LATENCIAÇÃO DE FÁRMACOS PRÓ-FÁRMACOS Fármacos – abordagem in vitro N H3C N H3C H3C O O O H3C O CH3 NH NH S NH N OH Cimetidina - Antagonista H2 CH3 O HN CH3 OH O HO O H O O O O O HO CH3 O H O O H3C CH3 H H CH3 Taxol - anticancer Mevastatina - hipolipêmico Problemas in vivo ou galênicos Fármaco Toxicidade Distribuição inespecífica: Doses elevadas Farmacotécnica Incompatibilidades, instabilidade, insolubilidade Sabor desagradável, dor em aplicação, etc Problemas Farmacocinéticos: Farmacocinética Biodisponibilidade – Metabolismo pré-sistemico Absorção, Distribuição ou eliminação Passagem através de membranas PRÓ-FÁRMACO (Albert, 1958) É qualquer composto que sofre biotransformação antes de exibir seus efeitos farmacológicos. (pró-fármacos acidentais, metabólitos ativos, compostos intencionalmente preparados) LATENCIAÇÃO DE FÁRMACOS (Harper, 1959) É uma modificação química de um composto biologicamente ativo para formar um novo composto que, através de reação química ou enzimática in vivo, irá liberar o fármaco ativo (desenho planejado de pró-fármacos) Então, Planejamento químico para transformar uma molécula ativa em clinicamente aceitável Tipos de Pró-Fármacos – Representação Geral Considerações para o desenvolvimento de pró-fármacos: -Existência de grupos funcionais no fármaco capazes de sofrer derivatização; -Existência de mecanismos e/ou sistemas no organismo capazes de bioativar o pró-fármaco; -Uma transformação metabólica particular pode ser espécieespecífica; -Facilidade e simplicidade de síntese e purificação do prófármaco; -Estabilidade química do pró-fármaco; -Regeneração in vivo da molécula do fármaco em quantidades ideias; -Toxicidades do transportador e do próprio pró-fármaco. Aplicações práticas: • Aumentar lipofilicidade, • Aumentar duração dos efeitos farmacológicos, • Aumentar especificidade, • Diminuir toxicidade, • Aperfeiçoar formulação farmacêutica. SOLUBILIDADE Se um fármaco não é suficientemente solúvel em água para ser injetado em pequena dose, um grupo hidrossolúvel pode ser ligado a ele e metabolicamente removido após administração. PROBLEMAS DE FORMULAÇÃO Se um fármaco é líquido volátil ele pode ser transformado em sólido para ser administrado como comprimido e ser metabolizado ao fármaco ativo BAIXA ACEITABILIDADE DO PACIENTE Um fármaco pode ser modificado para eliminar problemas como: sabor ou odor desagradáveis, irritação gástrica, dor na administração ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Quando a absorção e distribuição não são efetivas, podem ser adicionados grupos hidro ou lipossolúveis Utilidade dos pró-fármacos TOXICIDADE Quando um fármaco é tóxico na forma ativa, seu índice terapêutico pode aumentar se for administrado numa forma não tóxica e inativa, que é convertida à forma ativa no sítio de ação. SÍTIO ESPECIFICIDADE Quando há altas concentrações ou imparidade de enzimas num órgão ou tecido INSTABILIDADE Quando um fármaco é metabolizado rapidamente fornecendo produtos inativos antes de chegar ao sítio de ação LIBERAÇÃO CONTROLADA Pode ser desejável ter uma concentração baixa uniforme de um fármaco por um longo período de tempo. O fármaco pode ser alterado para lentamente ser convertido à forma ativa Princípio do pró-fármaco transportador ligação covalente FÁRMACO + GRUPO TRANSPORTADOR Síntese química FÁRMACO GRUPO TRANSPORTADOR Regeneração "in vivo" PRÓ-FÁRMACO atóxico deve ser rápida para garantir níveis efetivos de fármaco no sítio de ação e minimizar metabolização direta ou inativação PRÓ-FÁRMACOS TRANSPORTADORES (clássicos): Resultam de uma ligação temporária entre uma molécula ativa e um grupo transportador, que geralmente é de natureza