Filo Arthropoda (do grego arthros, articulação, e podos, pé, perna).

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Sônia Lopes & Sergio Rosso. BIO VOLUME 2 - Sequência Clássica.
Prof.ª Fabiane Trevisan Campelo
2015
Características Gerais
• Mais diversificado do planeta (espécies catalogadas).
• Podem ser encontrados em todos os ambientes espécies de vida
livre e parasitas.
Exoesqueleto (esqueleto corporal externo), possibilitou tal sucesso na
conquista de territórios.
Vantagens: Protege o corpo do animal como uma armadura articulada.
Fornece pontos de apoio firmes para a ação dos músculos,
tornando a movimentação muito eficiente.
Para os insetos respiração aérea e capacidade de voar, que
permitiram explorar e colonizar praticamente todos os ambientes de terra
firme.
Organização corporal básica
Triblásticos, celomados, simetria
bilateral.
Sistema digestivo completo.
O espaço corpóreo amplo dos
artrópodes não é o celoma, mas
lacunas sanguíneas, nas quais o
sangue banha diretamente os órgãos
(abandono da pressão do líquido
celomático para a locomoção).
Corpo segmentado (metameria).
Na maioria ocorre fusão de
metâmeros para formar certas partes
do corpo, genericamente
denominados tagmas.
Apêndices articulados
Diversas funções: andar, nadar,
obter alimento, perceber estímulos
químicos ou mecânicos, copular...
Os artrópodes primitivos possuíam
um par de apêndices duplos em
cada metâmero.
Durante a evolução, alguns
metâmeros deixaram de ter
apêndices, enquanto em outros os
apêndices modificaram-se,
adquirindo novas funções.
Ex.: certos apêndices da cabeça,
originado diversos tipos de
aparelhos bucais ( maxilas,
mandíbulas, quelíceras...).
Exoesqueleto, muda e
crescimento corporal
Corpo revestido externamente por
uma armadura resistente, o
exoesqueleto, constituído
principalmente por quitina.
Exoesqueleto impermeável a gases
e líquidos, fato que permitiu esses
animais ocuparem com sucesso o
ambiente terrestre, mesmo em
regiões áridas.
Devido à sua rigidez, não permite o
crescimento corporal e os
artrópodes precisam trocá-lo
periodicamente para poder crescer.
Essa troca, denomina muda, ou
ecdise, pode ocorrer várias vezes
ao longo da vida animal.
Durante a muda, a epiderme secreta um novo exoesqueleto embaixo do antigo, o qual racha
dorsalmente, permitindo a saída do artrópode com seu novo exoesqueleto.
Este é inicialmente muito flexível e se distende a medida que o corpo do animal se dilata, logo
após a muda.
Depois de alguns minutos ou horas, dependendo da espécie, o novo exoesqueleto endurece e o
artrópode para de crescer. Outra fase de crescimento somente será possível após uma nova
muda.
Insetos
(do latim: segmentado)
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
Três pares de pernas torácicas (por apresentarem seis pernas, são
chamados de hexápodes).
Um par de antenas (estruturas sensoriais que lhes permitem perceber
odores, como perfume das flores e o cheiro dos frutos).
Um par de olhos compostos, três olhos simples.
Um par de mandíbulas, um par de maxilas e um segundo par de maxilas fundido,
formando uma estrutura única denominada lábio.
Maioria com um ou dois pares de asas.
Vivem em todos os ambientes de terra firme.
Constituem a classe mais diversificada do filo.
Representantes moscas, gafanhotos, baratas, traças, formiga, abelhas....
Existem insetos que
causam sérios
prejuízos à agricultura,
tornando-se
verdadeiras pragas que
destroem ou danificam
as plantações
As asas dos insetos
Únicos invertebrados
capazes de voar.
As asas dos insetos são
estruturas laminares
revestidas por
exoesqueleto quitinoso
ou cutícula, há também
traqueias, que, além de
contribuir para a
sustentação
esquelética, oxigenam e
alimentam suas células.
Tipos de asas:
Os primeiros insetos que surgiram não
possuíam asas. Na evolução os
primeiros insetos alados tinham dois
pares de asas muito semelhantes, que
se mantinham em posição esticada e
perpendicular ao corpo, como ocorre
nas libélulas atuais (ordem Odonata).
