Lundgren FLC . Acompanhamento Ambulatorial da DPOC Artigo original Acompanhamento Ambulatorial da DPOC Outpatient Monitoring of COPD Fernando L. C. Lundgren1 RESUMO No acompanhamento do paciente com DPOC em ambulatório, dados relativos à resposta clínica ao tratamento estabelecido e aos riscos futuros devem ser colhidos de forma objetiva, permitindo um melhor conhecimento sobre o paciente e a evolução da sua doença. Esta revisão sobre o acompanhamento do paciente portador de DPOC em ambulatório utilizou dados de publicações recentes a respeito da importância dos sintomas como balizador da gravidade da DPOC e das mudanças obtidas sobre esses sintomas com o tratamento, mostrando uma redução da morbidade e mortalidade da DPOC. A possibilidade de avaliarmos o risco futuro da DPOC e podermos manejar o tratamento de forma mais individualizada, envolvendo dados de espirometria, qualidade de vida, atividades de vida diária, graus de sintomas e número de exacerbações, são apresentados e discutidos neste artigo. A DPOC deve ser seguida em ambulatório durante o tratamento, utilizando dados que permitam avaliar os sintomas atuais e calcular o risco futuro da doença de forma que esses possam ser utilizados no ambiente de consultório, trazendo benefícios aos nossos pacientes. Descritores: Doença pulmonar obstrutiva crônica; Assistência ambulatorial; Administração dos cuidados ao paciente. ABSTRACT In the outpatient management of COPD, data related to the clinical response to treatment and to future risk should be collected in an objective manner, which will provide better information about a given patient and the course of the disease. This review addresses the monitoring of COPD patients on an outpatient basis using recent data from the literature regarding the importance of symptoms as markers of severity and the responses to appropriate treatment, which has been shown to reduce the morbidity and mortality associated with COPD. We discuss the ability to evaluate the future risk of COPD and to manage its treatment in a more individualized manner, on the basis of information related to spirometric parameters, quality of life, activities of daily living, degree of symptom severity, and number of exacerbations. Individuals with COPD should be followed up during outpatient treatment, and data that can be used in assessing current symptoms and calculating the risk of future disease should be described in such a way that they can be used in clinical practice, which will provide benefits to the patients. Keywords: Pulmonary disease, chronic obstructive; Ambulatory care; Patient care management. 1. Hospital Otávio de Freitas, Recife (PE) Brasil. Não há qualquer conflito de interesse entre os autores. Endereço para correspondência: Fernando Luiz Cavalcanti Lundgren. Hospital Otávio de Freitas. Rua João Eugênio de Lima, 235, Boa Viagem, CEP: 51030360, Recife, PE, Brasil. Tel: 55 81 3326-7098. E-mail: [email protected]. Pulmão RJ 2013;22(2):55-59 55 Lundgren FLC . Acompanhamento Ambulatorial da DPOC INTRUDUÇÃO Ao planejarmos o tratamento da DPOC, levamos em consideração vários fatores que nos permitem avaliar o risco da doença e o prognóstico. No acompanhamento dos pacientes, necessitamos avaliar a resposta desses fatores ao tratamento, a presença de novas exacerbações e o aparecimento de novos sintomas que possam indicar complicações da DPOC ou de comorbidades presentes (1-3). Dados objetivos que possibilitem essa avaliação sistematizada (Tabela 1) da resposta ao tratamento, a evolução da doença, a presença de comorbidades e o aparecimento de complicações devem ser procurados, permitindo ao médico assistente e ao paciente avaliarem a melhora obtida (1,2). Tabela 1 - Fatores envolvidos no acompanhamento da DPOC em ambulatório. Acompanhamento ambulatorial Resposta ao tratamento conhece a sua doença, seus riscos e a necessidade de tratamento por longos períodos de tempo (1,3). Torna-se necessário explicar ao paciente a necessidade de tratamento dos sintomas e que os sintomas são crônicos, ou seja, ao interromper o tratamento, os mesmos sintomas irão retornar. Dispneia A escala de dispneia do Medical Research Council modificada é de fácil aplicação e fornece uma medida objetiva da dispneia; pela facilidade de seu uso, ela deve ser realizada em toda a consulta médica (1,3,4). Tosse e secreção