5,2. Em
relação ao granizo ou saraiva, verifica-se que estes fenómenos ocorrem apenas, em média, em
1,5 dias por ano.
c) Humidade
As variações da humidade relativa do ar são principalmente condicionadas pelas da temperatura
e pela natureza das massas de ar local, podendo admitir-se que uma variação da temperatura do
ar provoca, em regra, uma variação contrária da humidade relativa. A distribuição espacial dos
valores da humidade do ar, bem como as suas variações diurna e anual, podem ser alteradas
pela acção dos factores locais.
Considera-se que os valores da humidade do ar às 9 horas locais são uma boa aproximação dos
valores médios no dia.
O quadro 15 e a figura 10, contêm os valores médios no mês e no ano da humidade relativa do
ar, na Covilhã às 9 horas.
Quadro 15 - Humidade relativa do ar às 9 h. Estação climatológica da Covilhã.
Estação
Hora
Jan
Fev
Mar
Abr
Covilhã
9:00
84,0
75,0
76,0
70,0
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Ano
71,0 65,0
Fonte: INMG
60,0
62,0
69,0
74,0
78,0
79,0
72,0
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
37
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 10 - Humidade relativa do ar às 9 h. Estação climatológica da Covilhã
H (%) 100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Fonte: INMG
Reconhece-se que os valores médios no mês da humidade relativa do ar às 9 horas, variam com
regularidade ao longo do ano: os valores máximos e mínimos correspondem aos meses de
Janeiro (84%) e Julho (60%), respectivamente. O valor médio do ano é de 72%, traduzindo um
clima do tipo seco (55%<U<75%).
Os valores mais elevados da humidade relativa do ar às 9 horas ocorrentes em Janeiro resultam,
não só do forte arrefecimento nocturno do ar nas camadas mais baixas da atmosfera, com o
consequente aumento da humidade relativa, mas também de ser esta a época do ano com maior
frequência de massas de ar marítimo. Os valores mais baixos da humidade relativa do ar às 9
horas em Julho ou Agosto, resultam da maior persistência, nestes meses, de massas de ar
continental transportadas na circulação da depressão de origem térmica que se forma no Verão
sobre a Península Ibérica.
Regra geral, os menores valores de humidade relativa do ar ocorrem nas primeiras horas da
tarde e correspondem à temperatura máxima do dia; os valores mais elevados ocorrem nas
primeiras horas da manhã e correspondem à temperatura mínima do dia. A regularidade da
variação diurna da humidade relativa do ar pode ser alterada pela persistência, na região, de
massas de ar húmido, grande nebulosidade ou precipitação; com estas condições a variação
diurna pode ser praticamente nula.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
38
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
d) Nebulosidade
Se uma massa de ar húmido arrefecer e a sua temperatura atingir a do ponto de orvalho do ar, o
vapor de água condensa-se em pequenas partículas que ficam em suspensão na atmosfera,
constituindo nuvens ou nevoeiro, conforme a condensação se der em altitude ou junto da
superfície do globo. A formação de nuvens pode resultar da subida da massa de ar na atmosfera
por convecção (nuvens de convecção), da subida de uma superfície frontal (nuvens frontais), da
subida forçada numa encosta (nuvens orográficas), ou da agitação produzida por turbulência
(nuvens de turbulência).
O elemento climático nebulosidade (N) é a quantidade de nuvens no céu, vistas do local à hora
que se considera. Os seus valores exprimem-se em décimos de céu com nuvens: “0” representa
céu limpo, sem nuvens, e “10” céu encoberto sem qualquer porção azul visível.
A nebulosidade apresenta, em regra, uma variação diurna nítida que resulta em grande parte da
formação de nuvens por convecção. Durante a manhã o solo aquece por absorção da radiação
solar, a camada de ar junto do solo torna-se instável e estabelecem-se correntes de convecção;
a instabilidade da atmosfera é máxima depois do meio-dia e a nebulosidade é máxima de tarde;
a seguir a instabilidade diminui, as correntes de convecção enfraquecem, as nuvens dissipam-se
gradualmente e a nebulosidade é mínima no princípio da noite.
Esta variação simples pode ser alterada pela formação de nuvens de outros tipos; sobre os rios
há, em regra, um máximo de nebulosidade nas primeiras horas da manhã, com nuvens de
turbulência.
O quadro 16 e figuras 11 e 12, contêm os valores médios do número de dias do mês e do ano
em que a média dos resultados das observações directas da nebulosidade é igual ou superior a
8/10 e igual ou inferior a 2/10.
Quadro 16 - Valores de nebulosidade. Estação climatológica da Covilhã
Estação
Covilhã
Nebulosidade
N≥8/10
N≤2/10
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
12,0 8,0 10,0 9,0 9,0 3,0 1,0 3,0 7,0 9,0 10,0 12,0 93,0
11,0 14,0 11,0 9,0 10,0 19,0 25,0 24,0 16,0 15,0 12,0 12,0 179,0
Fonte: INMG
O número de dias com céu muito nublado ou encoberto (N ≥ 8/10), é maior nos meses de
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
39
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Novembro a Março, com o máximo em Dezembro e Janeiro. O número de dias com céu pouco
nublado ou limpo, (N ≤ 2/10), é maior nos meses de Junho a Setembro com o máximo em Julho.
N>=8/10 (dias)
Figura 11- Nebulosidade - número de dias com N≥8/10 - estação climatológica da Covilhã
14
Covilhã
12
10
8
6
4
2
0
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Meses
Fonte: INMG
N<=2/10 (dias)
Figura 12 – Nebulosidade - número de dias com N≤2/10 - estação climatológica da Covilhã
30
Covilhã
25
20
15
10
5
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Fonte: INMG
e) Insolação e radiação global
Radiação global é a quantidade de energia radiante recebida por unidade de área de uma
superfície horizontal no local, durante o intervalo de tempo que se considera, incluindo a
radiação solar directa e a radiação emitida, reflectida e difundida pela atmosfera e pelos corpos
que nela existem, incluindo as nuvens. A energia radiante emitida pela atmosfera e pelos corpos
nela existente é sempre muito pequena, considerando-se, por isso, na prática que a radiação
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40
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
global mede a radiação solar recebida no local. Os valores exprimem-se em calorias/cm2
(cal/cm2).
A Insolação (I) é o tempo de Sol descoberto no local, durante o intervalo de tempo que se
considera. Os seus valores exprimem-se em horas (h).
A radiação global e a insolação dependem de diversos factores, nomeadamente da latitude, da
época do ano, da exposição ao Sol, e da nebulosidade.
O quadro 17 e a figura 13 contêm os valores médios no mês e no ano da insolação da estação
climatológica da Covilhã. Os valores médios no mês variam com regularidade ao longo do ano:
os maiores valores ocorrem no Verão, com o máximo nos meses de Julho e Agosto, e os
menores valores ocorrem no Inverno, com o mínimo em Janeiro.
Quadro 17 - Insolação registada na estação climatológica da Covilhã (horas).
Estação
Covilhã
Jan
125,0
Fev
151,0
Mar
178,0
Abr
233,0
Mai
277,0
Jun
Jul
320,0
395,0
Fonte: INMG
Ago
345,0
Set
247,0
Out
197,0
Nov
142,0
Dez
128,0
Ano
2738
Figura 13 - Insolação registada na estação climatológica da Covilhã (horas)
I (h) 400
350
300
250
200
150
100
50
0
Covilhã
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Fonte: INMG
f) Nevoeiro
O mecanismo mais frequente e eficaz na formação de nevoeiro é o arrefecimento do ar húmido,
o qual pode resultar do contacto da massa de ar com a superfície terrestre arrefecida por
emissão de radiação durante a noite (nevoeiro de radiação), do deslocamento horizontal da
massa de ar fria (nevoeiro de advecção), ou da subida forçada da massa de ar numa encosta
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41
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
(nevoeiro orográfico). Outro mecanismo é a evaporação da água para o ar, quer seja da
evaporação das gotas de chuva que caem de uma massa de ar quente para outra muito mais fria
junto do solo (nevoeiro frontal), quer seja da evaporação de água na superfície do globo para o
ar mais frio em contacto com ela (nevoeiro de vapor). A agitação produzida pela turbulência
aumenta com a velocidade do vento à superfície, e por isso não há nevoeiro com vento forte,
mas há tendência para a formação de nuvens na parte superior da camada turbulenta.
O quadro 18 contém valores médios do número de dias do mês e do ano com nevoeiro na
região. Verifica-se que o número de dias por ano em que ocorre este fenómeno é bastante
elevado (64 dias) na região em estudo.
Quadro 18 - Número de dias com nevoeiro
Estação
Covilhã
Jan
8,2
Fev
5,9
Mar
8,8
Abr
6,0
Mai
5,3
Jun
Jul
2,7
0,9
Fonte: INMG
Ago
1,2
Set
4,2
Out
5,7
Nov
6,1
Dez
8,6
Ano
63,6
Trovoada (dias)
Figura 14 - Número de dias com nevoeiro
10.0
8.0
Covilhã
6.0
4.0
2.0
0.0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Fonte: INMG
Reconhece-se que os nevoeiros ocorrem com mais frequência na região nos meses de Outubro
a Março, com o máximo em Dezembro ou Janeiro; na grande maioria são nevoeiros de radiação.
Os nevoeiros de radiação formam-se, em regra, nas primeiras horas da madrugada (das 3 às 5
horas) pelo arrefecimento do solo por emissão de radiação terrestre que é intensa nas noites de
céu limpo e vento fraco ou calmo e dissipam-se, geralmente, durante a manhã.
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42
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
g) Trovoada
As trovoadas resultam de perturbações em massas de ar quente e húmido ou também em ar frio
que se tornou instável pelo aquecimento da camada inferior em contacto com a superfície do
globo, mais quente. São portanto manifestações da instabilidade da atmosfera. As perturbações
podem ser provocadas pela subida de massas de ar por convecção na atmosfera (trovoadas de
convecção), pela subida ao longo de uma superfície frontal (trovoadas frontais) ou pela subida
forçada de uma encosta (trovoadas orográficas). As trovoadas de convecção são mais
frequentes de tarde, quando a instabilidade atmosférica é maior. As trovoadas frontais estão
principalmente associadas à passagem de superfícies frontais frias, podendo por isso ocorrer a
qualquer hora do dia. As trovoadas orográficas desenvolvem-se rapidamente afectando regiões
de grande extensão e são, em regra, estacionárias.
O quadro 19 contém os valores médios do número de dias do mês e do ano com trovoada.
Verifica-se que ocorrem em média, 9 dias de trovoadas por ano, com especial incidência nos
meses de Verão.
Quadro 19 - Número de dias com trovoada - estação climatológica da Covilhã
Estação
Covilhã
Jan
0,0
Fev
0,0
Mar
0,3
Abr
0,8
Mai
0,9
Jun
Jul
2,5
1,3
Fonte: INMG
Ago
0,7
Set
1,8
Out
0,3
Nov
0,2
Dez
0,0
Trovoada (dias)
Figura 15 - Número de dias com trovoada - estação climatológica da Covilhã
4.0
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
0.5
0.0
Covilhã
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses
Fonte: INMG
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43
Ano
8,8
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
h) Vento
Os parâmetros utilizados para descrever o vento num local são: o rumo (direcção e sentido),
indicado pelo ponto da rosa dos ventos donde ele sopra, e a velocidade (km h-1). Considera-se a
existência de calma quando a velocidade do vento é igual ou inferior a 1,0 km h-1, sem rumo
determinável. O quadro 20, contendo os valores médios no mês e no ano da velocidade do
vento, expressa em km/h, apresenta-se apenas para o Fundão, uma vez não existirem valores
para a estação da Covilhã.
Verificam-se que os valores médios do mês, variam com bastante regularidade ao longo do ano.
No Fundão predomina, em regra, vento de SW nos meses de Maio, Junho, e Outubro e vento de
W nos restantes meses.
Quadro 20 - Valores médios da velocidade do vento (km/h)
Estação
Fundão
Jan
9,1
Fev
9,4
Mar
10,5
Abr
9,8
Mai
8,5
Jun
Jul
8,2
8,4
Fonte: INMG
Ago
8,4
Set
7,4
Out
7,6
Nov
8,3
Dez
9,2
Ano
8,7
Figura 16 - Valores médios da velocidade do vento (km/h) - estação climatológica do Fundão
Dez
Nov
Out
Jan
12
10
8
6
4
2
0
Fev
Mar
Abr
Set
Mai
Ago
Jun
Jul
Fonte: INMG
Há em média 2,8 dias por ano com velocidade do vento superior a 36 km/h e apenas 0,2 dias
com velocidade do vento superior 55 km/h. A frequência anual de calmas é de 4,3%.
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44
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i) Classificação do clima
A classificação do clima faz-se com base nos critérios convencionais, aplicados ao valores
médios dos elementos climáticos, da frequência da sua ocorrência, da sua variação no ano, etc..
De acordo com os critérios mais simples de classificação, o clima da região é:
•
quanto à temperatura do ar: temperado (temperatura média do ar no ano compreendida
entre 10 a 20°).
•
quanto à humidade do ar: seco (humidade relativa média do ar no ano às 9 horas
compreendida entre 55 e 75%).
•
quanto à precipitação: chuvoso (precipitação média no ano compreendida entre 1 000 e
2 000 mm);
Classificação de Köppen
•
Pelos critérios de classificação de Köppen, o clima da região é da forma Csb, que
significa o seguinte:
•
Cs - Clima mesotérmico (temperado) com chuva e sem quedas regulares de neve. A
temperatura média do ar no mês mais frio está compreendida entre 0° e 18°C. Há uma
estação seca que coincide com a estação quente do ano, sendo a precipitação no mês
mais seco inferior a 1/3 da do mês chuvoso do semestre frio e inferior a 40 mm;
•
b - Verão pouco quente mas extenso: a temperatura média do ar no mês mais quente é
inferior a 22°C, havendo mais de quatro meses em que é superior a 10°, donde resulta a
semi-soma das temperaturas médias do ar em Maio e Setembro é superior a 10°.
•
Atendendo ao climograma elaborado com os valores da estação climatológica da
Covilhã (Fig. 17) e de acordo com os limites fixados por Köppen (40 mm para a
precipitação e 18ºC para a temperatura média do ar) o ano pode subdividir-se de acordo
com os períodos indicados no Quadro 21.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
45
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 21 - Períodos climáticos de acordo com Köppen
Período
Chuvoso frio
Chuvoso quente
Seco frio
Seco quente
Covilhã
Setembro a Maio
Junho
Junho a Agosto
Figura 17 - Climograma referente à estação climatológica da Covilhã
240
III
XII
Chuvoso frio
I
Precipitação (mm)
200
Chuvoso
quente
XI
II
160
X
120
V
IV
80
IX
40
VI
Seco frio
VIII
VII
Seco
quente
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
Temperatura média do ar (ºC)
Fonte: INMG
Classificação de Thornthwaite
De acordo com a classificação de Thornthwaite (1948), o clima de um local é descrito por um
conjunto de quatro índices, o índice de aridez (Ia), o índice de humidade (Ihu), o índice hídrico (Ih)
e o índice de eficácia térmica no Verão (Ct). Estes índices, indicados no Quadro 23, são
definidos de acordo com os resultados do balanço hidrológico do solo apresentados no
Quadro 22.
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46
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 22 - Resultados do balanço hidrológico de Thornthwaite (valores em mm).
Parâmetro
Precipitação total
Evapotranspiração potencial
Evapotranspiração real
Défice de água
Excesso de água
Covilhã
1498
696
498
198
1000
Quadro 23 - Índices resultantes da classificação climática de Thornthwaite
Índice
Índice de aridez (Ia)
Índice de humidade (Ihu)
Índice hídrico (Ih)
Concentração térmica estival (Ct)
Covilhã
28,4
143,5
126,5
48,8
Desta forma, verifica-se que o clima é da forma B2 B’2 s2 b’4 no Fundão e da forma A B’1 s b’4
na Covilhã. O significado destes símbolos é o seguinte:
•
A - Super húmido (Ih >100)
•
B2 - Moderadamente Húmido (40 ≤ Ih < 60)
•
B’1 - Mesotérmico (570 ≤ ETP < 712)
•
B’2 - Mesotérmico (712 ≤ ETP < 855)
•
s - Deficiência moderada de água no Verão (16,7 ≤ Ia < 33,3)
•
s2 - Grande deficiência de água no Verão (Ia > 33,3)
•
b’4 - Moderada concentração térmica estival (48 ≤ Ct < 51,9)
1.2. Geomorfologia, geologia, hidrogeologia e geotécnia,
1.2.1. Geomorfologia
No concelho de Pampilhosa da Serra, situado entre as Serras da Lousã e Açor, predominam as
grandes altitudes e morfologia acidentada. É um concelho com elevada amplitude altimétrica,
incluído no complexo orográfico da Serra do Açor que atinge a maior altitude no marco
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47
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
geodésico de Cebola (freguesia de Unhais-o-Velho), com 1 418 m, e o ponto mais baixo no rio
Zêzere com 300 m (Fig. 18). Mais de 56,5% do concelho apresenta uma altimetria compreendida
entre os 500 e os 900m. Do ponto de vista orográfico destaca-se a cordilheira Estrela-Lousã, que
vem desde o Picoto das Meãs na Serra do Açor, com 1 418 m de altitude, serras da Rocha
(1 190m), Decabelos (1 052 m), Caveiras (1 029m) até à das Malhadas (1 000m).
Para nascente fica o vale do Ceira, com as encostas íngremes desde a Covanca até Ceiroquinho
e Boiças. Para poente fica a Ribeira de Unhais com zonas quase inacessíveis, desde Meãs,
Vidual, Vale Derradeiro, Soeirinho, Pessegueiro até Malhadas da Serra. Paralela à referida
cordilheira existe uma outra cadeia de serras, embora mais baixas, desde o Cabeço do
Chiqueiro (1086m) no alto de Dornelas com as Minas da Panasqueira, Penedos da Barragem
(934m), Cumes do Seixo (525m), de Vale Serrão (794m), de Vale Pereiras (772m), de Travessa
(507m) até Padrões (439m). Há ainda uma terceira cordilheira de penhascos transversal
àquelas, que vem desde Janeiro de Baixo, Serra da Raposa (610m), Penedos do Vidual (944m),
Serra dos Batoucos (1119m) até Fajão/Mata (902m).
Figura 18 - Carta hipsométrica do concelho de Pampilhosa da Serra
Fonte: http://snig.igeo.pt/Portugues/Apps/Crif/relatorios/pampilhosa/Pampilhosa.html
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48
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
O movimentado do terreno tem necessariamente reflexos nas exposições das vertentes
(Fig. 19). As exposições predominantes do concelho estão voltadas a Sul com quase 12 000 ha,
ao que se segue a exposição a Oeste (com quase 10 000 ha). As áreas planas com cerca de
1 500 ha são ocupadas predominantemente por zonas de planos de água das albufeiras de
Santa Luzia, Alto do Ceira e Cabril.
Figura 19 - Carta de exposição de vertentes do concelho de Pampilhosa da Serra
Fonte: http://snig.igeo.pt/Portugues/Apps/Crif/relatorios/pampilhosa/Pampilhosa.html
O concelho de Pampilhosa da Serra apresenta-se bastante declivoso (Fig. 20), em consequência
do movimentado do terreno e das significativas diferenças altimétricas. Predominam as classes
de declive acentuados ou muito acentuados. Cerca de 38% da área total da zona tem declives
superiores a 40%.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
49
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 20 - Carta de declives do concelho de Pampilhosa da Serra
Fonte: http://snig.igeo.pt/Portugues/Apps/Crif/relatorios/pampilhosa/Pampilhosa.html
1.2.2. Geologia
A Cordilheira Central, localizada na Zona Centro Ibérica, é constituída por dois sistemas
montanhosos separados pelo Zêzere e alinhados segundo um rumo NE-SW.
A geologia da Cordilheira Central é dominada, no concelho da Pampilhosa da Serra, pela
ocorrência de xistos argilosos e grauvaques pré-cambricos, entre os 500-650 milhões de anos,
relativos ao Complexo Xistograuváquico. Ocorrem igualmente algumas cristas quartzíticas de
dureza, que sobressaem dos planaltos e cumes de xistos argilosos.
Em épocas mais recentes, os agentes de geodinâmica externa levaram à formação de depósitos
sedimentares, associados sobretudo ao leito dos cursos de água existentes.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
50
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 21 - Carta geológica
Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
51
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Do ponto de vista litológico, e de acordo com o PDM de Pampilhosa da Serra, identificam-se à
superfície, as seguintes unidades:
•
formações xistentes e grauváquicas pertencentes ao denominado complexo xitograuváquico ante-ordovícico,
•
cristas quartzíticas de orientação NW-SE e
•
formações aluvionáres recentes nos leitos e margens do rio Zêzere e alguns seus
afluentes.
a) Complexo xisto-grauváquico
É constituído por grauvaques e quartzitos finos em posição subordinada, onde as bancadas de
quartzitos, em intercalações pouco possantes, se distinguem pela cor mais clara e pela
compacidade.
Este complexo ocupa quase inteiramente a área do Concelho, apresentando uma fácies
marinha. Compreende xistos gresosos, xistos argilosos, grauvaques e quartzitos finos e filitos
que formam, ao todo, uma série metassedimentar bastante monótona, na qual só se distinguem,
por vezes, níveis constituídos pela alternância de finos leitos grauvacoides com outros xistos
argilosos, com aspecto de fácies flyschóide.
Os filitos são normalmente quartzíticos, caracterizando-se pela abundância e apresentam uma
granularidade que varia de fina a muito fina.
Os xistos, por vezes quartzo-micáceos, grauvacoídes, de brilho acetinado, caracterizam-se por
uma constituição de quartzo e minerais micáceos (muscovite, sericite e clorite). Os elementos
filíticos definem, em regra, direcções preferenciais.
Os grauvaques oloventes em predominância na área oriental do Concelho, não se encontram
visivelmente metamorfizados.
b) Cristas quartzíticas ordovícias
Existem no concelho da Pampilhosa duas cristas de sentido NW-SE: uma entre a ribeira de
Unhais e o rio Zêzere e outra a W desta. São constituídas essencialmente por quartzitos e
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
52
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
apresentam-se muito desenvolvidas na direcção do comprimento em contraste com a largura.
Uma das cristas, entre a ribeira de Unhais e o rio Zêzere, termina junto à falha da Cebola. Esta
crista encontra-se enquadrada a SW por xistos argilosos e imediatamente a NE por quartzitos
com intercalações xistóides, passando lateralmente a xistos argilosos.
Sensivelmente paralela a esta crista existe uma outra a W, que atravessa o concelho numa
extensão de cerca de 15 km. Esta crista, iniciando-se a cerca de 500 m a sul do rio Ceira,
sobranceira ao vale quase 400 m, segue para SE indo passar à povoação de Fajão, continuando
em alargamento progressivo, até à ribeira de Unhais, a cumeada mantém-se a altitudes
próximas de 1000 m, que ultrapassa em Batonco (cerca de 1100 m) até à Portela de Vidual e até
alcançar o rio Zêzere onde é mais estreita.
Estas cristas foram compartimentadas por falhas transversais de que resultaram
descontinuidades e desligamentos. O rio Zêzere corta estes quartzitos em garganta apertada e
profunda, aproveitada para a instalação da barragem de Santa Luzia.
c) Aluviões
Os aluviões encontram-se ao longo das principais linhas de água, nomeadamente do rio Zêzere
e seus afluentes e são constituídos por areias e outros materiais detríticos.
1.2.3. Hidrogeologia
Em termos hidrogeológicos, o concelho da Pampilhosa é marcado sobretudo pela existência de
formações xistentas argilosas que apresentam horizontes de permeabilidade baixa. Para além
destas são ainda de considerar zonas de xistos grauvacóides e, em menor área, formações
essencialmente grauváquicas, para alem de cristas quartzíticas bastante fraturadas.
As redes de drenagem mais importantes estão relacionadas com o rio Zêzere, que correm para
leste em vales direitos, quase rectilíneos, de natureza tectónica recebendo vários afluentes. No
rio Zêzere, muitas das inúmeras e pequenas ribeiras afluentes não são de regime permanente,
devido ao estabelecimento dos seus leitos segundo as linhas de maior declive. O volume e
velocidade de escoamento da massa líquida, durante a época chuvosa, são de tal ordem que,
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
53
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
arrastando grande quantidade de material rochoso, vão cavando o leito, e encaixando-se cada
vez mais.
No que concerne às águas subterrâneas verifica-se que os terrenos descritos apresentam
diferentes aptidões aquíferas que se consubstanciam em quatro unidades hidrogeológicas, de
acordo com o PDM:
•
a zona W e NW do concelho, composta por xistos argilosos – área onde os caudais não
excedem 1l/s;
•
parte da zona meridional e parte do NE – área já com intercalações grauváquicas – área
onde a produtividade pode atingir 3 l/s;
•
cristas quartzíticas, constituídas por quartzitos fracturados o que proporciona uma maior
facilidade de escoamento assim como de armazenamento – área onde os caudais são
da ordem dos 2 a 3 l/s
•
pequena área a leste do concelho onde predominam formações grauváquicas, rochas
mais rígidas que reagiram às orogenias com jogos de falhas, fracturas e fissuras, cuja
abundância proporciona um maior armazenamento e produtividades – podendo atingir
4l/s.
O concelho apresenta assim uma fraca aptidão aquífera, que nunca excede os 4l/s.
1.2.4. Geotécnia
As rochas do complexo xisto-grauváquico ante-Ordovícico, representam os mais antigos
depósitos sedimentares, que posteriormente foram afectados fortemente pela intrusão do granito
de idade Hercínica, deformando-as e originando acções de metamorfismo de contacto bastante
intensas, sendo comum nestas orlas de metamorfismo as corneanas, xistos micáceos, etc.. O
final da Orogenia Hercínica, há 240 milhões de anos, é marcada por uma fracturação das rochas
até aí formadas, com direcção NNE-SSW a ENE-WSW e NNW-SSE a NW-SE. Formaram-se em
fase tardia, numerosos filões pegmatiticos, aplito-pegmatiticos e quartzosos. Note-se ainda numa
fase posterior a instalação, quer nas fracturas, quer nos xistos, filões de rocha básica de tipo
explicado anteriormente.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
54
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Por último e após a fase de erosão durante o Mesozóico a região foi atingida pelas acções de
orogenia Alpina, no início do terciário, que a fracturaram fortemente, com orientação
predominante de NE-SW, vão provocar o rejogo das antigas falhas hercínicas, que passam de
falhas de desligamento, a falhas inversas. A elevação das áreas serranas deu-se por
movimentos em sistemas de falhas paralelas, originando blocos diferencialmente desnivelados,
que terá ocorrido há cerca de 2 milhões de anos.
De forma mais particular, as rochas do complexo xisto-grauváquico parecem evidenciar duas
fases de deformação no concelho da Pampilhosa da Serra:
•
a primeira, ante-hercínica, que resultou em largas dobras, de sentido NNE/ENE;
•
a segunda, hercínica, que originou a formação de clivagem existente, de plano axial,
com direcção média próxima de NW-SE e inclinação sub-vertical. Esta terá obliterado a
1ª fase de deformação.
Posteriormente, o concelho terá sido atingido por uma fase importante de fracturação que
originou, fundamentalmente: dois sistemas de fracturas N-S e NNE-SSW, e ENE-WSN, a que se
atribui idade tardi-hercínica, tendo existido rejogos mais recentemente.
A actividade sísmica em Portugal tem principalmente duas origens:
•
fenómenos localizados na fronteira entre as placas Eurásia-África - sismicidade interplaca;
•
fenómenos localizados no interior da placa Eurásia - sismicidade intra-placa.
A área em estudo encontra-se numa zona de sismicidade intra-placa. Os epicentros deste tipo
de sismos coincidem principalmente com os grandes acidentes do soco hercínico que rejogaram
no Miocénico e mostram ainda sinais de actividade recente. A intensidade sísmica 4 na região,
segundo a Escala de Mercali Modificada 5, regista valores de intensidade VII.
Segundo o Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes
(RSAEEP), a região onde se insere o concelho da Pampilhosa localiza-se na zona C, a que
corresponde um coeficiente de sismicidade, α, de 0,5. Estará assim exposta a sismos de
A intensidade sísmica é a medida dos efeitos causados pelo sismo na superfície da terra e varia inversamente com
a distância epicentral.
5 A Escala Mercalli varia de I a XII, classifica os terramotos de acordo com o seu efeito sobre construções e
estruturas, sendo XII a destruição total.
4
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
55
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
magnitude moderada, o que é facilmente explicável pelo facto da área ser ainda uma zona de
tectónica activa.
Tendo em conta os dados disponíveis sobre a Neotectónica (Carta da Neotectónica de Portugal
na escala 1:1 000 000), a região é afectada por acidentes tectónicos sismogénicos conhecidos à
superfície.
Figura 22 - Carta de intensidade sísmica (escala de Mercali modificada)
Fonte: IMG (1998)
1.3. Solo e capacidade de uso do solo
“O solo, entendido como a camada superficial do globo terrestre, é um sistema dinâmico, sede
de fenómenos físicos - químicos e biológicos estreitamente interligados. Meio vivo, um solo
evolui, sofre modificações lentas mas contínuas, devido a dois processos complementares. Por
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um lado, a rocha mãe, a partir da qual ele se formou, sofre transformações físicas e químicas
sob acção dos agentes climáticos e dos organismos vivos, a sua desagregação física e a sua
alteração conduzem à formação de partículas de pequena dimensão e à simplificação da
composição química dos elementos minerais. O outro processo de evolução edáfico é o
fornecimento regular de elementos orgânicos, que voltam ao solo quando se efectua a
decomposição da matéria viva, animal ou vegetal” (Lemonnier in Casimiro, 2002).
Efectivamente, o solo constitui um substrato essencial para a biosfera terrestre, sendo o suporte
de actividades produtivas.
De acordo com o Plano de Bacia Hidrográfica (PBH) do Tejo, existem essencialmente (em mais
de 94% da área) quatro tipos de solos: Cambissolos, com quase 30% do total da área,
Litossolos, Podzóis e Luvissolos com 22 a 20% cada, sendo os restantes 6% restantes
constituídos por Fluvissolos, Regossolos, Solonchacks, Vertissolos e Rankers.
No concelho de Pampilhosa da Serra predominam os litossolos e solos litólicos, sendo que os
primeiros são solos pouco evoluídos de perfil AC ou ABc C formados a partir de rochas não
calcáreas e os segundos são solos incipientes derivados de rochas consolidadas de espessura
efectiva normalmente inferior a 10 cm e que se encontram predominantemente em áreas sujeitas
a erosão acelerada ou a erosão geológica recente. Assim, ocorrem no concelho as seguintes
unidades de solo: solos mediterrâneos pardos e materiais calcáreos, solos litólicos húmicos e
litossolos.
São assim solos delgados, decorrentes de um relevo muito movimentado, onde o substrato é
essencialmente xistoso. Apresentam boas potencialidades florestais mas uma reduzida aptidão
agrícola (apenas 2%).
Quadro 24 – Capacidade de uso do solo no concelho de Pampilhosa da Serra
Classes
Área (ha)
%
A
97
0,2
B
813
2,1
C
38683
97,6
C+F
56
0,1
Total
39649
100
Fonte: PDM de Pampilhosa da Serra
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Figura 23 – Carta de solos
Fonte: Plano de Bacia Hidrográfica do Tejo
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Onde:
Classe A - solos que pela boa e mediana natureza, baixa e moderada erodibilidade, boa a
regular capacidade de retenção e armazenamento para a água, boa drenagem e outras
características se podem considerar por si, e abstraindo da espessura efectiva e do declive, com
poucas ou moderadas limitações para as culturas usuais sendo susceptíveis de utilização
agrícola intensiva ou moderadamente intensiva;
Classe C – solos de utilização condicionada e muito dependente dos declives;
Classe F – solos que pela sua natureza medíocre ou má, no geral com muita reduzida espessura
efectiva e independentemente das demais características oferecem limitações suficientemente
severas, não sendo em geral susceptíveis de utilização agrária.
1.4. Uso actual do solo
O concelho é essencialmente ocupado por vegetação herbácea e arbustiva, a par de floresta. Só
uma pequena área do solo está reservada à agricultura (Fig. 24).
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Figura 24 – Ocupação do solo (1990)
Adaptado de COS, 1990.
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Grande parte da área do Concelho é ocupada por florestas, principalmente eucalipto e pinheiro
bravo, para além de outras, nomeadamente castanheiros, sobreiros, azinheiras, amieiros e
medronheiros. O eucalipto encontra-se disperso por todo o Concelho, salientando-se a freguesia
de Portela do Fojo onde ocupa vastas manchas.
As áreas de incultos são igualmente importantes e estão ligados quer ao abandono da
agricultura quer a áreas com declives superiores a 40%, predominando por isso nas freguesias
de Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Cabril e Fajão.
As áreas reservadas à agricultura acompanham grosso modo os cursos de água, sendo
relativamente diminutas.
Em virtude da conjunção de factores de risco de incêndio, associado sobretudo à forte ocupação
florestal, o concelho da Pampilhosa foi integrado no Projecto-piloto de “Produção de Cartas de
Risco de Incêndio Florestal”. De acordo com o trabalho desenvolvido para esse projecto
constatou-se que:
•
os povoamentos mistos de folhosas e resinosas prevalecem sobre a floresta pura de
resinosas e incultos até à altitude de 700m, a partir daí passam a predominar os incultos
que atingem a máxima expressão entre os 700m e os 1 000m. A floresta de resinosas
perde expressão a partir dos 700m e as zonas agrícolas só têm expressividade até aos
770m (Fig. 25);
•
as espécies florestais são as que ocupam as áreas mais desfavoráveis de maiores
declives, sendo que os grandes declives estão ocupados por incultos (Fig. 26).
O concelho de Pampilhosa da Serra caracteriza-se por uma situação generalizada de alto risco
de Incêndio Florestal, em resultado da existência de grandes quantidades de combustível, áreas
contínuas demasiado extensas de resinosas, condições climáticas e dificuldades de acesso. Em
termos de freguesias com alto risco de incêndio, evidenciam-se a de Fajão, a zona Norte da do
Pessegueiro e de Pampilhosa da Serra, a parte Sueste desta mesma freguesia e a parte Norte
de Dornelas do Zêzere.
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Figura 25 - Altimetria por classes de vegetação
Fonte: http://snig.igeo.pt/Portugues/Apps/Crif/relatorios/pampilhosa/Pampilhosa.html
figura 26 - Declives por classes de vegetação
Fonte: http://snig.igeo.pt/Portugues/Apps/Crif/relatorios/pampilhosa/Pampilhosa.html
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1.5. Recursos hídricos
O Concelho está incluído em mais de 70% da sua área na bacia hidrográfica do rio Zêzere
(afluente do Tejo), sendo a restante pertencente à bacia do rio Ceira (afluente do Mondego).