lipofílica. São menos ativos que os fármacos modelo ou inativos. Grupo transportador: ausência de toxicidade e capacidade de liberar o princípio ativo com cinética eficiente. Satisfação garantida: • Ligação entre fármaco e transportados é covalente • Pró-fármaco inativo (menos ativo) que fármaco • Ligação lábil (in vivo) • Pró-fármaco e transportador – atóxicos • Liberação da substância ativa – cinética rápida Como os grupos funcionais presentes no fármaco podem ser explorados para preparar pró-fármacos com propriedade farmacocinética adequada? A. Aumento de biodisponibilidade e passagem por membrana biológica Podem ser usados grupos funcionais como: OH, COOH, NH, CO B. Direcionamento seletivo para o sítio de ação desejado -Transporte do fármaco seletivo ao sítio de ação -Liberação do fármaco apenas em sítio específico C. Prolongamento da ação do fármaco D. Pró-fármacos em cascata E. Fármacos moles A. Aumento de biodisponibilidade e passagem por membrana biológica -Grupos OH alcoólicos e fenólicos OH O O NH 2 O H N CH3 O O O O O dibenzoil-ADTN dipivaloil-epinefrina Caso timolol N N O S N O CH3 OH HN CH3 CH3 H Timolol – protonado em pH fisiológico Log P = -0,04 O O N Butiril – aumento da lipofilicidade N N S Butiril-timolol O H N Antitumorais Aldeídos e cetonas -Grupos cetônicos e aldeídos O O OH OH O O O HO OH PGE2- dinoprostrona HO OH -Grupos carboxílicos OH O-CO-(CH2)14-CH3 HO + O O-CO-(CH2)14-CH3 H3CO Naproxeno O-CO-(CH2)14-CH3 O O-CO-(CH2)14-CH3 O H3CO O H CO 2H O N F Grupos amino N NH 2 HO H HO Cl O O H N H F N O2S O O 1N O NH O O O F O O 3N O N H GRUPOS NH ACÍDICOS OH N O O NH 2 HO GRUPOS NH CO 2H O Como os grupos funcionais presentes no fármaco podem ser explorados para preparar pró-fármacos com propriedade farmacocinética adequada? A. Aumento de biodisponibilidade e passagem por membrana biológica Podem ser usados grupos funcionais como: OH, COOH, NH, CO B. Direcionamento seletivo para o sítio de ação desejado -Transporte do fármaco seletivo ao sítio de ação -Liberação do fármaco apenas em sítio específico C. Prolongamento da ação do fármaco D. Pró-fármacos em cascata E. Fármacos moles B. Direcionamento seletivo para o sítio de ação desejado Transporte do fármaco seletivo ao sítio de ação Ação local e sistêmica Tabela: Efeito dos grupos acilas em hidrazinas isopropílicas no transposte seletivo Hidrazinas Isopropílicas % de aumento de monoaminas Razão Catecolaminas cardíacas 5-HTP cerebral 100 100 1.0 75 250 3.3 60 0.4 O H N H N N O O H N HO N H NH 2 O H N H3C - (H2C)14 N H 145 Acoplamento de fármacos a derivados da bile direcionados ao fígado OH CO 2H H H O DROGA Fármaco N H (CH 2)n- O H OH H Exemplo de fármacos: clorambucil, inibidores da HMG-CoA redutase, etc. Tratamento do câncer CH3 agente alquilante OPO3Na2 aumenta hidrossolubilidade O Cl N Cl O direciona o fármaco para a próstata e tem efeito anti-androgênico PRÓ-FÁRMACO DA ESTRAMUSTINA g-glutamil transferase Liberação do fármaco apenas em sítio específico O O O HN O HN OH OH NH 2 HN O Explora a presença de enzimas específicas, presentes em maior concentração no sítio de ação. O2S N O O2S NH NH N-ácido acilamino N desacilase O NH 2 O + O2S N O O HO OH NH 2 NH Ação antibacteriana seletiva nos rins Como os grupos funcionais presentes no fármaco podem ser explorados para preparar pró-fármacos com propriedade farmacocinética adequada? A. Aumento de biodisponibilidade e passagem por membrana biológica Podem ser usados grupos funcionais como: OH, COOH, NH, CO B. Direcionamento seletivo para o sítio de ação desejado -Transporte do fármaco seletivo ao sítio de ação -Liberação do fármaco apenas em sítio específico C. Prolongamento da ação