Avaliar objetivamente a tosse é uma tarefa difícil sem instrumentos de medida práticos. A presença desses sintomas está relacionada à presença de inflamação brônquica. Assim, pergunte e registre a presença de tosse e secreção, assim como sobre modificações desde a última consulta (5-8). Evolução da DPOC Complicações Comorbidades FERRAMENTAS DE ACOMPANHAMENTO A necessidade de conhecimento da resposta dos sintomas ao tratamento iniciado deve ser coletada de uma forma objetiva, facilitando o entendimento e permitindo um melhor ajuste dos medicamentos utilizados (Tabela 2). A resposta ao tratamento, além dos sintomas, envolve a melhora das atividades de vida diária, a redução do número e da intensidade das exacerbações e a melhora do estado de saúde (qualidade de vida). A coleta inicial na primeira consulta sistematizada facilita a avaliação posterior, permitindo, no retorno do paciente, a coleta de dados objetivos de forma segura, com menor tempo de consulta (1-3). Tabela 2 - Avaliação da resposta ao tratamento. Resposta ao tratamento Sintomas mMRC Tosse e secreção Atividades diárias Mudanças notadas Exacerbações Aumento dos sintomas Atendimento não marcado ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA Pergunte sobre a realização de atividades diárias e anote se ocorreu uma modificação da realização de atividades diárias (9,10). A dificuldade de realizar atividades de vida diárias pode ser não reconhecida como uma consequência da DPOC; o paciente pode acreditar que isso seja devido à idade ou a outro fator. Ao ser observada uma atividade que foi suspensa e que o paciente passa a perceber como causa da DPOC, como, por exemplo, ir à padaria para comprar pão, essa atividade servirá de base inicial da resposta ao tratamento. Além disso, estimule a realização de atividades físicas. EXACERBAÇÃO As exacerbações são relacionadas diretamente com o maior risco de gravidade da DPOC, relacionadas com o prognóstico e com a mortalidade (1,11,12). O reconhecimento de um episódio no período anterior a visita deve ser procurado e anotado. A exacerbação pode ser definida através do aumento dos sintomas ou por necessidade de procura de serviço de saúde em uma visita não agendada para o tratamento de uma crise da DPOC. O uso de medicamentos de alivio por mais de três dias, a necessidade de uso de antibióticos ou corticoides orais são relatos clínicos de uma exacerbação (1,13,14). Uso de BD mais que o “normal Qualidade de Vida CCQ: CAT mMRC: escala modified Medical Research Council; BD: broncodilatador; CCQ: COPD Control Questionnaire; e CAT: COPD Assessment Test. SINTOMAS A procura de assistência médica ocorre devido à presença de sintomas; o paciente quer melhorar dos seus sintomas de uma forma rápida, e a maioria não 56 Pulmão RJ 2013;22(2):55-59 QUESTIONÁRIOS DE SAÚDE A aplicação de questionários de saúde apresenta como principal obstáculo o tempo de aplicação, tornando difícil o seu uso em atendimento em consultórios. Novos questionários que possam ser preenchidos no ambiente da sala de espera e entregues ao médico assistente durante a consulta são desejados. No momento, COPD Assessment Test permite a coleta de infor- Lundgren FLC . Acompanhamento Ambulatorial da DPOC mações de uma forma objetiva, O CCQ (COPD Clinical Questionaire) também pode ser utilizado (1,15). EVOLUÇÃO DA DPOC A DPOC, em sua definição, é considerada uma doença com perda progressiva da função pulmonar e com o aparecimento de exacerbações e complicações (Tabela 3). O conhecimento da existência dessas doenças permite um tratamento associado, produzindo uma melhor resposta clínica (Tabela 4). Tabela 4 - Riscos futuros da DPOC. Riscos futuros da DPOC Comorbidades Osteoporose Tabela 3 - Avaliação função pulmonar. Avaliação da Função Pulmonar Coronariopatia Ansiedade/Depressão Complicações Cancer de pulmão Espirometria Oxigenação Pneumonia VF1 pré e pós BD Oximetria Pneumotórax Gasometria arterial BD: broncodilatador. A espirometria permite avaliar a perda da função pulmonar. A função pulmonar acompanhada pelo VEF1 apresenta uma excelente relação com a morbidade e a mortalidade na DPOC (1). Ao iniciarmos o tratamento do paciente, podemos observar, em relação ao VEF1 inicial antes do tratamento, a persistência da queda dos valores, a melhora inicial dos mesmos ou, em alguns casos, a não modificação desses