Os principais cursos de água do Concelho são o Zêzere, o Ceira e o Unhais. Os dois primeiros
têm uma grande parte do seu curso no território concelhio e o terceiro está nele totalmente
incluído.
O rio Ceira corre a Norte, servindo de linha divisória com o concelho de Arganil. A ribeira de
Unhais, ao centro, serve também de linha divisória com o concelho de Góis e, a Sul, o rio
Zêzere, serve em toda a sua extensão de divisória com os concelhos de Fundão e Oleiros.
Nestes três cursos de água foram construídas as barragens hidroeléctricas do Alto Ceira, no rio
Ceira, de Santa Luzia, na ribeira de Unhais, e do Cabril, no rio Zêzere.
O relevo acidentado aliado aos estratos geológicos, essencialmente caracterizados por
formações xistosas, e ao clima, determina uma grande multiplicação das bacias hidrográficas
elementares onde as condições hidrológicas são de regime torrencial. A rede hidrográfica
predominante é do tipo paralela, característica das formações xistosas de topografia irregular e
impermeáveis.
Apresentam-se no quadro 25 as principais características, constantes no Índice Hidrográfico,
das principais linhas de água existentes no concelho: classificação decimal, área da bacia
hidrográfica, bem como comprimento do curso de água.
Quadro 25 - Características das principais bacias hidrográficas de Pampilhosa da Serra
Curso de Água
Rio Ceira
Ribeira de Unhais ou da Pampilhosa
Rio Zêzere
Área da Bacia
Hidrográfica (km2)
Classificação
Decimal
Comprimento do
Curso de Água (km)
70111
736,6
61,0
3015440
349,9
56,8
301 54
4995,7
242,0
O Rio Zêzere nasce na Serra da Estrela, a cerca de 1900 metros de altitude junto ao Cântaro
Magro, seguindo uma direcção geral SW. É um afluente do Rio Tejo. A ribeira de Unhais é, por
sua vez, afluente do rio Zêzere.
O Rio Ceira, por sua vez, é um afluente do Rio Mondego, que nasce na região de Alto Ceira, a
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63
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Norte do concelho de Pampilhosa da Serra, próximo de Malhada Chã.
De acordo com o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) do Instituto da
Água (INAG), em 2002, as estações de qualidade da água existentes no concelho da
Pampilhosa eram: a estação de Dornelas do Zêzere e a estação da Albufeira de Santa Luzia.
Em termos de qualidade da água a estação respeitante à bacia do Zêzere, em Dornelas do
Zêzere, encontrava-se em 2002 classificada com a letra E, que designa águas extremamente
poluídas e inadequadas para a maioria dos usos.
A estação da Albufeira de Santa Luzia, na ribeira de Unhais, encontrava-se classificada com a
letra B, que designa águas com qualidade ligeiramente inferior à da classe A, mas podendo
também satisfazer potencialmente todas as utilizações.
Como referido anteriormente, o concelho da Pampilhosa detém três albufeiras (Quadro 26). A
barragem de Santa Luzia constitui uma barragem de alto desnível. É actualmente a albufeira
exclusiva do concelho de Pampilhosa da Serra de maior capacidade. É alimentada pelo Rio
Unhais e pelo Rio Ceira (através do túnel da Malhada do Rei).
Quadro 26 – Características das barragens do concelho da Pampilhosa da Serra
Características
Bacia Hidrográfica Principal
Linha de Água
Albufeira
Barragem
Distrito
Concelho
Santa Luzia
Tejo
Rib.ª de Unhais ou
Pampilhosa
Coimbra
Cabril
Tejo
Rio Ceira
Rio Zêzere
Leiria
Cabril
1942
EDP -Hidrocenel
Hidroeléctrica
76
178
53700
50000
Coimbra
Pampilhosa da
Serra
Fajão
1949
EDP –Hidrocenel
Hidroeléctrica
36
85
1200
655,6
665,4
296
655,88
666,5
-
620
665
240
246
-
18
-
-
-
2023
280
Energia e Abastecimento
Municipal
Pampilhosa da Serra
Freguesia
Ano Entrada em funcionamento
Entidade Exploradora
Tipo de Aproveitamento
Altura da Barragem (m)
Comprimento do Coroamento (m)
Capacidade Total (10³m³)
Capacidade Útil (10³m³)
Cota do Nível Pleno de Armazenamento NPA (m)
Cota do Nível Máximo de Cheia - NMC (m)
Cota do Nível Mínimo de Exploração - NmE
(m)
Superfície inundável do NPA (m)
Perímetro (km)
Alto Ceira
Mondego
Uso Principal
Pedrogão Grande
Pedrógão Grande
1954
EDP-CPPE
Hidroeléctrica (?)
136
290
720000
615000
Fonte: www.inag.pt
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A albufeira do Alto Ceira albufeira recebe água vinda da Barragem da Castanheira (Arganil),
conduzida através de um túnel. Por sua vez, da albufeira do Ceira parte um túnel de derivação
para a albufeira de Santa Luzia, no rio Unhais.
A albufeira da barragem do Cabril é a maior reserva de água do Concelho de Pampilhosa da
Serra, no entanto é a de menor utilização em termos de regadio ou abastecimento urbano.
1.6. Indicadores gerais da qualidade do ambiente
Em termos genéricos, o concelho de Pampilhosa da Serra apresenta boas prestações quer ao
nível do abastecimento de água, quer no que se refere aos sistemas de recolha de resíduos
sólidos, com percentagens de população servida na ordem dos 100%.
Contudo, a drenagem e tratamento de águas residuais no concelho mostram-se muito aquém da
realidade regional e nacional, servindo genericamente apenas 1/3 da população residente.
Quadro 27 – Indicadores gerais da qualidade do ambiente
Unidades
Territoriais
% de população residente servida por:
Abastecimento de Água Drenagem
de
Águas Residuais
Portugal
Centro
Pinhal Interior Norte
Pampilhosa
da
Serra
91,3
95,8
95,9
99,9
72,5
68,0
56,9
35,0
Tratamento
de
Águas Residuais
em ETAR
57,0
57,1
48,1
27,0
Sistemas
de
Recolha
de
resíduos sólidos
98,6
98,9
95,5
100,0
Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Centro, 2003
1.7. Paisagem
De acordo com Cancela D’Abreu (2002), a análise da interacção entre os factores naturais e a
acção das comunidades humanas e o estudo ecológico, socio-económico e sensorial da
paisagem a nível nacional permitiu identificar distintas “Unidades Paisagísticas” (UP) para todo
o território continental. O concelho da Pampilhosa da Serra fica integralmente incluído na UP
designada, pelo mesmo autor, por “Serras da Lousã e Açor”.
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65
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A Serra da Lousã desenvolve-se pelos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela, Figueiró
dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Pedrogão Grande, Góis, Pampilhosa da Serra e Arganil, com
orientações NE-SW, estando inserida na Cordilheira Central. Surge no prolongamento das
Serras da Estrela e do Açor, constituindo um enrugamento de natureza xisto-grauváquica,
integrado no complexo das Beiras. A Lousã é geralmente xistosa mas na aba sul da Serra
(Coentral) aparece pontualmente o granito, na encosta da Serra (entre Eira de Calva e
Arneiro/Areal) surge uma mancha extensa de areia e argila e na zona Norte aparecem alguns
arenitos.
A Paisagem serrana é tendencialmente seca, já que os terrenos xistosos pouco retêm, e
apresenta uma alternância de áreas muito inclinadas e vales abruptos e encaixados e extensos
cabeços aplanados.
A ocupação predominante do solo é actualmente a floresta de produção (de pinheiro bravo mas
cada vez mais de eucalipto) para além dos matos (paisagem bem característica da serra) e de
pequenas áreas agrícolas (nas zonas mais baixas e vales).
A vegetação natural à base de carvalhos e de castanheiros é actualmente reduzida, já que após
uma fase de exploração intensiva e desordenada da floresta seguiu-se uma fase de plantação
mono-espécie sistemática dos baldios, por parte dos serviços florestais. No entanto, é possível
encontrar, nas orlas das parcelas de produção ou nas zonas mais húmidas, carvalhos de porte
majestoso, bem como os medievais e monumentais castanheiros. Também as acácias e
mimosas abundam nas bordas das estradas da Serra, consequência de incêndios recentes a
que a floresta de produção é mais susceptível.
No que diz respeito à ocupação humana as principais concentrações populacionais
encontram-se nos principais vales agrícolas, assim como a meia encosta.
De forma mais particular, e de acordo com a DGOTDU, 2004, o concelho da Pampilhosa está
integrado nas seguintes unidades de paisagem:
a) 61 – Serras da Lousã e Açor
b) 63 – Pinhal Interior
c) 64 – Vale do Zêzere
Estas unidades de Paisagem apresentam um conjunto de características que, resumidamente,
se apresentam em seguida:
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66
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a) Serras da Lousã e Açor
•
É uma unidade de paisagem que integra parte dos concelhos de Seia, Oliveira do
Hospital, Covilhã, Arganil, Pampilhosa da Serra, Góis, Lousã, Castanheira de Pêra,
Penela, Figueiró dos Vinhos, Miranda do Corvo e Ansião.
•
As serras da Lousã e do Açor surgem no centro do país como um imenso relevo xistoso
que constitui o prolongamento ocidental da Cordilheira Central Ibérica, e mais
concretamente a continuação da serra da Estrela mas significativamente mais baixo que
esta.
•
Apresenta um uso de solo bastante homogéneo, com enormes manchas florestais
dominadas por eucaliptos e pinheiros, para além de extensas zonas de mato,
correspondendo a situações marginais para uma utilização florestal (devido à presença
de afloramentos rochosos e de encostas escarpadas) ou às consequências de incêndios
sucessivos.
•
O relevo movimentado encaixa uma rede hidrográfica que acolhe ecossistemas
responsáveis por alguma diversidade biológica e paisagística.
•
Os centros urbanos com alguma dimensão dispõem-se na base do maciço montanhoso.
As povoações no interior são poucas, de reduzida dimensão e correspondem a uma
ocupação tardia (a partir do século XVI). Na envolvente das aldeias, onde ainda
persistem alguns habitantes, pratica-se uma agricultura de subsistência, uma vez que os
solos são delgados e ácidos, com grandes limitações em termos de fertilidade.
•
Apresenta como elemento singular em Pampilhosa da Serra a albufeira de Santa Luzia e
como ponto panorâmico o Alto da Castanheira.
•
A identidade desta unidade de paisagem é média a baixa. Os usos presentes não são
coerentes com as características biofísicas da área – nomeadamente a florestação das
várias áreas, o que tem resultado nos incêndios, com todas as suas consequências
sócio-económicas, ecológicas e paisagísticas.
b) Pinhal Interior
•
Integra parte dos concelhos da Covilhã, Fundão, Pampilhosa da Serra, Góis, Figueiró
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67
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dos vinhos, Ansião, Castanheira de Pêra, Pedrógão Grande, Proença-a-Nova, Oleiros,
Sertã, Mação, Gavião, Vila de Rei, Ferreira do Zêzere, Alvaiázere, Tomar, Sardoal,
Abrantes, Constância, Vila Nova da Barquinha, Castelo Branco e Vila Velha de Rodão.
•
A paisagem é simultaneamente calma e desordenada, onde as muitas marcas deixadas
pelos incêndios traduzem e acentuam essa falta de ordem. Apresenta monotonia visual
causada pelas enormes manchas florestais.
•
Insere-se numa vasta região florestal (áreas de pinhal e eucaliptal), onde a vegetação
ripícola presente ao longo de algumas linhas de água que cortam a unidade, conferem
uma muito limitada dinâmica visual à paisagem ao longo do ano, devido ao tom verde
fresco e à queda da sua folhagem (freixos, choupos, amieiros, salgueiros) em contraste
com a matriz mais geral constituída pelo verde mais seco dos pinheiros e eucaliptos.
Também os matos na primavera pontuam a paisagem com as cores vivas da sua
floração (tojos, urzes, giestas e estevas).
•
Trata-se de um território com um padrão bastante homogéneo ao nível do relevo, onde
domina um ondulado bem pronunciado na envolvente das serras (a norte), ondulado
esse que se vai adoçando para sul de forma progressiva, interrompido por uma ou outra
crista mais abrupta e elevada.
•
A agricultura tem uma expressão reduzida, surgindo apenas na cintura dos aglomerados
populacionais, concentrando-se na base das encostas e nos estreitos vales,
correspondendo no geral a uma policultura associada a culturas permanentes (olival e
alguma vinha). A principal actividade económica desta região está obviamente ligada ao
sector florestal
•
Esta unidade caracteriza-se pela monotonia (no espaço e no tempo, ao longo dos ciclos
anuais), a ausência de movimento, fraca diversidade sonora, no geral com aberturas
visuais muito limitadas. Existem contudo, excepções realçadas até pelo contraste com a
envolvente geral (vales agricultados, olival, linhas de água e vegetação associada).
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68
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
c) Vale do Zêzere
•
Integra parte dos concelhos de Oleiros, Pampilhosa da Serra, Góis, Pedrógão Grande,
Sertã, Figueiró dos Vinhos, Ferreira do Zêzere, Vila Rei, Tomar, Abrantes, Sardoal, Vila
Nova da Barquinha e Constância
•
Atravessa uma vasta zona de floresta quase contínua e individualiza-se pela forte
presença do rio Zêzere e encostas adjacentes. Trata-se de uma paisagem imponente,
de vale sinuoso e agreste, rasgado nos xistos pela força das águas. É muito marcada
pela presença da água, quer pelo rio em si, quer pelas albufeiras (do Cabril, do castelo
de Bode e da Bouçã). A albufeira do Cabril constitui um elemento singular desta unidade
de paisagem.
•
As encostas sobre o Zêzere estão, regra geral, cobertas com matas e matos. A
agricultura tem uma expressão muito reduzida, ocupando apenas raros fundos dos vales
afluentes, reduzidas encostas com declives suaves e a cintura dos poucos aglomerados
urbanos existentes.
•
A vegetação ripícola ainda presente nos troços a montante das albufeiras (salgueiros,
choupos, amieiros e freixos) é o elemento que melhor assinala o ritmo das estações do
ano através do seu ciclo vegetativo. Os matos, que ocupam as encostas mais íngremes
e alguns cabeços, emprestam algum colorido à paisagem na primavera com as cores
vivas da sua floração (estevas, tojos, rosmaninhos e urzes). O perímetro das albufeiras é
bem marcado por uma faixa clara sem vegetação, correspondente à variação dos níveis
da água, faixa essa que só desaparece nos curtos períodos de pleno enchimento, tendo
a máxima expressão no fim da época seca do ano.
•
Às vistas de grande altitude, quase sempre se opõem o relevo e a vegetação arbórea.
No entanto, de forma esporádica, é possível contemplar uma paisagem mais ampla a
partir de pontos altos, quando a ausência de povoamentos florestais adultos. Os
miradouros sobre as vertentes alcantiladas do Zêzere são uma característica ao longo
do curso deste rio.
•
O povoamento da margem esquerda do rio concentra-se em pequenos aglomerados
populacionais, enquanto que na margem direita, se apresenta com alguma dispersão.
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69
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No troço de Pampilhosa da Serra as margens e encostas do rio encontram-se
praticamente despovoadas ou só pontuadas por pequenos aglomerados urbanos junto
de linhas de água afluentes ou em situação de meia encosta.
•
O relevo é caracterizado por ondulados muito fortes em toda a unidade (com declives no
geral superiores a 25% nas margens íngremes do rio e nas encostas dos vales
secundários das linhas de água afluentes).
•
Os recursos piscícolas são significativos. As espécies existentes são sobretudo o barbo,
a enguia, o achigã, o bordalo, a boga, etc.
•
Nesta região, a floresta de produção (pinhal e/ou eucaliptal extreme) assume um papel
importante na débil economia local. No entanto, os fogos consomem quase todos os
anos áreas significativas de floresta, enfraquecendo os rendimentos das populações
locais. Nesta unidade existem, não de forma exclusiva, produtos de qualidade como o
Mel da Serra da Lousã.
•
Esta unidade tem uma identidade média, não só devido à sua morfologia mas também a
aspectos que transformaram a paisagem (as albufeiras, as encostas declivosas cobertas
por pinhais e eucaliptais, as edificações destinadas ao recreio e lazer). Contudo, possui
características de algum artificialismo, fraca diversidade e baixa coerência de usos. Não
existem elementos de grande referência ao nível da riqueza biológica, nem mesmo nas
áreas aquáticas existentes, sendo a destacar na mesma apenas a imponência e alguma
agressividade do relevo.
Em síntese, constata-se que a paisagem de Pampilhosa da Serra é marcada sobretudo pela
ocupação florestal, à qual estão associados um conjunto de problemas nomeadamente os
incêndios, pelo vigor do relevo, sendo de destacar como elementos de maior valorização
paisagística os rios e as barragens.
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70
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
2. A QUALIDADE E A QUANTIDADE DE RECURSOS HUMANOS
Pampilhosa da Serra tem registado uma regressão demográfica que, de 1991 para 2001,
culmina globalmente numa perda de população da ordem dos 10% (Quadro 28).
Este processo de “esvaziamento” populacional é consequência, tanto do balanço negativo entre
nascimentos e óbitos, como dos movimentos migratórios (tendo por destino o estrangeiro ou
áreas nacionais mais atractivas do ponto de vista económico), emerge, hoje em dia, como um
problema central cuja solução é difícil mas urgente e necessária.
Com uma densidade populacional, em 2001, de apenas 12,6 habitantes por Km2, o Concelho
posicionava-se no 288º lugar do ranking nacional e no 258º do Continente, neste caso, à frente
de apenas 20 outros concelhos, maioritariamente alentejanos.
Quadro 28 – População residente (1991 e 2001)
Variação da População
Residente
População Residente
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Pampilhosa da Serra
1991
397
780
383
1073
211
1213
269
536
828
107
% Total
6,8
13,5
6,6
18,5
3,6
20,9
4,6
9,2
14,3
1,8
2001
309
677
295
764
146
1514
218
572
632
93
% Total
5,9
13,0
5,7
14,6
2,8
29,0
4,2
11,0
12,1
1,8
Efectivos
-88
-103
-88
-309
-65
301
-51
36
-196
-14
%
-22,2
-13,2
-23,0
-28,8
-30,8
24,8
-19,0
6,7
-23,7
-13,1
5797
100,0
5220
100,0
-577
-10,0
Fonte: INE.
Os 5220 habitantes recenseados em 2001 (menos 577 que em 1991), repartiam-se por um
relativamente elevado número de lugares (74), facto que mais acentua as debilidades do
Concelho ao nível da exiguidade dos mercados locais.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
71
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quais as raízes do processo de decréscimo populacional e quais as razões históricas, sociais e
económicas que o justificam? Para melhor compreendermos isso é necessário recuar até à data
do primeiro recenseamento geral da população feito em moldes científicos (1864).
De 1864 a 1940, pode dizer-se que, com excepção do forte impacte negativo da epidemia de
pneumónica, já durante a década de 20, a tendência geral foi para um crescimento gradual da
população do Concelho. A partir de 1940, passa a verificar-se o inverso, sendo sobretudo
relevante o forte decréscimo evidenciado ao longo da década de 60 (Fig. 27). Neste particular,
se algumas dúvidas poderão existir relativamente à fiabilidade dos resultados do recenseamento
de 1970 (baseado numa amostra de apenas 20% da população), e não sendo provável uma
mudança radical no comportamento reprodutivo dos residentes, outros factores, mais de ordem
geográfica, poderão justificar este comportamento demográfico.
Figura 27 – Evolução da população residente entre 1864 e 2001
18000
16000
Nº habitantes
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001
Ano
Fonte: INE
Por um lado, o processo de crescimento económico verificado no País durante a década de 60
(proporcionado, tanto por uma maior abertura da economia nacional ao exterior, como pela
correlativa expansão do mercado interno) e, por outro, a ocorrência de idêntico, mas
vincadamente mais forte, padrão de crescimento económico nos países europeus mais próximos
(a que acresceu, secundariamente, a eclosão dos conflitos nacionalistas nas ex-colónias), são
factores que conduziram a uma reestruturação, tanto do modelo de organização territorial do
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
72
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
País, como das suas relações com o exterior, com especial relevância para os movimentos
migratórios, tanto externos como internos.
No caso de Pampilhosa da Serra, e sendo a tendência de decréscimo populacional já visível a
partir de 1940, será que apenas intervieram os factores antes referidos? Será que, desde mais
cedo que em outras áreas do País, o concelho de Pampilhosa da Serra experimentou condições
adversas à fixação dos seus residentes? A resposta a estas questões, mesmo sem investigação
adicional, só poderá ser positiva. No entanto, essa mesma resposta deve ser alargada a todos
os concelhos que experimentam o mesmo tipo de condicionalismos físicos, sobretudo
orográficos, e que no conjunto fazem parte dos chamados territórios de montanha.
Estes territórios, não só pelas suas características geomorfológicas (que em última instância
acabaram por condicionar a sua ocupação e os tipos de actividades nele permitidas a que
geralmente se associam muito baixos padrões de produtividade), mas também pelo seu
isolamento face às áreas mais desenvolvidas do País, desde muito cedo que experimentaram
processos de regressão demográfica derivados de saldos migratórios bastante negativos.
Pese embora a evolução negativa da população residente do conjunto do Concelho, na década
de 1991 a 2001 tal comportamento não afectou do mesmo modo cada uma das suas freguesias.
Por um lado, Machio e Janeiro de Baixo são aquelas onde se verificaram as maiores quebras
relativas de residentes mas, por outro, Portela do Fojo e, sobretudo, a Pampilhosa, registam
variações bastante positivas (Fig. 28).
Figura 28 – Variação da população residente nas freguesias - 1991-2001 (%)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
73
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
No entanto, no caso da freguesia da Pampilhosa, o crescimento populacional é, em termos
relativos, devido a incrementos nos grupos etários mais jovens (abaixo dos 24 anos), enquanto
na Portela do Fojo, a variação populacional positiva se deve a um aumento da importância
absoluta dos grupos etários mais idosos.
Figura 29 – Densidade populacional nas freguesias de Pampilhosa da Serra, em 2001
Deste modo, estão em causa dois fenómenos distintos (ainda que ambos relacionados com
factores indutores de alguma atracção de população): (i) no caso da Pampilhosa, o crescimento
populacional de 1991 para 2001 pode justificar-se pela atracção de população mais jovem,
eventualmente residente em freguesias mais rurais do próprio Concelho6, enquanto no caso da
Portela do Fojo, parecem dominar os processos de retorno de emigrantes de gerações mais
antigas.
Como já foi referido, de 1991 para 2001, o Concelho perdeu 577 habitantes (-10%). Esta
regressão demográfica apresenta, no entanto, algumas divergências a nível intra-concelhio,
tendo as freguesias de Pampilhosa e de Portela do Fojo, esta em menor grau, registado
variações positivas dos seus residentes. Esta tendência evolutiva conduz a um padrão de
povoamento que, cada vez mais, opõe os lugares de muito pequena dimensão aos que, apesar
Para além de a sede de Concelho ser também mais atractiva para outro tipo de migrantes, nomeadamente os
estrangeiros.
6
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
74
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
de não poderem ainda ser considerados centros urbanos, vêem reforçada a sua centralidade a
nível do Concelho. Esta centralidade, apesar de ainda incipiente, poderá vir a favorecer o
surgimento de níveis de procura consentâneos com a viabilidade económica de actividades e
funções urbanas incluindo, por exemplo, a capacidade de fortalecimento da oferta de serviços
públicos, básicos e avançados (relação tendencialmente convergente entre eficiência e eficácia
do investimento público).
Figura 30 - Distribuição da população residente nas freguesias do Concelho
7000
6000
5000
4000
3000
hab./ km2
2000
1991
2001
1000
0
Cabril
Do rnelas do
Zêzere
Fajão
Janeiro de
B aixo
M achio
P ampilho sa P essegueiro
da Serra
P o rtela do
Fo jo
Unhais-o Velho
Vidual
Co ncelho
Baseado em dados INE.
Em termos de povoamento, o Concelho apresenta um grande número de lugares (74), tendo 14
deles, em 2001, menos de 20 habitantes.
Para além do grande número de lugares e da forte representação dos de muito reduzida
dimensão demográfica, deve ainda salientar-se a relativamente grande expressão, com especial
evidência em 1991, da população que vivia em pequenos conjuntos de casas dispersas pelo
território concelhio (259 habitantes em 2001, contra 890 em 1991, variação correspondente a 70,9%).
Deste modo, apesar da rarefacção e dispersão dos recursos humanos continuar a ser uma
realidade em 2001, não pode escamotear-se o facto de se reforçar uma tendência para a
concentração do povoamento, à semelhança do que já antes tínhamos destacado quando
analisámos a evolução intercensitária ao nível das freguesias.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
75
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
De um modo geral, o lugar sede de freguesia é o que concentra a maior parte dos fregueses,
sendo excepção a esta regra, em 2001, as situações das freguesias de Cabril (lugar de
Armadouro registava 94 habitantes, contra 83 no lugar sede), Janeiro de Baixo (o lugar de Porto
das Vacas estava à frente no ranking populacional – 167 habitantes, contra 102 na sede, esta
mesma ainda atrás do lugar de Souto do Brejo que detinha 105 residentes), Machio (onde o
lugar de Maria Gomes apresentava, em 2001, quase tanta população como a soma dos lugares
de Machio de Baixo e de Cima – 64 habitantes contra 61, respectivamente), Pessegueiro
(Malhadas da Serra com 56 habitantes, mais 2 que o lugar sede) e Unhais-o-Velho (onde o lugar
de Malhada do Rei surge com 144 residentes, mais 34 que o lugar sede da freguesia com o
mesmo nome).
A evolução de 1991 para 2001, ao nível dos lugares sede de freguesia reparte-se entre
situações de decréscimo e de acréscimo populacional. Dornelas do Zêzere, Fajão, Pampilhosa e
Amoreira (freguesia de Portela do Fojo) registam acréscimos populacionais, ainda que ligeiros,
enquanto Pessegueiro, Unhais-o-Velho, Cabril, Vidual, Janeiro de Baixo e Machio de Cima,
registam decréscimos que, nalguns casos (Janeiro de Baixo, Pessegueiro e Unhais) conduziram
à perda do 1º lugar do ranking dentro da respectiva freguesia.
Os baixos quantitativos populacionais, a par da relativamente grande extensão territorial de
muitas das freguesias, conduz a volres de densidade populacional extremamente baixos.
Quadro 29 – Densidade populacional nas freguesias de Pampilhosa da Serra (2001)
Densidade Populacional
(hab./km2)
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
8,8
41,3
4,5
18,8
9,7
15,1
6,8
15,1
16,0
6,7
Concelho (Total)
13,2
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
76
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Tal como seria de esperar, a capacidade atractiva do Concelho é de sinal negativo, o que por
sua vez, conduz a uma fraca mobilidade residencial. No entanto, tendo em conta o lugar anterior
de residência, seja em 1995, seja em 1999, verifica-se uma tendência recente (desde 1995) para
essa mesma mobilidade aumentar.
Neste particular é de salientar variações relativas de sinal positivo associadas à população que
veio de outras freguesias, de outro concelho, ou mesmo do estrangeiro.
Figura 31 - Local de residência habitual da população residente
6000
5000
4000
3000
2000
Dez. 99
Dez. 95
1000
0
Ainda não tinha
nascido
Na mesma
freguesia
Noutra Freguesia
Noutro Concelho
No estrangeiro
Fonte: baseado em dados INE.
A relação de masculinidade (ou sexo ratio7) nas várias freguesias do Concelho, apesar de
corresponder a uma maior representação das mulheres, com excepção de freguesia do Vidual,
em 1991, apresenta de 1991 para 2001, uma tendência geral de acréscimo de número de
homens. De facto, pese embora ainda não se estar minimamente próximo de um equilíbrio na
representação entre os dois sexos, não deixa de ser evidente uma tendência geral (6 freguesias
em 10) para o reforço do número de homens na população total, facto que mais uma vez, faz
realçar o facto de o Concelho poder estar a experimentar fenómenos de retorno de emigrantes
ou, pelo menos, alguma atenuação nos movimentos de saída de residentes.
7
Nº de homens por cada 100 mulheres residentes.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
77
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 32 – Relação de masculinidade nas freguesias do concelho (%)
120
100
80
60
40
1991
2001
20
0
Cabril
Dornelas do
Zêzere
Fajão
Janeiro de
Baixo
Machio
Pampilhosa Pessegueiro
da Serra
Portela do
Fojo
Unhais-oVelho
Vidual
Fonte: Baseado em dados INE.
Relativamente à estrutura etária da população (Fig. 33 e Fig. 34) a evolução de 1991 para 2001
da distribuição por grupos quinquenais é marcada por um duplo envelhecimento dos residentes:
decréscimo do número de jovens e aumento do número de idosos. Para além deste duplo
envelhecimento, são também visíveis outros efeitos do fenómeno emigratório, de que
salientamos a diminuição, por vezes dramática, no caso de algumas freguesias, da população
em idade activa.
Esta componente de evolução demográfica concelhia deve constituir-se quanto a nós, como a
principal área de preocupação para as autoridades locais e regionais, já que sem recursos
humanos, sobretudo em idade activa, dificilmente se alavancará o desenvolvimento.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
78
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 33 – Estrutura etária da população residente, no Concelho e suas freguesias, em 1991
CONCELHO
Fonte: baseado em dados INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
79
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 34 – Estrutura etária da população residente no Concelho e suas freguesias, em 2001
CONCELHO
Fonte: baseado em dados INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
80
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Se ao nível do Concelho é evidente uma redução de 1991 para 2001 da população activa entre
os 15 e os 64 anos, tal evolução é sobremaneira preocupante, como já referimos, ao nível de
algumas das suas freguesias. Machio, Cabril, Fajão, Janeiras de Baixo e Unhais-o-Velho, e por
esta ordem, registam variações relativas negativas que vão dos 50% aos 23%. Ainda mais grave
em termos de comprometimento do futuro, é a evolução registada nos grupos etários dos 0 aos
14 anos, verificando-se em todas as freguesias (Pampilhosa da Serra é sempre a excepção que
atenua o pessimismo geral) decréscimos sempre superiores a 30%, e frequentemente superiores
a 50%.
Quadro 30 – Estrutura etária da população residente (%), por freguesias, 1991-2001
Grupo Etário
0-4 anos
5-9 anos
10-14 anos
15-19 anos
20-24 anos
25-29 anos
30-34 anos
35-39 anos
40-44 anos
45-49 anos
50-54 anos
55-59 anos
60-64 anos
65-69 anos
70-74 anos
75-79 anos
80-84 anos
85-89 anos
90-94 anos
95-99 anos
100 ou + anos
Cabril
Dornelas do
Zêzere
Fajão
Janeiro de
Baixo
Pampilhosa
da Serra
Machio
Pessegueiro
1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991
3,5
3,2
5,0
3,7
2,3
1,7
4,5
2,2
1,4
0,0
3,2
3,8
0,7
5,0
3,6
7,3
5,3
3,7
2,0
7,2
3,3
0,9
0,7
3,0
3,3
5,9
4,3
2,9
9,4
6,2
4,2
2,4
8,7
4,2
3,3
2,1
3,3
4,5
2,6
5,5
5,2
6,2
7,5
2,3
5,1
8,7
7,7
2,4
0,0
4,1
4,3
2,6
5,0
2,9
8,6
5,8
3,7
2,4
6,3
6,5
2,4
0,7
3,2
5,0
2,2
5,3
6,1 10,0
4,7
3,7
1,7
4,7
4,2
0,9
0,0
4,1
5,3
4,8
3,5
3,9
7,1
5,2
2,9
4,4
6,8
2,9
0,9
1,4
3,6
5,1
5,2
4,0
4,5
5,0
7,2
2,9
4,4
5,6
5,9
3,3
0,7
3,0
5,9
2,2
2,5
4,9
4,2
6,5
2,6
3,4
4,2
6,3
1,4
1,4
3,5
4,7
1,5
2,0
5,2
3,2
4,9
3,9
4,1
6,3
5,8
4,3
2,1
3,5
3,6
5,2
4,8
4,5
5,1
4,9
8,9
3,4
5,2
6,4
7,1
2,7
4,9
3,5
7,4
8,6
2,3
6,3
6,1
6,8
4,4
6,0
9,0 10,9 10,3
9,2
5,0
8,9
12,8
4,9
5,5
6,5 10,7 11,2
7,0
7,1 13,3 14,4
9,3
7,4
8,2
14,1 13,6
6,8
6,4 10,2 10,2
5,7
8,5 17,5 13,0 11,9
9,0
9,3
6,8 11,0
3,3
6,1 14,4 10,8
3,9
7,3 10,9 17,1
9,5
9,4 12,3
5,0 14,6
3,2
6,4
9,7 12,2
4,6
6,0 10,4 19,9 10,1
9,4
9,3
4,0
5,8
2,1
1,8
5,5 10,2
2,5
3,5
6,2
8,9
5,9
4,9
6,7
2,3
0,6
1,7
3,8
1,8
4,4
1,8
2,0
1,4
3,4
3,5
4,2
3,7
0,3
0,3
0,1
1,0
0,0
1,7
0,5
1,2
0,5
0,7
1,0
1,5
1,1
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,5
0,7
0,1
0,3
0,0
0,3
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Portela do
Fojo
Unhais-oVelho
Vidual
2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001
31,6
22,3
2,8
2,4
2,1
3,7
1,7
4,7
1,1
50,7
26,3
2,3
3,2
2,1
6,0
2,7
8,4
1,1
59,8
33,7
1,4
5,2
2,6 10,5
3,2
8,4
4,3
47,6
56,4
6,9
3,7
3,5
9,3
6,5
2,8
9,7
44,1
47,7
3,7
2,4
1,7
6,5
8,2
3,7 10,8
1,1
45,0
33,7
2,3
1,9
2,6
5,0
5,7
4,7
1,4
3,0
2,8
6,3
5,4
6,5
1,1
45,8
33,4
5,0
2,4
3,1
6,4
3,3
2,8
4,3
37,6
44,4
6,0
5,2
4,4
6,2
6,0
2,8
6,5
34,2
49,9
7,0
5,6
5,4
44,1
48,2
3,7
4,3
6,6
5,8
7,9
9,3
5,4
67,5
46,5
3,2
9,3
4,5
5,3
6,9 12,5
6,8
5,1
8,1
6,5
5,4
80,8
64,2
10,6 11,4 13,6
8,5
6,5
5,6
9,7
92,3
91,7
12,4
9,5 12,1
5,8
9,3
9,3
9,7 100,1 104,1
9,6
9,0 14,3
4,0
8,9
4,7
6,5
78,7 101,1
10,6
7,5
7,3
2,8
5,7
8,4
7,5
70,9
99,5
7,8
3,9
5,4
1,4
3,0
1,9
6,5
40,1
57,8
2,3
2,2
2,8
1,1
0,8
3,7
3,2
23,3
27,6
0,9
0,6
1,2
0,0
0,2
0,0
0,0
4,0
8,7
0,5
0,4
0,2
0,2
0,0
0,0
1,1
1,4
2,7
0,0
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,4
0,1
Fonte: INE.