Em muitos insetos, o par de asas
anterior modificou-se ao longo da
evolução, que proporcionou a flexão
das asas para trás, sobre o tórax e o
abdome, quando o inseto pousa,
passando a proteger as asas
membranosas e mais delicadas do par
posterior (permitiu os insetos se
refugiassem em locais estreitos)
utilizado para voar.
Asas anteriores modificadas:
Hemiélitros asas espessas na base e
membranosas na porção distal.
Tégminas asas espessas e
pergamináceas.
Ex.: ocorrem nos percevejos e
barbeiros.
Ex.: gafanhotos, grilos, baratas, louvaa-deus e tesourinhas.
Asas anteriores modificadas:
Halteres as asas posteriores se modificaram dando origem a
estruturas reduzidas que auxiliam na orientação do voo.
Ex.: moscas e mosquitos (dípteros: insetos com duas asas).
Asas anteriores modificadas:
Élitros asas coriáceas, que formam um
estojo encobrindo as asas posteriores.
Ex.: besouros.
Em alguns grupos de insetos, houve
perda secundária das asas associadas
principalmente à vida ectoparasitaria,
como é o caso de piolhos e pulgas, ou
à vida social, como nos operários e
soldados de cupins e formigas.
Anatomia e fisiologia dos artrópodes
Sistema muscular e movimentação
Sistema muscular bem desenvolvido a ação dos músculos
antagônicos, conjugada ao exoesqueleto rígido, que permite a grande
variedade e eficiência dos movimentos dos artrópodes, inclusive a
movimentação das asas para o voo, no caso dos insetos.
Subfilo Crustacea
Camarões, lagostas, caranguejos, siris, cracas, tatuzinhos-de-jardim, etc.
Exoesqueleto enriquecido com carbonato de cálcio.
Corpo dividido em cabeça, tórax e abdome, ou em cefalotórax e abdome, sendo o
cefalotórax correspondente à fusão de dois tagmas a cabeça e o tórax.
• Presença de dois pares de antenas na região cefálica (funções de
equilíbrio, tato e paladar).
• Na cabeça estão presentes dois olhos compostos (olhos formados
por várias unidades denominadas omatídios), geralmente
pedunculados, um par de mandíbulas ao redor da boca (utilizadas
para mastigar e triturar o alimento) e outros apêndices acessórios
utilizados na obtenção de alimento, como as maxilas (manipular o
alimento e encaminhar para a boca).
• No tórax contém apêndices locomotores, e, dependendo do grupo, o
abdome pode ou não apresentar esses apêndices.
• Os apêndices dos crustáceos estão sempre organizados segundo um
padrão bífido (bifurcado), falando-se em apêndices birremes , em
oposição aos dos outros artrópodes mandibulados, que são unirremes
(perna não bifurcada).
• Respiram por brânquias que normalmente se desenvolvem na base
dos apêndices torácicos.
• Vivem em ambientes aquáticos, marinhos ou de água doce.
• Entre poucas espécies de terra firme, destacam-se os tatuzinhos-dejardim, tatu-bola, barata-da-praia  não possuem adaptações
completas ao meio terrestre, dependendo de brânquias para sua
respiração, que ficam protegidas e são mantidas úmidas, de modo que
as trocas gasosas possam ser realizadas.
• Há espécies sésseis (cracas e barnacles) e espécies de vida livre
(siris, camarões).
Representados pelas aranhas, escorpiões, ácaros e carrapatos.
Maioria tem o corpo dividido em dois tagmas o cefalotórax e o abdome.
As aranhas apresentam o prosoma (cefalotórax) ligado ao opistosoma
(abdome) por meio de uma fina “cintura”, o pedúnculo.
Na região anterior do prosoma há entre cinco e oito olhos simples, um par de
quelíceras afiadas e um par de pedipalpos.
Não possuem antenas e nem mandíbulas.
Nos escorpiões o abdome encontra-se diferenciado em pré-abdome, mais alargado,
e pós-abdome, alongado e muitas vezes chamado cauda.
Nos ácaros não se percebe a divisão entre o cefalotórax e o abdome,
que formam uma estrutura única
• Vivem em terra firme, em locais úmidos, embaixo de troncos e folhas
apodrecidos.
• Possuem olhos simples.
• Desenvolvimento direto ou indireto.
• Corpo dividido em cabeça e tronco.
• Segmentos do tronco não-fundidos, com um par de pernas por segmento, sendo
o primeiro par transformado em uma estrutura denominada forcípula, na
extremidade da qual se abre uma glândula de veneno.