do fármaco D. Pró-fármacos em cascata E. Fármacos moles Esteróides contraceptivos, da tratamento da menopausa C. Prolongamento ação do fármaco e antipsicóticos O O OH O O O Pró-fármaco de estradiol Pentagestrona São pró-fármacos mais lipofílicos e administrados por injeção intramuscular profunda. Azatioprina Flufenazina R R= (CH2)8CH3 O O Como os grupos funcionais presentes no fármaco podem ser explorados para preparar pró-fármacos com propriedade farmacocinética adequada? A. Aumento de biodisponibilidade e passagem por membrana biológica Podem ser usados grupos funcionais como: OH, COOH, NH, CO B. Direcionamento seletivo para o sítio de ação desejado -Transporte do fármaco seletivo ao sítio de ação -Liberação do fármaco apenas em sítio específico C. Prolongamento da ação do fármaco D. Pró-fármacos em cascata E. Fármacos moles Bacampicilina Pivampicilina NH 2 NH 2 H N O H N S NH O O O S NH O O O O O O O O O Ampicilina NH 2 H N O + OH CHO + CO2 S + CH3CHO + + O CH3CH2OH NH O OH O III- PRÓ-FÁRMACOS EM CASCATA D. Pró-fármaco em cascata ou duplos Bioativação deA-pró-fármacos antibacterianos: inibidor da enzima CMP-KDO sintetase Bioativação de pró-fármacos antibacterianos OH OH A liberação do fármaco é auxiliada por um grupo nucleofílico gerado in vivo, ocorre em duas etapas O O NH 2 H O S- OH OH OH OH OH R-S- O O O H S O O NH 2 OH NH 2 H OH OH S + S D. Pró-fármacos em cascata Pró-farmacos duplos de Pilocarpina N N N RO etapa enzimática O O OR O N N N RO O HO O O Pilocarpina Pró-fármacos dede peptídeos Pró-fármacosduplos duplos peptídeos O O polipeptídeo R O N H OH OH N H O OH + NH2-polipeptídeo O polipeptídeo O O polipeptídeo OH via redutiva O O via hidrolítica N H E. Fármacos moles O N+ O (CH2)12-CH3 N+ etapa enzimática OH + CH3(CH2)12CO2H N+ N etapa não enzimática (CH2)12-CH3 NÃO OCORRE MUDANÇA + HCHO Pró-fármacos bioprecursores Conceito da bioativação metabólica Primeiros exemplos Prontosil rubrum Acetanilida Proguanil Imipramina Fenilbutazona BIOPRECURSORES: Envolvem modificação molecular do próprio fármaco (não apresentam ligação temporária entre fármaco e grupo transportador). A modificação molecular, geralmente envolvendo reações de oxi-redução, gera um novo composto, que corresponde ao fármaco (metabólito ativo). São geralmente produtos da Fase I do metabolismo dos fármacos Reações de oxidação Reações de redução Reações que não ocorrem a mudança do estado de oxidação Bioativação oxidativa OH N N H2N N N O in vivo N H2N N OH N Cl 2-PAM N N O HO 8-hidroxi-6-deoxi-aciclo vir c N N N CH3 O H2N b a N N aciclovir 6-deoxi-aciclovir OH + HO HO N N N OH Cl N CH3 CH3 Pro-2-Pan OH Bioativação redutiva Cl Cl N S N S O Cl Cl Cl N S Cl OH OH O redução in vivo - HX X X O O O CH2 H OH Nu Nu OH Mitomicina Mecanismos envolvendo adicionalmente sistema não-redoxi, como hidratação e descarboxilação OH O OH Ar OH Ar OH OH Ar O O O O Ar OH Ar -oxidação OH Ar O O Formação de ácido aroilpropiônico OH O Planejamento de ácido buclóxico, fenbufeno e furobufeno Antiinflamatórios da classe dos ácidos arilacéticos Cl CO2H O ácido buclóxico CO2H Cl CO2H O furobufeno CO2H O O fenbufeno O Ar Pró-fármaco misto CDS: Chemical Delivery System Pró-fármacos recíprocos NH2 NH2 H N O H N S HO S esterase O S O + N O N O O N O O O O O O O S SULTAMICILINA OH O SULBACTAMA O N O NH2 O H N O S N O OH NH2 AMPICILINA H N O O S N O O O O SO2N ÉSTER PROBENECIDA DA AMPICILINA Prolonga os efeitos da ampicilina devido ao bloqueio, pela probenecida, de sua secreção ativa nos túbulos renais Exemplo de ADEPT Exemplo de VDEPT PRO-FÁRMACO DIRIGIDO PRO-FÁRMACO DIRIGIDO Pró-Fármacos Mistos: • Característica de prófármacos clássicos e bioprecursores