Figura 35 – Distribuição da população residente no concelho por grupos etários funcionais (%)
60
50
40
30
20
1991
2001
10
0
0-14 anos
15-24 anos
25-64 anos
15-64 anos
65 e + anos
Fonte: baseado em dados INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
81
Concelho
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 31 – Distribuição da população residente nas freguesias por grupos etários funcionais (%)
Grupo Etário
Período
0-14 anos
Var.
15-24 anos
Var.
25-64 anos
Var.
15-64 anos
Var.
65 e + anos
Var.
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
Cabril
Portela do
Concelho
Dornelas do
Janeiro
Pampilhosa
Fajão
Unhais-o-Velho Vidual
Machio
Pessegueiro
Fojo
Total
Zêzere
de Baixo
da Serra
51
30
-41,2
42
25
-40,5
173
112
-35,3
215
137
-36,3
663
476
-28,2
169
103
-39,1
115
90
-21,7
362
311
-14,1
477
401
-15,9
1426
1181
-17,2
39
18
-53,8
23
22
-4,3
162
109
-32,7
185
131
-29,2
607
444
-26,9
218
74
-66,1
161
109
-32,3
491
363
-26,1
652
472
-27,6
1943
1310
-32,6
12
4
-66,7
10
1
-90,0
89
48
-46,1
99
49
-50,5
322
199
-38,2
115
175
52,2
89
141
58,4
500
613
22,6
589
754
28,0
1917
2443
27,4
25
14
-44,0
13
23
76,9
117
85
-27,4
130
108
-16,9
424
340
-19,8
58
39
-32,8
33
30
-9,1
268
255
-4,9
301
285
-5,3
895
896
0,1
168
48
-71,4
131
93
-29,0
401
315
-21,4
532
408
-23,3
1528
1088
-28,8
Fonte: baseado em dados INE.
Quadro 32 – Índice de substituição de gerações
1991
2001
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
0,76
1,51
0,47
1,12
0,27
0,59
0,55
0,31
1,09
0,69
1,04
1,06
0,68
0,79
0,09
1,05
0,64
0,38
0,82
0,83
Concelho Total
0,80
0,82
Fonte: baseado em dados INE.
Quadro 33 – Índice de envelhecimento
1991
Total
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho (Total)
256,9
79,3
407,7
93,1
833,3
442,6
456,0
305,2
76,2
130,4
191,9
Homens
2001
Mulheres
176,9
340,0
56,7
109,7
222,2
825,0
80,6
103,3
600,0
1066,7
339,3
559,3
264,3
700,0
237,9
372,4
56,0
100,0
94,1
233,3
140,8
249,8
Fonte: baseado em dados INE.
Total
473,3
168,0
811,1
294,6
2325,0
334,3
685,7
635,9
366,7
533,3
373,6
Homens
300,0
126,7
518,2
235,1
1900,0
255,6
566,7
643,8
274,1
450,0
292,5
Mulheres
733,3
200,0
1271,4
354,1
2750,0
417,6
775,0
630,4
485,7
575,0
453,7
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
82
23
6
-73,9
7
19
171,4
47
36
-23,4
54
55
1,9
184
154
-16,3
878
511
-41,8
624
553
-11,4
2610
2247
-13,9
3234
2800
-13,4
9909
8531
-13,9
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
O duplo envelhecimento demográfico tem, naturalmente, consequências ao nível dos valores
associados aos indicadores reprodutivos de população. Deste modo, a par da elevada taxa de
moralidade e baixa taxa de natalidade, verifica-se também uma baixa fecundidade.
Quadro 34 – Natalidade, mortalidade e fecundidade
Concelho de Pampilhosa da Serra
(2001)
Taxa de Natalidade (‰)
6.67
Taxa de Mortalidade (‰)
21.14
Taxa de Fecundidade (‰)
34.77
Fonte: INE.
Pese embora o panorama extremamente negativo em termos de evolução demográfica registada
na década de 90, há alguns sinais, muito ténues, que podem ajudar à tomada de uma atitude
mais optimista relativamente ao futuro, em termos do seu contributo para a mobilização de
vontades ou para a construção de um desígnio comum de desenvolvimento que ajude à
construção de um futuro desejável8). De facto, é de notar que em cerca de 50% das freguesias,
de 1991 para 2001, ocorre a fixação de população com outras nacionalidades e talvez aqui se
prefigurem as sementes de transformação que ajudem ao desenvolvimento local (Quadro 35).
Figura 36 – Naturalidade da população residente no Concelho (%) - 2001
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Concelho de
Residência
Freguesia de
Residência
Outra Freguesia
Outro Concelho
Outro País
Fonte: INE.
8
Atitude pró-activa de combate ao imobilismo e aos sentimentos de derrota onde o destino já está traçado.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
83
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 35 – Nacionalidade da população residente nas freguesias do Concelho
Cabril
Dornelas do
Fajão
Zêzere
Janeiro de
Baixo
Machio
Pampilhosa
da Serra
Pessegueiro
Portela do
Fojo
Unhais-oVelho
Vidual
1991
394
779
382
1068
211
1209
269
533
826
105
2001
309
675
290
763
146
1502
213
570
630
93
Variação
-21,6
-30,8
6,9
Portuguesa
-13,4
-24,1
-28,6
24,2
-20,8
-23,7
-11,4
1991
-
0
0
5
-
1
0
-
1
2
2001
-
2
1
1
-
3
1
-
1
0
Variação
-
n.c.
n.c.
-80
-
200
n.c.
-
0
n.c.
Dupla Nacionalidade
1991
-
0
0
5
-
1
0
-
1
2
2001
-
2
1
1
-
3
1
-
1
0
Variação
-
n.c.
n.c.
-80
-
200
n.c.
-
0
n.c.
1991
-
-
-
-
-
-
-
2001
0
-
4
-
-
9
4
2
1
-
Variação
n.a.
-
n.a.
-
-
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
-
Portuguesa e Outra
Estrangeira
Fonte: INE.
Em termos do estado civil, os principais traços de evolução de 1991 para 2001 referem-se ao
aumento da frequência das situações que usualmente se consideram como sendo mais próprias
da modernidade ou da pós-modernidade, com destaque para o aumento dos divórcios e das
uniões de facto. No entanto, continua a prevalecer a situação de “casados”, tendo-se mesmo
verificado um ligeiro acréscimo dos casamentos religiosos, a par de concomitante decréscimo
nos casamentos efectuados apenas com recurso a registo na conservatória.
Figura 37 – Estado civil da população residente no Concelho de Pampilhosa da Serra (%)
1991
2001
Separados (1,1%)
Viúv os (12,8%)
Separados
(0,50%)
Div orciados
Viúv os (14,50%)
(0,3%)
Casados sem
registo (0,4%)
(1,10%)
Solteiros
Casados sem
Solteiros (32,4%)
(27,60%)
registo (1,80%)
Casados com
registo (52,9%)
Div orciados
Casados (53,4%)
Casados com
Casados
registo (54,60%)
(56,30%)
Baseado em dados do INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
84
-
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Como corolário das tendências de regressão demográfica, compreende-se que também tenha
havido uma diminuição do número de solteiros.
No total do Concelho existiam, em 2001, 2228 famílias clássicas, prevalecendo os núcleos
familiares constituídos por 2 pessoas (cerca de 40% do total de famílias), mas sendo também
relevante a situação de famílias constituídas por apenas 1 pessoa e, por isso, não se
configurando como núcleo familiar (quase 30%).
Quadro 36 – Famílias residentes no Concelho
Famílias
Clássicas
Residentes 1991
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho Pampilhosa da Serra
Clássicas
Residentes 2001
Institucionais
1991
Núcleos Familiares
2001
Institucionais
2001
178
256
183
363
102
531
132
230
285
42
143
246
147
318
78
620
101
275
257
43
1
0
1
-
2
1
3
-
95
177
86
229
53
434
66
185
193
25
2302
2228
2
6
1543
Fonte: INE.
Figura 38 – Dimensão das famílias residentes no concelho 2001 (%)
(%)
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Com 1
Com 2
Com 3
Com 4
Com 5
Com 6
Com 7
Com 8
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
85
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
A pequena dimensão das famílias, em estreita relação com outras das componentes
demográficas antes analisadas, induz sobretudo uma área de preocupação relativa à integração
social dos idosos, grupo que maioritariamente alimenta os núcleos familiares constituídos por
apenas 1 pessoa. Neste aspecto, pode concluir-se que dada a oferta actual e prevista dos
respectivos equipamentos e/ou serviços de apoio, o Concelho, com destaque para a acção da
Santa Casa da Misericórdia, está em boas condições para superar mais este desafio futuro.
Com excepção da freguesia de Vidual, em todas as restantes, a população que não sabe ler
nem escrever representa sempre mais de 23% do total de residentes com mais de 10 anos,
destacando-se Fajão, Cabril e Pessegueiro, e por esta ordem, como aquelas onde este indicador
atinge valores a superiores a 31%.
Quadro 37 – Nível de instrução da população residente 2001 (%)
Não Sabe Ler nem Escrever
Sabe Ler e Escrever
Sem Qualificação Académica
Com Qualificação Académica
Ensino Básico 1º ciclo
Ensino Básico 2º ciclo
Ensino Básico 3º ciclo
Ensino Básico Total
Ensino Secundário
Ensino Médio
Ensino Superior Bacharelato
Ensino Superior Licenciatura
Ensino Superior Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
Pampilhosa
da Serra
(Concelho)
27,32
7,64
19,67
72,68
38,87
33,81
14,77
6,15
8,62
57,91
32,72
25,19
31,97
18,75
13,22
7,45
4,27
3,18
2,57
1,51
1,05
41,99
24,54
17,45
2,09
1,07
1,02
0,21
0,06
0,15
0,67
0,21
0,46
0,50
0,25
0,25
1,17
0,46
0,71
Cabril
Dornelas
do Zêzere
32,69
8,09
24,60
67,31
38,51
28,80
16,18
7,44
8,74
51,13
31,07
20,06
30,74
19,42
11,33
5,18
2,59
2,59
1,62
1,29
0,32
37,54
23,30
14,24
1,29
1,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,97
0,97
0,00
0,32
0,00
0,32
1,29
0,97
0,32
28,66
7,53
21,12
71,34
38,55
32,79
10,19
4,43
5,76
61,15
34,12
27,03
22,90
14,48
8,42
14,48
7,53
6,94
3,69
2,07
1,62
41,06
24,08
16,99
1,92
1,03
0,89
0,30
0,15
0,15
1,18
0,44
0,74
0,44
0,15
0,30
1,62
0,59
1,03
Fajão
35,93
11,53
24,41
64,07
34,58
29,49
20,00
8,14
11,86
44,07
26,44
17,63
27,12
14,58
12,54
6,10
3,73
2,37
2,03
1,36
0,68
35,25
19,66
15,59
1,69
1,36
0,34
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,34
0,00
0,34
0,34
0,00
0,34
Janeiro
Pampilhosa
Portela
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
de Baixo
da Serra
do Fojo
23,95
7,33
16,62
76,05
40,58
35,47
18,32
7,59
10,73
57,72
32,98
24,74
31,41
19,11
12,30
6,28
4,32
1,96
1,44
1,18
0,26
39,14
24,61
14,53
1,57
0,79
0,79
0,13
0,00
0,13
0,65
0,13
0,52
0,39
0,13
0,26
1,05
0,26
0,79
37,67
6,85
30,82
62,33
38,36
23,97
24,66
13,70
10,96
37,67
24,66
13,01
32,19
21,92
10,27
1,37
0,68
0,68
0,68
0,00
0,68
34,25
22,60
11,64
0,00
0,00
0,00
0,68
0,00
0,68
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
27,87
7,40
20,48
72,13
38,38
33,75
13,08
5,55
7,53
59,05
32,83
26,22
29,46
17,90
11,56
7,20
3,63
3,57
3,50
1,78
1,72
40,16
23,32
16,84
3,57
1,59
1,98
0,40
0,13
0,26
0,86
0,20
0,66
0,66
0,40
0,26
1,52
0,59
0,92
31,19
10,09
21,10
68,81
33,94
34,86
25,23
6,88
18,35
43,58
27,06
16,51
29,82
19,27
10,55
1,83
1,38
0,46
1,38
1,38
0,00
33,03
22,02
11,01
2,29
0,92
1,38
0,00
0,00
0,00
0,46
0,46
0,00
0,46
0,46
0,00
0,92
0,92
0,00
24,48
7,87
16,61
75,52
38,29
37,24
13,99
5,07
8,92
61,54
33,22
28,32
48,60
25,52
23,08
4,20
3,15
1,05
2,45
1,22
1,22
55,24
29,90
25,35
0,17
0,00
0,17
0,00
0,00
0,00
0,17
0,00
0,17
0,00
0,00
0,00
0,17
0,00
0,17
Fonte: baseado em dados INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
86
22,15
6,01
16,14
77,85
43,35
34,49
11,08
5,22
5,85
66,77
38,13
28,64
35,60
19,94
15,66
10,76
6,65
4,11
2,22
1,74
0,47
48,58
28,32
20,25
2,22
1,27
0,95
0,16
0,00
0,16
0,63
0,00
0,63
1,11
0,63
0,47
1,74
0,63
1,11
18,28
6,45
11,83
81,72
35,48
46,24
15,05
5,38
9,68
66,67
30,11
36,56
40,86
16,13
24,73
2,15
1,08
1,08
2,15
0,00
2,15
45,16
17,20
27,96
1,08
1,08
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Em acréscimo a esta situação bastante negativa, verifica-se que a maior parte dos residentes
apenas detém um grau de instrução equivalente ao 1º ciclo do ensino básico (antiga 4ª classe),
sendo muito reduzida a representação daqueles que possuem um grau igual ou superior ao
ensino secundário (10º, 11º e 12º anos). Aliás, em qualquer uma das freguesias do Concelho, as
pessoas que detêm uma licenciatura nunca chegam a atingir uma representação igual a 0,7%,
valor quase sete vezes inferior à média do País (apenas 4,96% da população residente do País
com mais de 10 anos possui um grau de licenciatura).
Figura 39 – Nível de instrução da população residente no Concelho 2001 (%)
Ensino Superio r To tal
Ensino Superio r Licenciatura
Ensino Superio r B acharelato
Ensino M édio
Ensino Secundário
Ensino B ásico To tal
Ensino B ásico 3º ciclo
Ensino B ásico 2º ciclo
Ensino B ásico 1º ciclo
Co m Qualificação A cadémica
Sem Qualificação A cadémica
Sabe Ler e Escrever
Não Sabe Ler nem Escrever
0
10
20
30
40
50
60
70
80
%
Fonte: baseado em dados INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
87
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 38 – Local de trabalho ou estudo da população empregada e estudante
No Concelho onde Reside - 1991
No Concelho onde Reside - 2001
Na mesma freguesia - 1991
Na mesma freguesia - 2001
Noutra freguesia - 1991
Noutra freguesia - 2001
Noutro concelho - 1991
Noutro concelho - 2001
Noutro País - 2001
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
Pampilhosa da
Dornelas
Janeiro de
Pampilhosa
Portela
Serra
Cabril
Fajão
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
do Zêzere
Baixo
da Serra
do Fojo
(Concelho)
1704
157
160
81
311
51
327
63
196
323
35
925
81
97
49
208
22
173
40
87
142
26
779
76
63
32
103
29
154
23
109
181
9
1818
148
219
93
325
9
606
46
99
246
27
972
88
114
58
167
5
320
23
53
130
14
846
60
105
35
158
4
286
23
46
116
13
1510
133
128
80
254
37
324
57
179
288
30
806
67
74
48
172
11
171
37
81
122
23
704
66
54
32
82
26
153
20
98
166
7
1395
78
132
81
244
6
592
20
72
163
7
714
39
44
50
128
4
309
11
40
88
1
681
39
88
31
116
2
283
9
32
75
6
194
24
32
1
57
14
3
6
17
35
5
119
14
23
1
36
11
2
3
6
20
3
75
10
9
0
21
3
1
3
11
15
2
423
70
87
12
81
3
14
26
27
83
20
258
49
70
8
39
1
11
12
13
42
13
165
21
17
4
42
2
3
14
14
41
7
243
5
50
10
36
1
20
1
8
110
2
178
2
38
10
26
1
16
1
2
80
2
65
3
12
0
10
0
4
0
6
30
0
483
17
116
9
95
3
70
15
67
84
7
288
12
71
7
48
3
35
10
37
62
3
195
5
45
2
47
0
35
5
30
22
4
49
5
3
17
1
1
1
4
15
2
44
5
3
17
1
1
1
2
13
1
5
0
0
0
0
0
0
2
2
1
Fonte: INE.
Figura 40 – Local de trabalho ou estudo da população empregada e estudante
2000
1800
1600
1400
1200
1000
800
600
400
1991
2001
200
0
No concelho
onde reside
Na mesma
freguesia
Noutra
freguesia
Noutro
concelho
Noutro País
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
88
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 39 – Tempo médio de deslocação para o local de trabalho ou estudo
Nenhum
Até 15 min.
16 a 30 min.
31 a 60 min.
61 a 90 min.
mais de 90 min.
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop.total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
Pampilhosa
Dornelas
Cabril
da Serra
do Zêzere
(concelho)
759
119
56
127
7
20
2,43
2,27
2,95
638
15
84
1217
82
115
23,31 26,54
16,99
284
24
38
390
56
44
7,47 18,12
6,50
122
2
1
252
11
101
4,83
3,56
14,92
14
5
0,27
0,00
0,74
20
1
0,38
0,00
0,15
Fajão
56
5
1,69
10
67
22,71
4
10
3,39
8
5
1,69
3
1,02
1
0,34
Janeiro
Pampilhosa
Portela do
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
da Serra
Fojo
de Baixo
92
18
2,36
146
231
30,24
43
55
7,20
33
46
6,02
2
0,26
2
0,26
30
0
0,00
5
5
3,42
11
4
2,74
2
0
0,00
0,00
0,00
54
40
2,64
185
500
33,03
62
75
4,95
8
14
0,92
1
0,07
0,00
15
4
1,83
21
19
8,72
14
20
9,17
13
1
0,46
0,00
0,00
150
11
1,92
20
51
8,92
7
72
12,59
16
6
1,05
2
0,35
15
2,62
Fonte: INE.
Figura 41 – Tempo médio de deslocação para o local de trabalho ou estudo
1400
1200
1000
800
600
400
1991
2001
200
0
Nenhum
Até 15 min.
16 a 30 min.
31 a 60 min.
61 a 90 min.
Mais de 90
min.
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
89
174
13
18
4
2,85
4,30
136
16
144
3
22,78
3,23
79
2
44
10
6,96 10,75
33
6
58
10
9,18 10,75
1
0,16
0,00
1
0,00
1,08
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 40 – Meio de transporte para o local de trabalho ou estudo
Meios
Ano
Automóvel Ligeiro Particular
- total
Automóvel Ligeiro Particular
- como condutor
Automóvel Ligeiro Particular
- como passageiro
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
Motociclo ou bicicleta
Transportes colectivos
- total
1991
2001
1991
2001
Autocarro
1991
2001
Transporte da
Empresa/Escola
Nenhum - Vai a pé
1991
2001
Outro Meio de Transporte
1991
2001
Pampilhosa
da Serra
(concelho)
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM HM
% HM na pop. total
HM HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
202
692
13,26
132
482
9,23
70
210
4,02
132
42
0,80
346
6,63
198
3,79
72
148
2,84
1364
934
17,89
13
6
0,11
Cabril
Dornelas
Janeiro
Pampilhosa
Portela
Fajão
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
do Zêzere
de Baixo
da Serra
do Fojo
8
60
19,42
6
38
12,30
2
22
7,12
6
2
0,65
25
8,09
14
4,53
0
11
3,56
129
69
22,33
-
19
48
7,09
14
34
5,02
5
14
2,07
28
8
1,18
10
20
6,78
3
14
4,75
7
6
2,03
8
2
0,68
-
109
16,10
29
88
11,52
18
63
8,25
11
25
3,27
26
1
0,13
-
2
0,68
3
2
1,37
3
1
0,68
0
1
0,68
4
0
0,00
-
50
6,54
53
295
19,48
39
211
13,94
14
84
5,55
13
15
0,99
-
3
2,05
56
44
3
8,27
0,00
5,76
2,05
7
4
16
3
53
2
6
0
7,83
0,68
0,79
0,00
124
66
235
31
121
67
215
4
17,87 22,71
28,14
2,74
3 2 0 0 0,00 0,00 -
4
13
5,96
3
13
5,96
1
0
0,00
10
10
4,59
-
55
3,63
9
59
10,31
8
41
7,17
1
18
3,15
4
2
0,35
-
7
3,21
-
13
0,86
16
42
2,77
239
264
17,44
5
1
0,07
43
7,52
1
0,46
5
6
2,75
42
13
5,96
0
1
0,46
65
100
15,82
36
61
9,65
29
39
6,17
29
0
0,00
41
6,49
-
19
3,32
1
24
4,20
164
51
8,92
0
2
0,35
2
7
7,53
2
6
6,45
0
1
1,08
4
2
2,15
38
6,01
20
3
0,47
308
122
19,30
1
2
0,32
11
11,83
10
10,75
0
1
1,08
26
8
8,60
2
0
0,00
Fonte: INE.
Figura 42 – Meio de transporte para o local de trabalho ou estudo
Outro Meio de Transporte
Nenhum - Vai a pé
Transporte da Empresa / Escola
Autocarro
Transportes colectivos - total
Motociclo ou bicicleta
2001
1991
Automóvel Ligeiro Particular - como passageiro
Automóvel Ligeiro Particular - como condutor
Automóvel Ligeiro Particular - total
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
90
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
3. A SITUAÇÃO ECONÓMICA
3.1. Poder de compra
Para a análise do poder de compra Concelhio foi elaborada uma síntese dos índices combinados
produzidos bienalmente pelo INE desde 1995 (Fig. 43). Esta síntese permite observar a evolução
relativa do poder de compra do concelho de Pampilhosa da Serra e do Pinhal Interior Norte,
tendo por referência o valor total do País9.
Apenas em 1997 Pampilhosa da Serra registou um índice de poder de compra superior ao
registado na NUTS III a que pertence. Entre os anos 2000 e 2002, registou-se um decréscimo
acentuado do índice do poder de compra concelhio que viria, no entanto, a ser ultrapassado em
200410), apesar de continuar a situar-se abaixo dos valores verificados em 1997 e 2000.
Figura 43 – Evolução do índice do poder de compra concelhio, 1995-2004
70
53,3
50
58,0
57,3
60
56,2
57,1
51,9
47,1
52,3
47,8
40
44,4
P ampilho sa da Serra
P inhal Interio r No rte
30
20
10
0
1995
1997
2000
2002
2004
Fonte: INE.
Pese embora este comportamento, deve ter-se em atenção que ele pode não representar, em
absoluto, uma queda do rendimento disponível no Concelho, já que uma alteração das relações
O índice do poder de compra é calculado com base no posicionamento dos concelhos (scores) no primeiro factor
resultante da aplicação de uma técnica de análise de dados multivariada a um conjunto de indicadores relevantes
para a medição da capacidade de consumo e da qualidade de vida, sendo o valor médio do País igual a 100 (Cf.
www.ine.pt).
10
Atingindo o valor de 51.9, portanto de apenas pouco mais de metade do nível de poder de compra nacional.
9
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
91
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
de equilíbrio entre as várias regiões do País, tendo efeitos ao nível da média geral, acaba
também por induzir posicionamentos relativos diferentes. Isto é, tendo em conta a tendência para
a concentração da riqueza em torno das duas maiores cidades, é de esperar um aumento do
valor médio geral e, correlativamente, um aumento das diferenças regionais, sem que isso
represente uma retracção absoluta do rendimento.
3.2. Estrutura empresarial
A estrutura empresarial de um território, para além de ser o reflexo da sua base económica, é
também um indicador importante para a aferição do seu potencial evolutivo, não só do ponto de
vista da sua capacidade de adaptação às mudanças dos mercados de produtos e factores, como
à sua permeabilidade à introdução de novos processos ou formas de organização (gestão,
integração em redes e mudança tecnológica, por exemplo).
A caracterização da estrutura empresarial passa pela aferição da repartição e peso dos
diferentes ramos de actividade, bem como a expressão que assumem as empresas de pequena,
média e grande dimensão, seja em termos do número de pessoas ao serviço, seja dos volumes
de vendas.
Para a análise que a seguir se apresenta foram utilizadas duas fontes de dados principais: INE
(Instituto Nacional de Estatística) e MTSS (Ministério do Trabalho e Segurança Social11).
3.2.1. Repartição sectorial das empresas
Como se pode observar no Quadro 41 e figura 44, o concelho da Pampilhosa da Serra contava,
em 2001, com 127 empresas, sendo que cerca de 9% pertenciam ao sector primário, 44% ao
secundário e 47% ao terciário.
Entidade responsável pela colecção da informação, através da declaração obrigatória dos quadros de pessoal,
que constitui a principal base de dados nacional sobre as características das entidades empregadoras
11
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
92
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 41 - Estrutura sectorial das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
Empresas
Sector de actividade
Nº
%
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados
2
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados
9
Sector primário
11
Indústrias alimentares e das bebidas
3
Fabricação de têxteis
1
Indústria do vestuário
1
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (excepto mobiliário)
3
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e equipamentos)
2
Fabricação de mobiliário
1
Construção
45
Sector secundário
56
Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos
7
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto veículos automóveis e motociclos)
4
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para veículos)
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
9
15
Transportes terrestres
7
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos
1
Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
3
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
1
Saúde e acção social
4
Actividades associativas diversas, n.e.
2
Actividades recreativas, culturais e desportivas
7
Sector terciário
60
Total
127
1,6
7,1
8,7
2,4
0,8
0,8
2,4
1,6
0,8
35,4
44,1
5,5
3,1
7,1
11,8
5,5
0,8
2,4
0,8
3,1
1,6
5,5
47,2
100,0
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
O ramo da construção civil é o mais representativo em termos de número de empresas (cerca de
35% do total), seguido do conjunto das actividades comerciais (16%), alojamento e restauração
(12%) e da silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados (7%).
Os sectores menos representativos são os da fabricação de têxteis, da indústria do vestuário, do
aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos e da
administração pública, defesa e segurança social obrigatória (todos estes sectores apresentam
pesos relativos inferiores a 1% do total de empresas do concelho).
Apesar de o número de empresas não ser o melhor indicador para relativizar o peso económico
(geração de emprego e de riqueza) dos vários ramos de actividade, ele não deixa de ser
revelador da competitividade de um território, sobretudo na óptica do seu potencial interno de
acréscimo de produtividade e valor a bens e serviços de que o mercado necessita.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
93
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 44 - Estrutura sectorial das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
Actividades recreativas, culturais e desportivas
5,5
Actividades associativas diversas, n.e.
1,6
Saúde e acção social
3,1
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
0,8
Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
2,4
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens
pessoais e domésticos
0,8
Transportes terrestres
5,5
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
11,8
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e
combustíveis para veículos)
7,1
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto veículos
automóveis e motociclos)
3,1
Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e
motociclos
5,5
Construção
35,4
Fabricação de mobiliário
0,8
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e
equipamentos)
1,6
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (excepto mobiliário)
2,4
Indústria do vestuário
0,8
Fabricação de têxteis
0,8
Indústrias alimentares e das bebidas
2,4
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços
relacionados
7,1
Agricultura, produção animal, caça e actividades do s serviços
relacionados
1,6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
No contexto do Concelho de Pampilhosa da Serra, devemos salientar que merece especial
relevo a importância das empresas ligadas às actividades silvícolas, naturalmente vocacionadas
para a exploração de um recurso local de elevada ubiquidade, ainda que seja de equacionar o
seu contributo para a fileira onde a pura extracção de madeira apenas representa o início da
cadeia e, daí, a fase menos interessante do ponto de vista do acréscimo de valor directamente
contributivo para a geração de rendimento.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
94
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
De facto, os ramos da construção civil, do comércio ou da restauração, devendo ser
considerados como interessantes para o desenvolvimento12, não deixam de estar directamente
relacionados com os potenciais de consumo existentes, mas não se constituindo, num contexto
de fragilidade da estrutura económica, como “alavancas” suficientes que permitam ultrapassar as
debilidades associadas às capacidades locais de geração de emprego e fixação de população.
3.2.2. Estrutura dimensional das empresas
Em 2001 a estrutura dimensional das empresas do concelho caracterizava-se por apresentar, na
sua quase totalidade, micro e pequenas empresas (Fig. 45).
Figura 45 - Estrutura dimensional das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
80,0
70,0
69,4
60,0
50,0
40,0
30,0
17,1
20,0
8,3
10,0
2,6
1,0
1,6
20-49 trab
50-99 trab
100- 199 trab
0,0
1-4 trab.
5-9 trab
10-19 trab
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
Com efeito, 87% do tecido empresarial da Pampilhosa da Serra são micro empresas com menos
de 9 trabalhadores e apenas 11% são pequenas empresas, perfazendo no total 98% do tecido
empresarial. As empresas com mais de 100 trabalhadores têm uma representatividade muito
reduzida no concelho (2%), não deixando todavia de ter um peso significativo a nível do emprego
total (34%).
A construção civil, pela posição que ocupa na matriz de relações interindustriais, e o comércio e a restauração,
pelos seus papéis complementares a outras actividades, tais como as turísticas, onde o alojamento, quase
inexistente no Concelho, é um factor essencial para a sua viabilização.
12
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
95
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quando analisada a estrutura dimensional das empresas por ramos de actividade (Quadro 42),
pode constatar-se que são a construção civil, o alojamento e restauração, o comércio a retalho,
os transportes terrestres e as actividades recreativas, culturais e desportivas que apresentam o
maior número de empresas com menos de 10 trabalhadores.
Quadro 42 - Estrutura dimensional das empresas por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da
Serra, 2001
Escalões de dimensão das empresas segundo o nº de pessoas ao serviço
1-4
5-9
10-19
20-49
50-99
100-199
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Sector de actividade
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços
relacionados
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços
relacionados
Total
Nº
%
1
50,0
1
50,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
2
1,6
7
77,8
0
0,0
2
22,2
0
0,0
0
0,0
0
0,0
9
7,1
Sector primário
8
72,7
1
9,1
2
18,2
0
0,0
0
0,0
0
0,0
11
8,7
Indústrias alimentares e das bebidas
2
66,7
1
33,3
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
3
2,4
Fabricação de têxteis
0
0,0
1 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,8
Indústria do vestuário
0
0,0
0
0,0
1 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,8
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (excepto mobiliário)
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1 100,0
0
0,0
1
0,8
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e
equipamentos)
1
50,0
1
50,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
2
1,6
Fabricação de mobiliário
1 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,8
Sector secundário
4
44,4
3
33,3
1
11,1
0
0,0
1
11,1
0
0,0
9
7,1
29
63,0
10
21,7
4
8,7
2
4,3
0
0,0
1
2,2
46
36,2
5
71,4
2
28,6
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
7
5,5
4
80,0
0
0,0
1
20,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
5
3,9
9 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
9
7,1
15 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
15
11,8
7 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
7
5,5
1 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,8
1
33,3
1
33,3
1
33,3
0
0,0
0
0,0
0
0,0
3
2,4
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
1 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
0,8
Saúde e acção social
1
25,0
1
25,0
0
0,0
1 25,0
0
0,0
1
25,0
4
3,1
Actividades associativas diversas, n.e.
1
50,0
1
50,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
2
1,6
Actividades recreativas, culturais e desportivas
7 100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
7
5,5
84,3
Construção
Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e
motociclos
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto veículos
automóveis e motociclos)
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e
combustíveis para veículos)
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
Transportes terrestres
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens
pessoais e domésticos
Outras actividades de serviços prestados principalmente às
empresas
Sector terciário
81
75,7
15
14,0
6
5,6
3
2,8
0
0,0
2
1,9
107
Total
93
73,2
19
15,0
9
7,1
3
2,4
1
0,8
2
1,6
127 100,0
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
96
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Apenas os sectores da construção civil e da saúde e acção social apresentam empresas (uma
em cada sector) com mais de 100 trabalhadores.
3.2.3. Volume de negócios
Considerando o volume de vendas das empresas localizadas no concelho da Pampilhosa da
Serra (Quadro 43), verifica-se que o sector da construção civil é claramente o dominante (com
cerca de 41% do volume de negócio das empresas consideradas no seu conjunto).
Quadro 43 – Volume de negócios por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
Sector de actividade
Milhares de Euros
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados
%
109,74
0,5
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados
2833,17
13,2
Sector primário
2942,91
13,7
314,24
1,5
0
0,0
Indústrias alimentares e das bebidas
Fabricação de têxteis
Indústria do vestuário
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (excepto mobiliário)
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e equipamentos)
Fabricação de mobiliário
Construção
0
0,0
1456,49
6,8
698,32
3,3
69,83
0,3
8823,73
41,1
11362,61
52,9
Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos
1441,53
6,7
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto veículos automóveis e motociclos)
1626,08
7,6
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para veículos)
2598,74
12,1
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
1012,56
4,7
64,84
0,3
0
0,0
194,53
0,9
Sector secundário
Transportes terrestres
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos
Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
Saúde e acção social
Actividades associativas diversas, n.e.
Actividades recreativas, culturais e desportivas
Sector terciário
Total
0
0,0
24,94
0,1
0
0,0
194,53
0,9
7157,75
33,3
21463,27
100,0
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
Surgem depois, a longa distância, o sector da silvicultura, exploração florestal e actividades de
serviços relacionados e o sector do comércio a retalho.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
97
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
São os sectores da agricultura, produção animal e caça, os sectores industriais ligados à
fabricação de mobiliário e à agro-indústria, e os sectores dos serviços de saúde e acção social
que apresentam a menor importância relativa em termos de volumes de negócios.
Refira-se que o sector da saúde e acção social é um importante sector empregador no concelho,
mas apresenta o mais baixo volume de facturação empresarial (apenas cerca de 0,1% do total
de vendas das empresas do concelho).
Figura 46 - Volume de negócios por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
A ctividades recreativas, culturais e despo rtivas
0,91
A ctividades asso ciativas diversas, n.e.