• Produzem substâncias de defesa tóxicas e com odor forte.
• Vivem em terra firme, sob troncos e folhas apodrecidos.
• Importantes na reciclagem de detritos orgânicos.
• Herbívoros ou detritívoros.
• Desenvolvimento direto ou indireto.
• Corpo dividido em cabeça, tórax curto (4 metâmeros) e abdome longo (25 a
100 metâmeros), o segundo, terceiro e o quarto segmentos torácicos têm um
par de pernas cada, cada segmento do abdome resulta da fusão de dois
metâmeros e tem dois pares de pernas.
Sistema digestório
A boca situa-se em posição ventral, em torno dela, há
apêndices que auxiliam na alimentação.
A estrutura e a função dos apêndices bucais
apresentam grande diversidade entre as espécies,
refletindo sua adaptação ao tipo de alimentação.
A digestão é extracelular.
Sistema digestório
As enzimas digestórias são excretadas por células da parede do
intestino e de dois órgãos anexos, o hepatopâncreas e os cecos
gástricos.
Os nutrientes absorvidos pelas células da parede intestinal e dos
cecos gástricos atingem o sistema circulatório, que se encarrega de
sua distribuição pelo corpo.
Restos de alimentos não digeridos são eliminados pelo ânus.
Sistema circulatório
Sistema circulatório aberto, ou lacunar.
Nos insetos, por exemplo, há um grande vaso dorsal que percorre o corpo
longitudinalmente.
Na região abdominal, ele apresenta uma porção dilatada, o coração,
dividida internamente em câmaras, separadas por orifícios com válvulas, os
óstios, que fazem a hemolinfa fluir da região posterior para anterior.
Nos crustáceos, o coração situa-se no cefalotórax e a hemolinfa passa pelas
brânquias, onde ela é oxigenada.
Sistema respiratório
Insetos, quilópodes, diplópodes, alguns carrapatos e algumas aranhas
apresentam respiração traqueal, uma adaptação ao ambiente aéreo.
As traqueias são tubos ocos, com reforços quitinosos espiralados, que
partem de aberturas ao longo da superfície do tórax e do abdome, nos
espiráculos ou estigmas.
O ar penetra nas traqueias pelos estigmas e é levado diretamente às
células, sem entrar em contato com o sangue.
Sistema respiratório
Muitos aracnídeos apresentam estruturas respiratórias denominadas
filotraqueias ou pulmões foliáceos, localizados no interior do abdome e em
comunicação com o exterior através de uma pequena abertura, o poro
respiratório chamado estigma (trocas gasosas).
Nos escorpiões essas são as únicas estruturas respiratórias.
Sistema respiratório
Os crustáceos apresentam respiração branquial, uma adaptação ao
ambiente aquático.
As brânquias dos crustáceos são estruturas filamentosas, ricas em vasos
capilares a, que se projetam da superfície de certas regiões do corpo do
animal, geralmente da base dos apêndices.
Os túbulos de Malpighi ficam mergulhados na hemocela, em contato direto com a
hemolinfa. Uma de suas extremidades é fechada e a outra abre-se na região
mediana do intestino.
Sistema sensorial bem desenvolvido.
Há estruturas sensoriais especializadas na captação de estímulos
mecânicos (tato), químicos (olfato e paladar), sonoros (audição) e luminosos
(visão).
O sentido do tato está a cargo de pelos táteis, presentes em diversas partes
do corpo, principalmente nas antenas, que transmitem as sensações de
toque aos gânglios nervosos.
Sistema sensorial
Possuem o olfato e paladar desenvolvidos e são capazes de detectar e
discriminar quantidades mínimas de substâncias químicas em suspensão na
água ou no ar. Isso permite localizar fontes de alimento e distinguir o
ambiente pelo cheiro ou pelo gosto.
Muitos artrópodes são capazes de comunicar-se por meio de substâncias
odoríferas denominadas feromônios.
Percebem estímulos
luminosos por meio de três
tipos de órgãos visuais:
•
ocelos
detectam
a
intensidade e a direção da luz,
mas não formam imagens.
Estão presentes em certos
crustáceos e em insetos.
• olhos simples são
estruturas visuais dotadas de
uma pequena lente e capazes
de formar imagens.
•
olhos
compostos
(omatídios) são formados
por milhares de unidades
visuais.
Os insetos têm excelente visão
das cores e muitos podem
enxergar radiação ultravioleta,
invisível aos nossos olhos.
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