com o transcorrer do tratamento. Pode-se observar também o retorno da perda da função pulmonar em pacientes que apresentaram uma melhora inicial (1,16,17). A hipoxemia, que pode ocorrer nos pacientes, deve ser pesquisada inicialmente com o uso da SpO2, e essa avaliação deve ser realizada em toda consulta médica (1). Espirometria A realização da espirometria deve ocorrer pelo menos uma vez ao ano. O valor do VEF1 a longo prazo pode apresentar uma queda anual; porém, alguns pacientes podem apresentar uma estabilização dos valores ou mesmo um aumento dos mesmos com o tratamento (1,16-18). Oxigenação A medida da oximetria permite avaliar a evolução da DPOC em pacientes com suspeita de hipoventilação (VEF1 < 45% do previsto). Nesses casos, a gasometria arterial deve ser realizada (1,19). COMORBIDADES E COMPLICAÇÕES O paciente com DPOC apresenta doenças associadas. Quanto mais grave a DPOC, maior é o número de doenças associadas relatadas. As doenças cardiovasculares, as síndromes metabólicas, a síndrome da apneia do sono e as alterações de ansiedade ou depressão podem ocasionar agravos dos sintomas do paciente, prejudicando o seu controle (1,21-23). A DPOC pode apresentar complicações, como o aparecimento do câncer de pulmão, pneumonia e episódios de pneumotórax, que devem ser lembrados ao ocorrer agravos dos sintomas respiratórios. Ao aparecer um novo sintoma ou ocorrer uma modificação de sintomas, exames complementares devem ser coletados e comparados com os exames iniciais (1). EXAMES DE IMAGEM Os seguintes exames de imagem devem ser solicitados nas seguintes condições: t3BEJPHSBöBTEFUØSBYFNQSPKFÎÍPQPTUFSPBOUFrior e em perfil, e os achados devem ser normais (1,20). t"5$EFUØSBYEFWFTFSTPMJDJUBEBRVBOEPBTJOGPSmações existentes não permitem a exclusão de outras doenças ou na avaliação do grau de doença enfisematosa existente (1,20). t&DPDBSEJPHSBNBOBTVTQFJUBEFEPFOÎBDBSEJPvascular coexistente ou na suspeita de hipertensão pulmonar (21). t&MFUSPDBSEJPHSBNBBQSFTFOÎBEFEPFOÎBTDPSPnarianas é muito frequente no portador de DPOC (1,22). t 1PMJTTPOPHSBöB B DPFYJTUÐODJB EB TÓOESPNF EF apneia e hipopneia do sono vem sendo descrita em portadores de DPOC, ou seja, a polissonografia deve ser solicitada na suspeita clinica dessa síndrome e nos casos mais graves da DPOC (1,23). EDUCAÇÃO Educar o paciente envolve inúmeros aspectos; ao ser orientado e ter respondidas suas dúvidas sobre a doença, haverá uma participação mais consciente ao tratamento prescrito. Ao educarmos sobre a sua doença, obtemos maior adesão e redução de abandonos ao tratamento (Tabela 5). Tabela 5 - Pontos chaves para a educação. Educação Medicamentos Uso correto do inalador Adesão a medicação Vacinação Geral Fator de risco Atividade física Nutrição Pulmão RJ 2013;22(2):55-59 57 Lundgren FLC . Acompanhamento Ambulatorial da DPOC Na consulta, aproveite para educar o paciente em relação aos seguintes pontos (1,24): t 6TP DPSSFUP EP JOBMBEPS DPOGJSNF RVF P VTP do inalador foi entendido e reveja como utilizar cada inalador de forma correta (25). t 6TP SFHVMBS EB NFEJDBÎÍP EJTDVUB B OFDFTsidade de ser mantido o uso da medicação, explicando que o uso não pode ser apenas quando necessário. Lembre que o tratamento é crônico, e seu uso deve ser regular e por um longo período (1,26). t7BDJOBTQFSHVOUFTPCSFBDBSUFJSBEFWBDJOBção do adulto e solicite que as vacinas indicadas se- jam realizadas (1,18,27). t'BUPSFTEFSJTDPDPOGJSNFBTVTQFOTÍPEFFYposição a fatores de risco. O cigarro é a causa principal, e, em toda consulta, deve ser perguntado o estado tabágico do paciente (1,18,19). t "UJWJEBEF GÓTJDB FTUJNVMF B SFBMJ[BÎÍP EF atividade física regular, orientando sobre 30 min de caminhada por quatro dias da semana (1,19,28,29). t /VUSJÎÍP JOEJRVF BMJNFOUBÎÍP TBVEÈWFM TFN abuso de álcool, sal e conservantes. Se necessário, encaminhe o paciente ao nutricionista (1,18,19). REFERÊNCIAS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 58 GOLD. Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonar disease. Global Initiative for Chronic Obstructive Pulmonary Disease [Internet]. 2011; Available from: www.goldcopd. com Esteban C, Arostegui I, Moraza J, Aburto M, Quintana JM, Pérez-Izquierdo J, et al. Development of a decision tree to assess the severity and prognosis of stable COPD. 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