0
Saúde e acção so cial
0,12
A dministração pública, defesa e segurança
so cial o brigató ria
0
Outras actividades de s erviço s prestado s
principalmente às empresas
0,91
A luguer de máquinas e de equipamento s sem
pesso al e de bens pesso ais e do méstico s
0
Transpo rtes terrestres
0,3
A lo jamento e restauração (restaurantes e
similares)
4,72
Co mércio a retalho (excepto de veículo s
auto mó veis, mo to ciclo s e co mbustíveis para
12,11
Co mércio po r gro sso e agentes do co mércio
(excepto veículo s auto mó veis e mo to ciclo s)
7,58
Co mércio , manutenção e reparação de veículo s
auto mó veis e mo to ciclo s
6,72
Co nstrução
41,11
Fabricação de mo biliário
0,33
Fabricação de pro duto s metálico s (excepto
máquinas e equipamento s)
3,25
Indústrias da madeira e da co rtiça e suas o bras
(excepto mo biliário )
6,79
Indústria do vestuário
0
Fabricação de têxteis
0
Indústrias alimentares e das bebidas
1,46
Silvicultura, explo ração flo restal e actividades
do s serviço s relacio nado s
13,2
A gricultura, pro dução animal, caça e actividades
do s serviço s relacio nado s
0,51
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
98
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
3.2.4. Exportação/importação
Com base no Quadro 44, observa-se que:
•
apenas uma empresa do concelho da Pampilhosa da Serra tem actividades de
exportação para o comércio intra-comunitário, ao passo que três empresas exportam
para o comércio extra-comunitário;
•
em termos de importações, duas empresas declararam importar do mercado extracomunitário e três empresas do mercado intra-comunitário.
Quadro 44 - Comércio internacional declarado das empresas com sede no Concelho (2002)
Comércio Intracomunitário
Expedições
Chegadas
Nº
Valor
Nº
Valor
Portugal
Região Centro
Pinhal Interior Norte
Pampilhosa da Serra
Empresas
1 000 Euros
Empresas
1 000 Euros
6078
1005
53
1
21 893 469
3 403 272
131 668
n.d.
16 421
2 028
93
3
33 072 194
3 164 633
113 584
1.620
Comércio Extracomunitário
Exportações
Importações
Nº
Valor
Nº
Valor
1 000
Empresas
Empresas 1 000 Euros
Euros
14 381 5 429 323 17 967 10 981 772
1 748
679 761
1 620
627 924
69
28 355
68
10 109
3
68
2
n.d.
Fonte: INE.
3.3. Estrutura do emprego: pessoas empregadas e pessoal ao serviço
Entre 1991 e 2001 verificou-se no concelho da Pampilhosa da Serra um aumento de cerca de
15% das pessoas empregadas.
Se se observar a distribuição do emprego por ramos de actividade (Fig. 47) constata-se um
predomínio claro do sector terciário (que, no período considerado, passou de 42% para 69%).
No sector secundário registou-se uma diminuição do emprego (de 35% para 8%) e no sector
primário observou-se um acréscimo muito ligeiro (na ordem de 2 pontos percentuais, atingindo
em 2001 os 24% do emprego total). Apesar de ligeiro, é de ressaltar o aumento do emprego
registado na actividade agrícola, tendência contrária à observada a nível nacional.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
99
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 47 – Pessoas empregadas por grandes sectores de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra,
2001
100%
90%
80%
41,6
70%
68,5
60%
Terciário
50%
Secundário
40%
35,1
Primário
30%
7,9
20%
10%
23,3
25,0
1991
2001
0%
Fonte: INE.
Uma análise mais detalhada da actividade da população empregada (Quadro 45), permite
verificar que os sub-sectores de actividade mais empregadores no concelho são os seguintes:
-
Construção e Obras públicas (29%);
-
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados (21%);
-
Saúde e acção social (11%);
-
Administração Pública, defesa e segurança social obrigatória (11%);
-
Comércio a retalho (9%);
-
Educação (4%);
-
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados (3%).
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
100
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 45 – População empregada por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
População empregada
Nº
%
Agricultura, prod. animal, caça e act. dos serv. relacionados
361
20,66
Silvicult., exploração florestal e act. dos serv. relacionados
50
2,86
Pesca, aqualcultura e actividades dos serviços relacionados
1
0,06
Extracção de hulha, linhite e turfa
0
0,00
Extracção petróleo bruto, gás natural e act. relac, exc. prospecção
0
0,00
Extracção de minérios de urânio e tório
0
0,00
Extracção e preparação de minérios metálicos
18
1,03
Outras indústrias extractivas
7
0,40
Sector primário
437
25,01
Indústrias alimentares e das bebidas
16
0,92
Indústria do tabaco
0
0,00
Fabricação de têxteis
2
0,11
Indústria do vestuário, prep., ting., fabric.de peles com pêlo
21
1,20
Curtimento e acabamento peles s/pêlo; fabricação derivados
0
0,00
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, exc. mobiliário
29
1,66
Fabricação de pasta, de papel e cartão e seus Artigos
0
0,00
Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
1
0,06
Indústrias metalúrgicas de base
2
0,11
Fabricação de produtos metálicos, exc. máquinas e equip.
9
0,52
Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e
2
0,11
Fabricação de máquinas de escrit. e de equip. trat. informático
0
0,00
Fabricação de máquinas e aparelhos Eléctricos n e.
4
0,23
Fabricação de equip. e de aparelhos rádio, telev. e de comum.
0
0,00
Fabricação de aparelhos e instrum. médicos-cirúrgicos..
0
0,00
Fabricação de veículos automóveis, reboques e semi-reboque
1
0,06
Fabricação de outro material de transporte
0
0,00
Indústria de mobiliário; outras indústrias transformadoras
26
1,49
Construção
365
20,89
Sector secundário
478
27,36
Reciclagem
0
0,00
Prod. e dist. de electric., de gás, de vapor e água quente
20
1,14
Captação, tratamento e distribuição de água
0
0,00
Comércio, manutenção e reparação de veículos aut e motoc.
21
1,20
Comércio por grosso e agentes de comércio, exc. veic. aut.
29
1,66
Comércio a retalho (exc. .automóv.); rep. bens pess. e dom.
150
8,59
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
55
3,15
Transp. terrestres; transp. oleodutos ou gasodutos(pipelines)
24
1,37
Transportes por água
0
0,00
Transportes aéreos
0
0,00
Activ. anexas e aux. dos transportes; ag. viagens e turismo
0
0,00
Correios e telecomunicações
12
0,69
Intermediação financeira, exc. seguros e fundos de pensões
15
0,86
Seguros, fundos de pensões e de out. actv. compl. seg. social
2
0,11
Actividades auxiliares de intermediação financeira
1
0,06
Actividades imobiliárias
0
0,00
Aluguer de máquinas e de equipamento s/pessoal e bens
0
0,00
Actividades informáticas e conexas
0
0,00
Investigação e desenvolvimento
0
0,00
Outras actividades de serviços prestados princip. às empresas
16
0,92
Administração pública, defesa e seg. social 'obrigatória'
185
10,59
Educação
63
3,61
Saúde e acção social
188
10,76
Saneamento, higiene pública e actividades similares
0
0,00
Actividades associativas diversas,n.e.
2
0,11
Actividades recreativas, culturais e desportivas
31
1,77
Outras actividades de serviços
8
0,46
Famílias com empregados domésticos
10
0,57
Organism. internacionais e outras instituições extra-territoriais
0
0,00
Sector terciário
832
47,62
Total
1747
100,00
Fonte: INE.
Sectores de Actividade
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
101
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Em termos do pessoal ao serviço nas empresas localizadas no concelho, o sector da construção
civil é o predominante (com cerca de 46% do total de pessoal ao serviço), seguindo-se o sector
da saúde e acção social (com cerca de 18%).
O sector da silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados representa
cerca de 6% do pessoal ao serviço total.
As indústrias da madeira, da cortiça e suas obras (excepto mobiliário) representam cerca de 4%
do pessoal ao serviço, à semelhança do que se verifica no comércio por grosso e no alojamento
e restauração.
Os restantes sectores de actividade são muito pouco representativos no total de pessoal ao
serviço nas empresas do concelho.
Quadro 46 – Pessoal ao serviço por sector de actividade nas empresas do Concelho (2001)
Sector de actividade
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos serviços relacionados
Sector primário
Indústrias alimentares e das bebidas
Fabricação de têxteis
Indústria do vestuário
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras (excepto mobiliário)
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e equipamentos)
Fabricação de mobiliário
Construção
Sector secundário
Comércio, manutenção e reparação de veículos automóveis e motociclos
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto veículos automóveis e motociclos)
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis, motociclos e combustíveis para veículos)
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
Transportes terrestres
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal e de bens pessoais e domésticos
Outras actividades de serviços prestados principalmente às empresas
Administração pública, defesa e segurança social obrigatória
Saúde e acção social
Actividades associativas diversas, n.e.
Actividades recreativas, culturais e desportivas
Sector terciário
Total
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
Pessoal Serviço
Nº
%
8
1,00
45
5,63
53
6,63
11
1,38
8
1,00
11
1,38
29
3,63
8
1,00
3
0,38
367
45,88
437
54,63
20
2,50
37
4,63
24
3,00
32
4,00
8
1,00
1
0,13
27
3,38
1
0,13
140
17,50
6
0,75
14
1,75
310
38,75
800
100,00
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
102
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 48 – Pessoal ao serviço por sector de actividade (%), concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
1,8
Ac tivida de s re c re a tiva s , c ultura is e de s po rtiva s
0,8
Ac tivida de s a s s o c ia tiva s dive rs a s , n.e .
17,5
S a úde e a c ç ã o s o c ia l
0,1
Adm inis tra ç ã o públic a , de fe s a e s e gura nç a s o c ia l o briga tó ria
Outra s a c tivida de s de s e rviç o s pre s ta do s princ ipa lm e nte à s
e m pre s a s
3,4
Alugue r de m á quina s e de e quipa m e nto s s e m pe s s o a l e de be ns
pe s s o a is e do m é s tic o s
0,1
1,0
Tra ns po rte s te rre s tre s
4,0
Alo ja m e nto e re s ta ura ç ã o (re s ta ura nte s e s im ila re s )
C o m é rc io a re ta lho (e xc e pto de ve íc ulo s a uto m ó ve is , m o to c ic lo s e
c o m bus tíve is pa ra ve íc ulo s )
3,0
C o m é rc io po r gro s s o e a ge nte s do c o m é rc io (e xc e pto ve íc ulo s
a uto m ó ve is e m o to c ic lo s )
4,6
C o m é rc io , m a nute nç ã o e re pa ra ç ã o de ve íc ulo s a uto m ó ve is e
m o to c ic lo s
2,5
45,9
C o ns truç ã o
F a bric a ç ã o de m o biliá rio
0,4
F a bric a ç ã o de pro duto s m e tá lic o s (e xc e pto m á qu ina s e
e quipa m e nt o s )
1,0
3,6
Indús tria s da m a de ira e da c o rtiç a e s ua s o bra s (e xc e pto m o biliá rio )
Indús t ria do ve s tuá rio
1,4
F a bric a ç ã o de tê xte is
1,0
Indús tria s a lim e nta re s e da s be bida s
1,4
S ilvic ultura , e xplo ra ç ã o flo re s ta l e a c tivida de s do s s e rviç o s
re la c io na do s
5,6
Agric ultura , pro duç ã o a nim a l, c a ç a e a c tivida de s do s s e rviç o s
re la c io na do s
1,0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
No que respeita à distribuição do pessoal ao serviço por escalão de dimensão das empresas,
cerca de 34% do pessoal ao serviço total desenvolve a sua actividade profissional na única
empresa do concelho com mais de 100 trabalhadores (pertencente ao sector da construção
civil).
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
103
50
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Atendendo ao número de empresas por escalão de dimensão, as empresas até quatro
trabalhadores assumem relevância ao representarem cerca de 23% do pessoal ao serviço nas
empresas do concelho.
Quadro 47 – Pessoal ao serviço por escalão de dimensão das empresas e sector de actividade (%),
concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
Sector de actividade
1-4
Nº
Escalões de dimensão das empresas segundo o nº de pessoas ao serviço
5-9
10-19
20-49
50-99
100-199
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Nº
%
Total
Nº
Agricultura, produção animal, caça e actividades dos
serviços relacionados
Silvicultura, exploração florestal e actividades dos
serviços relacionados
1
12,5
7
87,5
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
8
19
40,4
0
0,0
28
59,6
0
0,0
0
0,0
0
0,0
47
Sector primário
20
36,4
7
12,7
28
50,9
0
0,0
0
0,0
0
0,0
55
Indústrias alimentares e das bebidas
6
54,5
5
45,5
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
11
Fabricação de têxteis
0
0,0
8
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
8
Indústria do vestuário
1
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
1
3,2
6
19,4
0
0,0
24
77,4
0
0,0
0
0,0
31
2
25,0
6
75,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
8
3
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
3
Sector secundário
13
21,0
25
40,3
0
0,0
24
38,7
0
0,0
0
0,0
62
Construção
56
15,1
65
17,6
36
9,7
42
11,4
0
0,0
171
46,2
370
9
45,0
11
55,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
20
Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras
(excepto mobiliário)
Fabricação de produtos metálicos (excepto máquinas e
equipamentos)
Fabricação de mobiliário
Comércio, manutenção e reparação de veículos
automóveis e motociclos
Comércio por grosso e agentes do comércio (excepto
veículos automóveis e motociclos)
Comércio a retalho (excepto de veículos automóveis,
motociclos e combustíveis para veículos)
3
8,1
0
0,0
0
0,0
34
91,9
0
0,0
0
0,0
37
24
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
24
Alojamento e restauração (restaurantes e similares)
32
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
32
8
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
8
1
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
3
11,1
9
33,3
15
55,6
0
0,0
0
0,0
0
0,0
27
1
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
1
Saúde e acção social
1
0,7
5
3,5
0
0,0
35
24,5
0
0,0
102
71,3
143
Actividades associativas diversas, n.e.
1
16,7
5
83,3
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
6
14
100,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
0
0,0
14
Sector terciário
153
22,4
95
13,9
51
7,5
111
16,3
0
0,0
273
40,0
683
Total
186
23,3
127
15,9
79
9,9
135
16,9
0
0,0
273
34,1
800
Transportes terrestres
Aluguer de máquinas e de equipamentos sem pessoal
e de bens pessoais e domésticos
Outras actividades de serviços prestados
principalmente às empresas
Administração pública, defesa e segurança social
obrigatória
Actividades recreativas, culturais e desportivas
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
104
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 49 – Pessoal ao serviço por escalão de dimensão das empresas (%), concelho de Pampilhosa da
Serra, 2001
40,0
34,1
35,0
30,0
25,0
23,3
20,0
16,9
15,9
15,0
9,9
10,0
5,0
0,0
0,0
1-4 trab.
5-9 trab
10-19 trab
20-49 trab
50-99 trab
100-199 trab
Fonte: Quadros de Pessoal – MTSS.
3.4. Situação na profissão e grupos de profissões
Do total da população residente empregada do concelho da Pampilhosa da Serra, predominam
os trabalhadores por conta de outrem (cerca de 64% da população empregada do concelho
trabalhava por conta de outrem, situação na profissão que registou um acréscimo na ordem dos
45% entre 1991 e 2001). Os indivíduos que trabalham por conta própria e empregadores
registaram também uma evolução positiva no período 1991-2001 (de salientar o espectacular
aumento dos indivíduos empregadores – na ordem dos 143% -, representando em 2001 cerca
de 13% da população empregada total).
Quadro 48 – População empregada por situação na profissão, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
1991
Empregador
Trabalhador por Conta Própria
Trabalhador Fam. não Remunerado
Trabalhador por Conta de Outrem
Militar Carreira
SMO
Membro Activo de Cooperativa
Outra Situação
População Empregada
2001
93
331
251
779
1
6
2
14
1470
226
334
57
1128
9
8
0
2
1747
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
105
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 50 – População empregada por situação na Profissão (%), concelho de Pampilhosa da
Serra, 2001
70
64,6
60
53,0
50
40
1991
2001
30
22,5
19,1
20
17,1
12,9
10
6,3
3,3
0,1 0,5
0,4 0,5
0,1 0,0
1,0 0,1
Militar
Carreira
SMO
Membro
Activo de
Cooperativa
Outra
Situação
0
Empregador
Trabalhador Trabalhador Trabalhador
por Conta
Fam. não
por Conta de
Própria
Remunerado Outrém total
Fonte: INE.
A análise da população empregada por grupos de profissões permite verificar o predomínio no
concelho da Pampilhosa da Serra dos agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e
pesca, dos operários, artífices e trabalhadores similares e dos trabalhadores não qualificados.
Entre 1991 e 2001 registou-se um decréscimo dos grupos de profissões menos qualificadas
(operários, artífices e trabalhadores similares e trabalhadores não qualificados), que todavia
mantiveram a sua importância relativa no total de população empregada.
Neste período, observou-se um acréscimo notório dos agricultores e trabalhadores qualificados
da agricultura e pesca, além das profissões ligadas às actividades terciárias (nomeadamente
pessoal dos serviços e vendedores e pessoal administrativo e similares).
Apesar da representatividade relativamente baixa no total da população empregada, de destacar
o aumento verificado nas profissões de técnicos e profissionais de nível intermédio, de
especialistas das profissões intelectuais e científicas e dos quadros superiores e dirigentes da
Administração Pública ou de empresas.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
106
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 49 – População empregada por grupos de profissões, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001
1991
Quadros superiores da Administração Pública, dirigentes e quadros
superiores de empresa
Especialistas das profissões intelectuais e científicas
Técnicos e profissionais de nível intermédio
Pessoal administrativo e similares
Pessoal dos serviços e vendedores
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas
Operários, artífices e trabalhadores similares
Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem
Trabalhadores não qualificados
Membros das forças armadas
Total
Fonte: INE.
2001
22
15
43
69
125
192
353
121
523
7
1470
102
35
63
122
195
417
367
123
306
17
1747
Figura 51 – População empregada por grupos de profissões (%), concelho de Pampilhosa da Serra,
2001
1,0
M embro s das fo rças armadas
0,5
17,5
Trabalhado res não qualificado s
35,6
Operado res de instalaçõ es e máquinas e
trabalhado res da mo ntagem
7,0
8,2
21,0
Operário s, artífices e trabalhado res similares
24,0
A griculto res e trabalhado res qualificado s da
agricultura e pescas
23,9
13,1
2001
1991
11,2
P esso al do s serviço s e vendedo res
8,5
7,0
P esso al administrativo e similares
4,7
3,6
Técnico s e pro fissio nais de nível intermédio
2,9
Especialistas das pro fissõ es intelectuais e
científicas
2,0
1,0
Quadro s superio res da A dministração P ública,
dirigentes e quadro s superio res de empresa
5,8
1,5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
107
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
3.5. Concentração e especialização produtiva
3.5.1. Quociente de Localização
Quando se pretende comparar a contribuição relativa de uma região numa determinada
actividade com o total da actividade dessa região para o país, utiliza-se o Quociente de
Localização (QL13).
Utilizando os dados do INE relativos à população empregada por ramo de actividade em 2001,
calcularam-se os QL para o concelho da Pampilhosa da Serra.
Os QL por ramos de actividade, em cada um dos subsectores dos três principais sectores
económicos estão representados nas figuras 52 a 54.
Com base na análise dos dados, é possível concluir que as actividades de maior peso concelhio
são as que se assumem valores de QL superiores à unidade, ou seja:
•
- No sector primário (Fig. 52), o sub-sector da agricultura, produção animal, caça e
actividades dos serviços relacionados;
•
- No sector secundário (Fig. 53), apenas o sub-sector da construção apresenta um valor
superior a 1 (de 4,8), o que significa que o concelho apresenta baixa especialização
produtiva na actividade industrial;
•
- No sector terciário (Fig. 54), os sub-sectores da saúde e acção social, da administração
pública, defesa e segurança social e do comércio a retalho apresentam especialização
no concelho.
13
A fórmula de cálculo do QL é a seguinte:
QLrj = (Xrj/Xr) / (Xpj/Xp)
Onde, o numerador mede o peso do emprego do sector j na região r (neste caso o concelho da Pampilhosa da
Serra) e o denominador o peso do emprego no sector j na região-padrão p (Portugal).
Valores inferiores a 1 indicam uma expressão do sector no concelho inferior à sua expressão na região-padrão. Por
seu turno, valores superiores a 1 significam que o concelho tem um peso no sector j mais importante que o conjunto
de toda a sua contribuição para o emprego total, o mesmo será dizer que é mais especializado no sector j que a
região-padrão.
Quando os valores do Quociente de Localização se aproximam de zero, significa que o sector j não está presente
no concelho de forma significativa. Quanto maior for o Quociente de Localização maior é o grau de especialização
da concelho no sector j. Assim, este indicador permite avaliar o grau em que o concelho da Pampilhosa da Serra
pode ou não ser considerado especializado numa determinada actividade.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
108
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Numa análise global, é de realçar a especialização do concelho da Pampilhosa da Serra nos
sectores da agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados e da
construção civil. Em ambos os sectores registam-se valores do QL superiores a 4.
Figura 52 – Quocientes de Localização nos sub-sectores do sector primário, concelho de Pampilhosa
da Serra, 2001
5
4,71
4
3
2
0,65
1
0,23
0,01
0,09
Outras Indústrias
Extractivas
Extracção e
Preparação de
Minérios Metálicos
Pesca,Aqualcultura e
Actidades dos Serviços
Relacionados
Silvicult.,Exploração
Florestal e Act.dos
Serv.Relacion
Agricultura,Prod.anima
l,Caça e Act.dos
Serv.Relacionados
0
Fonte: cálculos próprios, baseados em dados do INE.
Figura 53 - Quocientes de localização nos sub-sectores do sector secundário, concelho de
Pampilhosa da Serra, 2001
Indústria de M o biliário ;Outras Indústrias Transfo rmado ras
0,3
Fabricação de Veículo s A uto mó veis,Rebo ques e Semi-Rebo que
Fabricação de Equip.e de A parelho s Rádio ,Telev e de Co mun
0,1
Fabricação de M áquinas de Escrit.e de Equip.Trat.Info rm.
Fabricação de P ro duto s M etálico s,except.M áquinas e Equip.
0,1
0,1
0,1
Fabricação de Outro s P ro duto s M inerais não M etálico s
Fabricação de P ro duto s Químico s
Edição ,Impressão e Repro dução de Sup.de Info rmação Gravad
0,4
Indústrias da M adeira e da Co rtiça e suas Obras;excpt M o b
Indústria do Vestuário ;P rep.ting.,fabric.de peles co m pêlo
0,3
0,1
Indústria do Tabaco
0,2
4,8
Co ntrução
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
Fonte: cálculos próprios, baseados em dados do INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
109
5,0
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 54 – Quocientes de localização nos sub-sectores do sector terciário, concelho de Pampilhosa da
Serra, 2001
Organism.Internacionais e Outras Instituições Extra-Terri
Famílias com Empregados Domésticos
0,1
Outras Actividades de Serviços
0,1
Actividades Recreativas, Culturais e Desportivas
0,4
Actividades Assiociativas Diversas,n.e.
Saneamento, Higiene Pública e Actividades Similares
Saúde e Acção Social
2,5
Educação
0,8
Administração Pública,Defesa e Seg.Social 'obrigatória'
2,4
Outras Actividades de Serviços Prestados Princip. às Emp.
0,2
Investigação e Desenvolvimento
Actividades Informáticas e Conexas
Aluguer de Máquinas e de Equipamento s/Pessoal e Bens
Actividades Imobiliárias
Actividades Auxiliares de Intermediação Financeira
Seguros,Fundos de Pensões e de Out.Actv.Compl.Seg.Social
Intermediação Financeira,excp.Seguros e Fundos de Pensões
0,2
Correios e Telecomunicações
0,2
Activ.Anexas e Aux.dos Transportes;Ag.Viagens e Turismo
Transportes Aéreos
Transportes por Água
Transp.Terrestres;Transp.Oleodutos ou Gasodutos(pipelines)
0,3
Alojamento e Restauração (restaurantes e similares)
0,7
Comércio a Retalho (excep.v.automóv..);Rep.Bens Pess.e Dom
2,0
Com ércio por Grosso e Agentes de Comércio,excpt Veic.Aut.
0,4
Comércio,Manutenção e Reparação de Veículos Aut e Motoc..
0,3
Captação, Tratamento e Distribuição de Água
Prod.e Dist.de Electric.,de Gás,de Vapor e Água Quente
0,3
Reciclagem
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Fonte: cálculos próprios, baseados em dados do INE.
As características da actividade económica no concelho da Pampilhosa da Serra, baseadas nos
valores desta medida de especialização produtiva, evidenciam um aspecto fundamental: dada a
reduzida representatividade do total do emprego concelhio no nível global do país, este concelho
apresenta, nos referidos ramos, uma representação mais do que proporcional à que detém ao
nível do global, o que revela a sua forte dependência relativamente a estas actividades.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
110
3,0
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Apesar de no total nacional estas actividades concelhias assumirem valores irrelevantes,
constituem a base económica de criação de rendimento e emprego a nível do concelho, pelo que
são esses os sub-sectores nos quais este concelho tem maior sensibilidade a variações
estruturais e conjunturais.
Isto significa que qualquer pequena variação (positiva ou negativa) no desempenho concelhio ou
nacional em sub-sectores como a agricultura e produção animal ou a construção civil sobretudo,
implicará um grande impacto (positivo ou negativo) na estrutura económica concelhia.
3.5.2. Coeficiente de especialização
Uma outra medida de especialização interessante de analisar na abordagem da estrutura
produtiva do concelho da Pampilhosa da Serra é o O Coeficiente de Especialização (CE). Este é
um indicador que privilegia a repartição das actividades em relação a um determinado espaço,
medindo por isso a especialização da concelho, quando comparado com o sistema nacional
qualquer que seja a actividade.
Ao contrário do QL, o coeficiente de especialização (CE) é uma medida relativa que detém uma
forte capacidade de síntese, nomeadamente, quando se procuram obter respostas a questões
como “qual o grau de especialização de uma determinada região ou de um determinado
concelho?”.
A fórmula de cálculo do CE consiste no somatório do módulo dos desvios da importância que o
sector j assume na região r (neste caso o concelho) e a importância que esse mesmo sector
assume na região padrão p (Portugal).
O CE da região r corresponde a metade do resultado obtido naquele somatório:
Onde,
Xpj = valor da actividade j na região padrão p;
Xp = valor do total das actividades consideradas região p;
Xrj = valor da actividade j na região r (concelho);
Xr = valor do total das actividades consideradas na região r (concelho).
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
111
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Uma região com CE=0 significa que a sua estrutura sectorial é integralmente equivalente à
estrutura apresentada pela região padrão. Inversamente, quanto mais próximo de 1 for o CE,
mais especializada é a estrutura produtiva da região relativamente à do espaço de referência.
O valor do CE para o concelho Pampilhosa da Serra, em 2001, foi de 0,271688. Estando este
valor mais próximo de zero do que da unidade, não se pode concluir pela diversificação da
estrutura produtiva concelhia, na medida em que este indicador é uma medida relativa de
especialização
Esta situação significa a maior susceptibilidade do concelho a choques negativos provenientes
de sectores onde apresenta relativa especialização (medida através do QL).
Da análise dos resultados do QL e do CE são de destacar a premência de linhas de acções de
intervenção orientadas para os seguintes aspectos:
•
deverá existir no concelho uma aposta, por parte das entidades competentes, na
diversificação das actividades produtivas, nomeadamente naquelas que revelam
maiores potencialidades ao nível de emprego (e também dos índices de produtividade),
por forma a reduzir a exposição aos choques económicos sectoriais;
•
todavia, não deverão ser descurados, mas ser alvo de especial atenção, os sectores de
actividade que tradicionalmente constituem a base produtiva do concelho, pelo
significado económico que possuem e pelos efeitos multiplicadores e de arrastamento
que repercutem nas restantes actividades que deles dependem.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
112
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
4. MATRIZ DE PROBLEMAS E POTENCIALIDADES
O concelho da Pampilhosa da Serra apresenta alguns constrangimentos que condicionam o seu
desenvolvimento. De facto, apesar da sua relativa centralidade no contexto nacional e dos seus
recursos endógenos naturais (a água, marcada pela presença de albufeiras, a ubiquidade da
floresta e a sua riqueza paisagística), para além da existência de um forte espírito de
associativismo e cooperativismo, detém algumas fragilidades que merecem uma análise mais
aprofundada.
Face às características do concelho em estudo, poder-se-á fazer uma avaliação preliminar
quanto às condicionantes e potencialidades inerentes ao mesmo, de forma a se poder traçar as
grandes linhas estratégicas de base (cenários alternativos para o desenvolvimento) que deverão
nortear o futuro desenvolvimento do mesmo. Assim sendo, numa abordagem sucinta em termos
de condicionantes temos:
•
Deficientes condições de acessibilidade ao nível regional, em particular nas ligações aos
principais centros urbanos regionais e municipais: Coimbra, Castelo Branco e Lisboa;
•
Deficientes condições de circulação interna entre os aglomerados principais do
concelho;
•
Fracos recursos humanos: população envelhecida e de fracos recursos económicos;
•
Sector produtivo muito pouco desenvolvido e inexistência de base económica: economia
rural com um sector de serviços condicionado pelo fraco poder económico da população,
indústria transformadora quase inexistente e um sector primário de subsistência;
•
Degradação dos recursos naturais: grande parte da área florestal do concelho ardida;
•
Baixo nível de infra-estruturas e equipamentos colectivos.
Relativamente às potencialidades emergentes das suas especificidades, temos:
•
Forte aptidão florestal, com possibilidade de desenvolver actividades económicas
associadas à floresta e potencial aproveitamento para produção de biomassa;
•
Aproveitamento turístico da Barragem de Santa Luzia e possibilidade de
desenvolvimento de turismo rural;
•
Condições naturais para aproveitamento de energia eólica;
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
113
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
•
Possibilidades de desenvolvimento dos recursos humanos com base na população
mais jovem existente sobretudo na zona oriental do concelho;
•
Existência de programas nacionais e comunitários de apoio e incentivos ao
desenvolvimento quer ao nível das infra-estruturas (básicas e viárias) e das actividades
económicas.
Tendo em conta o acima exposto verifica-se a priori a existência de potenciais áreas de
desenvolvimento que a serem implementadas poderão trazer mais valias acrescidas para o
concelho.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
114
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 50 – Matriz de pontos fortes/fracos e oportunidades/ameaças
Domínio
Contexto
Ambiente
Recursos
Humanos
Economia
Pontos Fracos
Pontos Fortes
A mais de 60 minutos da capital de
distrito.
Afastamento face aos principais
centros de decisão.
Investimentos recentes na melhoria
das acessibilidades.
Mundo rural tradicional muito
afastado dos lusótipos urbanos.
Posição favorável nas taxas de
cobertura de equipamentos,
nomeadamente de apoio a idosos.
Orografia.
Amplitudes térmicas.
Fraca aptidão para a formação de
reservas subterrâneas de água.
Redução da vegetação natural.
Baixos quantitativos populacionais
que inviabilizam o surgimento de
ofertas diversificadas e
especializadas.
Envelhecimento.
Baixas qualificações.
Baixo poder de compra.
Estrutura empresarial de muito
reduzida dimensão.
Predomínio do emprego pouco
qualificado.
Oportunidades
Posição central no contexto
nacional e no eixo Coimbra-Castelo
Branco.
Agentes externos com forte ligação
local.
Preservação do ambiente rural
tradicional como oportunidade para
o desenvolvimento do turismo, por
exemplo.
Ameaças
Concorrência por parte de outras
ofertas (turismo, p.e.) em concelhos
próximos.
Riscos de desintegração territorial.
Riscos de integração no tipo
“mundo rural em crise profunda”.
Qualidade da água.
Aptidão para a floresta de
produção.
Valor cénico das paisagens.
Ambiente natural potencialmente
revertível para outras actividades
(cinegética, energia, turismo).
Riscos de incêndios florestais e de
monoespecialização silvícola.
Saberes tradicionais.
Fixação de população imigrante.
Tendência para a concentração do
povoamento.
Insustentabilidade demográfica.
Aumento do emprego (1991-2001),
sobretudo no sector terciário, mas
também no primário.
Em ligação com o potencial
florestal, possibilidade de
desenvolvimento de empresas
nessa fileira.
Continuação do processo
emigratório e riscos agravados de
desestruturação da base
económica.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
115
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
PARTE III – ACTORES E AGENTES
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
116
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
1. INTRODUÇÃO METODOLÓGICA
As problemáticas do desenvolvimento sustentável e as metodologias de prospectiva estratégica
são indissociáveis, já que o encontrar de soluções para as primeiras terão de ser, no nosso
entendimento, fortemente apoiadas por metodologias participativas que encontram nas
segundas um largo espectro de aplicação.
Neste ponto focalizaremos a nossa atenção sobre os procedimentos metodológicos utilizados
para a aplicação e apuramento de resultados dos inquéritos tendo em vista a auscultação das
opiniões e das sensibilidades dos actores e agentes interessados no desenvolvimento do
Concelho, bem assim como da formulação de propostas concretas dirigidas à superação das
dificuldades e potenciação das vantagens.
No âmbito das acções de participação dos agentes, para além da aplicação de um questionário
(Anexo 2), foram também promovidas reuniões tipo workshop ou oficina, cujos resultados14, para
além de terem sido integrados no âmbito do Plano de Acção, se apresentam detalhadamente no
capítulo seguinte.
A metodologia utilizada no processo de auscultação dos actores e agentes seguiu as seguintes
etapas:
a) tipificação dos actores e agentes;
b) confrontação dos agentes com um conjunto de áreas-problema;
Vejamos em pormenor as tarefas envolvidas em cada uma destas etapas.
Apesar de se terem tentado mobilizar jovens e idosos para reuniões de trabalho específicas, tal desiderato não
encontrou eco nos primeiros, pelo que ficou comprometida a apresentação de resultados comtemplando apenas a
auscultação feita aos segundos.
14
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
117
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
a) tipificação dos actores e agentes
Em primeiro lugar convem esclarecer dois conceitos muito utilizados nas metodologias que têm
por objectivo a auscultação de opiniões e identificação de sensibilidades ou interesses quando
está em causa o desenvolvimento local.
Do termo anglosaxónico development stakeholder resulta, para português, uma tradução com
interpretação muito abrangente que, segundo pensamos, nos deve merecer um enquadramento
conceptual mais concreto. O termo development stakeholder corresponde à pessoa ou
organização que pode ganhar ou perder, de forma directa ou indirecta, face a um determinado
processo de desenvolvimento15. Em português, os termos actor e agente permitem traduzir o
mesmo tipo de relação pessoal ou institucional com o processo de desenvolvimento.
Por um lado, o actor é o indivíduo ou organização que num dado território desempenha o seu
papel enquanto pessoa (singular ou colectiva) que tem algo em jogo, no limite mínimo o
desenrolar da sua vida individual ou organizacional e, no limite máximo, a sua interacção com os
outros e o seu contributo, ainda que passivo, para o bem colectivo.
Por outro lado, o agente pode ser entendido como o indivíduo ou a organização que conduz à
transformação ou mudança social. Actores e agentes podem ser a mesma face do mesmo
indivíduo ou organização, residindo a sua diferença na possibilidade de ocorrência de vontades
racionalmente assumidas16 que conduzam à transformação ou mudança social.
O agente de desenvolvimento pode ser apenas o actor que, ultrapassando a passividade dos
seus actos e assumindo racionalmente uma atitude activa de intervenção na colectividade, passa
a condicionar o futuro da sociedade onde se integra, enquanto que aquele que permanece
apenas como actor, e por isso não chega a atingir a posição de agente, continua só a beneficiar
ou a perder das sementes de transformação social introduzidas pelo agente.
15 Segundo ROCA et al. (2004), Development stakeholder são “All individuals or groups of people and institutions
that stand to gain or lose, directly or indirectly, given a particular development course or activity.”
16 A racionalidade da assumpção de vontades ou valores é o motor da diferença entre uma atitude passiva e uma
atitude activa. Entendemos por passividade toda a acção enquadrada no livre desenrolar, ou no desenrolar
democraticamente regulado, da vida económica e social (as obrigações de cidadania, por exemplo), enquanto uma
atitude activa significa uma tomada de decisão cujas consequências são objectivamente conhecidas e avaliadas.
Por exemplo, proceder à separação de resíduos enquanto obrigação social, eventualmente objecto de regulação,
apesar de ter consequências ao nível do contributo para a protecção ambiental é uma atitude passiva, mas proceder
a essa mesma separação depois de se ter avaliado a quantidade e o tipo de resíduos produzidos (educação para o
consumo) é uma atitude activa de transformação social.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
118
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Pese embora o simplismo do jogo de palavras, pode entender-se o actor como aquele que
interpreta o seu papel num determinado palco enquadrado pelo cenário da geografia, da
sociedade e da história. Este palco, naturalmente delimitado pelas dimensões espaço e tempo é,
também ele, um factor de restrição ou de transformação. O actor pode ser agente, não só na sua
relação com o público (as dimensões externas às quais induz opinião e é objecto de avaliação),
como com os outros actores (as dimensões internas condicionadas pela sua acção). Desta
forma, percebe-se que do exterior podem ser induzidas acções de transformação (agentes
externos), cuja amplitude de condicionamento podemos considerar como sendo directamente
proporcional à sua capacidade de regulação ou de exercício do poder. É assim que entendemos
a integração dos actores e dos agentes no nexo global/local.
A figura 55 tenta sistematizar os conceitos anteriores.
Figura 55 - Actores e agentes – modelo de diferenciação
Contexto social interno
Indivíduos
Acção passiva
Actores
Organizações
Acção activa
Agentes
Contexto social externo
No caso do processo de Pampilhosa da Serra, foram envolvidas no processo de auscultação 68
pessoas, residentes no Concelho ou que, residindo fora, com ele mantêm fortes ligações,
nomeadamente através da sua participação no movimento associativo.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
119
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
b) confrontação dos agentes com um conjunto de áreas-problema
Com base no diagnóstico efectuado e respectiva análise SWOT, foi construída uma “grelha de
áreas-problema” que pudesse cobrir todos os potenciais elementos de diagnóstico.
Quadro 51 - Áreas-problema sugeridas aos inquiridos no processo de auscultação dos actores e agentes
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
Acção e relacionamento dos agentes sociais, económicos e autárquicos
Apoio dos emigrantes (estrangeiro/País) aos familiares residentes no Concelho
Aproveitamento dos saberes dos idosos
Beleza das aldeias e vilas
Condições para a formação de novas famílias
Desenvolvimento agrícola
Desenvolvimento tecnológico e inovação
Desenvolvimento turístico
Diversificação da estrutura produtiva
Equipamentos e serviços culturais e desportivos
Equipamentos e serviços escolares
Equipamentos e serviços sociais (saúde, acção social)
Marginalização e exclusão social
Níveis de escolaridade e qualificação da população
Níveis de rendimento dos activos residentes
Oferta de serviços de apoio às empresas
Património histórico e arquitectónico
Posição geográfica (proximidade a Góis, Arganil, Fundão, Coimbra...)
Qualidade dos serviços públicos (saneamento básico, energia, telecomunicações)
Recursos hídricos
Recursos minerais
Singularidade das paisagens
Sistema de transportes (acessibilidades internas e transportes públicos)
Situação e evolução do desemprego
Variedade de espécies vegetais e animais
Vida associativa e tradições sócio-culturais
Relativamente a esta grelha, foi pedido aos inquiridos que valorizassem a sua evolução passada
e futura entre “piorou” ou “será pior”, “não mudou” ou “não mudará” e “melhorou” ou “melhorará”.
O modelo conceptual associado à organização dos 26 temas antes enunciados teve em conta 5
grandes domínios de intervenção:
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
120
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
1) Economia – englobando as perspectivas de desenvolvimento das actividades agrícola e
turismo, a estrutura empresarial local, tanto do ponto de vista da sua composição e
estrutura, como das condições objectivas para o seu desenvolvimento (desenvolvimento
tecnológico, captação de investimentos e oferta de serviços de apoio) e, ainda, a
componente externa associada à sua capacidade de internacionalização.
2) Ambiente – neste âmbito, o ambiente é entendido, tanto do ponto de vista das condições
físicas (recursos naturais e ambientais), como das que se relacionam com a qualidade
de vida dos cidadãos (ordenamento do território e urbanismo, condições sociais e
qualidade dos serviços públicos).
3) Equipamentos e infraestruturas – este domínio engloba uma maior variedade de temas,
alguns a ele directamente ligados, como os equipamentos sociais, desportivos e
culturais e, outros, a ele ligados de forma mais ou menos indirecta, como é o caso do
sistema de transportes, em cuja composição a infraestrutura é apenas uma parte.
4) Emprego e formação – a inclusão de algumas das condições de empregabilidade17 dos
residentes (emprego/desemprego e qualificações), bem assim como o acesso ao ensino
e à formação, são os principais aspectos cobertos neste domínio.
5) Cooperação – a vida associativa, a constituição de parcerias e o relacionamento entre
os vários agentes locais, são os principais aspectos contemplados neste domínio.
O objectivo foi construir um modelo prospectivo que permitisse desenhar o Plano de Acção. Daí,
ter também sido pedido a cada um dos inquiridos que formulassem propostas associadas às
“áreas-problema” que consideravam mais relevantes (aquelas que mais pontuaram num outro
quadro onde se pedia explicitamente “pontue de 1 - menos importante - a 5 - mais importante os domínios onde considera ser fundamental investir “para que o Concelho de Pampilhosa se
desenvolva”).
Convém referir que quando confrontados com a proposição de acções concretas, os inquiridos
manifestaram, por vezes, dificuldades nessa concretização, pelo que surgem propostas de
acções que mais se identificam com objectivos ou com “desejos” do que propriamente com
formas de superar ou potenciar as debilidades ou fortalezas diagnosticadas pelos próprios. No
O conceito de empregabilidade relaciona-se, não apenas com o acesso ao emprego mas, também, com a
qualidade associada a esse emprego (níveis salariais, condições de progressão na carreira, estabilidade, acesso a
formação profissional, et.).
17
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
121
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
entanto, entendeu-se que era de manter toda a variedade de sugestões ou opiniões, todas elas a
seguir designadas como “propostas”.
Os dados recolhidos pelo inquérito foram tratados qualitativa e quantitativamente, após terem
sido introduzidos num ficheiro compatível com um Sistema de Gestão de Bases de Dados
(SGBD).
No conjunto dos inquéritos válidos foram apuradas 665 propostas. Este total foi classificado de
acordo com uma análise de conteúdo de cada uma delas, tendo em conta o tipo de intervenção
preconizada pelos inquiridos para responder ao objectivo subjacente a cada uma das
áreas-problema. Dessa análise resultou o apuramento de um conjunto de 617 propostas
minimamente válidas (apenas 48, e convém salientar isto, foram consideradas como “não sabe /
não responde”), correspondentes a 107 classes (1ª triagem) que foram posteriormente
agrupadas (após re-análise de cada proposta) em apenas 18 tipos, tendo em conta a similitude
das propostas neles enquadradas e respectivas frequências.
Quadro 52-A - 1ª triagem dos tipos de acções propostas pelos actores e agentes
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
Acções de dinamização
Acções de divulgação / campanhas de informação
Acções para a criação de emprego
Acessibilidades e serviços de transporte
Actividades cinegéticas e piscícolas
Actividades recreativas e de lazer
Adequação oferta/procura
Apetrechamento dos equipamentos culturais
Apoio ao associativismo
Apoio aos agricultores
Apoio às colectividades
Apoios ao associativismo
Aproveitamento turístico
Atracção de investimento
Atracção de investimento / incentivos
Atracção de investimentos / incentivos
Atracção/Incentivos ao investimento por parte dos emigrantes
Aumento da concorrência
Certificação de produtos
Circuitos de comercialização
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
122
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 52-B -1ª triagem dos tipos de acções propostas pelos actores e agentes (continuação)
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
Combate a incêndios
Conservação, protecção e valorização ambiental
Conservação, protecção e valorização do património
Construção de equipamentos
Construção de equipamentos de cultura e lazer
Construção de equipamentos de cultura, desporto e lazer
Construção de equipamentos desportivos
Construção de infraestruturas energéticas
Cooperação e parcerias
Criação de centros ou serviços para a recuperação e/ou reinserção social
Criação de cooperativas
Criação de cooperativas / associações de agricultores
Criação de cooperativas / associações de produtores
Criação de emprego
Criação de empresas
Criação de equipamentos de apoio ao ensino e formação profissional
Criação de equipamentos de saúde
Criação de equipamentos escolares
Criação de estruturas/órgãos de apoio ao desenvolvimento
Criação de estruturas/orgãos de apoio às empresas
Criação de gado
Criação de unidades hoteleiras
Criação de unidades hoteleiras / empreendimentos turísticos
Defesa da tradição
Descentralização e flexibilização dos serviços públicos
Desenvolvimento e ordenamento florestal
Diversificação e aumento da oferta de serviços de saúde
Eco-turismo
Empregabilidade
Ensino e formação profissional
Ensino e formação profissional
Equipamentos de apoio ao turismo
Equipamentos, infraestruturas e serviços económicos
Estudos
Falta de empresas
Fixação de imigrantes
Gastronomia / artesanato agro-alimentar
Incêndios / limpeza das matas
Incentivos
Incentivos / apoios ao empreendedorismo
Incentivos à fixação de jovens ou famílias
Incentivos a fixação de técnicos
Incentivos à fixação de técnicos
Incentivos à recuperação do edificado
Indústria extractiva
Infraestruturas de transporte e acessibilidades
Infraestruturas de transportes e acessibilidades
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
123
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 52-C - 1ª triagem dos tipos de acções propostas pelos actores e agentes (continuação)
68. Infraestruturas hidráulicas e de produção de energia
69. Inovação / energia
70. Integração social
71. Marketing territorial
72. Melhoria da oferta de serviços de saúde
73. Melhoria do ambiente / poluição
74. Melhoria dos equipamentos existentes
75. Melhoria dos serviços públicos / desburocratização
76. Níveis de empregabilidade
77. NS/NR
78. Ordenamento florestal
79. Ordenamento urbano
80. Pacotes turísticos
81. Pluriactividade
82. Práticas agrícolas
83. Preservação da paisagem
84. Promoção dos produtos locais
85. Protecção civil
86. Qualidade das paisagens
87. Qualidade do património histórico
88. Qualidade dos serviços públicos
89. Recuperação do edificado
90. Reestruturação fundiária
91. Reordenamento florestal
92. Repovoamento florestal
93. Repovoamento piscícola
94. Repovomento florestal
95. Saneamento básico
96. Saneamento básico e energia
97. Saneamento básico e telecomunicações
98. Selectividade do investimento
99. Serviços e actividades de apoio ao turismo
100. Serviços públicos
101. Telecomunicações
102. Telemática
103. Transportes públicos
104. Turismo em geral
105. Turismo rural
106. Turismo sénior
107. Valorização dos saberes locais
Do procedimento de classificação antes descrito resultou a identificação de grandes Medidas
que enformam o Plano de Acção. Cada Medida é constituída por uma tipologia definida a partir
dos conteúdos essenciais das propostas formuladas pelos actores e agentes inquiridos.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
124
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 53 - Áreas de Actuação (ordenadas de acordo com a frequência das referências – propostas apuradas)
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
Acções de divulgação / campanhas de informação
Atracção de investimento e melhoria / aumento do emprego
Construção/melhoria de equipamentos
Criação de estruturas/órgãos de apoio ao desenvolvimento
Desenvolvimento agrícola e promoção dos produtos locais
Eficiência dos serviços públicos administrativos
Estudos
Infraestruturas e serviços de comunicações
NS/NR
Ordenamento e gestão florestal e actividades cinegéticas
Ordenamento urbano
Promoção do associativismo e parcerias
Qualificação dos recursos humanos
Revitallização dos recursos humanos
Turismo
Valorização do património cultural
Valorização do património natural
Valorização do potencial energético
As áreas de actuação antes elencadas apresentam níveis de coerência e de articulação com os
domínios sugeridos aos inquiridos sistematizados no quadro 54.
Esse quadro deve ser lido em linha e em coluna. Em coluna, os inquiridos manifestaram, de
entre o conjunto de 26 áreas-problema sugeridas, aquelas que perceberam, mas agora tendo em
conta a sua capacidade de formular propostas, ou como principais “áreas de preocupação” ou de
“esperança” relativamente ao futuro do Concelho facto que, por sua vez, se traduz numa leitura
do mesmo quadro por linhas, onde surgem claramente os tipos acções que entendem ser
necessários para corrigir ou potenciar uma evolução, respectivamente, negativa ou positiva.
Deste modo, a parte a verde do quadro corresponde ao núcleo central onde se sobrepõem
domínios e áreas de actuação que podemos considerar prioritários, sendo que, por sua vez, a
parte a amarelo corresponde aos domínios mais relevantes para os inquiridos em termos de
evolução futura (positiva ou negativa), enquanto a parte a azul do mesmo quadro corresponde às
áreas de actuação que os inquiridos consideram mais importantes para a correcção ou
potenciação dessa evolução.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
125
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
31
32
2
1
10
2
2
2
14
5
25
6
3
2
1
1
2
2
1
19
2
1
21
2
8
20
19
15
15
11
9
7
6
617
2
1
2
1
22
3
2
1
1
1
7
4
1
1
28
11
1
11
1
7
1
27
3
1
1
1
2
4
10
3
10
1
12
2
1
5
3
2
2
7
10
1
1
1
3
15
1
1
1
14
1
7
2
5
1
1
65
56
53
45
40
37
37
33
29
28
22
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
126
2
1
15
3
10
5
3
3
1
10
2
1
7
3
1
3
1
68
3
1
2
1
18
13
9
8
Total
Acções de divulgação /
campanhas de informação
2
49
41
37
31
31
31
29
28
28
27
27
26
25
24
21
20
20
20
1
1
1
4
Eficiência dos serviços públicos
administrativos
Valorização do potencial
energético
Criação de estruturas/órgãos
de apoio ao desenvolvimento
Estudos
Valorização do património
cultural
Valorização do património
natural
Revitallização dos recursos
humanos
Desenvolvimento agrícola e
promoção dos produtos locais
Ordenamento e gestão florestal
e actividades cinegéticas
Qualificação dos recursos
humanos
1
Promoção do associativismo e
parcerias
3
1
Turismo
4
13
Ordenamento urbano
Construção/melhoria de
equipamentos
Desenvolvimento turístico
Condições para a formação de novas famílias
Beleza das aldeias e vilas
Acção e relacionamento dos agentes sociais, económicos e autárquicos
Desenvolvimento agrícola
Equipamentos e serviços sociais (saúde, acção social)
Variedade de espécies vegetais e animais
Diversificação da estrutura produtiva
Sistema de transportes (acessibilidades internas e transportes públicos)
Equipamentos e serviços escolares
Posição geográfica (proximidade a Góis, Arganil, Fundão, Coimbra...)
Recursos hídricos
Desenvolvimento tecnológico e inovação
Singularidade das paisagens
Oferta de serviços de apoio às empresas
Aproveitamento dos saberes dos idosos
Equipamentos e serviços culturais e desportivos
Níveis de escolaridade e qualificação da população
Qualidade dos serviços públicos (saneamento básico, energia,
telecomunicações)
Património histórico e arquitectónico
Situação e evolução do desemprego
Vida associativa e tradições sócio-culturais
Níveis de rendimento dos activos residentes
Marginalização e exclusão social
Apoio dos emigrantes (estrangeiro/País) aos familiares residentes no Concelho
Recursos minerais
Total
Infraestruturas e serviços de
comunicações
Áreas-problema / Tipos de acções
Atracção de investimento e
melhoria / aumento do emprego
Quadro 54 - Representatividade das referências apuradas por área-problema e tipo de proposta/objectivo/desejo formulados pelos inquiridos
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
2. FOCUS-GROUP EM PAMPILHOSA DA SERRA (15 de Janeiro de 2005)
Na primeira parte da sessão de trabalhos18 participaram 21 agentes locais, distribuídos
respectivamente pelas seguintes 4 categorias: associações e IPSS com sede no concelho (3),
políticos, como o presidente da Câmara Municipal e presidentes de Junta e vereadores (5),
residentes fora do Concelho, membros da Comissão de Organização do Congresso - COC (8) e
empresas do Concelho (5). Na segunda sessão de trabalhos participaram 25 agentes
(Quadro 55), dos quais 5 empresários, 3 associações, 9 políticos e 8 residentes fora do concelho
e membros da COC.
Quadro 55 – Participantes segundo o tipo de instituição
Tipo de instituição
N.º
Associações e IPSS com
sede no Concelho
Políticos
Residentes fora do
concelho (COC)
Empresas
Total
3
9
8
5
25
Dos 5 obstáculos ao desenvolvimento tidos em consideração (vide Quadro 56) – (1) políticas
públicas/envolvente externa, (2) acessibilidades, (3) equipamentos e serviços sociais, (4)
estrutura empresarial, actividades e emprego e (5) recursos humanos e características da
população residente – os que tiveram maior peso percentual de respostas concentraram-se em
dois domínios, nomeadamente 52% do total de respostas em obstáculos que remetem para a
estrutura empresarial, actividades e emprego e 33% para os recursos humanos e características
da população residente. Os restantes 14% das respostas reportam-se a questões de
acessibilidades. Atente-se para a ausência de respostas nos domínios das políticas públicas/
envolvente externa e em equipamentos e serviços sociais.
18
Programa no anexo 3 deste estudo.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
127
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 56 – Respostas segundo os obstáculos considerados
OBSTÁCULOS
Nº respostas
%
1
Políticas públicas / envolvente externa
0
0
2
3
Acessibilidades
Equipamentos e serviços sociais
Estrutura empresarial, actividades e
emprego
Recursos humanos e características da
população residente
3
0
14
0
11
52
7
33
Total de Votos
21
100
4
5
No tocante às vantagens ou trunfos locais fruto das suas características endógenas,
consideraram-se 6 domínios (vide Quadro 57): (1) cultura e tradição, (2) recursos naturais e
ambiente, (3) recursos económicos endógenos, (4) recursos energéticos, (5) posição
geoestratégica, e (6) qualidade das pessoas. Do total de domínios em apreço, as respostas
focaram-se essencialmente em 5 domínios, tendo maior peso percentual (71%) o domínio dos
recursos naturais e ambiente, seguido de 10% para ambos os itens recursos energéticos e
qualidade das pessoas e de 5% para cultura e tradição bem como para recursos económicos
endógenos. Note-se a ausência de respostas para a questão da posição geoestratégica.
Quadro 57 – Respostas segundo o conjunto de vantagens consideradas
VANTAGENS
Nº respostas
1
Cultura e Tradição
2
Recursos Naturais e Ambiente
3
%
1
5
15
71
Recursos Económicos
Endógenos
1
5
4
Recursos Energéticos
2
10
5
Posição Geoestratégica
0
0
6
Qualidade das Pessoas
2
10
21
100
Total de Votos
No que concerne a possíveis causas para os obstáculos enunciados, os participantes apontaram
genericamente:
•
Falta de investimento no Interior desde o Estado Novo, sendo causa inicial para todos os
obstáculos e consequentemente conduzindo a um despovoamento e induzindo na falta
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
128
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
de votos, ou seja, políticas centrais que resultaram em desinvestimento; Falta de
representatividade do Interior nos órgãos de soberania;
•
Falta de cooperação/coordenação e interesse
•
Falta de emprego;
•
Baixo grau de escolaridade
•
Êxodo da população (para o estrangeiro e para os grandes centros urbanos)
•
Incêndios;
•
Litoralização.
Para ultrapassar os obstáculos supracitados os participantes propuseram diferentes linhas de
intervenção conforme quadro 58, o mesmo se passando no tocante às vantagens, já que os
participantes elaboraram propostas para potenciar os trunfos (leia-se vantagens) do concelho
(vide Quadro 59).
Quadro 58 – Propostas para ultrapassar obstáculos
TIPO DE PARTICIPANTE
OBSTÁCULOS
Políticas públicas/ envolvente externa
Acessibilidades
POLÍTICOS
ASSOCIAÇÕES e IPSS com sede no
Concelho
EMPRESAS
Desenvolver uma acção de marketing
para promover o concelho no exterior.
Diminuição de carga fiscal (IMI, IMT, IRC,
Derrama).
Estrada estruturante entre Coimbra e
Ligação Coimbra-Fundão com
Fundão, cruzando o concelho da
Assegurar boas ligações aos centros
características de IC; Rectificação do
Pampilhosa da Serra, com o objectivo
urbanos mais próximos (Coimbra, Castelo
troço que faz ligação entre Pampilhosa da
de fazer a ligação a Espanha
Branco e Fundão).
Serra e Pedrógão Grande até ao IC8.
(Cáceres) à Figueira da Foz.
Recursos humanos e características da
população residente
Construção de via rápida (CoimbraFundão), variante ao IC8.
Descentralizar a assistência médica às
freguesias; incentivos à fixação de
médicos; ambulâncias móveis com vista à
realização de rastreio médico junto das
populações por freguesia - campanhas de
medicina preventiva.
Equipamentos e serviços sociais
Estrutura empresarial, actividades e
emprego
RESIDENTES FORA DO CONCELHO
(COC)
Desenvolver estratégias empresariais,
sectoriais para as activiaddes económicas
com maior potencial, de forma a
Criação de cursos técnico-profissionais
Incentivos a quem pretende investir no
incentivar o associativismo entre
interior do país, com isenção de encargos
vocacionados para o mercado
empresas/empresário/investidores
e
nível
regional/local;
incentivar
o
associativismo
de segurança social, IRC, IRS, com
Criar um ou mais regime(s) de
comercial/empresarial.
evidente discriminação positiva.
excepção, como por exemplo a nível do concelho e inter-concelhio; pressionar
fiscal, incentivos à fixação de técnicos a criação de incentivos fisais e financeiros
de
apoio
à
criação
de
empresas
na
área.
especializados, majoração de
incentivos ao empreendedorismo.
Aproveitamento do factor
envelhecimento da população, com
criação de sinergias de modo a não
Proposta para fixação da população:
desenraizar os idosos. Reformulação do
instalar escola profissional vocacionada
ensino com a criação de cursos que
para o desenvolvimento de actividades
constituam saídas profissionais para as
empresariais potenciais (turismo, produtos actividades económicas da região (ensino
endógenos, etc).
por medida para os jovens); garantia de
postos de trabalho qualificados (escolas,
segurança social); estabilidade no
emprego.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
129
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 59 – Propostas para potenciar as vantagens
TIPO DE PARTICIPANTE
VANTAGENS
POLÍTICOS
Cultura e Tradição
Maior divulgação e sistematização dos
usos e costumes, confecção e fabrico
de enchidos, queijos, medronho, mel,
broa, filhós, bombos, folclore, rendas e
linho, as mantas de fitas, trabalhos em
madeira (bonecos), rodilhas, etc.
Recursos Naturais e
Ambiente
Criação de sinergias com os diferentes
parceiros económicos para a
implementação e desenvolvimento do
turismo a vários níveis, pelo
aproveitamento dos seus recursos.
ASSOCIAÇÕES e
IPSS com sede no
Concelho
RESIDENTES FORA DO
CONCELHO (COC)
EMPRESAS
Em associação com as infraestruturas hoteleiras, procurar
desde já modos de vender a
Criação de rotas inter-concelhias e imagem do concelho (capital
turísticas fluviais.
do sossego, ar puro, etc.);
criação de infra-estruturas de
hotelaria em locais estratégicos
do concelho.
Recursos Económicos
Endógenos
Certificação de produtos
endógenos (aguardente, cabra,
ervas aromáticas, medronho,
azeite, vinho e licores). Criação de
Floresta: criar condições para
empresa com vista ao escoamento
reordenamento e gestão
dos produtos locais junto de
florestal agrupamento a
"colónias pampilhosenses" em
propriedade, evitando
Lisboa, Luxemburgo e França.
incêndios e incrementando a
Levantamento, preservação e
rentabilidade dos recursos.
calendarização das tradições do
concelho, com vista ao seu
aproveitamento turístico e reforço
da identidade local.
Recursos Energéticos
Implementação de indústrias
das energias alternativas
(hídrica, eólica e biomassa).
Posição Geoestratégica
Qualidade das Pessoas
Mercado da 3ª idade:
aproveitamento das
potrencialidades do turismo sénior;
captação de investimento em
serviços relacionados com a 3ª
idade (construção de lares de
idosos, centros de saúde com
novas técnicas e medicinas
alternativas).
Pré-proposta
Como é sabido os vectores potenciais de desenvolvimento do concelho de Pampilhosa da Serra
prendem-se sobretudo com a água, a floresta e o turismo. Neste sentido, e segundo os participantes,
através da figura 56 que permite fazer a leitura cruzada da importância/peso atribuída/o a cada variável
(água, floresta e turismo) considerada como vantagem para o efeito, constata-se que:
•
O turismo e a floresta são as variáveis consideradas como grandes trunfos do concelho;
•
Dos 4 conjuntos de participantes, as respostas foram distribuídas de forma substancialmente
diferente pelas 3 variáveis em apreço. De facto, no grupo dos políticos as respostas
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
130
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
distribuíram-se de forma variada pelos 3 domínios, apesar do maior peso nas questões do
turismo e da água; as respostas do grupo dos residentes fora do concelho (COC), a par das
das associações e das empresas, tenderam mais para os domínios do turismo e da floresta.
Não obstante, verifica-se um conjunto de respostas que, pela sua posição central no gráfico,
indicam um peso semelhante atribuído às 3 variáveis consideradas.
Figura 56 – Sistematização das respostas segundo os 3 domínios
TURISMO
ÁGUA
FLORESTA
Políticos
Residentes fora do concelho (COC)
Associações e IPSS com sede no Concelho
Empresas
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
131
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
PARTE IV – PLANO DE ACÇÃO
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
132
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
EIXO A – ACTIVIDADES ECONÓMICAS E PROMOÇÃO DO EMPREGO
O Concelho de Pampilhosa da Serra, relativamente às questões do emprego e das actividades
económicas, apresenta uma situação caracterizada, entre outros aspectos, por: (i) base
económica débil, tanto em termos qualitativos como quantitativos; (ii) fraca capacidade de
regeneração do emprego; (iii) obstáculos estruturais ao empreendedorismo.
Deste modo, justifica-se a adopção de um eixo estratégico de desenvolvimento que tenha em
vista promover a atracção de investimento e a melhoria do emprego, não só no sector industrial,
como também naqueles que sendo tradicionais (agricultura e floresta), devem merecer alguma
atenção do ponto de vista da sua modernização e complementaridade com as actividades
turísticas, entendidas como uma oportunidade para um novo ciclo de desenvolvimento do
Concelho.
Sendo fraca a actual capacidade de atracção de investimento por parte do Concelho,
entende-se ser necessária uma maior intervenção do sector público, tanto no que respeita à
disponibilização de apoios e incentivos aos empresários, como à promoção da imagem do seu
território.
O aproveitamento dos recursos endógenos numa óptica da sua valorização e afirmação da
diferença é uma fileira que deve ser explorada no seguimento dos exemplos, apesar de
reduzidos, que já hoje se verificam, com particular destaque para a produção queijeira e à
madeira e o potencial associado ao mel, ao medronho, ao linho e às rochas ornamentais.
Entende-se fundamental proceder a um reordenamento florestal que, por um lado, acautele a
ocorrência de incêndios ou minimize os seus efeitos indesejáveis e, por outro, articule a
importância económica da produção florestal enquanto actividade já hoje geradora de
rendimentos, com a manutenção de uma beleza paisagística conforme, por sua vez, com a
necessidade de promoção do turismo.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
133
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida A.1 - Atracção de investimento e melhoria / aumento do emprego
Tipologia de Acções:
•
Criação de incentivos à fixação de empresas, particularmente dirigidos para jovens
empresários
•
Acções para a criação de emprego relacionado com o aproveitamento dos recursos locais
•
Acções para a atracção de investimento veiculado pelos emigrantes
•
Promoção de actividades industriais ligadas à extracção de rochas ornamentais
•
Acções para a promoção da estabilidade no emprego
•
Acções de Marketing territorial para a captação de investimento
•
Promover a complementaridade entre actividades / pluriactividade
•
Selectividade do investimento
Propostas dos actores/agentes:
Criação de postos de trabalho (indústria de lacticínios, pastorícia, terrenos existentes para pastagens, apicultura,
suinicultura, limpeza de floresta, actividade cinegética, cultivo de medronho para fabrico de aguardente).
Criação de pequenas empresas, ligadas ao artesanato e tradições.
Estimular a criação de empresas ligadas à floresta (incluindo a indústria), ao turismo e às energias renováveis.
Isentar as empresas de pagamento de IRC nos próximos 10 anos e pagamento de 50% nos 10 anos seguintes.
Arranjar terrenos para a sua instalação e pedir junto do poder central, ajudas fiscais e subsídios a fundo perdido.
Motivar os grandes empresários do país, oriundos do concelho, para a solidariedade com os seus conterrâneos,
investindo no concelho.
Cativar emigrantes a investir no concelho.
Criação de bolsas de emprego municipal e regional
Incentivar a criação de micro-empresas de âmbito familiar, que obtenham alimentos, bebidas e produtos
tradicionais (como por exemplo, cabritos, enchidos, queijos, aguardente de medronho, mel, etc.). Em alternativa
uma unidade industrial de regime associativo tipo Cooperativa de Produção do tipo Lagar/Destilaria, que
produzisse azeite, aguardente de medronho e de mel, vinho, bagaço, queijo, etc.
Criação de fábrica de papel.
Maior apoio das autarquias às empresas, através de incentivos financeiros e apoio técnico à exploração dos
produtos típicos da região (mel, aguardente, queijo, etc.).
Identificação de verbas de apoio (caso haja) e tempos de espera de pagamentos. Empréstimos a juros
bonificados.
Publicidade ao concelho através dos meios de comunicação social.
Sem níveis de rendimento aceitáveis não se fixa qualquer população, é necessária rendimentos de qualidade para
mão de obra de qualidade.
Para as pessoas irem das cidades para o interior terá que haver incentivos e o dinheiro é um incentivo
fundamental. Quem está no concelho pode ser incentivado e desenvolver actividades complementares de
prestação de serviços à comunidade.
Empresários que apostem nos recursos naturais e construção civil.
A estrutura produtiva terá de ser seleccionada e há que escolher os sectores de investimento.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
134
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida A.2 - Desenvolvimento agrícola e promoção dos produtos locais
Tipologia de Acções:
•
Promoção dos produtos locais
•
Apoios aos agricultores
•
Certificação de produtos
•
Circuitos de comercialização
•
Criação de cooperativas / associações de agricultores
•
Incentivos à criação de gado caprino
•
Melhoria das práticas agrícolas
•
Reestruturação fundiária
Propostas dos actores/agentes:
Desenvolver as culturas tradicionais, assim como a apicultura, caprinicultura e todas as actividades
ligadas à terra através de incentivos financeiros aos agricultores e/ou promoção de seus produtos
facilitando o seu escoamento e criando uma imagem de marca de qualidade.
Incentivar a criação de micro-empresas de âmbito familiar, que obtenham alimentos, bebidas e produtos
tradicionais (como por exemplo, cabritos, enchidos, queijos, aguardente de medronho, mel, etc.). Em
alternativa uma unidade industrial de regime associativo tipo Cooperativa de Produção do tipo
Lagar/Destilaria, que produzisse azeite, aguardente de medronho e de mel, vinho, bagaço, queijo, etc.
Criar associações ou cooperativas para proporcionar formação e unir agricultores, modernizar o
equipamento e possibilitar o escoamento dos produtos.
Potenciar o pinheiro, castanheiro, cerejeira, etc.; apostar no gado caprino.
Promover a agricultura biológica, aproveitar as técnicas tradicionais, anteriores aos químicos.
Plantações especiais adequadas à zona.
Não sendo o melhor local para o desenvolvimento agrícola, pode desenvolver-se uma agricultura
específica e de quantidade reduzida.
Incentivo à produção daquilo que é único ou diferente (ervas; medronho; azeite). Incentivo ao
emparcelamento (campanhas de esclarecimento e sensibilização).
Apostar na produção de artigos característicos da região (o mel, queijo de cabra, castanhas).
Promover espécies alóctones mas adaptadas ao meio (citrinos, kiwis, e diospiros).
A câmara investir na compra de terrenos baldios, criar grupos de pessoas interessadas em trabalhar a
terra.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
135
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida A.3 - Desenvolvimento turístico
Tipologia de Acções:
•
Diversificação da oferta turística
•
Criação de unidades hoteleiras e de empreendimentos turísticos
•
Equipamentos, serviços e actividades de apoio ao turismo
Propostas dos actores/agentes:
Criação de circuitos / provas de navegação. Criação de provas de pesca emblemáticas.
Promoção do potencial lúdico e recreativo associado aos planos de água do Concelho (melhorar e criar
novas praias fluviais, desportos náuticos, pesca, desportos radicais). Em particular, aproveitar o leito do
rio Unhais para actividades lúdicas; povoamento de peixes de água doce na barragem de Santa Luzia e
promoção de concursos de pesca.
Diversas albufeiras, represas, etc., poderiam servir para, criação de peixe, irrigação.
Criação de roteiros turísticos (incluindo rotas para eco-turismo) e miradouros para observação da
paisagem e montanhas.
Criar unidades hoteleiras e empreendimentos turísticos de qualidade, incluindo novos parques de
campismo. Em particular, construção de duas unidades hoteleiras de boa qualidade: 1ª Para 100
pessoas, na zona da barragem de santa Luzia, 2ª Com capacidade para 60 pessoas, na denominada
zona das Varandas do Zêzere (Vale Porco - Trinhão, Vilar da Amoreira, etc.). Desenvolvimento local de
diversas actividades (passeios pedestres, em jeeps, rota dos moinhos de água, idas à pesca de achigã
ou outras espécies, idas a locais culturalmente interessantes na região sob o ponto de vista de lendas,
mitos, etc.).
Criação de alojamento disperso pelas aldeias, numa lógica de turismo rural, agro-turismo e eco-turismo.
Mais restaurantes, gastronomia regional, residenciais nas aldeias divulgar o turismo rural.
Apoio a iniciativas que levem pessoas ao concelho (mais e melhores). Restaurantes e mais residenciais
de aldeias.
Criação de circuitos temáticos (religioso, património civil, património histórico, património natural).
Criação de uma agência de promoção do turismo pampilhosense.
Criação de circuitos turísticos direccionados para turismo radical, turismo jovem, turismo de meia idade e
turismo sénior (com actividades TT, passeios a cavalo, etc.).
Aproveitamento de gruta localizada no ribeiro de Carvalho, entre Pezão e vale de Ansiães.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
136
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida A.4 - Ordenamento e gestão florestal e actividades cinegéticas
Tipologia de Acções:
•
Desenvolvimento e ordenamento florestal
•
Actividades cinegéticas e piscícolas
•
Combate a incêndios
•
Repovoamento florestal
Propostas dos actores/agentes:
Desenvolvimento e ordenamento das florestas, apoiando os pequenos proprietários de terrenos ou
criando parcerias de desenvolvimento com coordenação autárquica.
Fomentar a plantação de cerejeiras e medronheiros, nas encostas de clima mais suave, em particular
junto aos rios e albufeiras que banham o concelho. "Proibir" a plantação de mais eucaliptos e a
eliminação progressiva dos existentes até níveis aceitáveis nos próximos 15 anos.
Estimular a plantação de oliveiras
Continuar a manter a caça desportiva ao javali.
Criar condições para introdução de "novas" espécies vegetais (rentáveis) para começar a desencorajar a
plantação de eucaliptos. Reforçar as actividades de criação de gado (cabra) e cinegéticas (patos bravos,
perdiz, javali e lebre, eventualmente criados em viveiro).
Aquacultura (trutas).
Trabalho sério na luta contra os incêndios florestais (construção de aceiros e limpeza das matas).
Preservar a floresta e planear reflorestação.
O ordenamento e a variedade de espécies vegetais adequadas ao risco de incêndio traria benefícios em
diversas vertentes do desenvolvimento.
Reordenamento florestal e zoológico, através do planeamento que recupere espécies autóctones e
introduza outras que sejam adequadas ao meio.
Plantação de pinhal, castanheiros e outras arborizações adequadas aos solos da região.
Reflorestar as serras com as espécies tradicionais: carvalhos, castanheiros, nogueiras, aveleiras e
amendoeiras.
O reordenamento florestal passa pela criação de modelos associativos e/ou cooperativos que envolvam
os proprietários. Sem isso continuarão os incêndios e os desequilíbrios ambientais que porão em causa a
grande riqueza do concelho que é a sua paisagem.
Interditar o plantio de eucaliptos, promover o plantio de folhosas.
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PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
EIXO B – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO TERRITÓRIO
O ordenamento urbanístico e a oferta de equipamentos, serviços e infraestruturas de qualidade
é uma das condições necessárias, tanto para o aumento da atracção de novas actividades ou
pessoas (nomeadamente turistas e visitantes), como para a promoção da qualidade de vida dos
residentes (actuais e futuros).
Pesem embora os investimentos mais ou menos recentes na melhoria das infraestruturas
viárias, verificam-se ainda algumas áreas de intervenção que merecem ser reforçadas
(incluindo-se também aqui as acções direccionadas para a melhoria dos serviços de transporte).
O mesmo se passa relativamente à oferta de equipamentos, situação que não sendo das mais
problemáticas comparativamente a outros municípios do País, também carece de um apoio
acrescido, sobretudo tendo em conta o progressivo envelhecimento da população e, daí, a
necessidade de fixar/atrair população mais jovem/activa. Neste particular, emergem como
relevantes, alguns investimentos relacionados com o aumento da qualidade da oferta nas áreas
do ensino, da cultura, do desporto e da integração social.
Também importa salientar que nas actuais condições de desenvolvimento, a competitividade do
Concelho poderá ser incrementada através do reforço das infraestruturas e serviços
telemáticos.
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138
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Medida B.1 - Infraestruturas e serviços de comunicações
Tipologia de Acções:
•
Infraestruturas de transporte e acessibilidades
•
Telecomunicações e serviços telemáticos
•
Sistema de transportes públicos
Propostas dos actores/agentes:
Recuperação de algumas redes de comunicação: a zona localizada entre o Machio de baixo e a Foz de
Alvares tem condições interessantes.
Diligenciar junto das entidades oficiais a nível governamental, no sentido de os sensibilizar para a
necessidade de criação duma via rápida entre Coimbra e Castelo Branco que passe próximo de
Pampilhosa da Serra, único meio efectivo para combater a interioridade nesta região.
Construção de novas ligações às cidades mais próximas e recuperação de estradas já existentes, como
foi o caso recente da estrada 112 (direcção da Lousã).
Novas e melhores vias de comunicação para ligação a Coimbra e Fundão.
Rectificar a estrada do Vento à Lousã e criar um IC da Pampilhosa ao Fundão.
Precisamos de uma boa estrada da portela do Vento à Lousã. Melhor ainda, uma via rápida da Figueira
da Foz a Castelo Branco.
Recuperação da parte sul da EN 344.
Dar continuidade ao IC8 ligando Pampilhosa da Serra, Fundão, Castelo Branco e Coimbra.
Melhorar o estado das estradas entre aldeias e sede e criar carreiras que façam as ligações internas
(incluindo locais estratégicos para o desenvolvimento).
Assegurar o fornecimento de Internet em banda larga (informatização das aldeias). Assegurar a cobertura
total da rede telefónica móvel.
Iniciar ensaios de telemedicina com as aldeias mais distantes.
Contratar uma empresa transportadora ou a autarquia adquirir viaturas e efectuar o transporte público
essencial.
Utilização de mini-autocarros das freguesias para o concelho (no mínimo com uma frequência de 2 a 3
vezes por semana). Incentivar o uso dos transportes públicos em detrimento do automóvel pessoal.
Assegurar o transporte de passageiros entre grandes centros e o nosso concelho.
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Medida B.2 - Ordenamento urbano
Tipologia de Acções:
•
Incentivos à recuperação do edificado
•
Ordenamento urbano
•
Recuperação do edificado
•
Saneamento básico, energia e telecomunicações
Propostas dos actores/agentes:
Facilitar a reconstrução de casas degradadas e criar incentivos como a redução de custos de licenciamento.
Criar incentivos à manutenção e recuperação de habitações tradicionais, por forma a não descaracterizar as
aldeias.
Maior fiscalização na construção de novas habitações e a criação de um modelo arquitectónico típico desta região
(construção em xisto).
Facilitar a recuperação de imóveis com critérios de bom senso, manter pelo menos os caminhos camarários junto
às aldeias, de modo a possibilitar aos proprietários dos prédios circundantes a limpeza e manutenção dos mesmos.
Incentivar o uso de materiais endógenos (xisto, pinho) nas habitações; preservação das tradicionais linhas
arquitectónicas; cuidado e manutenção dos arruamentos
A descaracterização de muitas aldeias, com a proliferação das segundas habitações e outras construções sem um
mínimo de regras de preservação da identidade concelhia prejudica e pode inviabilizar o desenvolvimento turístico.
Embelezar as aldeias com infra-estruturas (miradouros, casa convívio, parques e jardim, etc.).
Recuperar os edifícios degradados. Fazer novos arruamentos, criar espaços verdes bem ajardinados.
Preservar a beleza e as características inerentes a cada região chama o turismo que traz progresso e
desenvolvimento.
Investir na recuperação das aldeias, nos edifícios característicos das aldeias da Serra.
Recuperar muitas aldeias com habitações de pedra em ruínas.
Recuperar os edifícios mais antigos existentes em algumas aldeias, recuperar os velhos moinhos de água, apoiar a
recuperação das igrejas do concelho.
Criar condições de modo a tornar as nossas aldeias mais bonitas, limpando as ruas, demolir casas em adiantado
estado de desmoronamento (Há muitas em todas as Aldeias), Investir no Saneamento Básico (continua a não
Haver), etc.
Apostar na criação de saneamento em aldeias com carências (ex. do Coelhal e do Machio de Baixo).
Garantir o abastecimento de água de qualidade a todas as aldeias.
Deve ser redefinido o saneamento básico a nível de cada aldeia, com a colaboração das Juntas de Freguesia e
Comissões de Melhoramentos, pois sem isso não haverá desenvolvimento turístico. As energias alternativas
também devem ser potenciadas.
Cobrir o concelho com rede telemóvel, efectuar o saneamento e tratamento dos resíduos em todo o concelho.
Renovação das canalizações de abastecimento de água (a rede de abastecimento de água é parcialmente
composta por tubos com amianto que se estão a desfazer, em virtude de estarem à beira de atingir o dobro do
prazo de validade previsto).
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140
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Medida B.3 - Construção/melhoria de equipamentos
Tipologia de Acções:
•
Construção de equipamentos culturais
•
Construção de equipamentos desportivos e outros de recreio e lazer
•
Criação de centros ou serviços para a recuperação e/ou reinserção social
•
Criação de equipamentos de apoio ao ensino e formação profissional
•
Criação de equipamentos de saúde
•
Diversificação, melhoria e aumento da oferta de serviços de saúde
•
Criação de equipamentos escolares
•
Equipamentos, infraestruturas e serviços económicos
•
Melhoria dos equipamentos existentes
Propostas dos actores/agentes:
Criação de estruturas de apoio à infância e juventude, de lazer e ocupação de tempos livres.
Uma sala para teatro, cinema e outras actividades culturais.
Criar mais equipamentos culturais e desportivos.
Criar estruturas de reinserção social (apoio a toxicodependentes, serviços funcionais, etc) aliviando os centros
urbanos e criando postos de trabalho nos sítios de implantação.
Centros de apoio aos estudantes
Combater o analfabetismo, e criação de centros escolares para adultos.
Criação de posto de consulta em todas as aldeias com mais de 20 habitantes
Criar um bom hospital com bons recursos humanos e materiais. Investir na formação do pessoal auxiliar, que
continua a ter fraca qualidade.
Mais e melhor equipamento escolar, biblioteca, cantina e lar para alunos e professores.
Reforço das capacidades/competências do Hospital (pelo menos com um serviço de Raio X e análises clínicas, e
algumas especialidades médicas) e das consultas prestadas nas Juntas de freguesia.
Criação de pólos industriais vocacionados para os mercados local, regional e nacional (ex.: construção civil,
“mercado da saudade”).
Melhorar a qualidade de assistência médica no Centro de Saúde de Pampilhosa da Serra e melhorar o transporte de
doentes.
Uma carrinha com uma equipa médica a percorrer o concelho seria exequível e muito bem aceite.
Garantir condições de qualidade das várias piscinas fluviais existentes no concelho e melhorar as suas
acessibilidades.
Apetrechamento moderno dos estabelecimentos de ensino (informática, sistemas de aquecimento...).
Melhorar as condições do lar existente por forma a albergar mais pessoas.
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141
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EIXO C – CAPITAL HUMANO E SOCIAL
A actual falta de sustentabilidade demográfica que coloca Pampilhosa da Serra numa situação
dramática do ponto de vista do futuro desenvolvimento social e económico, exige medidas
imediatas para a sua inversão. Neste sentido, propõem-se acções tendo em vista a criação de
condições para o rejuvenescimento ou revitalização dos recursos humanos, assim como para o
aumento da qualidade do capital humano e social, em geral.
A valorização do património cultural, entendido como a totalidade dos valores, saberes e bens
construídos herdados, de importância inter-geracional, assume-se hoje em dia como uma
mais-valia essencial para o desenvolvimento a todas as escalas territoriais, estando por isso
contemplada neste eixo estratégico.
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Medida C.1 - Qualificação dos recursos humanos
Tipologia de Acções:
•
Ensino e formação profissional
Propostas dos actores/agentes:
Com a população escolar quase inexistente, deve dar-se aos alunos as melhores das condições (onde o
desinteresse e o abandono escolar são altíssimos, há que criar incentivos criativos que possam
interessar os alunos; repensar os métodos de ensino dos docentes desta zona) e, por outro lado,
alfabetizar os mais idosos.
Trazer para o Concelho o ensino superior.
Investir na formação pessoal e social dos diversos agentes.
Criação de centro de artesanato onde os idosos assumam o papel de formadores.
Incentivar o uso das novas tecnologias logo nas escolas.
Criação de escolas profissionais e tecnológicas.
Assegurar o transporte escolar diário.
Criar condições para fixar professores (a nova residência de estudantes dispõe de excelentes condições
e alguns aposentos para professores) e motivá-los para o incentivo da auto-estima dos jovens.
Criação de escolas profissionais e tecnológicas.
Assegurar a permanência do ensino secundário (até ao 12º ano). Criação de cursos com forte
componente técnico profissional. Criação de centro de estudos para os estudantes. Criação de bolsas
de estágio com as empresas locais e regionais
Escola para idosos.
Criação de escola de formação profissional em áreas a identificar.
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143
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Medida C.2 - Revitalização dos recursos humanos
Tipologia de Acções:
•
Fixação de imigrantes
•
Incentivos à fixação de jovens ou famílias
•
Incentivos à fixação de técnicos
•
Integração social
Propostas dos actores/agentes:
Criar condições para a fixação de imigrantes estrangeiros e retornados. Proporcionar a integração dos
emigrantes e familiares e facilitar a sua integração nas comunidades de origem, promovendo o
investimento.
A CM deveria criar um programa de apoio a jovens pampilhosenses que aqui se queiram fixar, criando
bolsas a fundo perdido e prémios a quem ali casar e tiver filhos, que se podem manifestar na ajuda à
compra de casa, à empregabilidade, etc..
Subsidiar as novas famílias que se queiram instalar no Concelho (arranjar casas devolutas e se possível
trabalho).
Criação de emprego; diminuição da carga fiscal (IMT e IMI); incentivos à fixação (subsídios escolares, de
transporte).
As novas tecnologias chamam as camadas mais novas da população que com condições equivalentes às
das cidades se fixam nas suas terras de origem ou dos seus antepassados.
Fixar técnicos criando-lhes condições para se poderem afirmar.
Os mais idosos podem ser envolvidos nas actividades culturais (folclore, artesanato, gastronomia, etc.).
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144
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Medida C.3 - Valorização do património cultural
Tipologia de Acções:
•
Conservação, protecção e valorização do património
•
Gastronomia / artesanato agro-alimentar
•
Qualidade do património histórico
Propostas dos actores/agentes:
Protecção das igrejas e capelas (adesão ao “programa igreja segura”); criação de um fundo
próprio para comparticipação nas obras.
Aproveitamento de moinhos e lagares; aplicação de subsídios em museus.
Defesa das casas de pedra ou de xisto. Particular atenção às inúmeras capelas que existem no
concelho e criação de um roteiro a ser disponibilizado pelos serviços de turismo.
Restauração de monumentos.
Criação de pólos de interesse/atracção de visitantes ou turistas. Por exemplo, explorar algumas
grutas e "buracos" que têm lendas associadas.
Defender e valorizar os valores culturais das populações.
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145
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EIXO D – AMBIENTE NATURAL E ENERGIA
A conservação, protecção e valorização do ambiente e recursos naturais constitui-se como uma
vertente essencial para a viabilização de dois grandes objectivos: (i) a qualidade de vida das
populações; (ii) a promoção do desenvolvimento económico sustentável.
No caso do concelho de Pampilhosa da Serra, o potencial paisagístico e a sua relativa
preservação, justificam medidas específicas que garantam a sua correcta integração com, por
exemplo, a promoção do desenvolvimento turístico.
As condições naturais do Concelho são propiciadoras para a promoção e diversificação da
exploração de energias renováveis, mas estas devem ser encaradas na dupla óptica do
acréscimo de rendimentos dos residentes e da minimização de efeitos negativos sobre a
qualidade paisagística e ambiental.
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146
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Medida D.1 - Valorização do património natural
Tipologia de Acções:
•
Conservação, protecção e valorização ambiental
•
Melhoria do ambiente / poluição
•
Preservação da paisagem
•
Promoção dos produtos locais
•
Qualidade das paisagens
•
Repovoamento piscícola
Propostas dos actores/agentes:
Conservar os habitats naturais e preservar as espécies animais e vegetais através de um
controle rígido para impedir o seu desaparecimento.
Reintroduzir espécies entretanto desaparecidas ou repovoar os rios e ribeiros com as espécies
piscícolas próprias da zona.
Aproveitamento dos cursos de água, protecção das nascentes e limpeza das margens e leito,
com destaque para a despoluição do rio Zêzere
Medidas de minimização dos processos de eutrofização das albufeiras, nomeadamente através
de um correcto tratamento de efluentes.
Acautelar a colocação de postes de electricidade, aerogeradores, antenas, abertura de aceiros
e estradões.
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147
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Medida D.2 - Valorização do potencial energético
Tipologia de Acções:
•
Infraestruturas hidráulicas e de produção de energia
•
Inovação / energia
Propostas dos actores/agentes:
Construir nova barragem em Machio.
O rio Unhais pode ser melhor aproveitado para produção de energia (uma, ou várias pequenas
barragens).
Criação de uma mini-hídrica no local denominado Vale de Freixo, ou Sobreira Gorda no Rio
Unhais, podendo abastecer várias aldeias da margem direita e esquerda a jusante de
Pampilhosa
Produção de energia eólica ou de energias renováveis, em geral.
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148
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
EIXO E – ENQUADRAMENTO INSTITUCIONAL
Tendo por referência a longa tradição regionalista e os seus efeitos directos na melhoria das
condições socioculturais do Concelho, e para que se materialize o sucesso das intervenções
enquadradas nos eixos estratégicos A, B, C e D, nunca é de mais apostar-se no reforço e
diversificação das parcerias e colaborações entre sectores público e privado, entre instituições
do terceiro sector e da economia, em suma, entre actores e agentes de desenvolvimento. Neste
âmbito, é também proposta a criação de organismos/estruturas de apoio ao desenvolvimento
que consubstanciem, na prática, as sinergias derivadas desse aumento dos níveis de
cooperação.
Enquadram-se também neste eixo estratégico intervenções relacionadas com o funcionamento
e eficiência dos serviços públicos, numa lógica de melhoria dos níveis de governância, com
destaque para os anseios manifestados relativamente a aspectos como a sua descentralização,
desburocratização e flexibilização.
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149
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Medida E.1 - Promoção do associativismo e parcerias
Tipologia de Acções:
•
Cooperação e parcerias
•
Acções de dinamização
•
Apoio às colectividades
•
Apoios ao associativismo
Propostas dos actores/agentes:
Criar parcerias de desenvolvimento com coordenação autárquica para apoiar os pequenos
proprietários de terrenos.
Parcerias para a análise das ideias dos agentes sociais e económicos, seleccionando e
passando à fase de projecto todas as que se revelem úteis para o desenvolvimento integrado.
Estabelecer parcerias entre autarquias e agentes económicos.
Apoio de autarquia e associações para recuperação de aldeias e património existente.
Desenvolvimento de parcerias no âmbito da saúde com a Universidade de Coimbra, projecto nas
valências da Santa Casa de Misericórdia.
Procurar que se desenvolvam projectos de parceria entre a sociedade civil e a escola para
melhorara a qualidade do sistema de ensino.
Criação de Clube de empresários.
Apoiar as colectividades regionalistas / comissões de melhoramentos.
Promover encontros e dinamizar centros de convívio criados pelo regionalismo.
Manter e incentivar a tradição e contribuir para a modernização das tradições sócio-culturais de
modo a atrair os jovens, começar pela juventude o incentivo ao associativismo em todas as
vertentes.
Activar eventos musicais culturais e outros aos fins-de-semana na sede de concelho.
Actividades desportivas, equipas de futebol regional que compitam entre clubes de futebol, de
basquetebol; folclore e banda musical apoiados pelo poder autárquico e estatal.
Apoio ao Grupo Desportivo Pampilhosense assegurando um quadro de atletas essencialmente
oriundos do concelho.
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150
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Medida E.2 - Criação de estruturas/órgãos de apoio ao desenvolvimento
Tipologia de Acções:
•
Criação de estruturas/órgãos de apoio ao desenvolvimento
•
Criação de estruturas/órgãos de apoio às empresas
Propostas dos actores/agentes:
Criação de um gabinete de apoio à instalação de empresas. Criação de um gabinete de apoio a
candidaturas e programas de modernização estatais e comunitários (apoio à constituição de
empresas e de apresentação de candidaturas destas a programas de incentivos, melhorias,
subsídios e concursos municipais e públicos).
A autarquia dever dar apoio para esclarecer os empresários e promover áreas a investir.
Criação de gabinete / área de apoio, onde se centralizasse o processo de sediação de famílias
no concelho.
Apoio administrativo no lançamento, implementação e desenvolvimento de projectos rentáveis.
A gestão de Edge-Fund (fundo de risco) destinado a perfazer a ponte entre Financiador e
Financiado.
Criar gabinete camarário para gestão do património histórico e arquitectónico.
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151
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Medida E.3 - Eficiência dos serviços públicos administrativos
Tipologia de Acções:
•
Descentralização e flexibilização dos serviços públicos
•
Melhoria dos serviços públicos / desburocratização
Propostas dos actores/agentes:
Sensibilizar os poderes públicos, para que caso venham a existir algumas hipóteses de
constituição de quaisquer empresas no concelho, a burocracia seja reduzida ao mínimo e exista
um apoio efectivo da CM, traduzida na ausência de licenças de construção e de
estabelecimento, incentivos por criação de postos de trabalho, facilidades na instalação das
infra-estruturas, etc.
Compete aos Serviços Centrais e Locais promover bons serviços Públicos, sem uma melhor e
mais eficiente oferta de serviços ao público (empresas) não há desenvolvimento.
Simplificar a burocracia nos serviços públicos (fiscais, camarários, notariais, etc.).
Descentralizar e flexibilizar os serviços públicos.
É imprescindível existirem serviços públicos de qualidade e adequados às regras da
modernidade.
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152
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EIXO F – APOIO TÉCNICO E COMUNICAÇÃO
Este eixo estratégico é de importância transversal a todos os anteriores. Divide-se em dois
grandes tipos de intervenções: (i) esclarecimento e aprofundamento científico-técnico, por via
da realização de estudos sectoriais ou territorialmente integrados e que apoiem medidas
concretas de políticas públicas, de algumas das problemáticas consideradas essenciais para o
desenvolvimento do Concelho; (ii) realização de campanhas de informação ou de divulgação
que contribuam para o reconhecimento de Pampilhosa da Serra como um território de
oportunidades e que ao mesmo tempo promovam o “orgulho pampilhosense”.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
153
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida F.1 - Estudos
Tipologia de Acções:
•
Planos de desenvolvimento local
•
Estudos ambientais
•
Levantamentos e inventariação de recursos
Propostas dos actores/agentes:
Para conjuntos de freguesias do concelho, elaborar planos de desenvolvimento e apoiar a sua
implementação.
Inventariar, registar e divulgar o saber e arte populares (reserva estratégica para o futuro, até ao
dia em que eventualmente venham a existir condições para os aplicar numa óptica concorrencial
como uma mais valia).
Estudo da identidade territorial (incluindo o levantamento e georeferenciação do património
paisagístico e cultural) como recurso de desenvolvimento.
Editar um livro onde se registem os saberes gastronómicos, a velhas profissões, os usos e
costumes, as tradições religiosas, etc..
Estudo do solo e do clima, para incentivar o cultivo de culturas adequadas à região.
Estudo integrado do potencial energético do Concelho: estudo hidrológico do rio Unhais, para
avaliar a viabilidade de construção duma Barragem do tipo mini-hídrica, na zona sul do concelho
(albufeira a chegar até próximo de Pampilhosa da Serra), associando-a a outras opções de
produção de energia (eólica e a partir da biomassa).
Estudo sobre a qualidade da água, incluindo um levantamento sobre os recursos existentes
(ribeiras e nascentes, aquíferos) e meios para a sua preservação.
Identificar novas áreas de formação.
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154
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Medida F.2 - Acções de divulgação / campanhas de informação
Tipologia de Acções:
•
Divulgação do saber dos idosos
•
Informação e divulgação das técnicas de construção tradicionais
•
Campanhas de promoção das tradições
•
Campanhas de divulgação para o turismo
•
Campanhas de promoção da auto-estima dos residentes
Propostas dos actores/agentes:
Promover acções onde os idosos possam divulgar a sua experiência sobre o concelho.
Com a descaracterização das construções habitacionais terá de haver formas de dizer às
pessoas que devem construir de acordo com os recursos existentes, neste caso o xisto.
Promover sentimentos de “orgulho pampilhosense” entre os jovens.
Incentivar os jovens a continuar os estudos.
Acções de divulgação apropriadas podem contribuir para o desenvolvimento turístico da
região.
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155
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ANEXOS
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156
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ANEXO 1
NOTA METODOLÓGICA E LISTA DE
INDICADORES UTILIZADOS NA MEDIÇÃO DOS
NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
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157
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Para o estabelecimento dos níveis de desenvolvimento dos concelhos do Continente a técnica
de análise de dados utilizada foi a Análise de Componentes Principais seguida de uma
taxonomia numérica aplicada à matriz de scores resultantes do primeiro procedimento. A matriz
de dados (concelhos x indicadores), contendo todos os concelhos do Continente foi sujeita a
uma cadeia de procedimentos estatísticos, no sentido de sintetizar e tipificar a informação nela
contida. A figura seguinte sistematiza a cadeia de procedimentos seguida.
CADEIA DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS PARA A TIPIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE
DESENVOLVIMENTO
(Concelhos x
indicadores)
Verificação da pertinência
e adequação ao modelo
analítico adoptado
Análise Factorial de
Componentes
Principais
(a) Valores próprios
(b) Loadings
(c) Scores
Classificação Hierárquica
Ascendente (Taxonom ia
Numérica)
Matriz de scores
(Relação entre os
indicadores e os
factores)
Definição da medida de
distância e da estratégia
de agrupamento
Grupos de concelhos
definidos a partir do
perfil de proximidade
dos scores
Matriz de dados
Escolha dos grupos mais
estáveis tendo por referência a
variância interna por relaçao à
variância total dos indicadores
considerados
Contribuição de cada
indicador para a definição de
cada grupo de concelhos
TIPOLOGIA
Grupos de Concelhos
e sua caracterização
pelos indicadores
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
158
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Tendo por referência a figura anterior, a análise factorial de componentes principais permite
sintetizar o conjunto de variáveis num conjunto menor de eixos factoriais.
A classificação hierárquica ascendente (cluster) é efectuada com base nos scores obtidos na
etapa anterior (valor de cada factor em cada concelho).
Por fim, procede-se à descrição dos grupos mais estáveis obtidos no cluster. A descrição é dada
pelo valor teste que resume a comparação entre a média e o desvio padrão de uma certa
variável num determinado grupo e a média e o desvio padrão dessa mesma variável no universo.
O teste de probabilidade indica se o valor teste é significativo em termos de sobre ou
subrepresentação (ou seja, se aquela variável se encontra suficientemente e uniformemente
sobre ou subrepresentada em determinado grupo).
O quadro de dados inicial resultou da construção de uma matriz contendo os 278 concelhos do
Continente e os valores observados, em cada um deles, para um conjunto de 40 indicadores
cobrindo as principais dimensões de diagnóstico do ponto de vista do desenvolvimento regional
e local.
Nos quadros seguintes apresentam-se detalhadamente as designações e o significado desses
indicadores, bem assim como as respectivas formas de cálculo e as fontes consultadas.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
159
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
INDICADORES ORGANIZADOS DE ACORDO COM O MODELO ANALÍTICO SUBJACENTE AO
ENQUADRAMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO CONTEXTO NACIONAL E REGIONAL
Demografia - escolarização
Demografia dinâmicas
Estrutura do povoamento
Dimensão
Indicador
Ano
Fonte
Forma de cálculo
% Pop. em lugares < 4999 hab.
2001
INE
Nº de residentes em lugares com menos de 4999
habitantes por cada 100 residentes totais.
% Pop. em lugares de 5000 a 9999
hab.
2001
INE
Nº de residentes em lugares com 5000 a 9999
habitantes por cada 100 residentes totais.
% Pop. em lugares de 10000 a 49999
hab.
2001
INE
Nº de residentes em lugares com 10000 a 49999
habitantes por cada 100 residentes totais.
% Pop. em lugares de mais de 49999
hab.
2001
INE
Nº de residentes em lugares com 50000 habitantes,
ou mais, por cada 100 residentes totais.
% Pop. isolada
2001
INE
Nº de residentes em “isolados” (pequeno conjunto
de casas que não constitui um aglomerado) por
cada 100 residentes totais.
% Pop. residente com 0-14 anos
2001
INE
Nº de residentes com idades até aos 14 anos,
inclusivé, por cada 100 residentes totais.
Variação pop. entre 1991 e 2001 (%)
1991
e
2001
INE
Nº de habitantes em 2001 menos o nº de habitantes
em 1991 a dividir pelo valor de 1991 vezes 100 (taxa
de variação).
% Pop. com escolaridade menor ou =
à obrigatória
2001
INE
Nº de residentes com um grau de instrução inferior
ou igual à escolaridade obrigatória (9 anos) por cada
100 residentes totais.
TX Analfabetismo
2001
INE
Nº de residentes que não sabe ler nem escrever por
cada 100 residentes totais.
Saída antecipada
2001
Ministério
da
Educação
Total de indivíduos com 18-24 anos que não
concluíram o 3º ciclo e não se encontram a
frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do
mesmo grupo etário.
Abandono
2001
Ministério
da
Educação
Total de indivíduos com 10-15 anos que não
concluíram o 3º ciclo e não se encontram a
frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do
mesmo grupo etário.
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
160
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
INDICADORES ORGANIZADOS DE ACORDO COM O MODELO ANALÍTICO SUBJACENTE AO
ENQUADRAMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO CONTEXTO NACIONAL E REGIONAL
Dimensão
Indicador
Ano
Fonte
Forma de cálculo
População com profissões altamente
qualificadas (% de empregados com
profissão CNP 1 e 2)
2001
INE
Pessoas empregadas com profissões enquadradas
nos grupos 1 e 2 da Classificação Nacional de
Profissões (CNP) por cada 100 pessoas
empregadas no total das profissões.
Actividades económicas
Emprego
Var. 1991-2001 da taxa de actividade
das mulheres
Diferença entre o nº de mulheres empregadas por
cada 100 pessoas empregadas (homens e
mulheres) em 2001 e em 1991.
Taxa de desemprego
2003
% Desempregados de Longa Duração
2003
SAU por exploração
1999
INE
Superfície agrícola utilizada (SAU) a dividir pelo nº
de explorações.
% Pop. empregada na indústria
2001
INE
Nº de residentes com actividade na Divisão 1 a 4 da
Classificação das actividades económicas (CAE)
por cada 100 residentes activos empregados.
% população empregada na
agricultura
2001
INE
Nº de residentes com actividade na Divisão 0 da
Classificação das actividades económicas (CAE)
por cada 100 residentes activos empregados.
% Pop. empregada nos serviços relac.
Com actividade económica
2001
INE
Nº de residentes com actividade na Divisão 5 a 9 da
Classificação das actividades económicas (CAE),
considerando apenas os serviços relacionados com
a actividade económica (quadro 1.04 do Censo de
2001) por cada 100 residentes activos empregados.
IEFP, Setembro
2003
Total de indivíduos inscritos no Centro de Emprego,
na situação de desemprego, por cada 100
indivíduos empregados.
IEFP, Setembro
2003
Total de indivíduos inscritos no Centro de Emprego
e desempregados há mais de um ano por cada 100
indivíduos empregados.
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
161
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
INDICADORES ORGANIZADOS DE ACORDO COM O MODELO ANALÍTICO SUBJACENTE AO
ENQUADRAMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO CONTEXTO NACIONAL E REGIONAL
Condições
habitacionais
Protecção social
Rendimento
Condições sociais –
handicaps socioculturais
Condições sociais –
Estruturas familiares
Dimensão
Indicador
Ano
Fonte
Forma de cálculo
% de idosos em famílias de 1 pessoa
2001
INE
Nº de famílias constituídas apenas por uma pessoa
idosa por cada 100 famílias recenseadas.
% Famílias monoparentais
2001
INE
Nº de famílias constituídas apenas por um pai ou
uma mãe com filhos, por cada 100 famílias
recenseadas.
%famílias com 5 ou mais elementos
2001
INE
Nº de famílias constituídas por 5 ou mais
elementos, por cada 100 famílias recenseadas.
% Pop. c/ deficiência face à pop.
Residente
2001
INE
Nº de residentes portadores de qualquer tipo de
deficiência, por cada 100 residentes totais.
Taxa de criminalidade
2001
% Estrangeiros face à pop. Residente
2001
INE
Nº de residentes com nacionalidade estrangeira por
cada 100 residentes totais.
Depósitos/hab. (Euros)
2001
INE
Valor em milhares de euros dos depósitos em
Bancos, Caixas Económicas e Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo por residente.
Crédito/hab. (Euros)
2001
INE
Valor em milhares de euros do crédito Concedido
por Bancos, Caixas Económicas e Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo, por residente.
IRS per capita
2000
INE
Valor total pago de IRS (Estatísticas das Receitas
Fiscais), por cada residente.
IPC
2002
INE
Estudo sobre o poder de compra concelhio
realizado pelo INE com base na aplicação de uma
análise factorial a um conjunto de variáveis. O
índice de poder de compra resulta do
posicionamento dos concelhos no 1º factor.
% Beneficiários do RSI
2001
INE
Nº de beneficiários do rendimento social de
inserção (RSI, antigo Rendimento Mínimo
Garantido) por cada 100 habitantes.
Valor médio anual processado - todas
as pensões (em €)
2001
INE
Valor das pensões processadas dos regimes de
velhice, invalidez e sobrevivência por cada
residente beneficiário (pensionista).
Total de pensionistas / Pop.
empregada
2001
INE
Nº de pessoas beneficiárias de pensões da
segurança social por cada residente activo
empregado.
% Pessoas em aloj. não clássicos face
a aloj. Clássicos
2001
INE
Nº de residentes em alojamentos não clássicos, por
cada 100 residentes em alojamentos clássicos.
% Aloj. Sobrelotados
2001
INE
Nº de alojamentos sobrelotados (índice de
ocupação constante no quadro 3.14 do Censo de
2001), por cada 100 alojamentos clássicos de
residência habitual
GPLP do Min. da
Justiça
Total de crimes registados (desagregação por
concelho dos dados do quadro 2.14 das Estatísticas
da Justiça) por cada 100 habitantes.
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
162
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
INDICADORES ORGANIZADOS DE ACORDO COM O MODELO ANALÍTICO SUBJACENTE AO
ENQUADRAMENTO DE PAMPILHOSA DA SERRA NO CONTEXTO NACIONAL E REGIONAL
Grau de infraestruturação / equipamento
Dimensão
Indicador
Ano
Fonte
Forma de cálculo
População Servida com Estações de
Tratamento de Águas Residuais (%)
2001
INE
População residente servida com Estações de
Tratamento de Águas Residuais, por cada 100
pessoas residentes no total do Concelho (Anuários
Estatísticos Regionais).
Recolha e Reciclagem de Resíduos
Sólidos em 2001 (%)
2001
INE
População residente servida com reciclagem de
resíduos sólidos, por cada 100 pessoas residentes
no total do Concelho (Anuários Estatísticos
Regionais).
% freguesias comTV Cabo
2002
INE
Nº de freguesias do concelho servidas com rede de
TV cabo relativamente ao total das freguesias do
Concelho (Carta de Equipamentos e Serviços de
Apoio à População - INE).
% freguesias com 3 redes telemóvel
2002
INE
Nº de freguesias do concelho servidas
simultaneamente com as 3 redes de telemóvel
relativamente ao total das freguesias do Concelho
(Carta de Equipamentos e Serviços de Apoio à
População - INE).
% escolas básicas com acesso à
internet
2002
INE
Nº de freguesias do concelho com
estabelecimentos do ensino básico com acesso à
internet relativamente ao total das freguesias do
Concelho (Carta de Equipamentos e Serviços de
Apoio à População - INE).
Taxa de cobertura dos equipamentos
de apoio a idosos
2002
DEPP/Carta
Social
Nº de idosos institucionalizados por cada 100
residentes, em 2001, com 65 ou mais anos. Esta
informação está na Carta Social do Departamento
de Estudos, Prospectiva e Planeamento do MSST.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
163
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ANEXO 2
FORMULÁRIO DOS INQUÉRITOS APLICADOS
AOS ACTORES E AGENTES
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
164
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
PROSERRA - EXPECTATIVAS DOS AGENTES E DINÂMICAS DE
DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
PROCESSO DE AUSCULTAÇÃO DOS ACTORES E AGENTES
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
165
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Este documento, depois de preenchido, será tratado estatisticamente com o objectivo de, por um lado,
estabeler-se a diferença entre as opiniões nele manifestadas e a realidade dos dados macroscópicos
oficiais e, por outro, ajudar à construção de cenários de desenvolvimento para os quais seja possível
obter consensos alargados. Obrigado pela sua colaboração.
Qual a sua idade?: _______ Sexo: Feminino
Masculino
_____________________________
Quais as suas habilitações literárias? ____________________
_______________________________
Qual a freguesia de residência ?
Qual
a
sua
profissão
actual
?
Na sua opinião, o Concelho de Pampilhosa da Serra, nos últimos 10 anos, e tendo em conta cada um dos
domínios a seguir enunciados, mudou para (assinale com uma X ):
Nos últimos 10 anos o Concelho de
Pampilhosa mudou para:
Domínios cuja evolução, nos últimos 10 anos, está a avaliar:
Pior
Não
mudou
Melhor
Acção e relacionamento dos agentes sociais, económicos e autárquicos
Apoio dos emigrantes (estrangeiro/País) aos familiares residentes no Concelho
Aproveitamento dos saberes dos idosos
Beleza das aldeias e vilas
Condições para a formação de novas famílias
Desenvolvimento agrícola
Desenvolvimento tecnológico e inovação
Desenvolvimento turístico
Diversificação da estrutura produtiva
Equipamentos e serviços culturais e desportivos
Equipamentos e serviços escolares
Equipamentos e serviços sociais (saúde, acção social)
Marginalização e exclusão social
Níveis de escolaridade e qualificação da população
Níveis de rendimento dos activos residentes
Oferta de serviços de apoio às empresas
Património histórico e arquitectónico
Posição geográfica (proximidade a Góis, Arganil, Fundão, Coimbra...)
Qualidade dos serviços públicos (saneamento básico, energia, telecomunicações)
Recursos hídricos
Recursos minerais
Singularidade das paisagens
Sistema de transportes (acessibilidades internas e transportes públicos)
Situação e evolução do desemprego
Variedade de espécies vegetais e animais
Vida associativa e tradições sócio-culturais
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
166
Não
sabe
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Na sua opinião, nos próximos 10 anos, a situação do Concelho relativamente a cada um domínios já antes
enunciados, será (assinale com uma X ):
Nos próximos 10 anos o Concelho de
Pampilhosa mudará para:
Domínios cuja evolução, nos nos próximos 10 anos, está a avaliar:
Pior
Não
mudará
Melhor
Acção e relacionamento dos agentes sociais, económicos e autárquicos
Apoio dos emigrantes (estrangeiro/País) aos familiares residentes no Concelho
Aproveitamento dos saberes dos idosos
Beleza das aldeias e vilas
Condições para a formação de novas famílias
Desenvolvimento agrícola
Desenvolvimento tecnológico e inovação
Desenvolvimento turístico
Diversificação da estrutura produtiva
Equipamentos e serviços culturais e desportivos
Equipamentos e serviços escolares
Equipamentos e serviços sociais (saúde, acção social)
Marginalização e exclusão social
Níveis de escolaridade e qualificação da população
Níveis de rendimento dos activos residentes
Oferta de serviços de apoio às empresas
Património histórico e arquitectónico
Posição geográfica (proximidade a Góis, Arganil, Fundão, Coimbra...)
Qualidade dos serviços públicos (saneamento básico, energia, telecomunicações)
Recursos hídricos
Recursos minerais
Singularidade das paisagens
Sistema de transportes (acessibilidades internas e transportes públicos)
Situação e evolução do desemprego
Variedade de espécies vegetais e animais
Vida associativa e tradições sócio-culturais
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
167
Não
sabe
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Pontue de 1 (menos importante) a 5 (mais importante) os domínios onde considera ser fundamental investir para
que o Concelho de Pampilhosa se desenvolva (assinale com uma X).
1= Menos importante; 5 = Muito importante
Domínios cuja importância em termos de investimento futuro está a avaliar:
1
2
3
4
Acção e relacionamento dos agentes sociais, económicos e autárquicos
Apoio dos emigrantes (estrangeiro/País) aos familiares residentes no Concelho
Aproveitamento dos saberes dos idosos
Beleza das aldeias e vilas
Condições para a formação de novas famílias
Desenvolvimento agrícola
Desenvolvimento tecnológico e inovação
Desenvolvimento turístico
Diversificação da estrutura produtiva
Equipamentos e serviços culturais e desportivos
Equipamentos e serviços escolares
Equipamentos e serviços sociais (saúde, acção social)
Marginalização e exclusão social
Níveis de escolaridade e qualificação da população
Níveis de rendimento dos activos residentes
Oferta de serviços de apoio às empresas
Património histórico e arquitectónico
Posição geográfica (proximidade a Góis, Arganil, Fundão, Coimbra...)
Qualidade dos serviços públicos (saneamento básico, energia, telecomunicações)
Recursos hídricos
Recursos minerais
Singularidade das paisagens
Sistema de transportes (acessibilidades internas e transportes públicos)
Situação e evolução do desemprego
Variedade de espécies vegetais e animais
Vida associativa e tradições sócio-culturais
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
168
5
Não
sabe
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Tendo apenas em conta os domínios que no quadro anterior considerou mais importantes (aqueles a que
atribuiu 4 ou 5 pontos), indique acções concretas que julga poderem ajudar ao desenvolvimento do Concelho:
Acção e relacionamento dos
agentes sociais, económicos e
autárquicos
Apoio dos emigrantes
(estrangeiro/País) aos familiares
residentes no Concelho
Aproveitamento dos saberes dos
idosos
Beleza das aldeias e vilas
Condições para a formação de
novas famílias
Desenvolvimento agrícola
Desenvolvimento tecnológico e
inovação
Desenvolvimento turístico
Diversificação da estrutura
produtiva
Equipamentos e serviços culturais
e desportivos
Equipamentos e serviços
escolares
Equipamentos e serviços sociais
(saúde, acção social)
Marginalização e exclusão social
(continua)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
169
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
(continuação)
Níveis de escolaridade e
qualificação da população
Níveis de rendimento dos activos
residentes
Oferta de serviços de apoio às
empresas
Património histórico e
arquitectónico
Posição geográfica (proximidade
a Góis, Arganil, Fundão,
Coimbra...)
Qualidade dos serviços públicos
(saneamento básico, energia,
telecomunicações)
Recursos hídricos
Recursos minerais
Singularidade das paisagens
Sistema de transportes
(acessibilidades internas e
transportes públicos)
Situação e evolução do
desemprego
Variedade de espécies vegetais e
animais
Vida associativa e tradições
sócio-culturais
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
170
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Enuncie, os elementos que, quanto a si, fazem parte da identidade do Concelho:
Em termos económicos:
Em termos ambientais
Em termos culturais
Em termos sociais
Caso esteja ligado a alguma organização que trabalhe para o (ou no) Concelho, tal como uma IPSS, uma
Associação, uma empresa ou outra, agradecíamos que no-la(s) indicasse (recordamos que todas as respostas são
confidenciais e todo o tratamento estatístico dos dados será agregado e classificado de acordo com os interesses
técnicos do estudo):
OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
171
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ANEXO 3
PROGRAMA DO FOCUS GROUP STAKEHOLDER
ANALYSIS
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
172
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
PROSERRA - EXPECTATIVAS DOS AGENTES E DINÂMICAS DE
DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra
15 de Janeiro de 2005
FOCUS GROUP STAKEHOLDER ANALYSIS
PROCESSO DE AUSCULTAÇÃO DOS ACTORES E AGENTES DE
DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Programa
10.00 Recepção e inscrição dos participantes
10.30 Sessão de Abertura
Presidente da Câmara Municipal
Representante da C.O.C.
Director do CEGED
10.45 1ª sessão de trabalho
Identificação de obstáculos ao desenvolvimento
Sistematização de resultados
11:45 Coffee break
11:55 Continuação dos trabalhos
Identificação de vantagens ou trunfos para o desenvolvimento
Sistematização de resultados
12:45 Encerramento da 1ª sessão
13.00 Almoço
14:30 Início da 2ª sessão dos trabalhos
Identificação das causas para os obstáculos tipificados na 1ª sessão
Sistematização dos resultados
16:00 Coffee break
16:15 Continuação dos trabalhos
Formulação de propostas
Sistematização de resultados
Balanço e discussão
18:00 Encerramento
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
173
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ANEXO 4
ALGUNS QUADROS ESTATÍSTICOS DE
SUPORTE AO DIAGNÓSTICO
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
174
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
UM RETRATO COMPARATIVO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA COM A REALIDADE DA
MÉDIA DO CONTINENTE E A SITUAÇÃO EXTREMA DO CONCELHO DE LISBOA
Pampilhosa
da Serra
1 % Aloj. Sobrelotados (2 ou + div. Em falta)
Média
Continente
Lisboa
1,7
3,5
4,3
22,4
11,4
14,4
0,6
0,5
1,2
99,9
91,7
99,0
5 % Estrangeiros face à pop. Residente
0,4
1,5
3,3
6 % Famílias monoparentais
6,0
6,1
8,8
7 % Pop. C/ deficiência, com grau maior ou igual a 60%, face à pop. Residente
2,0
1,7
2,5
8 % Pop. com escolaridade menor ou = à obrigatória
70,9
73,1
51,3
9 % Pop. empregada na indústria
29,9
34,5
16,2
10 % Pop. empregada nos serviços relac. Com actividade económica
18,6
28,6
47,7
11 % Pop. que trabalha ou estuda fora do concelho onde reside (2001)
24,1
29,3
14,4
9,8
14,8
11,6
13 % população empregada na agricultura
23,6
11,7
0,5
14 % População servida com sistemas de drenagem de águas residuais - 2001/2002
35,0
71,6
100,0
2,0
3,1
2,1
12,6
309,4
6496,5
17 Levantamentos em ATM (1000 €) / hab. - 2002
0,7
1,4
4,1
18 Médicos / 1000 Habitantes (2002)
0,2
1,5
12,7
19 Nº de camas dos estabelecimentos hoteleiros / 1000 habitantes
0,0
20,9
49,5
38,0
44,5
47,2
7,8
11,8
30,9
27,0
54,5
89,6
3,8
6,8
25,5
100,0
97,5
100,0
0,7
1,6
1,2
25,2
13,5
6,0
27 Valor dos prédios urbanos hipotecados (1000 €) / Família clássica - 2002
1,7
4,4
8,1
28 Valor médio anual das pensões de velhice (1000 €) - 31.12.2003
3,6
3,4
5,3
29 Var. 1991-2001 da taxa de actividade das mulheres
7,4
6,0
4,7
30 Var. Taxa de Analf. 1991-2001
-5,8
-3,0
0,3
-10,0
0,8
-14,9
2 % de famílias clássicas constituídas por apenas 1 pessoa idosa
3 % de aloj. familiares não clássicos face ao total de aloj. Familiares
4 % de População servida com sistemas de abastecimento de água - 2001
12 % Pop. residente com 0-14 anos
15 %famílias + 5 elementos
16 Densidade Populacional - 2002
20 Peso das despesas corr. c/ pessoal no total das receitas correntes (1000 €), 2002
21 População com profissões altamente qualificadas (%)
22 População Servida com ETAR (%) - 2001/2002
23 Receitas do Imposto s/ veículos (1000 €) em 2002 / 1000 habitantes, em 2001
24 Recolha e Reciclagem de Resíduos Sólidos em 2001(%)
25 Relação População empregada - 2001 / pensionista (total) - 2003
26 TX Analfabetismo
31 Variação pop. entre 1991 e 2001 (%)
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
175
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
POPULAÇÃO PRESENTE E RESIDENTE POR LUGAR (1991 E 2001)
1991
2001
População Presente
Freguesia Cabril
Cabril
Praçais
Vale Grande
Armadouro
Ribeiros
Foz do Ribeiro
Isolados e Outros
Freguesia Dornelas do Zêzere
Portas do Souto
Adurão
Carregal
Dornelas do Zêzere
Pisão
Isolados e Outros
Freguesia Fajão
Fajão
Cavaleiros
Ceiroquinho
Boiças
Vale Pardieiro
Mata
Covanca
Castanheira
Ponte de Fajão
Camba
Ceiroco
Porto da Balsa
Gralhas
Isolados e Outros
Freguesia Janeiro de Baixo
Janeiro de Baixo
Brejo de Baixo
Souto do Brejo
Brejo de Cima
Casal da Lapa
Esteiro
Maxialinho
Porto de Vacas
Isolados e Outros
Freguesia Machio
Machio de Cima
Vale de Pereiras
Machio de Baixo
Maria Gomes
Isolados e Outros
Freguesia Pampilhosa da Serra
Pampilhosa da Serra
Soeirinho
Carvalho
Moninho
Sobral
Moradias
Covões
Pescanseco Cimeiro e do Meio
Pescanseco Fundeiro
Póvoa
Sobral Valado
Aldeia Fundeira
Aldeia Meio
Aldeia Cimeira
Lobatos e Lobatinhos
Sobral Magro
Vale Serrão
Signo Samo
Lomba do Barco
Isolados e Outros
Total
510
197
58
40
96
119
715
55
67
154
355
84
383
56
41
31
61
17
29
41
23
84
929
129
119
117
109
147
84
182
42
215
31
54
59
60
11
1388
537
23
80
48
80
48
31
49
66
46
26
58
296
H
População Presente
M
237
90
26
20
46
55
331
26
30
84
149
42
168
26
19
12
26
5
12
17
10
41
413
54
57
58
45
67
32
80
20
96
15
23
25
28
5
627
254
10
34
19
41
24
13
24
24
20
9
28
127
H
273
107
32
20
50
64
384
29
37
70
206
42
215
30
22
19
35
12
17
24
13
43
516
75
62
59
64
80
52
102
22
119
16
31
34
32
6
761
283
13
46
29
39
24
18
25
42
26
17
30
169
M
149
37
10
17
46
24
12
3
300
17
21
59
185
15
3
130
41
9
7
4
7
3
17
5
5
8
8
2
5
9
316
47
45
51
26
21
38
26
57
5
65
11
12
16
25
1
686
387
5
25
17
30
9
3
15
15
16
17
22
9
36
15
6
11
8
7
33
160
41
13
13
48
28
12
5
355
14
26
55
241
16
3
153
39
8
12
5
7
4
26
10
12
8
7
3
5
7
370
50
43
54
37
19
52
42
68
5
79
10
17
19
32
1
814
469
5
33
26
30
10
3
19
15
20
28
23
12
44
13
10
9
4
11
30
Total
309
78
23
30
94
52
24
8
655
31
47
114
426
31
6
283
80
17
19
9
14
7
43
15
17
16
15
5
10
16
686
97
88
105
63
40
90
68
125
10
144
21
29
35
57
2
1500
856
10
58
43
60
19
6
34
30
36
45
45
21
80
28
16
20
12
18
63
População Residente
H
M
144
37
10
14
46
24
10
3
312
17
23
62
194
13
3
136
43
9
7
4
7
3
17
5
6
11
8
2
5
9
366
51
45
52
27
19
52
34
79
7
66
13
12
16
24
1
693
389
5
25
19
33
12
3
15
13
16
17
22
9
36
16
6
13
7
8
29
165
46
13
14
48
28
11
5
365
14
29
55
248
16
3
159
39
8
12
5
7
4
26
10
15
11
7
3
5
7
398
51
45
53
38
19
54
45
88
5
80
13
17
19
30
1
821
468
5
32
27
34
12
3
19
13
20
28
23
12
44
14
10
10
4
10
33
Total
309
83
23
28
94
52
21
8
677
31
52
117
442
29
6
295
82
17
19
9
14
7
43
15
21
22
15
5
10
16
764
102
90
105
65
38
106
79
167
12
146
26
29
35
54
2
1514
857
10
57
46
67
24
6
34
26
36
45
45
21
80
30
16
23
11
18
62
Fonte: INE
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
176
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
POPULAÇÃO PRESENTE E RESIDENTE POR LUGAR (1991 E 2001) – CONTINUAÇÃO
1991
2001
População Presente
Total
280
75
65
3
32
37
10
58
525
245
113
45
67
55
776
139
169
178
126
25
139
100
98
2
Freguesia Pessegueiro
Pessegueiro
Malhadas da Serra
Telhada
Carvoeiro
Coelhal
Braçal
Sobral Bendito
Ramalheira
Isolados e Outros
Freguesia Portela do Fojo
Amoreira
Trinhão
Ribeiro do Soutelinho
Padrões
Isolados e Outros
Freguesia Unhais-o-Velho
Unhais-o-Velho
Malhada do Rei
Meãs
Póvoa da Raposeira
Seladinhas
Aradas
Isolados e Outros
Freguesia Vidual
Vidual de Cima
Isolados e Outros
H
População Presente
M
118
27
26
2
14
19
5
25
239
115
54
20
27
23
380
66
83
93
60
11
67
61
60
1
H
162
48
39
1
18
18
5
33
286
130
59
25
40
32
396
73
86
85
66
14
72
39
38
1
M
91
28
16
1
11
13
8
3
3
8
267
115
67
26
34
25
269
54
62
48
40
13
27
25
37
36
1
115
27
29
1
17
11
10
5
5
10
311
138
73
29
35
36
309
59
69
64
45
10
32
30
52
48
4
Total
206
55
45
2
28
24
18
8
8
18
578
253
140
55
69
61
578
113
131
112
85
23
59
55
89
84
5
População Residente
H
M
96
25
23
1
12
12
9
3
3
8
264
114
67
24
33
26
312
53
71
63
45
14
30
36
39
38
1
122
29
33
1
16
11
11
5
5
11
308
136
73
29
34
36
320
57
73
68
45
11
34
32
54
51
3
Total
218
54
56
2
28
23
20
8
8
19
572
250
140
53
67
62
632
110
144
131
90
25
64
68
93
89
4
Fonte: INE.
RELAÇÃO DE MASCULINIDADE POR GRUPO ETÁRIO
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho Pampilhosa da Serra
0-14 anos
1991
2001
104,0
150,0
134,7
77,6
225,0
157,1
81,7
100,0
100,0
100,0
113,0
105,9
127,3
75,0
100,0
69,6
118,2
128,6
283,3
50,0
15-24 anos
1991
2001
162,5
92,3
109,1
172,7
109,1
340,0
130,0
105,7
400,0
0,0
128,2
95,8
62,5
109,1
106,3
130,8
122,0
158,3
133,3
216,7
113,1
98,8
123,7
128,5
Baseado em dados do INE.
25-64 anos
1991
2001
80,2
115,4
94,6
96,8
68,8
87,9
94,1
105,1
107,0
108,7
74,8
98,4
88,7
107,3
97,1
100,8
83,9
95,7
80,8
71,4
86,2
99,4
65 e + anos
1991
2001
54,1
31,8
69,6
36,1
60,6
28,8
63,7
35,1
56,3
29,7
68,5
38,1
48,1
22,1
63,9
47,7
66,2
48,1
114,3
32,1
63,8
36,1
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
177
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ESTRUTURA ETÁRIA DA POPULAÇÃO RESIDENTE (%)
Grupo Etário
0-4 anos
5-9 anos
10-14 anos
15-19 anos
20-24 anos
25-29 anos
30-34 anos
35-39 anos
40-44 anos
45-49 anos
50-54 anos
55-59 anos
60-64 anos
65-69 anos
70-74 anos
75-79 anos
80-84 anos
85-89 anos
90-94 anos
95-99 anos
100 ou + anos
Cabril
Dornelas do
Zêzere
Janeiro de
Baixo
Fajão
Machio
Pampilhosa
da Serra
Pessegueiro
1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991
3,5
3,2
5,0
3,7
2,3
1,7
4,5
2,2
1,4
0,0
3,2
3,8
0,7
5,0
3,6
7,3
5,3
3,7
2,0
7,2
3,3
0,9
0,7
3,0
3,3
5,9
4,3
2,9
9,4
6,2
4,2
2,4
8,7
4,2
3,3
2,1
3,3
4,5
2,6
5,5
5,2
6,2
7,5
2,3
5,1
8,7
7,7
2,4
0,0
4,1
4,3
2,6
5,0
2,9
8,6
5,8
3,7
2,4
6,3
6,5
2,4
0,7
3,2
5,0
2,2
5,3
6,1 10,0
4,7
3,7
1,7
4,7
4,2
0,9
0,0
4,1
5,3
4,8
3,5
3,9
7,1
5,2
2,9
4,4
6,8
2,9
0,9
1,4
3,6
5,1
5,2
4,0
4,5
5,0
7,2
2,9
4,4
5,6
5,9
3,3
0,7
3,0
5,9
2,2
2,5
4,9
4,2
6,5
2,6
3,4
4,2
6,3
1,4
1,4
3,5
4,7
1,5
2,0
5,2
3,2
4,9
3,9
4,1
6,3
5,8
4,3
2,1
3,5
3,6
5,2
4,8
4,5
5,1
4,9
8,9
3,4
5,2
6,4
7,1
2,7
4,9
3,5
7,4
8,6
2,3
6,3
6,1
6,8
4,4
6,0
9,0 10,9 10,3
9,2
5,0
8,9
12,8
4,9
5,5
6,5 10,7 11,2
7,0
7,1 13,3 14,4
9,3
7,4
8,2
14,1 13,6
6,8
6,4 10,2 10,2
5,7
8,5 17,5 13,0 11,9
9,0
9,3
6,8 11,0
3,3
6,1 14,4 10,8
3,9
7,3 10,9 17,1
9,5
9,4 12,3
5,0 14,6
3,2
6,4
9,7 12,2
4,6
6,0 10,4 19,9 10,1
9,4
9,3
4,0
5,8
2,1
1,8
5,5 10,2
2,5
3,5
6,2
8,9
5,9
4,9
6,7
2,3
0,6
1,7
3,8
1,8
4,4
1,8
2,0
1,4
3,4
3,5
4,2
3,7
0,3
0,3
0,1
1,0
0,0
1,7
0,5
1,2
0,5
0,7
1,0
1,5
1,1
0,3
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,5
0,7
0,1
0,3
0,0
0,3
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
Portela do
Fojo
Unhais-oVelho
Vidual
Concelho
2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001
2,8
2,4
2,1
3,7
1,7
4,7
1,1
31,6
22,3
2,3
3,2
2,1
6,0
2,7
8,4
1,1
50,7
26,3
1,4
5,2
2,6 10,5
3,2
8,4
4,3
59,8
33,7
6,9
3,7
3,5
9,3
6,5
2,8
9,7
47,6
56,4
3,7
2,4
1,7
6,5
8,2
3,7 10,8
44,1
47,7
2,3
1,9
2,6
5,0
5,7
4,7
1,1
45,0
33,7
1,4
3,0
2,8
6,3
5,4
6,5
1,1
45,8
33,4
5,0
2,4
3,1
6,4
3,3
2,8
4,3
37,6
44,4
6,0
5,2
4,4
6,2
6,0
2,8
6,5
34,2
49,9
3,7
4,3
6,6
5,8
7,0
5,6
5,4
44,1
48,2
3,2
9,3
4,5
5,3
7,9
9,3
5,4
67,5
46,5
6,9 12,5
6,8
5,1
8,1
6,5
5,4
80,8
64,2
10,6 11,4 13,6
8,5
6,5
5,6
9,7
92,3
91,7
12,4
9,5 12,1
5,8
9,3
9,3
9,7 100,1 104,1
9,6
9,0 14,3
4,0
8,9
4,7
6,5
78,7 101,1
10,6
7,5
7,3
2,8
5,7
8,4
7,5
70,9
99,5
7,8
3,9
5,4
1,4
3,0
1,9
6,5
40,1
57,8
2,3
2,2
2,8
1,1
0,8
3,7
3,2
23,3
27,6
0,9
0,6
1,2
0,0
0,2
0,0
0,0
4,0
8,7
0,5
0,4
0,2
0,2
0,0
0,0
1,1
1,4
2,7
0,0
0,0
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,4
0,1
Fonte: INE.
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS POR GRUPOS ETÁRIOS
FUNCIONAIS (%)
Grupo Etário
Período
0-14 anos
Var.
15-24 anos
Var.
25-64 anos
Var.
15-64 anos
Var.
65 e + anos
Var.
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
1991
2001
1991-2001
Cabril
51
30
-41,2
42
25
-40,5
173
112
-35,3
215
137
-36,3
663
476
-28,2
Dornelas do
Janeiro
Pampilhosa
Portela do
Concelho
Fajão
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
da Serra
Fojo
Total
Zêzere
de Baixo
169
103
-39,1
115
90
-21,7
362
311
-14,1
477
401
-15,9
1426
1181
-17,2
39
18
-53,8
23
22
-4,3
162
109
-32,7
185
131
-29,2
607
444
-26,9
218
74
-66,1
161
109
-32,3
491
363
-26,1
652
472
-27,6
1943
1310
-32,6
12
4
-66,7
10
1
-90,0
89
48
-46,1
99
49
-50,5
322
199
-38,2
115
175
52,2
89
141
58,4
500
613
22,6
589
754
28,0
1917
2443
27,4
25
14
-44,0
13
23
76,9
117
85
-27,4
130
108
-16,9
424
340
-19,8
58
39
-32,8
33
30
-9,1
268
255
-4,9
301
285
-5,3
895
896
0,1
168
23
48
6
-71,4 -73,9
131
7
93
19
-29,0 171,4
401
47
315
36
-21,4 -23,4
532
54
408
55
-23,3
1,9
1528
184
1088
154
-28,8 -16,3
Baseado em dados do INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
178
878
511
-41,8
624
553
-11,4
2610
2247
-13,9
3234
2800
-13,4
9909
8531
-13,9
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ÍNDICE DE SUBSTITUIÇÃO DE GERAÇÕES
1991
2001
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
0,76
1,51
0,47
1,12
0,27
0,59
0,55
0,31
1,09
0,69
1,04
1,06
0,68
0,79
0,09
1,05
0,64
0,38
0,82
0,83
Concelho Total
0,80
0,82
Baseado em dados do INE.
ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO
1991
Total
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho (Total)
256,9
79,3
407,7
93,1
833,3
442,6
456,0
305,2
76,2
130,4
191,9
Homens
2001
Mulheres
176,9
340,0
56,7
109,7
222,2
825,0
80,6
103,3
600,0
1066,7
339,3
559,3
264,3
700,0
237,9
372,4
56,0
100,0
94,1
233,3
140,8
249,8
Baseado em dados do INE.
Total
473,3
168,0
811,1
294,6
2325,0
334,3
685,7
635,9
366,7
533,3
373,6
Homens
300,0
126,7
518,2
235,1
1900,0
255,6
566,7
643,8
274,1
450,0
292,5
Mulheres
733,3
200,0
1271,4
354,1
2750,0
417,6
775,0
630,4
485,7
575,0
453,7
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
179
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO
1991
2001
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
180
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA TOTAL
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho Total
Total
84,7
63,5
107,0
64,6
113,1
105,9
106,9
78,1
55,6
98,1
79,3
1991
Homens
69,9
64,4
111,5
53,8
77,8
101,5
85,0
65,8
55,7
132,0
Mulheres
98,2
62,7
103,7
75,5
155,6
109,5
125,7
90,1
55,6
69,0
Total
125,5
68,8
125,2
61,9
198,0
100,8
101,9
100,7
54,9
69,1
2001
Homens
100,0
48,6
100,0
51,2
153,8
85,8
71,4
82,1
47,9
39,3
Mulheres
153,8
91,1
152,4
73,0
247,8
115,5
134,6
120,0
62,4
100,0
72,2
85,7
Baseado em dados do INE.
86,4
69,7
103,9
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE JOVENS
1991
Total
2001
Homens
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
23,7
35,4
21,1
33,4
12,1
19,5
19,2
19,3
31,6
42,6
Concelho Total
27,1
Mulheres
25,2
41,1
34,6
29,8
11,1
23,1
23,3
19,5
35,7
68,0
Total
Homens
Mulheres
22,3
29,9
11,2
37,2
13,3
16,6
15,7
19,1
27,8
20,7
21,9
25,7
13,7
15,7
8,2
23,2
13,0
13,7
11,8
10,9
25,0
21,4
16,2
15,3
7,7
24,1
10,7
11,0
12,8
7,1
18,5
30,4
11,1
16,1
8,7
22,3
15,4
16,4
10,7
14,8
30,0
24,5
Baseado em dados do INE.
18,3
17,7
18,8
ÍNDICE DE DEPENDÊNCIA DE IDOSOS
1991
Total
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho Total
60,9
28,1
85,9
31,1
101,0
86,4
87,7
58,8
24,1
55,6
52,1
2001
Homens
Mulheres
44,7
23,3
76,9
24,0
66,7
78,4
61,7
46,3
20,0
64,0
Total
Homens
Mulheres
75,9
32,8
92,5
38,4
142,2
92,9
110,0
71,1
27,8
48,3
103,6
43,1
111,5
46,2
189,8
77,6
88,9
87,0
43,1
58,2
75,0
27,1
83,8
36,0
146,2
61,7
60,7
71,0
35,1
32,1
135,4
60,7
141,3
57,0
239,1
93,2
119,2
103,6
51,8
85,2
42,2
61,2
Baseado em dados do INE.
68,2
51,9
85,2
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
181
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
NATALIDADE, MORTALIDADE E FECUNDIDADE
Concelho de Pampilhosa da Serra
(2001)
Taxa de Natalidade (‰)
6.67
Taxa de Mortalidade (‰)
21.14
Taxa de Fecundidade (‰)
34.77
Baseado em dados do INE.
NATURALIDADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DO CONCELHO (2001)
Concelho de
Residência
% Total
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
278
603
240
698
132
1268
179
556
570
87
6,0
13,1
5,2
15,1
2,9
27,5
3,9
12,1
12,4
1,9
Concelho Pampilhosa da Serra
4611
100,0
Freguesia de
Residência
Outra
% Total
Freguesia
% Total
Outro
Concelho
Outro
País
% Total
237
553
200
630
110
1000
152
550
523
82
5,9
13,7
5,0
15,6
2,7
24,8
3,8
13,6
13,0
2,0
41
50
40
68
22
268
27
6
47
5
7,1
8,7
7,0
11,8
3,8
46,7
4,7
1,0
8,2
0,9
28
66
50
49
13
209
35
13
55
4
5,4
12,6
9,6
9,4
2,5
40,0
6,7
2,5
10,5
0,8
4037
100,0
574
100,0
522
100,0
% Total
0
0,0
5
4
1
2
4
31,3
25,0
6,3
12,5
25,0
16
100,0
Fonte: INE.
NACIONALIDADE DA POPULAÇÃO RESIDENTE NAS FREGUESIAS DO CONCELHO
Cabril
Portuguesa
Dupla Nacionalidade
Portuguesa e Outra
Estrangeira
Dornelas do
Fajão
Zêzere
Janeiro de
Baixo
Machio
Pampilhosa
da Serra
Pessegueiro
Portela do
Fojo
Unhais-oVelho
Vidual
1991
394
779
382
1068
211
1209
269
533
826
2001
309
675
290
763
146
1502
213
570
630
105
93
Variação
-21,6
-13,4
-24,1
-28,6
-30,8
24,2
-20,8
6,9
-23,7
-11,4
1991
-
0
0
5
-
1
0
-
1
2
2001
-
2
1
1
-
3
1
-
1
0
Variação
-
n.c.
n.c.
-80
-
200
n.c.
-
0
n.c.
2
1991
-
0
0
5
-
1
0
-
1
2001
-
2
1
1
-
3
1
-
1
0
Variação
-
n.c.
n.c.
-80
-
200
n.c.
-
0
n.c.
1991
-
-
-
-
-
-
-
2001
0
-
4
-
-
9
4
2
1
-
Variação
n.a.
-
n.a.
-
-
n.a.
n.a.
n.a.
n.a.
-
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
182
-
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
ÍNDICE DE ATRACÇÃO
Variação Populacional
1991-2001
Saldo Fisiológico
Concelho Pampilhosa da Serra
-1170
Índice de Atracção
593,0
-577
Baseado em dados do INE.
FAMÍLIAS RESIDENTES NO CONCELHO
Famílias
Clássicas
Residentes 1991
Cabril
Dornelas do Zêzere
Fajão
Janeiro de Baixo
Machio
Pampilhosa da Serra
Pessegueiro
Portela do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
Concelho Pampilhosa da Serra
Clássicas
Residentes 2001
Institucionais
1991
Núcleos Familiares
2001
Institucionais
2001
178
256
183
363
102
531
132
230
285
42
143
246
147
318
78
620
101
275
257
43
1
0
1
-
2
1
3
-
95
177
86
229
53
434
66
185
193
25
2302
2228
2
6
1543
Fonte: INE.
TIPO DE FAMÍLIA COM BASE NO NÚMERO DE NÚCLEOS (2001)
Total
Total (%)
Famílias sem núcleos
685
30,7
Com 1 só pessoa
648
29,1
Só pessoas aparentadas
Outros casos
Famílias com 1 núcleo
28
1,3
9
0,4
1501
67,4
Casal "de direito" sem filhos
786
35,3
Casal "de direito" com pelo menos, 1 filho não casado com menos de 25 anos
431
19,3
Casal 'de direito' co filho(s) não casado(s) tendo o mais novo 25 ou + anos
87
3,9
Casal 'de facto' sem filhos
23
1,0
Casal 'de facto' com pelo menos 1 filho não casado com menos de 25 anos
19
0,9
Casal 'de facto' com filho(s) não casado(s) tendo o mais novo 25 ou + anos
3
0,1
Pai com pelo menos 1 filho não casado com menos de 25 anos
5
0,2
Pai com filho(s) não casado(s) tendo o mais novo 25 ou + anos
10
0,4
Mãe com pelo menos 1 filho não casado com menos de 25 anos
70
3,1
Mãe com filho(s) não casado(s) tendo o mais novo 25 ou mais anos
58
2,6
Avós com neto(s) não casado(s) ou bisavós com bisneto(s) não casados
5
0,2
Avô com neto(s) não casado(s) ou bisavô com bisneto(s) não casados
0
0,0
Avó com neto(s) não casado(s) ou bisavó com bisneto(s) não casados
4
0,2
42
1,9
Famílias com 2 núcleos
2
0,1
Com filhos ou netos não casados só num dos núcleos
20
0,9
Com filhos ou netos não casados nos dois núcleos
20
0,9
0
0,0
2228
100,0
Sem filhos ou netos não casados nos dois núcleos
Famílias com 3 ou mais núcleos
Total de Famílias
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
183
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE POR ESTADO CIVIL
Concelho
Pampilhosa
da Serra
Casados sem registo
Casados com registo
Casados
Solteiros
1991
2001
Janeiro de
Baixo
Machio
Pampilhosa
da Serra
Pessegueiro
Portela
do Fojo
Unhais-o-Velho
Vidual
H
991
62
188
52
216
23
137
32
67
188
26
885
54
137
46
208
17
161
31
52
163
16
HM
1876
116
325
98
424
40
298
63
119
351
42
% HM população total
32,4
2,0
5,6
1,7
7,3
0,7
5,1
1,1
2,1
6,1
0,7
H
791
44
134
41
134
10
205
25
60
119
19
M
651
37
106
28
102
8
203
27
40
84
16
HM
1442
81
240
69
236
18
408
52
100
203
35
% HM população total
27,6
1,6
4,6
1,3
4,5
0,3
7,8
1,0
1,9
3,9
0,7
Var. 1991/2001
% HM
-23,1
-30,2
-26,2
-29,6
-44,3
-55
36,9
-17,5
-16
-42,2
-16,7
H
1546
104
184
108
273
65
349
72
166
197
28
M
1549
104
183
108
273
65
355
72
165
197
27
HM
3095
208
367
216
546
130
704
144
331
394
55
2001
% HM população total
53,4
3,6
6,3
3,7
9,4
2,2
12,1
2,5
5,7
6,8
0,9
H
1464
90
150
86
214
49
422
66
188
179
20
M
1478
88
177
81
213
49
419
67
185
178
21
HM
2942
178
327
167
427
98
841
133
373
357
41
% HM população total
56,4
3,4
6,3
3,2
8,2
1,9
16,1
2,5
7,1
6,8
0,8
Var. 1991/2001
% HM
-4,9
-14,4
-10,9
-22,7
-21,8
-24,6
19,5
-7,6
12,7
-9,4
-25,5
1991
H
1535
104
184
108
271
64
345
71
165
197
26
M
1534
104
183
108
270
64
349
71
163
197
25
HM
3069
208
367
216
541
128
694
142
328
394
51
% HM população total
52,9
3,6
6,3
3,7
9,3
2,2
12,0
2,4
5,7
6,8
0,9
H
1418
85
146
82
208
47
408
63
181
178
20
M
1431
83
173
77
207
47
404
64
178
177
21
HM
2849
168
319
159
415
94
812
127
359
355
41
% HM população total
54,6
3,2
6,1
3,0
8,0
1,8
15,6
2,4
6,9
6,8
0,8
Var. 1991/2001
% HM
-7,2
-19,2
-13,1
-26,4
-23,3
-26,6
17
-10,6
9,5
-9,9
-19,6
1991
H
11
-
-
-
2
1
4
1
1
-
2
M
15
-
-
-
3
1
6
1
2
-
2
HM
26
-
-
-
5
2
10
2
3
-
4
0,4
-
-
-
0,1
0,0
0,2
0,0
0,1
-
0,1
H
46
5
4
4
6
2
14
3
7
1
-
M
47
5
4
4
6
2
15
3
7
1
-
HM
93
10
8
8
12
4
29
6
14
2
-
2001
% HM população total
2001
1991
Viúvos
Fajão
M
% HM população total
Separados
Dornelas do
Zêzere
1991
Var. 1991/2001
2001
% HM
1,8
0,2
0,2
0,2
0,2
0,1
0,6
0,1
0,3
0,0
-
257,7
n.c.
n.c.
n.c.
140
100
190
200
366,7
n.c.
n.c.
4
H
108
7
14
3
16
4
38
6
6
10
M
635
60
66
57
84
31
152
51
65
63
6
HM
743
67
80
60
100
35
190
57
71
73
10
% HM população total
12,8
1,2
1,4
1,0
1,7
0,6
3,3
1,0
1,2
1,3
0,2
H
136
7
22
6
17
5
58
4
10
7
0
M
621
36
73
49
81
23
184
26
78
55
16
HM
757
43
95
55
98
28
242
30
88
62
16
% HM população total
14,5
0,8
1,8
1,1
1,9
0,5
4,6
0,6
1,7
1,2
0,3
60
Var. 1991/2001
% HM
1,9
-35,8
18,8
-8,3
-2
-20
27,4
-47,4
23,9
-15,1
1991
H
23
1
0
2
1
4
7
1
6
1
M
43
2
4
7
2
2
9
3
6
8
-
HM
66
3
4
9
3
6
16
4
12
9
-
0,1
% HM população total
2001
-
1,1
0,1
0,1
0,2
0,1
0,1
0,3
0,2
0,2
-
H
12
0
2
0
1
1
1
-
4
3
-
M
12
0
5
0
1
0
1
-
4
1
-
HM
24
0
7
0
2
1
2
-
8
4
-
0,5
0,0
0,1
0,0
0,0
0,0
0,0
-
0,2
0,1
-
-63,6
n.c.
75
n.c.
-33,3
-83,3
-87,5
-33,3
-55,6
-
% HM população total
Divorciados
Cabril
Var. 1991/2001
% HM
1991
H
7
1
2
-
-
-
1
-
2
1
-
M
10
2
2
-
-
-
4
1
1
0
-
HM
17
3
4
-
-
-
5
1
3
1
-
0,3
0,1
0,1
-
-
-
0,1
0,0
0,1
0,0
-
H
25
3
4
3
0
1
7
1
2
4
0
M
30
4
4
1
1
0
14
2
1
2
1
HM
55
7
8
4
1
1
21
3
3
6
1
% HM população total
2001
% HM população total
Var. 1991/2001
% HM
n.c.
1,1
0,1
0,2
0,1
0,0
0,0
0,4
0,1
0,1
0,1
0,0
223,5
133,3
100
n.c.
n.c.
n.c.
320
200
0
500
n.c.
Baseado em dados do INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
184
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
POPULAÇÃO COM DEFICIÊNCIA (2001)
Pampilhosa
da Serra
Cabril
(Concelho)
População com deficiência
Sem grau atribuído
Inferior a 30%
De 30 a 59%
De 60 a 80%
Superior a 80%
Com grau atribuído
Auditiva
Visual
Motora
Mental
Paralisia Cerebral
Outra deficiência
HM
% HM pop. total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. deficiente
% HM na pop. total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
HM
% HM na pop. Deficiente
% HM na pop. Total
353
6,8
203
57,5
3,9
17
4,8
0,3
28
7,9
0,5
57
16,1
1,1
48
13,6
0,9
150
42,5
2,9
18
5,1
0,3
43
12,2
0,8
137
38,8
2,6
60
17,0
1,1
17
4,8
0,3
78
22,1
1,5
46
14,9
37
80,4
12,0
1
2,2
0,3
5
10,9
1,6
3
6,5
1,0
9
19,6
2,9
2
4,3
0,6
6
13,0
1,9
19
41,3
6,1
3
6,5
1,0
16
34,8
5,2
Dornelas
do Zêzere
Fajão
24
12
3,5
4,1
10
12
41,7 100,0
1,5
4,1
1
4,2
0,1
3
12,5
0,4
6
25,0
0,9
4
16,7
0,6
14
58,3
2,1
2
8,3
0,3
3
2
12,5
16,7
0,4
0,7
10
4
41,7
33,3
1,5
1,4
8
5
33,3
41,7
1,2
1,7
1
1
4,2
8,3
0,1
0,3
Janeiro
Pampilhosa
Machio
de Baixo
da Serra
32
4,2
19
59,4
2,5
2
6,3
0,3
8
25,0
1,0
3
9,4
0,4
13
40,6
1,7
1
3,1
0,1
4
12,5
0,5
19
59,4
2,5
2
6,3
0,3
6
18,8
0,8
22
15,1
10
45,5
6,8
0,0
0,0
6
27,3
4,1
6
27,3
4,1
12
54,5
8,2
1
4,5
0,7
2
9,1
1,4
9
40,9
6,2
5
22,7
3,4
2
9,1
1,4
3
13,6
2,1
123
8,1
84
68,3
5,5
7
5,7
0,5
3
2,4
0,2
18
14,6
1,2
11
8,9
0,7
39
31,7
2,6
9
7,3
0,6
14
11,4
0,9
48
39,0
3,2
26
21,1
1,7
10
8,1
0,7
16
13,0
1,1
Pessegueiro
14
6,4
3
21,4
1,4
2
14,3
0,9
5
35,7
2,3
4
28,6
1,8
11
78,6
5,0
1
7,1
0,5
3
21,4
1,4
5
35,7
2,3
4
28,6
1,8
1
7,1
0,5
Portela
do Fojo
Unhais-o-Velho Vidual
18
3,1
7
38,9
1,2
1
5,6
0,2
3
16,7
0,5
7
38,9
1,2
11
61,1
1,9
2
11,1
0,3
6
33,3
1,0
5
27,8
0,9
4
22,2
0,7
1
5,6
0,2
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
185
54
8,5
16
29,6
2,5
8
14,8
1,3
15
27,8
2,4
6
11,1
0,9
9
16,7
1,4
38
70,4
6,0
1
1,9
0,2
4
7,4
0,6
14
25,9
2,2
2
3,7
0,3
1
1,9
0,2
32
59,3
5,1
8
8,6
5
62,5
5,4
1
12,5
1,1
1
12,5
1,1
0,0
0,0
1
12,5
1,1
3
37,5
3,2
1
12,5
1,1
3
37,5
3,2
3
37,5
3,2
1
12,5
1,1
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE 2001 (%)
Não Sabe Ler nem Escrever
Sabe Ler e Escrever
Sem Qualificação Académica
Com Qualificação Académica
Ensino Básico 1º ciclo
Ensino Básico 2º ciclo
Ensino Básico 3º ciclo
Ensino Básico Total
Ensino Secundário
Ensino Médio
Ensino Superior Bacharelato
Ensino Superior Licenciatura
Ensino Superior Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
%HM na pop. Total
%H na pop. Total
%M na pop. Total
Pampilhosa
da Serra
(Concelho)
27,32
7,64
19,67
72,68
38,87
33,81
14,77
6,15
8,62
57,91
32,72
25,19
31,97
18,75
13,22
7,45
4,27
3,18
2,57
1,51
1,05
41,99
24,54
17,45
2,09
1,07
1,02
0,21
0,06
0,15
0,67
0,21
0,46
0,50
0,25
0,25
1,17
0,46
0,71
Cabril
Dornelas
do Zêzere
32,69
8,09
24,60
67,31
38,51
28,80
16,18
7,44
8,74
51,13
31,07
20,06
30,74
19,42
11,33
5,18
2,59
2,59
1,62
1,29
0,32
37,54
23,30
14,24
1,29
1,29
0,00
0,00
0,00
0,00
0,97
0,97
0,00
0,32
0,00
0,32
1,29
0,97
0,32
28,66
7,53
21,12
71,34
38,55
32,79
10,19
4,43
5,76
61,15
34,12
27,03
22,90
14,48
8,42
14,48
7,53
6,94
3,69
2,07
1,62
41,06
24,08
16,99
1,92
1,03
0,89
0,30
0,15
0,15
1,18
0,44
0,74
0,44
0,15
0,30
1,62
0,59
1,03
Fajão
35,93
11,53
24,41
64,07
34,58
29,49
20,00
8,14
11,86
44,07
26,44
17,63
27,12
14,58
12,54
6,10
3,73
2,37
2,03
1,36
0,68
35,25
19,66
15,59
1,69
1,36
0,34
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,34
0,00
0,34
0,34
0,00
0,34
Janeiro
Pampilhosa
Portela
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
de Baixo
da Serra
do Fojo
23,95
7,33
16,62
76,05
40,58
35,47
18,32
7,59
10,73
57,72
32,98
24,74
31,41
19,11
12,30
6,28
4,32
1,96
1,44
1,18
0,26
39,14
24,61
14,53
1,57
0,79
0,79
0,13
0,00
0,13
0,65
0,13
0,52
0,39
0,13
0,26
1,05
0,26
0,79
37,67
6,85
30,82
62,33
38,36
23,97
24,66
13,70
10,96
37,67
24,66
13,01
32,19
21,92
10,27
1,37
0,68
0,68
0,68
0,00
0,68
34,25
22,60
11,64
0,00
0,00
0,00
0,68
0,00
0,68
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
27,87
7,40
20,48
72,13
38,38
33,75
13,08
5,55
7,53
59,05
32,83
26,22
29,46
17,90
11,56
7,20
3,63
3,57
3,50
1,78
1,72
40,16
23,32
16,84
3,57
1,59
1,98
0,40
0,13
0,26
0,86
0,20
0,66
0,66
0,40
0,26
1,52
0,59
0,92
31,19
10,09
21,10
68,81
33,94
34,86
25,23
6,88
18,35
43,58
27,06
16,51
29,82
19,27
10,55
1,83
1,38
0,46
1,38
1,38
0,00
33,03
22,02
11,01
2,29
0,92
1,38
0,00
0,00
0,00
0,46
0,46
0,00
0,46
0,46
0,00
0,92
0,92
0,00
24,48
7,87
16,61
75,52
38,29
37,24
13,99
5,07
8,92
61,54
33,22
28,32
48,60
25,52
23,08
4,20
3,15
1,05
2,45
1,22
1,22
55,24
29,90
25,35
0,17
0,00
0,17
0,00
0,00
0,00
0,17
0,00
0,17
0,00
0,00
0,00
0,17
0,00
0,17
Baseado em dados do INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
186
22,15
6,01
16,14
77,85
43,35
34,49
11,08
5,22
5,85
66,77
38,13
28,64
35,60
19,94
15,66
10,76
6,65
4,11
2,22
1,74
0,47
48,58
28,32
20,25
2,22
1,27
0,95
0,16
0,00
0,16
0,63
0,00
0,63
1,11
0,63
0,47
1,74
0,63
1,11
18,28
6,45
11,83
81,72
35,48
46,24
15,05
5,38
9,68
66,67
30,11
36,56
40,86
16,13
24,73
2,15
1,08
1,08
2,15
0,00
2,15
45,16
17,20
27,96
1,08
1,08
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO DA POPULAÇÃO EMPREGADA E ESTUDANTE
No Concelho onde Reside - 1991
No Concelho onde Reside - 2001
Na mesma freguesia - 1991
Na mesma freguesia - 2001
Noutra freguesia - 1991
Noutra freguesia - 2001
Noutro concelho - 1991
Noutro concelho - 2001
Noutro País - 2001
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
HM
H
M
Pampilhosa da
Dornelas
Janeiro de
Pampilhosa
Portela
Serra
Cabril
Fajão
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
do Zêzere
Baixo
da Serra
do Fojo
(Concelho)
1704
157
160
81
311
51
327
63
196
323
35
925
81
97
49
208
22
173
40
87
142
26
779
76
63
32
103
29
154
23
109
181
9
1818
148
219
93
325
9
606
46
99
246
27
972
88
114
58
167
5
320
23
53
130
14
846
60
105
35
158
4
286
23
46
116
13
1510
133
128
80
254
37
324
57
179
288
30
806
67
74
48
172
11
171
37
81
122
23
704
66
54
32
82
26
153
20
98
166
7
1395
78
132
81
244
6
592
20
72
163
7
714
39
44
50
128
4
309
11
40
88
1
681
39
88
31
116
2
283
9
32
75
6
194
24
32
1
57
14
3
6
17
35
5
119
14
23
1
36
11
2
3
6
20
3
75
10
9
0
21
3
1
3
11
15
2
423
70
87
12
81
3
14
26
27
83
20
258
49
70
8
39
1
11
12
13
42
13
165
21
17
4
42
2
3
14
14
41
7
243
5
50
10
36
1
20
1
8
110
2
178
2
38
10
26
1
16
1
2
80
2
65
3
12
0
10
0
4
0
6
30
0
483
17
116
9
95
3
70
15
67
84
7
288
12
71
7
48
3
35
10
37
62
3
195
5
45
2
47
0
35
5
30
22
4
49
5
3
17
1
1
1
4
15
2
44
5
3
17
1
1
1
2
13
1
5
0
0
0
0
0
0
2
2
1
Fonte: INE.
TEMPO MÉDIO DE DESLOCAÇÃO PARA O LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO
Nenhum
Até 15 min.
16 a 30 min.
31 a 60 min.
61 a 90 min.
mais de 90 min.
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop.total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
1991 HM
2001 HM
% HM na pop. total
Pampilhosa
Dornelas
da Serra
Cabril
do Zêzere
(concelho)
759
119
56
127
7
20
2,43
2,27
2,95
638
15
84
1217
82
115
23,31 26,54
16,99
284
24
38
390
56
44
7,47 18,12
6,50
122
2
1
252
11
101
4,83
3,56
14,92
14
5
0,27
0,00
0,74
20
1
0,38
0,00
0,15
Fajão
Janeiro
Pampilhosa
Portela do
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
de Baixo
da Serra
Fojo
56
5
1,69
10
67
22,71
4
10
3,39
8
5
1,69
3
1,02
1
0,34
92
18
2,36
146
231
30,24
43
55
7,20
33
46
6,02
2
0,26
2
0,26
30
0
0,00
5
5
3,42
11
4
2,74
2
0
0,00
0,00
0,00
54
40
2,64
185
500
33,03
62
75
4,95
8
14
0,92
1
0,07
0,00
15
4
1,83
21
19
8,72
14
20
9,17
13
1
0,46
0,00
0,00
150
11
1,92
20
51
8,92
7
72
12,59
16
6
1,05
2
0,35
15
2,62
Fonte: INE.
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
187
174
13
18
4
2,85
4,30
136
16
144
3
22,78
3,23
79
2
44
10
6,96 10,75
33
6
58
10
9,18 10,75
1
0,16
0,00
1
0,00
1,08
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
MEIO DE TRANSPORTE PARA O LOCAL DE TRABALHO OU ESTUDO
Meios
Ano
Automóvel Ligeiro Particular
- total
Automóvel Ligeiro Particular
- como condutor
Automóvel Ligeiro Particular
- como passageiro
Motociclo ou bicicleta
Transportes colectivos
- total
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
1991
2001
Autocarro
1991
2001
Transporte da
Empresa/Escola
Nenhum - Vai a pé
1991
2001
Outro Meio de Transporte
1991
2001
Pampilhosa
da Serra
(concelho)
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM HM
% HM na pop. total
HM HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
HM
HM
% HM na pop. total
Cabril
Dornelas
Janeiro
Pampilhosa
Portela
Fajão
Machio
Pessegueiro
Unhais-o-Velho Vidual
do Zêzere
de Baixo
da Serra
do Fojo
202
8
692
60
13,26 19,42
132
6
482
38
9,23 12,30
70
2
210
22
4,02
7,12
132
6
42
2
0,80
0,65
346
25
6,63
8,09
198
14
3,79
4,53
72
0
148
11
2,84
3,56
1364
129
934
69
17,89 22,33
13 6 0,11 -
19
48
7,09
14
34
5,02
5
14
2,07
28
8
1,18
10
20
6,78
3
14
4,75
7
6
2,03
8
2
0,68
-
109
16,10
2
0,68
56
8,27
7
53
7,83
124
121
17,87
3
0
0,00
29
88
11,52
18
63
8,25
11
25
3,27
26
1
0,13
0,00
4
2
0,68
66
67
22,71
-
50
6,54
-
3
2
1,37
3
1
0,68
0
1
0,68
4
0
0,00
53
295
19,48
39
211
13,94
14
84
5,55
13
15
0,99
-
3
2,05
44
3
5,76
2,05
16
3
6
0
0,79
0,00
235
31
215
4
28,14
2,74
2 0 0,00 -
4
13
5,96
3
13
5,96
1
0
0,00
10
10
4,59
-
55
3,63
7
3,21
13
0,86
16
42
2,77
239
264
17,44
5
1
0,07
9
59
10,31
8
41
7,17
1
18
3,15
4
2
0,35
43
7,52
-
1
0,46
5
6
2,75
42
13
5,96
0
1
0,46
65
100
15,82
36
61
9,65
29
39
6,17
29
0
0,00
19
3,32
1
24
4,20
164
51
8,92
0
2
0,35
Fonte: INE
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
188
2
7
7,53
2
6
6,45
0
1
1,08
4
2
2,15
41
11
6,49 11,83
38
10
6,01 10,75
20
0
3
1
0,47
1,08
308
26
122
8
19,30
8,60
1
2
2
0
0,32
0,00
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
BIBLIOGRAFIA
CASIMIRO, Pedro (2002) - “Uso do Solo, Teledetecção e Ecologia da Paisagem - Ensaio Metodológico,
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www.inag.pt
www.ine.pt
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
189
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Índice de quadros
Quadro 1 - Distância-tempo das freguesias à sede de concelho (Pampilhosa da Serra) .............................
Quadro 2 - Distância-tempo entre Pampilhosa da Serra e sedes de concelho envolventes .........................
Quadro 3 - Ligações do concelho de Pampilhosa da Serra a nível nacional .................................................
Quadro 4 - Projectos co-financiados pelo QCA III no período 2000-2002 .....................................................
Quadro 5 - Indicadores organizados de acordo com o modelo analítico subjacente ao enquadramento
de Pampilhosa da Serra no contexto nacional e regional ........................................................................
Quadro 6 - Descrição e caracterização do grupo 5 - o mundo rural tradicional .............................................
Quadro 7 - Localização das estações climatológicas da Covilhã e Fundão ..................................................
Quadro 8 - Valores de temperatura do ar na estação climatológica da Covilhã ............................................
Quadro 9 - Meses com desvios relativamente à temperatura média anual nas estações em estudo ...........
Quadro 10 - Precipitação (mm) - estação climatológica da Covilhã ..............................................................
16
17
18
20
24
29
31
32
34
35
Quadro 11 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥0.1 mm ................................................................. 36
Quadro 12 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥1.0 mm ................................................................. 36
Quadro 13 - Precipitação (mm). Número de dias com P≥10,0 mm ............................................................... 37
Quadro 14 - Valores médios (número de dias), de ocorrência de neve, granizo ou saraiva ......................... 38
Quadro 15 - Humidade relativa do ar às 9 h. Estação climatológica da Covilhã ........................................... 38
Quadro 16 - Valores de nebulosidade. Estação climatológica da Covilhã ..................................................... 40
Quadro 17 - Insolação registada na estação climatológica da Covilhã (horas) ............................................. 42
Quadro 18 - Número de dias com nevoeiro ................................................................................................... 43
Quadro 19 - Número de dias com trovoada - estação climatológica da Covilhã ........................................... 44
Quadro 20 - Valores médios da velocidade do vento (km/h) ......................................................................... 45
Quadro 21 - Períodos climáticos de acordo com Köppen .............................................................................. 47
Quadro 22 - Resultados do balanço hidrológico de Thornthwaite (valores em mm) ..................................... 48
Quadro 23 – Índices resultantes da classificação climática de Thornthwaite ................................................ 48
Quadro 24 - Capacidade de uso do solo no concelho de Pampilhosa da Serra ........................................... 58
Quadro 25 - Características das principais bacias hidrográficas de Pampilhosa da Serra ........................... 64
Quadro 26 - Características das barragens do concelho da Pampilhosa da Serra ....................................... 65
Quadro 27 - Indicadores gerais da qualidade do ambiente ........................................................................... 66
Quadro 28 - População residente (1991 e 2001) ........................................................................................... 72
Quadro 29 - Densidade populacional nas freguesias de Pampilhosa da Serra (2001) ................................. 77
Quadro 30 - Estrutura etária da população residente (%), por freguesias, 1991-2001 ................................. 82
Quadro 31 - Distribuição da população residente nas freguesias por grupos etários funcionais (%) ............ 83
Quadro 32 - Índice de substituição de gerações ............................................................................................ 83
Quadro 33 - Índice de envelhecimento .......................................................................................................... 83
Quadro 34 - Natalidade, mortalidade e fecundidade ..................................................................................... 84
Quadro 35 - Nacionalidade da população residente nas freguesias do Concelho ........................................ 85
Quadro 36 - Famílias residentes no Concelho ............................................................................................... 86
Quadro 37 - Nível de instrução da população residente 2001 (%) ................................................................ 87
Quadro 38 - Local de trabalho ou estudo da população empregada e estudante ......................................... 89
Quadro 39 - Tempo médio de deslocação para o local de trabalho ou estudo ............................................. 90
Quadro 40 - Meio de transporte para o local de trabalho ou estudo .............................................................. 91
Quadro 41 - Estrutura sectorial das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ............................ 94
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
190
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Quadro 42 - Estrutura dimensional das empresas por sector de actividade,
concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ................................................................................................. 97
Quadro 43 - Volume de negócios por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ......... 98
Quadro 44 - Comércio internacional declarado das empresas com sede no Concelho (2002) ................... 100
Quadro 45 - População empregada por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 .... 102
Quadro 46 - Pessoal ao serviço por sector de actividade nas empresas do Concelho (2001) ................... 103
Quadro 47 - Pessoal ao serviço por escalão de dimensão das empresas e sector de actividade (%),
concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ............................................................................................... 105
Quadro 48 - População empregada por situação na profissão, concelho de
Pampilhosa da Serra, 2001 ................................................................................................................... 106
Quadro 49 - População empregada por grupos de profissões, concelho de
Pampilhosa da Serra, 2001 ................................................................................................................... 108
Quadro 50 - Matriz de pontos fortes/fracos e oportunidades/ameaças ....................................................... 116
Quadro 51 - Áreas-problema sugeridas aos inquiridos no processo de auscultação dos
actores e agentes Pampilhosa da Serra no contexto nacional e regional ............................................. 121
Quadro 52-A/B/C - 1ª triagem dos tipos de acções propostas pelos actores e agentes ................ 123/124/125
Quadro 53 - Áreas de Actuação (ordenadas de acordo com a frequência das
referências - propostas - apuradas) ....................................................................................................... 126
Quadro 54 - Representatividade das referências apuradas por área-problema e tipo de
proposta/objectivo/desejo formulados pelos inquiridos ......................................................................... 127
Quadro 55 - Participantes segundo o tipo de instituição .............................................................................. 128
Quadro 56 - Respostas segundo os obstáculos considerados .................................................................... 129
Quadro 57 - Respostas segundo o conjunto de vantagens consideradas ................................................... 129
Quadro 58 - Propostas para ultrapassar obstáculos .................................................................................... 130
Quadro 59 - Propostas para potenciar as vantagens .................................................................................. 131
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
191
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Índice de figuras
Figura 1 - Pampilhosa da Serra no contexto das NUTS III envolventes ........................................................
Figura 2 - Freguesias de Pampilhosa da Serra .............................................................................................
Figura 3 - Rede viária .....................................................................................................................................
Figura 4 - O “diamante do desenvolvimento” - 3 domínios e 11 dimensões de análise
do desenvolvimento territorial ..................................................................................................................
Figura 5 - Níveis de desenvolvimento dos concelhos do Continente ............................................................
Figura 6 - Temperatura média do ar (°C). Estação climatológicas da Covilhã ..............................................
Figura 7 - Temperatura média máxima e mínima do ar (ºC). Estação climatológica da Covilhã ...................
Figura 8 - Precipitação (mm) - estação climatológica da Covilhã ..................................................................
Figura 9 - Número de dias/ano sem precipitação, número de dias/ano com precipitação fraca,
número de dias/ano com precipitação moderada e número de dias/ano com precipitação abundante ..
Figura 10 - Humidade relativa do ar às 9 h. Estação climatológica da Covilhã .............................................
13
14
15
23
26
33
34
35
37
39
Figura 11- Nebulosidade - número de dias com N≥8/10 - estação climatológica da Covilhã ....................... 41
Figura 12 - Nebulosidade - número de dias com N≤2/10 - estação climatológica da Covilhã ...................... 41
Figura 13 - Insolação registada na estação climatológica da Covilhã (horas) ............................................... 42
Figura 14 - Número de dias com nevoeiro ..................................................................................................... 43
Figura 15 - Número de dias com trovoada - estação climatológica da Covilhã ............................................. 44
Figura 16 - Valores médios da velocidade do vento (km/h) - estação climatológica do Fundão ................... 45
Figura 17 - Climograma referente à estação climatológica da Covilhã .......................................................... 47
Figura 18 - Carta hipsométrica do concelho de Pampilhosa da Serra ........................................................... 49
Figura 19 - Carta de exposição de vertentes do concelho de Pampilhosa da Serra ..................................... 50
Figura 20 - Carta de declives do Concelho de Pampilhosa da Serra ............................................................ 51
Figura 21 - Carta Geológica ........................................................................................................................... 52
Figura 22 - Carta de intensidade sísmica (escala de Mercali modificada) ..................................................... 57
Figura 23 - Carta de solos .............................................................................................................................. 59
Figura 24 - Ocupação do solo (1990) ............................................................................................................ 61
Figura 25 - Altimetria por classes de vegetação ............................................................................................ 63
Figura 26 - Declives por Classes de Vegetação ............................................................................................ 63
Figura 27 - Evolução da população residente entre 1864 e 2001 ................................................................. 73
Figura 28 - Variação da população residente nas freguesias - 1991-2001 (%) ............................................. 74
Figura 29 - Densidade populacional nas freguesias de Pampilhosa da Serra, em 2001 .............................. 75
Figura 30 - Distribuição da população residente nas freguesias do Concelho .............................................. 76
Figura 31 - Local de residência habitual da população residente .................................................................. 78
Figura 32 - Relação de masculinidade nas freguesias do concelho (%) ....................................................... 79
Figura 33 - Estrutura etária da população residente, no Concelho e suas freguesias, em 1991 .................. 80
Figura 34 - Estrutura etária da população residente no Concelho e suas freguesias, em 2001 .................. 81
Figura 35 - Distribuição da população residente no concelho por grupos etários funcionais (%) ................. 82
Figura 36 - Naturalidade da população residente no Concelho (%) - 2001 ................................................... 84
Figura 37 - Estado civil da população residente no Concelho de Pampilhosa da Serra (%) ......................... 85
Figura 38 - Dimensão das famílias residentes no concelho 2001 (%) ........................................................... 86
Figura 39 - Nível de instrução da população residente no Concelho 2001 (%) ............................................. 88
Figura 40 - Local de trabalho ou estudo da população empregada e estudante ........................................... 89
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
192
PLANO DE ACÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO DE PAMPILHOSA DA SERRA
Figura 41 - Tempo médio de deslocação para o local de trabalho ou estudo ............................................... 90
Figura 42 - Meio de transporte para o local de trabalho ou estudo ............................................................... 91
Figura 43 - Evolução do índice do poder de compra concelhio, 1995-2004 .................................................. 92
Figura 44 - Estrutura sectorial das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 .............................. 95
Figura 45 - Estrutura dimensional das empresas, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ........................ 96
Figura 46 - Volume de negócios por sector de actividade, concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ........... 99
Figura 47 - Pessoas empregadas por grandes sectores de actividade, concelho
de Pampilhosa da Serra, 2001 .............................................................................................................. 101
Figura 48 - Pessoal ao serviço por sector de actividade (%), concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ..... 104
Figura 49 - Pessoal ao serviço por escalão de dimensão das empresas (%), concelho de
Pampilhosa da Serra, 2001 ................................................................................................................... 106
Figura 50 - População empregada por situação na Profissão (%), concelho de
Pampilhosa da Serra, 2001 ................................................................................................................... 107
Figura 51 - População empregada por grupos de profissões (%), concelho
de Pampilhosa da Serra, 2001 .............................................................................................................. 108
Figura 52 - Quocientes de localização nos sub-sectores do sector primário,
concelho de Pampilhosa da Serra, 2001 ............................................................................................... 110
Figura 53 - Quocientes de localização nos sub-sectores do sector secundário, concelho
de Pampilhosa da Serra, 2001 .............................................................................................................. 110
Figura 54 - Quocientes de Localização nos sub-sectores do sector terciário, concelho
de Pampilhosa da Serra, 2001 .............................................................................................................. 111
Figura 55 - Actores e agentes - modelo de diferenciação ........................................................................... 120
Figura 56 - Sistematização das respostas segundo os 3 domínios ............................................................. 132
CONTRIBUTOS DO CENTRO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA E DESENVOLVIMENTO DA ULHT PARA O 2º CONGRESSO PAMPILHOSENSE
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